Ensaio Visual Ed.#07

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ensaio visual artigos ensaios entrevistas

Fotogramas: Uma Nova Narrativa por adreson

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#7 artigos ensaios entrevistas ensaio visual

Fotogramas “Os efeitos do encanto entorpecente o deixaram aos poucos. Agora que as luzes estavam acesas e a realidade retornara, olhou ao redor.” John Fante

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s primeiras experiências fotográficas foram realizadas sem câmera e resultaram em imagens que hoje chamamos fotogramas. Estas experiências foram fundamentais para o avanço dos processos fotográficos. Os experimentos de Talbot Fox e Niepce, realizado quase um século antes, foram resgatados por artistas como Moholy-Nagy e Man Ray. Produzindo trabalhos que foram importantes para o movimento dadaísta e surrealista do começo do século XX. Através da busca de um trabalho que fosse diferente da minha produção fotográfica comecei a investir numa experimentação de uma prática simples que é a do fotograma. Indo além dos exercícios básicos (folhas e objetos simples) das aulas de fotografia no laboratório, explorei composições e resultados através do processo tradicional (já quase histórico). Utilizando referências da tipografia, anatomia, gravuras medievais, mapas estelares e inclusive a própria fotografia. São como elementos sintáticos de uma linguagem em formação, buscando ser autônoma apesar de ser constituída de inúmeras “citações” ou apropriações de elementos visuais pré-existentes em sua totalidade. 182

Sobre as imagens As imagens deste ensaio não se propõem a criar novos enredos ou outras perspectivas, mas trazem a lembrança de que “é preciso reinventar os modos de habitar o mundo” (BOURRIAUD, 2009) e estas reflexões (sobre o mundo e como nos relacionamos com ele) são necessárias e uma das razões da Arte estar presente no espaço da universidade . As imagens propõe ao público e aos artistas que deve-se usar o mundo para criar novas narrativas, não resignar-se a uma contemplação passiva. Há uma miríade de elementos: tipografia (caracteres e palavras), circuitos eletrônicos, jogos, esqueletos, corpos, absurdo, non-sense, fragmentos de outras fotografias, mapas, gravuras antigas e até meus próprios desenhos. Sobre os temas escolhidos é possível afirmar que, além de constituir parte de meu repertório cultural, também representam os infinitos pensamentos que nem sempre se concatenam, em meio a uma rotina acelerada e desconexa que induz a fazer tudo ao mesmo tempo, numa crescente vertiginosa. As características formais das composições: saturação, fragmentação, sobreposição, assimetria, equilíbrio, densidade, complexidade, multiplicidade; são parte do objetivo de elaborar imagens diversas, únicas entre si, mesmo contendo o mesmo conjunto de elementos pictóricos. Adreson Sá

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Fotogramas “Os efeitos do encanto entorpecente o deixaram aos poucos. Agora que as luzes estavam acesas e a realidade retornara, olhou ao redor.” John Fante

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s primeiras experiências fotográficas foram realizadas sem câmera e resultaram em imagens que hoje chamamos fotogramas. Estas experiências foram fundamentais para o avanço dos processos fotográficos. Os experimentos de Talbot Fox e Niepce, realizado quase um século antes, foram resgatados por artistas como Moholy-Nagy e Man Ray. Produzindo trabalhos que foram importantes para o movimento dadaísta e surrealista do começo do século XX. Através da busca de um trabalho que fosse diferente da minha produção fotográfica comecei a investir numa experimentação de uma prática simples que é a do fotograma. Indo além dos exercícios básicos (folhas e objetos simples) das aulas de fotografia no laboratório, explorei composições e resultados através do processo tradicional (já quase histórico). Utilizando referências da tipografia, anatomia, gravuras medievais, mapas estelares e inclusive a própria fotografia. São como elementos sintáticos de uma linguagem em formação, buscando ser autônoma apesar de ser constituída de inúmeras “citações” ou apropriações de elementos visuais pré-existentes em sua totalidade. 182

Sobre as imagens As imagens deste ensaio não se propõem a criar novos enredos ou outras perspectivas, mas trazem a lembrança de que “é preciso reinventar os modos de habitar o mundo” (BOURRIAUD, 2009) e estas reflexões (sobre o mundo e como nos relacionamos com ele) são necessárias e uma das razões da Arte estar presente no espaço da universidade . As imagens propõe ao público e aos artistas que deve-se usar o mundo para criar novas narrativas, não resignar-se a uma contemplação passiva. Há uma miríade de elementos: tipografia (caracteres e palavras), circuitos eletrônicos, jogos, esqueletos, corpos, absurdo, non-sense, fragmentos de outras fotografias, mapas, gravuras antigas e até meus próprios desenhos. Sobre os temas escolhidos é possível afirmar que, além de constituir parte de meu repertório cultural, também representam os infinitos pensamentos que nem sempre se concatenam, em meio a uma rotina acelerada e desconexa que induz a fazer tudo ao mesmo tempo, numa crescente vertiginosa. As características formais das composições: saturação, fragmentação, sobreposição, assimetria, equilíbrio, densidade, complexidade, multiplicidade; são parte do objetivo de elaborar imagens diversas, únicas entre si, mesmo contendo o mesmo conjunto de elementos pictóricos. Adreson Sá

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#7

Expediente Editores Alexandre Nicolodi Denis Nicola Conselho Editorial Maria Ivone dos Santos Neiva Maria Fonseca Bohns Paulo Gomes Paula Ramos Design Editorial Natália Gomes Design de Web Adreson Sá

ISSN 1984-624X Panorama Crítico. Revista Bimestral de Arte Contemporânea


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Expediente Editores Alexandre Nicolodi Denis Nicola Conselho Editorial Maria Ivone dos Santos Neiva Maria Fonseca Bohns Paulo Gomes Paula Ramos Design Editorial Natália Gomes Design de Web Adreson Sá

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