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R$ 11,00 - Ano 23 - nº 1.212 6 a 12 de abril de 2016
Com ou sem TMC? Case da Riachuelo, que decidiu criar um departamento para gerenciar e comprar todas as viagens da empresa, levanta a discussão sobre o papel do gestor e das agências de viagens corporativas > Páginas 06 a 08
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6 a 12 de abril de 2016 JORNAL PANROTAS
Check-IN ig Art
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LEIA NESTA EDIÇÃO
Sem transformação digital a indústria de viagens corre o risco de se desconstruir
Páginas 04 e 05 Braztoa promete nova relação com o mercado do Rio
Ricardo Pomeranz é chief digital officer da Rapp Brasil e especialista em transformação digital
Página 09 Gol tem maior prejuízo e melhores índices da história Páginas 10 a 12 Esqui nos EUA: Denver é hub para estações do Colorado Páginas 14 e 15 Visual inicia comemoração dos 30 anos com experiências Página 16 Os saltos da Airbnb no mercado brasileiro Páginas 20 Secretário do Rio de Janeiro é novo presidente do Fornatur
A internet, ninguém duvida, está aí para facilitar a vida das pessoas, das empresas, dos governos, de todos. Mas, a velocidade que a web imprimiu às mudanças é a maior já vista na história da humanidade e é esta a razão pela qual muitas organizações vêm ficando literalmente para trás, tornando-se obsoletas e perdendo mercado. No caso da indústria de viagens o cenário não é diferente. Há 20 anos, quando alguém queria viajar era costume consultar amigos ou parentes. Depois disso era a hora de procurar uma agência de viagens para cuidar do pacote e, se não gostasse das opções, a solução era buscar... outra agência. Hoje em dia, as pessoas ainda pedem sugestões umas às outras e alguns ainda utilizam as agências de viagens pela facilidade. Mas a grande maioria vai mesmo é para a internet, para buscar as melhores ofertas de passagem aérea, alternativas de hospedagem e os melhores preços. Tudo sem sair de casa e com a possibilidade de ver como são os locais escolhidos. As empresas desta indústria que ainda não se adequaram à realidade digital, acreditem, estão correndo grandes riscos de impactos negativos em seu negócio.
Portanto, cabe lembrar que essa nova realidade tem cinco elementos-chave, sem os quais a indústria do Turismo tradicional pode se desconstruir totalmente. O primeiro deles são os dispositivos móveis, já que os viajantes da atualidade estão sempre conectados e com seus smartphones e tablets encontram rapidamente as informações de que necessitam. Em breve, os turistas nem precisarão fazer as buscas, porque os sistemas vão detectar o perfil de cada um e encaminhar automaticamente o melhor hotel, restaurante e a alternativa de voo. Outro elemento-chave são os sites de review, que trazem a opinião de viajantes sobre sua experiência. Hoje em dia, antes de reservar um hotel, por exemplo, nada melhor do que conferir os comentários de quem já se hospedou lá. O líder deste setor é o Tripadvisor, que, na América Latina, registra 43,2% dos acessos a esse tipo de informação. Em seguida está a Booking. com, com 38,2% de participação. Os viajantes, em todo o mundo, também estão sendo extremamente beneficiados por novos tipos de empresas digitais — nosso terceiro elemento-chave. Este é o caso, por exemplo, da Airbnb, que já colocou a indústria hoteleira em alerta. Seu cadastro de hospedagem cresceu 100% de 2014 para 2015 e já soma 20 milhões de opções, a preços
muito atraentes para o consumidor. Quem nunca viu turistas de qualquer nacionalidade tirando centenas de fotos durante suas viagens? Sim, as pessoas gostam de compartilhar e hoje elas fazem isso nas redes sociais e abrem caminho para que milhares ou milhões de pessoas saibam o que está acontecendo com elas. O dado é um tanto antigo, mas vale para comprovar a afirmação. Em 2012, o Facebook analisou as chamadas Top Stories compartilhadas e descobriu que em 42% dos casos as experiências de viagens lideraram o ranking. Nenhuma empresa de viagens pode se dar ao luxo de ficar fora deste ambiente. E, por último, nosso quinto elemento-chave é o big-data, a enorme quantidade de dados disponível na internet sobre os viajantes. É a partir deles que se pode criar interações cada vez mais personalizadas, comunicação um a um e, assim, oferecer recomendações específicas a cada pessoa, baseadas em seus padrões anteriores de compra e no que ela realmente deseja e precisa, o que pode reverter positivamente nas taxas de conversão. Diante disso, a conclusão a que podemos chegar é que a internet tem impactado significativamente a forma como as pessoas planejam, compram e usufruem suas viagens. As empresas desta indústria que se adaptam a essa realidade conseguem garantir aos seus consumidores uma experiência de viagem muito mais rica e produtiva.
E d i t o r i a l > Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br Pode uma agência de viagens atuar como operadora? Pode uma operadora ser dona de uma OTA? Pode uma grande empresa gerenciar seus gastos com viagens (e as próprias viagens dos funcionários) sem a presença de uma TMC? Pode uma corporação ser atendida por mais de uma TMC? Pode uma operadora vender diretamente ao público final? Bom, se alguma das questões acima é proibida, melhor avisar à indústria de Viagens e Turismo, que hoje convive com uma diversidade, complexidade e liberdade jamais vistas... na história desse País (e planeta). E
Pode isso, Arnaldo?
é durante os períodos de crise que os corajosos experimentam, têm ideias inovadoras, mexem no que “sempre deu certo”, esquecem as ideias e pensamentos do passado e tomam decisões no que o futuro aponta. Toda essa oferta de opções e caminhos empresariais é similar ao que passa com o consumidor final: há um excesso do que se pode fazer e nem tudo é bom para todo o mundo. Entra aqui a expertise dos empresários, o feeling e até a sorte de ter enxergado o pulo do gato. As grandes operadoras de décadas atrás eram, anos antes, grandes agências
de viagens. Hoje grandes operadoras podem ter redes de lojas, OTAs, empresas de outros segmentos... Tudo isso sob um mesmo guarda-chuva ou em atividades paralelas. No segmento de viagens corporativas, que, até por necessidade e pela profissionalização, sempre foi mais aberto às mudanças e inovações (da tecnologia à cobrança de fees), é comum vermos não apenas troca de TMCs que atendem uma empresa, como mudanças e experimentações de modelos de compra de viagens. Às vezes dá certo, às vezes não. Em todos os casos. E o não dar cer-
to abre e fecha portas que serão úteis no desenvolvimento de toda a indústria. Nesta edição, trazemos o case Riachuelo, que já havia nos chamado atenção no Lacte 2016. A rede simplesmente não tem uma TMC para lhe ajudar na compra e no gerenciamento de viagens, e sim um departamento (e não uma agência interna) que cuida de tudo. Será que está dando certo? Confira nas próximas páginas e lembre-se que, além da máxima “cada caso é um caso”, sempre podemos tirar ensinamentos e caminhos da experiência vizinha. Boa leitura.
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Expediente PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta DIRETOR EXECUTIVO José Guilherme Condomí Alcorta DIRETORA INTERNACIONAL Marianna C. Alcorta DIRETORA DE MARKETING Heloísa Prass
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DIRETOR DE TI Ricardo Jun Iti Tsugawa
DO PORTAL
PANROTAS
24/3 a 30/3
1 Conheça as melhores agências de viagens do Brasil – em 29/03
2 Tam encerra operações em 2
REDAÇÃO Editor-chefe: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) Editor: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Editor Rio de Janeiro: Diego Verticchio (diego@ panrotas.com.br) Coordenador: Danilo Alves Reportagens: Henrique Santiago, Rodrigo Vieira, Karina Cedeño, Rafael Faustino, Fernanda Cordeiro (estagiária) e Roberta Queiroz (estagiária) Fotógrafos: Emerson de Souza e Marluce Balbino MARKETING Assistente: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves PRODUÇÃO Gerente de Produção: Newton dos Santos (newton@panrotas.com.br) Diagramação e tratamento de imagens: Kátia Alessandra, Pedro Moreno e Thalya Brito Projeto Gráfico: Graph-In Comunicações COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) EXECUTIVO SÊNIOR DE RP Antonio Jorge Filho (jorge@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) New Cast Publicidade Ltda SRTVS - QD 701 - BL. k - Sala 624 Ed. Embassy Tower - Cep: 70340-908 | Tel : (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (sblara@seasoneventos.tur.br) Season Turismo e Marketing e Esportes Ltda R. Gal. Severiano, 40/613 - Botafogo | Cep: 22290-040 - Rio de Janeiro - RJ Tel: (21) 2529-2415 / 8873-2415 ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner O Jornal PANROTAS é vendido somente por assinatura. Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Lis Gráfica e Editora Ltda. (Guarulhos/SP)
PARCEIRAS ESTRATÉGICAS
MEDIA PARTNER
LACTE 11 LATIN AMERICAN CORPORATE TRAVEL & Events E XPERIENCE
ASSOCIAÇÕES
destinos; veja quais – em 28/03
3 Sete cidades que pagam para ter novos moradores – em 24/03
4 Google apresenta nova ferramenta para viagens; confira – em 24/03
5 Tam perde na Justiça e validade
de milhas deve mudar – em 28/03
11 Gol: prejuízo de R$ 4,3 bi e corte
6 Henrique Alves entrega carta de
de 18% nas decolagens – em 30/03
demissão do MTur – em 28/03
12 Airbus lança novo modelo de cabine
7 Conheça os 10 países mais felizes do mundo – em 24/03
8 Tam Viagens passa a se chamar Latam Travel – em 30/03
9 Conheça e desvende os maiores mitos da aviação – 24/03
10 Fotos mostram pontos turísticos em um novo ângulo – em 24/03
para passageiros – em 29/03
13 Disney tem horas exclusivas na madrugada por US$ 149 – em 24/03
14 American cancela voos de Miami para Recife e Salvador – em 30/03
15 Airbnb está de casa nova em São Paulo; veja fotos – em 18/03
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Eventos
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>> Diego Verticchio
Cada vez mais carioca
Magda Nassar, da Braztoa, Nilo Sérgio, da Setur-RJ, Edmar Bull, da Abav Nacional, Cristina Fritsch, da Abav-RJ, Mario Gasparini, do Ifaseg, e Monica Samia, também da Braztoa
MUITO MAIS DO QUE REUNIR OPERADORES PARA APRESENTAR AS NOVIDADES DA PRÓXIMA alta temporada, o 9º Encontro Comercial Braztoa Rio de Janeiro selou o evento como o principal voltado para a indústria de Viagens e Turismo do Estado do Rio. Realizado no último dia 24, o workshop reuniu cerca de 800 agentes de viagens que puderam conhecer durante uma tarde os produtos de 47 empresas expositoras, a maioria operadoras. A relação entre a Braztoa e o Rio de Janeiro não é nova e está se consolidando ano após ano. Depois de ser a
sede da última Convenção de Vendas, do Prêmio Sustentabilidade e do Experiências Braztoa, o Rio será em 2016 a cidade que “catalizará os principais eventos da entidade”, nas palavras da presidente Magda Nassar. A agenda, no entanto, ainda não foi apresentada. “O Rio tem nos recebido de braços abertos”, brincou Magda. “Em 2015 o (Michael) Nagy, do Rio Convention Bureau, nos convenceu a fazer nossos eventos na cidade e foi maravilhoso. Conseguimos levar cerca de 800 agentes de viagens para São Conrado. Na oportunidade, o secretário estadual de
LAZER E
C O R P O R AT I V O PARTICIPANDO PELA PRIMEIRA VEZ DO EVENTO, O PRESIDENTE DA ABAV NACIONAL, EDMAR BULL, PERCORREU OS CORREDORES DO ENCONTRO COMERCIAL BRAZTOA. TAMBÉM DIRETOR-PRESI-
dente da Copastur, Bull ainda exerce o cargo de presidente licenciado da Abracorp e esteve no evento para assinar um acordo com a Braztoa. Nesta parceria, os associados da Abracorp podem comprar pacotes de lazer com operadoras Braztoa. Segundo explicou Edmar Bull, com a parceria, os agentes Abracorp, que são especialistas em viagens corporativas, poderão atender melhor os clientes quando tiverem alguma demanda ligada ao lazer. “Para montar um pacote de lazer nosso associado perdia tempo. Agora vamos ganhar em qualidade, já que estamos tratando com especialistas, e será mais produtivo para as nossas associadas. Vamos trabalhar com quem tem mais facilidade, segurança e expertise”, afirmou.p
Turismo, Nilo Sérgio Félix, nos garantiu que parte dos recursos do órgão será voltada à promoção entre os associados Braztoa. Estamos sendo muito bem recebidos no Rio”, garantiu a executiva. “É importante para o Estado ter a Braztoa mais próxima do Rio e estamos pensando em planos e estratégias para atrair cada vez mais a entidade para cá”, emendou o secretário Nilo Félix. Realizado no novo Prodigy Santos Dumont, o evento marcou também a expansão do Encontro Comercial Braztoa Rio. Segundo a CEO da entidade, Monica Samia, o momento é de aproveitar a oportunidade gerada com a saída da Feira da Abav da cidade, para crescer e consolidar o Encontro Braztoa como o principal evento de Turismo do Rio. “A Feira da Abav deixou uma lacuna e estamos dispostos a preencher este espaço. Ainda não temos definido um local para o próximo ano, mas estamos de olho em como podemos crescer o Encontro Braztoa. O feedback que tivemos nos dá margem para acreditar que uma expansão é viável e que será muito bem aceita pelo mercado”, afirmou.
RETORNO IMEDIATO Na avaliação da Magda Nassar, o evento cumpriu bem seu papel de apresentar novidades e capacitar os agentes de viagens. “Sentimos as
pessoas interessadas nos eventos. As capacitações estiveram todas cheias. No treinamento sobre Alemanha tivemos que impedir a entrada de mais pessoas por falta de espaço”. Para ela, realizar o evento dentro de um hotel também ajudou nos imprevistos. “Um espaço novo, bonito, estruturado e com ótimo atendimento. O pessoal do hotel deu todo o suporte”. Participando pela primeira vez como expositor, o diretor da Interpoint, Frederico Levy, que esteve no Experiências Braztoa, em outubro de 2015, se disse surpreso com a qualidade do evento. “Meus cartões de visita acabaram antes da metade do evento. O material que trouxe foi logo depois. Não levei fé no evento”, brincou ele. A diretora da AIT Operadora, Karla Haimenis, achou o movimento da feira intenso durante toda a tarde. A mesma sensação teve a diretora da Nice Via Ápia, Viviane Fernandes. No entanto, ela acredita que os corredores estiveram menores e por isso a sensação de estar mais cheio o evento. O gerente da RCA Operadora no Rio, Fabiano Araujo, elogiou o evento e afirmou que o Encontro Braztoa Rio deste ano serviu como trampolim para alavancar as vendas. “Janeiro e fevereiro foram meses difíceis em todo o País, inclusive no Rio, mas em março tivemos uma resposta boa e este evento vai ajudar a recuperar os meses perdidos.p
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Flashes
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9º Encontro Comercial Braztoa
1 Equipe da GJP Hotels com Andre Lameiro, Artur Fernando, Juan Andrade e Emerson Cordova 2 Helena Costa e Orlando Giglio, da Iberostar 3 Antonio Jorge Ferreira, da Tap, e Miguel Andrade, da Transmundi 4 Rodrigo Galvão, Lara Cunha e Diego Lima, da Emirates 5 Equipe New It com os diretores Ana Lucia e Nylvando Oliveira 6 Margaret Grantham, do Centro de Turismo Alemão 7 Victor Carvalho, Paula Cafieiro, Juliana Moreno e Adriana Salles, do Grupo High Light 8 Karla Haimenis e Jorge Rodrigues, do Grupo High Light
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9 Luiz Felipe Coimbra e Américo Samu, da Flytour, e Paulo Mendes, da Thor Viagens 10 Ronaldo Amaral, Eliane Carvalho e Julio Sousa, da MMTGapnet 11 Michele Vivas e José Pereira, da Discovery Cruises, e Fernanda Palhares, da South African Airways 12 Marina Barros, representante do Turismo de Toronto, entre outros destinos 13 Monica Samia, Magda Nassar e Alexandre Sampaio, da CNC 14 Frederico Levy, da Interpoint 15 Ricardo Delfim, da Visual
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Viagens corporativas
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>> Henrique Santiago
Experiência sem TMC COM HISTÓRICO NO LAZER E NO CORPORATIVO, MAIRA TROCCOLI, HOJE GESTORA DE VIAGENS
Maira Troccoli, da Riachuelo
nacionais da Riachuelo, passou por agências de viagens do interior de São Paulo e concluiu: enquanto o primeiro segmento (leisure) quer tudo incluído e com preço pequeno, o segundo (corporate) busca necessidades atendidas, adequação e disponibilidade. Após atender uma empresa de grande porte do setor de papel e celulose, a profissional se questionou. “Por que uma empresa com volume tão grande de viagens não compra diretamente com os fornecedores?”. Uma pergunta comum entre empresas que movimentam grandes volumes, mas que requer logística e modelos específicos. Com isto em mente, Maira ingressou na Riachuelo, que pertence ao Grupo Guararapes, no fim de 2011, ainda com uma travel management company (TMC) trabalhando na intermediação das viagens de seus profis-
sionais, a Suo Formato. Motivada a trabalhar independente em sua nova empreitada, a executiva apresentou sua ideia e levou para seus superiores. E deu certo. Desde 2012, a rede de varejo possui seu próprio departamento de viagens. Não é uma agência de viagens interna, com Iata próprio e sim, um departamento. Maira trabalha com mais cinco profissionais envolvidos no deslocamento dos mais de 40 mil colaboradores no Brasil. Segundo ela, o dia a dia de sua equipe é similar ao de uma agência de viagens, mesmo não sendo uma oficialmente. “É trabalhoso, lidamos com muita informação. Não há nada de diferente, não é um modelo mais fácil. Temos o benefício da economia e a otimização de recursos”, declarou, completando que a condução do trabalho, no entanto, proporciona mais liberdade. Para andar com suas próprias pernas, como pontuado por Maira, o primeiro passo foi trazer uma ferramenta de reservas on-line (OBT) para dentro da Riachuelo. A plataforma da Lemontech reúne uma infinidade de opções de voos, hotéis e outros serviços. Mas antes de sentar na frente do computador, foi necessário reformular a política de viagens, compreender o comportamento de cada área e planejar cada rota de forma que o colaborador saiba o que pode ou não fazer. Em resumo, a economia é o fator decisivo para fechar uma compra, sobretudo de aéreo. Os profissionais devem seguir um período de antecedência estipulado. O planejamento com antecedência traz melhores preços, portanto, é mais fácil negociar valores na baixa temporada. Apenas diretores e o presidente podem viajar de primeira classe. A regra só é válida para voos internacionais; dentro do País, os assentos da econômica são regra. Mas em meio à crise político-econômica, que não poupou a rede de varejos, os executivos de alto escalão têm deixado o luxo de lado. “Dois mil dólares fazem muita diferença”, pontuou Maira. Seja pela necessidade de locomoção Brasil afora ou pela implementação do modelo, o volume de viagens na Riachuelo duplicou entre 2011 e 2015. Porém, no último ano, Maira sentiu uma queda em razão do cenário desfavorável que já se repete em 2016. Entre serviço de aéreo, hospedagem e seguro viagem, o departamento movimentou no ano passado cerca de 15 mil transações, o que, em cifras, se
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Fernanda Augusto, Juliane Valada, Maira Troccoli, Carlos Gianini e Ailton de Sousa. Vanessa Teixeira, ausente na foto, completa o departamento de Viagens da Riachuelo
igualam a R$ 15 milhões. O nacional, claro, é responsável pela maior fatia: são 75% contra 25% do internacional. Os destinos de maior deslocação são onde a Riachuelo tem bases e centros de distribuição, como Natal e Fortaleza, além de viagens para Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Para fora, as idas para a China, onde tem escritório próprio, são frequentes, bem como em feiras de moda pelos Estados Unidos e pela Europa.
O PAPEL DAS TMCS Entusiasta da independência, Maira acredita, entretanto, que as TMCs jamais deixarão de existir, mas é necessário que essas agências melhorem não apenas em soluções tecnológicas, mas na transparência do relacionamento com seu cliente. Por outro lado, abrir um departamento de viagens dentro de sua própria empresa é uma tendência. “Qualquer empresa com grande volume de viagens pode ter este modelo. É muito válido. Basta que os fornecedores aceitem. As companhias aéreas e os hotéis têm receio por não trabalharmos com TMCs”, afirmou, dizendo que, mesmo com tal resistência, a Riachuelo obtém condições especiais das quatro grandes transportadoras brasileiras. Buscando trazer melhorias ao OBT, Maira estuda trazer o portfólio de hotéis para o online, melhorar as condições de viagens se faz necessário, ou seja, balancear o custo com o benefício. Migrar os serviços de uma agência de viagens on-line está fora de questão. Uma possibilidade real é integrar viagens de lazer à ferramenta. “É motivador olhar o comportamento do nosso colaborador, identificar melhorias e ver um resultado positivo. Não há nada mais satisfatório que reforce o nosso compromisso”, destacou Maira Troccoli. “Eu estou aqui dentro, sou Riachuelo e sei do que os profissionais precisam”, encerrou.p > Continua na pág. 08
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< Continuação da pág. 07
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DO OUTRO LADO DO ESCRITÓRIO Divulgação
Affonso Nina, da Carlson Wagonlit Travel (CWT)
Rubens Schwartzmann, da Abracorp
Edmar Bull, da Copastur
Juliano Camargo, da Flytour Amex
ELAS SÃO TMCS E RESPIRAM O AMBIENTE DE TRABALHO CORPORATIVO. E ESSES PROFISSIONAIS ACIMA TÊM A SEGUINTE
Abracorp, Rubens Schwartzmann, poder trabalhar sem o intermédio de uma TMC não significa necessariamente obter sucesso. “A viagem não é gerenciável pela empresa, mas sim pelo viajante, logo há uma vulnerabilidade no processo que pode colocar a empresa em riscos”, opinou o dirigente. À frente da presidência de uma das companhias de maior representatividade no segmento, a Carl-
son Wagonlit Travel (CWT), Affonso Nina assinala que os acordos com as companhias aéreas em oferecer melhores tarifas são apenas um dos indicadores. Um dos facilitadores para cuidar das viagens é a tecnologia, que ajuda tanto nos momentos bons quanto ruins. “No atentado a Bruxelas [22 de março], tínhamos um cliente do Brasil a caminho da Bélgica. Por meio de acesso a informações no
sistema, conseguimos cancelar o voo e reprogramar para as 72 horas seguintes. Geramos toda informação rapidamente antes de o dia começar. É esse tipo de atuação rápida que nos permite trabalhar”, declarou. O diretor de Vendas da Flytour American Express, Juliano Camargo, destaca que o papel de uma agência, diferentemente de um departamento independente, é entregar o trabalho pronto para o cliente. “Se não fazem gerenciamento, relatórios, negociam preços, eles apenas emitem aéreo com hotel e carro.” O diretor-presidente da Copastur e atual presidente da Abav Nacional, Edmar Bull, não poupa um discurso ácido para relacionar a falta de uma TMC a um “trabalho incompleto”. Transparência, consultoria e parceria são os pilares do relacionamento. “Vai dar certo se eu abrir uma empresa de varejo dentro da minha agência de viagens? A resposta é não.” O mercado também tem exemplos de empresas que fecharam suas agências internas e voltaram a contratar TMCs, de viajantes cada vez mais independentes, mas contando com a gestão de uma agência como apoio, e muitas outras alternativas. O segmento de viagens corporativas, pioneiro em muitos lançamentos, como a remuneração de TMCs por fees e o uso de tecnologia que dá independência ao viajante, está sempre em movimento. E o que é bom para uma empresa não necessariamente é bom para as demais. Custos e investimentos, característica dos viajantes, perfil das viagens, políticas internas e relacionamento com a indústria são fatores em constante evolução. O importante é manter o debate aceso e não estar fechado a debates e questionamentos que levem à evolução de processos e boas práticas.p
concepção: cada um no seu ambiente de trabalho. A gestão das viagens dos profissionais de cada empresa deve passar por uma agência. Ao voar solo, pode-se dizer, os custos podem ser mais altos do que se pode imaginar. De acordo com o presidente da
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Aviação
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>> Artur Luiz Andrade
Dilema Brasil O PRESIDENTE DA GOL, PAULO KAKINOFF (FOTO), PRESENTE A UM EVENTO PROMOVIDO PELO GOOgle, em São Paulo, para debater caminhos e oportunidades para se buscar a eficiência e entender o consumidor em período de crise no Brasil, destacou o momento único da companhia, que tem uma história de sucesso desde 2001: “vivemos nossos melhores índices operacionais, muitos acima da média do mercado, como os de pontualidade, em 95%, inovamos e buscamos a satisfação do clientes, e por outro lado, tivemos o maior prejuízo da história, de R$ 4,3 bilhões em 2015”. Segundo ele, os resultados financeiros refletem o cenário da economia brasileira desde o final de 2014, impactando toda a indústria aérea nacional. Com 65% de seus custos atrelados ao dólar, a Gol culpa a desvalorização do real e do bolívar venezuelano e a baixa de créditos fiscais diferidos e de imposto de renda como principais responsáveis pelas perdas. Somente no quarto trimestre de 2015 o prejuízo foi de R$ 1,13 bilhão, mostrando o ápice da crise econômica brasileira. Por causa dos resultados, a empresa modificou sua projeção de operação para este ano e aumentou a previsão de redução das decolagens e assentos, que poderá chegar aos 18%, refletindo um corte de oferta de assentos por quilômetros – ASK – de até 8% (contra 6% da projeção anterior). A receita líquida da Gol no ano passado foi de R$ 9,8 bilhões, uma queda de 2,9% em relação a 2014. As receitas auxiliares e de cargas atingiram R$1,2 bilhão, um crescimento de 17,1% e uma participação de 12,2% sobre a receita total. Entram nessa conta vendas a bordo, assentos especiais e taxas extras. Outras medidas anunciadas pela Gol para combater a queda na demanda incluem a venda de cinco aviões; a suspensão de sete destinos operados (ainda não especificados); e a alteração no calendário de entregas de novas aeronaves entre 2016 e 2017 de 15 para uma.
No ano passado, a Gol transportou no mercado doméstico 36,8 milhões de passageiros o que representa uma queda de 2,4% sobre 2014. Em seu balanço, a empresa reitera que mesmo assim manteve-se em primeiro lugar no mercado de venda de passagens aéreas para o segmento corporativo no mercado doméstico brasileiro, com uma participação de 31,6% em 2015. A empresa também afirmou que transporta 10% mais passageiros domésticos que a Tam. No internacional, a Gol transportou 2,1 milhões de passageiros em 2015, uma expansão de 0,6% comparada a 2014.p
Esquiando
A aZ
de
por RAFAEL FAUSTINO
DENVER Esquie por um dia
Cidade que une diferentes tipos de estilo de vida, Denver é, além de tudo, um dos grandes polos de esqui dos Estados Unidos. Na base das montanhas rochosas, a cidade apelidada de Mile High é porta de entrada para várias estações de esportes de inverno, que podem ser acessadas rapidamente de carro, em poucos minutos ou algumas horas. O aeroporto é preparado para receber equipamentos de esqui, com direito a esteiras especiais de babagem e todo um aparato voltado ao esquiadores. Sair cedinho do hotel, passar o dia esquiando e, à noite, curtir um dos divertidos bares ou cervejarias que a grande cidade possui? Isso é possível em Denver. Não é à toa ser tão frequente que habitantes da cidade escapem por um dia do trabalho para relaxar
nas montanhas. Afinal, além da proximidade, durante a semana as estradas estão muito mais vazias para quem vai esquiar. Veja quais são as principais estações que podem ser acessadas rapidamente a partir de Denver, também um dos hubs da United Airlines nos Estados Unidos, além de seus principais atrativos, e aproveite enquanto a temporada ainda está correndo – há áreas abertas para esquiar até maio. Para algumas delas, pode ser um bom negócio hospedar-se em Boulder, cidade próxima à capital do Colorado, mas já na saída para as montanhas. E, se o desejo não é ficar apenas um dia esquiando, todos os resorts oferecem hospedagem em locais próximos, alguns deles até com acesso ski in-ski out.
Esta edição do Esquiando de A a Z é a quinta de uma série mensal. A vista de uma das áreas mais altas de Loveland
Sugestões e colaborações: redacao@panrotas.com.br.
Esquiando de
AaZ
Casamentos são outro serviço oferecido em algumas estações, como Loveland
Loveland
Distância de Denver: 90 km
Loveland é a estação mais próxima de Denver, distante apenas 50 minutos de carro. Neste caso, realmente o melhor a se fazer é um bate-volta, já que não se trata de um resort. O terreno de esqui é menor que a média, com 728 hectares, e por isso tem ingressos mais baratos. Mesmo assim, o local também possui todos os serviços necessários em qualquer estação de esqui, como aluguel de equipamentos, aulas para iniciantes, lojas e restaurantes próximos. E para quem decidir ficar, a estação oferece estadas em convênio com hotéis nas redondezas. Além disso, Loveland normalmente é uma das primeiras áreas de esqui a abrir na temporada de inverno, e uma das últimas a fechar. Isso porque a média de neve que cai todos os anos no local é de 35 pés (dez metros), a maior da região.
Keystone & Breckenridge Resorts Distância de Denver: Keystone/120 km
Breckenridge/130 km
Separadas por apenas 30 minutos, as áreas são administradas pela Vail Resorts, maior companhia de resorts de esqui dos Estados Unidos. Aqui, falamos de áreas completas para esquiar. Keystone tem mais de 1,2 mil hectares de terreno “esquiável” e ainda um spa, campos de golfe e um lago congelado para andar de patins. A estação traz ainda o Kidstopia, espaço com uma série de atividades para as crianças em uma área preparada exclusivamente para os pequenos esquiadores.
A cidade histórica de Breckenridge é um atrativo a mais para quem vai esquiar na estação
Já Breckenridge reúne cinco picos interligados por 187 pistas e 34 teleféricos, abrindo até 24 de abril. A estação ganhou 219 novos hectares para esquiar nessa temporada, totalizando agora 1,1 mil. Ela está ligada a seis hotéis que dão acesso rápido às áreas de esqui. A cidade histórica de Breckenridge, que já foi explorada para mineração, torna o local um destino para mais do que esquiar. Experimente comer no Modis, um estabelecimento com preços bastante acessíveis que trabalha o conceito de arte no prato, com alimentos e drinques cuidadosamente elaborados para gerar um grande apetite à primeira vista. > Continua
Esquiando de > Continuação
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SOBRE A UNITED
No Woodward Camp em Copper Mountain, há aulas de esportes radicais
Copper Mountain Ski Resort
Eldora Mountain Ski Resort
Aqui, o grande destaque é o Woodward Copper, a unidade da arena de esportes radicais localizada na montanha. Aulas de esqui, snowboard, skate, mountain bike, entre outras atividades, são dadas para viajantes de todas as idades, no inverno e também no verão. Para o summer camp, realizado durante junho e julho, pacotes semanais são oferecidos para incluir todas as atividades, e depósitos de US$ 199 já garantem uma reserva na disputada agenda. Copper Mountain ainda oferece os atrativos habituais dos resorts de esqui, e até mesmo alguns que poucos imaginam. O serviço de casamentos é um deles, com capela, salões para recebimento de convidados e ainda bonitas paisagens que surgem após o degelo, no verão.
Antes pouco lembrada pelos esquiadores da região, Eldora recebeu melhoramentos e se tornou mais popular nos últimos anos. A estação é uma das menores, com apenas 275 hectares esquiáveis, e a maioria de seus trechos é indicada para usuários intermediários e avançados. Há até um centro específico para esquiadores nórdicos que vêm para um esqui cross country. Mas também há aulas para os iniciantes e as crianças, que não ficam desamparados. A grande vantagem é a estação ser a mais próxima a Denver, e mais perto ainda de Boulder, cidade ao noroeste da capital do Colorado. Mas tome cuidado: diferentemente dos outros resorts, o caminho para Eldora é por uma estrada estadual – nas outras, usase a Interstate 70 – de apenas uma faixa, que pode apresentar complicações nos períodos de maior quantidade de neve.
Distância de Denver: 123 km
Winter Park
Essa é uma das maiores estações de esqui da região, com pouco mais de três mil acres divididos em sete territórios, que vão dos níveis iniciantes até os mais experientes. No The Cirque, por exemplo, só se chega escalando, e não há os snow cats para tirar a neve, o que torna o desafio um dos mais emocionantes. Outra vantagem desse local é ser um dos últimos a encerrar a temporada de esqui: até 10 de maio os serviços estão disponíveis. Há ainda a cidadezinha de Fraser bem próxima da estação, com boas opções de hospedagem e compras para quem quer passar um tempinho a mais. Mas, se a ideia é encarnar completamente o espírito da neve, o melhor é ficar em um dos resorts junto ao Winter Park. O único ski in-skin out da região é o Zephyr Mountain Lodge, que possui um estacionamento aquecido no subsolo para deixar o carro e só pegar novamente na hora do check-out.
O Zephyr Mountain Lodge, em Winter Park, tem acesso ski in-ski out
Fotos: Divulgação/estações de esqui
Distância de Denver:106 km
Distância de Denver: 78 km
Os brasileiros que querem esquiar na temporada 2015/16 têm muitos motivos para escolher a United Airlines como companhia aérea. A empresa tem no aeroporto internacional de Denver um de seus principais hubs nos Estados Unidos, operando 367 voos diários e transportando mais de 29 mil pessoas todos os dias, totalizando 10,8 milhões ao ano. Do Brasil, há voos a partir de São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus, com escalas em diversos lugares dos Estados Unidos ou Caribe. Há ainda várias opções de voo para as cidades mais movimentadas do país, como Nova York, Chicago, Houston e Los Angeles. Para saber mais sobre Denver e outros destinos da United, entre em contato com o departamento comercial da companhia, nos telefones (11) 3145-4200 e (21) 2531-1850.
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Mercado
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>> Artur Luiz Andrade
O DIRETOR DO GOOGLE NO BRASIL, FÁBIO COELHO, RECEBEU, NA SEDE
da empresa em São Paulo, o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, e o economista e consultor Ricardo Amorim, para um evento com representantes de 100 empresas, tendo como foco a busca de eficiência em períodos de crise. Além da visão econômica do País e do mundo e do case da Gol, Coelho mostrou dados de comportamento do consumidor brasileiro em meses de crise e incertezas. “Nesse momento de imprevisibilidade, a tecnologia pode e tem de ser usada para que as empresas entendam o novo comportamento dos consumidores e para buscarem mais eficiência”, disse Coelho. Segundo ele, os sites de comparação de preços aumentaram 60% nas buscas do Google, o que mostra que o consumidor está pesquisando mais antes de comprar. Um dado animador mostra aumento de 44% na intenção de compra (os que afirmam “quero comprar algo”). É um consumidor mais consciente do impacto da compra em seu orçamento (62% querem economizar e fazer valer cada real gasto), o que leva ao crescimento de características como a procura por promoções (aumento de 40% nas buscas do Google), a opção por comprar modelos antigos de produtos (o que leva as empresas a fazerem campanhas promocionais nos lançamentos) e o uso de apps de controle de gastos. “O brasileiro continua comprando. Claro que há uma retração devido à crise, mas o consumo continua, só que mais consciente e alternativo. O cliente olha mais reviews, compara mais os preços e busca mais promoções”, comenta Coelho. O economista Ricardo Amorim enfatizou que a recuperação econômica virá em breve e que a crise política é o principal entrave atualmente. “As empresas estão se preparando para um fundo do poço prolongado, mas deveriam se preparar também para a retomada. Acredito, e é um feeling meu, que a questão política está
perto de uma resolução. Já o período de recuperação não é feeling, é certeza”, afirmou. Ele ainda destacou que os países emergentes seguirão crescendo mais que o resto do mundo por mais algumas décadas, ressaltou o cresci-
mento de cidades do interior do País (por causa do agronegócio) e a escala que o mercado brasileiro representa globalmente. “Empresas que querem ter relevância mundial têm de estar presentes no mercado brasileiro”.p
Divulgação
Mudança de atitude Fábio Coelho e Paulo Kakinoff, na sede do Google, em São Paulo
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Eventos
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>> Danilo Alves, Gramado (RS)
Três décadas com os agentes Daise e Afonso Louro, da Visual Turismo, entre Carlos Marín, do Wish Serrano, e Cleia Cararo, da GJP. O Wish Serrano foi o hotel que hospedou o grupo de agentes de viagens que participou do novo projeto da operadora
Afonso Louro, presidente e fundador da Visual Turismo
NO MÊS EM QUE COMEMORA 30 ANOS DE OPERAÇÃO, A VISUAL TURISMO DEU INÍCIO A UM NOVO projeto de capacitação dos agentes de viagens. Batizado de “Vivencie esta Experiência”, o projeto levou os dez maiores vendedores da Visual para uma viagem especial, vivenciando detalhes de uma hospedagem cinco estrelas e passeios no destino. O local escolhido para a estreia foi a Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul. Logo no jantar inaugural, o presidente da Visual Turismo, Afonso Louro, relembrou sua trajetória profissional e disse que a empresa só chegou onde chegou graças aos agentes de viagens e fornecedores. “Há 30 anos nascia a Visual Turismo. São três décadas de desafios, dificuldades e também de muitas conquistas. A principal delas é a confiança do agente de viagens, que me apoiou desde que eu decidi fundar a minha operadora. Muita gente ainda diz que o agente de viagens vai desaparecer, eu não acredito nisso. O consultor será sempre necessário, o papel deste profissional nas viagens das pessoas é insubstituível”, destacou o empresário, sendo aplaudido por seus melhores vendedores. Ainda durante sua apresentação, Louro descartou qualquer plano de abrir lojas físicas para o atendimento direto ao consumidor final. “Minha formação e minha especialidade são focadas no agente
A VOLTA DO
WOR KSHOP AFONSO LOURO NÃO DESCARTA A VOLTA DO WORKSHOP EM 2017. SEGUNDO ELE, O PROJETO NÃO FOI FINALIZADO. "É UM EVENTO QUE DEMANDA ALTOS CUSTOS. NÓS PRECISÁVAMOS DE RECURSOS DE SECRETARIAS DE TURISMO
para realizar o evento. Devido a essa crise e à diminuição da verba desses governos, nós não conseguiríamos alcançar o montante necessário e optamos por não realizar o evento em 2016", explicou. "Por esse motivo fizemos um novo planejamento e chegamos ao formato do "Vivencie esta Experiência". Mesmo com crise, continuaremos retribuindo a parceria do agente de viagens com a nossa empresa”, completou. De acordo com Louro, o “Vivencie esta Experiência” contará com 12 edições até o final do ano e incluirá destinos nacionais e internacionais.p de viagens. Será para sempre assim”. Mas as crises, como a atual, também impactaram a história da Visual Turismo. O diretor afirmou já ter passado por diversas crises econômicas e políticas em sua trajetória pessoal e profissional. Mas nenhuma, segundo ele, é tão ruim como a que o Brasil vive atualmente. “Eu tinha certeza que já tinha passado por crises severas durante os 30 anos de operação da Visual Turismo. Eu me enganei, a pior crise dessas três décadas é a de hoje. Essa incerteza política me assusta, pois não sabemos quando essa situação chegará ao fim”. Mesmo com o cenário adverso, Louro garante que nenhum posto de trabalho
foi fechado em sua empresa e nenhum investimento foi cortado. Durante os meses de janeiro e fevereiro, a operadora viu suas vendas nacionais aumentarem 9%. "A nossa temporada de verão foi bastante positiva e os nossos fretamentos foram um sucesso. Embarcamos de 19 de dezembro a 24 de janeiro mais de 50 mil passageiros”. No internacional a situação é outra. As vendas para destinos no Exterior passaram a ter um share de 16% no faturamento da operadora, contra os 26% que registravam em 2015. No entanto, em março os resultados foram mais animadores. "Crescemos um pouco, o que já é muito bom para a situação atual", disse.p
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ATENÇÃO NA SERRA
Fernando Boscardin, presidente do Sindicato de Turismo da Serra Gaúcha
Carlos Augusto Blodorn, gestor de Marketing da Laghetto Hotéis
Any Brocker, do Grupo Brocker
A secretária de Turismo de Gramado, Rosa Helena Volk
UM DOS DESTINOS MAIS PROCURADOS POR BRASILEIROS E ESTRANGEIROS SENTE OS
suas tarifas em até 80%. Os preços das diárias caíram bastante e isso agravou a situação financeira de muitos hotéis, que precisaram rever contratos com fornecedores e dispensar alguns colaboradores”, disse. “A Serra Gaúcha ainda não foi tão afetada quanto o resto do País. A crise fez com que os hotéis baixassem suas diárias para tentar atrair mais hóspedes. O perfil do turista que visita Gramado mudou. Enquanto há dois anos o visitante era aquele cliente que só queria pacotes baratos e que estavam na região pela primeira vez, hoje recebemos mais turistas do próprio Rio Grande do Sul”, destacou a diretora do Grupo Brocker, Any Brocker, que atende a Visual Turismo. Segundo Any, diferente da hote-
laria, sua empresa não passa por grandes adversidades. “Para o nosso negócio, o primeiro trimestre foi muito bom. Somado com o movimento da Liga (em setembro do ano passado, a Brocker Turismo e a Liga, os dois maiores receptivos da Serra Gaúcha, anunciaram fusão), crescemos 20% em número de passageiros, como também em faturamento”, revelou a empresária. “O problema são os custos que aumentaram na mesma proporção ou até um pouco mais”. De acordo com o gestor de Marketing da Laghetto Hotéis, Carlos Augusto Blodorn, apesar da crise, a rede não cortou investimentos. “Tivemos que nos readequar à nova realidade, alta inflação com redução do poder de compra. Novas es-
tratégias de vendas e controle rígido de custos são essenciais para sobreviver à crise”, comentou. O executivo prevê um bom ano para Gramado, com aumento na ocupação dos nossos hotéis, mas com previsão de estagnação na diária média. “Realidade excelente, se compararmos com outros destinos, principalmente os corporativos”, opinou. Para se sobressair no atual cenário, a secretária de Turismo de Gramado, Rosa Helena Volk, garante que a promoção do destino vai aumentar em 2016. "Os eventos promovidos pelo município são cada vez mais reconhecidos e apreciados pelo público nacional. Entre eles podemos citar o Festival de Cinema, que este ano realiza sua 44ª edição e o Natal Luz, que fará a 31ª edição este ano”, disse. p
efeitos da crise que assola o País. Desde janeiro, os hotéis de Gramado, no Rio Grande do Sul, registraram uma queda de 30% de receita. Desde o fim do Natal Luz, em janeiro, mais de 220 postos de trabalhos foram cortados. Para minimizar os impactos, empresários e redes hoteleiras tentam reduzir custos para tentar salvar os postos de trabalhos. Segundo o presidente do Sindicato de Turismo da Serra Gaúcha, Fernando Boscardin, a crise chegou forte e rapidamente na cidade. “Tivemos que fazer promoções e ações comerciais para incentivar a reserva do hóspede. Alguns empreendimentos chegaram a baixar
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Te c n o l o g i a
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Rodrigo Vieira
Surpreender e compartilhar NADA DE CONCORRÊNCIA. A AIRBNB, CADA VEZ MAIS FAMOSA PLATAFORMA DE ALUGUEL e compartilhamento de hospedagem alternativa, tira o corpo fora quando o assunto é competição com a hotelaria. Para o CEO da empresa no Brasil, Leonardo Tristão, os hotéis, principalmente das grandes redes, são uma maneira complementar de hospedagem, e não devem temer o crescimento da Airbnb. “Há espaço para todo mundo, e quem busca Airbnb visa ao inesperado, o fator surpresa, o algo mais, além da troca de experiências por meio do compartilhamento", compara. "O hóspede dos hotéis escolhe sua estada sabendo o que vai encontrar, esperando um serviço que atenda às suas necessidades. Além do mais, há hotéis buscando diferenciais depois do surgimento da Airbnb, o que é muito válido, pois melhora a experiência dos viajantes como um todo", completa, ainda valorizando o senso de comunidade de sua empresa. "Grande parte do nosso trabalho está exatamente em atender os anseios de uma comunidade cada vez mais crescente."
Aliás, cada vez mais brasileiros abrem suas casas e se hospedam por intermédio da Airbnb: 67% mais acomodações foram registradas no Brasil de 2015 para este ano, o que totaliza mais de 70 mil casas, quartos, apartamentos, puxadinhos, casinhas na árvore, kombis, ou qualquer outro tipo de hospedagem fora do padrão hoteleiro. Além disso o número de brasileiros utilizando o serviço no País mais do que dobrou (107%) neste mesmo período. É claro que o conhecimento cada vez mais difundido de tecnologia e a Olimpíada são fatores impulsionadores da ferramenta, mas de acordo com o CEO, a crise foi protagonista nesse cenário. "Sem dúvida a crise econômica teve papel fundamental no nosso crescimento, pois a Airbnb é um importante gerador de renda não só para anfitriões como também para a economia local de bairros menos turísticos. Nossa ferramenta é uma excelente maneira de gerar receita a partir de espaços ociosos. É em período de crise que as pessoas enxergam isso", explica Tristão.
O CEO do Airbnb no Brasil, Leonardo Tristão
2016
ferramenta, portanto, creio que nosso crescimento é uma bola de neve. Quanto mais crescemos, maior a chance de evoluirmos ainda mais, visto que o boca a boca tem muita influência quando falamos de hospedagem e experiência."
Em ano de Olimpíada, a meta da Airbnb no Brasil é crescer três dígitos novamente. "Não abrimos o faturamento, e sim em número de anúncios e hóspedes. Monetização é consequência", defende Tristão. "Nosso usuário tem se mostrado muito fiel à
AIRBNB EM NÚMEROS MUNDO:
2 BRASIL:
70
milhões
de acomodações
milhões
de acomodações anunciadas
80
Presença em mais de
34
milhões
de viajantes
De 2015 para 2016: acomodações cresceram mais viajantes brasileiros usaram e a ferramenta
67 109 %
%
mil
cidades e
países
Os principais mercados no Brasil são: Rio de Janeiro com mais de São Paulo com mais de Florianópolis com
De 2015 para 2016 crescimento de acomodações De 2015 para 2016 crescimento de viajantes fluminenses
30 mil hóspedes 54 bairros cariocas cidades 650 países 94
46 87 %
É O PRINCIPAL DESTINO DA AMÉRICA LATINA, SEGUIDO POR BUENOS AIRES E SÃO PAULO
com reservas confirmadas
com pelo menos uma reserva
Hóspedes de
já confirmaram reserva para o período
8 mil anúncios
4 mil
Salvador com
+ de
%
25 mil anúncios
3 mil Belo Horizonte com 1,6 mil
RIO 2016
Rio de Janeiro
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PERFIL DO ANFITRIÃO DA RIO 2016: Média de idade de
42 anos 30 % 53
% dos anfitriões têm mais de
são mulheres
50 anos
Política
“Não se pode esperar resultados imediatos” A POUCOS MESES DE INICIADA A NOVA GESTÃO, O SECRETÁRIO DE TURISMO DA ARGENTINA, ALEJANDRO LASTRA (foto), retratou a pálida situação do setor e fez um resumo das medidas para diversificar mercados, reforçar a conectividade e facilitar a chegada de turistas ao país. “Temos que fazer o amperímetro se mover”, disse Lastra. Um movimento receptivo que vem caindo sem cessar há um ano e um turismo interno estagnado desde 2011 formam o cenário encontrado em dezembro pela nova gestão do Ministério do Turismo. Além desse diagnóstico, existe a ansiedade dos empresários que querem mudanças urgentes (com preferência por medidas de corte fiscal) para que o rumo seja modificado. No centro das atenções também aparecem funcionários do setor medindo as condições de se melhorarem os números da atividade e se há possibilidades reais de gerenciar dentro do próprio governo as medidas que a indústria reivindica.
DIAGNÓSTICO
“Há uma situação macroeconômica que atenta contra o movimento tanto nacional como internacional. Esse é o diagnóstico e o conhecemos”, dispara o secretário, que cita em seguida a situação brasileira. “Nosso
iniciativa privada para adiantarmos algo que pode estar pronto dentro de dois anos, mas que já temos de ver como poderá ser comercializado”, continuou o secretário.
SOBRE PRAZOS E AÇÕES
principal cliente não apenas caiu como tal como duplicou sua condição de receptor de argentinos, o que impacta uma parte do turismo interno. Essa é uma preocupação inicial que temos”. “Não se trata apenas de contar turistas, mas de trabalhar de forma inteligente”, continua Lastra, ainda falando do Brasil. “Se seguimos apontando toda a vida ao Brasil vamos descobrir que essas variáveis continuarão acontecendo. O que temos de fazer é nos voltarmos a economias mais previsíveis e onde o nível de gastos seja mais amplo. Se trouxermos americanos, europeus e os mercados mais distantes, vamos ter pessoas que ficarão aqui por dez,
12 ou 15 dias, e não por três”. Essas redefinições na inteligência de mercado não apenas se aplicam ao internacional, como também em nível local. “O ministério tinha um déficit por ter convertido em compartimentos estanques o desenvolvimento da oferta e da promoção. Muitas vezes não andávamos na mesma sintonia — por exemplo, se produzia um desenvolvimento no sul, mas saíamos vendendo uma experiência no norte”. “Tem que haver um trabalho em equipe. Se vamos atrás de um projeto e coordenamos com Ambiente, Cultura e Obras Públicas, também temos de nos sentar com o município e a
A urgência de respostas em um cenário pouco promissor (as previsões falam de um fraco crescimento dos números turísticos do país até 2017), é um coquetel forte para cardíacos e ansiosos. “Não se pode buscar um resultado imediato em 90 dias nessas condições”, assinalou o secretário de Turismo em várias oportunidades. “Quando me perguntam se a Aerolineas Argentinas irá levantar voos ou se somos a favor dos céus abertos, respondo com o fato de o ministro do Turismo ter se reunido com executivos de mais de 15 empresas aéreas. Algumas mostraram-se mais preocupadas que outras, mas saibam que se estamos atrás de 15 companhias é porque o objetivo da conectividade não será descuidado jamais. E tomara que esses resultados, que não podem ser imediatos, sejam produzidos”. “Asseguro a vocês que já este ano vamos ter uma conectividade muito maior no mercado nacional e internacional. E isso vai permitir com que trabalhemos melhor a atividade”, finalizou.p
SurFACE
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Tam viagens muda nome
A Tam Viagens e a Lantours, operadoras pertencentes à Tam Linhas Aéreas e à Lan Airlines, respectivamente, adotarão um nome único: Latam Travel, alinhado com a consolidação da nova identidade do Grupo Latam. O processo de implementação da nova imagem corporativa será realizado de maneira gradual ao longo dos próximos dois anos. A marca Latam Travel passará a ser utilizada ainda no primeiro semestre de 2016, com exceção da Argentina. Durante o ano, o novo nome conviverá com as marcas atuais nas campanhas de comunicação e em alguns elementos das lojas. Em 2017, será iniciada a implementação da nova identidade nas fachadas e ambientes internos das lojas, uniformes dos agentes de viagens, entre outros pontos de contato.
Cancelamentos
A American Airlines suspendeu temporariamente o voo que liga Miami e Recife. O último voo com origem em Miami será realizado em 4 de maio e o último voo com origem em Recife, no dia seguinte (5). A operação entre as duas cidades deverá ser restabelecida a partir de 15 de dezembro de 2016. Além disso, em 4 de maio, o serviço entre Miami e Salvador será interrompido. O último voo com origem em Miami também será realizado em 3 de maio e o último saindo de Salvador será realizado em 4 de maio. Os passageiros que já emitiram bilhetes de/para Recife serão reacomodados em voos via São Paulo-Guarulhos (GRU) ou em voos de outras companhias. Caso o cliente não queria ser reacomodado, a American afirma que oferecerá o reembolso integral.
Melhorias
O Maksoud Plaza pretende abrir, ainda neste ano, um cinema dentro do hotel, em parceria com a empresa francesa MK2. A novidade foi revelada pelo presidente do empreendimento, Henry Maksoud Neto (foto). “É mais uma parte das melhorias que estamos trazendo, após o Pan Am Club e o Frank Bar”, destacou Neto, citando o espaço exclusivo de eventos e o bar que foram abertos durante 2015. A inauguração deste cinema deve acontecer ainda neste ano, e deverá incluir também um novo restaurante.
Consultor
O ex-vice-presidente de Marketing e Vendas do Visit Orlando Jay Santos (foto) agora está administrando sua própria empresa de consultoria, a JCS Global. Sua experiência de quase oito anos de órgão de promoção de Orlando tem atraído empreendedores brasileiros atrás de um especialista em mercado, principalmente com a habilidade de ligar Brasil e Estados Unidos. “Também tem surgido interesse de outros países nesse começo, o que tem surpreendido minhas expectativas”, afirmou Santos, contando que não atende apenas empresas do Turismo. “São mais hotéis e agências de publicidade que trabalham com destinos, mas também tenho atendido restaurantes, empresas imobiliárias e outros nichos.” O telefone de contato é o (+1 407) 793-1459.
Ponto a ponto Rio 2016 faz reserva de bilhetes aéreos crescer 322% entre julho e setembro para a Cidade Maravilhosa Os juros do cheque especial chegaram a 293,9% ao ano O Grand Hyatt Rio de Janeiro entrou em operação no último dia 28
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Mudança de ares
Ralf Aasmann
De volta
Ralf Aasmann, ex-Lufthansa e Emirates, está de volta ao trade turístico, agora como diretor da Air Tkt, entidade que reúne 11 consolidadoras aéreas do País. "Ralf conhece muito bem nossas necessidades e com certeza poderá contribuir muito para o amadurecimento de nossa associação", disse o presidente do Conselho da Air Tkt, Rui Alves. Aasmann substitui Cássio Oliveira, que desenvolveu a entidade depois de deixar a Rextur Advance.
De saída
O secretário de Turismo de São Paulo, Roberto de Lucena (foto), anunciou sua saída da pasta. No cargo desde dezembro de 2014, Lucena disse que deixa a secretaria por dois motivos, sendo o primeiro deles a situação política nacional. “Estou voltando para Brasília para ajudar na discussão do momento político atual. Meu eleitorado me pediu isso”, afirmou. A outra razão é que Lucena também vai disputar as eleições para a prefeitura de Guarulhos, na Grande São Paulo. Lucena deixa o cargo na próxima semana e o seu substituto deverá ser anunciado em seguida pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB).
Com passagens por Visual e Web Viagens, Gustavo França foi contratado recentemente pela Trump Hotels, de propriedade do milionário norte-americano Donald Trump. França assumiu a posição de diretor de Vendas e Marketing da rede para a unidade do Rio de Janeiro, e responderá diretamente para a diretora de Vendas e Marketing, Lisa Potts. Um dos principais itens da agenda do executivo no momento é exatamente o lançamento do primeiro Trump na América do Sul, que será aberto em 1o de agosto na Barra da Tijuca, na Cidade Maravilhosa.
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Política
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>> Karina Cedeño
Pedidos ao Ministério O FÓRUM NACIONAL DOS SECRETÁRIOS E DIRIGENTES ESTADUAIS DE Turismo (Fornatur) tem novo presidente: Nilo Sérgio Félix, secretário de Turismo do Rio de Janeiro. Durante a WTM Latin America, realizada em São Paulo, Félix reuniu-se com outros 23 secretários para alinhavar as próximas pautas, mesmo com a ausência de um titular no Ministério do Turismo (o ministro Henrique Alves pediu demissão um dia antes da WTM, no rompimento do PMDB com o governo). “A saída de Henrique Alves foi prejudicial ao setor, considerando que ele já estava alinhado com os temas debatidos pelo Fornatur e empenhando-se para resolvê-los”, afirmou Nilo Sérgio Félix. “As 12 questões que definimos e iremos levar ao MTur envolvem itens como isenção do visto para americanos, liberação dos cassinos no Brasil, promoção internacional do País, problemas orçamentários do Turismo, a aviação regional, descentralização de verbas, Cadastur, participação da Fornatur em feiras nacionais e internacionais, ações no Mercosul e o Turismo internacional, entre outras”, continuou Félix. Foi considerada urgente também a necessidade de se criarem grupos para desenvolver cada uma das 12 questões, e alguns secretários sugeriram mudanças no formato do fórum, afirmando que é necessária mais agilidade para decidir as demandas surgidas nas reuniões. Estas, inclusive, continuarão a ocorrer em Brasília. Foi considerada primordial, ainda, a definição da participação do Fornatur na Casa Brasil, durante os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, que ainda está pendente, assim como sanar dívidas fiscais do fórum, com o objetivo de ampliar a captação de recursos federais
destinados ao Ministério do Turismo. A criação de um novo site para o Fornatur também já está nos planos da nova diretoria.p
O novo presidente do Fornatur, Nilo Sérgio Félix