Jornal PANROTAS 1233

Page 1

R$ 11,00 - Ano 24 - nº 1.233

www.panrotas.com.br

31 de agosto a 6 de setembro de 2016

www.pancorp.com.br

QUANTOS SOMOS? Cadastur não é a resposta definitiva, mas joga luz sobre como a indústria de Viagens e Turismo está estruturada no Brasil. Confira > Páginas 04 a 07


02

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

Check-IN

DISPOSITIVOS

LEIA NESTA EDIÇÃO Páginas 08 e 09 Conheça a estrutura da R11 Travel, representante da Royal Caribbean

1

MÓVEIS estão transformando a experiência de viagens

Em dezembro de 2015, pela primeira vez, os consumidores começaram a usar mais os dispositivos móveis para pesquisar informações sobre viagens do que em computadores. Nos cinco primeiros meses de 2016, os dispositivos móveis responderam por 52% das navegações relacionadas a viagens.

7

Os entrevistados também estão abertos a novas tecnologias relacionadas a viagens, com 77% se dizendo satisfeitos com a entrada no quarto do hotel sem usar chaves.

2 Páginas 14 Cevec faz um panorama dos segmentos da indústria de Viagens e Turismo

Páginas 16 e 17 April abre suas portas para nossa reportagem

Do total de pesquisas feitas via dispositivos móveis, 41% foram de um telefone celular e 11% a partir de um tablet. Os smartphones ultrapassaram os tablets pela primeira vez em abril de 2015.

6

A simplificação de tarefas é citada como o fator mais importante na experiência de viagem em dispositivos móveis (65%) e, entre os mais jovens, ter uma experiência mais personalizada foi a resposta escolhida (30% dos millennials; 34% da geração X).

3

Apesar de representar 52% da navegação, smartphones e tablets são apenas 21% das vendas de viagens.

4

A conversão no computador é duas vezes maior do que dos tablets e três vezes maior do que smartphones.

5

Apenas 44% dos entrevistados disseram que estão satisfeitos com os aplicativos móveis (48% para a web móvel).

Fonte: Adobe Digital Insights

E d i t o r i a l > Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br

Números, pra que te quero? Páginas 20 e 21 Gol mostra seu novo lado vip, em Guarulhos (SP)

Páginas 28 a 30 PANROTAS Next vai a Porto Seguro (BA) debater hotelaria

Páginas 31 a 33 O Rio que você precisa conhecer depois da Olimpíada

A Avirrp, de Ribeirão Preto (SP), tem 71 associados. A Aviesp, também do interior de São Paulo, possui 250. Já a Abav, que passa por um recadastramento, fala em 3,5 mil agências em todo o Brasil. A Fenactur, que reúne os sindicatos de Turismo e que diz que também passa por um censo para atualizar os números, exibe em seu site a marca de 15 mil agências. Perguntamos ao Ministério do Turismo quantas são as agências do Cadastur, cadastro obrigatório para o funcionamento dessas empresas e a resposta foi: 18.872. Como podem números tão díspares conviverem no mesmo setor? A resposta não é uma só: a indústria é fragmentada e pouco coesa, imprecisa (muitos números, podemos

apostar, são superestimados ou mesmo chutados) e segmentada (a Aviesp não tem, por exemplo, o objetivo de ter 1 mil associados). Além disso, misturam-se a esses números os de outras entidades (quem é Braztoa, por exemplo, provavelmente é Abav também). Na hotelaria não é diferente. Na associação de guias, nos indicaram o número do MTur. Se perguntarmos para as consolidadoras e somarmos as agências atendidas, provavelmente os números serão mais discordantes ainda. Os profissionais freelancers são ignorados por todos (ou quase todos, pois em algum lugar eles hão de emitir suas vendas). O governo não consegue fiscalizar e assume isso. Mesmo assim, achamos válido montar

esse mapa de empresas e profissionais registrados no Cadastur. Serve como base, mesmo sabendo que ela precisaria ser analisada e contextualizada, esmiuçada e filtrada. Como se diz no jargão popular, “é o que temos” e há entidades lutando para que isso mude para melhor. Somente com uma indústria quantificada e com números decifrados e explicados poderemos ganhar e reivindicar o prestígio que temos a certeza que o Turismo deveria ter e merece. Por ora, fica uma associação tentando gritar mais alto que a outra, com números que se chocam e nos chocam profundamente. Continuamos torcendo por bom senso e por um censo geral e definitivo. Temos esperança. Ainda.

CONECTE-SE COM A PANROTAS portalpanrotas

portalpanrotas

portalpanrotas

Versão responsiva — Acesse o Portal PANROTAS em seu dispositivo móvel

portalpanrotas

panrotas

PANROTAS — Versão digital das publicações da editora


03 Expediente PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta DIRETOR EXECUTIVO José Guilherme Condomí Alcorta

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

S E U AQ T S E D

DO PORTAL

DIRETORA INTERNACIONAL Marianna C. Alcorta

>

DIRETORA DE MARKETING Heloísa Prass DIRETOR DE TI Ricardo Jun Iti Tsugawa

PANROTAS

18/8 a 25/8

1 CVC inaugura primeira loja voltada para intercâmbios – em 22/8

2 Como o outplacement ajuda na

REDAÇÃO Editor-chefe: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) Editor: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Editor Rio de Janeiro: Diego Verticchio (diego@ panrotas.com.br) Coordenador: Rodrigo Vieira Reportagens: Brunna Castro, Felippe Constancio, Henrique Santiago, Karina Cedeño, Rafael Faustino, Renato Machado e Roberta Queiroz Estagiários: Fernanda Cordeiro, Janize Viana e Vitor Ventura Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Assistente: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves PRODUÇÃO Gerente de Produção: Newton dos Santos (newton@panrotas.com.br) Diagramação e tratamento de imagens: Katia Alessandra, Pedro Moreno e Thalya Brito Projeto Gráfico: Graph-In Comunicações COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) EXECUTIVO SÊNIOR DE RP Antonio Jorge Filho (jorge@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) New Cast Publicidade Ltda SRTVS - QD 701 - BL. k - Sala 624 Ed. Embassy Tower - Cep: 70340-908 | Tel : (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (sblara@seasoneventos.tur.br) Season Turismo e Marketing e Esportes Ltda R. Gal. Severiano, 40/613 - Botafogo | Cep: 22290-040 - Rio de Janeiro - RJ Tel: (21) 2529-2415 / 8873-2415 ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner O Jornal PANROTAS é vendido somente por assinatura. Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Lis Gráfica e Editora Ltda. (Guarulhos/SP)

PARCEIRAS ESTRATÉGICAS

MEDIA PARTNER

LACTE 11 LATIN AMERICAN CORPORATE TRAVEL & Events E XPERIENCE

ASSOCIAÇÕES

transição de carreira? – em 22/8

3 CVC lança feirão com 100 mil lugares e dólar a R$ 2,69 – em 19/8

4 Pilotos indianos são suspensos por selfie em cabine – em 22/8

5 Com wi-fi a bordo, Gol irá instalar USB em toda frota – em 24/8

6 Gol inaugura sala vip com conceito de “luxo simples” – em 23/8

7 Se o Turismo decretasse o tamanho dos Países – em 18/8

8 Azul terá operação exclusiva de Recife para Orlando – em 18/8

9 Sucesso da Rio 2016 é destaque na imprensa dos EUA – em 22/8

10 Galeão terá operação histórica na despedida da Rio 2016 – em 19/8

11 Maior avião do mundo é testado na Inglaterra – em 19/8

12 Atletas britânicos deixam o Rio no avião Victorious – em 23/8

13 Rio 2016: Turistas estrangeiros gastaram R$ 2 bilhões – em 24/8

14 Veja as profissões com maior alta salarial no Brasil – em 22/8

15 Álcool no avião: o que acontece quando se bebe a bordo – em 24/8


04 Mercado

>

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

Maria Izabel Reigada, especial para o Jornal PANROTAS

Turismo em

quantidade

A META DE 100 MIL EMPREENDIMENTOS E PROFISSIONAIS REGISTRADOS, PROPOSTA NO lançamento do Cadastur (cadastro obrigatório para algumas empresas e profissionais de Turismo), há dez anos, ficou no passado. Não pelo atingimento da meta, pelo contrário. Na primeira semana de agosto deste ano, o Cadastur somava 57.826 empresas e pessoas físicas, número que reflete o cenário nacional, segundo a coordenadora geral de Cadastramento e Fiscalização dos Prestadores de Serviços Turísticos do Ministério do Turismo, Tamara Barros. “Nossas metas estão direcionadas para a realidade do mercado, ou seja, trabalhamos para alcançar o maior número de prestadores de serviços turísticos”, explica. “Apesar de apresentar pontuais oscilações, o programa tem revelado dados satisfatórios, como o crescimento médio de 10% ao ano, desde 2012”, conta.

Apresentado durante a segunda edição do Salão do Turismo, em 2006, o Cadastur é um sistema on-line de cadastro de prestadores de serviços turísticos, que passou a ser coordenado pelo MTur (quem não se lembra que toda agência de viagens tinha de ter, antes do ministério, a inscrição na Embratur?). Opcional no lançamento, levou algum tempo para o sistema entrar em funcionamento e tornar-se compulsório. São sete categorias obrigatórias de prestadores de serviços turísticos: agências de viagens e Turismo; meios de hospedagem; transportadoras turísticas; organizadoras de eventos; parques temáticos; acampamentos turísticos; e guias de turismo, estes últimos como pessoas físicas. Ao todo, há 37.633 empresas cadastradas nessas categorias, além de 16.452 guias. Outras 3.741 empresas estão cadastradas nas categorias opcionais, que incluem restaurantes/

cafeterias/bares; centros de convenções; casas de espetáculos; e locadoras de veículos, entre outros. Além de necessário para a participação em eventos, feiras e ações promovidas pelo Ministério do Turismo, bem como para o acesso a financiamentos específicos para o Turismo, o registro no Cadastur também é exigido para as agências e operadoras de Turismo que queiram ser beneficiadas pela alíquota de 6% no IRRF das remessas internacionais. Em todo o País, o número de empresas registradas no Cadastur como agências de Turismo é de 18.872. São Paulo, com 5.436 agências, Rio de Janeiro, com 2.558, e Minas Gerais, com 1.558, lideram o ranking dos Estados com maior número de empresas. Na outra ponta da lista, Amapá, com apenas 63 agências, é o Estado com menos agências, seguido por Roraima, com 72, e Tocantins, com 80.


05

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

ACRE:

401 cadastros 113 agências de viagens 98 meios de hospedagem 8 guias de Turismo

ALAGOAS:

1.039 cadastros 296 agências de viagens 159 meios de hospedagem 400 guias de Turismo

AMAZONAS:

848 cadastros 269 agências de viagens 212 meios de hospedagem 234 guias de Turismo

MINAS GERAIS:

5.012 cadastros 1.558 agências de viagens 516 meios de hospedagem 366 guias de Turismo

AMAPÁ:

MATO GROSSO DO SUL:

172 cadastros 61 agências de viagens 16 meios de hospedagem 66 guias de Turismo

1.227 cadastros 300 agências de viagens 215 meios de hospedagem 183 guias de Turismo

BAHIA:

MATO GROSSO:

2.525 cadastros 997 agências de viagens 492 meios de hospedagem 613 guias de Turismo

1.339 cadastros 306 agências de viagens 248 meios de hospedagem 307 guias de Turismo

CEARÁ:

PARÁ:

1.708 cadastros 398 agências de viagens 362 meios de hospedagem 573 guias de Turismo

DISTRITO FEDERAL:

694 cadastros 235 agências de viagens 159 meios de hospedagem 55 guias de Turismo

PARAÍBA:

1.412 cadastros 473 agências de viagens 69 meios de hospedagem 295 guias de Turismo

1.064 cadastros 325 agências de viagens 159 meios de hospedagem 406 guias de Turismo

ESPÍRITO SANTO:

PERNAMBUCO:

1.144 cadastros 270 agências de viagens 166 meios de hospedagem 273 guias de Turismo

GOIÁS:

2.044 cadastros 495 agências de viagens 331 meios de hospedagem 176 guias de Turismo

MARANHÃO:

596 cadastros 207 agências de viagens 102 meios de hospedagem 83 guias de Turismo

1.954 cadastros 996 agências de viagens 269 meios de hospedagem 429 guias de Turismo

PIAUÍ:

RIO GRANDE DO SUL:

RIO DE JANEIRO:

10.219 cadastros 2.558 agências de viagens 772 meios de hospedagem 5.953 guias de Turismo

SANTA CATARINA:

RIO GRANDE DO NORTE:

2.192 cadastros 905 agências de viagens 346 meios de hospedagem 283 guias de Turismo

RONDÔNIA:

581 cadastros 168 agências de viagens 47 meios de hospedagem 165 guias de Turismo

1.295 cadastros 203 agências de viagens 161 meios de hospedagem 705 guias de Turismo

346 cadastros 93 agências de viagens 56 meios de hospedagem 28 guias de Turismo

238 cadastros 162 agências de viagens 35 meios de hospedagem 3 guias de Turismo

PARANÁ:

RORAIMA:

3.937 cadastros 1.130 agências de viagens 440 meios de hospedagem 1.354 guias de Turismo

4.949 cadastros 1.172 agências de viagens 422 meios de hospedagem 1.123 guias de Turismo

154 cadastros 72 agências de viagens 31 meios de hospedagem 14 guias de Turismo

SERGIPE:

SÃO PAULO:

10.543 cadastros 5.436 agências de viagens 1.052 meios de hospedagem 2.322 guias de Turismo

TOCANTINS:

263 cadastros 80 agências de viagens 62 meios de hospedagem 35 guias de Turismo Fonte: Cadastur/MTur (dados de agosto/2016)

> Continua na pág. 06


06

< Continuação da pág. 06

FISCALIZAÇÃO É DESAFIO OBRIGATÓRIO E GRATUITO, O CADASTUR DEVE SER RENOVADO A CADA DOIS ANOS. Além de representar um mapa da iniciativa privada turística no País, o Cadastur tem sido divulgado pelo MTur como referência na hora de contratar serviços turísticos. Ainda assim, empresas cadastradas encerraram atividade, nos últimos meses, deixando de honrar dívidas com fornecedores e passageiros. “O encerramento de empreendimentos turísticos foge do controle do poder público. No entanto, com o objetivo de proporcionar maior segurança aos consumidores, o Ministério do Turismo orienta sobre a importância da contratação exclusiva de empresas formalizadas, ou seja, aquelas regularmente registradas no Cadastur, quando o cadastro é obrigatório”, enfatiza a coordenadora. “Do mesmo modo que, antes da compra, sejam realizadas pesquisas sobre a ofertante em sites colaborativos disponíveis na internet, em que os serviços são avaliados pelos consumidores”, orienta. Há uma proposta na mesa para que associações de classe, como a Abav pelas agências, façam essa fiscalização pelo ministério. Não há definição a respeito do projeto, no entanto.

HOTÉIS

No mapa do Cadastur, há 12.060 meios de hospedagem em operação no Brasil. Novamente, é São Paulo quem lidera o ranking em quantidade de empreendimentos, com 1.052 deles. O Rio de Janeiro e Minas Gerais também voltam a ocupar a segunda e terceira posição, respectivamente, com 772 meios de hospedagem e 516. Com 492 estabelecimentos classificados como meios de hospedagem, a Bahia aparece em quarto lugar. E o Amapá aparece novamente no ranking dos Estados com menor número de empreendimentos, oferecendo 16 meios de hospedagem. Roraima conta com 31 estabelecimentos desse tipo e Rondônia, com 35. “Atualmente, todos os documentos apresentados no momento do cadastro e são validados pelos órgãos regionais de Turismo. Simultaneamente, o Ministério do Turismo tem trabalhado na modernização do sistema para simplificar o cadastro dos profissionais e prestadores de serviço. Facilitando o acesso à ferramenta pelos usuários, chega-se também a um número mais robusto e fidedigno do quantitativo de prestadores que atuam no setor”, defende a coordenadora do sistema no MTur. “Trata-se de uma importante ferramenta insti-

tucional que aproxima a prestação de serviços turísticos ao órgão regulador e permite que o poder público monitore a evolução do mercado turístico nos destinos brasileiros, cooperando, principalmente, na elaboração de políticas e programas públicos mais adequados à realidade do mercado”, acrescenta.

OPCIONAIS

Na primeira semana de agosto, o Cadastur totalizava 3.741 registros de empresas que não têm obrigatoriedade de realizar o registro. As categorias vão de restaurantes/bares/cafeterias a prestadoras de serviços de infraestrutura para eventos, passando por estruturas de apoio ao turismo náutico, por exemplo, e parques aquáticos. “Nos casos de categorias consideradas opcionais, como as dos restaurantes/bares/cafeterias, a gerência quanto ao número de registros acaba sendo limitada. A excepcionalidade permite ao empreendimento o arbítrio do cadastro, fugindo da alçada do Ministério do Turismo”, explica Tamara. “De qualquer forma, trabalhamos para sensibilizar o mercado a colaborar para permitir que a gestão pública seja baseada em dados concretos.” Se o cadastro obrigatório mostra São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais como os mercados turísticos mais robustos do País, a relação de registros de empresas não obrigatórias é um festival de distorções. Como no caso do Acre, com 117 empresas registradas como restaurantes/bares/cafeterias, enquanto São Paulo tem apenas 54 cadastros nessa mesma categoria. Para os guias, o cadastro é obrigatório. Ao todo, há 16.452 profissionais registrados, e, nessa categoria, o Rio de Janeiro ultrapassa com grande diferença o número de São Paulo. Enquanto o Rio conta com 5.953 profissionais, São Paulo tem 2.322 registros. Chama a atenção o número de profissionais registrados no Paraná, terceiro Estado com mais guias, com 1.354. Em quarto lugar, aparece o Rio Grande do Sul, com 1.123. A quinta posição é do Rio Grande do Norte, com 705 profissionais cadastrados.

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

BANCODEDADOS Cadastur

(agosto/2016)

ll 57.826 empresas e

pessoas físicas ll 37.633 empresas de categorias obrigatórias ll 16.452 guias de turismo ll 3.741 empresas de categorias opcionais ll 18.872 agências de viagens e turismo ll 12.060 meios de hospedagem

O lado prático do Cadastur Pesquisamos quantos associados entidades e federações do setor possuem ou dizem possuir em seus sites, já que algumas afirmam que estão em processo de recadastramento, como a Abav e a Fenactur.

HOTELARIA

ll Associação Brasileira da

Indústria de Hotéis (ABIH) – São 3,2 mil meios de hospedagens associados em todo o Brasil. A entidade diz não ter os dados por Estado, já que algumas regionais da ABIH não disponibilizaram seus números.

ll Fórum de Operadores

Hoteleiros do Brasil (Fohb) - Representa as 27 principais redes hoteleiras nacionais e internacionais que atuam no Brasil, totalizando 635 hotéis e 111 mil unidades habitacionais.

ll Federação Brasileira de

Hospedagem e Alimentação (FBHA) – São 66 entidades congregadas sob esse guarda-chuva, com 940 mil estabelecimentos, entre meios de hospedagem (10%) e restaurantes (90%).

ll Associação Brasileira de

Resorts (ABR) – 49 resorts associados.

ll Federação Brasileira de

Albergues da Juventude (HI Hostel Brasil) – 87 albergues associados.

AGÊNCIAS DE VIAGENS

ll Associação Brasileira

de Agências de Viagens (Abav) – Está finalizando um recadastramento das agências para atualização dos números, mas o site da entidade exibe o número de 3,5 mil associados.

ll Associação Brasileira

das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) – 30 TMCs associadas.

ll Associação das Agências

de Viagens Independentes do Estado de São Paulo (Aviesp) – 250 agências associadas.

ll Associação das Agências

de Viagem de Ribeirão Preto e Região (Avirrp) – 71 agências associadas.

ll Associação Brasileira das

Operadoras de Turismo (Braztoa) – 68 operadoras associadas.

ll Federação Nacional de

Turismo (Fenactur) O site da entidade fala em 24 sindicatos que “representam 15 mil agências de viagens”. Não possuem a informação por Estados, por estarem em fase de implantação de um sistema de gestão das contribuições sindicais.

GUIAS DE TURISMO

ll Federação Nacional

dos Guias de Turismo (Fenagtur) – Os guias não se associam diretamente à federação. Eles se afiliam aos sindicatos estaduais e os sindicatos são associados à federação. A Fenagtur divulgou apenas os números do MTur: mais de 16 mil guias.

GESTORES DE VIAGENS

ll A Associação Latino-

americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev) possui 218 empresas e 415 profissionais associados.



08 Cruzeiros marítimos

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

>> Rodrigo Vieira

Expert e exclusiva RELACIONAMENTO COMERCIAL, ENTROSAMENTO DE EQUIPE, RODAGEM... ABRIR UMA EMPRESA que só trabalha o B2B significa ter de encarar esses desafios antes de sequer prospectar crescimentos astronômicos de vendas, e consequentemente de receitas. Não é o caso da embrionária R11 Travel, a nova representante exclusiva de vendas Royal Caribbean - e suas subsidiárias Azamara e Celebrity - no Brasil e América Latina (exceto México). Embora tenha sido oficialmente aberta em 1º de agosto, a companhia do diretor Ricardo Amaral já nasce com mais experiência do que muita empresa “rodada” no Turismo. Isso porque grande parte da equipe de aproximadamente 40 funcionários da R11, situada em Santo André (SP), é dos tempos de Royal e foi convocada pelo ex-VP da armadora para a América Latina, no caso, o próprio Amaral. Os que nunca passaram por lá pelo menos têm alguma experiência com trade, e isso, segundo Ricardo Amaral, alivia um peso enorme nesse início de trabalho. “Já nascemos entrosados e com o reconhecimento de muitos agentes de viagens. Ando pelos corredores e parece que tenho uma empresa com anos de mercado, tamanho entrosamento dos profissionais, entre eles e a partir deles para com o trade”, comemora, orgulhoso. “A experiência do meu plantel adianta tarefas que demandariam muito tempo para serem concluídas." Isso não significa, porém, estar livre de desafios. De pouco serve um material humano qualificado se há falta de recursos tecnológicos à altura, principalmente quando se trata de uma representante exclusiva de vendas. Para um público-alvo tão habituado a sistemas, como o agente de viagens, essa dependência tecnológica é ainda maior. Por conta disso, Amaral garante investir muito em um Centro de Processamento de Dados de primeira

Alexander Haim e Ricardo Amaral

categoria para não haver “quedas no sistema”. Outra novidade, e essa afeta diretamente os agentes de viagens, é a implementação do novo sistema de reservas Bookeasy, desenvolvido por uma parceira escocesa da Royal. “Do ponto de vista de tecnologia, a mudança é extremamente relevante, e a principal delas é a substituição do sistema. O Bookeasy é a evolução de um sistema anterior que tinha uma série de limitações e não suportava o modelo de distribuição exclusiva. O site (www.bookeasy.com.br) já está disponível desde o dia 1º, mas ainda possui uma série de atualizações a serem feitas, e isso ocorrerá gradualmente, até que caia totalmente no gosto do nosso distribuidor, o agente”, explica, comparando a usabilidade com uma situação corriqueira. “O usuário do Iphone que migra para um Android, e vice-versa, sente muita dificuldade no início, pois já estava acostumado a um

O escritório da R11 em Santo André, que ainda será decorado com o layout da nova representante

sistema operacional. Isso não significa que um é melhor ou pior do que o outro, apenas diferente na usabilidade.” De fato, em um mundo – e um setor – tão transformado pela tecnologia, a R11 tem de reunir muito esforço no Bookeasy. Já nas duas primeiras semanas de operações, a empresa teve um aumento de 50% de demanda por telefone, na comparação com o mesmo período anterior, quando ainda era só Royal. Em vendas efetivas, a empresa registrou média de 31% de alta no mesmo período comparativo. “Esperávamos cerca de 12 mil ligações no mês e recebemos nove mil nos primeiros 15 dias. É um problema bom, digamos assim, visto que registramos quase o dobro de vendas que a Royal teve no período. Todavia, por termos um produto incomparável e muito visado, os navios Royal, estamos com foco total nas melhorias necessárias. É uma força-tarefa”, conclui o líder da

R11, adiantando que a partir de setembro os agentes começarão a ser capacitados. “Já temos um manual de instruções para os sistema, mas o Bookeasy é muito intuitivo e não teremos problemas nos treinamentos.” Nas primeiras semanas de setembro, a R11 deve promover capacitações com os agentes de viagens, a princípio na capital paulista. Para acessar o Bookeasy, os agentes podem usar o mesmo usuário do sistema anterior da Royal Caribbean, o Espresso, e a senha R11TRAVEL01 (temporária, para primeiro acesso apenas).

NOVOS PRODUTOS

A considerar pelo fato de que a Royal parou de navegar no Brasil (por decisão acertada, na avaliação de Amaral), a R11 entende que há uma clara opção de receita adicional aos agentes de viagens na venda do aéreo e da hospedagem para os dias que antecedem e/ou sucedem o embarque. Por conta disso, o Bookeasy deve iniciar, também a partir de setembro, a venda de outros produtos. A ideia é criar um one stop shop. O principal produto, em parceria com a Ancoradouro, deve ser o aéreo, mas hospedagem, carros, seguros, e outros também terão espaço para serem agregados aos cruzeiros marítimos. "Não faz sentido disponibilizar apenas cruzeiros em um sistema que é totalmente capaz de ter outros produtos incorporados. Resolvemos então fazer um one stop shop, que deve estar


09 todo disponível até o final de setembro, quando o agente de viagens terá a opção de ampliar seu leque e comprar quase todo pacote em apenas um ambiente”, afirmou o diretor da R11. “Se temos uma operação totalmente outbound, algumas coisas precisam estar lá para os agentes fazerem receita adicional, já que tudo será comissionado. Muitos têm preferido um sistema dessa maneira em vez de sair comprando em vários lugares”, completou. Os aéreos para Caribe, Europa e Alasca, onde é feita a maioria dos cruzeiros vendidos pela R11, serão fornecidos pela Ancoradouro, enquanto os fornecedores de outros produtos estão sendo contatados e negociados.

VELHOS CONHECIDOS

Famoso entre os operadores e agentes de viagens quando o assunto é Royal Caribbean, Alexander Haim foi escolhido para ser o diretor comercial da R11, e a ele se reportam outros velhos conhecidos do trade. TODY NAVARRO — Ex-Nascimento e New Line, ele volta ao Turismo depois de mais de dois anos longe do setor para atender a todo o Brasil. Seu contato é tnavarro@r11travel.com.br. MAX SANTINELLI — Outro que retona ao Turismo, dessa vez como gerente de Contas. Durante seus 20 anos de Turismo, o executivo teve passagens por Costa Cruzeiros e Alitalia. Após um tempo longe do setor, ele regressa também para atender a todo País. Santinelli atende no msantinelli@r11travel.com.br. SABRINA MORETTI — Outra gerente de Contas da R11 Travel. Após passagens por Iberia, Lan e CVC, a executiva chega para dar seus primeiros passos no setor de cruzeiro. Seu contato é smoretti@r11travel.com.br. DIANE SANTANA — Fica responsável por Clientes Corporativos e Grupos de Lazer. Assim como Haim, a executiva foi direto da Royal Caribbean à nova empresa de representação. Seu contato é dsantana@r11travel.com.br.

COMANDANTES

Fernando Garcia também fez a travessia direta Royal Caribbean – R11 Travel e atua como head de Marketing Fernando Garcia, mesmo setor que respondia na armadora, além do diretor de Planejamento, Diego Dantas, e do gerente de Operações, Marcelo Gomes, que era do comercial da Royal. A diretoria financeira fica a cargo de Cláudio Ferrete, ex-Itaú. E há vagas a serem preenchidas, segundo Amaral. “A previsão é de estarmos com aproximadamente 60 funcionários nesse início, e temos hoje entre 40 e 50.” Alexander Haim demonstra confiança nesse início de trabalho e afirma que as expectativas estão sendo superadas. Para ele, não houve nenhum receio em como o agente de viagens encararia essa mudança de Royal para uma representante. “Reunimos aqui nomes absolutamente conhecidos no mercado e seguimos

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

trabalhando com a confiança do trade. Aliás, agora podemos atender o agente de viagens ainda melhor e com maior proximidade. Nossos profissionais têm conhecimento de causa e a equipe está surpresa com a vasta oportunidade que os produtos Royal oferecem”, aponta. “A estratégia seguirá sendo a mesma, com agressividade nas vendas, pautadas em proximidade, bom atendimento e diálogo. A R11 elevará a Royal a um patamar ainda maior no Brasil e na América Latina.”

DOIS ESPAÇOS

No Edifício Itália já funciona o novo escritório da Royal Caribbean, que cuida da parte administrativa das vendas realizadas até 31 de julho deste ano. No mesmo prédio, localizado no centro de São Paulo, a R11 também criou um espaço destinado principalmente à equipe comercial. “Nossa sede é no ABC Paulista, que vem sendo uma região bem atraente para o setor por questões tributárias e fiscais, mas também porque apresenta ótimas condições de trabalho”, compara Amaral. “Entretanto, temos no Edifício Itália um escritório focado no comercial, pois não dá para fugir de uma região em que os principais players turísticos estão localizados.”

Tody Navarro, Sabrina Moretti e Max Santinelli, gerentes de Contas da R11 Travel

Marcelo Gomes, gerente de Operações, Diane Santana, gerente de Clientes Corporativos e Grupos, Ricardo Amaral e Diego Dantas, diretor de Planejamento. Todos fizeram a ponte direta Royal-R11

CRUZEIROS NO BRASIL

Ainda não há previsão para a volta de um navio da Royal Caribbean para costa brasileira. “Ainda falta muito. Continuamos com problemas de infraestrutura e tributário. Infelizmente não avançamos em quase nada aqui no País. Creio que um dia a Royal voltará a navegar por aqui, até porque a empresa se interessa muito pelo produto e pelo consumidor brasileiro, mas não há previsão de que isso aconteça”, avalia o diretor da R11. Enquanto isso, as vendas no Brasil surpreendem a R11 a ponto de superar o número de vendas previsto para esse início de representação. O interesse do brasileiro, de acordo com Amaral, está 70% no Caribe e 30% em outros destinos, com destaque para Europa. Com menor volume, Austrália, Alasca e China fecham a lista. “Historicamente os mais vendidos no Brasil são o Oasis e Allure, que realizam cruzeiros pelo Caribe, com embarque em Fort Lauderdale, Estados Unidos”, explica Haim. “Também se destacam os minicruzeiros de três a cinco noites com embarque em Miami, que realizam roteiros para as Bahamas.” Porém, a maior demanda por parte das agências e dos passageiros é o Harmony of the Seas. “Trata-se do maior navio de cruzeiro do mundo, inaugurado agora em maio na Europa, que inicia em novembro sua temporada no Caribe através de cruzeiros de sete noites no Caribe, com embarque em Fort Lauderdale.”p Departamento Financeiro: Nicolas Coppini, Gabriela Tobias, Claudio Ferrete, Bruna Martins, Daniela Nobre e Amanda Bottacini

Departamento de Atendimento às Agências: Clarice Macedo, Larissa Moura, Núbia Alvarenga, Renato Barboza, Camila Silva e Letícia Martins

Departamento de Atendimento às Agências: Vanessa Goes, Tamy Gil, Gabriel Rachid e Bárbara Petrato

Eduardo Juliasse, Fernando Garcia, Bárbara Benevento e Thiago Mauad, todos do Marketing




12 Hotelaria

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

>> Rafael Faustino

Flórida nos novos tempos NÃO É MAIS NOVIDADE FALAR DO IMPACTO DE MODELOS DISRUPTIVOS NO TURISMO. SOBRETUDO na área de hospedagens, sacudida por tecnologias como o Airbnb, as empresas tradicionais do setor buscam se reinventar para seguir se destacando. E há mercados e setores que não se intimidam com o novo tipo de concorrência e buscam alternativas. É o caso da Flórida e da VPI Hospitality, que administra mais de 15 hotéis no Estado norte-americano, entre Orlando, Miami e Kissimmee, e não sente medo do aplicativo e de sua influência sobre os turistas. “Aqui na Flórida [o Airbnb] não fez ainda uma grande diferença. Certamente se tornou a primeira opção para as gerações X e Y, que viajam mais a passeio, sempre optando por entretenimento econômico. Mas a maioria dos viajantes ainda faz questão de serviços como camareira, recepcionista, estacionamento e todas as mordomias que envolvem a hospedagem”, aposta o presidente da VPI, Frank da Costa, em entrevista ao JP. Frank, que iniciou sua carreira décadas atrás no front desk do Gershwin Hotel, em Nova York, deixa claro também que não pretende confundir concorrência com briga na relação com esse novo modelo. “Sou a favor do sistema, acho a proposta prática”, diz. A resposta da VPI e do Estado mais amado pelos brasileiros nos Estados Unidos tem sido também investir no modelo de aluguel de casas. Porém, apostando em

Frank da Costa, presidente da VPI Hospitality

O Colony Hotel Miami Beach é uma das propriedades da VPI Hospitality na Flórida

locações mais confortáveis e até luxuosas, oferecendo não só apartamentos, mas também lugares em vilas, condomínios e grandes residências, para grupos maiores. “O aluguel de casas já representa 50% da ocupação no Estado, e é um setor sempre aquecido. O crescimento é nítido, e certamente os números irão aumentar ainda mais”, comenta o presidente da VPI.

BRASIL EM BAIXA

Embora muito próximo do mercado brasileiro, Frank, que inclusive fala português, sabe que o fluxo de brasileiros para a Flórida não é mais o mesmo. No caso dos hotéis da VPI, que tem um escritório em São Paulo, houve uma queda de 40% nas viagens de turistas daqui, além de uma mudança no tipo de hospedagem procurada. “Quando analisamos os números sobre o mercado brasileiro, é nítido que a ocupação diminuiu consideravelmente. A alta do dólar faz com que muitos brasileiros economizem, comprando pacotes e diárias mais baratas, mas sem deixarem de viajar. A procura por hotéis low cost aumentou e, consequentemente, os resorts sofreram os impactos dessa mudança de preferência dos turistas”, observa o presidente da VPI. O que colabora para que essa queda não seja ainda maior, segundo ele, é o

efeito das OTAs. Três quartos da ocupação da companhia vêm de serviços como Expedia e Booking.com, situação que, no Brasil e no Exterior, já gera conflitos entre essas empresas em função das cláusulas de paridade tarifária. “Isso é sempre um desafio para nós, mas estamos conseguindo expandir a distribuição em outros canais digitais que não trazem esse problema”, garante, citando tecnologias como Travel Click e Siteminder, que funcionam como gestores de reservas e também distribuidores junto a terceiros. E, com o fraco movimento de brasileiros, Frank e a companhia diversificam seu foco de atuação em outros novos mercados. “Vamos continuar atacando outros mercados enquanto o brasileiro está superando a melhora”, promete, citando Argentina, Peru, México e Paraguai como emissores importantes para a empresa, além do mercado do Oriente Médio. Este, impulsionado por um voo direto entre Dubai e Orlando, é cada vez mais presente na Flórida e nos hotéis da VPI, segundo o presidente da rede.

EM PROL DA HOTELARIA Com longa história no ramo, Frank da Costa acumula o cargo de presidente da VPI Hospitality com o comando de outra

organização: a Associação Internacional de Vendas e Marketing de Hospitalidade (HSMai), entidade voltada à educação e consultoria junto aos profissionais de marketing, vendas e gestão hoteleira. Tanto no Brasil como no Exterior, a HSMai promove encontros periódicos do setor, difundindo novas práticas e estratégias para a melhoria dos serviços. “Como presidente, dedico sempre uma hora do meu dia para os assuntos da HSMai, sempre estou em contato com a matriz em Washington DC, fazemos reuniões e projetos buscando sempre o melhor. Temos ainda encontros presenciais todos os meses, com um programa educativo focado em otimização da receita, aceleração das vendas e inspiração no marketing”, define, sobre a organização. Paralelamente, está prevista uma expansão da VPI, com um novo hotel em Miami, a ser inaugurado em novembro deste ano. Isso e as novidades da própria Flórida deverão colaborar para o Estado continuar atrativo aos turistas no futuro. “O aeroporto de Orlando terá um novo terminal em 2017, e Kissimmee passa por reformas e novas construções. A Flórida está sempre se renovando e inovando para atrair novos turistas e fazer com que os antigos não se cansem”, garante o executivo. Fale com Frank pelo e-mail frank@ vpihospitality.comp



14 Viage n s c o rp o rat iva s

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

>> Henrique Santiago

Desafios nos negócios

Os conselheiros do Cevec e participantes do encontro

ENTENDER O VIAJANTE CORPORATIVO E O DE LAZER. ESSE É O ASSUNTO DE MAIOR DISCUSSÃO no ambiente de negócios. Para colocar o assunto em pauta, o Conselho Executivo de Viagens e Eventos Corporativos, o Cevec, da Fecomercio-SP, reuniu especialistas em diferentes segmentos da indústria no painel Hot or Not. Com apresentações de 15 minutos cada, mediadas pelo editor-chefe da PANROTAS, Artur Andrade, os apresentadores trouxeram um rápido panorama dos seguintes temas – aviação, hotelaria, corporativo, lazer e eventos. A abertura ficou com a diretora de Vendas da Air France-KLM no Brasil, Adriana Cavalcanti, que, ao lado do diretor de Comunicação da Abear, Adrian Alexandri, trouxeram novas discussões para o setor de viagens aéreas. Segundo Alexandri, a aviação “comemorou” um ano de retração em agosto, elucidando o mau momento da indústria no Brasil. Porém, o que pode reavivar o segmento é pôr um fim à franquia de bagagem despachada. “Nós temos o terceiro maior mercado doméstico do mundo. Queremos o padrão [que existe] lá fora”, desabafou. A ideia é fazer com que as bagagens de mão, por exemplo, não excedam dez quilos. A regulação desse item por parte da Anac, nas palavras dele, facilitaria a operação de low costs estrangeiras no Brasil, mas é preciso mais, uma vez que uma empresa europeia

teria gastos até 30% mais altos do que em seu país de origem, citou o diretor. Enquanto a Abear trava um embate com os órgãos brasileiros, a maior companhia aérea da França pode, enfim, ter a possibilidade de viver dias melhores do outro lado do mapa. Para Adriana, o aumento de demanda em relação à oferta irá ocasionar o aumento da tarifa média da Air France ainda no segundo semestre, uma vez que o baixo preço do tíquete preocupa as companhias aéreas internacionais. Mesmo assim, a executiva concorda que mais companhias aéreas podem deixar de operar no Brasil. “Infelizmente vão sair. Sinceramente, enquanto consumidora e player, acredito que a concorrência é necessária. Quando uma empresa cancela ou diminui voos, os concorrentes vibram. Mas como consumidor, eu não acho legal. E não vai parar por aí porque temos companhias questionando se vale a pena ou não ficar aqui.” O porta-voz da hotelaria, o diretor executivo da ABR, João Bueno, repete o discurso de inovação por parte dos empresários e tem na economia compartilhada do Airbnb o espelho para tal. A oportunidade é válida, sobretudo, para empreendimentos independentes. “Hoje não se pode mais pensar em oferecer hospedagem. Eu ofereço um bom quarto, mas tenho que agregar experiências. É o grande trunfo que o Airbnb está trazendo: colocar a experiência local com a comunidade”, explicou. “Não vamos conseguir brigar

com eles. Não existe a possibilidade de isso acontecer”, completou. Ao retomar a briga com as OTAs, o executivo criticou os hotéis que disponibilizam o produto em sua totalidade para as agência on-line, deixando tudo na mão de um player. O diretor executivo do Fohb, Orlando Souza, complementa: “as reservas vão vir cada vez mais on-line. O ‘cara’ acessa a Booking e nós temos como papel retê-lo. Não sei se com experiência, CRM, tecnologia e afins. Mas essa é a ‘pegada’ seguinte”, opinou. Para a presidente da Alagev, Patricia Thomas, o celular deixou de ser apenas um meio de acessar redes sociais e se informar brevemente. Trata-se, cada vez mais, de uma ferramenta corporativa com uso cada vez mais frequente de aplicativos de reserva de hospedagem, voo ou de solicitação de corridas. “Por que não usar no corporativo?”, sugeriu às TMCs. “A pressão que o viajante coloca é grande”, completou. Gestores de viagens, de acordo com ela, devem ser cada vez mais flexíveis a fim de engajar o viajante. O termo “mandatório”, ou seja, empresas que impõem regras restritas, deve cair em desuso. Isso inclui, de acordo com ela, a utilização de diversos canais e autonomia de compra em qualquer um deles, mas respeitando, claro, a política de viagens. A Braztoa viu o internacional cair quase 40% em viagens de brasileiros ao Exterior em 2015. O que foi sentido

pelas operadoras pode, em partes, ser superado, segundo a diretora executiva da entidade, Monica Samia. “O corporativo com lazer é uma grande oportunidade. Ninguém mais tira 30 dias de férias. Podemos aproveitar para oferecer pequenos serviços ao turista de negócios e isso traz negócios para o lazer”, pontuou. A presença de novos players fez a indústria tradicional repensar seus negócios. Assim como a hotelaria, os operadores devem sair da zona de conforto e mostrar por que é mais viável comprar com eles. “A gente não pode vender só commodity. Temos de fazer com que dois mais dois seja igual a dez.” Para finalizar os painéis, a Associação Brasileira de Marketing Promocional, Celio Ashcar Jr, a Ampro, foi representada pelo seu presidente, Wilson Ferreira. Assim como seus antecessores, ele também vê dificuldades no setor de eventos. Segundo ele, o desafio número um é lidar com as diversas taxas de Imposto sobre Serviço (ISS) em cada município. “Imagine promover um roadshow para uma empresa e levar a alíquota de cada ISS. É loucura”, exclamou, sugerindo a regulação do percentual em nível nacional. Com um setor classificado como desunido, ele sugere que o Brasil está repleto de espaços para realizar eventos, mas ainda existe um “longo caminho” a ser trilhado para chegar ao nível de países do primeiro mundo.p


15 Hotelaria

>

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

Renato Machado

Lembrando do

passado CAXIAS DO SUL É UM DAQUELES LOCAIS DA SERRA GAÚCHA ONDE muitos imigrantes europeus se estabeleceram, por escolha ou necessidade. Mais conhecida pela grande colônia italiana, a cidade também foi morada de muitos alemães durante o século 19. Para manter viva a herança - e como forma de viver esse passado -, o hotel Blue Tree Caxias do Sul criou suítes temáticas. Equipadas com hidromassagem, os apartamentos temáticos abordam a comunidade alemã, italiana e gaúcha. Seja na decoração em estilo enxaimel da suíte alemã, com hastes de madeira e espaços preenchidos com pedras e tijolos, ou na varanda com pergolado, decorada com trabalhos manuais de palha trançada da suíte italiana. A suíte gaúcha completa a oferta de apartamentos temáticos, com ambientação composta por objetos dos moradores do campo do Rio Grande do Sul, como berrante, laço e sela para cavalos. O couro e a madeira também são muito presentes na decoração, aplicados à mobília ou em elementos artesanais. Hóspedes com o intuito de receber visitas em pequenas reuniões têm a opção da suíte executiva, com ambiente projetado pela arquiteta Ana Salles. Todos os apartamentos são equipados com uma cafeteira Nespresso. O Blue Tree Towers Caxias do Sul é localizado no coração da cidade gaúcha, a cinco minutos do centro da cidade e a 15 minutos do Aeroporto Regional Hugo Cartergiani. Outros serviços disponibilizados pelo hotel são piscina coberta e aquecida, sala de ginástica, sauna seca, sala de massagem, restaurante com pratos da culinária gaúcha e internacional e room service 24 horas. Para contatar o Blue Tree Towers Caxias do Sul basta ligar no (54) 3224-9000.

Suíte executiva do hotel Blue Tree Towers Caxias do Sul


16

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

Quem é quem

na April

Agnaldo Abrahão, diretor comercial, Erika Sousa, assistente comercial, e Edgar Kobayashi, deputy CEO

Cintia Souza, Isabela Muniz, Saul Flamiano, Mislene Jesus, Renata Costa, Tatiana Cordeiro, Vanessa Braz e Elananice Santos, também do departamento financeiro

Ronaldo Sousa, Kelvin Preti, Celia Diniz, Elaine Santos, Tharssis Biondi, Evany Farias e Junior Hernandez, do departamento financeiro

A APRIL ESTÁ DE CASA NOVA. DESDE FEVEREIRO DESTE ANO, A EMPRESA ESPECIALIZADA EM SEGUROS MUDOU PARA UM ENDEREÇO NA ALAMEDA SANTOS, em São Paulo, e a experiência tem sido positiva. É o que avalia o diretor comercial da em-

ll Nome: April Brasil ll Tipo: Seguro viagem ll Endereço: alameda Santos, 1.357, 9° andar, Cerqueira César, São Paulo – telefone (11) 32369696 e (11) 3236-6611 ll

Proprietário: Bruno Rousset, presidente, diretor geral e fundador do Grupo April

ll Filiais:

Belo Horizonte - telefone (31) 3285-2999

presa, Agnaldo Abrahão. “Estamos próximos da avenida Paulista, o maior centro comercial do País, e pela primeira vez conseguimos reunir todos os nossos colaboradores de São Paulo no mesmo prédio”, afirma. Além da mudança no espaço físico, a empresa tem apostado na diversi-

ficação dos produtos oferecidos, deixando de apostar em apenas uma única opção. “Este é apenas o início. Estamos divididos em unidades de negócios e pretendemos ampliar essas áreas com produtos inovadores, sem deixar o seguro viagem de lado”, explica o diretor. Conheça mais sobre a April.

Salvador - telefone (71) 3342-2422 Vitória - telefone (27) 2125-9324 Curitiba - telefone (41) 3039-1313 Rio de Janeiro - telefone (21) 22206611

coberturas acima de US$ 60 mil. ll Perfil dos clientes: Liderança no mercado de varejo. Canais: agências de viagens, de lazer e corporativo, e corretores.

ll Fundação: Grupo April - 1988

ll Dica para os agentes de viagens

ll Respostas concedidas por: Agnaldo Abrahão, diretor comercial

venderem bem o produto: Conheçam bem o perfil dos seus clientes, entendam para qual destino o consumidor está indo e procure oferecer um seguro viagem que seja adequado.

ll Produtos que mais vende: seguros para viagens para Europa e

ll Principais ocorrências para o uso do seguro viagem: Assistên-

ll Número de funcionários: cerca de 120

cia médica e hospitalar, dividida entre acidentes e enfermidades.

ll O seguro viagem é bem divulgado no Brasil? Não, ainda não. Ele é um produto muito dirigido e as mídias em que se colocam o seguro viagem ainda são bastante tímidas. Mas eu acho que ele está muito relacionado com a viagem, que já ganhou um pouco mais de espaço na imprensa. ll Principais eventos de que participa: Praticamente todos. Esse ano, porém, não estivemos na


17

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

Avirrp, mas participamos da WTM Latin America, da Abav, de praticamente todos os eventos da Braztoa, de Gramado e de uma feira nova para nós, a BNT Mercosul, em Santa Catarina.

ll Como está o setor após

Raffaella Mihajlovic, Carlos Giubine e Paulo Nascimento, do setor de Marketing

Renata Arruda, Danilo Silva, Juçara Serrano, Cristiane Silva, André Nunes e Meire Shiroma, da equipe de Operações

as novas normas da Susep? As novas regras ajudaram a regularizar o mercado e o seguro viagem se tornou um produto muito mais eficaz para os passageiros. As mudanças só vieram para melhorar o mercado e desde o primeiro prazo da regulamentação a April está dentro das novas normatizações da Susep.

ll Resemeire Passos, Bruna Alvez, Amanda Ramos, Erina Shishiba, Vinicius Ribeiro, Carolina Verdasques e Michele Mendes, do setor midle office

Amarildo Sarde, Kleber Lima, José Augusto, Antonia de Oliveira e Nicolau Galo, do setor comercial

Gabriela Silva, Roberta Lima, Geane Silva, Aline de Oliveira e Diane Paixão, da loja

Felipe Marcondes, Michael Herrero, Bruno Oliveira, Alvaro Deotti e Tiago Marcili, da equipe de TI

Novidades tecnológicas: Teremos venda mobile, permitindo que as agências de viagens façam uma transação de qualquer lugar e a qualquer momento. Além disso, trabalharemos em um portal um pouco mais leve e rápido. Estamos fazendo muitos investimentos em tecnologia.

ll

Momento mais difícil: Foi o último trimestre de 2015, um período realmente mais complicado por conta do aumento do câmbio e depois por conta do IRRF. Esse trimestre, junto com o primeiro de 2016, realmente foi muito desafiador. Eu não vou nem chamar de difícil porque a gente conseguiu fechar bem o ano de 2015 por termos feito a lição de casa muito antes, então sofremos um pouco menos, mas foram momentos muito desafiadores, não só para mim, mas para todo o mercado.

ll História inesquecível: As entregas dos prêmios que nós temos feito têm sido momentos únicos, as pessoas ficam muito agradecidas. Eu acho que isso proporciona um momento muito importante para nós. Além disso, eu sempre digo que nós temos uma equipe muito coesa e isso faz com que o dia a dia fique um pouco menos duro, menos difícil para trabalhar. Costumo dizer que todo mundo aqui é embaixador da April.


18 Destinos

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

> Rafael Faustino

O México que cresce FOI-SE O TEMPO EM QUE PRAIAS NO MÉXICO SE RESUMIAM A CANCÚN, RIVIERA MAYA E ACAPULCO. Com investimentos públicos e privados, destinos emergentes mexicanos atraem cada vez mais turistas e veem multiplicar a cadeia hoteleira, em especial para o segmento de luxo. Os principais casos atuais estão na costa mexicana do Pacífico: Nuevo Vallarta e Los Cabos, regiões que combinam hotelaria de ponta, belas praias, baleias e muita diversão. São vários os números que mostram essa tendência de crescimento. Consultada pelo JP, a Aeroméxico, que leva brasileiros aos destinos pelo traje-

to São Paulo-Cidade do México, afirma que os voos para Vallarta e Los Cabos, a partir de Monterrey, Guadalajara, Tijuana e a própria Cidade do México, têm taxas de ocupação acima dos 80%. E, informações da Direção Geral de Aviação Civil mexicana, mostram um aumento recente de 12% na demanda por voos a Vallarta e 15% a Los Cabos. Conhecendo um pouco mais sobre as duas regiões, é fácil entender o porquê desse crescimento. Com investimentos públicos e privados intensificados nos últimos anos, Nuevo Vallarta instalou um polo turístico luxuoso no sul da província de Nayarit, atrain-

do redes hoteleiras internacionais e modernizando a região ao lado da já tradicional Puerto Vallarta. ”Nuevo Vallarta oferece as melhores praias, assim como hotéis e resorts mais exclusivos e luxuosos que Puerto Vallarta. Uma variedade de campos de golfe e duas marinas das mais importantes em nível nacional também contribuíram para tornar o destino atraente a turistas de maior poder aquisitivo”, destaca o diretor de Vendas do Hard Rock Hotel Vallarta, Leonardo Mena. Inaugurado em 2012 com um espaço privilegiado na praia, que dá para a Bahía de Banderas, o Hard Rock Hotel

de Vallarta pôde colher rapidamente os frutos de seu investimento na região. De um nível de ocupação médio de 44% em 2013, o resort saltou para 72% em 2015, e neste ano projeta “ao menos 76%, com base nos números atuais”. São 348 quartos, com mimos como dispensador de bebidas, produtos personalizados para banho, wi-fi gratuito e duas grandes piscinas equipadas com bares à beira d’água – sem contar seis restaurantes e o clima rock ‘n roll da rede, que permite aluguel de guitarras, disponibiliza playlists para downloads e promove constantemente shows em seus hotéis. Tudo no sistema all inclusive.

Divulgação CPTM

Nas Ilhas Marietas, a praia escondida nas rochas cria uma paisagem única


19 ATRAÇÕES

Além dessa estrutura, contribuem para o crescimento da procura os belos atrativos de Nuevo Vallarta e região de Nayarit que a rede hoteleira soube explorar. “Aqui está um pôr do sol dos mais incríveis do México, além de características naturais como a observação de baleias, entre outubro e fevereiro, e de observação de pássaros raros e migratórios”, revela Reyes. Além disso, as marinas em Vallarta permitem um grande número de passeios de barco pela Bahía de Banderas. “Por ter as praias em uma baía, o mar se torna tranquilo e com uma entrada de vento ideal para atividades como windsurfe, skysurfe e passeios com veleiros”, lembra a gerente de Vendas da DMC Tropical Incentives em Puerto Vallarta, Lorena Rodríguez. Outra das atividades mais praticadas na região é a visita a ilhas afastadas da costa, como as Las Marietas, onde fica a Praia Escondida. Os barcos param a uma distância segura das rochas e só se chega nadando, para passar por uma fenda que desemboca em uma bela e minúscula praia, no interior da ilha. Um belo cenário criado acidentalmente pela erosão, mas que motivou a proteção do

local como patrimônio da Unesco. Os tours para esse e outros locais são vendidos por empresas locais e também diretamente pelas redes hoteleiras. No Hard Rock Hotel, é possível utilizar o resort credit na compra dos passeios. Trata-se de um crédito que os hóspedes ganham para gastos que vão além do all inclusive do hotel, com o valor dependendo do número de noites reservadas.

LOS CABOS

Seguindo ao norte pela costa oeste mexicana chega-se à Baixa Califórnia Sul, em cuja península o maior polo turístico é Los Cabos. Com uma fina faixa de terra entre o Golfo da Califórnia e o Oceano Pacífico, a região une o deserto ao litoral, permitindo ao turista experimentar dois climas distintos, além de deter uma bela paisagem para a circulação de carro entre San José del Cabo e Cabo San Lucas – que justificam o nome Los Cabos. O maior símbolo da região é o arco de pedra na ponta de Cabo San Lucas, exatamente onde o oceano encontra o mar interno mexicano. “Ali está uma das paisagens mais atrativas do México, com fauna marinha que reúne leões marinhos e focas à vista dos visitantes, além de uma vida noturna

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

e gastronomia que tornaram a região famosa internacionalmente”, diz a diretora de Vendas da Tropical Incentives na região, Yolanda Vegas. Somando essa a outras atrações – como as galerias de arte milenares e os povoados jesuítas em San José del Cabo, a área com característica mais tradicional mexicana na região –, Los Cabos também experimenta intenso crescimento turístico. A Secretaria de Turismo da Baixa Califórnia Sul diz que a ocupação média da região subiu de 65% para 74% entre 2014 e 2015. Crescimento que deverá se intensificar com a promessa de instalação de quase cinco mil quartos em novos hotéis em Los Cabos nos próximos anos, segundo o Conselho de Promoção Turística do México (CPTM). Destas, 600 virão de um novo Hard Rock All Inclusive que será inaugurado no próximo ano, levando ainda mais conforto e entretenimento aos turistas que forem à região.

PRIORIDADE MEXICANA Com tudo isso, Vallarta e Los Cabos se tornaram duas regiões prio-

ritárias para o Turismo mexicano. Na campanha iniciada neste ano no Brasil junto a agências e operadoras de Turismo, regiões tradicionais e já consolidadas, como Cancún e Riviera Maya, foram preteridas para dar lugar a elas, além de Guanajuato, destino cultural mexicano. “Queremos mostrar que somos muito mais que as praias do Caribe. São destinos únicos, com atividades que podem atender os viajantes mais exigentes e crescem a cada ano em oferta hoteleira e atrativos turísticos”, ressalta a diretora do CPTM para o Brasil, Diana Pomar. O órgão fez um roadshow inédito pelo Estado de São Paulo durante o mês de julho, mostrando o melhor desses destinos acompanhado pelos representantes locais e também pelos hotéis que operam na região, que realizaram capacitações com agentes de viagens. A caravana ainda irá passar por Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Goiânia, Brasília, Campo Grande, Caxias do Sul (RS), Curitiba e Porto Alegre em setembro e outubro. 

AEROMÉXICO

São Paulo -> Cidade do México (diário)-> Los Cabos (três voos diários) Vallarta (três a seis voos diários)

México

São Paulo-> Cidade do México (diário) -> Los Cabos (Interjet– dois voos diários) Vallarta (Interjet – dois a quatro voos diários)

DELTA

São Paulo -> Atlanta (diário) -> Los Cabos (diário) Vallarta (diário)

Los Cabos Vallarta

Algumas companhias aéreas permitem a ida de brasileiros a Vallarta e Los Cabos. A forma mais rápida é sair de São Paulo e fazer uma conexão na Cidade do México ou nos Estados Unidos, seguindo então para um dos destinos. Vejas as companhias que fazem os trajetos, com duração de 13 a 19 horas, dependendo do tempo de conexão:

Vista aérea do Hard Rock Hotel em Nuevo Vallarta

Divulgação CPTM

LATAM/INTERJET

AZUL/UNITED

São Paulo-> Houston (diário)-> Los Cabos (diário) Vallarta (diário)

Cenas como essa não são tão raras nesses destinos mexicanos. As regiões são escolhidas pelas baleias para se reproduzir


20 Aviação

31 de agosto a 6 de setembro 2016 JORNAL PANROTAS

>> Henrique Santiago

O lado

vip da Gol

Paulo Kakinoff e Paulo Miranda, da Gol

CONCEBIDA COMO “LOW COST, LOW FARE”, A GOL LINHAS AÉREAS VEIO AO MERCADO BRASILEIRO HÁ 15 ANOS PARA proporcionar preços competitivos em bilhetes aéreos e se diferenciar em relação às concorrentes. Em sua trajetória, evolui para “low cost, best fare” e passou a ser consumida pelo mercado de viajantes corporativos. No último dia 23, a companhia aérea apresentou um produto que simboliza seu momento atual: um novo lounge vip no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Localizada na área de embarque internacional do Terminal 2, a sala de 800 metros quadrados e com capacidade para 250 clientes é apenas uma de quatro que serão inauguradas até o fim do ano no mesmo aeroporto – na parte doméstica – e no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro (outras duas). O espaço se diferencia por promover o que o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, classifica como “luxo à própria maneira”: sem pompas e sofisticação, com conforto e prezando pela simplicidade e pelo bem-estar. “Não deixamos de ser uma low cost . O que praticamos como empresa de baixo custo tem a ver com a precificação das tarifas”, explicou. Desde que apresentou o novo posicionamento de marca, há cerca de dois anos, a transportadora divulgou identidade visual, produtos de bordo, assentos de couro, wi-fi (que começa ainda este ano) e, agora, o novo espaço vip para viajantes. “Esse lançamento, como disse um cliente nosso que viu a sala, é a materialização do que somos, não apenas pelas cores ou texturas, mas pelo nosso valor de oferecer segurança, qualidade, eficiência, conforto e inteligência”, continuou Kakinoff.


21

31 de agosto a 6 de setembro 2016 JORNAL PANROTAS

BRASILIDADE

Sem as pompas de uma área de companhia aérea cinco estrelas ou de uma aliança aérea, o Premium Lounge tem a “brasilidade” dentro de si, pode-se dizer. Projetado por brasileiros, tem uma parede de taipa de pilão e cadeiras com material similar à palha em sua composição. Além disso, o conceito de sustentabilidade se aplica ao local, com garrafas pets utilizadas em assentos. Materiais mais econômicos, como granito preto, destacam as bancadas e contrastam positivamente com as poltronas e sofás claros. Ainda há um bufê que oferece aperitivos gourmetizados e um bar com uma variedade de bebidas, de champanhe a caipirinha. “Ser rebuscado não é parte da Gol. A definição de luxo, e o que eu vou falar é um clichê, é um termo em clara revisão. Na nossa leitura, é o que proporciona bem-estar. O luxo pelo luxo não é o valor que a marca quer comunicar”, disse Paulo Kakinoff. O diretor de Produtos e Experiência do Cliente, Paulo Miranda, assinala que o “lounge piloto” em Guarulhos servirá como base para os que serão abertos ainda este ano, sendo que o Galeão será um pouco maior, como adiantou o executivo. O presidente ainda pontuou a possibilidade de levar esse projeto para outros países onde a Gol tem forte presença. Argentina e Uruguai são dois mercados internacionais fortes para a aérea.

Petiscos servidos aos convidados

As ''cadeiras esqueleto'' têm garrafas pet como principal material

TECNOLOGIA NA MÃO

Com conexão gratuita, a internet também será disponibilizada no espaço para os viajantes no Premium Lounge. O tema, aliás, está em alta na Gol. Miranda revelou que toda a frota de aeronaves da Gol receberá entradas USB – atualmente, apenas 19 dos 137 aviões têm essa facilidade. A tecnologia via satélite será implementada até o fim do ano, espera a empresa. O voo teste está marcado para setembro, ainda sem data definida. Até 2018, os clientes da transportadora poderão desfrutar do wi-fi em seus respectivos aparelhos e ter acesso a filmes, séries, músicas, entre outros, garantiu Paulo Miranda. O acesso à sala da Gol é gratuito aos clientes Ouro e Diamante do Smiles, para quem voa pela classe Gol Premium e passageiros de executiva ou primeira classe da Air France-KLM e Delta. As demais parceiras aéreas serão incluídas em breve. p

Os assentos têm tomada à disposição para recarregar aparelhos

As ''cadeiras esqueleto'' têm garrafas pet como principal material

Banheiros têm chuveiro em ambientes à parte


22 Jogos Olímpicos

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

> Diego Verticchio

Medalha de

MESMO ENCARANDO COMO UM ADVERSÁRIO A DESCONFIANÇA DE PARTE DO POVO BRASILEIRO e precisando driblar as crises política e econômica, os Jogos Olímpicos Rio 2016 terminaram da mesma forma que começaram: um sucesso! O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, chamou o evento de “icônico” e, em um português recheado de sotaque, falou durante a cerimônia de encerramento que os jogos foram “maravilhosos na Cidade Maravilhosa”. Realizado de 5 a 21 de agosto, o maior evento esportivo do planeta mereceu elogios dos principais veículos de comunicação no mundo, além de comentários positivos dos principais atletas, entre eles Michael Phelps e Usain Bolt, as duas grandes estrelas

desta edição. O prefeito Eduardo Paes celebrou o sucesso da competição e agradeceu o empenho dos brasileiros, principalmente dos cariocas, em fazer deste evento “memorável”, sendo capaz, inclusive, de “calar os críticos”. “É preciso agradecer ao povo desta cidade, que demonstrou uma grande capacidade de entrega. Nós sempre ouvimos que o carioca e o brasileiro são conhecidos pelo jeitinho. Mostramos ao mundo que não somos bons só nisso. Somos bons em comprometimento, organização e entrega”, afirmou Paes. Dois dias após o fim dos Jogos Olímpicos, Paes falou com o Jornal PANROTAS e garantiu que se pudesse faria tudo novamente. “Nem no meu melhor sonho imaginei um evento

ouro

deste tipo. Se pudesse faria tudo novamente”, concluiu. Ao fazer o balanço, Thomas Bach afirmou que o COI voltaria a escolher o Rio como sede do megaevento. “Sim, a escolheríamos agora. Esses jogos foram inesquecíveis e icônicos, não foram organizados dentro de uma bolha, mas sim em uma cidade onde há brechas sociais e tudo deu certo. Isso é muito bom”, afirmou Bach.

TURISMO

Entre os setores que mais ganharam com os jogos, o Turismo certamente está entre eles. A cidade recebeu 1,1 milhão de visitantes, dos quais 410 mil foram turistas internacionais, segundo a prefeitura do Rio. O Ministério do Turismo realizou uma pesquisa entre 6 a

16 de agosto para conhecer o perfil do visitante estrangeiro. O estudo identificou que 21,2% eram norte-americanos, 14,8% argentinos e 4,8% ingleses. Já entre os brasileiros, os paulistanos foram aqueles que mais consumiram os jogos, com 33,1% de participação, seguido pelos mineiros, com 11%. Entre os estrangeiros, 30,7% escolheram viajar sozinhos; já entre os brasileiros, 25,1% viajaram acompanhados. Hotel, flat e pousada foram os meios de hospedagem escolhidos por 37,2% dos visitantes internacionais, já as casas de amigos ou parentes foram escolha de 48,6% dos brasileiros. A hotelaria do Rio, segundo a ABIH-RJ, fechou com 94% de ocupação, mais de 20% acima do mesmo período de 2015. Já o Airbnb, parceiro oficial dos Jogos Olímpicos, registrou 85 mil


23

TURISTAS DOMÉSTICOS

TURISTAS INTERNACIONAIS

5,1%

São Paulo (33,1%) Minas Gerais (11%) Distrito Federal (6,1%) Rio Grande do Sul (6,1%) Paraná (5,6%) Pernambuco (4,2%) Santa Catarina (4%) Espirito Santo (3,5%) Bahia (3,4%) Ceará (2,9%) reservas, gerando uma renda direta para os anfitriões em torno dos R$ 100 milhões. Já para a cidade, o Airbnb garante que a movimentação será de R$ 325 milhões. O Píer Mauá registrou o desembarque de 30 mil passageiros no período — dois navios e dois dos maiores mega iates do mundo estiveram ancorados no espaço. A hospitalidade foi o item mais bem avaliado pelos turistas internacionais em viagem ao Brasil. De acordo com a pesquisa, 98,6% destacaram o “bem receber” do brasileiro. O segundo item mais bem avaliado foi a infraestrutura do Aeroporto Antonio Carlos Jobim (Galeão), que recebeu R$ 3 bilhões em investimentos.

VISTOS

O Ministério do Turismo, em parceria com os ministérios da Justiça e Relações Exteriores, editou portaria de isenção de vistos de turismo a visitantes dos Estados Unidos, Canadá, Austrália ou Japão. A medida entrou em vigor no dia 1º de junho e segue até 18 de setembro. O Ministério do Turismo ouviu turistas destes quatro países e 74,7% disseram ter utilizado a dispensa do visto. Para 82,2%, a dispensa do visto facilitaria o retorno. Segundo números do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (Sindrio), a Olimpíada também alavancou o movimento dos estabelecimentos de Alimentação e Bebidas. O aumento, na zona Sul, foi de cerca de 70%. Na Barra, onde ocorreu boa parte das competições, o número de clientes subiu mais de 30%.p

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

9,6%

18,5% 51,1%

15,7%

Alemanha

3,0%

Colômbia

3,3%

Chile

3,6%

Holanda

3,6%

México

3,8%

Itália

4,1%

França

4,7%

Inglaterra

4,8%

Argentina Estados Unidos

ATÉ 2020

14,8% 21,2%

>> Carla Lencastre, especial para o Jornal PANROTAS

RIO 2016 É PASSADO, MAS O CICLO OLÍMPICO DE TÓQUIO 2020 ESTÁ APENAS COMEÇANDO. NÃO por acaso a Tokyo 2020 Japan House, instalada na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, é uma das casas temáticas de países que ficarão abertas durante as Paralimpíadas, entre 7 e 18 de setembro. Em um dos últimos dias dos Jogos Olímpicos do Rio, foi na Casa do Japão que Governo Metropolitano de Tóquio, em parceria com a operadora especializada no país Century Travel, apresentou sua nova campanha promocional para as Olimpíadas de 2020. Com o nome de “& Tokyo. Tokyo Connections. New Beginnings”, a campanha foi detalhada por Chitose Maeda, diretora de promoção da Divisão de Turismo de Tóquio. A publicidade destaca cinco valores, considerados fundamentais: a singularidade de cidade que combina como nenhuma outra tradição e tecnologia, sua excelência de serviços e produtos, a fascinação exercida por lugares como Shibuya e Ginza, a alegria gerada pela gentileza e a beleza, e o conforto de um lugar seguro e com uma grande malha de transporte público. “O slogan ‘& Tokyo’ expressa as muitas maneiras de se conectar com a cidade e pode ser usado com qualquer palavra que descreva uma experiência ou atração como ‘Festival & Tóquio’, ‘Moda & Tóquio’ ou ‘Sushi & Tóquio’”, explica Chitose Maeda. Antes de assistirem à apresentação

Marcel lyeiri, diretor comercial da Century Travel, Akito Tadokoro, do Tokyo Convention & Visitors Bureau, Sabrina Sato, Kendi Yama e Celso Matinaga, da Century Travel

da campanha publicitária, 14 representantes de agências de viagens de São Paulo visitaram a exposição organizada pelo Japão na Cidade das Artes para promover o país. A mostra, aberta ao público em geral, ocupa a área em torno dos pilotis do moderno centro cultural, projetado pelo arquiteto francês Christian de Portzamparc, e o lobby de acesso às salas de espetáculo, no primeiro andar. A Casa do Japão enfatiza as atrações de Tóquio, incluindo o polêmico projeto arquitetônico do novo Estádio Olímpico Nacional, mas também ressalta outras regiões do país em belas fotos de paisagens bucólicas em diferentes estações do ano e detalhes da arqui-

tetura tradicional. “Tóquio é uma cidade vibrante, com uma ampla rede de metrô, lindas opções de passeios e restaurantes espetaculares, inclusive para quem não gosta de comida japonesa. O número de visitantes do Brasil registra um crescimento constante. Com a proximidade de Tóquio 2020 o interesse dos brasileiros pelo país vai aumentar cada vez mais”, disse Marcel Iyeiri, diretor comercial da Century. Quem não quiser esperar até 2020 para ver um grande evento esportivo em Tóquio pode ir um pouco antes: em 2019 o país será a sede do Mundial de Rúgbi.p > Continua na pág. 24


< Continuação da pág. 23

Bombou

24

Os Jogos Olímpicos Rio 2016 não ficaram restritos às arenas esportivas. Do lado de fora o que bombou e muito foram as guests houses. As casas temáticas tomaram conta da cidade, a maioria organizada por países e patrocinadores. Três regiões foram escolhidas: Centro, Barra da Tijuca e Zona Sul. A mais popular entre as mais de 30 guests houses foi a Casa da Suíça, apelidada pela embaixada como Baixo Suíça. Somente no período olímpico foram 160 mil visitantes, média de oito mil pessoas por dia. Gratuita e sempre com uma programação diferente, o Baixo Suíça volta com força total para os Jogos Paralímpicos. Entre os motivos para visitar o espaço, estão a possibilidade de patinar no gelo, experimentar a gastronomia local e conhecer mais da cultura suíça. Veja abaixo algumas fotos das casas temáticas. Se você visitou uma delas, é hora de sentir saudades. Se não teve oportunidade, veja o que perdeu.

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

CASA BRASIL

Foi pensada e preparada para acolher tanto o torcedor brasileiro quanto turistas estrangeiros. Dividida em dois pavilhões, traz o melhor da gastronomia, artesanato e Turismo do Brasil. O espaço permanece aberto até o final dos Jogos Paralímpicos, portanto, vale uma visita.

CASA BAYT QATAR

As experiências deram a tônica na casa do destino que sediará a Copa do Mundo de Futebol de 2022. Foi a casa mais desejada pelos turistas e cariocas, mas os ingressos esgotaram rapidamente. A Qatar Airways era uma das apoiadoras.

CASA DA ÁFRICA

A África se uniu e trouxe para os Jogos Olímpicos um cooperado. A casa ficou na Barra e logo na entrada um simulador da Royal Air Maroc recepcionava os visitantes. Dentro da Casa da África um mix de atrações, como histórias sobre culturas africanas, exposição e comercialização de roupas típicas, além de divulgação de atrativos turísticos.

CASA HOLANDA Embora carregue o nome do País, a casa foi patrocinada pela Heineken e nem o preço alto (45 euros) afastou o público. Todas as noites um DJ diferente comandou as pick-ups mantendo o salão do Monte Líbano sempre cheio de gente bonita.

CASA DINAMARCA

A Casa da Dinamarca foi um dos espaços mais disputados na Praia de Ipanema. Reconhecido como um dos países que melhor trabalham a sustentabilidade, a Dinamarca apresentou diversas ações que o país faz em prol do meio ambiente.

CASA JAMAICA CASA MÉXICO

Bob Marley e Usain Bolt. Os dois maiores símbolos estiveram presentes na Casa da Jamaica. Todas as noites uma banda tocava os maiores sucessos do reggae. Já Bolt esteve lá na casa nas últimas noites. Localizada no Jockey, foi um dos espaços mais disputados para curtir a noite carioca.

A Casa México segue com as exposições abertas para os Jogos Paralímpicos, portanto se você não foi ainda dá tempo. Localizada no Museu Histórico Nacional, traz uma exposição de Frida Kahlo e dos Jogos de 1968.


25

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

VEJA AS CASAS TEMÁTICAS QUE FICAM ABERTAS PARA OS JOGOS PARALÍMPICOS OLI ALE – ALEMANHA NA PRAIA

Endereço: Praia do Leblon (em frente ao número 12 da av. Delfim Moreira, ao lado do Canal do Jardim de Alah) Datas e horários: até 18 setembro, 14h30 às 21h30

CASA JAPÃO – TÓQUIO 2020

Endereço: Cidade das Artes (av. das Américas, 5300, Barra da Tijuca) Datas e horários: 7 a 18 de setembro, 12h às 20h (17 de setembro apenas com convite) TOKYO CARAVAN

CASA BRASIL

Endereço: av. Rodrigues Alves, 10, Armazém 2, Gamboa Datas e horários: até 18 de setembro, das 10h às 20h

Endereço: Paço Imperial (Praça 15 de Novembro, 48, Centro) Datas e horários: até 7 de setembro, 12h às 19h (fecha às segundas)

CASA MÉXICO

CASA COLÔMBIA RIO 2016

Endereço: Centro Cultural do Ministério da Saúde (praça Marechal Âncora 95, Praça 15, Centro) Datas e horários: 5 a 18 de setembro, 10h às 20h

Endereço: Museu Histórico Nacional (Praça Marechal Âncora, Centro) Datas e horários: até 15 de setembro, 10h às 17h30 (somente as exposições)

GRÃ-BRETANHA: British House

CASA PYEONG CHANG

Endereço: Jogos Paralímpicos: Shopping Metropolitano (av. Embaixador Abelardo Bueno, 1300, Barra da Tijuca) Datas e horários: 7 a 18 de setembro, 9h às 22h

CASA ITÁLIA

Endereço: Jogos Paralímpicos: Paróquia Imaculada Conceição (rua Humberto Cozzo, 41, Recreio) Datas e horários: 6 a 17 de setembro (horário a confirmar)

Endereço: Quiosques QL03/ QL04 (av. Atlântica, praia do Leme) Datas e horários: 7 a 18 de setembro (horário a confirmar)

BAIXO SUÍÇA 2016

Endereço: Campo de beisebol (Lagoa Rodrigo de Freitas) Datas e horários: até 18 de setembro, 11h às 23h

CURIOSIDADES

É OURO – Brasil fez sua melhor participação nos Jogos Olímpicos. Terminamos com 19 medalhas, sendo sete de ouro, e seis de prata e bronze. Os Estados Unidos ficaram em primeiro, com 121 medalhas (46 de ouro), seguidos pela Grã-Bretanha (27 de ouro) e China (26 de ouro). QUASE LÁ – Foi por pouco, mas não batemos a meta de ficar entre os dez primeiros no ranking. O Brasil ficou a três medalhas do décimo colocado. Mas valeu o esforço! ELE DE NOVO – Michael Phelps foi o maior medalhista desta edição, com seis no total (cinco de ouro e uma de prata). O norte-americano também ganhou outra disputa: seu nome foi o mais comentado no Twitter, segundo a

própria rede social. ALIÁS – O top 5 do Twitter ficou assim: Michael Phelps, Usain Bolt, Neymar Jr., a ginasta norte-americana Simone Biles..... e o nadador (mentiroso) Ryan Lochte. 7X1 – O assunto mais comentado no Twitter em agosto foi o gol marcado por Neymar Jr. de pênalti e que garantiu a primeira medalha de ouro no futebol ao Brasil, o único título que nos faltava dentro dos gramados. PARALIMPÍADA – Mais um recorde quebrado. Dia 23 de agosto foram vendidos 133 mil ingressos para os Jogos Paralímpicos, marca histórica e celebrada por todos que estão envolvidos no evento.


26 Aviação

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

>> Artur Luiz Andrade

Nova aeronave para novo diretor A ETIHAD AIRWAYS, QUE TEM VOOS DIÁRIOS ENTRE SÃO PAULO E ABU DHABI, A CAPITAL DOS Emirados Árabes Unidos, está em fase de implementação de novidades no Brasil: a partir de 1º de novembro, volta com uma aeronave própria, um A340600, com 60 mais lugares que a oferta atual. E até lá já deve ter anunciado seu novo country manager no País, já que Christophe Didier, na empresa há quase três anos, pediu demissão para assumir a vice-presidência global de Vendas da panamenha Copa Airlines. Christophe ficará baseado na Cidade do Panamá e responderá por toda a área comercial, reportando ao vice-presidente sênior comercial e de Planejamento da Copa, Dannis Cary. O vice-presidente para as Américas da Etihad, Martin Drew, esteve em São Paulo na semana passada, para oficializar a notícia aos dez maiores vendedores da companhia de Abu Dhabi, durante um almoço. Drew agradeceu pelo trabalho de Christophe na Etihad e ao patamar que ele elevou a companhia no País e também

ao time por ele formado. A gerente de Vendas Mariana Trevizan responderá interinamente pela empresa no Brasil. Drew também agradeceu aos agentes e consolidadores presentes, por escolherem a Etihad, especialmente em seus produtos Premium (primeira e executiva). Segundo o vice-presidente, a Etihad Airways voltará a operar com avião próprio no Brasil a partir de 1º de novembro: sai o 777-300 da indiana Jet Airways (parte do grupo Etihad) e entra um A340-600 da Etihad, com 60 lugares a mais na econômica. Antes do avião da Jet Airways, a Etihad operava no Brasil com um 777-200. Ainda de acordo com o vice-presidente da empresa árabe, já há uma melhora de resultados neste segundo semestre, especialmente no segmento Premium e de viagens corporativas. O avião maior vai servir também para suprir o espaço deixado pela saída de empresas como Korean e Singapore no Brasil. A Ásia é o principal destino dos brasileiros que usam a Etihad Airways a partir de São Paulo.

Viage n s c o rp o rat iva s

Mariana Trevizan, Martin Drew e Christophe Didier; Etihad firma compromisso em continuar investindo no Brasil, com avião maior e equipe motivada e com resultados melhores

NA COPA

Christophe agradeceu a seu time e a seus clientes, à liderança de Martin Drew e ao aprendizado que teve na Etihad. “A Etihad tem o melhor produto e a melhor equipe. Sentirei saudades, mas não tive como dizer não a esse grande desafio em outra grande empresa, a Copa Airlines, que tem uma relevância e posicionamento ímpares na América Latina”, disse ele ao Jornal PANROTAS.

A Copa atualmente voa para diversas cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília, Recife e Manaus. A empresa é presidida por Pedro Heilbron e tem 355 voos diários para 69 cidades em 30 países. A empresa é membro da Star Alliance. Christophe é francês e fez carreira na Air France (Paris e Rio de Janeiro), Delta Air Lines e Etihad.p

>> Felippe Constancio

Segunda fase EM CONJUNTO COM A KPMG, A ABRACORP SE REÚNE PERIODICAMENTE COM OS ASSOCIADOS para dar andamento aos projetos voltados ao plano estratégico dos próximos cinco anos. Deles, o sistema de certificação de viagens corporativas a ser implementado a partir de 2017 se prepara para sua segunda fase. O Jornal PANROTAS esteve na última reunião da entidade e perguntou ao presidente da associação, Rubens Schwartzmann, quais os próximos passos do projeto tido como o maior legado de sua gestão. "Vamos nos encontrar com um grupo de trabalho na semana que vem (esta semana) para definir como apurar os números e quais informações vamos entregar ao mercado. Feito isso, o TI montará um processo de envio automático dessas informações. Todos os associados terão de criar um exportador na plataforma Business Intelligence para que ninguém tenha acesso a números individualmente." Mais que resolver o problema da uniformidade, a Abracorp também está revisando os indicadores a serem colhidos e consolidados ao mercado. Desse modo, a plataforma BI mostrará como determinada agência performa

Rubens Schwartzmann, presidente da Abracorp, entre Artur Andrade, Guillermo Alcorta, Felippe Constancio e José Guilherme Alcorta, da PANROTAS

em relação à média das associadas, como produtividade ou tarifa média. Feita uma nova reunião esta semana, que acontece na quarta-feira (31), o novo projeto de inteligência entra na etapa final do processo de elaboração. Neste é contratada uma auditoria que visita as agências para avaliar uma amostragem referente aos dados enviados à associação por meio do exportador. Quando aprovada, a agência recebe uma certificação.

PANCORP

O presidente da PANROTAS, Guillermo Alcorta, o diretor executivo José Guilherme Alcorta, e o editor-chefe Artur Luiz Andrade, estiveram na última reunião da Abracorp para apresentar o site PANROTAS Corporativo aos associados da entidade e pedir o apoio oficial do grupo ao projeto. O jornalista Felippe Constancio foi apresentado como encarregado do projeto na redação, sob a

supervisão dos editores Artur Andrade e Renê Castro. O PANROTAS Corporativo é o espaço no Portal PANROTAS para notícias e estudos relacionados às viagens corporativas, abrangendo desde o fornecedor ao viajante corporativo, passando por todos os players, como as TMCs, que estão no centro do segmento. O projeto tem o apoio da HRS, rede Transamérica e Delta Air Lines.p



28 Eventos

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

>> Karina Cedeño

Experiência na mira

A diretora da Grou Turismo, Mena Mota, o presidente da ABR e diretor do La Torre Resort, Luigi Rotunno, o diretor de Produtos Nacionais do Grupo Trend, Dyogo Schroeder, e o editor da PANROTAS, Renê Castro

EXPERIÊNCIA: PALAVRA QUE PERMEOU CADA LINHA DEBATIDA DURANTE O PANROTAS NEXT Porto Seguro (BA), realizado na última semana e voltado aos profissionais de hotelaria. Não só pelo alto nível dos profissionais presentes no evento, que puderam responder com expertise às questões de mercado levantadas, mas principalmente porque o tema foi destaque de várias palestras ao longo do dia. Reflexo claro da realidade do setor, que vê a experiência do turista nortear cada vez mais os rumos do mercado de viagens no Brasil e no mundo. Desde que o chamado turismo contemplativo, no qual a principal preocupação do viajante era apenas observar o destino visitado, deu lugar às vivências adquiridas no local, o mercado se vê às voltas com a mesma questão: como atender às necessidades cada vez mais exigentes dos turistas? Tal pergunta também não dá sossego às mentes de redes hoteleiras, que tentam se aperfeiçoar na velocidade da luz para ocupar um lugar ao sol junto às OTAs. Para lidar com o fato, a primeira alternativa, segundo o presiden-

te da ABR e diretor do La Torre Resort, Luigi Rotunno, é aumentar as vendas diretas, aliando-se à tecnologia. “Em um mundo onde 90% das pesquisas sobre hotelaria são feitas via smartphones, já é mais do que essencial fazer uso da tecnologia. Hoje 130 milhões de pessoas utilizam smartphones no País, frente aos 30 milhões de dois anos atrás, o que pode ser considerado um aumento muito grande em um curto período de tempo. Portanto, antes de inovarem seus sites, pensem como eles aparecem em uma tela de smartphone", ressalta Rotunno. A tecnologia é tanta, aliás, que até quem não estava presente no evento pôde dar algumas dicas para os hoteleiros. Foi o caso do presidente do Grupo TX, Walter Teixeira, e da sócia diretora da Mapie, Tricia Neves, que apareceram em um vídeo exibido durante o Next Porto Seguro para destacar pontos importantes na hotelaria. Teixeira deu como dica ampliar a distribuição sem oferecer tarifas exorbitantes, destacando a necessidade de se investir em parcerias estratégicas e sistemas, já que estes

Coffee break do Next Porto Seguro

últimos estão diretamente relacionados à experiência dos hóspedes. “Muitos hotéis independentes não atuam de forma estruturada na questão sistêmica, não só no que diz respeito ao processo de implementação, mas também de manutenção", destacou Teixeira, que também é a favor de terceirizar serviços no hotel.

Tricia, por sua vez, acredita que grande parte de um bom desenvolvimento se deve ao modo como os líderes incentivam seus funcionários no ambiente de trabalho. "Dar feedback não é apenas falar sobre o que está certo ou errado, mas acima de tudo propiciar um ambiente de trabalho que dê a oportunidade para o profissional se desenvolver", destaca Tricia.


29

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

DEBATES ACALORADOS E já que o conselho é dar oportunidade, pode-se dizer que ela foi muito bem aproveitada pelos participantes do Next Porto Seguro, que se levantaram para fazer inúmeras perguntas aos especialistas presentes no palco. À medida em que questões delicadas eram levantadas, o Nauticomar All Inclusive Hotel & Beach Club, onde foi realizado o evento, sentia o calor de debates tão intensos quanto as altas temperaturas nordestinas. A região foi, inclusive, destaque em algumas discussões. Uma delas, relacionada à Passarela do Álcool, ganhou peso quando um dos participantes afirmou que o local se tornou hoje um estacionamento de ambulantes, e que está esteticamente feia aos olhos do turista. A questão foi rebatida por Rotunno, que lembrou que os próprios ambulantes carregam consigo muito mais do que barracas: levam a criatividade do povo baiano, e com ela podem encontrar uma solução para dar cara nova ao lugar. Outro ponto levantado por ele foi o investimento em programas de educação relacionados ao Turismo em Porto Seguro. "Esta cidade vive de Turismo, e deveria implementar mais programas educativos relacionados ao setor, inclusive nas escolas", destacou Rotunno. Mas não só o destino precisa se educar e melhorar em questões estéticas e de conteúdo. A hotelaria como um todo precisa se tornar mais atraente aos olhos dos clientes, não só dando maior atenção ao índice de retenção de hóspedes,

Silvia Russo, da Trend, durante o debate no PANROTAS Next Porto Seguro

como bem lembrou o presidente da ABR, mas também investindo na diversificação de públicos, como ressaltou o diretor de Produtos Nacionais do Grupo Trend, Dyogo Schroeder, que também participou do painel. “A hotelaria não pode depender apenas do lazer ou do corporativo para gerar suas receitas. Hoje a diversificação de públicos e produtos é uma tendência na indústria de hospitalidade e no Turismo em geral, e é possível vender lazer dentro do corporativo e vice-versa", destaca Schroeder. Ao mesmo tempo, porém, é preci-

so que o hoteleiro saiba equilibrar a distribuição de canais. "Assim como um investidor não aposta todas as suas ações em uma só empresa, os profissionais de hotelaria precisam discernir quais são os melhores canais de distribuição, que estejam relacionados com os interesses do hotel e consigam passar o valor dele para o mercado", concluiu o diretor de Produtos Nacionais do Grupo Trend. Tudo isso, claro, sem esquecer de que a comunicação continua sendo um dos motores nas experiências vivenciadas pelos turistas, como

lembrou a diretora da Grou Turismo, Mena Mota. “Muitas delas estão relacionadas com o relacionamento e a comunicação dos turistas com os moradores locais, sendo por isso muito importante que os hotéis invistam cada vez mais na capacitação de seus profissionais para atender os estrangeiros que chegam ao Brasil", destacou Mena. Ainda que a maior parte do público do evento tenha sido composta por profissionais da hotelaria, agentes de viagens e operadores também marcaram presença e puderam absorver o conteúdo apresentado. p > Continua na pág. 30

PARA TODOS OS

P Ú B L I C O S - A LV O

PARALELAMENTE AO PANROTAS NEXT PORTO SEGURO, FOI REALIZADA A SEGUNDA EDIÇÃO DO SHOW TUR, QUE REUNIU 32 EMPRESAS (REPRESENTANDO 80 MARCAS) DEDICADAS

a produtos e serviços para o setor hoteleiro. Com o objetivo de promover a interação entre 1,5 mil profissionais, o evento, que foi realizado em parceria com a Azul Viagens e a CVC, trouxe uma proposta ousada: ser relevante para todos os públicos-alvo. “O extremo sul da Bahia tem uma infinidade de hotéis e o perfil é composto por pequenos empresários, e que muitas vezes têm dificuldades de deslocamento para acompanhar uma Feira da Abav ou até mesmo a Equipotel. Com o Show Tour, esse empreendimento tem contato com fornecedores de renome internacional e consegue negociar melhores produtos”, destaca o idealizador do evento, Wilson Espagnol, também presidente da ABIH-BA para o extremo sul do Estado. A edição deste ano contou com a presença de 250 agentes de viagens e 35 operadoras. No ano passado, os fornecedores para hotelaria venderam R$ 3 milhões durante o evento, e a expectativa para este ano é que este número seja superado.

O idealizador do evento, Wilson Espagnol


30

Flashes

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

PANROTAS Next Porto Seguro

< Continuação da pág. 29

1

Mena Mota, Luigi Rotunno e Dyogo Schroeder (abaixo), com os colaboradores do Grupo Trend, La Torre e Grou Turismo 2 O diretor de Produtos Nacionais do Grupo Trend, Dyogo Schroeder, junto a Viviane Alencar e Silvia Russo, também da Trend 3 Joelma Zorato, do Hotel Amendoeiras, e Fernando Zocrato, da Cabana Costa Mágica 4 Vilmar dos Santos e Cristina Araújo, ambos da Pousada Taruma 5 O vice-presidente da ABIH Nacional, Manoel Linhares, com o presidente da entidade, Dilson

Fonseca 6 José Guilherme Alcorta (PANROTAS), Mena Mota (Grou Turismo), Luigi Rotunno (La Torre), Dyogo Schroeder (Grupo Trend), Lucas Foster

(Project Hub) e Renê Castro (PANROTAS) 7 Ana Paula Almeida e Alex de Brito, ambos do Sebrae

1 4

2

3 5

6

7 7 9

8

9

10

12

11

8

Maria Santos, da Pousada Cristal, e Jussara Padilha, da Pousada Jussara 9 Glicerio Lemos

e Eliana Calazans, ambos da ABIH

10

Ander-

son Teixeira, do Sebrae Bahia 11 Rute Souza, do Chalé Bela Vista, e Aloysio de Souza, da Ace 12 Lucas Foster, da Project Hub, e Taisa Santos, do Sebrae 13 O presidente da ABR e diretor do La Torre Resort, Luigi Rotunno 14 José Guilherme Alcorta e Renê Castro, ambos da PANROTAS

13

14


Novo Rio Antigo

H

Boulevard Olímpico virou atrativo permanente

á cerca de cinco anos a Prefeitura do Rio de Janeiro, via Riotur e em parceria com o Rio Convention & Visitors Bureau, dividiu a cidade em polos turísticos e coube ao Centro o nome de Rio Antigo, uma referência ao passado histórico da região. Um turista desavisado pode estranhar, mas o Centro da capital fluminense hoje, de antigo, não tem (quase) nada. Região que mais recebeu investimentos em infraestrutura, o Centro esbanja modernidade, em meios a lugares históricos, obviamente. Antes frequentado de segunda a sexta-feira por trabalhadores apressados, o Centro do Rio de Janeiro ganhou vida nos finais de semana e o grande “culpado” por essa transformação foram os Jogos Olímpicos. Os investimentos na região, principalmente na área chamada de Porto Maravilha (que abrange do Píer Mauá à Cidade do Samba), fizeram o novo destino ganhar um polo turístico chamado Boulevard Olímpico, um caminho que liga o Aqua Rio (maior aquário da América Latina, que

será inaugurado até setembro) à Praça 15, uma extensão que corta a Baía de Guanabara, passando pelo Museu de Arte do Rio (MAR), Museu do Amanhã e a Orla Luiz Paulo Conde. Até final dos Jogos Paralímpicos, o boulevard conta com a companhia de algumas casas temáticas, embelezando ainda mais este novo cartão postal turístico do Rio. O ponto alto deste novo atrativo é a pira olímpica, acendida após a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos e que ficará acesa de forma permanente para a população carioca e seus milhões de visitantes. “É muito gratificante ver, após meses de trabalho, que a população e os turistas se divertiram com as atrações e torceram a cada disputa nos telões espalhados pelos três quilômetros do evento. A ótima receptividade do público foi o melhor reconhecimento que podíamos ter”, comemora o secretário de Turismo, Antonio Pedro Figueira de Mello. A pira foi o monumento mais fotografado durante os Jogos Olímpicos, batendo, inclusive, o mural Etnias,

do artista Eduardo Kobra, que entrou para o Guiness Book of World Records como o maior grafite do mundo. Segundo a Prefeitura do Rio, durante os dias olímpicos, de 5 a 21 de agosto, cerca de quatro milhões de pessoas passaram pelo local.

VLT

Se o turista adotou o Boulevard Olímpico como sua mais nova atração turística do Rio, o carioca tem um novo xodó. VLT é um dos ícones do novo Rio

O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) é um trem inspirado nos modelos europeus (inclusive o pagamento) e corta todo Centro. Ele passa em áreas onde o metrô não vai e liga o Aeroporto Santos Dumont à Rodoviária Novo Rio e à avenida Rio Branco. O VLT carioca é automatizado e sua cobrança feita através do Riocard e/ou bilhete único, que podem ser adquiridos nos terminais de embarque e desembarque. O não pagamento acarretará em multas. > Continua na pág. 32


< Continuação da pág. 31

ZONA

SUL

32

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

Centro de Visitantes das Paineiras

O Centro é, literalmente, a grande novidade do Rio de Janeiro, mas a Zona Sul está se reinventando para continuar sendo a “queridinha” e preferida dos turistas. Por conta dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, algumas atrações e hotéis foram abertos e ficarão como legados para os cariocas e visitantes. Entre

os novos monumentos está o Centro de Visitantes das Paineiras, um velho conhecido dos cariocas, que ficou fechado por longos três anos. Depois de cerca de dez meses de obras ao custo de R$ 30 milhões, o Centro de Visitantes foi reaberto. A primeira fase da obra contempla dois andares do antigo Hotel das

Paineiras, onde estão a exposição permanente Floresta Protetora, uma loja de suvenires e três ambientes gastronômicos. A segunda fase deverá ficar pronta dentro de alguns meses e vai incluir mais um restaurante e uma área de convenções e eventos. A expectativa é que 200 mil visitantes conheçam o novo atrativo somente neste mês. A paisagem é sem dúvida o maior atrativo do local, mas os três espaços gastronômicos aliam boa comida com, é claro, vista espetacular. O Naturê é uma lanchonete voltada para quem mantém hábitos saudáveis. Salgados empanados ou assados, sucos naturais e alimentos orgânicos são alguns dos ingredientes encontrados no estabelecimento. Em frente fica o Bar das Paineiras, servindo o melhor da comida de boteco, além de cervejas e refrigerantes. No andar abaixo fica o restaurante Mirante das Paineiras, com bufê fixo a R$ 49. Dentro do complexo está a exposição Floresta Protetora, criada pela Super Uber, empresa que criou a exposição permanente no Museu do Amanhã. A Floresta Protetora é 100% interativa e traz a história da Mata Atlântica, uma linha do tempo do Parque Nacional da Floresta da Tijuca, além de tótens interativos onde é possível descobrir os melhores lugares dentro do parque para andar de bike , skate, fazer trilhas, tomar banho de cachoeira, contemplar a vista, entre outras opções. O acesso às Paineiras é feito via carro ou van. Quem opta pela segunda opção pode pegar o transporte em diversos pontos da cidade, entre eles em Copacabana, a “Princesinha do Mar”. Na praia mais famosa ficará o Museu da Imagem e Som (MIS), o mais novo museu do Rio, que estará localizado em frente à praia, próximo ao Rio Othon Palace e aos hotéis Miramar by Windsor e Windsor Martinique.


33

Saindo de Copa, as novidades do Rio seguem pelas ruas de dentro até chegar à Lagoa Rodrigo de Freitas, onde o antigo campo de beisebol dá lugar a uma mini-Suíça. A casa temática do país europeu ficará instalada na cidade até o final dos Jogos Paralímpicos e é uma boa opção para quem está visitando a cidade. Vale lembrar que a entrada é gratuita. E uma vez na Lagoa não deixe de caminhar pelo local, que serviu de instalação para provas de remo e canoa nos Jogos Olímpicos. Próximo dali (do outro lado da Lagoa) fica o Jardim Botânico, uma das mais belas e preservadas áreas verdes da cidade. Nele podem ser observadas cerca de 6,5 mil espécies, algumas

Divulgação Riotur

SUÍÇA

31 de agosto a 6 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

Botafogo e Flamengo

ameaçadas de extinção como o Pau Brasil, distribuídas por uma área de 54 hectares, aberta e sem estufas. Passeios ao ar livre não faltam no Rio. Todos os domingos de sol o programa predileto dos cariocas é caminhar. Alguns optam por Copacabana, Ipanema e Leblon, que têm suas avenidas litorâneas fechadas ao trânsito. Já quem está entre Flamengo e Botafogo acaba optando pelo Aterro do Flamengo. A área – que vai do Aeroporto Santos Dumont, no Centro, até o início da praia de Botafogo, passando pelos bairros da Glória e do Flamengo – é procurada para a prática de esportes como caminhada, corrida, bicicleta, skate e patins. Na área conhecida como Parque Brigadeiro Eduardo Gomes, na Glória, o público pode aproveitar quadras de futebol, tênis, vôlei e basquete, além de conferir os jardins projetados por Roberto Burle Marx. As pistas do Aterro ficam fechadas aos domingos, das 7h até 18h, assim como as orlas de Copacabana, Ipanema e Leblon. E se já estiver no Aterro, dê uma esticada até à Urca. Além do Pão de Açúcar, o bairro tem recebido muitos visitantes por conta da famosa “mureta”, um pequeno muro que separa às ruas do bairro da Baía de Guanabara e que tem se tornado um point e endereço certo para assistir o pôr do sol. A cerveja gelada e o bolinho de bacalhau ajudam a deixar ainda mais gostoso o local.

A Urca, aos pés do Pão de Açúcar, é um dos bairros mais charmosos do Rio


31 de agosto a 6 de setembro 2016 JORNAL PANROTAS

Divulgação

SurFACE

34

Divulgação

Incentivo à altura

Halloween

Divulgação

Começa em 29 de setembro o Howl O Scream do Bush Gardens, em Tampa (EUA). A edição de 2016 promete assustar os visitantes em todos os cantos do parque. Duas novas casas mal-assombradas, surpresas torturantes e uma nova história estrelada por bonecos maléficos dão o tom da temporada de horror. O Motel Hell é uma das novas casas mal-assombradas do local. O motel aparentemente está sempre vazio, no entanto, ainda abriga a presença paranormal dos seus antigos donos. Já no The Black Spot, os visitantes ficam cara a cara com o pirata Saw Tooth Silas, onde o desbravador de mares decide se elas vivem ou morrem. O tema desse ano é Evil Encora, baseado na história do Mr. Karver, que deu a alma e o coração para seus bonecos. Entretanto, a fábrica foi fechada e Karver se trancou no hall de bonecas e colocou fogo no prédio. Agora, as bonecas voltaram e insistem que o show deve continuar. O show de inauguração acontece em 23 e 24 de setembro, depois disso, o evento acontece em noites selecionadas entre 29 de setembro e 30 de outubro, das 19h30 às 1h. Para o Howl O Scream o ingresso é vendido separadamente da entrada regular.

Em nova campanha, intitulada Rota Transamérica, a rede hoteleira premiará um profissional com acompanhante a cada uma de suas propriedades no País. Para participar, basta que o agente, operador ou organizador de eventos se cadastre no hotsite da campanha, participe de pelo menos um evento de divulgação desta nova ação e atinja a meta mínima de 25% de crescimento no faturamento acumulado no período de 1º de julho a 31 de dezembro, em toda a rede de Hotéis Transamérica, em relação ao mesmo período de 2015. A campanha premiará o ganhador com uma viagem por quase todos os cantos do Brasil conhecendo os hotéis da Rede Transamérica. Entre eles estão o resort de luxo na Ilha de Comandatuba (BA), o hotel cinco estrelas Transamérica São Paulo, além dos hotéis Transamérica em Recife, Curitiba, Rio de Janeiro, Guarujá e outros do interior e capital do Estado de São Paulo. Para contemplar mais pessoas, a agência de viagens, operadora ou organizadora de eventos ganhadora poderá dividir o roteiro em quatro partes e premiar quatro de seus colaboradores em cada. Para mais informações sobre a campanha de incentivo, acesse www.transamerica.com.br/hotsite/rota-transamerica.

Recuperação judicial

Mais Qatar

De Boeing 777-200 LR para Boeing 777-300 ER. A partir de 1º de dezembro, a Qatar Airways substitui a aeronave que faz as rotas São Paulo-Doha-São Paulo e São Paulo-Buenos Aires-São Paulo. Com o B777-300 ER, a companhia árabe incrementa 99 assentos na econômica nessas rotas, e a configuração dessa classe fica em 3-4-3 "sem comprometer o espaço", comunica a empresa. A classe executiva permanece com 42 assentos. A novidade já está disponível nos GDSs.

Nova atração

Uma grande novidade nos parques da Universal está sendo planejada neste momento. O jornal Orlando Business descobriu uma patente de um dos mais visitados parques temáticos de Orlando registrando a criação de um veículo “configurado para receber direcionamentos de um ou mais usuários”, em uma estrutura similar à de um vídeo game. Na possível atração, os visitantes iriam controlar a direção do carrinho por meio “de joysticks, direções, armas customizadas ou varinhas”. Esta última informação faz crer que a atração preparada seja voltada para o universo Harry Potter, ainda sem confirmação da Universal Orlando. Há também informações na patente de como funcionaria o brinquedo. Com a possibilidade de utilizar o layout de um vídeo game, “o jogo interativo pode criar o benefício de uma narrativa dinâmica que muda de acordo com o interesse dos participantes”. Em um exemplo, o documento deixa aberta a possibilidade da atração mostrar certas imagens e interações apropriadas à idade dos usuários naquele momento.

O Hopi Hari, um dos principais parques temáticos do Estado de São Paulo, entrou com pedido de recuperação judicial. A solicitação foi feita no último dia 24, na 2ª Vara de Justiça de Vinhedo confirmando, assim, os boatos de crise. Esta é a última cartada do grupo para evitar a falência do empreendimento e pagar a dívida de R$ 330 milhões a partir de novos investidores. Em nota oficial, a administração do parque informou que a iniciativa pretende “reestruturar os termos e condições dos passivos da companhia de forma ampla, e ainda, de formalizar uma linha de financiamento de longo prazo”. Por ora, as portas do Hopi Hari estão fechadas para a preparação da temporada “Hora do Horror”, que celebra o Dia Das Bruxas, e deve reabrir no feriado de 7 de setembro. O evento está marcado para acontecer entre 21 de setembro e 4 de dezembro.


35

31 de agosto a 6 de setembro 2016 JORNAL PANROTAS

corporativo

www.pancorp.com.br

Recompensa

A Accor Hotels unificou os programas de fidelidade A.Gente, para agentes, Fidélité Corporate Rewards, a secretárias que fazem reservas, e Accor Meeting Rewards, para Mice, em apenas um: o Premium Rewards. No intuito de fortalecer a relação com os clientes B2B, a renovação do programa visa aumentar os benefícios aos associados. Com a unificação dos programas, a cada US$ 1 gasto com eventos, alimentos e bebidas e/ou hospedagens o beneficiário ganha um ponto. Os benefícios estão em um catálogo que reúne mais de 500 opções, entre jantares, hospedagens, viagens e eletrônicos como celulares, tablets e televisores. Para acumular pontos, basta que o usuário se cadastre no programa e realize uma reserva de hospedagem ou evento quando necessário.

Pagando eventos

Diante de dificuldades com fluxo de caixa — ou mesmo ensejos para barganha — companhias brasileiras dispostas a sediar eventos buscam negociar prazos de pagamentos que excedem 90 dias, chegando ainda a três meses entre o apagar das luzes do encontro até a fatura, revela o professor de Mice na Academia de Viagens Corporativas, José Marques. "Isso aumenta muito o risco de quebradeira. Mas a indústria está se tornando refém da situação que ela mesma criou", ressalva o professor. A tática de estender prazo de pagamento tem ocorrido de forma disseminada no País nos últimos meses, com casos de uma mesma empresa internacional pagando um evento de imediato na Europa, mas estendendo o prazo quando se trata de um evento no Brasil, comenta o membro do Conselho Executivo de Viagens e Eventos Corporativos da Fecomercio (Cevec) e presidente da Associação de Marketing Profissional (Ampro), Wilson Ferreira. "O que a gente aconselha é resistir a esse tipo de abordagem, pois ela prejudica a saúde das operações das próprias empresas de eventos e essa é uma situação sem lógica. Isso, aliás, é grave e precisa ser combatido", alerta o especialista. "O dinheiro no Brasil custa caríssimo. Se fosse, por exemplo, no Japão — onde os juros chegam a ser negativos —, seria razoável se a empresa tivesse um bom fluxo de caixa. Mas aqui inviabiliza o negócio e deprecia o mercado."

Ponto a ponto  O programa de investimentos federais em aviação regional, que contemplaria 270 equipamentos, agora será feito em apenas 53 aeroportos.  A Jamaica pretende investir US$ 40 milhões na reforma do porto da ilha.  André Khouri, da CNT, é o novo conselheiro da Air Tkt.



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.