Jornal PANROTAS 1217

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R$ 11,00 - Ano 24 - nº 1.217 11 a 17 de maio de 2016 Luiz Henrique Magnante/ Embrapa

Alheio à crise econômica do País, o agronegócio segue em crescimento e com alta geração de empregos. De que maneira o Turismo pode se aproveitar disso? Há espaço para quais players? Corporativo ou lazer? Descubra como o setor se desenvolve no interior

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11 a 17 de maio de 2016 JORNAL PANROTAS

Check-IN TOP 5

Reino Unido Canadá Irlanda Estados Unidos LEIA NESTA EDIÇÃO Páginas 09 e 10 Trend anuncia contratações de peso e investe em tecnologia

DESTINOS PARA

INTERCÂMBIO

Razões para a escolha da agência

Confiança no intercâmbio oferecido – 45,7% Facilidade de contato – 32,8% Atendimento personalizado – 31,2% Valor final do intercâmbio – 26,6% Forma de pagamento compatível com o orçamento – 25,3% Localização com fácil acesso – 16% Instalações adequadas – 9,4% Indicação de amigos – 3,2% Outros – 6,8%

Austrália

23,5% 30,9%

Investimento médio

Duração do intercâmbio

60,0%

até um mês

11,5%

Páginas 11 e 12 Da Suíça: conferimos a chegada da chama olímpica ao Brasil

Entre dois e três meses

50,0%

16,6%

40,0%

17,5%

Entre quatro e seis meses Entre sete e 11 meses 12 ou mais meses

30,0%

20,0%

10,0%

0,0%

Páginas 13 Feira da Abav renova parceria com Braztoa e apresenta mudanças

Páginas 14 e 15 Abracorp detalha desempenho do primeiro trimestre do ano Páginas 16 a 18 Cobertura especial do Tianguis Turístico, no México

PANROTAS Compras no EXTERIOR 2016: Esta edição contém um exemplar do guia. Consulte, informe-se e venda melhor!

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até US$ 3 mil

de US$ 3 mil a US$ 5 mil

de US$ 5 a US$ 10 mil

acima de US$ 10 mil

Pesquisa Belta com 1915 pessoas, com 42% de respondentes que afirmaram já ter feito ao menos um intercâmbio

E d i t o r i a l > Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br

Fora dos holofotes No país das crises, listas suspeitas e tornozeleiras, há também bolsões de prosperidade, rincões que muitos não olham com o valor devido e que, no final das contas, é quem está pagando a conta nesses tempos bicudos. O tamanho do Brasil, sua diversidade econômica e suas ligações comerciais praticamente com todo o planeta fazem com que, mesmo em momentos ruins, sempre haja um lado bom. E, neste caso, um gigantesco lado bom. Se temos de nos preocupar e ter olhos atentos para São Paulo e as grandes capitais, também é nossa obrigação acompanhar a economia como um todo, o interior, cujos negócios não caem, as cidades do agronegócio e os vales de desenvolvimento (nas mais diversas áreas) que se espalham de Norte a Sul. As empresas de Viagens e Turismo, os destinos nacionais e inter-

nacionais, os segmentos corporativo, de lazer, Mice e nichos, têm de olhar para esse outro Brasil, que não apenas precisa viajar, mas que, se não quer, precisa de estímulo e informação. Nesta edição, fomos atrás desse Brasil que continua crescendo, dessas oportunidades que estão aí, não adormecidas, mas andando por conta própria, e que, em qualquer momento, de crise ou bonança, precisam de consultoria e orientação quando o assunto é viajar. Mesmo em crise, São Paulo e Rio continuam sendo prioridade. Mesmo 20% menores, as emissões brasileiras de passagens aéreas continuam gigantescas. Mas há um potencial de viagem real e não imaginário que não está sendo olhado, visitado, bem tratado... É preciso investir no Brasil como um país continental;

como um continente cuja soma (de vendas) vai ser cada vez maior. Há empresas de Turismo que cresceram junto com essas cidades secundárias, com esses desbravadores hoje milionários. Há empresas que nunca olharam para esse público além da capital e que consome do luxo ao evento corporativo. Mesmo chegando tarde, nesse momento de crise eles podem ser a salvação de muitos negócios. Empresas como a Azul, a CVC, a Confiança, entre outras, sabem disso. E você? Conhece todo o potencial do Brasil? Conhece os números de outras regiões, hoje menores que os de São Paulo, mas que somam qualidade e potencial para surpreenderem os mais experientes? Bem-vindos ao Brasil em crise, ao país das oportunidades, à nação sem tornozeleiras, listas suspeitas e crises de identidade.

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Expediente

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E U Q ESTA

PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta DIRETOR EXECUTIVO José Guilherme Condomí Alcorta DIRETORA INTERNACIONAL Marianna C. Alcorta DIRETORA DE MARKETING Heloísa Prass

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DIRETOR DE TI Ricardo Jun Iti Tsugawa

DO PORTAL

PANROTAS

28/4 a 4/5

1 Por dentro do GRU Airport: saiba o que mudou no local – em 3/5 REDAÇÃO

2 Gol abre processo seletivo para 89

Editor-chefe: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) Editor: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Editor Rio de Janeiro: Diego Verticchio (diego@ panrotas.com.br)

vagas em SP e MG – em 4/5

3 Tam anuncia fim da rota BrasíliaMiami – em 29/4

Coordenador: Danilo Alves Reportagens: Henrique Santiago, Rodrigo Vieira, Karina Cedeño, Rafael Faustino, Renato Machado, Fernanda Cordeiro (estagiária) e Roberta Queiroz (estagiária) Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e

4 Sea World encerra “saltos, beijos e danças” de orcas – em 3/5

5 Site “se vinga” de empresas com má

reputação; vídeo – em 2/5

6 Hard Rock Hotels levará 500 agentes a Punta Cana – em 4/5

7 Gol anuncia redução de malha no Norte do País – em 28/4

8 “Rolim estaria muito orgulhoso”, diz Claudia sobre Latam – em 28/4

9 GRU Airport: o que você precisa saber sobre o novo T2 – em 4/5

11 Uber cria serviço para aluguel de iates – em 4/5

12 Latam busca tocha olímpica em Genebra; veja fotos – em 2/5

13 Imposto para compra de moeda estrangeira sobe para 1,1% – em 2/5

14 Game of Thrones: visite locais onde a série foi gravada – em 29/4

10 Latam: voos decolam com nova

15 Gol passa a vender aéreo para a

marca em maio – em 28/4

Alemanha; confira – em 4/5

Marluce Balbino MARKETING Assistente: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves PRODUÇÃO Gerente de Produção: Newton dos Santos (newton@panrotas.com.br) Diagramação e tratamento de imagens: Kátia Alessandra, Pedro Moreno e Thalya Brito Projeto Gráfico: Graph-In Comunicações COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) EXECUTIVO SÊNIOR DE RP Antonio Jorge Filho (jorge@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) New Cast Publicidade Ltda SRTVS - QD 701 - BL. k - Sala 624 Ed. Embassy Tower - Cep: 70340-908 | Tel : (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (sblara@seasoneventos.tur.br) Season Turismo e Marketing e Esportes Ltda R. Gal. Severiano, 40/613 - Botafogo | Cep: 22290-040 - Rio de Janeiro - RJ Tel: (21) 2529-2415 / 8873-2415 ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner O Jornal PANROTAS é vendido somente por assinatura. Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Lis Gráfica e Editora Ltda. (Guarulhos/SP)

PARCEIRAS ESTRATÉGICAS

MEDIA PARTNER

LACTE 11 LATIN AMERICAN CORPORATE TRAVEL & Events E XPERIENCE

ASSOCIAÇÕES

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Mercado

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Rodrigo Vieira

Hectares de oportunidades

NESSES TEMPOS EM QUE A ECONOMIA DO PAÍS NÃO TEM RECEBIDO VENTOS FAVORÁVEIS, QUE o Turismo enfrenta tempestades devastadoras e que as colheitas do setor não têm passado de lamentações de demissões e queda no faturamento, há pelo menos um segmento na economia responsável por segurar as rédeas e amenizar a crise vivida pelo Brasil. O agronegócio sobrevive à enxurrada de dados negativos na economia nacional e à dificuldade que o País encontra para sair da crise. Foi o único segmento a fechar 2015 com a criação de postos de trabalho (saldo de quase dez mil empregos), segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, além de ter crescido 1,8% no PIB, na comparação com 2014, enquanto o PIB geral brasilei-

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ro, na marcha à ré, sofreu queda de 3,8%. E analistas concordam que, de forma geral, o desempenho do setor continuará crescendo entre 1,5% e 2,2% este ano. E esse “Brasil que dá certo” se reflete em hectares de oportunidades em outros setores. O Turismo é um deles. Os players que souberem se aproveitar da cada vez mais crescente elite brasileira do agronegócio têm uma grossa fatia a aproveitar. Aliás, não só elite, e a CVC talvez seja o principal exemplo disto.

CVC

“Entre nossos clientes estão desde os proprietários de milhares de hectares até os funcionários da mais baixa escala da produção. Muda apenas o método de pagamento e os destinos. Esse DNA

democrático da CVC é ainda mais latente nessas cidades do interior que não possuem uma oferta tão grande de agências de viagens”, analisa o franqueado master da CVC em Mato Grosso e presidente do Sindetur-MT, Oiran Gutierrez. Há 33 anos trabalhando no Turismo desse que é um dos Estados mais fortes no agronegócio brasileiro (principalmente pela produção de grãos), o empresário e membro do recém-criado Conselho Estadual de Desenvolvimento do Turismo de Mato Grosso garante que nunca viu o setor com um desempenho tão bom. Segundo Gutierrez, entre franqueadas, lojas multimarcas e lojas “quarteirizadas”, a CVC conta com 22 unidades mato-grossenses, das quais dez são de sua administração. “Crescemos 19% em 2015, na com-

paração com 2014, e estamos em franca expansão, totalmente na contramão da média de um mercado que acusa o golpe da crise”, avalia. Em Mato Grosso, a CVC possui unidades em municípios onde a produção agrícola é fundamentalmente o motor da economia, como Tangará da Serra, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop, Primavera do Leste, entre outros. Entre 2016 e 2017, a capital Cuiabá deve ganhar mais duas lojas, tal como unidades deverão ser inauguradas em Pontes e Lacerda e Juína, entre outras cidades. Entretanto, a gigante do Turismo brasileiro não se restringe apenas a Mato Grosso. Até dois anos atrás a CVC somente entrava em cidades com mais de 150 mil habitantes, > Continua na pág. 06

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sendo que, a partir de 2013, a companhia passou a instalar agências e/ou buscar parcerias com agências em mercados a partir de 30 mil habitantes. Como resultado, na comparação entre 2015 e 2013, as vendas da empresa paulista nas cidades do interior do Brasil, isto é, excluindo as capitais dos Estados, cresceram 25% em reservas. Segundo a empresa, esse aumento já é um reflexo de seu plano de interiorização de franquias e acordos com agências multimarcas iniciado em 2013 e intensificado a partir do ano passado. Em 2015, cerca de 300 cidades do interior do País onde a CVC tem agências franqueadas e credenciadas passaram a representar mais da metade das vendas da empresa, com share de 50,3%. Esta foi a primeira na história que as agências do interior CVC passaram a ter maior representatividade nas vendas do que as 27 capitais juntas (49,7%). Para a empresa, isto mostra a descentralização gradativa do dinheiro das capitais e a geração de oportunidades de negócios para o Turismo no interior. Considerando que a CVC gerou um total de R$ 5,2 bilhões em reservas confirmadas em todo o Brasil em 2015, somente as cidades do interior responderam por R$ 2,61 bilhões (50,3%). Em 2013, as 27 capitais representavam, juntas, 52,3% das vendas.

O CLIENTE

Saber diferenciar os consumidores é um atributo essencial para quem vende viagens em cidades pequenas, segundo Oiran Gutierrez, acrescentando que as OTAs não

Oiran Gutierrez, franqueado master CVC em Mato Grosso e presidente do Sindetur-MT. "Em 33 anos de Turismo, nunca vi um momento tão bom no Estado"

possuem tanta força nesses locais como têm nas capitais. "Mas ainda assim é necessário prestar um serviço impecável de consultoria para fidelizar o cliente. Eu sempre cobro total cuidado dos meus colaboradores para saberem distinguir os tipos de clientes com os quais estamos lidando. Atendemos muitos dos chamados 'novos ricos', gente que tem muito dinheiro, mas não é muito experiente em viagens", afirma o empresário. Quando Gutierrez fala em "cuida-

Helvécio Garófalo, presidente do Grupo Confiança: "Turismo corporativo não consegue aproveitar tanto do momento do agronegócio"

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do", ele se refere à preferência de seus clientes. Enquanto proprietários de terra das classes A e B demandam, no geral, pacotes para o Exterior, as classes C e D optam por destinos nacionais e, diferentemente do público de maior poder aquisitivo, pagam no boleto e exploram o parcelamento. "Europa, Estados Unidos e Caribe são os destinos preferidos da elite mato-grossense, e como muita gente não fala outros idiomas, a demanda acaba sendo maior para

o prestador de serviço, para que o passageiro não enfrente contratempos", aponta. "Ainda assim, tenho orgulho em ver os funcionários da indústria agrícola mato-grossense viajando cada vez mais, grande parte deles pegando avião pela primeira vez e levando a família. Essa democratização da CVC é uma de nossas principais virtudes."

CORPORATIVO

Enquanto no lazer parece haver um espaço considerável para o Turismo pegar carona no sucesso do agronegócio, no corporativo a situação pode não ser tão positiva assim. Desta maneira, as agências corporativas e consolidadoras não conseguem ter as mesmas oportunidades das operadoras de lazer, de acordo com o presidente do Grupo Confiança, Helvécio Garófalo. "A maioria das empresas relacionadas ao agronegócio não viaja muito, pois seus executivos não precisam ir com tanta frequência a São Paulo e às capitais de seus Estados. Vejo o interior com muita autossuficiência quando falamos de agronegócio", analisa o líder da consolidadora cuja sede é em Cuiabá. "Quem impulsiona a demanda do Turismo nessas regiões são as famílias com renda ligada à indústria agrícola, dos mais altos proprietários aos mais humildes", completa. Isso significa que a consolidação não vê no interior do País um escape tão vantajoso para o período de crise, extraindo muito pouco do sucesso agrícola. “Por conta da força de seu interior, onde menos sentimos queda nas vendas foi em Mato Grosso, pois o agronegócio acaba

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Aeroporto Marechal Rondon, em Cuiabá, passa por reforma para estar apto a receber voos internacionais

impactando positivamente a economia do Estado inteiro. Na Grande São Paulo, por exemplo, onde o forte são outros segmentos da indústria, a crise pode afetar mais”, opina. “Como a consolidação atende pequenas e médias empresas e nem sempre estão incluídas as do agronegócio, não vejo esses mercados com tanta euforia. Diferentemente das empresas de lazer, estamos trabalhando forte para vencer a crise no Brasil inteiro, sentida um pouco menos no interior.” Contudo, Garófalo mantem previsões otimistas. “Sempre depois de uma crise vem uma recuperação. Só não sei mensurar o tamanho desta crise atual e o tempo que ela vai durar. Ainda assim, quando o País retomar as rédeas, ele voltará mais forte e quem estiver preparado vai sair reforçado.”

se entusiasme com o desempenho do agronegócio e chegue em cidades do interior abrindo lojas desenfreadamente. “Não adianta chegar nesses mercados sem ter muito reconhecimento local. É necessário ter a confiança do público para ser bem sucedido”, aponta Garófalo. “A CVC tem nome, e sabe se aproveitar disso para expandir no interior, como tem feito.” O imeadiatismo é outra característica da elite do agronegócio, de acordo com Gutierrez. "São pessoas com muito dinheiro que, muitas vezes, chegam às lojas buscando pacotes para o Exterior com embarque na semana seguinte. Claro que há ressalvas, mas é fundamental conhecer as características da elite do interior antes de se aventurar nesse mercado. Ela é diferente da elite das grandes cidades do sudeste."

SABER CHEGAR

NO CÉU

É preciso saber distinguir a maneira de trabalhar nas praças das grandes capitais e nas praças do interior do Brasil. Tanto Gutierrez quanto Garófalo alertam para a diferença de público consumidor e da maneira de se trabalhar comercialmente. Para o presidente da Confiança, que no mês passado começou a atuar na capital paulista, não é recomendável que uma agência de viagens

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Bem antes da crise econômica e política que desgastou o setor de aviação comercial no Brasil, a Azul já enxergava o potencial do agronegócio brasileiro. Prova disso foi a fusão entre a aérea e a Trip, em 2012, passando ali a se consolidar como a terceira maior companhia do País. A maioria dos 88 destinos que a Trip operava tinha relação > Continua na pág. 08

Marcelo Bento, diretor de Planejamento da Azul: "20% de nossos destinos são impulsionados pelo agronegócio"

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Divulgação Prefeitura Nova Mutum

Com quase 40 mil habitantes, Nova Mutum (MT) está entre as cidades que mais vendem pacotes CVC no Brasil

com o agronegócio e obras de infraestrutura. Hoje, 20% dos mais de de 100 destinos operados pela Azul estão diretamente ligados ao agronegócio, fator que o diretor de Planejamento da companhia, Marcelo Bento, comemora. "Azul e Trip vislumbraram que faltava uma rede nacional de distribuição mais fortalecida, e uma acabou completando a outra perfeitamente, pois passamos a ter um conjunto de rotas frontais auxiliado por rotas regionais", explica. "É fato que a crise tem sido menor nas fronteiras agrícolas do que nas demais cidades, nos demais destinos, e a Azul vem trabalhando essa capilaridade principalmente após a fusão." Ao lado das obras de infraestrutura e da mineração, o agronegócio é o grande vetor de crescimento da companhia aérea. O aeroporto de Cuiabá, por exemplo, é o terceiro maior hub da Azul no País, superando os terminais paulistanos. "O aeroporto cuiabano só fica atrás de Viracopos, em Campinas (SP), e

Confins, em Belo Horizonte, em volume de voos da companhia, e estamos em processo bem avançado de negociação para expandir em Mato Grosso. Já temos três destinos atendidos no Estado, além de sua capital", adianta Bento. "Logo estaremos voando para Sorriso e Barra do Garças, em Mato Grosso. Outras cidades do Sul com essas caracte-

rísticas também serão atendidas em breve, como Lages, em Santa Catarina, e Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul", completa o executivo. A falta de infraestrutura aeroportuária em destinos do interior é o que retarda um pouco do crescimento da Azul. "Não depende só de nós, mas dos órgãos locais públicos e privados. É um mega desafio."

Outra característica da Azul para com esse mercado é o arrojo. Segundo Marcelo Bento, a companhia não tem medo algum de implementar novas rotas para mercados do interior. Caso não dê certo, cancela. "Não temos medo de fechar rotas. Tem voo que não dá muito retorno, ou às vezes não estabelecemos muita frequência. A maioria, porém, é muito positiva e o tempo todo recebemos pedidos das prefeituras para analisarmos a possibilidade de voar para suas respectivas cidades." Enquanto a CVC colhe frutos do lazer, a Azul segue o mesmo tom do Grupo Confiança no quesito importância do corporativo. A companhia aérea sente a presença do turista a lazer, mas de nada adiantariam esses itinerários não fosse pelo volume do corporativo, segundo Bento. "Claro que ajudamos o cliente do lazer com uma conectividade mais rápida, principalmente com São Paulo, de onde saem os principais voos internacionais do Brasil, porém, o lazer não enche voos quando falamos de mercados do agronegócio", compara. "São destinos essencialmente corporativos." p

BANCODEDADOS Das 100 cidades do interior que mais venderam CVC em 2015, 25 delas possuem menos de 80 mil habitantes: ll Formiga (MG) – 68 mil habitantes ll Nova Mutum (MT) – 39 mil habitantes ll Porto Feliz (SP) – 51 mil habitantes ll Jaguariúna (SP) – 52 mil habitantes ll Lagoa Santa (MG) – 60 mil habitantes ll Currais Novos (RN) – 44 mil habitantes

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Operadoras

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>> Renato Machado

Os pilares da Trend

A EXPANSÃO DO GRUPO TREND TEM UM CAMINHO DEFINIDO A SEGUIR. UM DOS MAIORES PLAYERS DO TURISMO

nacional deve focar sua atuação nos próximos anos em dois grandes pilares: globalização e inovação. No último dia 3, em São Paulo, o CEO da companhia, Luis Paulo Luppa, deu pistas do que será a estratégia da Trend para o futuro a curto, médio e longo prazos. O Grupo Trend, que em 2017 completa 25 anos de história, iniciou recentemente sua internacionalização, com destinos na América do Sul e, na sequência, atuando nos Estados Unidos. O primeiro passo foi dado em 2011, quando a empresa ainda vendia apenas no Brasil, única e exclusivamente produtos corporativos. “Avançamos muito do ponto de vista de negócios internacionais. A gente não só passou a vender, como passou a representar. Aumentamos as nossas vendas de rent a car e entramos no negócio de entretenimento”, conta Luppa, que destaca o ano de 2014, quando o grupo comercializou mais de um milhão de diárias internacionais. O passo seguinte foi a criação de uma empresa em solo norte-americano. A Travel Trend USA nasceu em 2014 e, no início de 2016, ganhou um escritório situado em Orlando, na Flórida, para aperfeiçoar a atuação no mercado internacional, focando não apenas em

Luis Paulo Luppa, CEO do Grupo Trend, anunciou Jay Santos como vice-presidente de Desenvolvimento de Novos Negócios Internacionais

negócios locais, mas também com o intuito de comercializar o Brasil para outros mercados, como o da América Latina e o da Europa. Simone Araújo, na direção de Produtos para Estados Unidos e Canadá, foi a responsável por gerenciar esse primeiro momento de internacionalização da marca. Alguns meses após estar alocada em Orlando, no entanto, a profissional encerrou sua participa-

Cúpula do Grupo Trend se reuniu na capital paulista para revelar os contratados e investimentos previstos

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ção na empresa. “Tenho certeza de que ela cumpriu seu ciclo muito bem”, afirmou Luppa à época do anúncio. Chegou o momento, então, de tratar essa fase de internacionalização da Trend como propriamente um processo de globalização. Luis Paulo Luppa avaliou que “com as diversas possibilidades que a gente tem no mundo, com as diversas alianças estratégicas que surgem, (...) a gente criou

um novo espaço dentro da companhia diante dessa pressão de oportunidades”. Dessa forma, o CEO anunciou um novo cargo na empresa, a vice-presidência de Desenvolvimento de Novos Negócios Internacionais. Para a função, Luppa chamou “um amigo pessoal com uma credibilidade indiscutível e com resultados de mercado inquestionáveis”, o ex-vice-presidente de Vendas e Marketing do Visit Orlando, Jay Santos. “O que nós pretendemos, e vamos fazer, é criar uma globalização da Trend. Nós temos aqui não só o poder das mentes, dos executivos, mas também a estrutura que é necessária”, comemorou o novo VP. Durante oito anos, Santos esteve na alta cúpula da empresa de fomento ao Turismo de Orlando, local que recebeu incríveis 66,1 milhões de visitantes em 2015 – mantendo-se como o destino mais procurado dentro dos Estados Unidos. “Não estamos falando de vendas só de Orlando, ou de Estados Unidos. Nós estamos falando de uma venda global e de uma venda bem significativa do produto > Continua na pág. 10

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Brasil”, prometeu. Jay Santos ficará alocado no escritório da Travel Trend USA, em Orlando. A diretoria de Produtos Internacionais, antigo cargo de Simone Araújo, permanece vaga. As etapas seguintes desse processo de globalização ainda não foram divulgadas. No entanto, é certo que a empresa visa entrar com força no mercado europeu. Hoje, a companhia divide sua logística de vendas com as equipes no Brasil comercializando América Latina e, em Orlando, vendendo Estados Unidos e Europa. “Acho difícil conseguirmos sustentar isso por muito tempo. Nós certamente devemos ter um ponto na Europa para fazer Europa”, adiantou Luis Paulo Luppa. O CEO aposta que essa seria uma solução de médio prazo e ainda pensa além: “a longo prazo nós vamos começar a pensar no mundo asiático, onde já colocamos o mindinho”.

INOVAÇÃO

O outro pilar em que a Trend pretende sustentar o seu futuro é o da inovação. O termo, um tanto quanto abrangente, ganha corpo com o anúncio da criação do braço tecnológico do Grupo, o Trend Tech. Com investimento de mais de R$ 30 mi-

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Alexandre Cordeiro é anunciado como gerente geral da Trend Tech pelo VP de Tecnologia, Robson Gomes

lhões nos últimos dois anos, a empresa de tecnologia promete criar produtos “que irão atender os nossos fornecedores – como os hotéis – e nossos clientes – as agências”, explica o vice-presidente de Tecnologia, Robson Gomes. Luppa explicou a opção por criar uma

nova empresa “do zero”. “Temos competência para isso. Nós gastamos, nos últimos dez anos, mais de R$ 60 milhões em tecnologia. Para que eu vou comprar uma empresa se eu tenho uma?", questionou. No sábado (30), o primeiro anúncio foi a adaptação do Almanaque do

Viajante (o antigo diretório impresso de produtos) para a versão on-line, por meio do portal Segue Viagem (segueviagem.com.br). Nele, o agente poderá filtrar o produto desejado por categorias – seja hotel, locação de carro, cruzeiro, receptivo ou parque temático –, facilitando a busca e a finalização da compra. O serviço está disponível para agentes cadastrados no Na Trend. O outro produto lançado foi o Na Trend Serviços, uma ferramenta que busca simplificar processos cotidianos, acabando com a necessidade do contato via telefone ou e-mail. “O Turismo é um mercado que possui muito processo manual para todos os lados da cadeia. O Na Trend Serviços nasceu para cobrir uma dessas partes que hoje está descoberta”, afirmou Gomes. Para liderar a equipe de tecnologia, a companhia anunciou Alexandre Cordeiro como novo gerente geral. O profissional esteve nos últimos 13 anos em áreas de Tecnologia e Inovação do Sabre e, agora, entra de vez no segmento de Viagens. "A Trend Tech nasce aqui hoje olhando para esse potencial [do Turismo] e olhando como nós podemos entregar soluções em forma de produtos, não só para nossos clientes, nossos fornecedores, mas também para a indústria como um todo”, explicou Robson Gomes. Cordeiro se mostrou alinhado com o discurso de seus companheiros de empresa. “Sempre peço para as pessoas inovarem, saírem da zona de conforto, e acho que é isso o que a gente veio fazer aqui hoje. A Trend Tech nasce para resolver, para olhar o potencial e para entregar soluções para a indústria”p

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Eventos

11 a 17 de maio de 2016 JORNAL PANROTAS

>> Diego Verticchio, Genebra (Suíça)

Crédito: Rodrigo Cozzato - Latam

Casamento perfeito

Aeronave trouxe a chama e apresentou a nova marca da Latam

O DIA 1º DE MAIO DESTE ANO FICARÁ PARA A HISTÓRIA DO GRUPO LATAM. A DATA MARCOU o primeiro voo de passageiros com a nova marca da empresa. E não foi qualquer voo. A companhia decolou do Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, em direção a Genebra, na Suíça, tendo como missão “buscar” a chama olímpica, um dos principais símbolos dos Jogos Olímpicos. Apoiadora oficial da Rio 2016, cabe à Latam do Brasil ser a responsável pela logística aérea da chama e da tocha olímpica. E para coroar esta missão, a transportadora lançou sua nova marca. Alinhar o lançamento da nova marca da Latam com a chegada da chama Olímpica não foi uma feliz coincidência, e sim anos de planejamento envolvendo toda estrutura da Latam no Brasil e no Chile. “É uma oportunidade única para qualquer marca se associar aos valores que um evento como a Olimpíada representa”, afirmou o diretor de Marketing da Latam, Jerome Cadier. A empresa colocou à disposição da Rio 2016 seu B767-300ER para o trajeto. Nas últimas semanas, a companhia recebeu outras duas aeronaves A319 já com as novas cores e marca, uma fazendo voos domésticos pelo País (neste momento dedicada ao transporte da tocha) e uma outra para a Latam do Chile. Ainda em maio, a Latam receberá um

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B787 e, em junho, um A350, ambos com a marca atualizada. “Até o final do ano serão 40 aeronaves com as novas marcas”, garante Jerome Cadier. Nesta primeira fase, a Latam vai estampar a nova marca na parte externa das aeronaves. Já a parte interna mudará de acordo com as necessidades. “O estofado, assim como os talheres servidos na classe business ou mesmo as nécessaires serão substituídos de acordo com o tempo útil de cada objeto. É inviável a gente trocar toda a marca de uma vez. Há muito material de estoque e o custo seria altíssimo”, explicou o vice-presidente da Latam, Maurício Rolim Amaro, que esteve no voo inaugural da nova marca. Se para buscar a chama olímpica foi preciso “casar” as datas com o lançamento, trazê-la também não foi fácil. A Tam precisou de uma autorização da International Air Transport Association (Iata) para poder viajar com lamparinas acesas. Ao todo foram quatro lamparinas que ocuparam dois assentos na classe econômica. Ao lado das lamparinas, quatro “guardiões” faziam a segurança da chama, evitando que pessoas a bordo da aeronave chegassem perto. Para um simples registro fotográfico era preciso pedir permissão. Próximo dos guardiões sentaram quatro policiais prestadores de serviços à Rio 2016, que também ajudaram na segurança da chama.

RITO COMPLETO

Até pousar no Brasil, a chama olímpica viveu dias de rockstar. Acesa em uma cerimônia tradicional e histórica na cidade grega de Olympia, no último dia 21 de abril, o fogo seguiu viagem até Atenas e, de lá, voou para Genebra, na Suíça, onde “dormiu” uma noite no consulado brasileiro. Na manhã do dia seguinte, a chama foi para Lausanne, sede do Comitê Olímpico Internacional (COI) e ficou exposta (e protegida) por alguns dias. Na tarde de 2 de maio, a chama passou para as lamparinas, que seguiram viagem até o aeroporto de Genebra. O embarque no JJ9751 foi realizado

sob um esquema especial de segurança que contou com a presença de jornalistas do Brasil, entre eles o Jornal PANROTAS, único veículo especializado em Turismo presente na cerimônia. O voo de Genebra saiu com uma hora de atraso, mas por um motivo especial: era preciso entrar no Centro-Oeste já com o dia claro para os caças da Força Aérea Brasileira (FAB) fazerem a escolta. E depois de 12 horas sobrevoando parte da Europa, o Oceano Atlântico e parte do Brasil, a aeronave da Latam ganhou a companhia de dois caças da FAB. Já na capital federal, o avião sobrevoou Brasília até pousar > Continua na pág. 12

Diego Gomes, um dos guardiões da chama, com Maurício Amaro, Jerome Cadier e Gislaine Rossetti, da Latam

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Crédito: Rodrigo Cozzato - Latam

Jatos da FAB escoltaram a aeronave da Latam

no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. Além dos jornalistas, estavam a bordo o presidente do Comitê Olímpico do Brasil e do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman; o bicampeão olímpico com a seleção de vôlei, Giovane Gávio; e convidados dos patrocinadores. Já com a aeronave em solo, Nuzman fez um discurso emocionado agradecendo a presença dos patrocinadores e apoiadores. “Estamos diante de um momento único em nossa história e todos nós, brasileiros, fazemos parte deste momento”, afirmou o presidente do Comitê Rio 2016 para então descer as escadas da aeronave e ser recepcionado por centenas de pessoas, entre elas alguns ministros do atual governo. Do aeroporto, o dirigente seguiu para o Palácio do Planalto, onde chegou pouco antes das 9h para participar de uma cerimônia com a presença da presidente Dilma Rousseff. Ela foi responsável por acender a tocha olímpica e passar para a bicampeã olímpica e capitã da seleção brasileira de vôlei, a jogadora Fabiana, marcando assim o revezamento da tocha que irá percorrer até 5 de agosto 327 cidades brasileiras, passando por todos os Estados da federação.

dos jogos. No caso do Rio de Janeiro, a chama em solo brasileiro marca a aproximação do evento. Na avaliação do presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos não serão prejudicados pelos problemas políticos pelo qual passa o País. “Tenho total confiança no sucesso deste evento, tanto na organização quanto nas instalações”, afirmou.

Já Nuzman acredita que a chegada da chama e o início do revezamento da tocha irão deixar o Brasil ainda mais confiante. Uma pesquisa apontou que a popularidade dos jogos está pouco acima dos 75%, um índice, segundo ele, maior do que encontrado em Londres há menos de 100 dias do evento. “O início do revezamento vai trazer um sentimento ainda maior ao povo brasileiro.

A população começa a vivenciar não só notícias, mas também as emoções daqueles que participam do revezamento e do evento, e que vão contar suas histórias”, disse Nuzman, destacando que cerca de 12 mil brasileiros irão conduzir a tocha nos próximos dois meses.p --- O Jornal PANROTAS viajou a convite da Latam com proteção Intermac

CONFIANÇA NO EVENTO A chegada do fogo olímpico representa um importante passo para a anfitriã

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Carlos Arthur Nuzman e Thomas Bach exibem o fogo olímpico

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Agê nc i as d e v iagen s

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Diego Verticchio

Otimismo X Pessimismo O DIA DO AGENTE DE VIAGENS, COMEMORADO NO ÚLTIMO 22 DE ABRIL, MOStrou duas realidades para os profissionais do Rio de Janeiro que participaram das palestras organizadas pela Abav-RJ em celebração à data. A primeira, exposta pelo economista e ex-secretário de Política Econômica do Governo Fernando Henrique Cardoso, Winston Fritsch, trouxe à tona um cenário pessimista, em que as dificuldades serão superadas a longo prazo. Já a palestra da empresária Luiza Helena Trajano, da Magazine Luiza, foi recheada de otimismo e com mensagens de superação. As duas realidades mostram o quão difícil está sendo o papel dos agentes de viagens nos dias de hoje. Com a valorização do dólar frente ao real, as expectativas de viagens internacionais estão diminuindo cada vez mais. Por outro lado, vivia-se uma euforia com a possível chegada dos turistas internacionais ao Brasil, mas os vírus da zika e H1N1 estão mudando este cenário. Palestrando para uma plateia formada, majoritariamente, por agentes de viagens emissivos, Fritsch sentenciou que a curto prazo (12 a 18 meses) o foco deve ser no cliente internacional. “Usem os Jogos Olímpicos a favor. Aproveitem a vinda dos turistas ao Rio para trabalhar este nicho”, afirmou o economista, que hoje preside a Petro Energia. Para ele, a situação do Turismo brasileiro é difícil, mas há perspectivas de melhora. “O setor, principalmente no Rio de Janeiro, tem uma perspectiva espetacular para os próximos 20 anos, mas o momento atual é bem diferente desta perspectiva. Vocês (agentes de viagens do Rio de Janeiro) estão sentados em uma mina de ouro, mas é preciso ter paciência”. Os jogos também serviram de mote para a empresária Luiza Helena Trajano. Nascida e criada em Franca, no Interior de São Paulo, Luiza se diz uma eterna apaixonada pelo Rio de Janeiro, cidade que garante ser a mais bonita do mundo. “O Brasil é um País lindo. Vocês (agentes de viagens) moram na cidade mais bonita do mundo e irão receber o principal evento esportivo do planeta. Ainda que

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haja problemas, e sabemos que eles existem, há muito mais coisas positivas, e é isso que temos de propagar. Se a sociedade não for protagonista do País, não teremos nenhum tipo de mudança”, discursou a empresária, que já foi uma das palestrantes do Fórum PANROTAS. “Faltam 100 dias para os Jogos, mais de 96% das obras estão prontas e gastamos menos da metade de Londres. Não consigo entender quem diz que os Jogos não são bom para a cidade”, concluiu. Luiza Helena Trajano, da Magazine Luiza, e Winston Fritsch, da Petro Energia

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Viage n s co rp o rat iva s

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>> Danilo Alves

Sob nova direção

Affonso Nina (CWT), Brunno Bernardes (Hostway), Luís Vabo (Solid), Rubens Schwartzmann (Costa Brava), Carlos Prado (Tour House), Duda Vasconcellos (Kontik) e Sérgio Linares (BK21)

INTERINO DESDE MARÇO, QUANDO OCUPOU O CARGO DEIXADO POR EDMAR BULL, RUBENS Schwartzmann foi eleito presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) para o biênio 2016-2018. Junto com o diretor da Costa Brava, de Campinas (SP), outros seis nomes formam

o novo conselho da entidade para os próximos dois anos. Carlos Prado, da Tour House, e Luis Vabo, da Solid, que já eram da gestão Bull, além de Affonso Nina, da CWT, Brunno Bernardes, da Hostway, Duda Vasconcellos, da Kontik, e Sérgio Linares, da BK21. De acordo com Schwartzmann, a in-

tenção é dar sequência ao trabalho já iniciado pelo seu antecessor. Uma das ações já estabelecidas é o novo planejamento estratégico da entidade, realizado em parceria com a Deloitte Touche Tohmatsu. “O mundo mudou e o mercado também. É necessário revisar algumas metas e planos. Possivelmente, o que era nossa intenção

há seis anos, quando a parceria com a Deloitte começou, pode não fazer sentido em 2016”, explicou. Ao lado de Carlos Prado e Luis Vabo, logo após a eleição, Rubens Schwartzmann adiantou alguns objetivos de sua gestão. "Nossa intenção é proteger o agente de viagens corporativo de um cenário em que os nossos fornecedores também são nossos concorrentes", analisou. "Um dos nossos pilares será a educação executiva. Vamos trabalhar para aperfeiçoar o conhecimento dos nossos associados e prepará-los para um novo momento da economia", completou Prado. Para os três executivos, sensibilizar o governo da importância do setor é outra meta. “O corporativo representa 65% do setor de viagens e é o segmento menos atingido em crises econômicas, pois as viagens em busca de novos negócios precisam continuar. A atuação das entidades no caso do IRRF foi um ótimo exemplo de união. Queremos nos unir a elas em novos pleitos”, adiantou Rubens.

NOVA PLATAFORMA Uma nova plataforma, elaborada em parceria com a Mastercard, deverá pôr fim no faturamento de serviços terrestres. O projeto, já em testes e previsto para o início do segundo semestre, será responsável por implantar uma tecnologia B2B nos pagamentos. “Ainda não podemos dar muitos detalhes porque uma coisa ou outra pode mudar. O fato é que para cada transação haverá um número de cartão virtual, e que vai expirar em um determinado tempo. Isso obrigará os fornecedores a efetuarem a cobrança em um curto espaço de tempo”, detalhou o presidente da Abracorp. p

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RECUO DE 12% ASSIM QUE TOMOU POSSE, O NOVO PRESIDENTE DA ABRACORP, RUBENS SCHWARTZmann, divulgou o resultado das vendas e da movimentação financeira do primeiro trimestre de 2016. A somatória dos segmentos apresentou o resultado financeiro de R$ 2,3 bilhões em vendas, um recuo de 12,1%, se comparado com o mesmo período do ano passado, quando as vendas da associação chegaram a R$ 2,7 bilhões. O principal declínio observado foi no segmento de transfers, que caiu 28,2% e registrou R$ 3,7 milhões em vendas. Serviços, hotelaria internacional e aéreo doméstico também recuaram 21%, 16,3% e 13,9%, respectivamente. Em volume financeiro, o maior percentual de participação ficou com o aéreo doméstico (37,4%), aéreo internacional (30,3%) e hotelaria nacional (18,5%). “O primeiro trimestre foi impactado com o pessimismo econômico, iniciado no segundo semestre do ano passado, e que ganhou força nos primeiros meses de 2016. Nossa expectativa é que o segundo trimestre apresente resultados melhores”, disse o novo presidente da entidade. Segundo ele, a projeção se dá com base nas redefinições políticas em curso, que já melhoraram o otimismo dos empresariados e investidores.

Locação … Transfers 0,2% Hotelaria intl 4,0%

Eventos 4,5%

Serviços 3,1%

Aéreo Dom 37,4%

Hotelaria nacional 18,5%

Aéreo Intl 30,3%

SEGMENTO Aéreo doméstico Aéreo inter Hotelaria Nacional Hotelaria inter Locação Transfers Eventos Serviços

TOTAL

2015 1.036.754.634 813.080.992 483.975.392 114.286.115 50.310.944 5.225.101 116.882.069 93.120.353

2016 892.549.078 722.664.738 442.135.227 95.657.338 49.137.892 3.752.248 106.958.814 73.515.935

VAR (%) -13,9% -11,1% -8,6% -16,3% -2,3% -28,2% -8,4% -21,1%

2.713.575.600

2.386.371.269

-12,1%

Abracorp: a constante busca pela excelência Depois do período de presidente em exercício da Abracorp, no dia 28 de abril fui eleito para comandar a entidade no biênio 2016/2017. Sou grato e honrado pelo voto de confiança, tendo em vista a grande responsabilidade que a missão representa e os não poucos desafios que temos pela frente. O momento político e econômico do país dispensa comentários. Estamos acompanhando e trabalhando nas nossas empresas para ajustar e nos preparar para um novo cenário. Otimistas e cautelosos, nosso grande trunfo reside na união cada vez mais consistente das nossas congêneres, na defesa das boas práticas, da inovação e da própria evolução do agenciamento de viagens. A Abracorp quer (e vai) se

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empenhar para fortalecer o segmento de viagens corporativas. Dentre as diretrizes e ações que já definimos, está a revisão do Planejamento Estratégico da Abracorp. Vamos realizar essa releitura recomendada e necessária, passados seis anos da sua publicação, com base na expertise do que há de mais adequado e pertinente no meio dedicado a lidar com esse tipo de demanda. Enquanto isso, focaremos em algumas ações de curto prazo que serão desenvolvidas em cima de três pilares: Capacitação, Inovação e Relacionamento. Muitas ideias já estão listadas. Dia 18 próximo será a primeira reunião do novo conselho, quando será elaborado o nosso plano de trabalho. Portanto, aguardem que em bre-

ve teremos muitas novidades para compartilhar com vocês! Uma das novidades que já podemos antecipar é que em breve conhecerão o novo site da Abracorp, totalmente reformulado, bem moderno, com muitos recursos para propiciar maior interatividade com o associado e com o mundo. Temos de aprimorar os meios digitais e dotá-los de conteúdos que contemplem os temas de maior interesse e relevância. Nosso objetivo maior e desafio mais ambicioso é consolidar e fortalecer, cada vez mais, a marca Abracorp. Trata-se, seguramente, do nosso ativo mais valioso, a partir do qual teremos força e fôlego para cumprir nossa missão no âmbito do agenciamento de viagens corporativas.

Rubens Schwartzmann é presidente do Conselho de Administração da Abracorp

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Eventos

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>> Karina Cedeño - Guadalajara (México)

Potência mexicana Os corredores da Tianguis Turístico permaneceram cheios nos três dias do evento

QUEM DESEMBARCOU NO MÉXICO NO FINAL DO MÊS PASSADO PÔDE VER O QUANTO A 41ª EDIÇÃO DA TIANGUIS TURÍSTICO SEria importante para o país: os vidros do aeroporto estavam totalmente cobertos por banners do evento, e não à toa: seria a maior edição já realizada. Levando 3,1 mil expositores em uma área de 90 mil metros quadrados, a feira contou com a presença de 66 países (14 dos quais estreantes), e promoveu mais de 32 mil reuniões de negócio entre 25 e 28 de abril. Toda essa grandiosidade talvez seja reflexo do momento do mercado turístico no país. No ano passado, o México registrou um aumento de 9,5% no número de visitantes internacionais, que passou dos 32 milhões, o que contribuiu para uma receita gerada no setor de quase US$ 17,5 bilhões. A aposta na cidade de Guadalajara, escolhida para sediar a Tianguis desse ano, foi bem estratégica, por estar situada no Estado de Jalisco, que recebe anualmente 76,4 mil voos e 134

cruzeiros. "Acreditamos que somos uma potência turística, considerando que estamos entre os dez destinos no mundo que mais recebem turistas ao ano, e que o setor turístico no México hoje responde por 8,5% do PIB, acima de setores como o de mineração e construção", destacou o presidente do país, Enrique Peña Nieto, durante a cerimônia de abertura. Apesar das boas cifras, no entanto, ainda há algumas lacunas que demandam atenção. "Descobrimos por meio de pesquisas que nove milhões de assentos de aviões ficam vagos por ano no México, além de 200 milhões de assentos de ônibus e 93 milhões de quartos de hotel não ocupados", destacou Nieto. Mas os mexicanos prontamente já tiraram uma solução da aba do chapéu: foi lançada, durante a Tianguis, a campanha "Viajemos todos pelo México", que irá oferecer passagens aéreas e hospedagens com preços acessíveis aos mexicanos de classes mais baixas.

O presidente do México, Enrique Peña Nieto, durante discurso na abertura do evento

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Um total de 500 empresas, entre companhias aéreas, redes hoteleiras e serviços de transporte terrestre já participam do programa, que será promovido na baixa temporada, sendo possível encontrar passagens da Aeromexico com até 60% de desconto para destinos como Guadalajara e Cancun, por exemplo.

DESTAQUES DA FEIRA E por falar em Aeromexico, um dos destaques da feira ficou por conta do lançamento de uma nova rota da companhia para Amsterdã, que entrará em operação ainda no final deste mês. Os voos sairão da Cidade do México e terão três frequências semanais, sendo operados por um B787 Dreamliner, em horários noturnos. Mas a grande surpresa ficou por conta do anúncio do presidente e CEO do Cirque du Soleil, Daniel Lamarre, sobre a criação de um parque temático em Nova Vallarta. Ainda sem data

de lançamento prevista, o novo empreendimento terá como expectativa atrair cinco milhões de visitantes ao ano. "O parque ainda não passa de um projeto, mas contribuirá significativamente para alavancar o Turismo no País", reforçou Lamarre. E os planos para o México vão muito além. O espetáculo Luzia, que traz como tema a cultura mexicana e as belezas naturais do país, foi lançado na última semana de abril no Canadá, e conta com shows acrobáticos e interação com a plateia. "Temos alta tecnologia envolvida neste novo show, como flores que se abrem sozinhas, além de utilizarmos pela primeira vez efeitos especiais com água", comentou o CEO e presidente do Cirque du Soleil. Após a estreia no Canadá, o show chegará a outras regiões da América do Norte, além da Europa e da América Latina. Serão realizadas 320 apresentações anuais e a meta é que o espetáculo tenha duração de sete anos, podendo ser estendido de acordo com o sucesso alcançado.p

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O secretário de Turismo do México, Enrique Cordero, e o CEO e presidente do Cirque du Soleil, Daniel Lamarre

A ATTravel promoveu um café da manhã para o grupo de operadores brasileiros

PRESENÇA

B R A S IL EIR A

COMO TODA FEIRA QUE SE PREZE, A TIANGUIS TURÍSTICO NÃO DEIXOU DE ABRIR AS PORTAS PARA OS BRASILEI-

ros. Uma comitiva de 20 operadores marcou presença no evento, e também participou de um café da manhã oferecido pelo receptivo ATTravel no hotel Intercontinental Presidente, em Guadalajara. A diretora do receptivo, Lilian Zanon, ressaltou que, mesmo com a crise no Brasil, a procura por destinos como Cancun e Riviera Maya continua em alta. “Entre os anos de 2014 e 2015, por exemplo, tivemos um crescimento de 60% nas vendas, resultado de nossos diferenciais, que vão muito além do atendimento em português disponível 24 horas por dia, já que

levamos em consideração o fator humano. Conhecemos os brasileiros e suas preferências, podendo atendê-los de acordo com a sua cultura, afirma a diretora da ATTravel.

AUMENTO NA VISITAÇÃO Ainda que a visitação de brasileiros ao destino tenha caído 1,8% no ano passado na comparação com 2014, o objetivo é fazer com que ela aumente 7% este ano, segundo a diretora do Conselho de Promoção e Turismo do México no País, Diana Pomar. “Temos investido na promoção de regiões menos visitadas no território mexicano, como a Rota Maia, além de dar mais

A diretora do Conselho de Promoção e Turismo do México no Brasil, Diana Pomar

ênfase ao turismo de luxo e ao segmento Mice”, conta Diana. O Brasil está entre os dez mercados

mais importantes para o México, ranking liderado pelos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.p > Continua na pág. 18

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Flashes

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Tianguis Turístico

1Luis Paulo Luppa e Emanuel Labastida (ambos da Trend) 2 O diretor de Vendas Internacionais da Aeromexico, Paul Verhagen 3 O estande do México chamou a atenção pela diversidade de cores 4 Personagens da cultura local também circularam pelo evento 5 Diana Pomar (Turismo do México) com Raquel Ozuna e Lilian Zanon (ambas da ATTravel) 6 Diana Pomar (Turismo do México) e Fabio Mader (CVC) 7 A cerimônia de abertura da Tianguis contou com apresentações musicais 8 O executivo de Vendas On-Line da Hard Rock, Fidel Hurtado 9 Operadores brasileiros junto a Diana Pomar (Turismo do México) e Roberto Trauwitz (Turismo de Puebla) 10 O presidente do México, Enrique Peña Nieto, com a esposa e crianças de comunidades carentes que participaram da campanha "Viajemos Todos Por México" 11 Tradições históricas fizeram parte do estande de Guerrero

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Agência Brasil

Política

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>> Da Redação

Propostas na mesa O MERCADO DE TURISMO TERÁ GARANTIA DE FORTES EMOÇÕES CASO

Michel Temer promete mudanças, caso assuma a presidência

se confirme a saída da presidente Dilma Rousseff do poder. Isso porque o atual vice-presidente, Michel Temer, assumiria o comando do País e, ao que tudo indica, iniciaria uma série de mudanças em vários setores. Neste novo governo, algumas mudanças significativas já podem ser esperadas para o Turismo. A primeira delas é o retorno de Henrique Alves à pasta do Turismo. O mandatário havia se desligado do governo após o anúncio de desembarque do PMDB do governo, em março. O nome de Henrique Meirelles também é dado como certo no novo governo, mas para o Ministério da Fazenda. A composição teria ainda a participação do PSDB, entre outros partidos. Assim, o ex-governador de São Paulo, José Serra, assumiria o Ministério de Relações Exteriores, enquanto o ex-ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), ficaria com o Ministério das Comunicações. O ex-ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, do PMDB, seria o indicado para a Casa Civil. E as novidades não param por aí: o governo de Michel Temer já sinalizou que apoiará no Congresso que empresas estrangeiras possam ter controle total sobre companhias aéreas brasileiras sem que seus países ofereçam o mesmo ao Brasil. A equipe de Temer quer ampliar a MP enviada pelo governo Dilma em março, que elevou de 20 para 49% (desde que haja reciprocidade na medida) a permissão de capital estrangeiro nas empresas nacionais. A abertura das empresas aéreas ao capital estrangeiro teria como principal objetivo atrair investimentos e ajudar na aceleração da retomada do crescimento. p

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Eventos

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>> Danilo Alves

Nova configuração Edmar Bull, presidente da Abav Nacional, Magda Nassar, presidente da Braztoa, Carlos Vazquez, da Air Tkt, e Rubens Schwartzmann, presidente da Abracorp

QUANDO EDMAR BULL ASSUMIU A PRESIDÊNCIA DA ABAV NACIONAL, EM DEZEMBRO DO ANO passado, tinha em mente muitos projetos, e um deles era a renovação da Abav Expo Internacional de Turismo, que acontecerá entre 28 e 30 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo. Na semana passada, o dirigente e outros representantes de entidades apresentaram uma série de inovações na configuração, no Congresso Abav de Turismo, nos eventos simultâneos e nas atrações paralelas. “A 44ª edição será ancorada em três pilares: Lazer, Corporativo e Mice, que atuarão como referência na oferta de produtos, serviços e em melhores oportunidades de negócios para visitantes e expositores”, adiantou Bull. Uma das áreas mais elogiadas da Feira da Abav foi rebatizada. A Vila do Saber agora passa a se chamar Arena do Conhecimento, e terá como objetivo ser um espaço dedicado a debates do setor e conferências ancorado pelo Congresso Abav de Turismo. O espaço ganhou um novo layout e terá quatro palcos em formato de arena, gerando 32 apresentações por dia. Os temas que nortearão essas palestras não foram divulgados, mas, segundo Edmar Bull, serão assuntos pertinentes ao dia a dia do profissional de Turismo e do atual cenário da indústria.

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O programa Hosted Buyers prevê a participação de 1,2 mil compradores em 2016, sendo 80% do Brasil e 20% do Exterior. Em 2016, as reuniões agendadas ocorrerão exclusivamente nos estandes, estimulando maior interação e identificação dos compradores com os produtos e serviços de cada expositor. “Uma das novidades diz respeito ao sistema de credenciamento, que, pela primeira vez, abrirá também ao público visitante a possibilidade de, com login e senha, agendar reuniões com os expositores. Vale lembrar que até o ano passado essa funcionalidade só era oferecida aos hosted buyers”, explicou o dirigente. Junta-se, em 2016, como parceira da Feira da Abav, a Air Tkt. “Vamos e estreitar o relacionamento com o agente de viagens e mostrar que nosso único objetivo é atender os clientes”, disse o vice-presidente da Esferatur e associado Air Tkt, Carlos Vazquez. Segundo ele, essa será uma das melhores oportunidades da AirTkt de estar próximo ao agente de viagens.

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Imagem aérea da Feira da Abav 2015. O presidente da Abav Nacional, Edmar Bull, garantiu que a edição deste ano estará com um layout mais bonito e melhor distribuída

A Abracorp, agora presidida por Rubens Schwartzmann, renovou sua participação e confirmou mais uma edição da Ilha Corporativa, em parceria com a Gol Linhas Aéreas. “Assim como a Braztoa trará agentes de

viagens via caravanas, nós traremos os clientes dos nossos associados para fomentar o número de visitantes e promover uma maior discussão de tendências”, afirmou. As informações detalhadas, bem

como a planta da feira, estarão disponíveis também no aplicativo para smartphones e on-line no portal da Abav Expo (www.abavexpo.com.br), que foi reformulado e apresenta agora configuração responsiva.p

CORAÇÃO DA FEIRA DURANTE O LANÇAMENTO DO EVENTO, A ABAV NACIONAL E A BRAZTOA ANUNCIARAM A REnovação da parceria para a realização do 46º Encontro Comercial Braztoa e 44ª Abav – Expo Internacional de Turismo. Segundo Bull e a presidente da Braztoa, Magda Nassar, trata-se de uma parceria saudável e que reflete a união entre as associações do trade. “Confirmamos nossa participação na Feira da Abav, sendo responsável pela maior área dentro do evento, com 1.030 metros quadrados, no coração do Expo Center Norte. Hoje, a Braztoa se posiciona como grande parceiro da Abav. Nossos associados estão preparando novidades para a feira, nos comprometendo a fazer da 44ª Abav – Expo Internacional de Turismo um dos principais e melhores eventos do turismo”, garantiu Magda. O Passaporte Braztoa, campanha de incentivo e relacionamento para agentes de viagens, que estará a poucos dias do seu encerramento, trará uma última oportunidade de pontuação. Os agentes participantes do evento receberão 500 pontos, automaticamente. Visitando todos os estandes dos associados da entidade, o agente ganhará mais 500 e outros 300 a cada palestra assistida. Pela primeira vez, a Braztoa estará diretamente envolvida na organização das caravanas de agentes de viagens. De acordo com a entidade, a expectativa é atender 700 profissionais selecionados, em parceria com outras associações e oferecer saídas de todo o Brasil, seja via aérea ou terrestre. p

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Magda Nassar, presidente da Braztoa: "Estaremos localizados no coração da Feira da Abav"

C O N T R A TO S EM ENTREVISTA AO JORNAL PANROTAS, BULL NÃO DESCARTOU A SAÍDA DA ABAV — EXPO INTERNA-

cional de Turismo da cidade de São Paulo. Segundo ele, apenas dois outros Estados têm capacidade para receber o evento atualmente: Rio de Janeiro e Ceará. O contrato da Abav com o Anhembi para a realização da feira é até 2018. Neste ano, excepcionalmente, o evento será realizado no

Expo Center Norte, em razão das obras e melhorias que ainda estão sendo realizadas no centro de convenções. Vale ressaltar que, em 2015, uma das principais reclamações dos participantes da Abav Expo foi o calor no Anhembi, que fez diversas pessoas passarem mal. O contrato da Abav com o Anhembi ia até 2017 e, com a mudança, foi estendido até 2018, ou seja, a feira volta ao espaço

em 2017 e 2018. “Se vamos renovar ou mudar ainda não sabemos. Esse é um assunto que eu vou discutir com o conselho da entidade a partir do ano que vem”, concluiu Bull. Outro contrato da Abav prestes a vencer é o da Promo Inteligência Turística, empresa organizadora da Abav Expo desde 2012. Pelo documento, este seria o último ano de parceria. p

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Eventos

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>> Renê Castro - Montreal (Canadá)

Retomada de confiança

O PERÍODO INSTÁVEL QUE VIVE A ECONOMIA BRASILEIRA ESTÁ DEIXANDO RASTROS AO REDOR

do globo. Pode um País, que há dois anos era encarado como a “menina dos olhos” de investidores internacionais, tornar-se uma interrogação em tão pouco tempo? Este foi o cenário que alguns operadores brasileiros encararam durante o Rendez Vous Canada deste ano, realizado na cidade de Montreal, na província de Quebec. Extremismos à parte, não se pode negar que o Brasil foi citado pelos corredores do centro de convenções acompanhado das palavras “Dilma”, “zika vírus” e/ou “IRRF”. Quem mais se incomodou com a situação foi a diretora da Vertebratta, Sheila Nassar, representante do Destination Canada no Brasil. A dirigente, inclusive, reuniu os operadores brasileiros para falar sobre as impressões que coletou do trade canadense, e alertou os profissionais. Explicar detalhadamente cada situação, com bons argumentos e, em especial, números, foi a saída. Isso porque chegou-se à conclusão de que é preciso mostrar ao Canadá que o momento brasileiro não está afetando o trabalho das operadoras com o país, já que, com a alta do dólar nor-

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O Rendez Vous Canada intermediou cerca de 26 mil reuniões entre empresas canadenses e compradores internacionais

te-americano - e a estabilidade do dólar canadense -, viajar para o destino tornou-se uma opção cada vez mais interessante, com economia de cerca de 30% para o passageiro. "A nossa

maior defesa são os números. Em 2015, tivemos um aumento de 13,1% na movimentação de brasileiros no Canadá, e, após a resolução do caso IRRF, houve uma retomada e esta-

mos trabalhando com mais um crescimento para este ano. Precisamos aproveitar este momento favorável para colocar o Canadá no imaginário do brasileiro. Eu acredito no Brasil e tenho certeza que nossos resultados só vão crescer daqui para frente", afirmou Sheila Nassar. Entre os operadores, o maior problema é a forma como as notícias sobre o Brasil chegam ao Exterior. O possível impeachment de Dilma Rousseff é o que mais assusta os canadenses. "Sabemos que a situação do nosso governo é insustentável, mas não podemos parar o nosso trabalho. Os operadores Braztoa venderam R$ 5 bilhões em viagens internacionais em 2015. Essa é a força que precisamos apresentar", valorizou a presidente da Braztoa, Magda Nassar. Para o diretor comercial da Orion Operadora (RS), Leonardo Barbosa, existe, sim, a preocupação com o Brasil, mas o Canadá sabe da força do País e valoriza a resiliência de um mercado que já encarou situações parecidas no passado. “A questão do zika vírus, por exemplo, foi citada em reuniões que tive, mas acho que as notícias que eles recebem são piores do que a situação de fato. Já o IRRF é assunto esclarecido, pelo menos com os operadores e receptivos locais que tive contato.” Especializado em viagens de esqui e experiências, Frederico Levy, da Interpoint e também da Braztoa, preferiu concentrar as reuniões em temas positivos. “O câmbio canadense está favorável em relação ao norte-americano, há o acordo de bitributação envolvendo Brasil e Canadá e, ainda, a possível melhora da perspectiva do mercado brasileiro com relação à iminente troca de

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governo”, exemplificou. Representando o Grupo Schultz, o gerente de Produtos para América do Norte, Central e Caribe, Saulo Reis Jr., complementou o raciocínio dos colegas. "Mesmo com dificuldades na economia, a demanda aumenta, o tíquete médio para o agente de viagens brasileiro é alto, o gasto médio do viajante no destino também é elevado, de maneira que precisamos tornar este quadro claro o suficiente para evitar qualquer decisão de corte de ações e investimentos no Brasil. Somos um source-market importantíssimo para o Canadá e o bom trabalho dos operadores brasileiros tem muito a ver com isso".

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META ARROJADA

REUNIÕES

Unanimidade foi a avaliação positiva do encontro, que reuniu mais de 1,6 mil profissionais, entre eles 536 compradores de 28 países. Ao todo foram realizadas cerca de 26 mil reuniões de 15 minutos nos 449 estandes do evento. A comitiva brasileira contou com a participação da Abreutur, AIT Operadora, CT Operadora, CVC, Flot, Flytour, Gratur, Interpoint, New IT Club, Orion, Personal Brasil, Schultz e Tam Viagens. O número de empresas convidadas pelo Destination Canada foi bem maior em relação ao ano passado, fruto de um maior incentivo do órgão de promoção em mercados internacionais estratégicos. “Para nós o saldo foi positivo. Melhoramos contratos com operadores que já trabalhamos e, com o aumento no número de sellers, tivemos acesso a outras representações de destinos, como é o caso de Yukon (extremo noroeste do Canadá), que começamos a trabalhar agora”, opiniou Tatiane Vidal, da New IT Club, do Rio de Janeiro. Elogios também de Luca Souza, da Abreutur, e Karla Haimenis, da AIT Operadora, que sentiram na pele a receptividade dos expositores e a boa infraestrutura da feira. “Encontrei novidades que vão muito ao encontro das tendências que estamos percebendo no Brasil. São tours diferenciados, como passeios de bicicleta, visitas a microcervejarias e food trucks, entre outros. A feira é muito profissional e produtiva. É uma aposta certa para os operadores”, cravou o diretor da Flot Viagens, Tiago Barbosa. “A agenda de reuniões, toda pré-organizada, com horário estipulado, funcionou muito bem. O app da feira era funcional e fácil de usar e continha todas informações relevantes do evento, incluindo a agenda. Os pré e pós-tours que participei possibilitaram também viver e conhecer in loco cada região. Essa experiência complementa e auxilia na elaboração de roteiros e dicas do produto e na venda de Canadá como um todo”, completou Leonardo Barbosa, da Orion. A próxima edição do Rendez Vous Canada acontece em Calgary, na província de Alberta, entre 9 de 12 de maio de 2017.p --- O Jornal PANROTAS viajou a convite do Destination Canada

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Emmanuelle Legaut, vice-presidente internacional do Destination Canada, e Sheila Nassar, diretora da Vertebratta, representante do destino no Brasil

UMA PESQUISA DIVULGADA DURANTE A EDIÇÃO 2016 DO RENDEZ VOUS CANADA MOSTROU UM panorama fora de qualquer prognóstico para o mercado brasileiro. Segundo o Destination Canada, principal órgão de promoção do país, o Brasil tem a possibilidade de enviar quatro milhões de turistas ao Canadá em 2020. Isso mesmo. O número é ousado e exige não só esforço de vendas, como também uma série de outras ações por parte do governo local e da iniciativa privada. A diretora da Vertebratta, Sheila Nassar, trouxe ainda a informação de que 1,2 milhão de brasileiros têm a intenção de visitar o Canadá até 2018. A abertura de mercado anima a dirigente, mesmo

em um ano complicado como 2016. "O diagnóstico é difícil este ano, por conta de tudo o que está se passando no Brasil. A flutuação do dólar está sendo muito nociva neste momento. De qualquer forma, estamos empolgados com o restante do ano e carregamos a meta mínima de crescer 7,5%. Em paralelo, vamos mudar a nossa estratégia para alcançar os millennials, que foram muito citados na pesquisa. Da nossa parte, o desafio está em como alcançar esses jovens, o futuro grande público para nós. Eles não consomem a mídia tradicional e apenas flutuam pelas redes sociais, portanto teremos de inovar sempre. Não há espaço para repetir fórmulas do passado", ressaltou Sheila.

VISTOS: PROBLEMAS E

Vale ressaltar que, no ano passado, o Canadá recebeu 112 mil brasileiros, um crescimento de 13,1%, se comparado com 2014. O número representou uma entrada de 232 milhões de dólares canadenses na economia local, gerando um gasto médio de 2.071 dólares canadenses por brasileiro. Para chegar aos quatro milhões em 2020, apenas se houver uma combinação de resultados extraordinários e ações certeiras. Não há margem de erro e muito espaço para inspiração, por isso o desafio é encarado apenas como uma "possibilidade". "Vamos correr atrás, mas sabemos que não será nada fácil. Há uma série de coisas que precisam dar certo no Brasil e no Canadá, ou seja, trabalho não falta", completou a dirigente.p

IND EFINI Ç Ã O

ENQUANTO O GOVERNO LOCAL EXIBE PROJETOS E CAMPANHAS DE INCENTIVO A MERCADOS ESTRATÉGICOS, UMA

mudança de postura no Consulado Geral do Canadá no Brasil está gerando problemas para as vendas já confirmadas pelos profissionais. O grande entrave é o prazo de emissão do documento, que antes poderia ser retirado em até sete dias, e que agora sai, em muitos casos, em 17 ou até 20 dias. Há relatos de solicitações que levaram quase um mês para serem concluídas. A reclamação dos brasileiros foi generalizada durante o encontro. Outro problema é a implementação da Autorização Eletrônica de Viagens (ETA, na sigla em inglês) para alguns países (incluindo o Brasil), prometida para março deste ano e que não ocorreu ainda - e não há definição de

O CEO do Destination Canada, David Goldstein, durante coletiva de imprensa

data. Ao ser questionado sobre o tema, o CEO da Destination Canada, David Goldstein, foi breve na argumentação. "É um processo que não cabe apenas

ao Destination Canada, e sim ao governo canadense. Não tenho uma data para informar, mas acredito que esteja tudo pronto em 2017", afirmou ele.p > Continua na pág. 24

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Flashes

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Rendez Vous Canada

< Continuação da pág. 23

1 Ana Carolina e Sheila Nassar, da Vertebratta 2 Leonardo Barbosa, da Orion Operadora 3 Tatiane Souza (New IT), Luca Souza (Abreutur) e Bruna Castro (Gratur)

4 Fabiano Camargo, da CT Operadora, Magda Nassar, da Braztoa, e Frederico Levy, da Interpoint 5 Saulo Reis Jr., da Schultz 6 José Guilherme Campos, da CVC 7 Tatiane Souza, da New IT Club 8 Tiago Barbosa, da Flot 9 Luiza Leopoldo, da Flytour, Karla Haimenis, da AIT, e Bruna Castro, da Gratur 10 Pedro Falcón, da Personal Brasil

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Destinos

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>> Danilo Teixeira, Karina Cedeño, Renê Castro e Rodrigo Vieira

Linha de frente AFASTAR BOATOS, REVELAR POTENCIALIDADES E GARANTIR A EXISTÊNCIA DE CONSUmidores ávidos por viagens — desde que sejam impactados pelo produto adequado. Este foi o objetivo da comitiva formada pela PANROTAS, capitaneada pelo presidente da editora, Guillermo Alcorta, ao visitar, no último dia 3, o Consulado Geral de Portugal em São Paulo. Auxiliado pelo diretor executivo, José Guilherme Alcorta, e pela diretora de Marketing, Heloisa Prass, Alcorta apresentou sua empresa a 37 empresas portuguesas que visitaram o Brasil para participar da Travelweek. Com números e pesquisas atualizados, a editora não só destacou sua história de 42 anos, mas mostrou aos visitantes estrangeiros que o Brasil é, sim, um país que merece crédito, apesar do momento instável que vive. A presidente da Braztoa, Magda Nassar, também foi convidada para apresentar os números conquistados pelos associados no ano passado. Em um dos trechos de sua apresentação, Heloisa Prass revelou levantamento feito pelo Guia PANROTAS, destacando que Lisboa representa quase 23% de toda a oferta semanal de voos do Brasil rumo à Europa. São mais de 16 mil assentos/semana. Fora isso, 80% das vendas de serviços turísticos são feitas via empresas do setor. “Essa é a importância de ter como parceiro um veículo que atende todo o Brasil e é especializado no segmento. São 24 anos de impressão semanal do Jornal PANROTAS e 16 anos de atuação no meio web, por meio do Portal PANROTAS . Fora isso, produzimos 15 especiais por ano”, exemplificou ela.

Guillermo Alcorta (PANROTAS), Magda Nassar (Braztoa), Paulo Lopes Lourenço (cônsul de Portugal) e Edmar Bull (Abav Nacional)

MAIS DADOS

Ao defender as operadoras, Magda Nassar afirmou que 90% dos pacotes de lazer vendidos no território nacional, seja pelo próprio Brasil ou para o Exterior, são intermediados pelas 68 associadas Braztoa. “No ano passado, faturamos R$ 11 bilhões, transportando cinco milhões de pessoas. Este número consolidado é 7% menor que o conquistado em 2014, mas, vale ressaltar que, apesar da queda, o gasto médio do brasileiro em viagens internacionais cresceu 29%. É por esse e outros motivos que acreditamos que o Brasil está sabendo lidar com a crise e

A diretora de Marketing da PANROTAS, Heloisa Prass, conduziu a apresentação da editora

sabe que ela está chegando ao fim. Teremos um segundo semestre de reestruturação e recuperação, sem dúvida”, apostou. E para que os números de Portugal fiquem no positivo em 2016, a presidente da Braztoa pediu investimentos. “Por que o Canadá, por exemplo, está crescendo no Brasil mesmo em ano de crise? Porque os representantes do destino estão por aqui, fazem eventos e acreditam no setor. Façam o mesmo e tenho certeza que os resultados serão satisfatórios. Portugal tem a vantagem do idioma e também da não exigência do visto.”

LUSO-BRASILEIRO O cônsul Paulo Lopes Lourenço destacou a parceria entre Brasil e Portugal nos últimos anos

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O cônsul geral de Portugal em São Paulo, Paulo Lopes Lourenço, apro-

veitou a oportunidade para dar outro dado interessante aos participantes: nos últimos cinco anos, 40 mil brasileiros solicitaram e conseguiram a cidadania portuguesa. Só no consulado em São Paulo, são formalizados 800 novos cidadãos portugueses por mês. “Brasil e Portugal se conhecem há mais de 500 anos, mas só agora estão começando a se relacionar, digamos assim. Muita coisa mudou nos dois países nos últimos 20 anos, e isso fez com que brasileiros e portugueses se procurassem cada vez mais”, acrescentou Lourenço. Confira na próxima edição e como foi a participação de Portugal na Travelweek e outros detalhes sobre este encontro no Portal PANROTAS.p

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SurFACE

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Reforço

Simone Araújo faz parte agora da equipe comercial da PANROTAS nos Estados Unidos. A executiva, junto com Helene Chalvire, cuidará do relacionamento e das vendas dos produtos da editora no mercado norte-americano. Simone se reportará diretamente à diretora internacional da PANROTAS, Marianna Alcorta. "Foi uma grande honra receber o convite da PANROTAS para representá-la na América do Norte e Caribe. Tenho a certeza de que estes 25 anos de relacionamento desenvolvidos com o mercado irão contribuir para a empresa líder em informações dedicadas ao Turismo. Estou muito feliz com este novo desafio, agora vou estar do outro lado, um lado que sempre me seduziu", disse Simone, que atende por meio do e-mail saraujo@panrotas.com.br e o celular 321 315-9936.

Mudança

Patrick Yvars não faz mais parte do quadro de colaboradores da Disney. O executivo deixou a Disney Destinations, onde atuava desde março de 2004, para assumir a diretoria do Visit Orlando para América Latina. Segundo fontes do Portal PANROTAS, Yvars começa em seu novo desafio no dia 16.

Apoio político

Na semana passada, o CEO do Grupo Trend, Luis Paulo Luppa (foto), comentou o panorama atual do Turismo e lançou sua opinião sobre alguns temas. O executivo não poupou elogios a Marco Ferraz e fez lobby para que o presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Abremar Brasil) fosse a cara do segmento no setor político: “é a melhor pessoa que representa o Turismo”. Para Luppa, o Turismo brasileiro precisa se unir para evitar derrotas políticas, como foi com a Lei de Remessas ao Exterior, que taxava empresas do ramo em até 33%. “Se nós tivéssemos humildade, nos reuniríamos e acabaríamos com as 637 associações do Turismo e criaríamos uma associação com todo mundo unido em uma só direção”, afirma. A saída, para o mandatário do Grupo Trend, seria colocar Marco Ferraz em Brasília, como representante do segmento. “Nós temos que fazer [o Marco Ferraz] deputado federal, temos que fazer senador, nós temos que fazer alguma coisa”, sugere. Elogios não faltaram por parte de Luppa: “Ele tem uma experiência associativa muito legal, tem preparo, tem técnica, tem carisma e tem competência”.

Vingança

No comando

Renê Hermann, da Costa Cruzeiros, iniciou oficialmente em 1o de maio o mandato como presidente do conselho da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Abremar Brasil). O dirigente foi eleito pelo sistema de rodízio entre as armadoras mantenedoras e substitui o diretor geral da MSC para a América do Sul, Roberto Fusaro. O profissional assume o posto com otimismo, ainda que o cenário da indústria marítima não seja dos mais favoráveis. Ele acredita que as empresas serão responsáveis pela movimentação de cerca de um milhão de hóspedes nas próximas temporadas. “Vamos seguir buscando a redução dos custos operacionais e a diminuição nos valores das taxas e dos impostos cobrados às companhias marítimas que atuam e que pretendem operar no País. Continuaremos lutando por uma melhor infraestrutura portuária, incentivando o diálogo e comprometimento do governo em todas as esferas — municipal, estadual e federal”, discursou.

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O Reclame Aqui resolveu se “vingar” de três empresas com o maior número de reclamações registradas no site. A ação, batizada de “Jantar da Vingança”, mostrou a reação dos diretores das empresas diante do mau atendimento e do descaso dos funcionários em suas solicitações. No fim do vídeo, em vez da conta, os executivos foram surpreendidos com um cartão. “Você se sentiu desrespeitado? (22.015), (64.806) e (34.466) consumidores da sua empresa também se sentem assim”. Os nomes das empresas e a identidade dos executivos que caíram na “pegadinha” foram preservados pelo Reclame Aqui. O vídeo já tem mais de sete milhões de visualizações e gerou muitos comentários nas redes sociais.

Ponto a ponto  A Tam anunciou o fim da rota Brasília-Miami a partir de 1o de setembro  Orlando superou a marca de 66 milhões de visitantes em 2015  Cuba recebeu cerca de 100 mil americanos nos últimos quatro meses

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Investimento

O presidente do Grupo Schultz, Aroldo Schultz, afirmou ter investido R$ 5 milhões em um novo site. O espaço virtual estava sendo projetado há dois anos e tem como uma das principais novidades a opção do viajante montar o próprio pacote (aéreo + hotel + carro). A venda é feita diretamente no site, e o sistema escolhe automaticamente um agente de viagens para tornar-se responsável pela venda. “Com crise ou sem crise nós não paramos de investir e de acreditar no que fazemos”, escreveu o empresário em sua página oficial no Facebook.

Na CTur

O deputado Herculano Passos (PSD-SP) foi eleito, por aclamação, presidente da Comissão de Turismo da Câmara, no último dia 3. O deputado é também o presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Turismo e assume o lugar do deputado Alex Manente (PSB-SP) à frente da CTur.

Liderança global

O conselho de diretores da Air France-KLM revelou o nome de Jean-Marc Janaillac como presidente e diretor executivo do grupo após a saída de Alexandre de Juniac do posto mais alto, em 31 de julho deste ano. Jean-Marc Janaillac atuou como diretor executivo e presidente da Transdev, empresa internacional de transporte comandada pela Veolia e French Caísse dês Dépôts. No currículo, passagens pelo grupo de turismo Maeva e pela extinta companhia aérea AOM.

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