Guia da cidade de Malanje
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Malanje > Características . Sobre Malanje > Municípios > Comunas > Idiomas > Recursos > Clima > Vegetação > Solos > Hidrografia > Geologia > Recursos Minerais > Relevo > Geomorfologia . Sociedade > População > Cultura > Educação > Saúde > ONGs > Economia > Projectos 3
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Malanje -Características Capital: Malange Área: 97 602 km2 População: 968 135 Clima: Tropical húmido Distância em km a partir de Malange: Luanda 423; N’Dalatando 175 Indicativo telefónico: 251 Agricultura: algodão, mandioca, amendoim, milho, girasol, arroz, sisal Minerais: diamantes, minerais radioactivos, cobre Outros produtos: cana-de-açúcar Província de Angola cuja capital é a cidade de Malanje. Confinada pela República Democrática do Congo (a nor deste) e pelas províncias angolanas de Uíge (a norte), Kwanza Norte (a oeste), Lunda Norte (a este), Lunda Sul (a sudeste), Bié (a sul) e Kwanza Sul (a sudoeste), a província de Malanje possui uma superfície de 97 602 km2 e uma população de 1 090 000 habitantes (2004). A cidade de Malanje, fundada em 1852, possui uma linha férrea (desde 1909) que a liga à cidade de Luanda, o que tem permitido o desenvolvi mento daquela urbe. Em 1926, foi elevada a vila e, seis anos mais tarde, a cidade
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Bem-vindo Ă Malanje
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Malanje A província situa-se no norte de Angola e a sua altura varia de 500m a 1500m em re lação ao nível do mar. A palavra Malanje, vem do contexto kimbundu antigo que sig nifica “as pedras” (MA-LANJI).Capital A cidade de Malanje é a capital da província. A cidade, fundada em 1852, possui uma linha férrea (desde 1909) que a liga à cidade de Luanda, o que tem permitido o desen volvimento daquela região. Em 1932, foi el evada a cidade. Localiza-se a cerca de 423 Km de Luanda e a 175 km de N’Dalatando. Área Total: 97.602 Km2 População: 968.135 Temperatura: 22ºC Clima: Tropical Húmido Malanje faz fronteira: - a Nordeste com a República Democrática do Congo - a Norte pelas províncias angolanas de Uíge - a Oeste pelo Kwanza Norte - a Este pela Lunda Norte a este - a Sudoeste com a Lunda Sul - a Sul com o Bié - a Sudoeste com o Kwanza Sul 7
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Municípios A província divide-se por 14 municípios: >Cacuso >Caombo >Kalandula >Cambundi-Catembo >Cangandala >Cuaba Nzogo >Cunda-Dia-Baze >Luquembo >Malanje >Marimba >Massango >Mucari >Quela >Quirima Os Municípios estão distribuídos numa exten são de 97 602 Km².
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Comunas As 67 Comunas que compõem a Província são >Quirima, >Saltar, >Cazongo, >Cainda, >Calunda, >Lovua, >Lumbala, >Candundo, >Macondo, >Lumbala>Ngimbo, >Chiume, >Lumai, >Lutembo, >Mussuma, >Ninda, >Sessa, >Kalamagia, >Kalandula, >Kambaxe, >Kambo, >Kambondo, >Kangan >dala, >Kangando, >Karibo, >Kateco>Kangola, >Kaxinga,
>Kela, >Kimambamba, >Kissele, >Kiuaba-Nzoji, >Kizenga, >Kota, >Kunda-iá-Baze, >Xandele > Lombe, >Malanje, >Massango,
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Clima
O clima é tropical húmido mesotérmico. Tem temperaturas médias anuais entre 20ºC e 25ºC. O mês mais frio é o de Junho com uma média anual de 21ºC e os meses mais quentes são os de Março e Abril, com uma média de 25ºC. Ao longo do ano registam- se duas estações: Chuvosa que abarca cerca de nove (9) meses (15 de Agosto/15 de Maio) e a outra é a estação do Cacimbo que vai de 15 de Maio a 15 de Agosto Vegetação A vegetação da província de Malanje compõe-se de florestas abertas, savanas, mosaicos floresta- savana e mosaicos de balcedo-savana. A região possui uma vasta fauna, constituída por animais domésticos e selvagens. Quanto aos animais selvagens destacam-se a palanca negra gi gante, os mabecos, a hiena 11
malhada, o leop ardo, a chita. Clima O clima é tropical húmido mesotérmico. Tem temperaturas médias anuais entre 20ºC e 25ºC. O mês mais frio é o de Junho com uma média anual de 21ºC e os meses mais quentes são os de Março e Abril, com uma média de 25ºC. Ao longo do ano registam-se duas estações: Chuvosa que abarca cerca de nove (9) meses (15 de Agosto/15 de Maio) e a outra é a estação do Cacimbo que vai de 15 de Maio a 15 de Agosto
Vegetação
A vegetação da província de Malanje compõe-se de florestas abertas, savanas, mosaicos floresta-savana e mosaicos de balcedo-savana. A região possui uma vasta fauna, constituída por animais domésticos e selvagens. Quanto aos animais
selvagens destacam-se a palanca negra gigante, os mabecos, a hiena malhada, o leopardo, a chita. os gungas, a kissoma,
dos recursos naturais, principalmente na periferia da cidade de Malanje, onde um extenso perímetro de eucaliptos,
o puku, o songe, o bambi comum, a pacaça, os macacos de diversas espécies, o elefante, a lebre, a palanca vermelha, o golungo, o nunce, o búfalo,o javali, o hipopótamo, o crocodilo, o leão,a onça, várias espécies de aves, etc. Nesta província encontramos o parque nacional de Kangandala estabelecida como reserva integral a 25 de Maio de 1963, possuindo uma área de 600Km2. Reserva lorestal do caminho-de-ferro de Malanje: Possuí 200 Km². Reservas natural integral do Luando e especial do Milando: situadas nos municípios de Luquembo e Kunda Dia-Baze/ Marimba/Caombo. Reserva florestal do SambaLucala: Possui 400Km2 de extensão. A guerra provocou uma elevada degradação 12
Solos Em todo o território da província se encontra uma variedade de solos próprios de zonas tropicais, hidromórficos, oxialíticos, ferralíticos, pasmoferráliticos, paraferraliticos, litossoles, calsialiticos, fersialiticos e fracamente ferralicos sobre uma vegetação de florestas abertas com matas de panda, savanas, arbustivas e de prado palustre com bosquedo.
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Hidrografia A província é constituída por duas bacias hidrográficas, a do rio Zaire e a do rio Kwan za. A parte leste e nordeste é atravessada por um dos caudais que desaguam no rio Cuango, um dos mais importantes afluentes do Zaire. Também existem as lagoas da Quibemba (no município da Kabumdi Katembo), do Dombo (no município de Luquembo) e do Sagia (no município do Quela). Planalto de Malange: é atravessado por vários rios subsidiários do Kwanza (Lutete, Lombe, Malanje, Cuije, Cuque) e, em menor número, do Lucala (Cole, Mafumbué). Baixa Kassanje: A zona corresponde aos cursos médio e superior dos rios Vamba, Cam bo, Luhanda e Lui, que constituem uma rede hidrográfica densa e na época seca ainda mantém caudais volumosos. Songo: O rio Kwanza e os seus afluentes Luando e Cuquema circulam de sul para norte e, com outros, constituem uma rede hidrográfica densa e de caudal permanente. Entre o Kwanza e o Cuquema encontramse as chanas ou anharas, áreas planas alagadiças que caracterizam a zona, assim
como as chamadas baixas do Songo. Será construído da barragem de Kapanda no rio Kwanza, a sul de Cacuso, vai provocar a existência de uma albufeira que, segundo fontes de informação não suficientemente seguras, poderá irrigar cerca de 120 mil hectares de terras. Acontece que tais terras coin cidem com as áreas de solos arenosos de muito baixa fertilidade (oxipsâmicos pardacen tos), pelo que o seu aproveitamento agrícola será muito limitado. O território do Planalto de Malanje não é o mais indicado para grandes regamos, deverão, antes, pensarse em pequenos regamos que possam complementar, no no tempo seco, as boas quedas pluviométricas para o cultivo de certas fruteiras e hortíco las. Na zona do sub planalto de Cacuso é possível pensar em regadios de médio porte em áreas onde chove menos de 1000 milímetros e onde a fertilidade dos solos seja razoável. A melhor zona de regadio, contudo, situase na Baixa de Kassanje.
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Geologia A nível geológico esta zona é predominantemente constituída por rochas efusivas proterozóicas.
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Recursos Minerais A província possui vários minerais tais como: manganês, cobre, ferro, diamantes, granito, calcário e minerais radioactivos. É rica em recursos hídricos visto que é banhada por muitos rios e riachos de caudal permanente, além de inúmeros lençóis de águas profundas. Possui ainda muitos lagos, e lagoas.
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Kassanje, a leste e nordeste. Na parte ocidental do Planalto é possível diferenciar o chamado A paisagem física de Malanje apsub planalto com cotas variáveis resenta três regiões bem disentre 600 e 650 metros, que tintas: o Planalto de Malanje, a corresponde a cerca de 25% da Baixa de Kassanje e o Songo ou área total do Planalto e que se Alto Kwanza. A cada uma descaracteriza pela irregularidade e tas unidades a Missão de Inquériaspereza do relevo, com os chatos Agrícolas de Angola (MIAA) mados montes-ilhas ou inselberg, designou zona agrícola ou zona exemplificados pelas famosas Peagro-ecológica e numerou-as, redras Negras de Pungo Andongo. spectivamente, com os números 13/14, 9 e l8. O Planalto corUma pequena escarpa, que nalresponde, grosso modo, aos guns locais chega a desníveis da municípios de Cacuso, Malanje, ordem dos 100 a 150 metros, Caculama, Kiwaba Nzoji, Kasepara o sub planalto do Planalto landula e parte de Massango e propriamente dito, permitindo a Cangandala: a Baixa de Kassanje ocorrência de fenómenos natuengloba os municípios do Quela, rais como rápidos, cachoeiras e Kahombo, Kunda-Dia-Baze, Marquedas de água nos rios que a imba e parte de Massango; o transpõem, bem representadas Songo abrange os municípios de pelas conhecidas Quedas de KalanKambundi Katembo, Luquembo, dula, no rio Lucala Quirima e a parte sul de Cangandala. O Planalto de Malanje constitui uma vasta aplanação com cerca de 25.280 km2 e altitudes médias entre 1000 e 1250 metros, tendo como limites naturais o rio Kwanza, a sul, e a escarpa que marca o desnível para a Baixa de
Relevo
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Clima O clima do Planalto é tropical chuvoso com duas estações bem marcadas ao longo do ano: a estação das chuvas que vai de Setembro a Abril, caracterizada pela ocorrência de precipitações cujas médias anuais vão de 900 milímetros na faixa ocidental a 1200 milímetros na faixa oriental, mas podem atingir os 1400 na parte norte, e com temperaturas médias anuais entre os 21 e 22 graus centígrados; e uma estação seca (cacimbo) que dura cinco meses, com temperaturas médias próximas dos valores da outra estação e sem grandes oscilações térmicas diurnas. Entre finais de Dezembro e de Fevereiro ocorre um curto período de seca (pequeno cacimbo), localmente designado por kiangala, que pode durar até três ou quatro semanas e que, nesse caso, é muito prejudicial à agricultura. Em contrapartida, raramente se verifica a ocorrência de geadas. A humidade relativa anda à volta dos 60-70% em média. O Planalto é atravessado por vários rios 19
subsidiários do Kwanza (Lutete, Lombe, Malanje, Cuije, Cuque) e, em menor número, do Lucala (Cole, Mafumbué), que, por sua vez, é afluente do Kwanza. Os solos do Planalto são bastante diversificados, com dominância dos solos argilosos, como os ferralíticos (ferralsols), numa mancha de norte a sul, e os fersialíticos (acrisols, luvisols, lixisols), em menor extensão, nas zonas de menor altitude (área de Cacuso) e claramente mais férteis que os ferralitícos. Aparecem ainda solos leves e arenosos a sudoeste, (oxipsâmicospardacentos ou arenosols), a norte e nordeste, (psamo-ferrálicos ou ferralic arenosols), com baixo nível de fertilidade. Verifica-se, pois, que os solos do Planalto são, em geral, pobres em reservas minerais e matéria orgânica, sendo os fersialíticos aqueles que apresentam maior interesse agrícola. A cobertura vegetal do Planalto é constituída essencialmente por floresta aberta e savana com arbustos, a primeira geralmente em correspondência com as partes mais altas, enquanto a segunda se
identifica mais com o sub planalto, onde se encontram os solos fersialíticos. São notórios os efeitos da actividade humana, principalmente em termos de agricultura e da utilização de material lenhoso para queima, notando-se alguma regeneração devido à retracção da actividade agrícola nos últimos 20-30 anos. A zona do Planalto tem como actividade económica dominante a agricultura, com principal destaque para a mandioca, o milho, o feijão e a batata-doce, que constituem a base da alimentação da população. Em solos mais leves o amendoim é também muito cultivado. O tabaco, o girassol, a batata e certas fruteiras (manga, ananás e abacate) são igualmente recomendáveis desde que em solos bem seleccionados.
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médio e superior dos rios Vamba, Cambo, Luhanda e Lui, que A Baixa de Kassanje correconstituem uma rede hidrográsponde a uma vasta depressão fica densa e na época seca ainda com cerca de 34000 Km2 (dos mantém caudais volumosos. quais aproximadamente 13000 pertencem à Lunda Norte) denOs solos são mais diversificados tro da bacia hidrográfica do rio do que os do Planalto, apareZaire. A parte mais caracteríscendo, para além dos ferralíticos, tica da Baixa apresenta cotas fersialíticos e psamíticos, os aluentre 600 e 700 metros e é vionais (fluvisols) e calcialíticos constituída por áreas aplanadas (calcisols), principalmente na sua correspondentes a baixas aluviparte central, que se podem cononais, a fundos de vales e a susiderar com elevada capacidade perfícies mal drenadas. A outra produtiva. A maior superfície, parte da Baixa, que se localiza correspondente a áreas de menor a leste da primeira, está já, em altitude e de relevo mais suave, grande medida, em território apresenta uma cobertura vegetal da Lunda Norte e apresenta formada por savana natural onde cotas entre os 800 e os 1000 raramente aparecem árvores e metros. Tem um clima tropical arbustos. Na parte norte surge quente e húmido com temperuma associação de floresta aberta aturas médias anuais mais elou mata de panda com savana evadas que as do Planalto (23 bosque, enquanto na bordadura e 24° graus centígrados), sendo planáltica ocidental se apresenta também a humidade relativa já a floresta aberta típica e a bem mais elevada (70-80%). floresta densa húmida nos vales dos rios (muxitos). Baixa de Precipitação Kassanje Os valores de precipitação ronA Baixa de Kassanje é a área do dam os 1200-1300 milímetros. algodão por excelência, aquela que A zona corresponde aos cursos em todo o país apresenta mel-
A Baixa de Kasanje
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hor aptidão para a cultura, apenas com o senão de não facilitar os trabalhos agrícolas mecanizados no tempo das chuvas devido à má drenagem dos solos. Para além do algodão, oferece condições de solo (com algumas limitações) e de clima favoráveis a culturas como a mandioca, o amendoim, o tabaco, o milho, o sorgo, o girassol e a cana sacarina. Dadas as suas condições de solo e de clima, a Baixa de Kassanje poderia ser uma área privilegiada para o desenvolvimento agrícola caso fosse resolvida a grave limitação que constitui a falta de infra-estruturas, principalmente no que respeita a vias de comunicação. Para além disso, a agricultura mecanizada pode ser dificultada pelas difíceis condições de operatividade das máquinas, devido à deficiente permeabilidade dos solos. Foram estes dois grandes constrangimentos que levaram os portugueses a preferirem as áreas do Planalto de Malanje nos últimos anos do período colonial, constrangimentos que, no entanto, poderão ser
resolvidos com investimentos em infra-estruturas e com recurso a soluções técnicas. E a ausência de infra-estruturas que explica também, em certa medida, a baixa densidade demográfica da região. O Songo ou Alto Kwanza é uma zona de transição entre as regiões planálticas do ocidente e as superfícies arenosas do leste. Os seus limites confundem-se com o Planalto de Malanje a noroeste e o Planalto Central a oeste; a leste, tais limites diluem-se nas planícies arenosas dessa região; a norte está a escarpa da Baixa de Kassanje; a sul a zona estende-se pela província do Bié, sendo o limite entre as duas províncias marcado, em parte, pelo rio Luando. O rio Kwanza e os seus afluentes Luando e Cuquema circulam de sul para norte e, com outros, constituem uma rede hidrográfica densa e de caudal permanente. Entre o Kwanza e o Cuquema encontram-se as chanas ou anharas, áreas planas alagadiças que caracterizam a zona, assim como as chamadas baixas do 22
Songo. Tem um clima tropical húmido com duas estações alternadamente chuvosas e secas, a primeira com quedas pluviométricas oscilando entre 1100 e 1300 milímetros. ais quantitativos de chuva, aliados a um relevo suave que não facilita o escoamento das águas, provocam a inundação de vastas áreas onde as populações cultivam o arroz. A estação das chuvas vai de Setembro a princípios de Maio, interrompida em Janeiro e Fevereiro com a ocorrência de um pequeno cacimbo. A média das temperaturas anuais varia entre 20 e 22° graus centígrados, aumentando de sul para norte. A humidade relativa mantém-se acima dos 60% na maior parte da zona e do ano.
Solos
sos de alagamento mais prolongado, solos orgânicos (histosols) de elevada fertilidade. Diversos tipos de coberto vegetal caracterizam a zona, estreitamente relacionados com as características climáticas e de solo. O dominante é a floresta aberta ou mata de panda, que primitivamente cobria a maior parte da zona, com um estrato arbóreo e outro arbustivo. A acção do homem ligada à ocupação agrícola provocou o aparecimento de formações de savana bosque ou de savanas arbustivas. Desde há muitas décadas os povos da região vêem-se dedicando, a par da mandioca, à cultura do arroz, talvez a cultura de maior potencial desde que se tomem medidas de controlo das águas dos rios. O milho é outra cultura favorável.
s solos dominantes na zona são os argilosos ferralíticos (muito lavados devido às fortes precipitações) com manchas de oxisialíticos (alisols, acrisols, luvisols, A Província, enquadra-se na zona lixisols) junto dos grandes rios e de transição e caracteriza-se pelo seu terreno plano. oxipsâmicos pardacentos. Ao longo desses rios aparecem também baixas aluvionais e, em alguns ca-
Geomorfologia
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População A população de Malaje, pratica com muita intensidade o artesanato e tem como produção cestos, sofás, bonecos diversos, peneiras, pilão, chapéus de sobas (kijinga), pentes de pau, mexeduras, luandos, esteiras, etc. O material que é utilizado é o jungofe e a madeira de bambu. Grupos étnicos: Gingas, Bângalos, Dongos, Ngolas, Songos, Quirima, Massuela, Maholo, Maiacas, Vungalos, Mahungos, Minungos, Xingues e Luindos ( Kimbundo, Kikongo e Ambundu). Existem na província diferentes grupos etno linguísticos tais: como (Kimbundo, Bangalas, Bondos e Songos), que ocupam a parte Centro e Sul da província e os Gingas que ocupam a parte norte de Malange. Existem também outros grupos etno linguísticos nomeadamente Umbundos, Kiokos, Suelas, que ocupam a parte planáltica da província. População estimada em 855.888 hab
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Cultura
MEIO HUMANO, POVOAMENTO E INSTITUIÇÕES DE PODER TRADICIONAL A esmagadora maioria da população de Malanje assume-se como pertencendo ao grupo etnolinguístico Mbundu ou Ambundu, de fala kimbundu. Dados de 1972 revelam que mais de 80% da população de Malanje, era de fala kimbundu. É possível que esta percentagem tenha diminuído devido aos movimentos migratórios de outras províncias. Por ordem de importância vinha a seguir o grupo Cokwe, depois o Nganguela, o Umbundu e o Kicongo. Dentro do grupo de fala kimbundu pode encontrar-se uma grande diversidade de sub-grupos: Ginga, Songo, Akwa-mbaka ou Ambaca, Bondo ou Bondista, Bângala e Mahungo. Se ainda é possível referenciar estes grupos em alguns municípios, de um modo geral a mistura e a inter penetração é hoje muito grande, quer através da mobilidade geográfica, quer através de casamentos. 25
A deslocação forçada devida à guerra veio reforçar uma tendência que já se notava nos anos 60 e 70. A grande instabilidade político-militar pela qual passou a província provocou uma grande movimentação da população dos municípios para a sede e mesmo para Luanda ao longo dos últimos vinte anos.
Indioma
Embora falando genericamente a língua kimbundu, os diferentes grupos dominantes constituem um grupo heterogéneo de origens étnicas e culturais diferenciadas. A estrutura social dos povos mbundu era caracterizada, antes da penetração colonial, pela coincidência espacial entre a comunidade residencial, o grupo de filiação e a unidade de produção, e pela existência de relações de genealogia perpétua, o que corresponde a um conjunto de funções e respectivas designações ou títulos específicos. A aldeia constituía a unidade residencial de linhagem (lemba, ngundu) cujos chefes eram assistidos por um grupo de consel-
heiros (makota) que constituíam a mbanza. As alteraçes provocadas pela expansão comercial portuguesa, quer na sequência do declínio da Feira de Kassanje no século XIX, quer com a fixação de comerciantes após a chegada do Caminho de Ferro (1912), e pela extensão da administração colonial do território e ainda pela instituição dos sistemas de trabalho forçado e de culturas obrigatórias, provocaram alterações significativas na organização política e social dos povos mbundu. Findo o ciclo da borracha e do comércio à distância, as economias dos camponeses, até então em situação de quase subsistência, passaram a ter uma vocação mista (auto-consumo e venda). Foi isso que permitiu o fomento da produção de mandioca, feijão, milho e amendoim, e também de arroz (no Songo) e de algodão (na Baixa de Kassanje). As comunidades, embora mantendo bastantes semelhanças entre si, foram-se diferenciando do ponto de vista do regime da terra, do nível de comercialização, da maior
ou menor penetração de sistemas de agricultura de plantação, da existência de força de trabalho assalariado, do grau de estratificação social. A par de tudo isso, a cristianização foi alterando os quadros de referência dos indivíduos e das famílias, no que se refere ao papel dos antepassados e dos mais velhos, ao sistema de herança, à aceitação do poder autocrático dos chefes, à diminuição da poligamia, na medida em que a aceitação desse quadro era facilitada porque era vista como um meio de integração na sociedade colonial, de partilha do seu poder e dos benefícios em termos sociais, principalmente em matéria de saúde e educação. É extremamente difícil entender a organização social destas populações sem se ter uma ideia da sua organização políticoadministrativa. Com o desmantelamento das antigas unidades político-administrativas centralizadas características das sociedades Mbundu, sobreviveu o muije, que está conotado com laços de parentesco muito complexos que nem sempre correspondem a uni26
dades territoriais. Assim, no seio de uma unidade territorial podem existir um ou mais muijes, do mesmo modo, a um só muije podem corresponder várias unidades residenciais ou aldeamentos (sanzala). No primeiro caso, o poder é exercido pelo muije mais importante, em termos simbólicos ou económicos, e nem sempre o chefe do muije corresponde ao soba. Este, quando dispõe de poder suficientemente forte é designado por muene ixi (senhor da terra) ou soba grande. O soba é sempre um elemento escolhido de acordo com determinados preceitos de entre os indivíduos ligados a uma determinada linhagem. No entanto, o secretismo caracterizador destas sociedades leva a que, não raras vezes, haja conveniência na designação de um outro elemento para se ocupar dos assuntos correntes da comunidade, desempenhando assim um papel de soba administrativo que obedece às ordens do verdadeiro soba, o muene ixi. A cada um ou mais muijes cor27
responde um determinado território designado por ixi, mukau ou mungongo. O muije é integrado por unidades de menor dimensão (mukambi ou mukumbi), sempre com base na família ou no parentesco, que podem constituir um mun gongo no interior do muije que lhe deu origem. Estas subdivisões surgem por vezes por razões de ordem económica ou por desavenças graves ou por práticas de feitiçaria. As unidades de menor dimensão são chefiadas por sobas ou sobetas (corruptela de sobetu, designação a que corresponde oficialmente nos dias de hoje o sekulu), que são representantes do muene ixi, e estão na linha directa da sua descendência ou, noutros casos, são escolhidos de entre notáveis que podem não ter laços de parentesco com o soba grande. Este soba ou sobeta pode, por sua vez, também indicar um soba (ou sobeta) administrativo, sempre na mesma linha de descendência. Podem assim surgir novas unidades residenciais correspondendo a cada uma um mungongo específico, sob a autoridade de um soba ou so-
beta. Em alguns casos, essa unidade residencial faz parte do aldeamento, sendo apenas identificada com limites bem definidos, formando uma espécie de bairro. Tais bairros podem também constituir a unidade residencial de uma família (extensa ou nuclear) designada por nsengu e que constitui uma unidade de trabalho bem definida. Quando um segmento de um muije se separa ou emigra, adquire um novo pedaço de território onde a comunidade desenvolve a sua actividade, mas as pessoas migrantes ficam eternamente ligadas ao mungongo original. Só por casamento os seus descendentes podem passar a pertencer a um novo mungongo. O estrangeiro só pode ocupar uma parcela de terra mas não pode ter com essa terra qualquer vínculo jurídico. Esse, como se viu, ficou no mungongo original.
O poder Tradcional
é actualmente bastante confusa. Não está claro o seu estatuto oficial nem os limites dos seus papéis. O ficialmente o Estado não as reconhece, mas na prática existe uma relação de subordinação hierárquica das instituições do poder tradicional à Administração Local do Estado, o que deixa implícito um reconhecimento, ainda que não seja de jure. O soba grande (também por vezes designado por regedor por continuar a haver uma ligação com o passado colonial) exerce a sua actividade a nível da povoação (também, por vezes, designada por sector) e responde tanto ao Administrador Comunal, como ao Municipal ou, em alguns casos, directamente ao Governador. Sob sua jurisdição o soba grande pode ter um conjunto de sobas (de menor importância) ou de sekulus (também designados localmente por sobetas),
Tal como acontece noutras regiões do país, a estrutura das instituições do poder tradicional 28
DIVISÃO DE GÉNERO De acordo com a tradicional divisão sexual de trabalho, a mulher tem uma elevada sobrecarga de tarefas tanto a nível doméstico (tratamento do lar, dos filhos e da cozinha), como da lavra (principalmente nas sementeiras, sachas e colheitas), da criação de animais (aves, suínos) da transformação primária de produtos (farinação da mandioca) e ainda da venda de produtos no mercado. Hoje já é rara a separação entre a lavra do homem e da mulher, principalmente nas áreas do Planalto. De um modo geral no Planalto a mulher tem mais protagonismo porque tem acesso ao mercado e a pequenos negócios. Cerca de 3000 das famílias nas comunidades são chefiadas por mulheres e estas são as mais afectadas no acesso aos serviços e às ajudas humanitárias ou de outro tipo.
dos maridos, (a não ser que fiquem viúvos com filhos para cuidar nao voltem a casar. Em Malanje apenas a Direcção Provincial da Família e Promoção da Mulher, a OMA e a ADRA têm actividades definidas na linha de trabalho do género. E preocupante a falta de políticas de género a nível do Governo, principalmente no que se refere ao crédito, ao acesso aos serviços e às ajudas de diversos tipos. DIETA E SEGURANÇA ALIMENTAR
A base da alimentação é a mandioca, sob a forma de farinha que se utiliza para cozinhar o funji, normalmente acompanhado de feijão e de folhas diversas (de mandioca, de feijão, de abóbora e outras), mas também é consumida cozida ou assada ou sob a forma de farinha torrada. A batatadoce é também muito utilizada. As famílias com mais posses e com ligação mais fácil ao mercado Os elementos masculinos constit- acompanham o funji com peixe uem a sua unidade de produção seco ou fresco. De um modo geral não há casos de subnutrição quando se casam, normalmente aos 20-22 anos, recebendo grave e as pessoas fazem duas ou três refeições por dia. Contudo, terras doadas pelos pais. Por ocasião da morte destes, eles os baixos níveis de produção de são os únicos herdeiros, salvo em mandioca podem ocasionar probregiões onde o sistema de herlemas mais sérios se não forem ança matrilinear ainda subsiste. tomadas medidas visando a melhoria da produtividade. Os elementos femininos não recebem terras dos pais, nem sequer por herança, nem tão pouco 29
ACESSO À TERRA PROPRIEDADE E USO Até ao início da guerra civil era comum considerar em Malanje a existência de dois sistemas de uso e posse de terras. Nas áreas de menor pressão demográfica, encontravam-se sistemas comunitários de uso da terra que se caracterizavam pela possibilidade de qualquer membro de uma comunidade ter o direito reconhecido como uma norma social aceite por todos de cultivar uma ou mais parcelas do território (ixi ou mungongo) afecto à comunidade a que pertencia. Esse sistema de uso estava relacionado com o sistema de exploração de terra praticado, de pousios longos com rotação no tempo, o que permitia um regresso à parcela original ao fim de alguns anos, após regeneração da fertilidade inicial, sistema esse também designado, impropriamente, de agricultura itinerante. Esse direito é designado por alguns autores por direito geral de utilização da terra. Contudo, quando havia recurso a culturas permanentes (café, palmar, fruteiras) ou quando em situações de mais elevada pressão demográfica começava a notarse a existência de um vínculo ou norma jurídica, socialmente aceite, que ligava de forma mais ou menos permanente a família nuclear ou um dos seus elemen-
tos a uma ou mais parcelas, vínculo esse que assumia o valor de um título de uso e aproveitamento. Neste caso, fala-se de direito específico sobre a terra ou parcela determinada, com limites bem definidos. Num caso ou noutro, esse direito de uso é apenas reconhecido à luz dos costumes, pois os camponeses não têm como não tiveram no passado acesso às instituições ou condições financeiras para registarem as terras em seu nome. A evolução dos sistemas nas últimas décadas permitiu que se acentuasse a noção de direito específico e de vínculo nas áreas de maior pressão demográfica, principalmente junto às sedes dos municípios mais importantes, principalmente devido ao movimento de deslocados. Isso permite a ocorrência de conflitos e a tendência para formas de propriedade privada, o que permite ao dono alugar, emprestar ou, mais raramente, vender. Nas restantes regiões, o fenómeno da guerra e a retracção da actividade humana provocaram uma diminuição da pressão sobre a terra e outros recursos naturais, o que permite a existência de terras aparentemente livres.
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Educação Actualmente, esta província encontra-se em fase de construção, e de habilitação, especialmente pelos danos caudados pela guerra. Por consequência as infra-estruturas não oferecem as condições necessarias para o devido enquadramento escolar nesta província. Assim, com vista a melhorar o nível de ensino na província, tem-se realizado seminários de capacitação pedagógica para elevação da qualificação dos professores. No ano lectivo 2002, para os dois subsistemas de ensino de base foi possível matricular os alunos. Tendo em conta a insuficiência de infra-estruturas e de recursos humanos, existiam neste sector 176.308 crianças em idade escolar fora do sistema de ensino e aprendizagem. Existem para a cobertura do ensino e assuntos administrativos, na província um total de 3.020 professores, o que é irrisório para o número de alunos que se encontram dentro do sistema de ensino: Professores:2.564 33
Administrativos: 125 Auxiliares: 331 A rede escolar pública da província é formada de 199 escolas com 111 situadas na área urbana. O sistema de ensino está praticamente restringido ao município de Malanje, onde estão localizadas 69% de todas as salas de aulas disponíveis. Os municípios de Marimba, Kangandala, Kundaia-Baze e Massango apresentam valores muito altos do ratio alunos/sala de aulas o que é indicador de escassez de infraestrutura escolar. O estado das infra-estruturas escolares na cidade de Malanje apresenta um elevado índice de degradação, com excepção de algumas escolas recentemente construídas ou reabilitadas, quer pelo Governo, quer por ONGs ou organizações religiosas. O equipamento escolar é quase inexistente e o material escolar depende grandemente do UNICEF, ONGs e organizações religiosas. Nos municípios a situação é de destruição quase total. A recuperação de algumas infra-estruturas escolares previstas no Programa de Investimen-
tos Públicos nunca chegou a ser materializada. Em 1992 foi inaugurado um Instituto Médio de Agricultura que, entretanto, foi destruído. A sua reconstrução foi iniciada no ano 2001 com fundos ao Orçamento Geral do Estado, mas está a processar-se de forma lenta. Existe em Malanje um Instituto Normal de Educação com cursos de Biologia/Química, Geografia/História e Matemática/ Física. No decorrer do ano de 2002 foi aberta uma secção do Instituto de Ciências Religiosas de Angola (TCRA) para formação de educadores sociais com equivalência de nível médio. A Direcção Provincial de Educação estabeleceu uma parceria com a ADRA (ONG angolana) para a superação pedagógica de 908 professores do ensino de base (1° nível). No quadro da expansão do ensino universitário público está prevista a criação de uma Escola Superior Politécnica especializada no ensino no ramo agrário, na perspectiva do aproveitamento conjunto das instalações do Instituto Médio Agrário. Em termos de formação profis-
sional existe um programa para os desmobilizados que tem como parceiros o Instituto de Reinserção Social dos ex-Militares (IRSEM) as Direcções Provinciais da Agricultura e Desenvolvimento Rural, as Obras Públicas, a Saúde, a Assistência e Reinserção Social e os Transportes e Comunicações. No âmbito da reconversão profissional está previsto um programa de formação nas áreas de carpintaria, alfaiataria, mecânica, serralharia, marcenaria e construção, que visará, também, as possibilidades de autoemprego. No mês de Abril de 2004 foi inaugurado um centro de formação nas antigas instalações da Obra Social de Maxinde. Adstrito à Direcção Provincial do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA) funciona um Centro de Formação e Treinamento, onde são capacitados os técnicos em termos da preparação das campanhas agrícolas. A formação de novos técnicos básicos está paralisada por falta de enquadramento dos formandos nos termos da reforma administrativa e da reconversão de carreiras em cur34
so. Existem outros três centros de formação públicos: Centro de Formação Básica de Docentes, Escola Técnica de Enfermagem (que suspendeu a sua acção por saturação do mercado de trabalho) e o Centro de Formação Profissional Ambulatório do Instituto Nacional de Formação Profissional (INAFOP). No sector privado existem duas escolas de informática e uma de contabilidade e gestão. Ligados à Igreja Católica existe o Lar do Gaiato, que procura apoiar crianças de rua, órfãos e outras crianças. A ADRA também possui um centro para formação de técnicos ligados ao desenvolvimento comunitário e de agricultores.
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Saúde dula e Kangandala, criando assim alguns problemas de distribuição do potencial humano no sector. CENÁRIO ACTUAL Número de camas existentes na província 237 Existem na província 13 hospitais, 36 centros de saúde e 97 postos de saúde, na sua maioria precisam de reomodelações e restruturações. A D.P.S. emprega neste momento 968 trabalhadores dos quais 5 médicos nacionais, 4 estrangeiros de nacionalidade Coreana, 2 enfermeiros especializados, 23 enfermeiros graduados, 239 enfermeiros gerais, 107 enfermeiros auxiliares, 82 promotores, 28 técnicos de diagnostico e terapêutica, 98 parteiras tradicionais e 310 trabalhadores administrativos. Estes técnicos por razões de instabilidade político militar na província, estão concentrados na sede da província e nos municípios de Cacuso, Kalan37
0,2 camas/1000 habitantes 0,1 médico/10.000 habitantes 0,05 téc. Médios/1000 habitantes 0,4 téc. Básicos/1000 habitantes 0,02 téc. Diagnostico/1000 habitantes Cobertura Vacinal BCG-----------81.4% Pólio-----------36.6% DTP-----------37.6% Sarampo------45.4% F. Amarela------24.7% Operacionalidade da rede sanitária (10%) Das 149 unidades sanitárias existentes só 15 funcionam (quadro n.º1).
GVC Gruppo Volontariato Civile ODAP Organização para o desenCobertura geográfica das redes volvimento e Ajuda do Povo sanitárias (21.4%) AMMIGA Associação dos AnDos 14 municípios só 4 têm unigolanos Militares Mutilados de dades sanitárias a funcionar. Guerra em Angola As doenças mais prevalentes são: ANGONORD Associação de AmiMalária, DDA, DRA, Tuberculose, zade Angola Paises Nordicos Shistosomíase, Tripanossomíase, ASAVECA Associação de SolidarSarampo e Febre Tifóide. iedade e Apoio aos Velhos e CriA taxa de mortalidade materna e anças Abandonadas de 4000/ 100.000 natos vivos. CAPC Convenção Angolana para o Indicadores de Serviço Aopoio do Povo Carente ONG s CONCERN Concern Worldwide Há algumas Organizações Não ADRA-A Acção para o DesenGovernamentais (ONG’s), de volvimento Rural e Ambiente ajuda humanitária presentes ADAC Associação para o desenna província da Huíla: volvimento e ajuda as comuniADMERA Acção Angolana para dades o Desenvolvimento do Meio ADA Associação dos desempregaRural e Ambiente dos de Angola IMC International Medical ICRC International Comitee of Corps the Red Cross ADRA-I Adventist DevelopMSF-H Médicos sem fronteiras ment and relief Agency Holanda OXFAM OXFAM- GB CVA Cruz vermelha de Angola AFAMODSA Associação de APDC Associação para a ProFamílias Monoparentes, Orfãos moção e Desenvolvimento das Desampardos Angola Comunidades OIKOS OIKOS - Cooperacao e NPA Norwegian Peoples Aid Desenvolvimento 38
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Economia
muita intensidade o artesanato e tem Malanje é subdicomo produção cesvidida em três zonas tos, sofás, bonecos Geo-Económicas, são diversos, peneiras, elas: O planalto de pilão, chapéus de soMalanje, a Baixa de bas (kijinga), pentes Kassanji e a Zona do de pau, mexeduras, Luando. luandos, esteiras, etc. A população vive esO material que é utisencialmente da agrilizado é o jungofe e a cultura, e a sua alimadeira de bambu. mentação tem como A pesca e o fabrico base a kisaca, o usse, de mel (principala carne de caça, kinmente na região do hanza e a ginguinga Songo), o fabrico de que sempre é acombebidas destiladas panhada de funge de e fermentadas (em farinha de milho ou toda a província), de mandioca. Apesar o artesanato (nas disso, Malanje posregiões de Massango sui uma pequena ine Marimba) são aldústria, no qual são gumas dessas activifabricados materiais dades, que poderiam de construção, produser incentivadas se se tos voltados para a melhorassem os ciralimentação e tabacuitos comerciais. A cos. Já na pecuária, recolecção de frutos destaca-se por possuir silvestres e cogumelos gado bovino, caprino, e de larvas de insecsuíno e ovino. tos constituem tamA população de bém actividades imMalanje, pratica com 41
portantes. Existem alguns aeródromos, dentre eles temos os aeroportos asfaltados da cidade de Malange e Kapanda. O acesso rodoviário pode ser feito por estradas A maior estrada asfaltada atravessa a provincia no sentido Oeste-Este passando pelos munícipios de Cacuso, Malange, Caculama e Comuna do Xandel município do Quela. Existem ramais asfaltados para Calandula e Cangandala. A província é rica em algumas espécies vegetais de elevado valor madeireiro como o pau preto, a pangapanga e a kibaba, entre outras. A província possui vários minerais tais como: manganês, cobre, ferro, diamantes, granito, calcário e minerais
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Projectos
INFRA-ESTRUTURA DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO RURAL Os armazéns, as sedes das Estações de Desenvolvimento Agrário, Regiões Agrícolas, Formações Sanitárias, Canais de Irrigação, Barragens, Câmaras de Expurgo para conservação de semente, necessitam de restruturação.
Agricultura
O Projecto de Desenvolvimento das Culturas Alimentares da Região Norte (PRODECA) funciona sob tutela do IDA. O projecto decorre até fim de 2005 e é financiado por um empréstimo do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e uma doação do Governo da Bélgica, respectivamente com 12,6 e 2,5 milhões de dólares ou seja um total de 14,1 milhões de dólares, tendo havido um complemento de seis milhões para o período 2004-2005. Os principais eixos de trabalho 43
do projecto são a extensão, a investigação adaptativa, a multiplicação de sementes, a formação em extensão e a reabilitação comunitária. Presentemente 4600 camponeses são apoiados directamente e está a ser construído um centro de investigação adaptativa que servirá de base à multiplicação de sementes e à procura de soluções para as necessidades dos camponeses da região. O projecto vai iniciar a reabilitação de armazéns para possibilitar o armazenamento e a conservação de sementes. Tendo em conta a sua vocação para o desenvolvimento rural o PRODECA financiou os seguintes projectos: Reabilitação e equipamento do posto de saúde da Maxinde; Reabilitação de vinte bombas de água manuais em Cacuso; Abertura de dez poços de água em Cacuso; Reparação de duas pontes (Lombe e Késsua); Construção de três escolas em Kambondo do Kuje (Malanje) ainda em curso; Aquisição de ferramentas agrícolas
e sementes; Multiplicação de sementes de milho e propágulos de mandioca. O Governo assinou um contrato com a MECANAGRO para preparação de terras em 1500 hectares, principalmente destinados às populações que regressam às suas áreas de origem. Os trabalhos não foram devidamente organizados e coordenados e resultaram num fracasso, pois, talvez devido ao facto de tanto o trabalho de mecanização como as sementes terem sido fornecidas de forma gratuita, a assumpção pelos camponeses foi quase nula, não foram feitos as sachas e as culturas perderam-se.
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Turismo Como chegar As principais companhias aéreas comerciais voam para a província. As rodoviárias de acesso à província têm sido alvo de obras de reparação, sendo já possível chegar a província vindo da capital.
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Onde ficar Existem algumas opções de hotéis e residenciais em Malanje.
Para visitar Existem na província vários parques e reservas florestais de entre os quais: Cascatas de Musselenge – a 95 km da capital são propícias para banhos. Foz do Amor e Nascente do Amor – a 15 km da cidade, aqui situa-se a nascente do rio Malange. Miradouro do Morro de Kabatuquila – situado no município do Quela a 115 km da cidade de Malange tem uma vista de rara beleza. Parque nacional da Kangandala – com cerca de 600 km2 é especialmente rico em espécies de aves como por exemplo: patos bravos, capotas, perdizes, pombos, entre outros. Aqui encontra-se também a palanca negra gigante. Reserva florestal do Caminhode-ferro de Malange – tem cerca de 200 km2. Reserva florestal Samba-Lucala – tem 400 km2 com vales e savanas. Por aqui passam o Rio Kionga e Rio Cauneia. Há ainda a mencionar uma Reserva Natural do Luando que se situa entre a província de Malange e Bié. Tem 8.280 km2. Exis-
tem na província duas bacias hidrográficas, a do Rio Zaire e do Rio Kwanza. Existem, também, a lagoa de Quipemba, do Dombo, e de Sagia. A 85km do centro da cidade encontramse as Quedas de Kalandula. Com uma altura de 105 m de deixar qualquer visitante extasiado pela sua beleza impar. Pedra Negras de Pungo Andongo – encontram- se a 116 km da cidade e são um espectáculo natural quase surrealista com pedras monumentais que se erguem por entre a vegetação. Segundo a lenda a Rainha Ginga organizava aqui orgias e sessões de tortura dos seus oponentes. Aqui dizem estarem marcadas na pedra as suas pegadas e do seu pai N’gola Kiluange. Furnas do Cacolo - onde se encontram ruínas primitivas debaixo das pedras e jazigos naturais. Existem na província alguns cemitérios que importa mencionar pela sua importância histórica. São estes os Cemitérios de Cambundi-Catembo, Cemitério da Kizenga e ainda outros Cemitérios históricos nos municípios de 46
Caculama e Cacuso, onde estão enterrados muitos dos que se revoltaram contra as forças coloniais. No município de Kiwaba N’zogi encontram- se os túmulos da Rainha Ginga e Ngola Mbandi. Existem ainda algumas ruínas que importa mencionar – Ruínas de Cacumbo, Ruínas da fortaleza de Pungo-Andongo (1671) e as ruínas da fábrica do Quissol, de 1820 (em N’Zongola e Madimba). Em termos de arquitectura religiosa há a mencionar a Igreja Evangelica do Quêssua.
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Onde comer A gastronomia local, como na maior parte do país baseia-se no funge (ou pirão de milho) ou bombó (mandioca) acompanhado de molho de usse, kizaca ou ginguinga (prato feito com miudezas).
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Onde divertir-se Existem duas opções e apenas no município de Malanje
Festas e eventos
As festas da cidade são a 13 de Fevereiro.O aniversário do Massacre da Baixa de Kassange, a 4
de Janeiro é também muito celebrado. Os batuques, a marimba e o kissange são os instrumentos que temperam as danças desta região
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Onde Relaxar Ilha do Kwanza – situada no município da Cangandala, tem locais propícios para banhos, e é também o local onde se pode avistar a palanca negra gigante. Quedas de Kalandula – quedas de mais de 105m de altura. Eram anteriormente conhecidas como Quedas de Duque de Bragança. São quedas de incrível beleza, e um dos postais turísticos incontornáveis. Aqui existe um miradouro e uma zona propícia para piqueniques. Há ainda a referir as Quedas de S. Francisco José, Quedas do Colo e as Quedas rápidas do Luino.
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Onde comprar No município de Marimba, Quirima e Massango são manufacturados vários produtos artesanais de interesse, como cestaria, esculturas, pentes e cachimbos em madeira, assim como o kijunga – chapéu dos sobas
Prática de Desportos Na Lagoa da Quipemba (Kambundi-Katembo) e do Dombo (Luquembo) e Lagoa da Sagia (Quela) existem condições para pesca desportiva
Itinerários Terra da Palanca Negra GiganteFazem parte das maiores atracções turísticas o Parque Nacional de Cangandala, habitat natural da Palanca Negra Gigante; a reserva parcial e integral do Luando; as pedras negras de Pungo Andongo, local histórico e de rara beleza natural, a oeste da cidade, a 116 km da capital; as Quedas de Calandula (ex. Duque de Bragança) a 85 km da capital; a barragem de Capanda, a maior Hidrelétrica do país e ainda em fase de conclusão.
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Um novo olhar sobre Malanje
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Hoteis em Malanje
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Turismo em Malane
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Guia da cidade de Malanje
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