Jornal PANROTAS 1220

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www.panrotas.com.br OASIS OF THE SEAS

R$ 11,00 - Ano 24 - nº 1.220 1o a 7 de junho de 2016

QUANTUM OF THE SEAS

+ Central Park Aqua Theater Boardwalk

= Wonderland Bionic bar Wi-fi em alta velocidade

Royal Caribbean apresenta o Harmony of The Seas, o novo gigante dos mares. Conheça todos os diferenciais da embarcação e entenda alguns dos motivos que fazem da companhia uma das referências da indústria > Páginas 14 a 16

OF THE SEAS


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1o a 7 junho de 2016 JORNAL PANROTAS

Check-IN

Agências de viagens do Rio de Janeiro A Abav-RJ realizou pesquisa com 116 agências de viagens para saber o perfil e hábitos dessas associadas.

LEIA NESTA EDIÇÃO

38,79% dos respondentes são agências de viagens 24,14% são agências de viagens com frota própria 25% operadoras

Páginas 04 a 08 Destination Brazil substitui BNTM com sucesso em Porto de Galinhas (PE)

Páginas 09 a 12 Trenz reúne compradores de todo o mundo na Nova Zelândia

Páginas 18 e 19 BNT Mercosul (SC) repudia rótulo de evento regional

Página 25 Aeroporto do Galeão (RJ) melhora infraestrutura com inaugurações

Com esta edição circula o Anuário de Cruzeiros Marítimos e Fluviais 2016/2017

34% de citações

74,14%

6%, e viagens de intercâmbio, com 18%,

Câmbio em agências de viagens, com Destinos internacionais

56%

Páginas 20 e 21 Maksoud Plaza (SP) investe em rejuvenescimento e eventos Páginas 23 e 24 Barra da Tijuca no “Rio que você precisa conhecer”

Os nichos ecoturismo, terceira idade e aventura ficaram, cada um, com cerca de

Destinos nacionais são os produtos mais comercializados nas agências, com

são os dois produtos menos populares

Fonte: Abav m- RJ

Cruzeiros marítimos

40,52%

E d i t o r i a l > Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br

Ainda não aprendemos A sair do discurso e colocar em prática o que discursamos. A fazer as ideias corresponderem aos fatos. Ainda mais em época de crise, a união é enfraquecida pelas necessidades imediatas, até pela sobrevivência, que fazem alguns negarem três vezes conhecer o acusado ou refutar evidências cabais, seja por forma de gravações, depoimentos ou atos falhos. Enfim, no Turismo, onde a concorrência cria braços e ramificações antes impensadas a cada dia, o vale tudo

ou o salve-se quem puder são grandes tentações. Pactos de ética, de arrumar a casa ou de investir na profissionalização esbarram no copo meio vazio. Entidades temem criticar o governo e serem retaliadas. Outras temem perder expositores em sua feira. Mas não olham para os associados, que minguam, que saem, que não se conectam. Há ainda os que sempre querem estar bem com todos, mesmo que entre esse “todos” estejam ervas daninhas, caciques que já não apitam

mais, suspeitos por décadas a fio. O Brasil está mudando, mas não muda. Pelo contrário. Aprofunda seus defeitos e erros. A mudança talvez seja mais eficaz começando do detalhe em direção ao todo. Do nicho, dos segmentos, das empresas para os governos. Saberemos cobrar bem quando começarmos a cobrar mais, falar mais, sem amarras e medos, com justificativas e embasamentos. Afinal, o bem do Turismo é o bem do País. Nisso concordamos?


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1o a 7 junho de 2016 JORNAL PANROTAS

Expediente PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta DIRETOR EXECUTIVO José Guilherme Condomí Alcorta DIRETORA INTERNACIONAL Marianna C. Alcorta DIRETORA DE MARKETING Heloísa Prass

S

E U Q A DEST >

DIRETOR DE TI Ricardo Jun Iti Tsugawa

DO PORTAL

PANROTAS

19/5 a 25/5

1 Embraer apresenta avião com teto solar – em 19/5

2 Web Viagens fecha e gera protesto

REDAÇÃO Editor-chefe: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) Editor: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Editor Rio de Janeiro: Diego Verticchio (diego@

em SP – em 23/5

3 Conheça a cidade holandesa onde não há ruas – em 20/5

panrotas.com.br) Coordenador: Danilo Alves Reportagens: Henrique Santiago, Rodrigo Vieira, Karina Cedeño, Rafael Faustino, Renato Machado, Fernanda Cordeiro (estagiária) e Roberta Queiroz (estagiária) Fotógrafos: Emerson de Souza e Marluce Balbino MARKETING Assistente: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves PRODUÇÃO Gerente de Produção: Newton dos Santos (newton@panrotas.com.br) Diagramação e tratamento de imagens: Kátia Alessandra, Pedro Moreno e Thalya Brito Projeto Gráfico: Graph-In Comunicações COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) EXECUTIVO SÊNIOR DE RP Antonio Jorge Filho (jorge@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) New Cast Publicidade Ltda SRTVS - QD 701 - BL. k - Sala 624 Ed. Embassy Tower - Cep: 70340-908 | Tel : (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (sblara@seasoneventos.tur.br) Season Turismo e Marketing e Esportes Ltda R. Gal. Severiano, 40/613 - Botafogo | Cep: 22290-040 - Rio de Janeiro - RJ Tel: (21) 2529-2415 / 8873-2415 ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner O Jornal PANROTAS é vendido somente por assinatura. Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Lis Gráfica e Editora Ltda. (Guarulhos/SP)

PARCEIRAS ESTRATÉGICAS

MEDIA PARTNER

LACTE 11 LATIN AMERICAN CORPORATE TRAVEL & Events E XPERIENCE

ASSOCIAÇÕES

4 “Crise sem precedente” faz Web Viagens fechar as portas – em 23/5

5 Arca de Noé chegará ao Brasil na

Olimpíada – em 20/5

6 CVC passa a vender intercâmbio do Ronaldo em Orlando – em 19/5

7 Vídeo: cliente é expulso da sede da Web Viagens – em 24/5

8 Diretora da Web Viagens rebate acusações – em 23/5

9 Christiano Oliveira é novo “número 1” da Flytour Gapnet – em 24/5

10 Aérea lança tênis para guiar

nos destinos – em 19/5

11 Agentes relatam prejuízos com a WT Tours Operadora – em 24/5

12 Fumante obriga Lufthansa a fazer pouso forçado – em 24/5

13 Agir como líder, e não como “patrão”, inspira funcionários – em 23/5

14 Dufry terá megastore no Terminal 2 do GRU Airport – em 19/5

15 Disney divulga data da inauguração da área de Frozen – em 23/5


04 Eventos

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> Antonio Roberto Rocha e Emerson de Souza

Destino

promissor

Camilo Simões, secretário de Turismo de Recife; Nelson Pelegrino, presidente da CTI Nordeste; Marcos Tiburtius, presidente da Associação de Hotéis de Porto de Galinhas (AHPG), Felipe Carreras, secretário de Turismo de Pernambuco; Henrique Eduardo Alves, ministro do Turismo; Paulo Câmara, governador de Pernambuco; Carlos Santana, prefeito de Ipojuca; e Simone Santana, deputada estadual e primeira dama de Ipojuca

A DESTINATION BRAZIL TRAVEL MART, REALIZADA NA SEMANA PASSADA (QUARTA E QUINTAfeira), em Porto de Galinhas (PE), foi quase uma continuação da antiga Brazilian National Tourism Mart (BNTM), realizada durante 22 anos, consecutivamente, em várias cidades do Nordeste. Com estrutura mais compacta e bem organizada — dos transfers aos agendamentos das rodadas de negócio —, pelo visto passou no teste inicial. Os modelos e as siglas até se parecem, porém há diferenças sutis. Uma delas foi a inclusão das capa-

Henrique Alves, ministro do Turismo

citações na Destination, que mostraram aos operadores nacionais e internacionais nichos alternativos de mercado do Nordeste. Do cultural ao LGBT, passando pelo Turismo de aventura, de luxo e de negócios. As rodadas de negócios, quando fornecedores (90% foram de hoteleiros) recebem os operadores internacionais e nacionais convidados, e que são, na verdade, o propósito do evento, foram mantidas no novo evento. Funcionaram bem, apesar de terem se realizado em dois salões distintos, o que ge-

Felipe Carreras, secretário de Turismo de Pernambuco

rou pequenos atrasos. Cada encontro foi estipulado em 15 minutos. O que necessita reformatação na Destination Brazil, decididamente,

é o Salão dos Estados do Nordeste, que desde as últimas BNTM já se mostrava pouco movimentado e obsoleto. Os nove Estados da região precisam se mostrar institucionalmente, mas é preciso mudar o feitio. Reinventar a fórmula. Os estandes, estéticos porém estáticos, e quase sempre vazios, precisam dar lugar a um espaço mais dinâmico, que potencialize realmente a imagem do Nordeste. Os custos desta edição, para cada Estado, variaram de R$ 20 mil a R$ 40 mil. Maranhão e Sergipe alegaram problemas de caixa e não integraram o salão, desfalcando a região, lamentavelmente. E há risco de inadimplência em relação aos outros Estados, muitos dos quais ainda devem a feiras realizadas no ano passado. p

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PRÓXIMO EVENTO SERÁ NA BAHIA A SEGUNDA DESTINATION BRAZIL SERÁ REALIZADA NA BAHIA. A PRINCÍPIO, O presidente da CTI Nordeste e secretário de Turismo da Bahia, o ex-deputado federal Nelson Pelegrino, afirmou que o evento seria em Salvador. No final da feira, porém, depois de o Governo da Bahia ter desaprovado os custos com uma festa de encerramento, que foi cancelada, Pelegrino comentou que a Costa do Sauípe e a Praia do Forte também podem abrigar o evento, que se realizará em abril ou maio. “Manteremos o formato da Destination Brazil de Porto de Galinhas, que foi um sucesso. O caminho é esse: programação em dois dias, contemplando qualificação, rodadas de negócios e pós-tour. Precisamos é de uma interação ainda maior com a Embratur", comenta o presidente da CTI Nordeste. A maior participação dos buyers foi de Pernambuco (32%), seguido da Bahia (15%), Rio de Janeiro (11%) e Ceará (10%). Os operadores nacionais, na verdade, representaram quase a metade dos compradores presentes. Do Exterior, o país que mais

Otaviano Maroja, presidente do Porto de Galinhas CVB, e Marcos Tiburtius, presidente da Associação de Hotéis de Porto de Galinhas

enviou operadores foi a Argentina. Da Europa, a Itália foi a mais participativa, seguida da Espanha, de Portugal e da França. Outros países que também marcaram presença na Destination Brazil, com buyers , foram Canadá, Rússia, Estados Unidos e Uruguai.

A PANROTAS distribuiu na feira um Encarte Especial do Jornal PANROTAS , com os destaques dos nove Estados do Nordeste, em inglês. A mesma publicação, em português, foi distribuída aos assinantes do Jornal PANROTAS na semana passada. p --- O Jornal PANROTAS viajou a convite da Destination Brazil

BANCODEDADOS DESTINATION BRAZIL 2016:

ll 179 buyers

– operadores de turismo nacionais e internacionais ll 261 suppliers – fornecedores de meios de hospedagem, receptivo e demais serviços

Feira mostrou potencial de negócios e deve ser incrementada em 2017

Denise Helena, do Cana Brava All Inclusive Resort, e Marie Noelle, da Loti Voyages, da França

ll 3.269

– agendas nas rodadas de negócios ll 93 – é o numero de jornalistas ll 831 – participantes ll 21 – países Fonte: Destination Brazil

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MINIST R O P R E S EN T E A ABERTURA DA DESTI- virou as recentes nomeações ministeriais. NATION BRAZIL TRAVEL Se Alves reclamou, Carreras comemorou. O MART FOI, PELO MENOS secretário de Turismo de Pernambuco disse teoricamente, o ponto alto do evento. Além do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, e do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (que era o secretário de Turismo de Pernambuco quando Porto de Galinhas sediou a BNTM, em 2010), estiveram presentes os secretários de Turismo de Pernambuco, Felipe Carreras; de Recife, Camilo Simões; e de Ipojuca, Rui Xavier. As duas entidades de classe que organizaram o evento estavam representadas por seus presidentes: Marcos Tiburtius (Associação de Hotéis de Porto de Galinhas) e Otaviano Maroja (Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau). Foram estas duas entidades, com auxílio do Ministério do Turismo, governo de Pernambuco e prefeituras de Ipojuca e Recife, que viabilizaram a Destination Brazil, que atraiu apenas duas aéreas: Tap e Gol. Além de não ter participado do evento, a Latam sequer foi lembrada na Destination Brazil. A "novela" do hub no Nordeste, que teve capítulos atraentes no ano passado, mas que parece adormecida este ano, não gera mais disputas entre Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Os próprios gestores de Turismo dos três Estados se mostram desanimados. A conjuntura econômica do País e a redução da malha da Latam sugerem que o centro de conectividade de voos no Nordeste, se vier, será no médio prazo. Houve dois momentos distintos nos discursos na solenidade de abertura. Um de reclamações, a cargo do ministro do Turismo, que revelou que a pasta é a penúltima em orçamento da Esplanada. Ele mais uma vez lembrou que voltou ao Turismo porque pediu ao presidente em exercício Michel Temer, que havia reservado outro ministério para ele em meio ao tabuleiro de xadrez que

que o hub da Azul liga Recife, atualmente, a todos os outros oito Estados do Nordeste. Ao contrário das demais capitais da região, Recife não teriá sofrido com a redução dos voos por parte das companhias aéreas. "Pelo contrário. Se antes atendíamos 24 cidades, agora estamos voando para 34 destinos com voos diretos", celebrou Carreras.p

Felipe Carreras, secretário de Turismo de Pernambuco, Henrique Alves, ministro do Turismo, e Paulo Câmara, governador de Pernambuco > Continua na pág. 08


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Flashes

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Destination Brazil 2016

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1 Gustavo Luck, da Luck Receptivo, e Marcos Tiburtius, presidente da Associação de Hotéis de Porto de Galinhas 2 Ana Rosa Luck e Juliana Luck, da Luck Receptivo, no Luau da Luck 3 Filipe, Guilherme e Gustavo Luck, da Luck, Marcos Tiburtius, da AHPG, e José Guilherme Alcorta, da PANROTAS 4 Guilherme Paulus, presidente da GJP Hotels & Resorts, com o governador Paulo Câmara 5 A baiana Lucicleide Nascimento, Henrique Alves, minitro do Turismo, Paulo Câmara, governador de Pernambuco e o secretário de Turismo, Felipe Carreras 6 Massimo Pellitteri, entre Valéria Gordilho e Sabrina Pellitteri, dos hotéis Armação e Kimbale 7 Henrique Alves com Mário Carvalho, diretor da Tap na América Latina 8 Ruth Avelino e Débora Luna, ambas da PBTur 9 Cinthya Marques, do MTur, entre Renata Toffoli e Pedro Gomes, do governo de Minas Gerais 10 Marcelo Tenório, Danielly Aguiar, Camila Camara e Gabriel Ribeiro, da Empetur 11 Rildo Silva e Claiton Armelin, da CVC 12 Danilo e Cristina Pedrosa, do Best Western Manibu 13 Lawrence Reinisch, da WTM Latin America, e Jeanine Pires, da Pires Associados 14 Juan Angel Gattar e Diego Diegues, da Gol 15 Do Ceará, Lívia Rolim e Lívia Holanda

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09 Eventos

1º a 7 de junho de 2016 JORNAL PANROTAS

> Henrique Santiago, de Rotorua (Nova Zelândia)

Imediato e a longo prazo

O QUE FAZ PROFISSIONAIS DE DIVERSAS PARTES DO MUNDO, EM ESPECIAL DO BRASIL,

viajar mais de 12 mil quilômetros para acompanhar uma feira na Nova Zelândia? A resposta: maior oportunidade de negócios. A edição deste ano da Trenz, como manda o roteiro, aconteceu pela segunda e última vez, de 10 a 13 de maio, na cidade de Rotorua, a 228 quilômetros da capital Auckland, carregando a alcunha e a responsabilidade de ser o maior evento de promoção turística do país. Ao longo de três dias, o Energy Events Centre recebeu cerca de 700 profissionais, entre fornecedores e compradores e cerca de 19 mil reuniões pré-agendadas de 15 minutos cada. E uma modesta comitiva de quatro operadores brasileiros. À parte da exibição, as entidades responsáveis pelo setor comemoraram os números mais recentes da Nova Zelândia. Entre março de 2015 e deste ano, o país oceânico recebeu 3,1 milhões de visitantes internacionais. Mas o que mais importa, de acordo com as diretrizes do plano Tourism 2025, é a alta em receita. Segundo dados, o país totalizou 28,5 bilhões de dólares neozelandeses (cerca de US$ 19,3 bilhões ou R$ 73 bilhões) nos últimos 12 meses. Mas a meta é alcançar 41 bilhões de dólares neozelandeses (ou US$ 28 bilhões) até 2025. Embora os fatores econômicos sejam favoráveis, o diretor executivo da

Chris Roberts, da Tourism Industry Association New Zealand

Tourism Industry Association New Zealand, Chris Roberts, destacou dois pontos nos quais o destino precisa melhorar. “Precisamos investir mais em infraestrutura. Na alta temporada de verão, o número de visitantes internacionais é de seis para 100 turistas. Em toda temporada, são dois para cada 100”, discursou, mostrando a força do doméstico e sugerindo melhoras em conectivi-

Marco Levy, da Interpoint, Giancarlo Valias, da Venturas, Karem Basulto, da Tourism New Zealand no Brasil, Danilo Rondinelli, da Terramundi, e Danielle Andreazzi, da Primetour

dade aérea com a criação de novas rotas e a construção de novos hotéis para abrigar estrangeiros. Ou seja, com mais infraestrutura adequada, ele acredita que os visitantes de fora aumentarão. Mesmo ao garantir alto índice de satisfação, embora os números não tenham sido revelados, Roberts assinalou que a segunda melhoria imediata deve ser na sustentabilidade. “Temos que mostrar nosso

Evento teve 19 mil reuniões

comprometimento com o futuro e com as fontes que utilizamos para operar. A sustentabilidade tem de ser um ponto genuíno para nós. Tem de ser um crescimento econômico, cultural, social e ambiental”, avaliou.

E O BRASIL?

Auckland? Nada disso. O paraíso para os brasileiros é Queenstown, no lado sul da ilha. Mas o destino

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não se destaca apenas pela aventura e neve nas montanhas, como também pela moradia e trabalho. De acordo com números não oficiais, há atualmente uma pequena colônia de cerca de três mil residentes do Brasil de uma população de mais de 13 mil. Classificado por Roberts como uma “Aspen” neozelandesa, o destino de neve atrai jovens brasileiros que utilizam o visto temporário para fazer sua vida lá. E isso, logicamente, significa oportunidades. De acordo com o diretor executivo, o possível incremento se dá pela visita de familiares que procuram passar alguns dias ou até mesmo as férias em Queenstown. O escritório projeta a chegada de quatro milhões de estrangeiros até 2020 e cinco milhões até 2025. Para o Brasil, Roberts destaca a possibilidade remota de chegar aos mais de 20 até o fim do plano, com até 50 mil visitantes. A inauguração em dezembro passado do voo de Auckland para Buenos Aires é um dos facilitadores de maior aproximação. Campanhas de divulgação da rota no País estão programadas para acontecer neste ano. “Nós somos um destino para viajantes mais sofisticados. Temos tantas opções, desde esqui, a praias e cidades cosmopolitas. Nada aqui [na Nova Zelândia] está muito distante”, concluiu. Enquanto o Brasil caminha a pas-

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1º a 7 de junho de 2016 JORNAL PANROTAS

Michael Bird, do Ministério de Negócios, Inovação e Emprego da Nova Zelândia

sos menos ágeis, a Nova Zelândia encontra na China a “mina de ouro”. De acordo com a previsão do Ministério de Negócios, Investimento e Emprego, os asiáticos irão ultrapassar a Austrália em gastos nos próximos dois anos. Em 2022, as cifras chinesas chegarão a cinco bilhões de dólares neozelandeses, quase um terço dos 16 bilhões aguardados para o mercado internacional. Por outro lado, a

vizinha Austrália responderá a exatamente um terço dos visitantes internacionais, com 1,5 milhão de um total de 4,5 milhões. Categorizado no grupo “outros”, o Brasil integra a seleção de países emergentes, ao lado de nações como Argentina, Indonésia e Tailândia. Esta categoria, estima-se, será responsável pela chegada de 894 mil visitantes e 3,1 bilhões de dólares neozelandês (ou US$ 2 bi-

lhões) nos cofres do país até 2022. O diretor executivo da Air New Zealand, Christopher Luxon, bem como Roberts, reforçam que o brasileiro terá a opção de Buenos Aires para chegar ao país em um voo direto. Qualquer esperança de voo sem escalas a partir do Brasil está descartada no curto prazo. Por outro lado, a capital argentina terá o Boeing 787-9 Dreamliner no lugar do B777-200ER no fim de outubro e uma quarta frequência sazonal de dezembro a fevereiro. Luxon garante que a presença de brasileiros no novo voo tem sido uma constante. Segundo ele, a popularização do rúgbi no País tem ajudado a preencher mais assentos na rota. “Há crise no Brasil, na China e na Europa. Mas isso não é um motivo pelo qual não podemos construir negócios. A oportunidade brasileira é que temos de criar demanda [para depois pensar em um serviço direto]”, disse. Para o gerente geral de Provas, Monitoramento e Governança do Ministério de Negócios, Inovação e Emprego da Nova Zelândia, Michael Bird, a abertura, há dois anos, de escritórios no Brasil e na Indonésia será o propulsor do Turismo do país. Ele, no entanto, não consegue traçar expectativas para o mercado brasileiro. “A Indonésia é resultado de uma combinação da aproximação [geográfica] com a Nova Zelândia e o elemento de alta do mercado asiático. No Brasil ainda estamos nos ‘primeiros dias’. É um caminho longo”, assinalou. Enquanto o Brasil evolui à sua maneira, a Trenz se prepara para retornar nos próximos dois anos a Auckland. Até lá, espera-se que o País passe de oportunidade para realidade. p


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1º a 7 de junho de 2016 JORNAL PANROTAS

PROCURA-SE LUXO E ENCONTROU-SE. COM NOVE COMPRADORES SUL-AMERICANOS, SENDO CINCO ARGENTINOS E QUATRO BRASILEIROS, A DELEGAÇÃO DO BRAsil foi representada por operadores reconhecidos pelo segmento de luxo. E não se decepcionaram. A Trenz abriu espaço para este nicho com uma rua exclusiva para fornecedores. Além da visita à feira neozelandesa, houve quem aproveitasse para estender a estada na Oceania e visitar a Australian Tourism Exchange (ATE), de 15 a 19 de maio. Confira abaixo o que mais surpreendeu o trade.

“Tenho procurado conhecer operadores locais. Tem sido bom para abrir o leque e procurar novas empresas para vender Nova Zelândia. Há muitos atrativos além do pacote fechado, como passeios de helicóptero, passeio na [escola Maori localizada em um vale repleto de géisers e águas termais] Te Puia, e esqui para iniciantes, por exemplo. É interessante trazer a opção de esquiar em julho e agosto em vez de ir para Argentina e Chile, que são destinos muito bons.” Marco Fabio Levy, da Interpoint

“Essa foi a segunda vez da empresa [na Trenz] e a minha primeira experiência. Com a nossa retomada de Nova Zelândia, nós viemos consolidar a operação. Como em outros destinos, não apenas trabalhamos os highlights. Queremos dar mais opções e experiências para o nosso cliente. A região de Milford Sound, por exemplo, é linda. Nunca vi nada igual na minha vida. E cruzeiros de uma noite no destino são uma ótima opção.” Giancarlo Valias, da Venturas

“A Primetour tem crescido muito no envio de turistas para o destino nos últimos três anos. Fiz reuniões com base no luxo e na experiência, como, por exemplo, hotéis e lodges que não são divulgados no Brasil. Uma surpresa foi o Hilton de Queenstown. Normalmente os hotéis são mais clássicos, mas esse é contemporâneo e moderno.” Danielle Andreazzi, da Primetour

“O nível de profissionalismo de uma feira madura impressiona. Eu vim procurar atividades diferentes para ir além do comum. Nós trabalhamos com soft adventure, então caiaque, caminhada e passeios de bicicleta de meio dia e um dia são interessantes. O leque de atividades é tão grande que o desafio é montar uma programação para o passageiro que não dispõe de muitos dias para viajar.” Danilo Rondinelli, da Terramundi > Continua na pág. 12


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O QUE ELES

1º a 7 de junho de 2016 JORNAL PANROTAS

O FE R EC EM

OS CORREDORES DO ENERGY EVENTS CENTRE ESTAVAM MOVIMENTADOS. DE 15 EM 15

minutos, compradores de todo mundo visitavam estandes para fazer negócio. Hotéis,

destinos, companhias aéreas, operadoras, entre tantos outros apresentavam aos profissionais suas novidades. Confira abaixo alguns dos principais expositores.

JUCY

ART DECO TRUST/NAPIER

Katrina van Djik

A empresa iniciou como locadora de carros. É mais do que comum ver carros verde e roxo com uma modelo pin-up na Nova Zelândia. Com mais de 3,5 mil veículos na frota, a Jucy decidiu expandir seu modelo de negócios e passou a oferecer cruzeiros em Queenstown em embarcações de luxo. Após isso, a companhia se aventurou no ramo da hotelaria com a abertura de um snooze em Auckland, hotel ideal para quem deseja um rápido descanso ou cochilo. Estadas mais longas também são aceitas. A próxima inauguração será perto do aeroporto de Christchurch, em um empreendimento que mistura quartos habituais com pods, uma espécie de cápsula-cama popular em países como China e Japão.p

Sally Jackson e Rebecca Ainsworth

Em 1931, a cidade de Napier foi atingida pelo maior terremoto da história da Nova Zelândia. O abalo de 7,8 graus causou 231 mortes e destruiu absolutamente tudo. Em apenas dois anos, as entidades políticas resolveram reconstruir o destino com base no estilo art deco [estilo surgido na década anterior que influenciou a moda, a arquitetura e o design]. Há cerca de 30 anos, o Turismo entrou na pauta. Napier realiza um festival vintage com desfiles de carros clássicos e promove passeios por regiões históricas, como a do desastre natural, entre outros atrativos.p

TE PUIA

PACIFIC TRAVEL PLANNERS

Sean Marsh O casal Cecilia Allende e Ezequiel Nunez

Única operadora a oferecer guias em português na feira, a Pacific Travel foi aberta por argentinos que encontraram no país a chance de iniciar o próprio negócio. Com 14 anos de atividade, a empresa voltada para o luxo também atua como receptivo e tem na Argentina e Espanha os maiores clientes. Mas o Brasil tem despontado aos poucos, a ponto de o casal ter o interesse de contratar um profissional no País. Além de Nova Zelândia e Austrália, outros destinos fortes em venda são ilhas Cook e Fiji, os quais todos contam como pacotes feitos sob medida.p

A escola de arte e ofício maori Te Puia tem uma localização privilegiada. Situado próximo a gêiseres e a águas terminais, o centro promove a tradição e a herança cultural do povo indígena local. Artesanato e escultura são alguns dos cursos oferecidos. Os cursos são oferecidos apenas para os maoris e podem durar de três a 50 anos. Cada estudante pode se dedicar a uma arte, somente. O espaço ainda abriga o pássaro kiwi, espécie rara encontrada apenas no país. Cultuado pelos locais, ganhará uma casa onde permitirá ao bicho uma vivência mais natural e a possibilidade de o visitante conhecer mais sua história. p --- O Jornal PANROTAS viajou a convite do Turismo da Nova Zelândia, com proteção GTA



14 Cruzeiros marítimos

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> Karina Cedeño, Southampton (Inglaterra)

O melhor de

dois mundos

A embarcação possui 362 metros de comprimento

NO PENÚLTIMO FINAL DE SEMANA DESTE MÊS, O MAIOR NAVIO DO MUNDO CHEGAVA AO PORTO de Southampton, no Reino Unido. O novíssimo Harmony of The Seas, da Royal Caribbean, ainda cheirava a tinta quando atracou, esbanjando 362 metros de comprimento e 227 mil toneladas. Um navio de peso, diga-se de passagem. Mas não é só o tamanho que surpreende: a embarcação é praticamente uma cidade e traz, em seus 18 deques (16 deles para hóspedes), sete bairros diferentes, sendo eles Central Park (área de lazer com lojas e restaurantes), Boardwalk (inspirado nos parques de diversão americanos instalados nos cais à beira-mar), Royal Promenade (com diversas opções de bares), área de piscinas e esportes, para crianças e jovens, fitness center & spa e área de entretenimento, todos eles com acesso a 24 elevadores. O transaltlântico tem capacidade para 5.479 passageiros em ocupação dupla, divididos em 2.747 cabines, sendo 266 externas, 524 internas, 1.768 com varanda, 717 com capacidade para até quatro hóspedes, 76 com varandas virtuais e 46 acessíveis. Ao todo são 2,1 mil tripulantes internacionais (46 deles brasileiros). Embora seja da mesma classe dos navios Oasis of the Seas e Allure of the Seas, o Harmony é ligeiramente

Os robôs-garçons no Bionic Bar

maior do que ambos, tanto na capacidade dos hóspedes (79 passageiros a mais) quanto no tamanho (33 centímetros maior), sendo ainda 20% mais eficiente do que os seus navios irmãos, devido a uma combinação de novas tecnologias de depuração, um casco redesenhado e um "sistema de bolha" exclusivo, que lhe permite deslizar mais suavemente através das ondas. Mas o maior diferencial do Harmony é unir o que há de melhor nas classes Oasis e Quantum. Da primeira, traz a divisão do ambiente em bairros temáticos, juntamente com o prático sistema de check-in mobile da classe Quantum, da qual também “importou” o Bionic Bar, a internet de alta velocidade e os restaurantes Jamie’s Oliver e Wonderland, que dividem espaço com o Starbucks e o bar flutuante Rising

Tide, ambos presentes na classe Oasis. Para chegar a toda essa grandiosidade, o gigante dos mares recebeu investimentos de US$ 1 bilhão e levou 32 meses para ficar pronto. Ele é o 25° da frota da Royal Caribbean e o terceiro da classe Oasis (que tem o próprio Oasis e o Allure), a preferida pelos brasileiros, segundo o VP da Royal Caribbean para a América Latina, Ricardo Amaral. “O Harmony of the Seas traz coisas que ninguém imagina que existiam em um navio de cruzeiro. O que as crianças sentem ao se divertirem nas atrações e a segurança que os pais têm durante a viagem faz com que o navio ofereça a melhor relação custo-benefício do mercado. O preço por sete noites a bordo do Harmony não tem paralelo no turismo e chega a ser até mais bara-


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O VP da Royal Caribeban para a América Latina, Ricardo Amaral, e o presidente e CEO da companhia, Michael Bayley

to do que uma viagem a Las Vegas”, ressaltou Amaral, lembrando que o novo navio aumentará em 6% o volume de vendas da companhia, junto com o Ovation of the Seas.

BRASILEIROS NA ROYAL Atualmente o Brasil é o quarto mercado mais importante para a Royal Caribbean, cujos navios chegam a ter 40% da ocupação representada por brasileiros em épocas como o Natal e o revéillon, de acordo com o presidente e CEO da companhia, Michael Bayley. “Mas, devido à instabilidade econômica e política pela qual o País passa, estamos analisando as condições para decidir se voltaremos ou não a ter cruzeiros na costa brasileira“, afirmou Bayley, destacando que a companhia tem dado preferência a mercados asiáticos, com destaque para a China, onde busca espaços para docas secas com o intuito de revitalizar o Legend of the Seas. Durante a inauguração do Harmony of the Seas, estiveram presentes mais de 100 agentes de viagens brasileiros, que puderam conhecer os diferenciais da embarcação. Ela ficará baseada no porto de Barcelona, Espanha, e fará 34 cruzeiros de sete noites no Mediterrâneo Ocidental, passando por diversas paisagens da Europa. Em novembro deste ano, navegará para Port Everglades, em Fort Lauderdale (Flórida), de onde passará a oferecer roteiros de sete noites pelo Caribe oriental e ocidental. p --- O Jornal PANROTAS viajou a convite da Royal Caribean com Seguro Assist Card > Continua na pág. 16

Jorge Jatobá (Pier Viagens), Edson Ruy e Ivana Ruy (ambos do Intercontinental Vitória)


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1o a 7 junho de 2016 JORNAL PANROTAS

DESTAQUES DO HARMONY OF THE SEAS • THE ULTIMATE ABSYSS

• VOOM

O maior tobogã aquático em alto-mar convida os hóspedes mais corajosos a encarar uma descida de dez andares, do deque 16 até a Boardwalk, no deque 6. Os dois escorregadores aquáticos estão a mais de 45 metros acima do nível do mar e irão disparar os viajantes a uma velocidade de 14 quilômetros por hora, em um percurso de 30 metros de extensão recheado de curvas.

Considerada a internet mais rápida em alto-mar, permite aos hóspedes o acesso a sites de streaming, serviços de chat e o compartilhamento de fotos e vídeos em redes sociais.

• WONDERLAND

Shows

O restaurante temático inspirado no livro “Alice no País das Maravilhas” é o primeiro de dois andares a bordo de um navio da frota. Introduzido pela primeira vez na classe Quantum, o espaço traz garçons vestidos de Chapeleiro Maluco e um menu cheio de truques, cujos pratos são revelados com a ajuda de um pincel mágico.

• 2.150 TONELADAS DE ÁGUA

The Wonderland

• CENTRAL PARK Um verdadeiro parque no centro do navio, que dispõe de 10.587 plantas reais, entre elas 48 videiras e 52 árvores, algumas com mais de seis metros de altura. Na área, também há restaurantes e cafés, espaços de relaxamento e um pé direito que ocupa alguns deques do navio.

• SHOWS Com destaque para o musical da Broadway Grease (Nos Tempos da Brilhantina), no Royal Theater, e os shows de mergulho e acrobacias do Aqua Theater. Tem também apresentação de patinação no gelo.

Em 23 piscinas, hidromassagens e simuladores de surfe (Flow Rider), sem contar o trio de toboáguas Perfect Storm e o parque aquático infantil Splashaway Bay.

• RISING TIDE

• BIONIC BAR

• VARIEDADE DE SUÍTES

Nele, os drinques são preparados por robôs, que atendem a pedidos feitos por meio de um tablet e também dançam ao som da música ambiente.

As suítes e cabines do Harmony têm amenidades e formatos exclusivos, e algumas têm vista para a Boardwalk, com direito a visão do Aqua Theater. p

O bar flutuante que se sobe e desce três deques, entre o Promenade e o Central Park.

BANCODEDADOS Curiosidades ll O transatlântico é cinco vezes maior que o Titanic (também lançado em Southampton), e seu comprimento ultrapassa em 43 metros a altura do Torre Eiffel. ll Em um cruzeiro de sete noites no navio, em média cinco mil dúzias de ovos frescos, 100 litros de sorvete de chocolate, 950 quilos de lagosta e 1,1 tonelada de salmão fresco são utilizados a bordo; ll 1,8 mil toneladas de água potável são consumidas a cada 24 horas; ll 50 toneladas de cubos de

Simulador de surfe Flow Rider

gelo são produzidas todos os dias; ll 11.252 obras de arte são destaques a bordo; ll Foram utilizados 90 blocos para construir Harmony of the Seas, cada um com um peso de aproximadamente 1,2 mil toneladas. ll Sua construção foi feita a partir de 500 mil peças individuais; ll Os estabilizadores do Harmony, maiores já construídos, têm dez metros de comprimento ll Os garçons-robôs do Bionic Bar conseguem produzir até dois drinques por minuto, em um total de mil drinques por dia.

p



18 Eventos

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> Danilo Alves, de Itajaí (SC)

Período de

desafios

Vista aérea de parte da 22a BNT, realizada em Itajaí (SC)

APESAR DO PERÍODO CONTURBADO POR QUE O PAÍS PASSA, A 22a EDIÇÃO DA BNT MERCOSUL

Os diretores e organizadores da BNT Mercosul, Geninho Góes e Jais Pasquini

conseguiu reunir mais de 5,9 mil profissionais e 385 empresas expositoras nos dias 20 e 21 de maio, em Itajaí (SC). Uma edição desafiadora, mas que veio repleta de mudanças. “Crise? Preferimos focar no trabalho. Não foi e não está sendo fácil organizar um evento do porte da BNT, mas graças ao apoio dos agentes de viagens e dos expositores, conseguimos fazer uma feira bonita”, disse o organizador da BNT Mercosul, Geninho Góes. Segundo ele, a crise econômica do Brasil não atrapalhou a realização da feira, mas ele acredita que se a situação do País estivesse melhor, os resultados poderiam ser diferentes. “Uma economia favorável certamente propiciaria números ainda maiores, com maior adesão

e clientes mais receptivos. Agora, é claro que trabalhamos muito mais, participamos de mais eventos, realizamos mais visitas aos nossos expositores e criamos novidades, como foi o caso do Business Center”, conta o empresário. “Nossa expectativa é continuar com o trabalho de qualidade, mantendo uma média de crescimento de 4% ao ano”. A BNT Mercosul, que foi realizada por quase 20 anos no Beto Carrero World e agora acontece no Centreventos de Itajaí, pode ter seu local alterado pela terceira vez. “Encontramos aqui uma sede que abriga grande número de expositores, com possibilidade de crescimento, nossa intenção é usufruir de toda essa estrutura, uma das maiores da região. Balneário Camboriú está construindo um grande Centro de Eventos, quem sabe? No entanto, em 2017, a BNT Mercosul, que


19 NOITE DE

P R EMI A Ç Ã O O ENCERRAMENTO DA BNT MERCOSUL FOI MARCADO POR MAIS UMA PREMIAÇÃO DO BETO CARRERO WORLD. A CVC foi a maior vendedora de passaportes para o parque em 2015. A cerimônia reconheceu ainda mais de 40 agências do Brasil e do Exterior pela parceria no ano passado. Segundo o diretor-presidente do Beto Carrero World, Rogério Siqueira, o parque registrou recorde de vendas em 2015, quando recebeu mais de 2,1 milhões de visitantes. Além da CVC, as operadoras Cativa, Flytour Viagens e Azul Viagens também foram premiadas. Durante o evento, Siqueira revelou que a

acontecerá nos dias 26 e 27 de maio, permanece em Itajaí”,afirmou. Geninho aproveitou os holofotes da abertura da feira para desmistificar a opinião das pessoas que consideram a BNT Mercosul um evento regional. “Ter como foco “a venda do Brasil” não faz da gente uma feira regional. Neste ano, a BNT contou com representantes de operadoras nacionais importantes, como CVC, Latam Travel Brasil, Trend, Decolar, Azul Viagens, Flytour Viagens, Visual Turismo, Hotel Urbano, entre outras. Todos saíram muito satisfeitos. Outras operadoras, focadas no internacional, não são nosso principal foco”, justificou.

A GRANDE NOVIDADE O Centro de Convenções do Infinity Blue foi o local escolhido para sediar a primeira edição do Business Center, um momento exclusivo para empresas privadas e com estandes não compartilhados para se encontrar com fornecedores para fomentar os negócios já existentes ou ainda assinar novas parcerias. “O Business Center foi sem dúvida o grande marco da BNT neste ano. A aceitação entre operadores e fornecedores é praticamente unânime. Mesmo com o curto tempo, três minutos por encontro, a possibilidade de ter o primeiro contato com mais de 40 empresas oferece ao profissional a chance de vários novos negócios”, comenta Góes. Segundo ele, enquanto a feira tem um viés promocional, o Business Center tem um propósito comercial.p

1ºo aa 77 junho 1 de junho de 2016 de 2016 JORNAL PANROTAS

O diretorpresidente do Beto Carrero World, Rogério Siqueira

meta do parque é receber, até 2024, seis milhões de visitantes/ano. Esse número poderá ser alcançado graças às alianças estratégicas que o empreendimento pretende fazer, além da criação de novas áreas temáticas e ampliação das que já existem. Em 28 de dezembro deste ano, o Beto Carrero World completará 25 anos de existência. “Em 2017, vamos comemorar a nossa história anunciando uma novidade a cada mês. Estamos pensando em novos shows, simuladores e outras coisas que podem melhorar a experiência do visitante no Centro de Entretenimento Beto Carrero World”, finalizou.p


20 Hotelaria

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> Rafael Faustino

O novo Maksoud Plaza FUNDADO EM 1979, O MAKSOUD PLAZA, NA REGIÃO DA AVENIDA PAULISTA, É UM DOS SÍMBOLOS da hotelaria clássica da cidade de São Paulo. A idade e sua história contribuem para colar uma imagem de tradicional no estabelecimento. Essa situação, porém, vem mudando desde o ano passado, com os R$ 5 milhões que o Maksoud investiu em melhorias em diversas áreas para “rejuvenescer” o local e a marca e atender ao público antenado e conectado dos dias de hoje. O valor envolve incrementos em todos os 416 apartamentos do hotel, dos quais 45 são suítes. Mas a maior parte foi reservada a novas atrações nas áreas comuns, com enfoque no entretenimento, alimentos e bebidas e eventos, para tornar o hotel um local a ser visitado na região central de São Paulo “É um desejo do Henry [Maksoud Neto, presidente do empreendimento] que o hotel seja cada vez mais atrativo para o paulistano, e não apenas para os hóspedes que vêm de fora”, explica a gerente comercial Fabiana Colossio, que recebeu a reportagem do JP no evento de reinauguração de uma das salas de eventos do hotel, na última semana — o espaço para eventos, aliás, é um dos diferenciais do Maksoud.

Fachada do hotel Maksoud Plaza

Os carros-chefes dessa renovação estão logo no lobby. Inaugurado há cerca de um ano, o Frank Bar é inspirado em Frank Sinatra, que cantou no hotel em evento histórico em 1981. O bar abre todas as noites para hóspedes e visitantes com drinques exclusivos e

tratamento diferenciado às bebidas, comandado pelo bartender Spencer Amereno Jr. “Ele chega horas antes do bar abrir para preparar aperitivos que acompanham as bebidas, lapidar o gelo, fazer a água tônica no próprio bar. E no cardápio estão drinques

clássicos, mas com ingredientes que dão uma releitura mais atual”, explica Fabiana. Segundo ela, a novidade já vem colaborando para rejuvenescer o público frequentador do Maksoud. Vizinho ao Frank Bar no lobby do hotel, o restaurante 150 Maksoud foi inau-

BONS

R E S U LTA D O S

Fabiana Colossio, gerente comercial do Maksoud Plaza

A MODERNIZAÇÃO DO MAKSOUD PLAZA PASSA TAMBÉM PELOS NOVOS CANAIS DE VENDA. UM DELES, COMEMORADO PELO HOTEL, É A PARCERIA COM A REDE ACCOR, QUE INseriu o Maksoud em seu portfólio. Com maior visibilidade no Brasil e no Exterior, tanto hospedagens quanto eventos corporativos são vendidos por meio da parceria. Todas essas novidades vêm trazendo resultados positivos ao Maksoud Plaza. A ocupação se mantém em bom nível – 68% em média, com picos de 90%, segundo Fabiana Colossio – e o perfil dos ocupantes vem se alterando, como desejado pelo presidente Henry Maksoud Neto. “Agora, temos ocupações muito maiores aos finais de semana, pela quantidade de eventos culturais próximos à avenida Paulista que São Paulo recebe”, comentou a gerente comercial. No ano passado, o hotel alcançou crescimento de 19% no faturamento, sobre 2014. Para 2016, o prognóstico é um pouco mais modesto, mas ainda positivo. “Sabíamos que seria um ano desafiador e nos preparamos para isso. Tomando alguns cuidados para seguir crescendo”, prevê Fabiana.p


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Restaurante 150 Maksoud, no lobby do hotel, é uma das novidades

O salão Minas Gerais, com capacidade para receber 400 pessoas, foi reinaugurado na última semana

gurado mais recentemente, estando à disposição dos hóspedes e também dos participantes de eventos. Servindo café da manhã, bufê no almoço e jantar à la carte, além de feijoadas aos sábados, o restaurante é parte de uma reformulação que o Maksoud implementa em toda sua gastronomia, também na medida em que tenta atrair hóspedes não tradicionais ao hotel. Fecham o rol de novidades nessa área o Pan Am Club, área de festas noturnas e eventos no topo do prédio, aberta em parceria com o Grupo Vegas; e um novo cinema, que terá a construção iniciada ainda neste ano.

EVENTOS EM ALTA

O que continua tradicional no Maksoud Plaza, entretanto, além do serviço personalizado, é a importância dos eventos realizados no hotel. Favorecido pelo nome conhecido e endereço central, o hotel não deixa de investir nessa área. No evento que o JP acompanhou, foi reinaugurada para clientes a sala Minas Gerais, se-

gundo maior salão, com capacidade para 400 pessoas. É apenas um dos 38 espaços que o hotel destina aos eventos, totalizando cinco mil metros quadrados de área e capacidade para receber quatro mil pessoas. Há desde pequenas salas para 15 pessoas até grandes salões para congressos que recebam até mil, passando por um teatro com 420 lugares, que em bre-

ve contará com o cinema no mesmo espaço. “Podemos fazer eventos de todos os tipos, desde reuniões menores até lançamentos de automóveis. Até mesmo um tanque de guerra já entrou aqui em um evento militar”, lembra Fabiana, citando a ligação dos pavilhões de eventos com a garagem como uma das facilidades oferecidas. “Buscamos dar opções que nem todos locais oferecem, como

esse acesso à garagem e entradas exclusivas do hotel para os participantes”, aponta a gerente comercial. Os eventos continuam sendo um dos pilares de crescimento do Maksoud Plaza. Eles representam nada menos que 45% da receita total do hotel, e, no primeiro trimestre de 2016, já geraram crescimento de 14% sobre o mesmo período do ano passado. p


Palco principal

Windsor Marapendi

A

partir de 5 de agosto os olhos do mundo estarão voltados para o Rio de Janeiro, cidade-sede do maior evento esportivo do planeta. Anos de planejamento, organização e (muitas) obras serão colocados em teste na cidade para o evento, aguardado com muita ansiedade pelos cariocas. Segundo pesquisa publicada pelo Comitê Rio 2016, cerca de 75% dos moradores do Rio já vivem a expectativa dos jogos. Com a aproximação do evento, este percentual deve chegar facilmente aos 90%. Conquistada em 2009, a Olimpíada fez a cidade se renovar, mudar “sua cara”. Embora tenham sido anos difíceis para os cariocas, que sofreram com obras espalhadas por todas as regiões, mudanças de ruas e fechamento de avenidas, chegou a hora de tirar proveito desta transformação. E nenhum outro bairro pode se gabar

Barra da Tijuca

de ter se transformado mais do que a Barra da Tijuca, na Zona Oeste e palco principal dos Jogos Rio 2016. Até então não muito procurada por turistas, a Barra da Tijuca foi a solução encontrada pela cidade e o Comitê Rio 2016 para concentrar mais da metade dos investimentos olímpicos. O resultado é um completo upgrade na região, passando desde a chegada de novos hotéis, como Hilton e Hyatt, até novas instalações físicas, como um conjunto de prédios que servirá de Vila Olímpica, além de uma série de empreendimentos e itens de mobilidade. Aos olhos do Comitê Olímpico Internacional, o País ganhou “selo de aprovação”: na última visita oficial, em 13 de abril, a Comissão de Coordenação confirmou que 98% das instalações de competição, transmissão e hospedagem estavam concluídas. Hoje, segundo o portal Cidade Olímpica, da Prefeitura do

Rio, mais de 95% das obras naquela região estão prontas ou próximas do fim. O Parque Olímpico tem 98% de execução, assim como o Estádio Aquático Olímpico. A Arena do Futuro já está 100% pronta, como o Centro Internacional de Transmissão (IBC) e as três arenas cariocas. A repaginação da Barra da Tijuca passa ainda pelos hotéis. A região ganhou uma nova configuração hoteleira e ajudou a elevar o número de quartos da cidade, com cerca de 20 mil unidades habitacionais – em 2010 eram 3,5 mil quartos. Com este número, a Barra passou o Centro e se tornou o segundo maior polo hoteleiro da cidade, perdendo apenas para a Zona Sul. Além das marcas internacionais, a orla da Barra da Tijuca ganhou novos cinco estrelas como o Windsor Marapendi e Windsor Oceânico, que se juntam ao Windsor Barra. Os dois últimos

hotéis, juntos, formam o maior complexo para congressos e eventos de um hotel no Brasil, com mais de 20 mil metros quadrados de área. Congressos e eventos, aliás, têm se tornado uma especialidade da Barra da Tijuca. Além do complexo da Windsor Hotéis, o bairro conta com o Riocentro, maior área de eventos do País. Por lá são realizadas feiras e congressos que movimentam mais de 100 mil pessoas por vez e geram negócios para a região. “O principal problema do Riocentro era a falta de hospedagem próxima. Os congressistas ficavam na Zona Sul e chegavam a perder mais de duas horas no trânsito. Com a expansão hoteleira na região e a chegada de grandes marcas resolvemos este problema”, comemorou a diretora do Riocentro, Milena Palumbo. > Continua na pág. 24


< Continuação da pág. 23

O QUE

fazer

A Barra da Tijuca se transformou para receber os Jogos Olímpicos e este talvez seja o principal legado deixado pelo evento na região. Obras de infraestrutura como o metrô, novos equipamentos turísticos, instalação e modernização das sinalizações turísticas e obras de recuperação estão sendo feitas tendo o evento esportivo como principal incentivador, mas ficarão de legado para a cidade. E quem ganha são os cariocas e turistas que têm uma nova Barra da Tijuca para conhecer. O Rio Convention & Visitors Bureau entendeu esta mudança na Barra como mais uma oportunidade de vender o Rio de Janeiro para o mercado internacional. A entidade, em parceria com a Riotur, tem percorrido importantes mercados emissores em busca de novos eventos, congressos e grupos para a cidade. Em todas as apresentações é revelado o que há de melhor na Zona Oeste carioca, motivando cada vez mais o visitante a permanecer e “consumir” a Barra da Tijuca. Preparamos uma lista das melhores opções para a Barra da Tijuca e região. Veja a seguir alguns dos melhores produtos da região.

ECOBALSAS

Empresa de transporte lacustre na Barra da Tijuca que presta serviços de passageiros e passeios ecológicos. São cinco rotas que realizam a travessia das lagoas e do canal até a praia, de forma rápida, segura e ecológica.

PARQUE NATURAL MUNICIPAL CHICO MENDES

Com quase cinco quilômetros de trilhas, o parque situado na Baixada de Jacarepaguá oferece aos visitantes um espaço de lazer com um belo cenário. Criado em 1989 com o objetivo de preservar a Lagoinha das Tachas e seu entorno, além dos animais e plantas existentes no local, considerados raros e ameaçados de extinção, o parque totaliza 400 mil metros quadrados.

PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA PRAINHA

Tem como símbolo a tartaruga-verde e em seus 166 hectares oferece atrativos como mirantes, praia, playgrounds, bicicletário e salão para exposições itinerantes. A flora serve como refúgio para pássaros e pequenos animais. Possui lagoas naturais, pista para cooper, ciclovia e campo de futebol.

SÍTIO ROBERTO BURLE MARX

Além da parte botânica, o visitante conhece a arquitetura, o ateliê de pintura, o salão de pedras e as coleções do paisagista. Uma ótima opção de passeio para quem gosta de plantas, pois lá está uma das mais importantes coleções de exemplares tropicais e subtropicais com potencial paisagístico do mundo.

PRAIAS

A região tem oito praias: Abricó, Barra da Tijuca, Grumari, Macumba, Pepê, Prainha, Recreio dos Bandeirantes e Reserva. A Praia da Barra é a maior e possui 14,4 quilômetros de extensão. Grumari é de preservação ambiental, por isso possui cancelas fechadas e acesso restrito. O cenário lembra praias nativas com fortes ondas, onde são proibidas construções. A Macumba é conhecida por suas ondas, que oferecem condições para o surfe durante o ano todo.

VOOS PANORÂMICOS

Veja o Rio de cima. Sobrevoe algumas das mais belas vistas da cidade do alto da Floresta da Tijuca. Na Pedra Bonita (São Conrado) há diariamente profissionais saltando de asa delta ou parapente, mas para aqueles que buscam algo mais exclusivo é possível alugar helicópteros e fazer voos panorâmicos pela Barra e Zona Sul. Com sorte é possível dar uma passada no Cristo Redentor.

GASTRONOMIA

Com diversos shoppings, a Barra da Tijuca tem despontado como um dos melhores lugares do Rio para se exercitar o prazer da gula. As opções vão desde sucos e comidas light, como no Bibi Sucos, principal casa carioca neste segmento, a restaurantes estrelados. A alta gastronomia pode ser encontrada no CT Brasserie, um pedaço de Paris no terraço do Village Mall. O chef

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Claude Troisgros trouxe a tradição das brasseries parisienses no estilo art nouveau com ares modernos. No Paris 6 são mais de 190 opções de entradas a sobremesas, batizadas com nomes de artistas. O Gero abriu uma filial próximo à Praia do Pepê e apresenta o melhor da culinária italiana.

COMPRAS

A Miami carioca continua sendo a Barra da Tijuca, graças às dezenas de shoppings centers e condomínios. Para quem gosta de compra a região é um convite a usar seu cartão de crédito. As opções variam desde artesanatos passando por joias e roupas. O Village Mall é o mais novo e mais sofisticado shopping da cidade, com diversas opções de lojas e grifes internacionais.

CULTURA

A cena cultural vai muito além do cinema – e o que não faltam são salas de cinema na região. O principal expoente da arte na Barra da Tijuca é a Cidade das Artes, um lugar voltado para a intensa programação cultural carioca. Devido ao grande espaço e equipamentos que atendem às mais diversas formas de manifestações artísticas, o lugar recebe orquestras, companhias Aulas de surfe são tendência

Cidade das Artes

de teatro e dança, festivais e músicos e artistas do Brasil e do exterior. A Barra também é casa da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e um museu dedicado à história da entidade e do futebol brasileiro foi criado para homenagear a Amarelinha. O espaço interativo mostra a trajetória da Seleção Brasileira com muita tecnologia. Destaques para a sala de troféus, com quase 200 prêmios acumulados ao longo de toda trajetória do time, e para as cinco taças de campeã da Copa do Mundo.

SURFE

Esporte e bem-estar são duas características inerentes de boa parte dos moradores da Barra da Tijuca. O extenso calçadão que liga a Praia da Barra até a Macumba favorece caminhadas e pedaladas pela orla, mas há outras opções como mergulho, aulas de surfe e kitesurfe, aluguel de stand up paddle, pistas de skate e inúmeras trilhas pela Floresta da Tijuca, com destaque para as duas mais badaladas: Pedra da Gávea e Pedra Bonita.


24 Infraestrutura

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> Diego Verticchio

Galeão repaginado Foto Thiago Saramago - Café das 4

Foto Thiago Saramago - Café das 4

Embarque A380 Píer Sul

Foto Thiago Saramago - Café das 4

Lounge Embarque Píer Sul 002

Desembarque Píer Sul

O RIO DE JANEIRO JÁ PODE SE ORGULHAR DE TER UM AEROPORTO INTERNACIONAL MODERno, prático e, principalmente, eficiente. No último dia 23, a concessionária Riogaleão, responsável pela administração do Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim/Galeão, inaugurou o Píer Sul, extensão do Terminal 2. A nova área conta com 100 mil metros quadrados e inclui 26 novas pontes de embarque, sendo três delas com especificações técnicas para acomodar as maiores aeronaves do mundo. A área, que pode ser acessada pelo Portão D do setor de Embarque, conta ainda com uma alameda de serviços, incluindo restaurantes, lojas e entretenimento. Entre as novidades estão a nova loja da Dufry, com uma área total de oito mil metros quadrados; cerca de seis mil metros quadrados dedicados a quatro salas vip, que serão inauguradas até agosto, e usadas pelas empresas American Airlines, Gol e pelos membros da Star Alliance. O aeroporto passa a contar ainda com 24 mil metros quadrados de área co-

mercial, entre lojas e restaurantes. O novo espaço conta com 14 esteiras rolantes, com comprimentos de até 100 metros, quatro elevadores e seis escadas rolantes, além de seis pórticos de raio-x, 14 elevadores e 16 escadas. Todas essas mudanças, que começaram no primeiro semestre de 2014, são frutos de investimentos de R$ 2 bilhões e fazem parte do contrato assinado há dois anos, quando o Galeão foi concessionado. A nova área ficou pronta faltando pouco mais de três meses para o início dos Jogos Olímpicos Rio 2016. No dossiê entregue pela cidade do Rio ao Comitê Olímpico Internacional, ainda em 2009, estava prevista a melhoria total do aeroporto. Naquele ano, o Galeão havia ganhado a nota mais baixa entre os itens avaliados em aeroportos de todo o País e chegou a ser comparado pelo ex-governador do Rio, Sergio Cabral, com “uma rodoviária de quinta categoria”. “Em dois anos, corrigimos os problemas de higiene nos banheiros, de eletricidade e dos aparelhos de ar-condicionado,

que eram as principais reclamações dos usuários. Fizemos também ampliações, construímos um novo bloco de estacionamento, gerando mais de duas mil novas vagas. Praticamente fizemos um aeroporto novo, dentro de um em operação. Este aeroporto está à altura dos Jogos Olímpicos, do Rio de Janeiro e do que o carioca merece”, afirmou o presidente da Riogaleão, Luiz Rocha. Para celebrar a entrega do novo equipamento, Rocha convidou dois ministros do presidente interino Michel Temer, além do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Estiveram na inauguração os ministros do Esporte, Leonardo Picciani, e de Transportes, Portos e Aviação Civil, Mauricio Lessa. Participou ainda do evento o ex-ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, atual secretário do Programa de Parcerias de Investimentos do governo federal. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, elogiou as instalações e afirmou que o “novo Galeão é a cereja do bolo do legado olímpico e vai servir muito bem à cidade, à população e aos jogos”.

TABELA DE INVESTIMENTOS AÇÃO

Embora tenha sido inaugurado em 23 de maio, as companhias aéreas estão migrando para o novo espaço de forma gradativa. Dentro de 30 dias, 19 das 20 companhias aéreas que operam voos internacionais já estarão utilizando o novo píer no Terminal 2 do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão). A única exceção é a Gol, que só vai utilizar o espaço no segundo semestre. Quando isso acontecer, todas as companhias terão seus check-in concentrados no Terminal 2 e, de lá, serão redistribuídos para os terminais 1 e 2. As quatro primeiras empresas a operar no Píer Sul foram American Airlines, United Airlines, Edelweiss e Lufthansa. Já em 26 de maio outras quatro chegaram: Delta Air Lines, Alitalia, Condor e Taag. Em 9 de junho mais cinco companhias passam a operar no local: Air Canada, Tam, Emirates, Copa Airlines e Aerolíneas Argentinas. Já em 23 de junho é a vez de Tap, Royal Air Maroc, British Airways, Iberia, KLM, Air France e Avianca. 

O QUE MUDOU INÍCIO DA OPERAÇÃO ATÉ OLIMPÍADAS

NÚMEROS Pontes de embarque

32

58

Pátio de aeronaves

500 mil m²

760 mil m²

Área de Duty Free

4 mil m²

8 mil m²

Área de Salas Vip

2 mil m²

6 mil m²

111

174

Área comercial

10 mil m²

24 mil m²

Área total de terminais de passageiros (terminais 1 e 2 e Píer Sul)

280 mil m²

416 mil m²

22

27

1 mil vagas

3 mil vagas

Plano de investimentos até 2039

R$ 5,2 bilhões

Plano de investimentos até 2016

R$ 2 bilhões

Centro de Operações

R$ 25 milhões

Novas Tecnologias

R$ 65 milhões

Balcões check-in no Terminal 2

Terminal de Cargas

R$ 30 milhões

Elevadores, escadas e tapetes rolantes (terminais 1 e 2)

R$ 10 milhões

Aquisição de 32 pontes de embarque e modernização das pontes fixas R$ 60 milhões Sistema de ar-condicionado

QUEM VAI

R$ 12 milhões

Companhias aéreas Edifício garagem


Destinos

Clássico renovado

Fachada do complexo de esqui argentino

EM PLENA CORDILHEIRA DOS ANDES, NO SUL DA PROVÍNCIA DE MENDOZA, O CENTRO DE esqui Las Leñas se propõe a receber uma “temporada de esqui muito boa”, como previu o presidente do complexo, Gerald Morrow. Segundo ele, o nível atual indica que haverá neve em abundância durante todo o inverno. “Assim convidamos todos a viver uma nova temporada de esporte e entretenimento”, avaliou. Las Leñas espera seus visitantes com sua infraestrutura de serviços, que contempla uma superfície esquiável

de 175 mil metros quadrados, com 30 pistas, 14 meios de elevação, incluindo uma Ski Carpet, os hotéis Piscis, Aries, Acuario e Escorpio, além do hostel Las Leñas e o Virgo Hotel e uma escola de esqui. Desta forma, o complexo propõe diversas atividades, como o snowtubing, ou seja, deslizar pela neve em botes infláveis, passeios em trenós, um snowpark, excursões em quadriciclos, entre outras opções. Tudo isso se junta às opções gastronômicas nas colinas e na área de pistas e à agenda de eventos.

QUALIDADE ASSEGURADA Quanto a novidades, a estratégia de investimentos neste ano tem sido dedicada à movimentação de terra na montanha para criar melhor proteção contra avalanches e um acesso mais eficientes às pistas. Isso fará com que os três tratores Pisten Bully proporcionem melhor qualidade de neve. Neste contexto, também foi efetuada uma manutenção de todos os meios de elevação e fabricação de novas peças de engrenagem.

Os investimentos para esta temporada foram de US$ 1,3 milhão: 40% na montanha, 25% em novos equipamentos de maquinaria, 15% em hotéis e 20% em infraestrutura e outros elementos. Outra novidade anunciada foi a incorporação de uma área para food trucks na base do complexo, proposta que amplia a oferta gastronômica no vale. p

INFORMAÇÕES www.lalenas.com


SurFACE

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1º a 7 de junho de 2016 JORNAL PANROTAS

Aprovação cresce

Após o Senado afastar Dilma Rousseff da presidência, no início do mês, o Brasil melhorou. Pelo menos é o que afirma o Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em pesquisa realizada em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) com 637 diretores executivos. O resultado foi instantâneo, de 2,2, contra 0,3 registrado em abril. O índice calculado pela FGV aponta notas de zero a dez em três componentes: governo, negócios e empregos. Os profissionais ainda aprovam a gestão de Geraldo Alckmin no governo do Estado de São Paulo. Segundo a pesquisa, o número chegou a 5,7 em maio contra 4,8 no mês anterior. O prefeito da cidade, Fernando Haddad, não melhorou no gosto dos empresários. Sua nota foi a mesma registrada na última pesquisa: 1,5. Embora 41% acreditem que a política é o setor que mais precisa melhorar, a defesa do impeachment é a solução encontrada pela maioria dos entrevistados. Cinquenta e dois por cento apostam que Dilma será condenada em até 120 dias; 32% em até 180 dias e 15% avaliam que será mais rapidamente, em até 60 dias. Apenas 1% vota que ela será absolvida.

Confusão

No último dia 23, a Web Viagens comunicou ao mercado o encerramento de suas atividades. Foi o bastante para gerar, instantaneamente, uma série de manifestações de colaboradores, clientes e ex-funcionários. A confusão foi motivada por acusações de não cumprimento de acordos trabalhistas e viagens que, mesmo após o pagamento, não foram honradas pela empresa. Os diretores já esvaziaram a sede da agência, no centro da capital paulista, e agora buscam formas de acertar as pendências. No Tribunal de Justiça de São Paulo já estão registrados mais de 120 processos contra a marca. No Portal PANROTAS há, ainda, relatos de clientes e funcionários, além do posicionamento oficial da direção frente às acusações. A divulgação de vídeos com a expulsão de um cliente da sede da Web Viagens e declarações polêmicas sobre a forma como o encerramento será conduzido também estão disponíveis.

Nova aeronave

A Air Canada confirmou a chegada de uma nova aeronave na rota Toronto — São Paulo a partir de 1º de dezembro. A empresa substituirá o Boeing 767-300 pelo Boeing 787-8 Dreamliner, um dos mais modernos aviões da sua frota. A aeronave, no entanto, ficará somente para a alta temporada de inverno, entre dezembro deste ano a 25 de março de 2017. A nova aeronave irá ampliar em cerca de 20% a oferta de assentos na rota. O avião tem 251 lugares e três classes de serviços, sendo 20 assentos na classe executiva e 231 distribuídos entre as classes premium e econômica.

Ponto a ponto  O aeroporto do Galeão disponibilizou um app exclusivo para consumidores.  O Usuários do Tripadvisor elegeram Machu Picchu, no Peru, como o melhor ponto turístico do mundo.  Os Estados Unidos prometem limitou o agendamento de vistos durante a Rio 2016.

Manifestantes em frente à sede da Web Viagens, em São Paulo


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1º a 7 de junho de 2016 JORNAL PANROTAS

Com o troféu

Danillo Barbizan, gerente de Vendas, Luiz Teixeira, diretor de Vendas, Luciano Macagno, diretor Brasil, e Cassio Oliveira, assistente de Vendas, todos da Delta

Número 1

O Grupo Flytour Gapnet tem um novo presidente: Christiano Oliveira [foto], filho de Elói Oliveira e que há três anos ocupa o cargo de vice-presidente do Grupo Flytour — e desde dezembro da Flytour Gapnet. A transferência de bastão de Elói para Christiano se daria no ano passado, mas foi atrasada devido à fusão com a Gapnet. “Após 42 anos na presidência do grupo, percebi que era importante encontrar alguém que pudesse dar continuidade a um DNA criado há quatro décadas, que mostra que quando se tem o mesmo propósito, o sonho deixa de parecer “loucura”, vira verdade e nos encoraja a seguir em frente”, disse o então presidente do grupo, Elói D’Ávila de Oliveira, agora presidente do conselho da Holding Com mais de 20 anos atuando no Grupo Flytour, Christiano Oliveira afirma que “dará continuidade ao trabalho já realizado com fornecedores e parceiros, mas principalmente, valorizando sempre o fator humano como diferencial no processo do Grupo Flytour Gapnet”.p

O diretor da Delta no Brasil, Luciano Macagno, e o diretor de Vendas da aérea, Luiz Teixeira, exibiram o troféu da Copa América Centenário no último dia 20, em São Paulo, com suas equipes. Com a participação da Seleção Brasileira, o campeonato acontecerá em duas semanas nos Estados Unidos, e é patrocinado pela Delta, que aproveita para fazer um tour pela América Latina com suas parceiras Gol e Aeroméxico. A proposta é compartilhar este momento especial com os clientes mais leais em São Paulo enquanto a taça é levada a uma série de eventos especiais. O troféu também deve visitar os escritórios da Gol para que os funcionários da aérea vejam de perto objeto de desejo por diversas seleções das Américas. A Copa América Centenário começa no dia 3 de junho, quando os Estados Unidos jogarão contra a Colômbia no estádio de Levi em Santa Clara, Califórnia.p


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