Jornal PANROTAS 1180

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R$ 11,00 - Ano 23 - nº 1.180 19 a 25 de agosto de 2015

Adesão ao aplicativo de transporte de pessoas avança no Brasil e, como no resto do mundo, gera polêmica entre determinados setores da sociedade. E a sua empresa, faz uso do Uber?

> Página 02 e Caderno TENDÊNCIAS E TECNOLOGIA

Divulgação

UBER ou


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LEIA NESTA EDIÇÃO

19 a 25 de agosto 2015 JORNAL PANROTAS

Check-IN

Páginas 06 a 09

Os melhores promotores em cartão de assistência

Pedro Javier, CEO da operadora Século XXI, que recentemente finalizou seu processo de Recuperação Judicial

S

É preciso trabalhar no preventivo, pois no nosso segmento não podemos nos dar ao luxo de criar passivos. Somos intermediários

Páginas 10 a 12

Como a operadora Século XXI sobreviveu à Recuperação Judicial

Ricardo Coutinho,

governador da Paraíba, durante a inauguração do Teatro da Pedra, que marcou o fim da terceira e última etapa da construção do Centro de Convenções de João Pessoa

Páginas 20 a 22

Patrícia Coutinho, presidente da ABIH-MG, que é contra novos hotéis em Belo Horizonte nos próximos anos devido à alta oferta de leitos na cidade

A cobertura do Salão Rota 101 Nordeste

Páginas 26 e 27

Saiba quem é quem na Designer Tours

PANROTAS 6/8 a 12/8

1 Tam e Lan unem marcas e criam nova aérea; conheça – em 6/8

2 Caso Nascimento: confira detalhes da recuperação judicial – em 12/8

3 Brasil tem cinco novas agências de viagens na Virtuoso – em 10/8

4 HU, Flytour e Tam Viagens têm vagas

Conheça Rob Karp – em 11/8

6 Há 15 anos: relembre a carta de falência da Soletur – em 7/8

7 Vendas da Rextur Advance caem 4% no primeiro semestre – em 6/8

8 Latam deve investir US$ 40 milhões em nova marca – em 6/8

9 CVC abre 10 vagas para vendedor em São Paulo – em 7/8

10 Taxistas que agrediram motorista do Uber serão punidos – em 10/8

11 Tour House recruta profissionais para

A partir de agora, a Paraíba pode brigar por eventos e shows de grande porte, pois temos um local adequado para sediá-los. Creio que João Pessoa será o grande destino turístico dos próximos dez ou 15 anos

Editorial >

>

DO PORTAL

5 Consultor de viagens aos 14 anos?

João Pessoa tem novo centro de convenções

D

em quatro Estados – em 12/8

Queremos discutir a penalidade e multa aplicada aos hotéis que não foram abertos até 30 de junho de 2014. Se hoje já vivenciamos essa crise, imagina com a abertura de outros 11 hotéis

Páginas 16 a 18

UE Q A T ES

Alex Souza

>

SP e RJ; veja vagas – em 7/8

12 BRT Operadora anuncia nova estrutura de gestão – em 12/8

13 “Vai ter morte”, afirma presidente da Simtetaxis sobre Uber – em 7/8

14 CVC anuncia promoção de Carolina Stucchi – em 6/8

15 Braztoa: “ADV está adotando posição

alex@panrotas.com.br

profissional” – em 7/8

Assista ao editorial comentado na versão digital do JP

Uber, táxis e agências Destruição de carros, agressões, sequestro. É ou não é estarrecedor o modo pelo qual uma parte dos taxistas lida com motoristas do Uber? Às vezes a impressão que se tem é que o mundo voltou séculos no tempo, à Idade Média, talvez à Idade da Pedra, diante de tamanha selvageria e comportamentos dos mais abomináveis. A presença cada vez mais forte do Uber no Brasil e fora dele revela que há algo de errado com os táxis convencionais. Ou, no mínimo, algo a ser repensado e aprimorado. Os usuários do Uber são praticamente unânimes quanto ao elevado padrão do serviço, no que diz respeito, principalmente, ao conforto dos veículos utilizados e ao ótimo atendimento prestado pelos motoristas. Quantos de nós, em São Paulo, Rio de Janeiro, Paris ou Buenos Aires, já não sofremos com taxistas

mal-educados, muitas vezes desonestos e com carros em situação precária de higiene? Em uma recente viagem a Nova York, um grupo de agentes de viagens acompanhado pela reportagem do JP teve a corrida negada por três táxis diferentes, parados um atrás do outro em um ponto de Manhattan. Até que um dos profissionais se lembrou do Uber, acionou o aplicativo e, rapidamente, teve a corrida atendida. Diante desse embate, também chama a atenção a maneira “protecionista” como os taxistas lidam com o novo serviço. Ok, durante décadas a classe foi a única responsável pelo transporte individual de passageiros, mas o tempo e o mercado não pararam, a tecnologia se desenvolve com uma rapidez sem precedentes e, bingo, criou-se um novo player para o se-

tor. Que, claro, deve ser devidamente regulamentado pelo Estado por se tratar de uma atividade econômica. Mas que não pode deixar de existir simplesmente devido a essa espécie de reserva de mercado defendida por uma classe. Lembra um pouco a postura de muitos agentes de viagens que esbravejam sempre que podem contra OTAs, fornecedores que comercializam direto ou contra quem quer que venda viagens. Como se se vender viagens fosse uma propriedade privada aos cuidados exclusivos dos agentes. Para a classe dos taxistas e para a dos agentes de viagens, não há outra saída: é preciso fazer diferente de como se fazia no passado. Não brigar contra as mudanças e o desenvolvimento do mercado e da tecnologia. Caso contrário, bem, caso contrário...


03 Expediente

19 a 25 de agosto 2015 JORNAL PANROTAS

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Aviação

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> Diego Verticchio

Avanço no Galeão UM ANO APÓS ASSUMIR A ADMINISTRAÇÃO DO AEROPORTO INTERNACIONAL ANTONIO CARLOS JOBIM (GALEÃO), O CONSÓRCIO RIOGALEÃO, FORMADO pelas empresas Odebrecht TransPort e Changi Airports International, realizou 60% das obras de infraestrutura programadas. A previsão é que toda a reforma esteja pronta no final de abril do próximo ano, a tempo dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Se o cronograma for mantido, o consórcio terá investido R$ 2 bilhões, quase a metade dos R$ 5,2 bilhões previstos até 2039, quando se encerra o contrato. Na semana passada, quando da marca de um ano do início da nova administração, a reportagem da PANROTAS foi até o aeroporto conhecer detalhes do projeto, que segundo o presidente do consórcio, Luiz Rocha, fará do equipamento um dos mais modernos da América Latina. “Nossa referência é o Aeroporto de Cingapura, administrado pelo Changi Airports e considerado um dos melhores do mundo”, afirmou. A primeira fase de obra, prevista para ser concluída em abril, prevê a construção do Píer Sul, com 100 mil m², que terá 40 novas pontes de embarque (14 fixas e 26 móveis), novos banheiros e fraldários, duplicação a área de Duty Free para oito mil metros quadrados, além de 14 esteiras rolantes, 14 elevadores, seis escadas rolantes e cerca de sete mil metros quadrados dedicados a salas vips. Todas essas obras estarão no Terminal 2, onde hoje se concentram 11 companhias aéreas, entre elas as norte-americanas (American Airlines, Delta e United), Lufthansa, Tap, Emirates, Taag, Tam e Passaredo. Ainda no Terminal 2 serão inaugurados 12 pórticos de raio-x, 12 elevadores e 15 escadas

Parte do aeroporto ainda é um canteiro de obras

rolantes. Ao final das obras, serão aproximadamente 30 mil m² destinados a novos estabelecimentos comerciais no píer e no terminal 2. A concessionária também concluirá a revitalização e automatização dos sistemas de energia, ar-condicionado e sinalização. No Terminal 1 foram realizadas obras de ampliação no Setor A, espaço inutilizado pela Infraero, responsável até então pela utilização do aeroporto. “Este novo píer será usado somente para embarque e desembarque, novos espaços para restaurantes e lojas, todo processo de check-in assim como a esteira de bagagem continuarão sendo onde é hoje. Para fazer esse caminho, o passageiro poderá andar por esteiras rolantes similares àquelas que estão nos principais aeroportos do mundo”, explicou o presi-

dente do consórcio, Luiz Rocha. As obras de melhorias incluem, ainda, o edifício-garagem com acesso direto ao terminal 2, que terá sete andares e 2,7 mil novas vagas, com sistema de informação automatizada sobre a disponibilidade em cada um dos andares.

Tabela de investimentos

Luiz Rocha, presidente da Riogaleão

Plano de investimentos até 2039

R$ 5,2 bilhões

Plano de investimentos até 2016

R$ 2 bilhões

Sistema elétrico

R$ 13 milhões

Sistema de ar-condicionado

R$ 12 milhões

Sistema de sonorização

R$ 2,2 milhões

Terminal de cargas

R$ 26 milhões

Escadas rolantes

R$ 6 milhões

Modernização dos estacionamentos

R$ 20 milhões

Esteiras rolantes (conector dos Terminais 1 e 2)

R$ 3 milhões

33 Novas pontes de embarque

R$ 46 milhões

Com as mudanças, o Galeão poderá receber o tão esperado A380, considerado o maior avião de passageiros do mundo — a aeronave deve vir durante os Jogos Olímpicos. Segundo Rocha, já há tratativas com uma delegação para que traga seus atletas em um A380.

BANCODEDADOS GALEÃO: NÚMEROS E DADOS

ll Fluxo de paxs/dia: 50 mil ll Paxs em 2014: 17,3 milhões ll Companhias aéreas: 21 ll Quantidade de voos/ano: 140,5 mil

(pousos e decolagens)

ll Lojas (varejo): 50 ll Quarto de hotéis: 250 ll Top 5 destinos (nacionais): São Paulo,

Salvador, Porto Alegre, Curitiba e Recife

ll Top 5 destinos (internacionais): Estados Unidos, França, Argentina, Portugal e Chile



06 Melhores promotores

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> Danilo Alves

Reconhecido Promotores Cartões de Assistência GELDER CARVALHO Gelder Carvalho, executivo de Contas da Affinity há um ano, disse que a grande conquista da carreira é estar entre os melhores promotores do turismo, eleitos a partir de pesquisa da PANROTAS junto aos leitores do portal. Quando foi informado pela reportagem que seu nome constava na lista, ele nem desconfiava que liderava o ranking na categoria

Cartões de Assistência. Na visão de Carvalho, a proximidade com o agente de viagens é fator essencial de seu trabalho. “O foco não pode estar apenas na visita, mas na parceria que há entre as duas partes. É preciso valorizar as pessoas, o ser humano. O turismo é feito de relacionamento”, ele diz. Foi o atendimento que, segundo o executivo, fez seus clientes o acompanharem na mudança de empresa. “Muitos dos agentes de viagens que trabalhavam comigo na Coris, onde fiquei sete

Empresa: Affinity Assistência Idade: 42 anos Cargo: executivo de Contas Tempo de empresa: um ano Tempo de turismo: 18 anos Empresas em que trabalhou: Varig, Tam e Coris Estado civil: casado Por que você está entre os melhores? Pela proximidade com o agente de viagens, algo que prezo muito. Não foco só em visitas, mas também em um contato por e-mail e telefone. Qual é a grande conquista da sua carreira? Alcançar o reconhecimento dos agente de viagens. Eu tenho um ano de Affinity e já estou entre os melhores do turismo da PANROTAS. Outra conquista foi ter registrado, em um ano, o volume de vendas que eu tinha na Coris, onde fiquei por sete anos.

MARIA FERNANDA NEME BRANCO Empresa: GTA Idade: 34 anos Cargo: executiva de Contas Tempo de empresa: dois anos e meio Tempo de turismo: três anos Empresas em que trabalhou: BTB Viagens Estado civil: solteira Por que você está entre os melhores? Acho que pelo atendimento e suporte que presto aos clientes. Qual é a grande conquista da sua carreira? Receber o Top Aviesp pela empresa que estou. Quem é sua fonte de inspiração na vida? Deus. Porque tenho muita fé e é nele que acredito. Eu agradeço sempre a Ele em primeiro lugar. Quem é sua fonte de inspiração no turismo? Celso Guelfi. Eu o conheço como ser humano e o considero uma pessoa espetacular, tanto no

pessoal como no profissional. Dicas para quem está começando na profissão: ter persistência. A concorrência está enorme e se sobressairá quem prestar o melhor atendimento. É necessário almejar mais e ser um profissional ambicioso, com foco no crescimento. Em tempo de crise, como ser diferente? O atendimento é o fator primordial nesse cenário que vivemos. Com ele, você consegue driblar a crise. É fundamental também ter um suporte da empresa e isso eu posso garantir que tenho da GTA.

anos, foram comigo pra Affinity”, comemora o profissional, que já acumula 18 anos no setor e passagens pela Varig e Tam. De acordo com o promotor, cartão de assistência é o produto mais importante de uma viagem, mas é um dos últimos a ser comprado. “Meu trabalho ao longo desses anos tem sido conscientizar o agente da necessidade de vender assistência para o viajante, protegendo ambos os lados de um eventualidade que pode gerar custos altíssimos”, concluiu.

Quem é sua fonte de inspiração na vida? João Paulo 2o. Independentemente do ramo que a gente trabalha, é preciso valorizar as pessoas. E acho que ele seguiu por essa linha e valorizou muito o ser humano enquanto viveu. Quem é sua fonte de inspiração no turismo? O Comandante Rolim. Ele tinha a mesma filosofia de vida do João Paulo 2º, de valorizar as pessoas, tratar os colaboradores dele pelo nome. Sempre admirei isso. Dicas para quem está começando na profissão: a primeira é estudar e ler o máximo possível. Mas é importante também saber o telefone e o contato de quem sabe algo que por algum motivo você não saiba responder. Em tempo de crise, como ser diferente? Eu acho que é possível crescer na crise. Ninguém quer crise, obviamente, mas ela é uma ferramenta para eu crescer de uma forma que talvez não cresceria. Isto é, novas oportunidades estão sendo descobertas nesse período e é preciso explorá-las da melhor forma possível.


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RANKING DOS MELHORES PROMOTORES CARTÕES DE ASSISTÊNCIA INTERIOR PAULISTA 1 – Gelder Carvalho 2 – Maria Fernanda Neme Branco 3 – Gustavo Fernando Oliveira 3 – Zhivago Souza Silva 5 –Agenor Bertoni 5 – Juliana Matos de Lima > Continua na pág. 08

GUSTAVO FERNANDO OLIVEIRA Empresa: Travel Ace Idade: 36 anos Cargo: executivo de Contas Tempo de empresa: um ano e dez meses Tempo de turismo: seis anos Empresas em que trabalhou: CI Piracibaca e agência Monte Alegre Estado civil: solteiro Por que você está entre os melhores? O relacionamento com os clientes e a frequência das visitas. Eu criei um vínculo com meus clientes. Qual é a grande conquista da sua carreira? Conseguir comprar o meu carro e o reconhecimento do mercado. Quem é sua fonte de inspiração na vida? Meu pai, Joel Oliveira, por ter sido uma pessoa que começou a trabalhar muito cedo e conseguiu conquistar muitas coisas. Quem é sua fonte de inspiração no turismo? Cláudio Gebenlian, porque me deu a oportunidade de sair do balcão e ir para rua, além de me ensinar tudo o que eu sei hoje de cartão de assistência. Dicas para quem está começando na profissão: Paciência, persistência e simpatia. Em tempo de crise, como ser diferente? A crise existe, mas não deixamos ela atingir o nosso dia a dia. Procuro estar cada vez mais presente entre os meus clientes.


< Continuação da pág. 07

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ZHIVAGO SOUZA SILVA Empresa: GTA Idade: 29 anos Cargo: executivo de Contas Tempo de empresa: dois anos e oito meses Tempo de turismo: três anos e seis meses Empresas em que trabalhou: Ancoradouro Estado civil: solteiro Por que você está entre os melhores? A credibilidade da marca no mercado e o atendimento que eu presto aos clientes. Qual é a grande conquista da sua carreira? A conquista vai acontecendo aos poucos. Ainda estou subindo os degraus, mas posso dizer que estou satisfeito com o meu atual trabalho e que acredito no meu crescimento. Quem é sua fonte de inspiração na vida? Meu pai, Sebastião Roberto da Silva. Porque ele é um exemplo de caráter e profissionalismo. Quem é sua fonte de inspiração no turismo? César Lima e Heder Marques, da Harmônica Turismo. Eles me ensinaram tudo o que eu sei hoje de gerenciamento comercial. Dicas para quem está começando na profissão: é preciso ter paciência, estudo e dedicação ao trabalho e ao produto que representa. Em tempo de crise, como ser diferente? O presidente da GTA, Celso Guelfi, disse uma vez que em tempos de crise surgem novos vencedores, que nós temos é que encontrar oportunidades. Para driblar a crise, procuro estar sempre atento as novidades do mercado e a novos nichos

AGENOR BERTONI Empresa: GTA Idade: 40 anos Cargo: representante Tempo de empresa: nove anos Tempo de turismo: nove anos Estado civil: casado Por que você está entre os melhores? Trabalho sério, com ética e muita simplicidade e humildade. Além de trabalhar com uma empresa profissional. Qual é a grande conquista da sua carreira? Ser reconhecido pelo mercado, como é o caso da eleição dos melhores promotores da PANROTAS. Quem é sua fonte de inspiração na vida? Minha maior fonte é Deus e toda a minha família, que sempre me apoiou. Quem é sua fonte de inspiração no turismo? Minha maior inspiração profissional é o presidente da GTA, Celso Guelfi. Ele me ensina muito todos os dias, me tornei fã da pessoa e do empresário que ele é. Dicas para quem está começando na profissão: precisa ter muita humildade, dedicação, transparência, comprometimento e ética. Em tempo de crise, como ser diferente? A gente trabalha cada dia mais próximo do cliente. É preciso transpirar e sair pra rua, encontrar os parceiros e promover a marca da GTA no mercado.


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JULIANA MATOS DE LIMA Empresa: Assist Card Idade: 29 anos Cargo: coordenadora comercial Tempo de empresa: 18 meses Tempo de turismo: nove anos Empresas em que trabalhou: Flytour e Ancoradouro Estado civil: solteira Por que você está entre os melhores? O principal é o relacionamento que tenho com as 120 agências na região do Vale do Paraíba e litoral. Qual é a grande conquista da sua carreira? O reconhecimento profissional. Quem é sua fonte de inspiração na vida?

PAN N o t a s Esferatur em JPA A Esferatur anunciou a contratação do executivo de Vendas Joaquim Lobo, que atuará em home-office na cidade de João Pessoa. O profissional atende pelos seguintes contatos: (83) 981014859 e (81) 3049-5600 e e-mail joaquim.lobo@esferatur.com.br.

Aeroportos no Pará

Os 24 aeroportos paraenses contemplados pelo Programa de Aviação Regional da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República ficarão sob gestão do governo do Estado. O governador do Pará, Simão Jatene, assumiu o compromisso de entregar a gestão dos equipamentos a um órgão estadual, em decisão durante a visita técnica da SAC às regiões de Paragominas, Conceição do Araguaia e Itaituba, na última semana. A medida foi tomada por conta do não preenchimento de requisitos necessários previstos pelo Plano Geral de Outorgas por parte da maioria dos municípios, o que os torna inadequados para a gestão dos aeroportos.

Contratação

A empresa de cartões de assistência Flycard anunciou a contratação do ex-MMTGapnet Carlos Moretti para a equipe de Vendas de Campinas e região. O executivo possui mais de 30 anos de experiência no turismo e relacionamento com agentes de viagens do interior de São Paulo. “Moretti agregará força de vendas na equipe comercial de Campinas e levará os diferenciais do cartão de assistência para nossos parceiros”, explica o diretor comercial, João Paulo Stelczyk.

Minha filha Maria Júlia Lima, de sete anos. Quem é sua fonte de inspiração no turismo? Elói de Oliveira, da Flytour. Ele tem uma história de vida bacana e que emociona muita gente. Dicas para quem está começando na profissão: ter paixão no que faz, tratar o cliente como único. Em tempo de crise, como ser diferente? Eu vejo a crise como um momento de oportunidades. É a hora que a gente vê quem são os nossos verdadeiros parceiros. Tento me estreitar ainda mais o relacionamento que eu tenho com os clientes da empresa.


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Operadoras

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> Alex Souza

Recuperada

Pedro Javier, CEO da Século XXI

A atual crise econômica é como aquele parente distante que toca a campainha, entra sem que você tenha feito o convite, se instala na sala e ali fica por dias, abusando da sua paciência e boa vontade. Até o momento em que você não aguenta mais e toma uma atitude. Na sala de estar do turismo, assim como na da maioria dos outros setores, a crise também está deitada no sofá, com o controle remoto na mão. Por conta dela e, obviamente, de outros fatores, receitas diminuem, cortes em diversas esferas são feitos, empresas quebram e outras entram em situação bem delicada. Por outro lado, há boas notícias e cases de sucesso que, além de trazerem luz ao túnel, são capazes de inspirar empresas a terem uma conversa séria com aquele que teima em se sentir parte da casa. Em 2008, o dólar flutuava na casa de R$ 1,42, fazendo a alegria de empresas focadas no emissivo para países como os Estados Unidos. Porém, em fenômeno similar ao atual, a moeda

norte-americana disparou, chegou a R$ 2,30 e trouxe o caos para muitas das companhias que até então surfavam a boa onda. Uma delas foi a operadora Século XXI, que na época ocupava dois andares de um prédio no bairro nobre do Itaim Bibi, em São Paulo, com cerca de 90 funcionários, e sofria também devido ao fechamento recente de outra empresa. A crise perdurou pelos anos seguintes até que, em 2011, a direção da companhia tomou uma decisão difícil para qualquer empresário: entrar em Recuperação Judicial (RJ). Porém, a opção pela RJ, que à primeira vista pode soar como o início do fim, foi o fôlego que a operadora precisava para colocar os negócios em dia, ocupar o tempo com o presente e o futuro e, assim, poder voltar a viver bons momentos. No último dia 23 de julho, a Século XXI anunciou o final do processo de Recuperação Judicial, aceito pela Justiça devido ao cumprimento de todas as exigências legais a que foi imposta. Mas qual foi a fórmula para a com-

panhia ter conseguido sobreviver durante o momento difícil? O CEO Pedro Javier revela: não ter demorado para optar pela RJ. “Nós entramos em Recuperação Judicial em um momento em que nossas operações ainda eram viáveis”. “Um dos grandes problemas dos empresários é deixar para entrar quando a empresa está prestes a quebrar.” O processo de Recuperação Judicial consiste, inicialmente, no desenvolvimento de um plano obrigatoriamente elaborado por um terceiro, uma empresa externa de auditoria. Ela se debruça sobre as contas e os passivos e desenha o plano juntamente com o empresário. O passo seguinte é a apresentação do projeto a uma assembleia de credores, responsável por aprová-lo ou não. No caso da Século XXI, o plano consistiu, basicamente, na concessão de desconto sobre a dívida total de R$ 2,3 milhões e no parcelamento do passivo. Mas, se a solução é descontar e parcelar a dívida, por que entrar em RJ ao invés de fazer as mesmas soli-

citações diretamente aos credores? “Porque eles não vão aceitar”, resume Marcelo Soares Vianna, advogado da Século XXI e um dos responsáveis pela retomada da operadora. “A auditoria te diz onde está o problema e, a partir daí, você vê qual desconto precisa para voltar a ter o giro semanal da empresa”, complementa Javier.

DISCRIÇÃO

Mesmo durante a Recuperação Judicial, os clientes da Século XXI continuaram comprando e os fornecedores, vendendo. A relação comercial não foi alterada. Javier e Vianna explicam que pedidos de RJ devem, obrigatoriamente, constar na Junta Comercial do Estado onde a empresa está instalada. Estão, portanto, passíveis de consulta pública. A companhia afetada, porém, não tem a obrigação de ela própria divulgar a informação por outros meios. A estratégia da operadora foi pedir a Recuperação Judicial e continuar trabalhando normalmente. Tanto que, quando a PANROTAS publicou nas redes sociais a informa-


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ção do término da RJ, alguns agentes revelaram não saber que a empresa sequer havia entrado no processo. “Nós optamos por não alertar os fornecedores e clientes de forma leviana. Pedimos a RJ e continuamos tocando a vida. Comunicamos as associações de classe e os profissionais que nos respaldam”, afirma o CEO da Século XXI.

O QUE MUDOU Além de ter conseguido desconto e maior parcelamento das dívidas, a operadora teve de mudar seu modelo de negócio para voltar a andar nos trilhos. Uma das opções foi reduzir o tamanho da empresa e de alguns processos, de modo a ganhar agilidade e não permanecer à mercê das variações do mercado. Pedro Javier diz que a Século XXI optou por um modelo “híbrido” de trabalho, atendendo o cliente de forma on-line com o mesmo dinamismo de uma OTA e, simultaneamente, não fechando a possibilidade de o atendimento ser feito nos moldes mais tradicionais. “Eu coloco na agência o sistema de back-office que vende ao cliente. Eu pago a comissão, recebo e ponto. Foi assim que deu certo”, conta o CEO. Em termos de produtos, a Século XXI criou circuitos europeus com operações próprias, e não de terceiros — os Circuitos Europeus Premium, que incluem traslados, refeições e passeios e são parcelados em dez vezes. “Dessa forma, o agente tem mais rentabilidade e o cliente tem tudo incluso”, explica Javier, complementando com a afirmação de que parte dos circuitos europeus concorrentes não incluem traslados, refeições e passeios, o que os tornam mais baratos. Outra aposta da operadora foi o turismo religioso, que culminou em parceria com o Ministério do Turismo de Israel para a operação de grupos católicos e evangélicos. Entre 2011 e 2013 foram 40 grupos por ano, garante o empresário. > Continua na pág. 12

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Pedro Javier e Atagün Kutluyüksel, ex-diretor da Turkish no Brasil, na Abav 2014, divulgando a campanha Convite Turquia


< Continuação da pág. 11

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TURQUIA QUASE DE GRAÇA No ano passado, a operadora desenvolveu uma campanha para estimular viagens de brasileiros à Turquia na baixa temporada, de outubro a maio. O chamariz: hotel e traslados aeroporto-hotel gratuitos e, ainda, desconto de 15% na passagem aérea — o outro gasto do cliente, além do bilhete com a tarifa especial, seriam os encargos de serviço. A campanha só foi possível graças uma forte parceria com o Ministério do Turismo turco, com a Turkish Airlines e com receptivos locais. Para conseguir hotel e traslados a custo zero, o ministério desenvolveu um trabalho para levantar fundos junto aos comerciantes, que teriam interesse em fornecê-los por terem ciência do potencial de consumo do turista brasileiro. Estes fundos bancaram as hospedagens e o transporte. A tarifa com preço especial foi uma aposta da Turkish de que o projeto daria certo. “O Atagün [Kutluyüksel, que deixou a companhia em julho] acreditou na gente. Eu pedi bloqueio de cinco mil lugares e ele confiou”, diz Javier. Os pacotes, porém, não foram comercializados da maneira convencional, junto a clientes de agências. A Século

Reprodução do site da campanha Convite Turquia

XXI apresentou um projeto a empresas de varejo para que elas presenteassem os clientes em troca da fidelização. Companhias como Bob Store e Rubaiyat aderiram e, entre outubro de 2014 a maio de 2015, cinco mil passageiros foram transportados. “O interesse do governo turco foi levar passageiros à Turquia na baixa temporada, e o das empresas participan-

tes foi fidelizar seus clientes”, resume Javier, complementando que o ganho da Século XXI veio do pagamento dos encargos de serviços por parte dos passageiros. O projeto, batizado de Convite Turquia (conviteturquia.com. br), entra na segunda fase em outubro, dessa vez com a expectativa de transportar entre oito e dez mil passageiros. As empresas de varejo par-

ticipantes serão divulgadas em breve. O CEO da operadora, que recebeu a reportagem no escritório da empresa, o mesmo de 2008, finalizou a entrevista deixando uma sugestão aos empresários do turismo: “é preciso trabalhar no preventivo, pois no nosso segmento não podemos nos dar ao luxo de criar passivos. Somos intermediários”.p


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Aviação

Vitória do RN?

Ruy Gaspar, secretário de Turismo do Rio Grande do Norte

Um dos assuntos mais quentes em pauta no Nordeste, o hub da Latam, disputado por Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte, tem um grande vitorioso. É o que acredita o secretário de Turismo do Rio Grande do Norte, Ruy Gaspar, ao falar do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante ao Jornal PANROTAS. “Tecnicamente, somos a melhor opção por termos infraestrutura aeroportuária superior, maior potencial de crescimento e melhor localização”, declarou. “Eu acredito que levamos essa”, complementou. Segundo Gaspar, o aeroporto do Rio Grande do Norte recebe 2,6 milhões de passagens ao ano e tem capacidade para 6,2 milhões. “De início, aumentaríamos nosso volume para 4,1 milhões de pessoas. Em uma possibilidade de acontecer algum problema com voo, ainda temos o Aeroporto Augusto Severo como segunda opção”, afirmou ele. Ruy Gaspar lembrou ainda que o Aeroporto Aluízio Alves é o único entre os três equipamentos aeroportuários em disputa com possibilidade de acrescentar mais uma pista de pouso e decolagem com a mesma dimensão da atual. “É importante lembrar que apenas com esse novo aeroporto Natal foi lembrado pelo Grupo Latam. Se mantivéssemos o antigo aeroporto Augusto Severo não haveria a menor chance”, conclui. p


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Hotelaria

Sheraton na Barra

Diretores e gerentes operacionais do Sheraton Barra

A marca Sheraton está de volta à Barra da Tijuca, no Rio de janeiro. Após um ano, o empreendimento onde funcionou o Sheraton Barra de 2003 a 2013 voltou a ostentar a bandeira da Starwood. O hotel está há pouco mais de dois meses como She-

raton Barra, mas a apresentação oficial foi feita na noite do último dia 4 de agosto. Na ocasião, a direção da rede apresentou Manuel Dieguez como novo gerente geral da unidade. Com 48 anos dedicados à hotelaria, os últimos 34 na Starwood, o profissional volta a trabalhar no Brasil

— ele passou pelo Sheraton Rio e pelo Sheraton Porto Alegre. O grande desafio será reposicionar o hotel e ajudar a marca Sheraton no Rio de Janeiro. “Este empreendimento sempre foi muito querido pela rede e, agora que voltamos a administrá-lo, vamos reposicionar a marca,

buscar clientes que não estão mais conosco e captar novos hóspedes”, afirmou o executivo. Ao lado de Dieguez, o hotel trouxe de Porto Alegre a diretora de Vendas Lidiane Andreatta, que chega focada em buscar mais clientes corporativos. “A marca sempre foi muito forte no corporativo e temos um enorme potencial para explorar”, afirmou. Para ela, o objetivo neste início de administração é recuperar a imagem do hotel e as contas corporativas e, consequentemente, aumentar a ocupação. Há dois meses, a ocupação girava em torno de 30% a 35% e hoje tem média de 50%. Para alcançar a meta, o hotel conta com nove profissionais na área de vendas, todos, com exceção de Rosangela Lopes, focados em contas corporativas. O lazer está sendo trabalhado diretamente com as operadoras. O gerente já foi informado que a Starwood pretende implementar uma reforma milionária no empreendimento. O trabalho agora é fazer um levantamento das necessidades, analisar as prioridades para então divulgar o plano de reforma. Embora nem o valor e nem detalhes tenham sido divulgados, a Starwood já havia sinalizado que as obras devem começar ainda este ano, seguindo até 2018. Certo mesmo é que as futuras obras não irão atrapalhar o desempenho do hotel durante os Jogos Olímpicos. A propriedade está praticamente 100% reservada para o Rio 2016, mas em outubro deverá ter a primeira “entrega” (UHs que não serão usadas nos Jogos) de quartos por parte da Rio 2016. p


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Forte negociador Após 14 anos na gestão de viagens da Roche e outros cinco na Maringá Turismo, trafegando por áreas como business intelligence, eventos, estratégia e relacionamento, Felipe Oliveira assumiu há pouco menos de três meses a diretoria de Vendas do Sheraton SP e do WTC Events Center. O desafio é grande, tendo em vista a magnitude do hotel e a do centro de eventos. Mas o executivo não tem dúvidas de que está no lugar certo, no momento adequado. “Eu possuo uma visão ampla do mercado por conhecer os players e por já ter estado tanto do lado do comprador quanto da TMC”, analisa, acrescentando que o fato de ser um “forte negociador” também pesou no convite feito pelo diretor do complexo, João Nagy. A possibilidade de flexibilizar as negociações, aliás, é um dos principais aspectos que o profissional vem trabalhando junto à equipe de 35 pessoas das áreas de vendas (corporativo e eventos), revenue e grupos. O fato de o Sheraton São Paulo ser um produto de primeira linha na capital paulista, aliado às diversas possibilidades do WTC Events Center (com Golden Hall para 2,5 mil pessoas, 66 salas e quatro ballrooms), são pontos favoráveis a uma boa negociação. “Somos flexíveis em todas as negociações”, garante. “Ser negociador [num complexo hoteleiro e de eventos] é entender a necessidade do cliente, adaptar-se ao budget dele e ter a possibilidade de tirá-lo de dentro da caixa”, complementa. “Para nós, todos os eventos são importantes, sejam de baixa, média ou alta complexidade.”p

Felipe Oliveira, diretor de Vendas do Sheraton WTC e do WTC Events Center

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Eventos

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> Danilo Alves – João Pessoa

Eventos na Paraíba A INAUGURAÇÃO DO TEATRO PEDRA DO REINO, NO INÍCIO DO MÊS, MARCOU O FIM DA TERCEIRA E ÚLTIMA ETAPA DA CONSTRUÇÃO DO CENTRO DE CONVENÇÕES DE JOÃO PESSOA. A primeira fase, inaugurada em 2012, contemplou o Salão de Exposições e Eventos. A segunda, em 2013, o centro de congressos, o restaurante panorâmico e o mirante. Ao todo foram investidos cerca de R$ 243 milhões. O espaço possui 48,67 mil metros quadrados inseridos em uma área de 34,5 hectares. Segundo o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, o equipamento coloca a capital paraibana em outro patamar. “Eu ainda não consigo expressar a importância que esse espaço tem para a cadeia turística e econômica da nossa região. A partir de agora, a Paraíba pode brigar por eventos e shows de grande porte, pois temos um local adequado para sediá-los. Creio que João Pessoa será o grande destino turístico dos próximos dez ou 15 anos”, opinou. Já a presidente da PBTur, Ruth Avelino, afirmou que desde 2012 vem sentindo uma mudança no ritmo da capi-

O prédio que abriga o novíssimo Teatro Pedra do Reino

tal e também um maior fluxo turístico para outros locais do Estado, como as cidades de Areias e Cabaceiras. “Um empreendimento como esse não só contribui com o turismo na capital, como puxa para todo o litoral e inte-

Francisco França/Secom-PB

A inauguração do Teatro Pedra do Reino contou com apresentações de Zélia Duncan e Orquestra Sinfônica da Paraíba

rior. É um divisor de águas para a Paraíba. Vamos ampliar nossa promoção e focar ainda mais nesse nicho. O que a gente precisa fazer é incrementar a rede hoteleira, que conta com apenas dez mil leitos”, afirmou a dirigente. A previsão dos governantes é que o fluxo turístico aumente 50% no Estado a partir de agora. Em 2014 foram captados 22 eventos associativos nacionais e três internacionais para 2015, 2016, 2017 e 2018. Entre os maiores encontros deste ano estão o Congresso Brasileiro de Enfermagem, que receberá cerca de sete mil congressistas, e o Internet Governance Forum (ONU), para cerca de quatro mil participantes. “O impacto econômico gerado com eventos realizados no ano passado no Centro de Convenções chegam a somar mais de R$ 70 milhões, gerando empregos e desenvolvimento econômico, social e turísticos”, disse o gestor do Centro de Convenções, Ferdinando Lucena. O Teatro Pedra do Reino possui área total de 11,76 mil m², sendo 440 m² destinados ao fosso da orquestra, com desenho de forro para facilitar a

propagação do som para palco e plateia. A capacidade é para aproximadamente três mil pessoas. O nome é uma homenagem ao escritor paraibano Ariano Suassuna, autor de obra homônima. “Foi um belíssimo presente para comemorar o aniversário de 430 anos da capital, além de ser uma grande lembrança ao saudoso dramaturgo, romancista, ensaísta e poeta paraibano, Ariano Suassuna”, concluiu Ruth.

O QUE MUDA? Para o presidente do João Pessoa CVB, Camilo Juliani, o crescimento do mercado de eventos na Paraíba já é uma realidade. Ele, que se divide entre as funções de dirigente associativo e empresário na hotelaria, afirma que toda a cadeia turística está sendo beneficiada com a inauguração do espaço. A ocupação nos hotéis gerada pelos eventos sediados no complexo nos últimos sete meses cresceu 4%. “O CVB vem aumentando sua divulgação em feiras e congressos, além de estreitar parcerias com outras entidades, como


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Ricardo Coutinho, governador da Paraíba > Continua na pág. 18

Francisco França/Secom-PB

a Abracorp.” No entanto, Juliani defende que o Centro de Convenções seja administrado por uma empresa com expertise na área. Atualmente, o governo é o responsável pelo espaço e o CVB auxilia na gestão da agenda de eventos. “A intenção é que um processo de licitação seja aberto nos próximos meses para que a administração do estabelecimento seja terceirizada”, disse. Segundo apurado pela reportagem do Jornal PANROTAS, a GL events, que cuida da gestão do Riocentro, estaria entre os interessados na gestão do espaço paraibano. Para o presidente da ABIH-PB, Inácio Júnior, o trabalho a partir de agora deve ser contínuo. “Vamos unir nossos trabalhos e promover João Pessoa e a Paraíba como um novo destino brasileiro para eventos nacionais e internacionais. Podemos pensar em uma promoção combinada entre negócios e lazer. Precisamos sentar e definir as melhores estratégias de divulgação. Ter um equipamento com essa qualidade enaltece o paraibano, o turista e o evento que acontece aqui”, afirmou. “A desburocratização de algumas coisas também precisa ser uma realidade. Um hotel não pode esperar um ano para receber o alvará de construção, que é o que acontece hoje. O processo precisa ser mais ágil, para que a gente aproveite essa exposição que estamos tendo graças ao Centro de Convenções”, concluiu.p

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Matheus Nachtergaele foi o mestre de cerimônia da inauguração do teatro. Aqui ele posa com a estátua de Ariano Suassuana

Ariano Suassuna é o autor de grandes obras literárias, como O Auto da Compadecida e Pedra do Reino


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Entrevista PRESIDENTE DA PBTUR DESDE 2011, RUTH AVELINO (FOTO) FAZ UM BREVE DIAGNÓSTICO DO TURISMO NA PARAÍBA, revela os principais mercados emissores e fala sobre uma das principais queixas dos Estados nordestinos: a malha aérea.

JORNAL PANROTAS — Qual seu diagnóstico sobre o turismo paraibano em termos de infraestrutura e promoção de destinos? RUTH AVELINO — O turismo paraibano vive seu melhor momento devido a vários fatores. O primeiro é que o poder público e a iniciativa privada se uniram para divulgar as nossas potencialidades turísticas. Nos últimos quatro anos capacitamos mais de 15 mil agentes de viagens e operadores de turismo do Brasil e do Exterior. O segundo é que nossa infraestrutura está sendo ampliada. Nos últimos cinco anos, inauguramos 62 meios de hospedagens, que se instalaram em nosso litoral e pelo interior do Estado. Um terceiro fator é que o turista brasileiro está descobrindo agora a Paraíba, um destino que oferece tranquilidade, pacotes turísticos acessíveis e hospedagem de excelente qualidade, além de belas praias, gastronomia diferenciada e hospitalidade. JP — Quantos turistas a Paraíba recebeu no último ano e no primeiro semestre de 2015? RUTH — Mensalmente, nosso setor de estatísticas realiza um levantamento do fluxo global de turistas, que em 2014 chegou a 1,64 milhão no Estado. De janeiro a junho, a Paraíba recebeu cerca de 865,7 mil visitantes, contra 824,5 mil recebidos no mesmo período de 2014. Vale ressaltar que, só em João Pessoa, nossa principal porta de entrada, foram 601 mil. Outro dado que confirma o bom momento é a movimentação no Aeroporto Castro Pinto. Em junho, segundo dados da Infraero,

tivemos crescimento de 36,7%. São Paulo ainda segue como principal mercado, com 21,1% dos visitantes, seguido por Pernambuco, com 14,7%,e, empatados, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro, com 9,1% cada. JP — Qual o principal entrave para a captação de mais visitantes? RUTH — Como citei anteriormente, o turismo na Paraíba vive um momento sem igual. Entendemos que para que não sejamos apenas uma onda passageira, precisamos agir de forma planejada, em parceria com as grandes operadoras de turismo do Brasil e dos países estratégicos. Não queremos que ocorra um boom do destino e não tenhamos como atender a demanda. Estamos para receber novos resorts em nossa orla, com a implementação do nosso pólo turístico localizado no litoral sul de João Pessoa. Buscamos também capacitar a mão de obra que atua no setor, bem como e melhoria

da malha aérea, que sempre foi motivo de reclamação. Ou seja, estamos buscando melhor o conjunto da obra. JP — Como analisa a atual malha aérea de João Pessoa? RUTH — A malha aérea na maioria dos Estados do Nordeste não é satisfatória. A nossa é um tanto problemática para o turista porque nosso aeroporto recebe quase 90% dos voos na madrugada. Mas já foi pior. Antes tínhamos pouco mais de 20 voos diários, atualmente são 38. E estamos lutando para ampliar esse número. O governo do Estado se reuniu com as companhias aéreas e ofereceu uma redução da alíquota do ICMS, de 17% para 12% para quem aumentasse a malha em João Pessoa. A Tam, até o momento, foi a única que elevou os voos, em 30%. No entanto, sabemos que há interesse da Azul e da Avianca em também ampliar as operações.

A Infraero já anunciou obras de expansão do aeroporto Castro Pinto, e concluiu outras intervenções, como a ampliação do estacionamento e a instalação de novos equipamentos na área de desembarque. JP — Quais as metas a curto, médio e longo prazos para o setor turístico do Estado? O que mais urgentemente precisa ser feito? RUTH — Melhorar nossa infraestrutura turística é fundamental e por isso a meta do governo é buscar meios de ampliar a rede hoteleira e a malha aérea. Equipamentos como o novo Centro de Convenções exige isso. Buscar cada vez mais espaços junto às grandes operadoras é fator primordial para que sejamos um destino perene. Também é preciso estar sempre junto às prefeituras cobrando um cuidado especial com a limpeza, iluminação púbica, acessibilidade e mobilidade urbana.p


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1. Congresso Abav Simultaneamente à feira, acontece o 43o Congresso Abav de Turismo, que contará nesta edição com salas de debates e programação diversificada e dinâmica sobre o atual momento da atividade turística. As salas da Vila do Saber — espaço dedicado à capacitação profissional — serão temáticas e divididas pelos seguintes temas principais: negócios, conhecimento, relacionamento, destinos e plenárias. Por elas passarão especialistas dos mais variados segmentos, que se revezarão em mais de 40 apresentações. 2. Temas atuais Entre alguns temas que serão debatidos neste ano estão: mercados de inventivos, pós-venda, comportamento do consumidor, capital intelectual e o valor da empresa, opinião do cliente, conquista e retenção de talentos, gestão de empresas PMEs, turismo religioso, responsabilidade solidária, oportunidades de turismo em parques nacionais entre muitos outros assuntos. A programação completa pode ser acessada em: www.abavexpo.com.br/wp-content/uploads/2015/08/programacao-viladosaber-baixa-23.pdf 3. Futuros profissionais Estudantes dos cursos de turismo e áreas afins podem organizar uma caravana em seu local de estudo para conhecer e participar da 43ª Abav Expo Internacional de Turismo em datas pré-determinadas. A instituição de ensino deve encaminhar um oficio para: futuroprofissional@ abavexpo.com.br com uma relação contendo nomes, RGs e e-mails dos alunos que desejam visitar a feira. Aprovada a solicitação, será encaminhado uma confirmação com link para o cadastro dos estudantes. ALGUNS CONTATOS ÚTEIS: Expositor Email: expo@abavexpo.com.br Telefone: (11) 3905-6310 Visitante Email: visit@abavexpo.com.br Telefone: (11) 3159-1647

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De portas abertas para o futuro

ntramos em contagem regressiva para o início da maior e mais importante feira do setor de viagens e turismo da América Latina e do Hemisfério Sul, a 43 a Abav Expo Internacional de Turismo, que se realizará entre 24 e 26 de setembro, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na capital paulista. A pouco mais de um mês do evento, a adesão de expositores que este ano renovam a confiança no encontro e o número contínuo e crescente de inscrições prévias comprovam a visão do nosso público de que a edição será, de fato, um grande marco para a retomada do crescimento das vendas

para as próximas temporadas. O cenário atual requer mudanças imediatas, assertividade na prestação de serviços, criatividade na gestão e flexibilidade nas relações comerciais. Para desempenharmos com êxito nossas funções diante desse novo cenário global, a profissionalização se tornou uma palavra-chave para o sucesso. Dentro dessa realidade premente, a Abav Expo preparou uma série de atividades que ampliará os conhecimentos e os horizontes de quem já está no mercado ou vislumbra nele uma oportunidade de negócio.


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Eventos

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> Henrique Santiago

Movimentação nos corredores

cerca de seis mil profissionais interessados na promoção dos Estados beneficiados pela duplicação da BR101, que são Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Ao falar desses quatro destinos, à primeira vista pode-se pensar em praia, sombra e água fresca. Mas pouco se fala sobre as pequenas cidades vizinhas ou distantes que compõem o mapa e procuram seu espaço no turismo regional. Em meio à movimentação dos quatro principais estandes da feira, representantes do turismo dessas cidades trabalharam para atrair o interesse dos agentes de viagens. A cidade de Guamaré (RN) veio ao Salão Rota 101

Autoridades durante a abertura

para divulgar belezas naturais, como dunas e praias de água cristalina. O destino abriga a Refinaria Potiguar Clara Camarão, responsável pela produção de diesel, querosene de aviação, gasolina automotiva, entre outros. “O nosso forte é o corporativo, principalmente com a vinda de executivos da Petrobrás”, destacou a assessora técnica da Prefeitura Municipal de Guamaré, Simone Godeiro. Com a crise na empresa estatal, a executiva afirma que a queda na hotelaria foi imensa, ainda que não tenha números. “A cidade foi altamente prejudicada. Agora estamos praticamente às moscas”, lamentou. O mau momento, no entanto, pode desaparecer o quanto antes com a realização da prova Rally RN 1500, que passará por Guamaré e mais três

Foto: Canindé Soares

O 2o SALÃO DE TURISMO ROTA 101 NORDESTE REUNIU NO CENTRO DE CONVENÇÕES DE PERNAMBUCO, ENTRE 6 E 8 DE AGOSTO,

Foto: Canindé Soares

Foto: Canindé Soares

Nordeste da Rota 101

Evento contou com apresentações da cultura regional

cidades em abril de 2016. “Nós até chegamos a receber a prova do Rally dos Sertões no fim dos anos 2000”, lembrou Simone.

NOME HISTÓRICO

Ana Cristina de Carvalho, do Turismo de Nísia Floresta

Quem poderia dizer que o nome Nísia Floresta remete a uma pioneira do feminismo e escritora no século 19? O município do Rio Grande do Norte, antigo Papari, foi o lugar de nascimento de Dionísia Gonçalves Pinto. Devido ao seu reconhecimento no Exterior, a cidade potiguar levou o nome pseudônimo Nísia Floresta. “Nísia viveu uma boa parte da vida fora do País. Ela teve uma filha que, ainda jovem, se acidentou e elas tiveram que se mudar para a Europa por recomendação médica”, explicou a secretária de Cultura e Tu-

rismo, Ana Cristina de Carvalho. Com um nome a ser lapidado pelo brasileiro, Nísia Floresta tem atrativos que, segundo Ana, ainda serão explorados pelos turistas. “Nós somos reconhecidos como a terra do camarão”, afirmou, explicando que tal alcunha se deve à alta criação de camarões na região. “Além das praias, claro, abrigamos uma árvore baobá de 15 metros de altura declarada Patrimônio Histórico Cultural e a Igreja de Nossa Senhora do Ó, o nosso principal ponto turístico, com mais de 200 anos de história”, complementou ela. O interesse do viajante habituado em frequentar praias pode ser aguçado e surpreendido em Nísia Floresta. “Nossas dunas são muito utilizadas para a prática de esportes de aventura, como passeios de bugue. Infeliz-


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mente, temos um potencial que ainda não é trabalhado. Poderíamos oferecer atividades como tirolesa, por exemplo”, disse Ana Cristina.

LEGITIMA PERNAMBUCANA À primeira impressão, a palavra Goiana remete à capital de Goiás, Goiânia. Errado. A cidade pernambucana tem esse estigma, mas o diretor de Turismo, Italo César, encara a questão sem maiores problemas. “É o que as pessoas geralmente pensam”, disse. O conflito, porém, não gerou até o momento um número maior de turistas para o destino. Fundada há 445 anos, enquanto Goiânia tem apenas 81 anos, a cidade pernambucana vive um boom automobilístico com a implantação de uma fábrica da montadora Jeep. A criação de novas oportunidades de trabalho deixou a prefeitura atenta para a rede hoteleira da região, que conta com cerca de 15 hotéis e pousadas independentes. “Desde 2013, oferecemos isenção de cinco anos no Imposto Sobre Serviço (ISS) para a impulsionar criação de novos hotéis a partir do momento de inauguração do negócio”, disse Italo. Enquanto outras cidades cobram 5% de ISS, Goiana arrecada 2% do valor do empreendimento. E a decisão, como aponta o diretor, tem apresentado resultados. “Nós inauguramos um hotel recentemente e temos mais um em construção no momento.” A casa de Zé do Carmo, artista que produz a “legítima cerâmica de Goiana”, abriga também um curioso ponto cujo atendente é um tanto inusitado: o Bar Buraco da Gia. “Os caranguejos são treinados para servir bebida aos clientes segurando o copo em sua pata. É um bar conhecido no mundo todo”, garante César. Se o Nordeste tem como plano a promoção do turismo para os seus interiores, as entidades, o trade e os viajantes têm de estar atentos a Guamaré, Nísia Floresta, Goiana e mais uma centena de pequenas cidades da região.p > Continua na pág. 22

Simone Godeiro e Haniel Tibúrcio, do turismo de Guamaré

Italo César, do Turismo de Goiana


Flashes

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Salão Rota 101 Nordeste

< Continuação da pág. 21

1 Cristiano Placeres, Leonardo Bezerra, Bruno Muniz, Claiton Armelin, Luciana Pereira e Luiz Walter, da CVC 2 Airan Cal, Ricardo Assalim, Felype Cabral, Fred Cavalcante, Stefany Ribeiro e Rebeca Ferreira, da Trend 3 Ruth Avelino, da PBTur 4 Ruy Gaspar, secretário de Turismo do Rio Grande do Norte, e Ana Maria Costa, do Emprotur 5 Daniela Ferreira, Juliana Chaves, Nyedja Cavalcanti, Cynthia Araujo, Marcela Couto, Úrsula Maíra e Graça Bezerra, da Hotéis Boa Viagem (Hoba)

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6 José Guilherme Alcorta, da PANROTAS, Maria Cláudia de Paula e Danielly Aguiar, da Empetur, e Paula Monasque, da PANROTAS 7 Luis Eduardo Antunes, da Empetur, e Felipe Carreras, secretário de Turismo de Pernambuco 8 Antonio Roberto Rocha e Gustavo Porpino, organizadores do Salão de Turismo Rota 101 Nordeste 9 Claudio Jr., do Festival do Turismo de João Pessoa, Hélder Marcelino, do Sheraton Reserva do Paiva (PE), e Gilberto Sabino, da Tap



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Aviação

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> Danilo Alves

Menos aviões A LATIN AMERICAN BUSINESS AVIATION CONFERENCE & EXHIBITION (LABACE), REALIZADA NA SEMANA PASSADA EM SAO PAULO, SENTIU OS EFEITOS DA crise econômica. A feira, que já conseguiu expor cerca de 70 aeronaves há quatro ou cinco anos, contou nesta edição com 52. Segundo o chairman da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Eduardo Marson Ferreira, a redução se deve à retração da economia aliada à alta do dólar, que desestimulam o mercado e desfavorecem a venda de aeronaves para a aviação geral. Foram 154 marcas e empresas expositoras. Otimista, o dirigente chamou a atenção para a presença de todas as fabricantes mundiais do segmento. “Somos a segunda maior feira de aviação geral no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Mesmo diante da crise, o Brasil é um mercado importantíssimo para essas empresas, que vêm à feira em busca de negócios e contratos”, disse. Ao longo de 2014, a frota de aeronaves da aviação geral, isto é, tudo que não é aviação comercial (ou de linha), cresceu 3%, chegando a 15,1 mil aeronaves. A região Sul do País foi a que apresentou o maior crescimento, com 5,5%, seguida pelo Centro-Oeste, com 5,1%. O Sudeste registrou o menor incremento em nú-

Eduardo Marson Ferreira, chairman da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag)

mero de aviões, ficando com 1,8% no ano passado em relação a 2013. Em todo o País, foram incorporados à frota 197 novas aeronaves convencionais do serviço aéreo privado e, em termos de idade, a maioria (34%) tem de 21 a 40 anos de uso. Toda a frota do Brasil foi avaliada pelo estudo em US$ 12,7 bilhões. No que diz respeito ao número de opera-

ções — pousos e decolagens — o ano de 2014 registrou queda de 7%, com mais de 686 mil operações contra 739 mil do ano anterior. O registro leva em conta os 33 principais aeroportos brasileiros e representam principalmente os voos de serviço privado, táxi aéreo e instrução. O chamado serviço aéreo privado responde por nada menos que 47% das operações em 2014. Todos esses dados fazem parte do Anuário Brasileiro de Aviação Geral 2015, lançado pela Abag dias antes da Labace.

ESTREANTES

O Hondajet, aeronave fabricado pela Honda Aircraft Company, foi uma das principais novidades da Labace 2015

Uma das grandes novidades da feira esse ano foi a aparição do ATR 72 Vip, configurado com classe econômica e executiva, operado no Brasil pela Map em fretamentos para times de futebol e bandas. Outra surpresa foi a presença do Hondajet, fabricado pela Honda Aircraft Company, que, por sua vez, é repre-

sentada pela Líder Aviação. O modelo tem capacidade para, na configuração típica, dois pilotos e quatro passageiros, ou dois pilotos e cinco passageiros. Um dos diferenciais do Hondajet é a maior capacidade de bagagem, já que conta com um compartimento externo frontal e outro traseiro. “O Hondajet é um jato leve, moderno, com tecnologia, atributos e design revolucionários, que ajudam a atingir uma melhor eficiência no consumo de combustível, mais espaço de cabine e compartimento de bagagem, e maior velocidade de cruzeiro do que outras aeronaves convencionais na sua categoria”, afirmou o presidente e CEO da Honda Aircraft, Michimasa Fujino, que garantiu que o modelo chamou a atenção dos visitantes. “A resposta é positiva, muitos executivos já demonstraram interesse no Hondajet e já tivemos também algumas encomendas”, disse. p



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Quem é quem na

D e signe r Tour s FUNDADA EM 1986 NA CAPITAL PAULISTA, A DESIGNER TOURS É uma das operadoras mais respeitadas no mercado, atualmente focada em viagens especiais e diferenciadas. Conheça os profissionais que fazem a empresa acontecer. Ester Freire (Financeiro), Leila Minatogawa (Operações), Diego Doi (TI/RH), Olga Arima (diretora), Heitor Luis (Vendas) e Ana Simões (Atendimento)

Atendimento: Ana Simões, Samantha Massinelli, Gabriela Borgonovi, Julia Santos, Daniela Manfrinato, Rose Ito e Rebecca Juraszek

ll Nome: Designer Tours ll Endereço: avenida Vieira de Carvalho, 172, São Paulo

ll Proprietária: Olga Arima ll Fundação: 1986 ll Número de funcionários: 38 ll Respostas concedidas por: Olga Arima

ll Diferencial: o atendimento

especializado para proporcionar o desejado ao cliente final. Atender a expectativa do passageiro. Sempre nos preocupamos em planejar bem TI: Diego Doi e Aleksandro Bezerra

Marcia Vehara (Produtos), Priscila Abreu (Marketing), Renata Andrade (Marketing) e Silvana Caladryn (Aéreo)

Operações e Grupos: Vivian Martinez, Jussara Yuasa, Leila Minatogawa, Solange Dias, Evelyn Hamaguchi, Taren Yoschiusara e Analice Rodrigues

uma viagem, com os detalhes nos hotéis, logística, temperatura, o melhor custo-beneficio. Acho que a especialização é um dos nossos diferenciais principais.

ll Produto que mais vende: em 2014, a África teve queda por causa do Ebola, então Ásia e Europa ficaram à frente da continente africano. Oceania vem depois, seguida das Americas. Mas em volume de passageiros, a Africa e o mais vendido. ll Produto saindo do forno: lançamos viagens para novas ilhas no Caribe, como St. Lucia, Martinica e Guadalupe. Também uma saída exclusiva para o Arizona. Para lua de

mel, temos também novos destinos: Mallorca, Sicilia, Zanzibar, entre outros. Lançaremos em setembro as novas saídas em grupo para 2016. Nossos grupos são pouquíssimos, mas exclusivos e para um número menor de participantes. Relançaremos também a série “3 Continentes - Ásia, África, Oceania”, todos circuitos com guias em espanhol ou português.

ll Sua melhor viagem: as que consigo fazer com minha família. Não importa onde esteja, serão sempre as melhores. Mas um dos meus países preferidos é a África do Sul. ll Destino que recomenda: Tahiti


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ll Desafios diante do cenário de crise: reinventar sem perder o foco. A crise traz uma grande oportunidade para repensarmos o que fazemos, como fazemos, em que tempo fazemos. Como fazer mais, chegar mais longe, com menos, sem perder qualidade e nossa identidade, nosso DNA. ll Eventos do trade que não perde: os da Braztoa, em São Paulo. ll Como lida com a concorrência? Não trabalho pensando na concorrência, mas na qualidade do nosso produto, na exclusividade e no diferencial da marca Designer Tours. Também no preço justo, no atendimento com qualidade e na satisfação do cliente final, porque é isto que vai fidelizá-lo. Mas é claro que a concorrência é importante porque nos tira da zona de conforto. ll Como avalia a “indústria de boatos” tão comum ultimamente no setor de operações? Previsível quando o mercado é impactado de qualquer forma. Quando o país está em crise e todos se sentem ameaçados. Todos nós queremos nos preservar, ter segurança. Não aprovo a especulação, isso só nos afasta das soluções concretas. Fazer ajustes de contas, enxugar a empresa, cortar despesas são atitudes saudáveis, de quem está preocupado com uma boa gestão. ll É a favor de algum tipo de comprovação da “saúde financeira” por parte das operadoras, conforme vêm pedindo alguns agentes? As informações principais podem ser acessadas por qualquer pessoa ou empresa. A cadeia deve estar sempre atenta aos bons fornecedores. Todos devemos saber como, quando e onde compramos. As operadoras também estão preocupadas com a saúde financeira de todos os clientes e fornecedores. ll O papel das entidades de classe é: atuar em prol do grupo que representa. Promover o debate interno, levar informação sobre diversos temas, dar clareza sobre os diferentes papéis dos integrantes da cadeia produtiva, apresentar boas práticas e tendências do mercado. Dar suporte, apoiar o desenvolvimento dos seus sócios, para que sejam mais competitivos.

Atendimento: Sandra Regina, Cristiane Nunes, Thais Gomes, Simone de Los Santos e Vera Santos

Financeiro: Gisele Madeira, Luciano Inocêncio, Erika Kuint, Paulo Pescador e Ester Freire


Destinos

Inverno em Misiones

A PROVÍNCIA ARGENTINA DE MISIONES REGISTROU UM EXCELENTE PERÍODO DE FÉRIAS, COM AUMENTO ACENTUADO NA OCUPAÇÃO HOTELEIRA. Segundo as autoridades turísticas do destino, o resultado positivo inclui todos os atrativos da região. “Ao contrário de anos anteriores, os visitantes não se concentraram apenas na principal atração da província, as Cataratas do Iguaçu, mas também escolheram outras ofertas naturais do nosso território”, disse o diretor de Turismo de Misiones, Oscar Degiusti. Em julho, o número de visitantes das Cataratas bateu recorde. Foram 173,66 mil, sendo 74% da Argentina, 14% de países do Mercosul e 12% de outras regiões. Os números representam um incremento de 71% em relação ao

mesmo período do ano passado. Da Argentina, os principais visitantes saíram de Buenos Aires, litoral e Córdoba. Entre os estrangeiros, o maior número ainda é o de brasileiros, seguidos pelos franceses. Em termos de ocupação dos hotéis na cidade de Puerto Iguazu durante a temporada, todo o mês foi bem movimentado, sobretudo nas duas últimas semanas, quando muitos empreendimentos relataram uma ocupação acima de 90%. “O que vemos é que também aumentou o número de pernoites no destino, que foi em média de duas e três noites. Isto é uma novidade para nós, pois indica que Posadas deixou de ser uma cidade que servia apenas para a passagem dos turistas”, explicou Degiusti. Por fim, o diretor de Turismo disse o

incremento pode estar ligado a promoção de Misiones, que há três anos participa com estande próprio na Fiz. “Acho que os nossos trabalhos de di-

vulgação da província começam a dar frutos, nos deixando satisfeitos e com a certeza que estamos no caminho certo”, disse.p

Gente

Reforço comercial APÓS A NOMEAÇÃO DE ALEX OBADITCH COMO GERENTE GERAL DA AIR NEW ZEALAND PARA AMÉRICA LATINA, A COMPANHIA

Alejandra Almirón, da Air New Zealand

anunciou Alejandra Almirón como gerente de Vendas da aérea na Argentina. “Alejandra será responsável pelo desenvolvimento de estratégias de

vendas, promovendo a presença da empresa em todo o país”, disse Obaditch. A executiva conta com mais de 24 anos de experiência na indústria da aviação, sendo os últimos três dedicados ao cargo de gerente de Vendas da Qantas Airways. A Air New Zealand se prepara para começar a voar entre

Buenos Aires e Auckland, a partir de 1º de dezembro. Serão três frequências semanais realizadas com Boeing 777/300 ER. Membro da Star Alliance desde 1999, a aérea conta atualmente com 25 destinos domésticos e 26 internacionais em 15 países na Ásia, Europa, América do Norte e Oceania.p


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Operadoras

A BRT OPERADORA INICIOU DIVERSAS ALTERAÇÕES EM SEU QUADRO DE COLABORADORES, O QUE

pode ser considerado o pontapé inicial para o que a empresa chama de “uma nova fase de desenvolvimento e expansão”. Para o diretor comercial do Grupo BRT, Marco Aurelio Di Ruzze, e o presidente da operadora, Eraldo Palmerini, por mais que o momento seja de crise, não é hora para desespero. “Estamos observando alguns operadores sem estrutura e sem base financeira fazendo loucuras, como parcelamentos em cheques sem repasse de custo, ou câmbio congelado sem produto específico ou margem protegida, tudo em nome da venda. Para nós, seguir essa tendência é suicídio e falta de respeito com os clientes, pois sabemos quais são as consequências”, afirma Di Ruzze. Confira abaixo como ficou a nova estrutura da empresa: Diretor operacional: Luciano Palmerini Neto. Profissional com foco na gestão estratégica das operações da operadora e na coordenação da equipe de gestores em todo o Brasil. E-mail: luciano@grupobrt.com.br. Gerente de Atendimento: Juliano Bregenski. Iniciou a carreira na primeira fase da BRT Operadora, há dez anos. Depois de atuar em outras empresas, está de volta à operadora para aperfeiçoar a qualidade de atendimento das equipes. E-mail: jbregenski@ grupobrt.com.br. Gerente de Marketing e Produtos: Bruno Delfini. Delfini chega à operadora para melhor posicionar a empresa e trabalhar a comunicação da marca BRT Operadora no mercado, aprimorando a participação em redes sociais e dedicando mais atenção aos fornecedores. E-mail: bruno@grupobrt.com.br. Gerente de Operações e Qualidade: André Koloszwa. Um dos colaboradores mais antigos da BRT Operadora, Koloszwa foi promovido de supervisor operacional a gerente de Operações e Qualidade e, na nova função, tem o objetivo de garantir a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pela empresa. E-mail: andre.k@grupobrt.com.brp

Parte da equipe da BRT Operadora

Divulgação

Nova estrutura


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Aviação

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> Henrique Santiago

Voar com milhas

O VIAJANTE ESTÁ CADA VEZ MAIS ATENTO A DIFERENTES FORMAS DE VIAJAR. SE O CUSTO DE UMA PASSAGEM FOR BAIXO,

Carlos Mauad, Leonel Andrade, Flavio Vargas e André Fehlauer, do Smiles

melhor ainda. A comitiva do programa de fidelidade Smiles, da Gol, apresentou soluções para uma viagem mais cômoda com milhas e tirou dúvidas frequentes de seus usuários em evento na semana passada. De acordo com o CEO da empresa, Leonel Andrade, há um alto índice de usuários que não resgata milhas e acaba perdendo o direito de utilizá-las. “Eu quero que os clientes embarquem cada vez mais em viagens”, disse. O resgate do benefício tem um tempo mínimo de três anos para ser feito. Segundo o diretor de Produtos, André Fehlauer, é possível reativar milhas expiradas ao longo dos últimos seis anos ou até mais tempo. “O usuário tem de pagar uma taxa e ele verá se é vantajoso resgatá-las ou comprar novas milhas”, destacou. O executivo apontou ainda que o cliente que adere categorias de cartão como Prata, Ouro e Diamante, têm de quatro a seis anos para utilizar o benefício. As viagens têm um peso massivo na emissão de bilhetes aéreos, mas o Smiles, que adquiriu uma fatia minoritária do programa Netpoints, também tem parceiros de varejo. “Nós nos dedicamos cada vez mais às viagens. Temos no viajante de classe alta o perfil ideal e na viagem de lazer o nosso segredo de competitividade no mercado”, destacou Andrade. O CFO do Smiles, Flavio Vargas, afirma que a parcela de viajantes por milhas na Gol atinge 10% a 12%. “Enquanto houver assento disponível, posso oferecer as milhas”, explicou. O preço de uma passagem, porém, oscila de acordo com o andamento mercado e o valor que uma companhia aérea insere no tíquete. “Há 20 anos, as companhias ofereciam valores fixos, como Brasil por dez mil milhas e América do Norte a 30 mil. Este modelo ancorado não funciona mais”, concluiu.p

Flavio Vargas, CFO do Smiles



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Hotelaria

Reivindicações na hotelaria

O presidente da FBHA, Alexandre Sampaio, e o presidente da ABIH-SP, Bruno Omori

REPRESENTANTES DO SETOR DE HOTELARIA APRESENTARAM NA SEMANA PASSADA UMA SÉRIE DE REIVINDICAÇÕES DURANTE audiência pública da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados. Entre elas, a regulamentação da cobrança de direitos autorais pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) e da contratação do trabalho de curta duração; a flexibilização da exigência de vistos para estrangeiros; e o esforço conjunto com o governo para a capacitação de mão de obra. Hotéis brasileiros também pediram isonomia de tratamento para sites semelhantes ao Airbnb, em que pessoas oferecem, via internet, acomodações em suas casas, sem arcarem com as mesmas obrigações dos empreendimentos. O presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, defendeu a inviabilidade da regra atual que prevê o pagamento de 40% de insalubridade para os colaboradores dos setores de limpeza e arrumação dos empreendimentos,

e pediu apoio para a aprovação do projeto de lei que regula a matéria (PL 2118/15). Além disso, Sampaio argumentou a favor da manutenção do veto presidencial ao projeto de lei de regulamentação da profissão de garçom e sustentou que os hotéis não devem ser cobrados por direitos autorais de músicas tocadas no interior dos apartamentos. “Hoje, a nova regulamentação da lei dos Direitos Autorais nos ampara um pouco, mas precisamos resolver algumas especificidades sobre as questões dos quartos de hotel, ou seja, a não incidência de direito autoral ali”, argumentou o presidente. Durante a audiência, o setor reivindicou também a adequação da obrigação prevista na Lei de Inclusão, que reserva 10% de acomodações para pessoas com deficiência. O presidente do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), Manuel Gama, argumentou que a medida representa um ônus para o setor da ordem de cerca de R$ 1 bilhão, e que apenas 2% dessas unidades são realmente utilizadas. Para o presidente da Comissão de

Turismo, deputado Alex Manente (PPS/SP), a solução seria permitir a flexibilidade da medida, permitindo que antigos hotéis fizessem “o que é possível e, aí sim, os novos empreendimentos ficam com 10%”. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo (ABIH-SP), Bruno Omori, destacou por sua vez, que o setor pode auxiliar o País na retomada do crescimento. “Se você pegar um hotel de R$ 200, nós estamos falando de um hotel de US$ 50 para o americano ou para qualquer turista estrangeiro. Então, é a hora certa de promover o Brasil e aumentar as divisas”. Omori destacou ainda que há um déficit no setor: enquanto os brasileiros gastaram cerca de US$ 27 bilhões no Exterior no ano passado, o turista estrangeiro trouxe cerca de US$ 7 bilhões para o País. De acordo com o executivo, não é a falta de segurança que afasta o turista estrangeiro, e sim a falta de sinalização, apontada pelos próprios viajantes como a maior dificuldade em terras brasileiras. 


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Divulgação

MAIS HOTÉIS? AO LONGO DOS PRÓXIMOS DIAS, A PREFEITURA DE BELO HORIZONTE TERÁ UMA COMISSÃO DE Trabalho para discutir soluções referentes à hotelaria da capital. A iniciativa conta com a parceria da ABIH-MG, presidida por Patrícia Coutinho. O objetivo é trazer soluções que possam dar fôlego para os hoteleiros da capital mineira e tratar dos desdobramentos da Lei 9.952, que incentivou a construção de novos empreendimentos na capital mineira. “Queremos discutir a penalidade e multa aplicada aos hotéis que não foram abertos até 30 junho de 2014. Se hoje já vivenciamos essa crise, imagina com a abertura de outros 11 hotéis?”, questionou Patrícia. “Nosso objetivo é avaliar uma possível mudança do objeto desses empreendimentos, associado à revisão da multa. Já para os hotéis que estão em operação, buscamos uma possível redução do prazo delimitado por lei de dez anos para que os mesmos possam optar em deixar o ramo hoteleiro”, destacou Patrícia. Com o incentivo, a capital mineira atualmente vive superoferta de empreendimentos. A taxa média de ocupação, que antes girava em torno de 70% acumulado ao ano, hoje, segundo a ABIH-MG, está em 30%. São 37 novos hotéis em operação, um aumento de 67% do número de leitos nos últimos dois anos e mais 11 empreendimentos que estão com obras atrasadas. A presidente da ABIH-MG também destacou que a isenção do ISS e do IPTU pelo prazo de dez anos para os hotéis que não se enquadram na Lei 9.952/10 e a suspensão até 2020 da construção de novas unidades seriam fundamentais para regular o setor.p

Autoridades discutem a situação da hotelaria em Belo Horizonte


SurFACE

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CVC no Nordeste

A alta do dólar está fazendo com que mais brasileiros viajem pelo Brasil e o Nordeste segue sendo a região mais procurada pelos clientes da CVC. Segundo a operadora, somente neste 1o semestre a empresa embarcou 13% a mais de passageiros para a região se comparado com o mesmo período de 2014. Em termos de receita de vendas, os Estados nordestinos que mais contribuíram com o faturamento da operadora foram, pela ordem: Bahia (estado líder em receita, com crescimento adicional de 3%, se comparado com o mesmo período de 2014), Alagoas (+9%), Pernambuco (+25%), Rio Grande do Norte (+8%) e Ceará (+2%). De forma isolada, os destinos turísticos que receberam os maiores volumes de turistas e clientes da CVC foram: Recife (+38% de turistas que no mesmo período de 2014), Porto de Galinhas (+33%), Natal (+23%), Maceió (+17%) e Fortaleza (+11%). “O bom desempenho da região Nordeste em nossas vendas está atrelado ao forte apoio dado pelos empresários da hotelaria às campanhas promocionais da operadora, bem como devido a uma ampla malha aérea com voos partindo de várias cidades do Brasil rumo às principais cidades nordestinas”, justifica o diretor de Produtos Nacionais da CVC, Claiton Armelin.

O presidente da operadora, Tomas Perez

Teresa Perez em BH

A Teresa Perez Tours, operadora especializada em viagens de alto padrão, anunciou a abertura do seu segundo escritório fora de São Paulo e o primeiro na capital mineira. A unidade será aberta no próximo dia 25, em evento especial para convidados. “O público da região representa um grande potencial para o nicho da nossa operadora. Já trabalhamos há anos com agências locais parceiras que representam nosso conceito com muita qualidade: Estação Turismo, Trop Tur, Ruy Lage, Cris Biagioni, Bini Viagens e Greenwich Tours, e nossa atuação direta na cidade somará ainda mais para este cenário positivo”, explica o presidente da Teresa Perez Tours, Tomas Perez. “Este ano estamos trabalhando a gastronomia como uma das grandes inspirações para viagens. Na nossa inauguração em Belo Horizonte, lançaremos o livro Traveller Flavors by Teresa Perez, que desvenda 25 destinos através de seus sabores. O material foi feito por meio de uma pesquisa profunda de cada cidade, incluindo a visão de grandes chefs que compartilharam suas receitas conosco”, finaliza Perez.

Claiton Armelin, diretor de Produtos Nacionais da CVC

Azul e United

A Azul Linha Aéreas Brasileiras iniciou a comercialização de passagens para destinos atendidos pela United Airlines. A partir de agora, por meio de um único bilhete adquirido nos canais de vendas da companhia (site e call center), clientes podem conectar-se às cidades atendidas pela empresa norte-americana. A medida faz parte da parceria entre as companhias anunciada em junho deste ano, que possibilita apenas um check-in para todos os trechos com retirada de bagagens no destino final ou primeiro ponto de conexão no Brasil ou Estados Unidos. Para o início da operação estarão disponíveis 35 destinos e de maneira gradual, 350 cidades atendidas pela United serão incluídas no sistema da Azul.

Ponto a ponto Gol em 7 de setembro

A Gol Linhas Aéreas anunciou que, para suprir a demanda do feriado de 7 de setembro, irá oferecer 84 voos extras entre os dias 4 e 8 do próximo mês, com destaque para a rota entre Brasília e Aracaju, criada exclusivamente para este período. Ao todo, serão mais de dez mil assentos adicionais oferecidos em 17 cidades, com grande parte dos trechos partindo de São Paulo (GRU e Viracopos), Rio de Janeiro (Galeão), Minas Gerais (Confins) e Porto Alegre, para as principais capitais do Nordeste, como Salvador, Maceió, Recife e Natal. “O acréscimo de operações durante o feriado prolongado, além de cumprir a missão da companhia de unir pessoas e diminuir distâncias, se dá com o intuito de melhor atender nossos clientes, que viajam para locais turísticos com o objetivo de descansar neste período”, destaca o gerente executivo de Planejamento da Gol, Eduardo Wakami.

 Após quatro anos na diretoria da Rextur Advance no Paraná, Dirceu Tinti não faz mais parte do quadro de funcionários da empresa.  A operadora Designer Tours anunciou o retorno da executiva de Contas Mônica Ceola.  À Tam planeja iniciar rota BrasíliaPunta Cana em 5 de dezembro.


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PANROTAS na Braztoa Gorjeta vetada

A presidente Dilma Rousseff vetou integralmente o Projeto de Lei no 1.048 de 1991, que regulamenta a profissão de garçom. Entre outras determinações, o texto tornava obrigatório o pagamento de 10% de gorjeta para a categoria. Segundo a presidente, a decisão foi tomada após ouvir os ministérios da Justiça, da Fazenda, do Orçamento e Gestão, do Planejamento, do Trabalho e Emprego, além da Secretaria da Micro e Pequena Empresa e da Advocacia-Geral da União. Todos os órgãos se manifestaram favoráveis ao veto. “A Constituição Federal, em seu Artigo 5o, inciso XIII, assegura o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, cabendo a imposição de restrições apenas quando houver a possibilidade de ocorrer dano à sociedade”, argumentou Dilma na justificativa do veto.p

DCC adiada

A polêmica Distribution Cost Charge (DCC), anunciada há alguns meses pelo Grupo Lufthansa (Lufthansa, Austrian Airlines, Brussels Airlines e Swiss), seria implementada a partir de 1º de setembro em todo o mundo, mas o Brasil está de fora dessa lista, pelo menos por enquanto. Isso porque nem todos os GDSs estarão tecnicamente preparados para coletá-la no campo “OB fee” na data estipulada, o que forçou o grupo de aéreas a utilizar temporariamente a taxa Iata “YR”. A opção, porém, não é considerada legal no Brasil, o que coloca o mercado nacional como uma exceção na ação de cobrança mundial, até que a coleta por meio de “OB fee” esteja plenamente implementada junto a todos os GDSs.p

A presidente da Braztoa, Magda Nassar, com o presidente da PANROTAS, Guillermo Alcorta

A PANROTAS é a mais nova associada convidada da Braztoa. A associação optou pela entrada da editora em assembleia, comandada pela CEO da entidade, Mônica Samia, e pela presidente, Magda Nassar. A nova categoria de filiação foi criada e aprovada na convenção de 25 anos da entidade, em fevereiro de 2014. Desde esta data, ficou definido que empresas que atuam no segmento de turismo poderiam participar de algumas atividades da associação. “Acreditamos em parcerias e compartilhamento de expertise. É assim que vamos fazer nosso setor cada vez mais forte e profissional. A PANROTAS chega trazendo sua experiência em comunicação e informação e isso se soma ao que já temos de melhor: muito conteúdo, produtos e serviços de ponta. Parabéns e sejam bem-vindos”, disse Magda. Para o presidente da PANROTAS, Guillermo Alcorta, é um orgulho para a empresa ingressar na Braztoa como associada convidada. “Todos nós estamos muito contentes por ver que a dedicação que temos com o trade e com o setor como um todo está sendo reconhecida.”p


tendências e tecnologia Edição 87 - 19 a 25 de agosto de 2015

Aplicativos

> Diego Verticchio

Tá x i ou

Uber Divulgação

MAIS CONHECIDO NA EUROPA E JÁ BEM CONSOLIDADO NOS ESTADOS UNIDOS, O APLICATIVO UBER, RESPONSÁVEL POR CONECTAR PESSOAS A MOTORISTAS QUE USAM CARRO PRÓPRIO E TARIFAM AS CORRIDAS, VEM GANHANDO CADA VEZ MAIS ADEPTOS NO BRASIL. Crescem os usuários e, na mesma proporção, aumenta a ira dos taxistas, que argumentam contra a legalidade do modelo concorrente e jogam pesado contra seus adeptos. No Brasil, o ápice da indignação coletiva dos taxistas ocorreu no mês passado, quando as quatro capitais de atuação do Uber (Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro) testemunharam manifestações de, literalmente, parar o trânsito. Há certo ou errado na questão? O Uber é uma plataforma ilegal, conforme alegam os taxistas? O Código Brasileiro de Trânsito diz que o transporte individual remunerado de passageiros precisa de autorização do Estado para funcionar regularmente. Como não estão enquadrados nesse princípio, os motoristas do Uber estão sujeitos a multa. No Rio, o governador Pezão inicialmente sinalizou que não pretende regularizar o serviço. No Estado de São Paulo, a Assembleia Legislativa analisa projeto de lei que proíbe o transporte remunerado de pessoas em veículos particulares cadastrados em aplicativos. No Distrito Federal, o governador

Rodrigo Rollemberg vetou um projeto de lei que sugeria a proibição do Uber — a opção foi abrir um prazo de 90 dias para, a partir de um debate amplo com a sociedade, discutir uma possível regulamentação do aplicativo. Em Belo Horizonte, a Câmara Municipal criou uma comissão especial para discutir um projeto de lei que possa por fim ao conflito entre taxistas e motoristas do aplicativo. Na Europa, a Comissão Europeia ainda vai analisar a legalidade do Uber, atualmente proibido na Alemanha, Espanha, Holanda e Itália. A Cidade do México foi a primeira a regularizar o serviço na América Latina, com a imposição de regras como pagamento de imposto de 1,5% do custo da corrida e


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Agência Brasil

uma taxa de US$ 100 para poderem operar. Em Nova York, os carros do Uber já são maioria: segundo o NYC Taxi and Limousine Commission, são 15 mil Uber contra 13,5 mil táxis.

OPINIÕES

Mineiro de nascença e morando em São Paulo, o dublador Gabriel Pazotto costuma fazer uso do Uber quando vem ao Rio de Janeiro. “Sempre que pegava táxi na cidade tinha a sensação de estar sendo enganado. Talvez pela falta de conhecimento, mas os preços sempre davam muito acima do que aplicativos que calculam valor da corrida apontavam. Por conta disso optei por usar Uber”, afirmou. Bruno Barros, da Hotelli Corporate, plataforma de viagens corporativas focada em redução de custos, experimentou o serviço durante um tempo e, na avaliação dele, o atendimento diferenciado não compensa. “Sinceramente, não vejo muitas vantagens aos táxis convencionais via aplicativo 99 e Easytaxi, por exemplo. É apenas um pouco mais confortável, porém mais caro”, analisa. Já Renata Hage, da Top DMC, que representa no Brasil 19 DMCs internacionais, usou o serviço por indicação de um amigo e gostou. “A frota do Uber é mais nova, a postura do condutor é mais atenta à comodidade do passageiro passando desde o som ambiente à temperatura do ar condicionado e higiene do veículo. Eu prefiro o Uber, apesar de usar com mais frequência o taxi”.

Taxistas em manifestação no Rio de Janeiro

Divulgação

> Continua na pág. 03

19 a 25 de agosto de 2015 PANROTAS TENDÊNCIAS E TECNOLOGIA


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< Continuação da pág. 02

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NO TURISMO

No setor de turismo, o impacto do Uber ainda é difícil de ser medido. Segundo o diretor da CEP Transportes, Fernando Cavalheiro, é complicado contabilizar se houve perda de clientes para o serviço, mas não há com que se preocupar. “São propostas distintas. O Uber trabalha mais com pessoa física, e nós, com empresas. Para podermos operar, precisamos cumprir uma série de normas que os motoristas do Uber não precisam. Além disso, nossos motoristas falam mais de uma língua, são frequentemente capacitados e nossos carros tem um padrão de qualidade e são rastreados”, disse Cavalheiro. Ainda segundo ele, na proposta a qual a CEP Transportes se enquadra não há espaço para o Uber. “Temos sempre um carro de stand by para o caso de haver algum problema, mas se um dia a gente precisar utilizar este serviço, usaremos o táxi de cooperativa, já que os carros Uber não têm licença para transportar passageiros”, concluiu. Para o presidente da Associação

Brasileira de Turismo Receptivo (Bito), Salvatore Saladino, o aplicativo funciona muito bem para pessoa física. “As empresas de receptivo internacional e nacional não estão usando o aplicativo e nem deverão porque o serviço que é oferecido é diferente do que o Uber se dispõe a fazer”, afirmou. Procurada pela

UBER

reportagem da PANROTAS, o Uber afirmou que ainda não trabalha com empresas, somente pessoas físicas. Já na Abav-RJ, a recomendação é que os associados não indiquem o serviço aos clientes. “A Abav segue as leis do País, e a lei vigente diz que este tipo de serviço não está legalizado. Portanto, não podemos

TÁXI

Veículo

Arca com o custo total do veículo

Taxistas têm isenção de alguns impostos na compra do veículo. Em São Paulo, também têm 30% de desconto nas concessionárias

Impostos

Não tem isenção de impostos e paga ISS como MEI (Microempreendedor individual) ou Simples a cada nota fiscal emitida

Taxistas têm isenção de IOF e IPI na compra de veículo e, no Rio e em São Paulo, também podem pedir isenção de ICMS e não pagam IPVA. Cooperativas e associações de táxi de São Paulo e taxistas autônomos do Rio são isentos de ISS

Taxas

Não pagam taxas para órgãos públicos

Em São Paulo, um taxista paga cerca de R$ 255 em taxas anuais, e, no Rio, R$ 429. A cada cinco anos, precisam fazer exame médico e psicotécnico no Detran (São Paulo: R$ 320 / Rio: R$ 139)

Documentação

Não precisa ter licença da prefeitura para atuar. O motorista se cadastra no aplicativo e encaminha ao Uber alguns documentos, como CNH e certidão de antecedentes criminais

Precisa ter a licença da prefeitura. Em São Paulo, também é exigido o Condutax, um cadastro que vale por cinco anos e custa R$ 415,00. É comum o aluguel (em São Paulo, entre R$ 150 e R$ 200/dia) ou a venda de licenças (no Rio pode custar até R$ 180 mil e, em São Paulo, R$ 150 mil)

Capacitação

Não exige curso específico

Em São Paulo, é exigido curso específico para se tornar taxista, que custa R$ 127,54

Bandeira 2

Não cobra

Cobra durante a semana (das 20h às 6h); sábados a partir das 14h; e domingos e feriados o dia todo

Pagamento

Só aceita cartão de crédito. Ainda assim, o aplicativo possibilita a divisão do valor da corrida com outro usuário

Pode ter opções de pagamento em crédito, débito e dinheiro

recomendar. Além do que, nós temos, segundo a Portaria 1312 da Lei Geral do Turismo, autorização para transportar passageiros e para este tipo de serviço usamos a placa vermelha. Ou seja, se for para recomendar algo que não seja táxi, recomendaremos nossas empresas”, afirmou o diretor de Transportes, Cezar Deterling. Por ainda não ter licença para transportar passageiros, as associações não estão recomendando aos seus associados, mas e se a empresa conseguir liberação? O vice-presidente do Reserve, Luís Vabo, garante que poderá incluir em seu sistema este tipo de serviço. “Em tecnologia tudo é possível com tempo e investimento”, afirma. Hoje, o Reserve já trabalha com Easy Taxi e 99 Taxis, aplicativos de táxis que podem ser usados por empresas e pessoas físicas. Durante uma apresentação da Academia de Viagens no Rio de Janeiro e em São Paulo, as diretoras Viviânne Matins e Patrícia Thomas perguntaram aos gestores e TMCs participantes se serviços como Uber e Airbnb podem ser utilizados pelo viajante corporativo. No Rio, 100% responderam sim; em São Paulo 89%. “O serviço pode ser utilizado por qualquer viajante corporativo”, garantiu Patricia. Para a CEO da Braztoa, Monica Samia, inovações que proporcionam rapidez, economia e eficácia fazem parte do cotidiano e que todos os setores da economia, inclusive o turismo, precisam assimilar com naturalidade. “Alternativas que o tornem mais acessível, que permitam atender bem a um número cada vez maior de clientes, ao meu ver, tendem a ter uma grande aceitação”, afirma. p


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19 a 25 de agosto de 2015 PANROTAS TENDÊNCIAS E TECNOLOGIA

PRIMEIRA EXPERIÊNCIA Divulgação

DEPOIS DE TANTO LER E ACOMPANHAR A POLÊMICA ENVOLVENDO O APLICATIVO UBER, decidi experimentar o serviço no último dia 4 de agosto para um trecho entre o bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, e Niterói. O relógio apontava 21h40, solicitei o carro e fui informado que o motorista do Uber Black chegaria em seis mi-

nutos. O motorista veio em um Corola preto e, assim que entrei no carro, me agradeceu por usar o serviço do aplicativo. Não me identifiquei como jornalista, mas fui fazendo perguntas. O profissional disse trabalhar como motorista no Uber desde outubro e garantiu que, embora haja receio contra eventuais comportamentos violentos por parte de Divulgação

taxistas, a demanda aumentou muito. “O marketing feito pelos taxistas nos ajudou, acredite se quiser”. O carro tinha vidro fumê, banco de couro e uma música agradável. O motorista me ofereceu um case com diversos CDs. Havia águas e balas à disposição do passageiro. Expliquei que era a primeira vez que usava o serviço e que estava fazendo um teste porque não aguentava mais os táxis do Rio de Janeiro (o que é verdade!). Segundo ele, todo usuário que está estreando no Uber tem R$ 20 de desconto. Ele me ensinou o passo a passo, me forneceu um código e eu consegui fazer uso do benefício. Em relação a eventuais comportamentos inadequados dos taxistas, a norma, segundo o profissional, é não reagir a qualquer tipo de violência. O Uber arca com possíveis prejuízos. Como morador de Niterói, descobri que no Uber não pago bandeira dois nem taxa de retorno. Passamos pelo pedágio, que foi pago por ele e anexado à minha tarifa. Depois de 32 minutos, chegamos ao meu destino. O valor foi R$ 76, que caiu para R$ 56 em função do benefício de estreia. Considerando o valor bruto, a corrida para Niterói sai mais barata por conta da não cobrança da taxa de retorno. Resumo: o serviço está aprovado.p

NOTA: 10



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