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R$ 11,00 - Ano 23 - nº 1.199 6 a 12 de janeiro de 2016
MUDANÇA DE HÁBITO
Como iniciar um novo desafio na carreira após tantos anos em uma mesma atividade? É o que contam nove profissionais que tiveram, em 2015, de escrever mais um decisivo capítulo em suas trajetórias. Planos, sonhos e medos estão previstos em todas as análises. Certeza, apenas uma: 2016 será um ano de muito trabalho pela frente
gente
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6 a 12 de janeiro de 2016 JORNAL PANROTAS
Check-IN LEIA NESTA EDIÇÃO Páginas 04 a 06
A polêmica envolvendo agências que atuam sem operadoras
Páginas 08 e 09
Conheça Dresden, uma das joias alemãs
E d i t o r i a l > Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br Página 11
CVC inaugura sua milésima loja
Páginas 12 e 13
Tam estreia rota entre Brasília e Punta Cana (República Dominicana)
Uma outra indústria
Nada como uma crise profunda para ajudar a derrubar mitos, acelerar processos de mudanças, ajudar nas transformações necessárias, tudo que vinha sendo postergado devido a uma preguiça sem fim de mudar, inerente ao ser humano quando, aparentemente, seu time está ganhando. O turismo brasileiro começa 2016 bem diferente de janeiro de 2015 e mais ainda de dezembro próximo. Não há mais guardiões intocáveis, não há mais salvadores da pátria, não há mais regras que não podem ser derrubadas com o sopro de um lobo nem tão mau assim. A tendência da indústria de Viagens e Turismo é crescer. Não tem volta, não tem crise que abale isso. E por indústria entenda-se qualquer profissional ou empresa envolvido direta ou indiretamente com o ato de viajar. Como o passageiro conclui sua compra já não importa mais e novos meios e canais surgirão, enquanto outros se transformam ou desaparecem. Mas as viagens continuam sendo feitas, e com a intermediação e participação de empresas e profissionais diversos. A nova fronteira, as novas oportunida-
des estão em saber em que momento esse cliente quer comprar sua viagem e, mais importante, interagir com ele, conhecê-lo, acompanhá-lo durante a viagem, quando geralmente ele é esquecido e entregue aos concierges de hotel ou aos vendedores de tours espalhados pelas ruas de destinos turísticos. Fidelizá-lo é um sonho possível e outra fronteira a ser explorada, mesmo sabendo que o cliente é diverso e pode comprar viagens diferentes de formas e com empresas diferentes. Quem agregar mais valor, facilitar seu acesso a mimos e experiências exclusivas, fazê-lo se sentir sortudo por estar naquele lugar... sai na frente. Mas ainda há os que querem ser guiados, os que querem tudo à mão ou os que não têm pressa. Ainda há os que andam em bandos, mas os “sozinhos” são cada vez mais viajantes surpreendentes e de última hora. Ainda há os que se deliciam com o planejamento da viagem e os que querem tudo feito por terceiros. Mas não há mais o turista ingênuo, que não sabe o que ocorre em nossa indústria e nos destinos a se-
rem visitados. Onde sua empresa se encaixa em um novo turismo que, no Brasil, soma-se a uma crise que deixou o mercado, temporariamente, de 10% a 20% menor, as margens mais apertadas e a indústria mais nervosa e insegura? Há a estratégia dos grandes, mas também a dos pequenos e médios, sendo que esses últimos, os médios, que não sabem se querem ser grandes ou apostar no olho no olho, são os que mais sofrem. Comecemos 2016 preparados para mudanças, spin-offs, estreias, refilmagens e até continuações, mas ficar vendo o mesmo filme de dez ou cinco anos atrás, só se ele for muito bom mesmo, e ainda aplicável para o novo Turismo. Mais que um feliz 2016, tenhamos um 2016 criativo, atento e sensível para o movimento que está a nossa frente. Reciclar, recomeçar, reinventar, redescobrir são os verbos do momento, assim como investir, valorizar e incentivar. Sair do sofá. Sair do que sempre deu certo, mas nunca mais dará.
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Expediente PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta DIRETOR EXECUTIVO José Guilherme Condomí Alcorta DIRETORA INTERNACIONAL Marianna C. Alcorta DIRETORA DE MARKETING Heloísa Prass
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E U Q A DEST >
DIRETOR DE TI Ricardo Jun Iti Tsugawa
DO PORTAL
PANROTAS 17/12 a 22/12
1 Empresa cria assentos do lado externo do avião – em 18/12
2 “Flygap” sobe para 2º em
REDAÇÃO Editor-chefe: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) Editor: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Editor Rio de Janeiro: Diego Verticchio (diego@ panrotas.com.br) Coordenadores: Danilo Alves e Paula Daidone Reportagens: Henrique Santiago, Rodrigo Vieira, Hugo Okada, Karina Cedeño, Luiza Gil (estagiária) e Roberta Queiroz (estagiária) Fotógrafos: Emerson de Souza e Marluce Balbino MARKETING Assistente: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves PRODUÇÃO Coordenação: Alice I. Rezende (alice@panrotas.com.br) Gerente de Produção: Newton dos Santos (newton@panrotas.com.br) Diagramação e tratamento de imagens: Kátia Alessandra, Pedro Moreno e Rodrigo Mota Projeto Gráfico: Graph-In Comunicações COMERCIAL Executivos: Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) EXECUTIVO SÊNIOR DE RP Antonio Jorge Filho (jorge@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) New Cast Publicidade Ltda SRTVS - QD 701 - BL. k - Sala 624 Ed. Embassy Tower - Cep: 70340-908 | Tel : (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (sblara@seasoneventos.tur.br) Season Turismo e Marketing e Esportes Ltda R. Gal. Severiano, 40/613 - Botafogo | Cep: 22290-040 - Rio de Janeiro - RJ Tel: (21) 2529-2415 / 8873-2415 ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner O Jornal PANROTAS é vendido somente por assinatura. Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Lis Gráfica e Editora Ltda. (Guarulhos/SP)
PARCEIRAS ESTRATÉGICAS
MEDIA PARTNER
LACTE 11 LATIN AMERICAN CORPORATE TRAVEL & Events E XPERIENCE
ASSOCIAÇÕES
consolidadora e operadora – em 17/12
3 CVC, Rextur Advance e Tam Viagens contratam – em 17/12
4 Conheça 10 roteiros para viajar de carro – em 18/12
5 Tainiks (GO) é mais uma operadora que encerra atividades – em 21/12
6 Retrospectiva 2015: tudo sobre o ano mais difícil do trade – em 21/12
7 Falco e Patriani inauguram loja 1.000 da CVC – em 17/12
8 Ex-diretor da Maringá falece em SP – em 18/12
9 Azul inicia operações em Punta del Este (Uruguai) – em 17/12
10 Veja os promovidos e contratados da
semana no Turismo – em 18/12
11 Dê a volta ao mundo em 12 restaurantes paulistas – em 18/12
12 Operadora é acusada de “sumir” após venda de pacote – em 22/12
13 Tam reprograma voo para BH do A350 XWB – em 17/12
14 Reclame Aqui divulga índices de atendimentos das OTAS – em 18/12
15 Descubra 10 destinos da saga Jogos Vorazes – em 18/12
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M erc a do
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> Rodrigo Vieira
Alternativa direta CHEGOU AO FIM UM ANO DIFÍCIL. MESES QUE MUITAS EMPRESAS DO TURISMO PREFERIRIAM ESQUECER. SE HOUVESSE, NA VIDA REAL, UM TRENDING TOPICS, ferramenta da rede social Twitter que mede os assuntos mais citados durante um período, o de 2015, certamente, seria a quebra de grandes e pequenas operadoras. Nos eventos, nas viagens, na internet... Nenhum profissional do trade conseguiu se esquivar do assunto falência. Temendo que os prejuízos acabassem saindo de seus próprios bolsos, agentes de viagens começaram a buscar soluções para deixar de ser um elo frágil na cadeia turística. O que alguns resolveram fazer foi operar seus próprios produtos, ou seja, dialogar diretamente com os fornecedores e empacotar a viagem para o consumidor sem passar pelas prateleiras de uma operadora. Não que isso seja uma prática nova, mas para algumas agências faz mais sentido negociar direto em momentos tensos, em que nomes outrora inquebráveis anunciaram recuperação judicial. Poucas agências, porém, falam em venda direta por temer falências. A maioria dos agentes de viagens que vendem direto afirma que o faz por razões que fogem ao medo de prejuízo. Bom relacionamento com os fornecedores, carência de oferta customizada por parte das operadoras, e até localização geográfica são fatores que incentivam alguns agentes a buscarem venda direta. No balanço final, é quase impossível encontrar agências que operam 100% do próprio produto. Praticamente todas trabalham com grandes operadoras sob o pretexto de que possuem boas relações comerciais, portanto não há o que temer. A Braztoa reconhece a existência dessas empresas e diz respeitar a maneira com que cada uma faz negócios, mas alerta para a falta de expertise e os perigos que elas enfrentam por não passarem por uma empresa com know how para operar. Em um quadro geral, as empresas que trabalham com o segmento de luxo foram as que menos se queixaram da situação de 2015 no Brasil. São passageiros que não foram muito afetados pela crise
Carlos Henrique Abatayguara, da Jet Set, opera os destinos em que tem especialidade, como Cannes
financeira, que não deixam de viajar e não abrem mão de um bom serviço em seus destinos. A Jet Set, cujo co-proprietário, Carlos Henrique Abatayguara, classifica como “agência pequena com performance grande”, é uma das empresas que vendem viagens de alto padrão e “não tem muito o que reclamar do ano passado”. O dirigente a considera uma empresa que não tem concorrentes, apenas parceiros. “A Jet Set é diferente de 99% das agências convencionais. Primeiro porque somos representantes do Turismo de Cannes no Brasil. Ademais, pela quantidade de parceiros somos uma das poucas no País que leva o selo Virtuoso, temos várias parceiras como Four Seasons, Starwood Luxury, somos Top 10 Leading, entre vários outros bons contatos surgidos nesses mais de 20 anos”, afirma. “Fazer parte desses programas é algo que nos dá credibilidade e é um fator decisivo para negociarmos diretamente com o fornecedor.” Segundo Abatayguara, a intenção da Jet Set não é competir com operadoras, tampouco conseguir tarifas melhores. “A grande vantagem de negociar direto com os fornecedores
Alexandre Previatti, da Channel Tour, tem um balanço entre vendas diretas e via operadoras
é dar flexibilidade ao pacote, o que é uma exigência do passageiro de luxo. Cannes, por exemplo, que é nossa especialidade, não posso fazer via operadoras, pois empacoto esse produto há mais de 20 anos e sei exatamente o que meu passageiro espera. Isso nenhuma operadora consegue fornecer.” O caso da Channel Tour, do diretor Alexandre Previatti, é parecido. Desde o começo da agência, que tem 18 anos, Previatti opera direto, mas apenas viagens para destinos do Exterior. No nacional ele esbarra nas condições de pagamento parcelado e nas tarifas, principalmente em hospedagem. “No produto doméstico eu preciso passar pelos operadores, pois as tarifas hoteleiras do mercado e as condições de pagamento são imbatíveis. Em viagens corporativas eu ainda consigo negociar direto com os hotéis aqui no Brasil, mas no lazer não dá, não tem justificativa, pois o parcelamento sem juros ganha o passageiro, principalmente família.” No internacional, porém, a operação direta vale a pena para a Channel Tour, cuja maior força está em venda de Europa. Quando o passageiro viaja sozinho o pagamento é à vista,
enquanto os grupos têm a opção de parcelar, nesse caso com a linha de crédito contratada pela própria Channel. O aéreo é feito por meio de consolidadoras, mas é a única parte do pacote comprado por terceiros, segundo o diretor. “Exceto pelo aéreo, todo o resto eu mesmo opero. De hotéis a receptivos, de ingressos e serviços”, aponta Alexandre Previatti. Além de maior lucro, o agente também ressalta a segurança que o modelo proporciona para seu negócio. “Tenho maior margem sobre a venda e me sinto satisfeito e seguro em saber que meu passageiro não ficará na mão no momento da viagem, pois eu mesmo pago o fornecedor”, completa. Para negociar com os fornecedores, Previatti explora ao máximo feiras internacionais em São Paulo. “Israel, Itália e outros destinos consolidados da Europa, que são meu forte em vendas, sempre trazem bons representantes na WTM Latin America, facilitando a negociação.” Operando sozinho ou não, o ano foi o mais difícil enfrentado pelo diretor desde que entrou para o setor. Segundo o dirigente, a quebra de grandes operadoras está aí para provar que seu mo-
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delo é o mais seguro e rentável para quem já tem bons contatos de fornecedores. Apesar das taxas a serem cobradas a partir de janeiro, ele continuará empacotando seu produto internacional. “Em três décadas de Turismo já passei por crises, mas nunca um ano tão difícil como esse. O fechamento incessável das operadoras mostra isso. Embora tenha o novo imposto de 6,38% de remessa a ser cobrado, seguirei em contato direto com os fornecedores, principalmente os europeus, pois continua sendo mais rentável.” Nem taxa, nem medo. A localização geográfica é um dos fatores de maior responsabilidade para a negociação direta com os destinos e fornecedores por parte da Paradise Tur, situada em Manaus. Segundo a diretora da agência, Cláudia Mendonça, a proximidade com os destinos do Caribe e a distância das grandes operadoras nacionais do eixo Sudeste só intensificam a necessidade de buscar um diálogo direto. Entretanto, não é só isso. Assim como o caso da Jet Set, a especialidade da Paradise Tur é a montagem de viagens customizadas, do jeito que o cliente deseja, o que é muito difícil de acertar com as operadoras, de acordo com Cláudia. “Nós operamos e agenciamos, mas a tendência é que busquemos os fornecedores diretamente, por uma série de fatores, que não incluem o medo de quebra das operadoras. O nosso trabalho direto acontece porque é mais prático para grupos, para costurar o roteiro de famílias com preferências diferentes, que fogem dos roteiros tradicionais. Trabalhamos muito com essa questão de buscar fornecedores direto em pontos de apoio, principalmente no Caribe”, explica a diretora. “Quando recebemos o passageiro que queira algo mais simples, como um hotel no Brasil, aluguel de um carro e passagens aéreas, tudo bem definido, eu opto pelas operadoras, com quem me sinto segura em comprar”, completa, ainda ressaltando que possui setores distintos na empresa para agenciar e operar. A empresária também destaca os benefícios das reservas on-line diretamente com os fornecedores, uma tendência que vem crescendo conforme a tecnologia evolui no setor. “Buscamos muito esses brokers on-line e cada vez mais os fornecedores estão percebendo a importância de disponibilizar o portfólio na internet. Gosto disso porque sempre deixam um canal de contato.” Por conta da localização de Manaus, a Paradise é mais forte no produto internacional, mas o doméstico também não deixa de ser observado. O ano para a agência seguiu o tom da maioria do setor no País. “Foi de muito desafio, muito difícil, mas são nesses momentos que buscamos alternativas de venda para realçar des-
tinos que às vezes não estavam em destaque.” Enquanto umas agências buscam o maior número de negociação direta possível, outras preferem evitar ao máximo esse tipo de ação. Também de Manaus, a agência Alta Estação só procura o fornecedor quando não consegue determinado produto com a operadora. A diretora Thaisa d'O Melo explica que vende a maioria dos seus pacotes com operadores locais da capital amazonense, mas quando o passageiro prefere um hotel, restaurante ou evento que a intermediária não ofereça, faz de tudo para conseguir incluir o item no pacote. “Esse é o papel de uma agência. Atender um passageiro final que não está se importando com quem está por trás de sua viagem, só quer viajar e realizar seu sonho. Gosto de ter a segurança de uma operadora por trás de minhas vendas, mas, se for preciso, faço a reserva de um restaurante, compro ingressos e vou atrás de outras coisas”, afirma Thaisa. Para ela, vender via operadora é mais vantajoso em quase tudo, “principalmente em negociação e financiamento”. Apesar de 2015 ter apresentado vendas bem niveladas entre doméstico e internacional, a especialidade da Alta Estação é venda de destinos no Exterior. “Como a negociação com fornecedores é mais comum de acontecer no Brasil, minhas vendas diretas passam a ser quase insignificantes, já que vendo mais o internacional.”
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Claudia Mendonça, da Paradise, de Manaus
CORPORATIVO
Quando o assunto é o corporativo, o tema se torna ainda mais complexo, de acordo com o diretor de distribuição da Intercity, Paulo Salvador. O profissional aponta que os custos de aquisição são reduzidos quando o fornecedor trabalha com o cliente direto, sem intermediário, mas ressalta que não deve haver guerra entre os players. “Esse é um dos assuntos de maior discussão na hotelaria corporativa atual, principalmente no Brasil. Os fornecedores vivem discutindo a necessidade de redução de seus custos de aquisição e distribuição, pois na medida em que se trabalha com cliente direto, sem intermediário, os custos de aquisição reduzem de 20% a 25%”, explica. “Em um Brasil com crise, isso é ainda mais dramático, pois os fornecedores se veem na necessidade de criar mecanismos que diminuam o custo de distribuição, e é o que todas as hoteleiras estão fazendo.” Isso não quer dizer que intermediários são inimigos ou devem ser eliminados das estratégias das redes, argumenta Salvador. “Temos que oferecer as possibilidades para o cliente ter a experiência de reservar direto. Quem escolhe é o cliente. Se ele tiver motivo maior para comprar
Paulo Salvador, diretor de Distribuição da Rede Intercity
o produto com uma distribuidora, é o que ele deve fazer. E aí não é só tarifa, pois todos precisam ter lógica de preço semelhante. A escolha final vai ser por condições de parcelamento, benefícios, programas de fidelidade, entre outros.” Outra complexidade do corporativo é que nesse segmento há agências pertencentes ao grupo de contas não gerenciadas, que não trabalham com processos formais de reporting. Essas agências não têm contas que necessitam nível de serviço tão qualificado e, quando elas têm necessidade de trabalhar com
hotéis diretamente, é porque esses hotéis estão ao alcance delas. O diálogo direto muitas vezes acontece não pela otimização da margem de lucro, mas pela conveniência no negócio, de acordo com o executivo. “As agências utilizam uma consolidadora, por exemplo, quando aumenta a complexidade no negócio. Na hotelaria é a mesma coisa, principalmente quando falamos de redes internacionais. É mais seguro para as agências buscarem um broker em reservas no Exterior, pois ele pode conduzir o diálogo”, aponta Salvador. > Continua na pág 06
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< Continuação da pág 05
ALERTA
São poucas agências de viagens no Brasil que vendem sem intermédio de operadores, e a maioria delas encontra várias dificuldades, segundo a presidente da Braztoa, Magda Nassar. Não há nada que impeça esses profissionais de entrar em contato com os fornecedores, mas as vantagens não superam os riscos. “A maioria das operadoras tem anos de caminhada. Comprar o produto para entregar é um sistema complexo de trabalho. Não é simples. Não dá para virar uma página e de repente assumir o papel de algo que você não é. Especialistas são especialistas”, afirma Magda, mencionando os principais riscos pelos quais agências e passageiros estão suscetíveis quando não há supervisão de uma operadora. “Como bancar o parcelamento? Como trabalhar com a lei da remessa vigente a partir de janeiro? Como escolher um bom fornecedor e saber a procedência dele?” Magda também rechaçou o argumento de agentes de viagens que vendem direto com o pretexto de temer falência das operadoras. Segundo ela, quebras não acontecem só no Brasil, e o tombo pode ser pior para o agente que passar por uma uma situação dessas com uma empresa estrangeira. “Ano passado, por exemplo, duas operadoras alemãs entraram em recuperação judicial, entre elas a Alfa Travel, uma grande empresa do setor. A chance de o agente ficar no prejuízo é grande”, comparou, mencionando o Trip Protector como uma nova solução para o problema. Agentes de viagens que utilizam de famtrips e eventos pagos por operadoras para entrar em contato direto com o fornecedor é algo que também ocorre
muito no trade brasileiro, segundo a presidente da Braztoa. “Isso acontece. Minha empresa tem mais de 25 anos de mercado e a gente já passou e já ouviu muito sobre essa situação. É uma prática repudiável e inacreditável utilizar do investimento de uma operadora para atravessá-la. O elo entre operadora e agência deveria ser inquebrável, até para o nosso mercado ser saudável”, afirma a proprietária da Soft Travel. Segundo ela, chega à Braztoa casos de agências que tentam operar seu próprio produto e encaram responsabilidades que apenas suas associadas têm a expertise, isto é, assumir riscos, custos, parcelamento, acompanhar a viagem do passageiro e gerenciar crédito. “Quem compra com operadores Braztoa tem essa vantagem. Temos know how, somos premiados por isso”, defende, ainda apontando vantagens adquiridas pela associação nos últimos meses. “Uma agente do Rio de Janeiro acabou de ganhar uma volta ao mundo na campanha Passaporte Braztoa, fruto de suas vendas com operadoras. Temos cada vez mais associadas prontas para vender Trip Protector, que foi desenhado exatamente para proteger o lado do agente na cadeia”, completa, otimista na venda do seguro para este ano. A dirigente estranhou o fato de agentes buscarem seus próprios pacotes por falta de opção nas operadoras. Segundo ela, é muito difícil que as agências tenham acesso a produtos que as operadoras não tenham. “Nossas associadas têm diversos produtos já empacotados nas prateleiras, sim, mas a maioria delas tem opção on-line de montagem conforme o gosto do passageiro. O que a gente se depara, levando em conside-
A presidente da Braztoa, Magda Nassar, alerta para os riscos das agências de pisarem em um terreno desconhecido
ração a Soft Travel e outras associadas, é que menos de 5% das vendas saem desse modo. Varia de empresa para empresa, mas, na média, as compras empacotadas saem bem mais.” Por outro lado, Magda reconhece que há operadores que vendem direto, sem passar pelas agências. Em sua defesa, porém, ela afirma que quando isso ocorre, as associadas respeitam as tarifas e vendem pelo mesmo valor que uma agência venderia, agindo com ética. “Entretanto, faço um
questionamento: será que quando um agente de viagens está comprando do fornecedor direto ele mantém esse nível de preço? Ele mantém a lucratividade para cobrir todos os custos?" Sobre as redes hoteleiras e outros fornecedores que criam programas e auxiliam os as agentes nas vendas direta, Magda garante que “a Braztoa luta pelos direitos de suas operadoras, mas nunca interfere em comercialização de ninguém, tampouco em estratégias comerciais, pois esse não é seu papel”. p
MELIÁ PRO O MELIÁ PRO É O PROGRAMA DA REDE HOTELEIRA ESPANHOLA QUE RECOMPENSA OS AGENTES DE VIAGENS COM
a compra direta de uma de suas marcas Gran Meliá, Paradisus, Me, Meliá, Innside, Tryp e Sol. O programa, que antes fazia parte do Melia.com, ganhou vida própria e uma plataforma só para ele. Por meio do Meliapro.com, os agentes podem pagar suas reservas com o cartão de crédito do cliente sempre que escolher a tarifa comissionada. “Nesse caso, ele receberá sua comissão posteriormente ao check-out do hóspede no hotel escolhido”, afirma o diretor de Distribuição, CRM e Programa de Fidelidade, Gustavo Santana de Souza. “Alternativamente, sempre que escolher a tarifa net, deve
pagar com o cartão de crédito da agência, já retendo sua comissão por ter recebido de seu cliente o valor bruto. Isso representa uma vantagem importante porque não precisa esperar para receber sua comissão. O programa ainda oferece a opção de faturamento apenas para hotéis no Brasil, mediante aprovação do crédito da agência.” Além da web, o agente de viagens também pode fazer suas reservas pelo call wcenter, que sempre existiu, mas agora ganhou um núcleo de atendimento dedicado aos associados ao programa. O programa existe há um ano e meio e tem vantagens que vão além dos descontos, de acordo com o executivo. “O Meliá Pro oferece acesso à disponibilidade e tarifas em tempo real,
Gustavo Santana de Souza, diretor de Distribuição, CRM e Programa de Fidelidade
acesso a tarifas nets ou comissionadas e confirmação imediata das reservas. Além disso, o agente de viagens que fizer a reserva pelo portal ganha pontos no Programa Meliá Pro Rewards, que depois po-
dem ser trocados por estadas nos hotéis da rede e outros benefícios que estão sendo agregados ao programa.” No Brasil, mais de mil agências de viagens participantes do programa.p
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Destinos
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> Suzana Liskauskas — Dresden (Alemanha)
Joia alemã Dresden (Alemanha), apesar de ter a maior parte do seu centro histórico destruído, ainda reina majestosamente às margens do rio Elba. Embora guarde redutos de ruínas, o esforço para a reconstrução, iniciado logo após a fim da guerra, foi concluído em 2005, um ano antes do planejado, quando a cidade comemorou 800 anos. Quem chega à cidade à noite tem a impressão de ver um conto de fadas de luzes. Durante o dia, ainda mais se houver sol, a cidade ganha um brilho especial e se assemelha a uma delicada caixa de joias. E entre as mais preciosas certamente estão a Frauenkirche, a Igreja de Nossa Senhora em estilo barroco; a Semperoper, ou Ópera Semper; o Palácio Zwinger e o mural Fürstenzug (Procissão dos Príncipes). Com 102 metros, o mural retrata em porcelana Meissen (uma das mais valiosas do mundo e criada em Dresden) um desfile dos governantes da Casa de Wettin desde 1127 e que milagrosamente sobreviveu ao bombardeio. Essa visão é ainda mais contundente quando se caminha na praça do Castelo de Dresden, que foi residência da realeza saxônica por quase 400 anos entre os séculos 16 e 19, em direção à escadaria que leva a um aprazível terraço arborizado, Terraço de Brühl, também conhecido como “varanda da Europa”. Vale a pena ficar alguns minutos con-
Christoph Münch
CONSIDERADA UMA DAS CIDADES MAIS BONITAS DO MUNDO ANTES DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL,
As paisagens perfeitas fazem de Dresden um destino ideal para caminhar e curtir a natureza
templando o rio Elba e um belíssimo ângulo da Frauenkirche. As paisagens perfeitas emolduradas pela natureza fazem de Dresden um convite para caminhar sem olhar para o relógio. Há vias que margeiam o rio Elba que podem ser seguidas a pé ou de bicicleta, basta ter disposição. Há ainda a opção de fazer cruzeiros, que saem do cais, bem em frente ao terraço do
Palácio de Dresden. Um dos passeios mais procurados dura cerca de uma hora e vai até o Parque de Pillnitz, que era um vilarejo da Saxônia e hoje um bairro da cidade. O destaque do parque é o castelo de mesmo nome. À beira do rio Elba, a propriedade é composta pelo Bergpalais, ou palácio da montanha. Ambos apresentam um estilo que mescla o barroco com
influência da arte chinesa. O grande destaque do complexo são os jardins, com inúmeras árvores raras. Em alguns pontos, a natureza é tão perfeita que o visitante tem a impressão de fazer parte de uma tela de pintura. Ao caminhar pelas ruas do centro histórico de Dresden, uma figura estará sempre ao seu redor, o rei Augusto, o Forte, que ganhou até uma estátua Christoph Münch
À beira do rio Elba, Dresden reina majestosa
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folheada a ouro em uma das praças. Fundador de Dresden, também ficou conhecido com o “Rei Sol da Saxônia” e um grande amante das artes, transformando a cidade em metrópole com construções barrocas suntuosas e acervos capazes de fazer inveja a cidades como Paris. Uma das suas obras mais espetaculares é o Zwinger. Criado em 1709, originalmente como uma praça cercada por construções de madeira e destinada a festas, torneios e outros eventos da corte e da nobreza saxã, ganhou, em 1719, um palácio em arenito. Os pavilhões e galerias ao lado da muralha serviam como estufas para laranjais e frutas cítricas. Um dos pontos mais impressionantes do complexo é o Kronentor, o portão da coroa, símbolo da arte barroca, que também é nobremente representado em outro pavilhão, onde está o Nymphenbad (banho das ninfas). Para alguns, trata-se de uma das mais belas fontes de água barrocas de toda a Alemanha. Hoje, o Zwinger é um centro de artes e hospeda o Acervo de Porcelana de Dresden, que apresenta as mais completas coleções de porcelana do mundo. Outra grande atração é o arsenal, com uma valiosa coleção de trajes e armas cerimoniais. Também é obrigatória a visita à galeria Semper, obra do arquiteto Gottfried Semper, com expressivas coleções de arte do Renascimento até o Barroco, com destaque para a Madona Sistina de Rafael. Ao sair do o Zwinger, contemple a Hofkirche, a catedral católica da cidade e que possui um órgão do século 17, cujo som é impecável. É possível ouvir uma pequena demonstração durante a semana por volta de meio dia. No interior da catedral, há ainda a Pietá, de Friedrich Press. A peça, esculpida em porcelana Meissen, representa a dor de Maria, que não chora pelo filho morto, mas por todas as vítimas da guerra. Desde 2012, Dresden faz parte do circuito germânico da Associação Magic Cities, juntamente com Frankfurt, Stuttgart, Nuremberg, Munique, Leipzig, Hanôver, Hamburgo, Colônia e Düsseldorf. De acordo com a diretora do Escritório de Turismo da Alemanha para Brasil e América do Sul, Margaret Grantham, a aliança tem como intuito promover essas cidades no mundo. Segundo Margaret, há um grande trabalho do escritório em mostrar aos brasileiros tesouros alemães como Dresden. Uma das estratégias para atrair os turistas do Brasil é conjugar roteiros com destinos mais conhecidos. ”Temos lugares que já são muito bem sucedidos no mercado brasileiro, como Berlim. Combinar Dresden, uma região barroca, com uma cidade moderna é algo que agrada muito os brasileiros.”p
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RECONSTRUÇÃO ENTRE AS CONSTRUÇÕES REERGUIDAS E CUIDADOSAMENTE REPLICADAS, A MAIS SIGNIFICATIVA É A
Frauenkirche que, inacreditavelmente, manteve-se erguida por dois dias e duas noites durante o ataque dos aliados, abrigando cerca de 300 pessoas. Mas a construção não resistiu às bombas incendiárias que comprometeram sua estrutura e ruiu sobre o próprio eixo, o que possibilitou que muitos blocos originais fossem recuperados para a restauração. Construída entre os anos 1726 e 1743, a partir de um desenho do arquiteto Georg Bähr (1666-1738), um dos maiores mestres alemães do barroco, a igreja exibia o altar, o púlpito e a fonte batismal no centro para garantir uma ampla visão de toda a congregação. O projeto de reconstrução, que custou cerca de 180 milhões de euros, sendo mais da metade desse valor financiado pelo Dresdner Bank, foi iniciado após a reunificação alemã, com a criação da Sociedade para promover a reconstrução da
Frauenkirche, que reuniu mais de cinco mil membros na Alemanha e em mais 20 países. Além de estimular a doação de recursos, o projeto fez uma chamada mundial para reunir arquitetos, engenheiros e historiadores para identifica e catalogar o que havia sobrado da igreja. O início dos trabalhos de reconstrução foi em 1993, a partir de plantas originais de Georg Bähr, pinturas e fotografias de antigos moradores. Houve um grande esforço para que a igreja fosse reconstruída com suas pedras originais. Portanto, é praticamente um pecado ir a Dresden e não apreciar cada centímetro da igreja, tanto na parte externa, onde se nota claramente os blocos originais, pois são mais escuros, quanto no seu interior. O altar e a cúpula são de tirar o fôlego. Outro grande exemplo de determinação alemã foi a reconstrução do prédio da Ópera, considerada uma das acústicas mais perfeitas do mundo. Apesar de engenheiros e arquitetos terem tomado como ponto de partida as fotos de antes da guerra, não foram encontrados registros de
A bela Frauenkirche, a Igreja de Nossa Senhora em estilo barroco
imagens do interior. Mas uma das descendentes de um arquiteto que fez parte da construção do projeto original da Ópera encontrou os croquis do interior do prédio e doou ao governo. p
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M erc a do
Oito anos de sucesso
Tatiana Takiya, gerente de Marketing & Vendas da B4T, entrega homenagem a Ricardo Almeida, gerente comercial e de desenvolvimento do Valle Nevado Ski Resort
Alberto G. Martins, diretor da B4Tcomm
A B4TCOMM COMEMOROU OITO ANOS DE ATUAÇÃO COM UM EVENTO, REALIZADO EM SÃO PAULO, EXCLUSIVAMENTE PARA clientes e convidados. Na ocasião, apresentou as realizações alcançadas ao longo de 2015 e anunciou as novidades para o ano que se inicia. Entre as conquistas estão o novo escritório, localizado no bairro da Vila Clementino, zona sul de São Paulo, dez novos clientes, a implantação de um sistema próprio de gestão por resultados e a abertura de um escritório em Santiago (Chile), no bairro de Providencia. “Estamos muito felizes com tudo o que conquistamos em 2015, e seguiremos investindo em nossos aperfeiçoamento e crescimento, independente da crise”, afirmou o diretor da B4Tcomm, Alberto G. Martins. Durante o evento, que contou com palestras da editora de economia e
apresentadora do programa Conta Corrente, da Globo News, Juliana Rosa, e de Ricardo Freire e Elisa Araújo, do blog Viaje na Viagem , a B4Tcomm ainda apresentou sua nova marca, novo site e anunciou sua associação à Travel Lifestyle Network, uma rede de agências de comunicação presente em mais de 20 países. Para o Brasil e Chile, a B4T tem exclusividade de atuação dentro da TLN. “Essa associação dá a possibilidade de nossos clientes se promoverem em outros países por meio de agências independentes parceiras, que também carregam o DNA do Turismo e Lifestyle, assim como a B4T. Além disso, as agências participantes trocam experiências, conhecimento de mercado e podem atender conjuntamente contas globais”, explica Martins. O diretor ainda homenageou os clientes que estão há
mais de cinco anos com a B4T – o Mavsa Resort Convention & Spa, de Cesário Lange (SP), e Valle Nevado Ski Resort, do Chile.
NOVIDADES
Lançada essencialmente como assessoria de imprensa, a B4Tcomm, durante sua trajetória, ampliou a oferta de serviços prestados e hoje atua também com gestão de mídias sociais, representação comercial, marketing, relações públicas e planejamento e organização de eventos. “Amadurecemos muito ao longo desses oito anos e nossos clientes começaram a nos solicitar outros serviços da comunicação. Com isso, fomos expandindo nosso negócio e agregando outros profissionais em nossa equipe, que hoje totaliza 15 pessoas”, relembra Martins. A B4T ainda oferece a seus clientes o serviço de criação e
design por meio da Saatis, agência de publicidade associada. Por conta de todo investimento, sistema de gestão e especialização de sua equipe, a agência conquistou importantes contas. São elas: Assist Card, Comfort Suites Alphaville, Los Cabos Tourism, Machu Picchu Brasil, Nomaa Hotel, Radisson Alphaville, Rentcars.com, Reserva Biológica Huilo Huilo, São Paulo Convention & Visitors Bureau e Quality Resort Itupeva. Encerrando o ano com 23 contas ativas, a B4Tcomm já fechou três novos clientes – dois no Brasil e um no Chile, “Tivemos um ano muito produtivo, mas também de muito trabalho. Os resultados alcançados são reflexos de toda dedicação que dirigimos aos nossos clientes e o comprometimento de nossa equipe em entregar resultados qualitativos diariamente”, avalia o diretor da B4T. p
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Operadoras
Loja mil
O NÚMERO MIL É MAIS DO CVC PIRIPIRI QUE SIMBÓLICO. EM UM End.: Rua Felinto Rezende, 183 - PraANO DE DIFICULDADES ça da Bandeira (Centro) NO SETOR, A CVC SUR- Funcionamento: segunda a sexta, preendeu ao inaugurar sua das 8h às 18h, sábados, das 8h às 13h milésima loja no Brasil, em 17 Tel.: (86) 3276-4044p de dezembro. A abertura, embora seja em uma cidade pouco conhecida, tem localização estratégica: Piripiri, no Piauí. Com cerca de 60 mil habitantes, o município está entre os maiores polos da indústria de confecções do País, com cerca de 300 unidades fabris, e a empresa enxerga mercado potencial e promissor para vender viagens de lazer ou negócios. A franquia de número mil será comandada por Jarleane Francisca da Silva Melo. Seu nome é conhecido em terras piauienses, uma vez que já trabalhava com a CVC e agora se dedicará com exclusividade aos produtos da companhia. "O consumidor já reconhece a marca CVC pela confiabilidade que inspira e completa assistência dada ao cliente em toda a viagem, sem contar na infinidade de produtos disponíveis no portfólio da companhia, que atendem a diferentes perfis de bolsos e gostos", resumiu a franqueada. No emblemático corte da fita, a executiva dividiu o momento com o presidente da CVC, Luiz Eduardo Falco, e o vice-presidente, Valter Patriani.
EXPANSÃO
A operadora iniciou no último semestre de 2015 uma nova empreitada: sua interiorização pelo território nacional. “Iniciamos o projeto de interiorização há menos de seis meses e, desde então, temos ampliado nosso mapa de expansão, o que reforça a capilaridade e a força de vendas da nossa rede de varejo, e abre oportunidades de vendas de viagens e de negócios”, explicou Patriani. A CVC tem aberto cerca de 100 novas lojas por ano e, ao longo de 2015, a companhia inaugurou uma loja a cada quatro dias. Além de Piripiri, a cidade piauiense de Picos também terá uma loja exclusiva da operadora. Durante todo o ano de 2016, a empresa pretende levar sua marca em destinos no interior nas cinco regiões do mapa.
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Av ia ç ã o
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> Paula Daidone – Punta Cana (República Dominicana)
Conexão Caribe
Companhia opera quatro frequências semanais para Punta Cana
O CARIBE É A BOLA DA VEZ PARA A TAM. A COMPANHIA INAUGUROU RECENTEMENTE A ROTA BRASÍLIA-PUNTA CANA (REPÚBLICA Dominicana), a segunda para a região, depois de Cancun. O novo voo, operado em aeronaves A319 com 144 assentos em classe econômica, tem quatro frequências semanais - quartas, sextas, sábados e domingos -, e parte de Brasília às 11h25, com pouso programado às 15h45 (hora local), e no sentido inverso decola de Punta Cana às 22h55, com chegada às 7h10 (hora local). De acordo com o gerente de Segmentos Turismo e Corporativo da Tam, Maurício Madeira, esse lançamento faz parte de uma estratégia de fortalecimento da companhia na zona caribenha. “A Tam ainda não tem um posicionamento muito forte no Caribe e esse voo vem para fortalecer nossa posição na região”, explicou o executivo. Estratégica também foi a escolha por Brasília. Segundo Madeira, a operação já nasceu desenhada para operar desde a capital federal e não houve solicitação de slots em Guarulhos ou no Galeão. “A Tam está com uma estratégia muito bem definida em relação a trabalhar seus hubs e concentrar a malha. Queremos conectar o mundo através deles”, explicou. Brasília é vista como um ponto importante nessa nova
fase da empresa, sua posição geográfica, no centro do País, facilita as conexões oriundas de outras cidades, além de atender com mais rapidez e praticidade o passageiro em conexão vindo de locais mais próximos ao Distrito Federal, como Belo Horizonte, Goiana e Porto Alegre. O horário de decolagem do Brasil também foi pensado de forma a impulsionar a ocupação do voo. “Com saída às 11h25, conseguimos pegar o nosso banco da manhã e conectar todo o Brasil, além de algumas cidades da América do Sul”, explicou Madeira. A Lan também compartilha a mesma tática de atuação da Tam. A companhia recém-inaugurou a rota Bogotá-Punta Cana, com quatro voos semanais (terça, quinta, sábado e domingo) operados por um A320 com capacidade para 174 passageiros. A nova rota traz um acréscimo de 33% à oferta de assentos da Lan em voos internacionais desde Bogotá. “Com essa nova rota continuaremos o processo de fortalecimento da rede internacional da Lan que, com suas diferentes filiais, já chega a sete destino desde Bogotá, mostrando que a Colômbia segue se posicionando como um mercado de grande interesse para o Grupo Latam”, pontuou o diretor executivo da Lan Colômbia, Fernando Poitevin. A aposta do Grupo Latam é aumentar
Fernando Poitevin, da Lan Colômbia
Maurício Madeira, da Tam
ainda mais a oferta de Caribe. Atualmente, Lan e Tam, juntas, transportam cerca de meio milhão de pessoas por ano para a região e com esses dois novos voos o grupo prevê um aumento de 20% no número de passageiros a bordo. Como ressaltou Madeira, o lançamento dessa nova rota segue a estratégia do Grupo Latam de reforçar a conectividade de seus mercados internacionais, sobretudo na América Latina. Ambas as rotas têm autorização do governo dominicano para slots
até junho de 2016. Até lá, os executivos das duas aéreas focarão seus esforços para fazer com que a operação seja estendida. Entre os planos para alavancar o destino nos dois países (Brasil e Bogotá) estão ações de marketing especificas e capacitações com agentes de viagens, além de uma aliança estratégica entre o Grupo Latam e o Ministério do Turismo da República Dominicana para a promoção do destino e dos serviços nos principais mercados da América do Sul.
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OPERADORES
Em comemoração ao início da nova rota, a Tam convidou cinco operadoras para embarcar em uma viagem inaugural de quatro dias pela ilha. A bordo estavam representantes da Tam Viagens, CVC, Visual Turismo, Bancobrás e New Age. Durante a viagem, os operadores tiveram a oportunidade de conhecer a rede hoteleira da cidade e alguns pontos turísticos. Para os profissionais do trade, a viagem foi de grade valia, pois, de acordo com eles, o Caribe é o segundo destino mais vendido (perdendo apenas para Florida) e Punta Cana desponta, deixando Cancun para trás. “A aposta da Tam é certeira, pois Punta Cana já é um destino muito bem consolidado em Brasília”, afirmou gerente de suporte à vendas da CVC em Brasília, Klaus Burmann. Atualmente, a CVC é operadora que mais vende Caribe no Distrito Federal e Klaus acredita que a nova frequência incrementará ainda mais as vendas da empresa. “Viajar para o Caribe está mais barato do que embarcar para a Bahia, por exemplo. Por isso não registramos queda nas vendas de internacional, pelo contrário, nossa expectativa é de crescimento nesse segmento”, completou. A Tam Viagens também prevê cresci-
Tiago Mucsi, da Visual, Julie Gil, da Tam Viagens, Christian Soliva, da Bacorbrás, e Klaus Burmann, da CVC Brasília
mento em vendas de Caribe com essa nova frequência. “Esperamos aumentar em 70% as vendas para a região”, revelou a analista de produtos do Caribe da Tam Viagens, Julie Gil. “Punta Cana é tão bom quanto qualquer outro destino do Caribe, no sentido das experiências que nossa operadora quer oferecer ao cliente. E o fato do Caribe ser forte em resorts all inclusive faz
com que a região fique entre os ‘Top 5’ de vendas da Tam Viagens. É um destino ótimo para lua-de-mel, para quem busca praia e atende muito bem as famílias”, completou. Já a Visual, representada pelo gerente comercial regional de Brasília, Tiago Mucsi, enxerga nessa nova operação da Tam uma ótima oportunidade para fortalecer a venda de internacional. “A
divulgação da companhia ajudará na consolidação do destino e isso trará mais clientes para a gente. Nossa imagem é muito atrelada ao nacional, precisamos consolidar o internacional. Nosso objetivo é alcançar o share de 60% de nacional e 40% de internacional”, afirmou o gerente, revelando que, atualmente, o share da empresa está em 90% nacional contra apenas 10% internacional. A Bancorbrás também aposta na divulgação do destino como forma de solidificar as vendas. De acordo com o coordenador internacional da Bancorbrás de Brasília, Christian Neme Soliva, a operadora fará ações conjuntas com o governo da República Dominicana para intensificar a promoção do país na região do Distrito Federal. Segundo Soliva, esse é um voo muito prático e que pode ser oferecido nas filiais de Belo Horizonte, Porto alegre e Ribeirão Preto, cidades com voos na parte da manhã para Brasília. Soliva também ressalta a comodidade que o voo oferece ao cliente. “O horário de saída é ótimo. Faz com que o passageiro consiga aproveitar Punta Cana no dia de sua chegada e no dia de sua saída”, finalizou.p
--- O Jornal PANROTAS viajou a convite da Tam e do Escritório de Promoção Turística da República Dominicana, com proteção GTA
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Mercado
Tendências para o setor O TRIPADVISOR REALIZOU UMA PESQUISA QUE TRAÇA AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS QUE DARÃO FORMA AO SETOR DE TURISMO em 2016. Denominado Trip Barometer e conduzido pela empresa de pesquisas independentes Ipsos, o estudo responde questões que, segundo a diretora global de Relações com a Indústria do Tripadvisor, Helena Egan, podem ajudar os players a capitalizar em cima dessas diretrizes da melhor maneira possível. “Todos que trabalham na indústria do Turismo estão focados em entender quais serão as principais tendências para 2016, e o Trip Barometer revela o que irá direcionar o cenário de acomodações e oferece insights valiosos para empresários definirem suas estratégias de marketing”, explicou a diretora.
Orçamento dos brasileiros para as férias anuais de 2016: R$
12 mil
para duas pessoas
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Parque s te mát ico s
Diversão sem temor POR MUITO TEMPO A DISNEY LIDA COM A QUESTÃO DA SEGURANÇA EM SEUS PARQUES. UMA DAS PRINCIPAIS PREOCUPAÇÕES ESTÁ EM ENCONTRAR a dose certa para coagir a violência sem perder a imagem de um lugar feliz, para as pessoas se divertirem sem pensar em possíveis ameaças. Todavia, uma ocorrência reportada pelo jornal Orlando Sentinel, no último dia 12, indica que um norte-americano tentou entrar com uma arma de fogo no Magic Kingdom. Segundo a publicação, o homem não foi violento e a polícia chegou e acalmou a situação. Esse agravante e os recentes acontecimentos nos Estados Unidos e em outros países despertaram na rede a intenção de ampliar sua estratégia de proteção. Os parques sempre tiveram, na verdade, uma combinação de agentes de segurança uniformizados e fantasiados. Originalmente, eles são recorridos para prevenir furtos em lojas e atendem ocorrências por mau comportamento de visitantes. No final da década de 1990, os parques começaram a inspecionar a bagagem dos visitantes, como fazem nos cinemas, para barrar entrada de bebidas, alimentos e objetos proibidos. Essa medida, porém, acaba sendo aplicada muito mais em visitantes que desconheciam as regras do que pessoas mal intencionadas. De acordo com fontes do Disney Blog, desde
a semana passada novas medidas de segurança estão sendo notadas pelos visitantes nas dependências da rede na Flórida e na Califórnia: • Com ou sem mochilas, todos os visitantes devem passar por um detector de metal corporal, similar ao de aeroportos; • O parque já conta com a presença mais intensa de polícia uniformizada e armada, além de ter aumentado o número de cães policiais capazes de farejar bombas; • Visitantes acima de 14 anos não poderão entrar fantasiados ou com máscaras;
• Armas de brinquedo, independentemente do modelo, estão fora das prateleiras das lojas; • Em todos os cinemas AMC Disney Springs, as sacolas dos hóspedes poderão ser inspecionadas e estarão sujeitas a passar por um raio-X similar ao dos aeroportos. O mesmo poderá acontecer nos parques aquáticos e temáticos. “Nós, constantemente, revemos nossa metodologia de segurança e estamos implementando medidas adicionais a mais apropriadas possíveis”, afirmou um porta-voz da rede ao Disney Blog.
UNIVERSAL E SEA WORLD
Na onda da rede do Mickey Mouse, Universal Studios e Sea World também instalaram detectores de metal nas entradas de todos os seus parques localizados nos Estados Unidos, além de aumentarem o número de cães farejadores. “Queremos que nossos visitantes sintam-se seguros quando vêm aqui”, afirmou o porta-voz da Universal, Tom Schroeder, ao site Mashable. “É um teste para ver nosso progresso, já que estudamos constantemente as melhores práticas de segurança do mundo atual.”p
SurFACE
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Sangue novo
Executivo de Contas
O Club Med anunciou Gerson Morales como novo executivo de Contas Meeting and Events. Para o diretor comercial do Club Med Brasil, Marco Oliva, a chegada do novo executivo demonstra a expertise e adequação do produto Club Med ao segmento. Morales ficará baseado no escritório do Club Med Brasil em São Paulo. Para entrar em contato com ele, envie um e-mail para gerson.morales@clubmed. com ou ligue para (11) 96979-4384.p
Bruno Chagas e Wanderley Martins
Plano estratégico
A Hotelaria Brasil anunciou, como parte do plano estratégico de expansão para 2016, a contratação do uruguaio Juan Sander, que assume a diretoria de Operações Upscale e Luxo da rede. Quem também chega é Bruno Chagas, que assume a gerência geral do novo empreendimento em Cabo Frio (RJ), previsto para ainda este ano, e Wanderley Martins, que já atuou nas redes Accor, Meliá e Posadas, como gerente de Relacionamentos Institucionais.p
Ponto a ponto A Qatar Airways disponibilizará wi-fi gratuito para os passageiros em todos os voos da companhia. A Gol reformulou seu site para atender pessoas com deficiência visual. p
Gabriel Patriani, que completou 18 anos recentemente, é o novo sóciodiretor da Meb Viagens, de Ester Patriani. A empresa, localizada no Shopping Pátio Paulista, no Paraíso, em São Paulo, conta com dez colaboradores. “Ele é o meu único herdeiro e mostrou interesse pela empresa. Eu espero que ele continue o que eu comecei. A chegada do Gabriel vai nos trazer mais divulgação e promoção, ele vai dar uma cara mais jovem para a empresa". “Acredito muito nessa evolução da Meb Viagens com o Gabriel”, concluiu Ester.p
Vaga preenchida
A Alitalia anunciou Cramer Ball como novo CEO após dois meses de interinidade do cargo. Ex-diretor de companhias aéreas como Air Seychelles e Jet Airways, o executivo, que entrará como substituto de Silvano Cassano, assume a função em março de 2016. O Comitê de Nominação e Remuneração procurava desde setembro passado uma nova figura para assumir o posto.p
Trade Marketing
O Grupo Salinas de Hotéis e Resorts anunciou o nome de Carlos Viégas como novo gerente de Marketing da rede. Viégas possui mais de 15 anos de experiência em Marketing, Trade Marketing e Vendas, tendo sua carreira consolidada durante a atuação na extinta Coca-Cola Guararapes. Recentemente, o executivo exercia o cargo de gerente de Marketing Nacional da Shineray do Brasil.p
Diretoria
A Starwood Hotels & Resorts anunciou Thomas B. Mangas como novo CEO da rede, que entra no lugar de Adam Aron, que deixou a função para assumir o cargo de presidente e CEO da AMC Entertainment Holdings. A nomeação foi acompanhada por duas outras promoções: o então vice-presidente sênior e gerente corporativo, Alan M. Schnaid, foi nomeado diretor de Finanças, enquanto o atual vice-presidente para Finanças e Contabilidade, Robyn Arnell, assume a função de gerente corporativo.p
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CONECTE-SE COM A PANROTAS
Mercado brasileiro
portalpanrotas
A Star Alliance contratou Vera Bücker para ocupar o cargo de coordenadora da rede no mercado brasileiro. A executiva atuou por quase 20 anos na Lufthansa – dez como gerente de Vendas para o Brasil. “Estou empolgada com este desafio. Mais do que ajudar a fortalecer a visibilidade da Star Alliance no mercado nacional, quero ser uma parceira efetiva das companhias aéreas membros para aprimorar continuamente a experiência de viagem dos clientes”, comentou.p
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Promovida
O Radisson Faria Lima conta com uma nova gerente de Vendas, Danieli Pompeu. A profissional iniciou sua carreira em 2006 nos hotéis Comfort Suites, Radisson e Quality Alphaville, na grande São Paulo, e desde 2014 ocupava o cargo de gerente de Vendas do Clarion Faria Lima. Já familiarizada com a região, Danieli assume o lugar de Rafael Caron, que deixa o Radisson Faria Lima, após quatro anos, para assumir o cargo de gerente regional de Vendas da rede Atlantica em Belo Horizonte. A executiva atende pelo e-mail: vendas.rfl@atlanticahotels.com.br. p
Convite aceito
Depois de 38 anos de atuação no Turismo, Rui Carvalho aceitou o convite do Hotel Toko Village, em Porto Seguro (BA), para o cargo de gerente geral do empreendimento. “Trabalhamos integrados à comunidade local, e oferecemos um serviço personalizado para que o hóspede se sinta em casa”, comentou o profissional que pode ser contatado por meio do e-mail: rui.carvalho@tokovillage.com ou por meio do telefone (73) 9 9158-3605.p
Novo desafio
Com experiência de 20 anos nas áreas de Comunicação e Marketing, Samantha Ribeiro assume o cargo de coordenadora de Marketing da Hotelaria Brasil. A executiva é pós-graduada em Marketing de Serviços pela Faap e com MBA em Marketing Esportivo pela ESPM. “O meu objetivo neste novo desafio é desenvolver um projeto consolidado de estratégias organizacionais, concretizando a marca como referência nacional no mercado hoteleiro” afirma a coordenadora.p
Vicepresidência
A Travelport anunciou a nomeação de Bernard Bot como vice-presidente Executivo e Chief Financial Officer (CFO). O executivo assume funções que incluem relações com investidores, fusões e aquisições, tesouraria, fiscal, planejamento financeiro e análise, auditoria, controladoria e contratos. Nos primeiros seis meses, ele vai trabalhar em parceria com Philip Emery, que continua em seu papel como membro do conselho da empresa.p
gente Edição 93 – 6 a 12 de janeiro de 2016
Profissionais de sucesso
A INDÚSTRIA DO TURISMO, ASSIM COMO TODO O PAÍS, ENCONTROU DIVERSAS BARREIRAS e dificuldades no ano de 2015. Foi um período atípico, com muitas baixas no setor, quebras e incertezas. Mas, para alguns profissionais, 2015 foi um ano de mudanças e encarar novos desafios. Em seguida, você confere alguns personagens do trade nacional que deram uma guinada na carreira.p
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CÁSSIO OLIVEIRA AIR TKT Motivado a encarar novos desafios, Cássio Salles de Oliveira deixou para traz 21 anos de história na Rextur Advance para assumir a direção da Associação Brasileira de Distribuidores de Passagens Aéreas e Serviços de Viagens (AirTkt), em janeiro de 2015. Segundo Oliveira, a ideia de construir uma associação que representasse o consolidador no mercado, surgiu na época da venda da Rextur para a CVC, em dezembro de 2014. “Desde a época da Rextur eu já defendia isso: o consolidador tem necessidades específicas e precisa de alguém que o represente”, afirmou. “Mesmo que o consolidador dependa 100% do agente de viagens, o trabalho de ambos é muito diferente por conta da realidade em que estão inseridos. As consolidadoras tratam com empresas muito grandes e têm outro tipo de tributação e fiscalização”, completou. Ainda que o tema se mantivesse o mesmo - distribuição de bilhetes aéreos -, Oliveira sentiu certa estranheza na adaptação da nova rotina de trabalho. “A mudança foi total. Eu sempre fui vendedor, negociador e agora eu sou staff, fico nos bastidores. Aqui na Air Tkt eu faço de tudo, menos o comercial”, revelou o diretor. A maior diferença, porém, Oliveira sentiu na obtenção dos resultados. “Quando você está envolvido
em um projeto, o resultado é a longo prazo, demora para surgir e, muitas vezes, não é tão tangível. Diferente do comercial, que você tem respostas imediatas”. Mas esse fato tornou-se ponto motivador no dia a dia de Cássio Oliveira. “Tenho total satisfação no que faço.” Hoje, à frente de uma entidade, Oliveira afirma poder se posicionar de forma imparcial. “Tenho neutralidade para fazer propostas para a associação. Quem recebe não enxerga como benefício para uma única empresa” e, para ele, isso é fator primordial no êxito das ações da Air Tkt. Mesmo em meio à crise, Oliveira faz um balanço positivo do último ano e acredita que 2015 foi um período de racionalização e de amadurecimento para o setor. “É fácil crescer quando o vento está a favor. Quando o vento está contra, há muito mais manobras que devem ser feitas para conseguir remar. E isso é a velha máxima: a crise serve para nos reinventarmos.” Para o diretor, 2016 “será um ano de desafios e de reavaliação de tudo o que está sendo feito”. “O que nos resta é trabalhar e torcer para sairmos dessa crise. Não sei quanto tempo ela ainda vai durar, mas eu sei que vamos superar isso”, completou Oliveira mostrando-se otimista, “eu confio no nosso negócio. Eu investiria nele”.
CLEITON FEIJÓ VIAGENS MASTER O último ano começou difícil para Cleiton Feijó. O anúncio de recuperação judicial de sua antiga empregadora, a Nascimento Turismo, resultou em um dos capítulos mais complicados da história da indústria. Com quase 13 anos de serviços prestados como diretor comercial, Feijó teve de recomeçar. E foi o que ele fez. Há pouco mais de três meses na Viagens Master, o executivo tem a difícil tarefa de trazer a operadora mineira para um mercado ainda pouco conhecido e o mais importante do País: São Paulo. A presença em eventos de magnitude contribui, mas é necessário usar a experiência para ganhar um novo público. E ele tem sua popularidade como trunfo. “O mercado está receoso com o fechamento de tantas operadoras”, avaliou ele, disposto a reverter essa imagem. Além de colocar a Viagens Master no mapa paulista, o diretor precisa educar o profissional e fazer com que ele repasse uma lição essencial: as agências on-line não substituem um atendimento personalizado e, muitas vezes, pessoal. Com a bandeira da empresa fincada em São Paulo será possível explorar novos mercados além do Sudeste. Enquanto inicia seus primeiros passos, Feijó sente até um certo alívio ao ver o fim do ano se aproximar. Mesmo confiante em um cenário macroeconômico similar ou pior ao de 2015, ele encara o que está por vir com otimismo. “Este ano exigiu muito do profissional Cleiton”, finalizou.
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EMERSON CAMILO FLYTOUR Com apenas 36 anos de idade, Emerson Camilo é dono de um currículo invejável. O executivo, que começou sua carreira como office boy na Dimensão Turismo, em 1994, teve passagem pela Alitalia e pela Rextur Advance antes de chegar à Flytour, crescer e assumir, em outubro de 2015, o cargo de CEO. O sucesso, Camilo atribui a seu domínio de mercado. “As viagens que fiz na Alitalia e o que percorri pelo Brasil para abrir 40 pontos de vendas para a Advance me trouxeram conhecimento da indústria de consolidação e do mercado em si”, comentou. Na Advance, além de cuidar da expansão da empresa, participou das fusões com a Asa Tur, consolidadora do Paraná, com a Rextur e com a CVC. “Fiquei em negociação com a Flytour praticamente um ano. Eu estava no projeto de fusão com a CVC e não queria sair naquele momento, pois sabia que seria algo bem desafiador e eu queria entender como tudo iria funcionar. Quando o projeto terminou, resolvi aceitar o convite do Christiano [Oliveira] para fazer parte da equipe”. O executivo conta que não teve muita dificuldade em se adaptar à nova função. “A consolidação é muito parecida nas empresas por onde você anda:
os produtos são os mesmos, os processos são praticamente os mesmos, o que muda um pouco é a ferramenta que cada um utiliza”. Mas Camilo não esconde a apreensão que sentiu quando o convite foi aceito: “deixar de ser um diretor comercial, por mais que eu cuidava de muita coisa pelo Brasil, para assumir uma empresa inteira como gestor, dá aquele friozinho na barriga. Mas quando a gente olha para a Flytour e vê tudo o que ela nos proporciona para estar naquela função, isso dá segurança”. E os desafios não param por aí. Foi a vez da própria Flytour iniciar um processo de fusão. A escolhida foi a Gapnet, o que resultou na criação da holding Innovation Travel Brasil. Mesmo em um momento delicado, como o que o País vem enfrentando, Camilo não perde o positivismo. “Eu já passei por algumas crises e eu não vejo isso como um problema, tento enxergar como oportunidade. Por mais que nosso cenário seja complexo, a consolidação é uma indústria em desenvolvimento e que representa mais de 50% das vendas de bilhetes aéreos no Brasil. Eu acredito muito no setor, por isso aceitei esse desafio na Flytour”, finalizou.
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NELSON OLIVEIRA ALATUR JTB Após quase 25 anos trabalhando como diretor geral na South African Airways, Nelson Oliveira foi para a Alatur JTB, onde atua como diretor da unidade de Viagens e Lazer. Para ele, a mudança foi bastante enriquecedora, mas não muito impactante, já que o cargo na SAA o preparou bem para a função seguinte. “Foi uma mudança extremamente estimulante, sob todos os aspectos. Enquanto na SAA eu trabalhava com um produto único, na Alatur há um escopo muito maior de produtos e fornecedores. Mas no que se refere à transição de uma empresa pra outra, não senti grandes impactos, já que na SAA o segmento de lazer sempre foi muito forte e eu estive envolvido nas estratégias de montagem de posicionamento de pacotes turísticos, o que me preparou bem para trabalhar posteriormente na unidade de Viagens e Lazer da Alatur JTB”, conta. Quando entrou na nova empresa, Oliveira foi designado para reposicionar as marcas Bora Viagens e Club+, garantindo a competitividade no mercado de viagens a lazer e, de acordo com ele, os resultados têm sido bastante satisfatórios. “Estamos conscientes dos desafios por conta da situação econômica do País, mas a Alatur JTB é uma empresa dinâmica e com senso de oportunidade, o que contribui para que alcancemos resultados positivos, como os conquistados até agora”, conclui.
LUIZA BOEIRA BROCKER TURISMO Desde que a Brocker Turismo uniu-se à Liga Receptivo e Eventos, a sócia-diretora do Grupo Brocker, Luiza Boeira, viu a quantidade de desafios aumentar, à medida que aumentavam também os bons resultados. “O grande desafio com a fusão foi fazer mais e melhor com um custo menor, além do fato de que eram duas empresas diferentes, com equipes e culturas diversas, e não foi fácil unificar tudo”, explicou. Para dar conta do processo, Luiza e os demais diretores apostaram bastante em diálogo, com muito esclarecimento e treinamento. “Nós sempre estamos muito presentes e abertos para ouvir as demandas de nossos colaboradores, porque às vezes a gente quer implantar algumas coisas com as quais eles não concordam e, quando conseguimos chegar a um consenso, o resultado final acaba sendo favorecido”, conta. Outro fator de mudança foi que, com a fusão, a área de atuação dos Bustour passou a ser muito mais ampla. “Agregamos mais segmentos aos que estávamos acostumados a atender. Por exemplo, a Brocker trabalhava com o segmento de lazer e, após a fusão com a Liga, passamos a atender muito o setor corporativo e privativo”, explica. Ainda que a situação econômica do Brasil seja um pouco incerta, Luiza tem uma expectativa boa para o próximo ano. “Temos um portfólio de produtos bem interessantes e nossas expectativas para o setor de eventos, por exemplo, são as melhores possíveis”, afirma.
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6 a 12 de janeiro de 2016 PANROTAS GENTE
MAGDA NASSAR BRAZTOA Quem vê Magda Nassar na presidência da Braztoa hoje não pensa como foi seu início na indústria. Há 26 anos, movida pelo interesse de operar viagens, fundou a Soft Travel com apenas dois funcionários em sua equipe. Pouco depois de iniciar as atividades, a jovem empresária foi surpreendida com a criação do Plano Collor, no início dos anos 1990. Com dinheiro congelado no banco e sem ter como investir e pagar os salários de sua compacta equipe, Magda abriu o jogo e explicou a situação para os profissionais. Ela continuou com apenas um colaborador na equipe, mas aprendeu ali uma lição para gerir: o Turismo e a crise andam juntos. “Os momentos difíceis são os melhores para trabalhar”, disse ela. Em seis meses à frente da Braztoa, Magda avalia que entregou em um mês o que demais entidades e dirigentes levariam anos. A presidente se orgulha de iniciativas realizadas em cima da tão temida crise - que vai e volta quando menos se espera -, como Passaporte Braztoa, Turismo Week Nordeste e o Trip Protector. Movida a desafios e superação, Magda se prepara para iniciar o ano disposta a barrar o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) para recursos ao Exterior e ter o dobro de tempo para trabalhar. Os olhos para o Brasil seguem atentos, inclusive com um anúncio de uma ação “no forno” a ser feita em breve. “Sou idealista, não política. Eu cresci e acredito no mercado. Tudo o que eu faço é pagar de volta o que foi feito por mim”, concluiu.
MARCOS BALSAMÃO ABAV-SP O ano era 1980. Seu início no Turismo foi na extinta Transbrasil, na área de Estatística de Tráfego e Operação no aeroporto de Congonhas. Cerca de 35 anos mais tarde, Marcos Balsamão ainda viajou o Brasil pela Tam, iniciou sua carreira no corporativo na Avipam e atua há quase 13 anos na Alatur JTB. Hoje ele encara um novo desafio: ser presidente da Abav-SP. Balsamão se tornou conhecido no trade devido ao trabalho com o viajante de negócios. Agora, porém, ele terá de lidar com mais de 540 agências de viagens associadas dos mais diferentes nichos. “Há mais de 60 dias eu procuro me dedicar e não atrapalhar as atividades desenvolvidas na Alatur e na Abav”, disse ele, em tom de brincadeira. Com o papel de dar um novo gás à entidade até 2017, o executivo procura uma relação mais próxima com o associado. Aliás, associado, não, cliente. O seu modo de trabalhar já inicia no tratamento diferenciado com o profissional. Suas mais de duas décadas de corporativo irão nortear o andamento do próximo ano que, ele não esconde, será difícil como a indústria quase em sua totalidade pensa. O otimismo, porém, sempre está guardado na bagagem. Ao ser questionado sobre 2016, Balsamão respira fundo e é incisivo. “Quem olhar para a frente e ser criativo estará à frente dos demais. Eu espero que seja tão bom quanto os meus 23 anos anteriores. Eu jamais pensei que poderia chegar onde cheguei. Eu espero não decepcionar quem confiou em mim”, encerrou.
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6 a 12 de janeiro de 2016 PANROTAS GENTE
PATRICK MENDES ACCOR Escolhido para suceder o icônico Roland de Bonadona, Patrick Mendes encarou de frente o desafiador cargo de CEO de uma das maiores redes hoteleiras do mundo, a Accor. Desde 1993 no grupo, Mendes passou pelas áreas de Distribuição, Desenvolvimento e Vendas e foi indicado por Bonadona para assumir a direção da rede na América do Sul. Ciente dos desafios que encontrará pela frente, o executivo, em entrevista ao Jornal PANROTAS, em abril de 2015, listou alguns fatores que considera complexos de gerenciar, como manter a motivação do time Accor (eleita diversas vezes uma das melhores empresas para se trabalhar no Brasil); preservar o nível de desenvolvimento no Brasil e em países como Chile, Peru, Colômbia e Argentina; investir fortemente na qualidade de serviço dos hotéis da rede e administrar os resultados em meio à atual situação econômica. “Da qualidade vêm os resultados”, completou. Mendes está mudando aos poucos a
estrutura na América do Sul, designando um líder para as marcas econômicas (Ibis, Ibis Budget e Ibis Style), outro para o segmento midscale e um terceiro para as marcas upscale. “O Bonadona repudia a ideia de ser conselheiro sênior ou algo similar ou de ter um cargo como forma de agradecimento pelo seu trabalho. Por isso, trocamos informações e expertise dentro do prazo, que finalizou em dezembro de 2015”, explicou Mendes. Vale destacar que o executivo foi o principal responsável pela integração bem-sucedida dos hotéis Posadas às operações da Accor. Hoje, após tantos cargos e atribuições, comanda quase 250 hotéis em operação e outros 200 em implantação, que deverão ser inaugurados até 2018, somando uma oferta total de 70 mil apartamentos em nove países. Os planos para o próximo ano ainda foram revelados, mas não devem ser menos audaciosos que os últimos períodos percorridos, com e sem crise.
SYLVIO FERRAZ MMTGAPNET Com uma veia empreendedora que vem de família, Sylvio Ferraz Filho é herdeiro de um dos pioneiros do Turismo no Brasil e proprietário da Monark Turismo. Não poderia se esperar uma carreira diferente do que, na opinião de muitos, já pode ser considerado um dos grandes nomes da indústria de viagens. O primeiro marco na carreira de Ferraz Filho foi a fundação da Tam Viagens, em 1998, ao lado de Ivo Lins e Rui Alves, hoje comandantes do Grupo Gapnet. O dirigente manteve-se à frente da operadora até 2009, quando foi comprada pela Tam, e assumiu o papel de diretor executivo. Em abril de 2015, tornou-se sócio e CEO da MMTGapnet, retomando a parceria com Lins e Alves. “Foi uma proposta que apareceu em dezembro de 2014 e eu pensei muito antes de tomar essa decisão. É como voltar para casa”, afirmou ele em entrevista ao Jornal PANROTAS, em março de 2015. O reencontro com os amigos de longa data exigiu que Ferraz retomasse também algumas características dos velhos tempos, como a busca por uma fatia maior de mercado, especialmente no doméstico. Para isso, criou um departamento 100% dedicado e trouxe profissionais reconhecidos. Tal estratégia recebeu uma “ajuda”, ainda que não muito bem-vinda, uma vez que o viajante habituado em ir ao Exterior repensou os seus hábitos por conta da alta do dólar. Sorte? Difícil acreditar, ainda mais agora, que Sylvio Ferraz pode contar com a recém-criada holding Innovation Travel Brasil, fruto da fusão com o Grupo Flytour. É a construção de mais um capítulo de sucesso para este profissional.