Jornal PANROTAS 1234

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R$ 11,00 - Ano 24 - nº 1.234

www.panrotas.com.br

7 a 13 de setembro de 2016

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HOTELARIA APOSTA EM DIVERSIFICAÇÃO Hotéis econômicos e no interior do País, condomínios de luxo, grandes centros de convenções, hospedagem alternativa, múltiplos canais de venda... Confira nesta edição os mais recentes investimentos da Accor, GJP, Vitória Hotéis, Monreale e Windsor para acompanhar as tendências do segmento no Brasil e no mundo > Páginas 10, 11, 12, 14 e 21


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7 a 13 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

Check-IN

VOOS DIRETOS ENTRE O BRASIL E A FLÓRIDA

Como se comportaram as ligações aéreas daqui para o destino preferido dos brasileiros nos Estados Unidos em meio à crise econômica

LEIA NESTA EDIÇÃO Páginas 04 e 05 Operadores brasileiros fazem visita técnica a Jujuy, na Argentina

Página 06 Trem das Nuvens, em Salta, quer público corporativo Páginas 08 e 09 Abear faz evento para mostrar regulação aérea em outros países

Cias aéreas

Origem

Destino

Total

AMERICAN AIRLINES

BHZ, BSB, CWB, MAN, POA, REC, GIG, SAS, GRU, VCP

MIAMI

64

LATAM

BEL, BHZ, BSB, FOR, MAN, GIG, GRU

MIAMI, ORLANDO

53

AZUL

VCP

FORT LAUDERDALE, ORLANDO

17

LATAM

GOL

GRU, VCP

MIAMI, ORLANDO

13

Origem

Destino

Total

MIAMI

38

BEL, FOR, MAN, REC, GIG, GRU

MIAMI, ORLANDO

27

AZUL

VCP

FORT LAUDERDALE, ORLANDO

14

DELTA

GRU

ORLANDO

3

Cias aéreas

AMERICAN BHZ, BSB, MAN, GIG, GRU AIRLINES

147 por semana

82 por semana

VOOS COM CONEXÃO ENTRE O BRASIL E A FLÓRIDA AEROLINEAS ARGENTINAS, AEROMEXICO, AVIANCA, AVIANCA BRASIL, COPA, DELTA, GOL, LATAM, SURINAM E UNITED

406 por semana

Página 16 Esferatur apresenta seu Departamento de Atendimento a Agências de Luxo Página 18 Espanha e Suíça apresentam seus novos representantes no Brasil Página 20 Paralimpíada mantém chama olímpica acesa no Rio de Janeiro Página 22 MMTGapnet apresenta o Caribe para agentes de viagens Páginas 23 a 25 O Gestor traz entrevista com Eduardo Bernardes, vice-presidente da Gol

AEROLINEAS ARGENTINAS, AEROMEXICO, AVIANCA, COPA, DELTA, LATAM, TAME E UNITED

340 por semana

Fonte: Departamento Técnico da PANROTAS

E d i t o r i a l > Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br

Quando começará a retomada? O infográfico exposto acima, que mostra a redução da oferta de voos diretos entre o Brasil e a Flórida de 2015 para 2016, é apenas uma das evidências de como a crise econômica e política está sendo perversa com o País e sua indústria de Viagens e Turismo. Uma indústria que se adaptou, que buscou alternativas, que aproveitou a Olimpíada para mostrar o que tem de melhor, que cortou na própria carne, que busca otimismo onde outros setores não encontram. Uma indústria que, no geral, fez seu dever de casa. Chegou a hora de o governo, definitivo, sem adjetivos, mostrar que também fará sua parte. Isso inclui

manter as investigações da Lava Jato e, mais que isso, cessar o ataque aos cofres públicos (incluindo estatais e empresas mistas) e voltar a investir em saúde, educação, segurança, moradia, infraestrutura, cultura... o básico que os milhões de reais desviados por políticos dos mais diversos partidos impediram que fosse realizado. Sem falar em Turismo, promoção, mais eventos... O País precisa de uma retomada imediata, e não em 2018, como pensam alguns. O País precisa aprender com seus empresários e não enfiar ainda mais entre suas costelas a faca dos impostos e das taxas mirabolantes. O País precisa seguir adiante, sabendo

que já está passos atrás em um mundo que se transforma muito a cada instante. Um país não é como uma empresa que pode ser vendida a preço de banana. Até porque sabemos o quanto valemos e o quanto vimos ir pelo ralo. O País também precisa por fim às atitudes de torcidas de futebol, cegas e apaixonadas, e simplesmente fazer valer a lei para todos, sem jeitinhos e jabuticabas. Que a crise política tenha ficado para trás (mesmo sabendo que não ficou), pois a crise econômica está ainda cobrindo nossos pés, clamando ações imediatas e consistentes. Antes que cubra nossos olhos e destrua nossas mentes.

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PANROTAS — Versão digital das publicações da editora


03 Expediente PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta DIRETOR EXECUTIVO José Guilherme Condomí Alcorta

7 a 13 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

S E U AQ T S E D

DO PORTAL

DIRETORA INTERNACIONAL Marianna C. Alcorta

>

DIRETORA DE MARKETING Heloísa Prass DIRETOR DE TI Ricardo Jun Iti Tsugawa

PANROTAS

25 a 31/8

1 Rio 2016 aumenta 350% venda de passagem rodoviária – em 25/8

2 BBC classifica Rio 2016 como

REDAÇÃO Editor-chefe: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) Editor: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Editor Rio de Janeiro: Diego Verticchio (diego@ panrotas.com.br) Coordenador: Rodrigo Vieira Reportagens: Brunna Castro, Felippe Constancio, Henrique Santiago, Karina Cedeño, Rafael Faustino, Renato Machado e Roberta Queiroz Estagiários: Fernanda Cordeiro, Janize Viana e Vitor Ventura Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Assistente: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves PRODUÇÃO Gerente de Produção: Newton dos Santos (newton@panrotas.com.br) Diagramação e tratamento de imagens: Katia Alessandra, Pedro Moreno e Thalya Brito Projeto Gráfico: Graph-In Comunicações COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) EXECUTIVO SÊNIOR DE RP Antonio Jorge Filho (jorge@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) New Cast Publicidade Ltda SRTVS - QD 701 - BL. k - Sala 624 Ed. Embassy Tower - Cep: 70340-908 | Tel : (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (sblara@seasoneventos.tur.br) Season Turismo e Marketing e Esportes Ltda R. Gal. Severiano, 40/613 - Botafogo | Cep: 22290-040 - Rio de Janeiro - RJ Tel: (21) 2529-2415 / 8873-2415 ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner O Jornal PANROTAS é vendido somente por assinatura. Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Lis Gráfica e Editora Ltda. (Guarulhos/SP)

PARCEIRAS ESTRATÉGICAS

MEDIA PARTNER

LACTE 11 LATIN AMERICAN CORPORATE TRAVEL & Events E XPERIENCE

ASSOCIAÇÕES

“imperfeitamente perfeita” – em 25/8

3 Almofada inovadora promete sono de verdade a bordo – em 25/8

4 Impeachment é “luz no fim do túnel” para Turismo; leia – em 31/8

5 Latam demite funcionários após trote em colega; vídeo – em 26/8

6 Rio 2016: Casa Brasil recebe 15 mil visitantes por dia – em 31/8

7 Turismo doméstico: destinos que vão baratear este ano – em 25/8

8 Avião da Southwest perde parte do motor durante voo – em 30/8

9 Intenção de consultar agentes cresce 50% nos EUA – em 31/8

10 “Agentes deixam de lucrar por passividade”, diz executivo – em 30/8

11 Accor traz nova marca para País: conheça Mama Shelter – em 26/8

12 “Agentes são cruciais na redução de cancelamentos” – em 25/8

13 EUA: homem invade aeroporto e bate picape em avião – em 26/8

14 Lista: 14 itens para evoluir a formação em Turismo no BR – em 30/8

15 Site elege os 10 melhores aeroportos do mundo; veja – em 30/8


04 Destinos

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Maria Izabel Reigada, especial para o Jornal PANROTAS — Jujuy, Argentina

Para

pioneiros COMO TODOS OS DESTINOS COM PERSONALIDADE, JUJUY, A PROVÍNCIA MAIS AO NOROESTE NA ARGENTINA, NÃO É PARA QUALQUER UM. HÁ UM PERFIL DE VIAJANtes – aqueles que muitas vezes incomodam-se ao serem chamados de turistas – que se encantará pelos áridos cenários e pela rica cultura dessa região argentina. Jujuy é a versão andina da Argentina, com cifras modestas quando o tema é o Turismo, mas que vem apostando fortemente no setor, muito por conta dos resultados que a vizinha província de Salta já obtém com seus visitantes e graças ao título que a Unesco concedeu a uma de suas mais espetaculares paisagens, a Quebrada de Humahuaca, Patrimônio da Humanidade desde 2003. Com cerca de 10,7 mil acomodações em hotéis e pousadas, a província tem 80% delas em sua capital, San Salvador de Jujuy, e as demais divididas entre Tilcara — principal cidade no caminho para a Quebrada de Humahuaca — e Purmamarca, mais próxima da fronteira com o Chile e dos desertos de sal. A capital de Jujuy conta ainda com aeroporto, a 30 quilômetros do centro, com voos para Salta e Córdoba, além das três ligações diárias da Aerolíneas Argentinas para Buenos Aires. A parceria entre a companhia aérea e o Governo de Jujuy, para promoção do Turismo local, teve um primeiro passo em meados de agosto, quando um grupo de 11 operadores brasileiros visitou o destino. Depois de receber os profissionais no aeroporto, o ministro de Turismo de Jujuy, Carlos Oehler, reuniu os agentes brasileiros e o trade local para

Tenda montada no deserto de sal para receber os operadores brasileiros

apresentar parte dos atrativos da província. “Queremos que saibam que o Brasil é um objetivo prioritário para Jujuy”, disse. “Nossa província encanta a todos que nos visitam, graças ao convívio entre o antigo e o novo; com tecnologia, mas sem invasão”, analisou. “Temos cenários incríveis e cultura ancestral, em cerimônias como a da Pachamama”, contou na manhã do dia em que os profissionais puderam vivenciar o evento.

ATRATIVOS

O cartão-postal de Jujuy é seu Patrimônio da Humanidade, a Quebrada de Humahuaca. Trata-se de um cânion, com altas paredes laterais coloridas, pela presença de múltiplos minérios, e um rio que atravessa a região central da província. Há dezenas de mirantes para observá-la, bem como aldeias e cidadezinhas ao longo de sua extensão. Em Purmamarca e Tilcara, duas delas, há variedade de meios de hospedagem, com acomodações bastante confortáveis em ambas – com spa, piscinas aquecidas e excelentes restaurantes. Humahuaca, a pequena vila que dá nome à principal atração natural de Jujuy, também tem opções de hospedagem, mais modestas. Em comum, todas contam com igrejas e praças coloniais, além de feiras de artesanato andino. Os desertos de sal são outra atração com a qual o governo de Jujuy espera seduzir os visitantes brasileiros. “São cenários diferentes dos

que existem no Brasil, por isso já notamos que muitos brasileiros nos visitam”, conta o ministro de Turismo. Segundo ele, em 2015 a província recebeu 900 mil turistas, 90% deles nacionais. Entre os estrangeiros, franceses e brasileiros destacam-se. “Somos muito visitados por brasileiros que vêm de moto, por via terrestre. Eles atravessam Jujuy com destino ao deserto do Atacama, mas acabam permanecendo alguns dias aqui, porque se encantam com estes cenários”, defendeu. Pela Rota 52, que une a capital da província à fronteira com o Chile, visita-se o principal deserto de sal de Jujuy, as Salinas Grandes. No verão, o contraste entre o branco do sal e o azul do céu é mais intenso, graças ao espelho formado pelo acúmulo das águas da chuva. Ainda que sem água, vale a pena visitar também no inverno, especialmente com alguma atividade programada, como o almoço para os operadores brasileiros em tendas instaladas no meio do deserto, rodeado pelas montanhas mais altas de Jujuy, sendo que o próprio deserto tem altitude média de 3,6 mil metros em relação ao nível do mar. Em meio à Rota 52, Purmamarca é um dos principais atrativos de Jujuy e endereço de outro de seus cartões-postais. Trata-se do Cerro de los Siete Colores, ou “Montanha das Sete Cores”, bem no centro da pequena cidade. Alguns dos melhores hotéis de Purmamarca – como El Manatial del Silencio, Colores de Purmamarca e Hotel Marques de Tojo – têm apartamentos com vista para a montanha, colorida pela presença de cobre, enxofre, argila, cal e ferro. Pelos arredores da cidade há uma série de trekkings que podem ser realizados, montanha acima, em meio aos cactos enfileirados que mais parecem ter sido plantados. 


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A ER O L Í NE A S A R GEN T IN A S

O ministro de Turismo de Jujuy, Carlos Oehler, em Purmamarca, com parte das montanhas coloridas que são atração local ao fundo

UM VOO DIRETO LIGANDO SAN SALVADOR DE JUJUY A SÃO PAULO É O SONHO PELO QUAL VEM TRABALHANDO O MINISTRO DE TURISMO DE JUJUY, CARLOS Oehler. Ele recebeu o grupo de operadores brasileiros que participaram de famtour em parceria com a Aerolíneas Argentinas pela região e declarou que o Brasil é prioridade absoluta para o destino. A presidente da Aerolíneas Argentinas, Isela Constantini, não pôde participar do evento, que incluiria a assinatura de parceria entre a empresa aérea e o Turismo de Jujuy, para apoio na promoção do destino. O diretor geral da empresa no Brasil, Gonzalo Romero, acompanhou o grupo e destacou a importância do País para a Aerolíneas, que completa 55 anos de presença no mercado brasileiro. “Estamos em seis destinos brasileiros e agora na temporada voltamos a voar para Florianópolis”, lembrou. A Aerolíneas voa para São Paulo (35 frequências semanais), Rio de Janeiro (20 voos/semana), Porto Alegre (sete voos/ semana), Salvador (seis frequências semanais), Curitiba (cinco voos/semana) e Porto Seguro (BA), com um voo semanal.

Os operadores reunidos no mirante do Hornocal, na Quebrada de Humahuaca

FEED B A CK “GOSTARIA DE OUVIR DE VOCÊS, ESPECIALISTAS EM TURISMO, SE O QUE TEMOS A OFERECER É realmente especial ou se trata apenas de nosso amor por Jujuy se manifestando?”, perguntou aos operadores o ministro do Turismo, durante jantar de despedida. Os profissionais brasileiros destacaram o potencial da região e a necessidade de formatação de pacotes básicos para oferecer o destino. “Precisamos trabalhar com pacotes adaptados aos brasileiros, com hote-

laria e atrações que atendam o mercado. Acredito no potencial do destino e precisamos definir a duração ideal desses pacotes, já que não há voos diretos”, disse o diretor de Produtos Internacionais da CVC, Fábio Mader. Os operadores ressaltaram a necessidade de trabalhar com receptivos organizados, que reúnam os fornecedores dos atrativos locais. “Os receptivos devem ter as negociações com os fornecedores, assim o contato fica unificado, facilitando toda a negocia-

ção”, observou Samantha Machado, da TGK. Gonzalo Romero, diretor da Aerolíneas Argentinas no Brasil, disse que “nos deixa muito feliz participar deste projeto com o Governo de Jujuy, porque nosso objetivo é conectar sempre os destinos argentinos e a Argentina com o mundo”. Além da CVC e da TGK, participaram da viagem Michael Barkoczy, da Flytour Viagens; Adonai Aires de Arruda Filho, da BWT; Cacalo Destro, da Ancoradouro; Leandro Reis, da Agaxtur; Gino Lucchesi, da Terramundi;

Kelly Valim, da Soul Traveler; Fabian Saraiva, da Uneworld; Elenilde Rodrigues, da Nova Operadora; e Rosane Pimentel, da Venturas; além dos representantes da Vida Latam, parceira na organização da viagem, Marcella de Freitas e Herctor Badino. --- O Jornal PANROTAS viajou a convite da Aerolíneas Argentinas e do Governo de Jujuy

Montanha das Sete Cores, em Purmamarca ao nascer do sol


Eventos corporativos

Trem para o Mice OS ORGANIZADORES DO SEGMENTO DE ENCONTROS, INCENTIVOS, CONGRESSOS E FEIRAS, O Mice, podem planejar atividades antes ou depois de eventos na província de Salta, em um dos produtos turísticos mais emblemáticos do norte argentino: o Trem das Nuvens. “Quando visitamos feiras internacionais, é uma das alternativas mais pedidas em todo o mundo”, disse o presidente da atração, Diego Valdecantos, acrescentando que praticamente todos os viajantes que sobem para a região querem viver a experiência. “Um dos aspectos mais interessantes do trem é a disponibilidade e quantidade de assentos. Quando se trata de grupos que participam em congressos ou grandes eventos, podemos oferecer boas tarifas”, completou. Desde 9 de julho, e até 30 de dezembro, a companhia ampliou sua programação para três saídas semanais, às terças e quintas-feiras e aos sábados, chegando a índices de ocupação de 99% em julho. “A partir desta temporada, as opções são combinar ônibus-trem-ônibus ou comprar somente o trem desde San Antonio de los Cobres, produto que trabalhamos muito para viagens de incentivo. Queremos que os passageiros com pouco tempo para desfrutar o destino possam realizar no mesmo dia três excursões: o trajeto de ônibus entre a cidade de Salta e San Antonio de los Cobres, embarcando no Trem

Trem está ''revigorado'' com a reforma do viário

das Nuvens, seguindo para Salinas Grandes e finalizar o percurso em Purmamarca, onde dormirão”, destacou Valdecantos. A respeito da proposta de ônibus-trem-ônibus, com saída e retorno para Salta, o empresário explicou que o produto compreende três horas de ida em modernos veículos, com uma parada para café da manhã em Alfarcito – onde se encontra a fundação do padre Chifri, que reúne 25 comunidades de montanha. Na sequência, em Los Cobres, se faz uma parada para almoçar, passear

e ver o mercado artesanal. “Termina sendo uma viagem de 12 horas, das quais duas horas e meia estamos no trem, três horas passando por San Antonio e Alfarcito, outra meia hora que visitamos Santa Rosa de Tastil e, o restante, em um ônibus”, apresentou. “Além de ser mais dinâmica, a nova modalidade tem outra interferência do ponto de vista social. O turista não só tem a inter-relação com as pessoas do local, sendo que a entrada de dinheiro acaba sendo também para os povos de La Quebrada

e Puna”, completou. Valdecantos destacou que no trajeto de 22 quilômetros, onde se alcançam 4,2 mil metros acima do nível do mar, as rodovias estão completamente reformadas e em perfeitas condições. Acrescentou, ainda, que o Trem das Nuvens dispõe de tarifas promocionais para agentes de viagens, e que estão organizando fam tours em conjunto com o Ministério da Cultura e Turismo de Salta.p

INFORMAÇÕES www.trenalasnubes.com.ar.



08 Aviação

7 a 13 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

>> Maria Izabel Reigada – Brasília

Passageiros X

Divulgação/Abear

companhias

FRANQUIA DE BAGAGEM GRATUITA, MANUTENÇÃO DA RESERVA AÉREA MESMO COM NO-SHOW EM ALGUM DOS TRECHOS, TRANSFERÊNCIA DO BILHETE AÉREO PARA OUTRO PASSAGEIRO E COMPENSAÇÕES AOS CONSUMIDORES POR ATRASOS E CANCELAMENTOS de voos. Todas são questões de regulação da aviação civil que a Abear e a Iata trabalham para flexibilizar, em busca do "equilíbrio entre direitos do consumidor e competitividade do setor aéreo" (e sob alegações de que “lá fora é assim”). “Nosso objetivo é defender tudo que vá ao encontro da legislação internacional”, ratifica o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, ao encerrar o seminário sobre regulação aérea, em Brasília, há duas semanas. O objetivo foi apresentar modelos de regulação internacional, comparando-os à prática brasileira, em mais um passo para convencer a sociedade de que as mudanças trarão benefícios à indústria e aos passageiros. “Queremos mostrar o que acontece lá fora e as mudanças que desejamos para o Brasil. É preciso lembrar que até 2002 vivíamos no século passado em nosso setor, em um ambiente com tarifas estipuladas pelo governo”, lembrou o presidente da Abear. “Agora estamos na segunda etapa desse processo, de criação de um novo ambiente regulatório”, disse para audiência com representantes de companhias aéreas, da Anac e do Congresso, entre outros. Entre os modelos internacionais apresentados, a advogada Andrea Novak, da área de assuntos regulatórios e reclamações de passageiros da Delta Air Lines, falou sobre o exemplo dos Estados Unidos. Brasileira que há 12 anos mora em Atlanta, Andrea ressaltou a importância das determinações do Departamento de Transporte dos Estados Unidos (DOT, na sigla em inglês) e as liberdades comerciais praticadas pelas empresas aéreas. “Nos voos domésticos, nossa gratuidade nas franquias de bagagem é nenhuma. Legalmente, a compensação que devemos dar aos passageiros em atrasos aéreos também é nula”, disse. A advogada mostrou ainda a legislação do DOT, que autoriza a prática de overbooking e a proibição total para transferência de


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7 a 13 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

tíquetes. Com centenas voos diários a partir de Atlanta, a Delta acumula 178 casos de reclamações de passageiros nos Estados Unidos, desde janeiro deste ano. “No Brasil, onde oferecemos cerca de cinco voos diários, as reclamações chegam a 671 casos, desde janeiro”, comparou. Para ela, a falta de uma regulação mais específica, com limites, é a principal causa dessa disparidade. “Nos Estados Unidos, temos um contrato. No Brasil, precisamos disso. É a garantia da sustentabilidade do negócio”, analisou.

POLÍTICA BEM DESENHADA

O diretor de Assuntos Externos da Iata, Jain Chaitan, apresentou os modelos de regulação do setor aéreo na Austrália, África do Sul e China, esta última tendo elaborado neste ano a legislação de direitos dos passageiros, com entrada em vigor somente em janeiro de 2017. No caso australiano, Chaitan destacou que não existe um código de defesa do consumidor específico para o setor aéreo. “Mas os sites das empresas aéreas trazem o Código de Conduta dos Passageiros”, mostrando que a educação e a informação dos passageiros podem ser o melhor caminho”, defendeu, apresentando índices do setor na Austrália: 1,3% de taxa de cancelamento de voos; 83,6% de taxa de pontualidade nas partidas; e 82,1% de pontualidade nas chegadas; além de redução de 37% no valor das tarifas. Para ele, uma boa política de regulação deve ter consistência e clareza. “Todos temos os mesmos objetivos. Empresas aéreas, passageiros e governo querem que a viagem seja realizada de modo seguro e pontualmente”, lembrou. Chaitan defendeu que as companhias são fortemente incentivadas a evitar atrasos, mas que muitos modelos de regulação acabam incluindo cenários que saem do controle das empresas, como o clima e greves ou manifestações populares. Chaitan listou algumas consequências de flexibilizações, como o direito de arrependimento pela compra da passagem aérea. “Se as empresas não sabem quem vai viajar hoje, certamente farão overbooking. Com isso, temos o aumento de tarifas, ao não ser possível calcular exatamente a receita com cada voo”, analisou. O diretor da Iata mostrou ainda que compensações por atrasos e cancelamentos de voos também têm impacto no aumento das tarifas, além de poder influenciar inclusive em questões de segurança. “E essas compensações não reduzem os atrasos, que têm de ser vistos de forma holística. Clima, instabilidades sociais, greves têm impacto na pontualidade dos voos, sem que as companhias possam alterar tais circunstâncias”, ressaltou.

UNIÃO EUROPEIA

O vice-presidente para Alianças, Governo, Assuntos Regulatórios e In-

Eduardo Sanovicz, presidente da Abear

dústria da Tap, José Guedes Dias, apresentou a realidade europeia. Os direitos dos passageiros, aprovados em 2005, foram revisados neste ano e devem ser implementados em breve, segundo o executivo. “Mas devemos observar os pontos bem concebidos e os problemas dessa primeira legislação”, analisou. Como pontos recomendáveis, Dias destacou os valores pré-fixados para indenizações para cancelamentos e atrasos de voos, bem como a extinção de compensação por danos morais. “Essa interpretação abstrata é difícil de determinar e tem aplicação muito arbitrária”, analisou. Entre os pontos que o VP da Tap classificou como mal concebidos estão os valores para as compensações. “São muito altos, sem relação com o yield das empresas. Assim, a companhia tem de transportar 50 a 60 vezes o passageiro para alcançar o yield que é entregue como valor de compensação”, comparou. Ele criticou ainda a disparidade na aplicação dos direitos dos passageiros em relação a outros prestadores de serviços de transportes, como trens e ônibus e também as ambiguidades na classificação das questões consideradas extraordinárias. “A revisão que foi realizada nos trará novos parâmetros, inclusive com a especificação das situações extraordinárias, como o caos aéreo que a Europa viveu quando das cinzas do vulcão islandês”, exemplificou. Segundo o VP da Tap, a nova regulação também terá diferentes compensações para atrasos aéreos de três, cinco e nove horas, além de número limite de noites que as empresas aéreas devem entregar aos passageiros nos casos de cancelamentos de voos pelas razões classificadas como “extraordinárias”. 

REGULAÇÃO AÉREA FRANQUIA DE BAGAGEM Brasil – Até 23 quilos em voos domésticos e 32 quilos em voos internacionais. EUA/União Europeia/Austrália/China/África do Sul – Não há franquia de bagagem, ficando a critério de cada companhia, geralmente de acordo com a tarifa paga pelo passageiro

TEMPO PARA ARREPENDIMENTO Brasil – Passageiros podem se arrepender da compra do bilhete em até sete dias após a aquisição. União Europeia/Austrália/China – Não há essa possibilidade. África do Sul – Reconhece direito ao cancelamento, mas cada companhia aérea pode cobrar taxa/multa por isso.

COMPENSAÇÕES POR ATRASOS E CANCELAMENTOS DE VOOS Brasil – Sim, de alimentação e telefonemas a hospedagens. EUA/África do Sul – Nenhuma, segundo a lei. Empresas aéreas decidem como indenizar clientes. “Não temos obrigação contratual, mas do ponto de vista comercial, vamos fazer tudo para que nosso passageiro voe logo”, explica a advogada da Delta Air Lines. Quando a companhia é a “culpada” pelos atrasos e cancelamentos, por exemplo, remarcações e mudanças de itinerários são permitidas sem cobrança de taxas. Cada empresa tem sua política, em um ambiente altamente competitivo. União Europeia – Sim, para atrasos superiores a três horas, desde que na ausência de circunstâncias extraordinárias. Austrália/China – Segue regras relativas ao transporte aéreo internacional estabelecidas pela Convenção de Montreal/1999. TRANSFERÊNCIA DE BILHETES AÉREOS Brasil/União Europeia/EUA/Austrália/China/África do Sul – Proibida Fonte: Especialistas em aviação participantes no seminário Regulação Aérea Internacional


10 Hotelaria

7 a 13 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

>> Rafael Faustino

Accor: mais canais, mais produtos Marluce Balbino

Divulgação Accor Hotels

Marluce Balbino

O chefe de Vendas da Accor na América do Sul, Paulo Frias

A EXPANSÃO DA ACCOR HOTELS NA AMÉRICA DO SUL, E EM ESPECIAL NO BRASIL, PARECE AINda não conhecer limites. Mesmo que o momento econômico local e global possa sugerir cautela, a rede francesa continua crescendo em todas as frentes de distribuição e investindo em novos equipamentos e bandeiras, para diversificar seu público e manter-se como a rede com a maior oferta de unidades habitacionais no País. Facilita esse caminho o fato de a Accor, hoje, depender mais dos próprios esforços do que de terceiros. Segundo o chefe de Vendas da rede na América do Sul, Paulo Frias, 70% das vendas na região hoje acontecem por seus meios diretos – central de reservas, aplicativo e, principalmente, website. “Seguimos com uma boa relação nes-

O primeiro Mama Shelter da América Latina fica no Rio de Janeiro: um quatro estrelas butique que privilegia a experiência e absorve a personalidade do destino

se item [vendas], com mais de 70% do negócio por meio dos canais diretos. Nosso website continua sendo uma das principais plataformas neste sentido e sua contribuição continua crescendo, puxada pela qualificação do conteúdo e facilidade na confirmação de reservas", destaca. O número é fruto de um esforço da empresa em conduzir clientes, agentes e operadores cada vez mais para o seu portal, obtendo assim maior controle sobre o perfil dos negócios. “Trazendo todos eles para o site, eu aumento o tráfego e tenho mais informações e conteúdo sobre quem compra o quê. No próprio app, tentamos aplicá-lo não somente ao B2C, mas também aos clientes corporativos”, diz Frias. Hoje, o portal de reservas da Accor traz uma visí-

vel distinção de ofertas para tipos de público. Uma guia só para empresas e páginas específicas para os profissionais de viagens estão entre os destaques mais aparentes. Ainda assim, a rede garante também que não deixa de crescer nos canais indiretos, seja via OTAs, parceiros digitais ou agências tradicionais. Segundo Frias, a Accor aumentou em 6,3% as diárias negociadas por meio das TMCs associadas à Abracorp no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período de 2015. Trabalhar com a complexidade e variedade de todos esses meios exige maior especialização da equipe comercial da rede. Por isso, no último encontro do time de vendas da Accor, o chefe de Vendas conduziu um even-

to com apresentações sobre toda a rede e distribuição da empresa, incluindo palestras de parceiros como Sabre, HRS e Omnibees. “Antes, vender um hotel era basicamente falar dos atributos dele, e não muito mais. Hoje, quem vende tem que conhecer e também verificar esses canais, toda a cadeia de distribuição, e ver se suas condições estão sendo bem repassadas”, ressalta.

MAIS PRODUTOS

Além da distribuição, o apetite da companhia francesa se estende à outra ponta: seus produtos, cada vez mais diversos. O portfólio já extenso de marcas operadas no Brasil e na região latino-americana está crescendo ainda mais com a inauguração, neste mês, do primeiro Mama Shelter, um


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7 a 13 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS Divulgação Onefinestay

O ramo de aluguel de casas é outro que a Accor atacou recentemente, com as redes Oasis Collections e Onefinestay

quatro estrelas butique que aposta no design e na experiência singular ao hóspede. A unidade inaugural em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, abrirá espaço para as próximas, em São Paulo, Buenos Aires (Argentina) e Bogotá (Colômbia), e contou com investimento de R$ 70 milhões da própria Accor, sem a ajuda de parceiros. Paralelamente, a empresa ainda avança fortemente sobre o mercado de hospedagens alternativas, já operando no Brasil com a Oasis Collections, marca de apartamentos, casas e vilas de luxo. Outro exemplo, presente no Exterior mas ainda não por esses lados, é o Onefinestay, também de aluguel de residências para usuários de alto poder aquisitivo. Ambas as marcas também estiveram presentes no encontro de vendas da Accor, e a tendência é que ganhem importância com o tempo. “São empresas jovens e tecnológicas, com as ferramentas que o mercado quer e que trazem dinamismo ao negócio. E com o respaldo de uma rede hoteleira por trás, que dá toda segurança ao cliente”, ressalta Paulo Frias. Com tudo isso, a Accor foca seus esforços em um novo tipo de experiência em hospedagem, diluindo as barreiras entre lazer e corporativo. Afinal, seja qual for o segmento, todos gostam de conforto e acomodações singulares. “As pessoas querem mais experiência e personalização. São produtos que vão arejar todos os conceitos que temos na hotelaria tradicional. Podemos atender grupos de 20 pessoas para lazer e também clientes corporativos para longas estadas, como expatriados que precisam de um lugar temporário para morar”, finaliza Frias.p

EXPANSÃO NO

IN T ER I O R

TODAS ESSAS FRENTES DE ATUAÇÃO CONTRIBUEM PARA O PLANO DA ACCOR DE REFORÇAR AINDA MAIS

sua presença na América do Sul, onde hoje possui 283 empreendimentos e 47 mil quartos – 89% disso só no Brasil. A intenção, segundo o plano estratégico, é chegar a 500 hotéis até 2020, oferecendo mais 27,7 mil quartos até lá. O que daria uma média de mais de 40 inaugurações por ano. Para isso, a rede vai utilizar todas suas marcas e apostar na pulverização dos hotéis em cidades menores, fora das capitais. “O grande driver para nós é a interiorização do desenvolvimento da empresa. Claro que estaremos fortes nas capitais e reforçando o portfólio, mas a interiorização é muito importante para expandir. A gente atende

uma cidade com um produto e cria um valor de marca com a região e outras cidades menores”, destaca o chefe de Vendas da Accor. Deverá ganhar peso, nesse processo, o segmento de lazer. A área passou a contar com gerentes específicos de contas nos principais mercados emissores e embaixadores “nas principais cidades da América do Sul”, de acordo com Paulo Frias. “Estamos reorganizando nossas ações comerciais nessa área, com novas parcerias com os principais operadores e agências de lazer. Para atender esse público, serão usados tanto resorts, como o Summerville, em Pernambuco, quanto hotéis que podem atender turistas aos finais de semana, em São Paulo, por exemplo”, cita.p


12 Hotelaria

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Artur Luiz Andrade e Rodrigo Vieira

Casas de luxo O EMPRESÁRIO GUILHERME PAULUS ENTROU NO RAMO IMOBILIÁRIO COM O LANÇAMENTO da GJP Incorporadora & Construtora, que estreia com um empreendimento de alto padrão em Foz do Iguaçu (PR), o Village Iguassu Golf Residence. A empresa faz parte da GJP Participações, controladora da GJP Hotels & Resorts e que ainda possui cerca de 8% de ações da CVC, empresa fundada por Paulus e da qual é presidente do Conselho. O condomínio de Foz do Iguaçu está localizado na área do Wish Resort Golf & Convention Foz do Iguaçu, o cinco estrelas da GJP Hotels & Resorts na cidade, e estará rodeado pelo Iguassu Falls Golf Club, o campo oficial de golfe do resort, que conta com 18 buracos. No total, o Village Iguassu Golf Residence dispõe de 109 lotes demarcados em uma área total de 160 mil metros quadrados, com oito mil metros quadrados de bosques naturais. Os tamanhos variam entre 800 e 1,8 mil metros quadrados para cada terreno, e todos fazem parte de um complexo residencial com clube completo de lazer, incluindo área gourmet, academia, salão de festas, salão de jogos, brinquedote-

ca, playground e quadra recreativa. Os projetos das casas deverão seguir um padrão, sem muros frontais, a exemplo dos luxuosos condomínios americanos. O condomínio fica a apenas oito minutos do Parque Nacional do Iguaçu e do Aeroporto Internacional de Foz. A previsão de inauguração

é para julho de 2017. Outros condomínios do mesmo porte já estão planejados em outras grandes cidades com alto potencial turístico e serão lançados em breve: Gramado (RS), Aracaju (SE) e Maceió (AL). Paulus esteve em Foz na semana passada para o lançamento para corretores locais e se

mostra bastante animado com essa nova fase da empresa, em que tem seu filho, Gustavo Paulus, de volta, como diretor geral.

INFORMAÇÕES www.villageiguassu.com.br

RECONHECIDA PELAS CATEGORIAS DE ALTO PADRÃO E LONGA DURAÇÃO, A REDE VITÓRIA HOtéis acaba de anunciar sua entrada no segmento econômico, com a abertura do Vitória Hotel Express Dom Pedro, em Campinas (SP). A ideia é ampliar o atendimento ao viajante corporativo na região a partir de “estadas otimizadas e estratégicas”. Com o empreendimento, localizado ao lado da rodovia Dom Pedro, a rede passa a gerenciar mais de 700 acomodações na região metropolitana de Campinas. O diretor de Marketing da Vitória Hotéis, Eduardo Porto, exalta a qualidade do produto. “São hospedagens de excelente custo-benefício, a partir de um design funcional e prático, muito atrativo, principalmente, às necessidades do hóspede que vem a trabalho.” A decoração é um dos diferenciais do Vitória Hotel Express Dom Pedro, segundo os idealizadores, e conta com um “projeto verde” assinado pelo paisagista Alexandre Furcolin, “que ressaltou detalhes

vivos, integrando-os aos traços urbanos do novo empreendimento”. “Além disso, toda a supervisão do projeto arquitetônico do grupo hoteleiro recebe a assinatura e os referenciais do diretor e engenheiro Luiz Eduardo Nogueira Porto.” Uma característica marcante do novo empreendimento é que em todos os cantos se expressam, também, os esportes. Imagens icônicas de craques e lances históricos, de várias modalidades, estão retratadas em quadros especiais, dispostos por todo o empreendimento. As cinco salas de convenção também fazem parte deste conceito e rememoram grandes nomes do futebol como Pelé, Zico, Dicá, Falcão e Careca. A proposta do Vitória Hotel Express Dom Pedro, de acordo com Nogueira Porto, é ter um moderno conceito em hospedagem econômica, seguindo os padrões da rede. “Esta é a nossa forma de um hotel econômico. Temos salas de convenções projetadas para serem práticas e eficientes, quartos devidamente equipados

Divulgação Amaury Simões

Estratégico e econômico

e, graças à localização privilegiada, a otimização do tempo de estada. A receptividade amistosa e dedicada também continua sendo a marca registrada de nosso capital humano”, enfatiza o diretor. O Vitória Hotel Express Dom Pedro tem 144 apartamentos e oferece piscina, academia de ginástica, serviço de quarto e estacionamento, além do restaurante Vick Bar & Cozinha, também presente no Vitória Hotel Con-

vention de Indaiatuba (SP) e que atende hóspedes e passantes. O novo empreendimento fica na rua Heitor Ernesto Sartori, 555, no bairro de Santa Genebra. O local é estratégico pelo fluxo ágil à capital paulista, ao centro de Campinas, além de aeroportos e à rodovia Anhanguera.

INFORMAÇÕES www.vitoriahoteis.com.br



14 Hotelaria

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Rafael Faustino

Do lazer ao

corporativo UMA RÁPIDA ASCENSÃO DE UMA COMPANHIA QUE POSSUÍA APENAS UM RESORT DE LAZER para chegar a cinco hotéis corporativos. Em dez anos, essa foi a transformação por que passou a Monreale Hotels, rede que vem se firmando como opção no segmento midscale para hospedagens e eventos de diversos portes em cidades estratégicas paulistas: Ribeirão Preto, Campinas (duas unidades, incluindo o econômico Sonohotel), São José dos Campos e Guarulhos, que totalizam, somando ao resort em Poços de Caldas (MG), 779 unidades habitacionais. “Começamos com o lazer, mas ao adquirir um hotel em Campinas, nos encantamos com essa parte corporativa. A partir daí fizemos um estudo de mercados, identificando as cidades para a expansão nesse segmento. Nos identificamos muito com essa proposta”, conta o gerente geral da unidade de Guarulhos e responsável pelo departamento comercial da rede Monreale, Heleno Aredes Cardoso. Ele iniciou sua trajetória na empresa como mensageiro no resort mineiro, galgando posições e passando por praticamente todos os empreendimentos, até chegar na posição atual, que ocupa há pouco mais de três anos. Para garantir essa expansão, a Monreale disponibilizou o que é mais necessário para o público corporativo: internet de qualidade, espaços para eventos, academias e serviço de alimentos e bebidas 24 horas por dia. “Já atendemos lançamentos de produtos internacionais e também pequenas empresas familiares. Temos estrutura e disponi-

bilidade para todos os tamanhos e faixas de público”, garante Cardoso. Todos os seis produtos são de propriedade da Monreale, inclusive o Sonohotel de Campinas, único econômico e com bandeira diferenciada da rede. O último dos empreendimentos adquiridos foi o de São José dos Campos, com 155 apartamentos e espaço de convenções que atende até 580 pessoas – a maior das salas comporta até 300. Há ainda business center e toda estrutura para alimentação durante os eventos. Comprado no ano passado, o hotel passou por um retrofit – que incluiu a decoração dos apartamentos, a troca do ar-condicionado e atualização da academia — e encontra-se atualmente em soft opening.

ESTRATÉGIA

Segundo Heleno Cardoso, o motor de reservas on-line representa boa parte das vendas da Monreale. “Principalmente no hotel de Guarulhos, por ser perto do aeroporto e motivar mais reservas espontâneas”, explica o gerente geral. A central telefônica é outra alternativa para as comercializações diretas, enquanto a rede também atua em parceria com operadoras e agências de viagens. “Temos diversas parcerias com agências, mas nosso trabalho mais estruturado é com as operadoras, que possuem um comissionamento maior e nos oferecem inclusive no Exterior”, explica. Diversificar os canais é uma das formas que a rede vem encontrando para superar a perda de ocupação com que a Monreale sofreu recentemente, devido à crise econômica.

A fachada do mais novo hotel da Monreale, em São José dos Campos (SP)

CHEGADA EM SÃO PAULO O próximo movimento da rede deverá ser um novo empreendimento corporativo, desta vez na capital paulista. “É nosso principal objetivo ter um empreendimento em São Paulo. Já temos algumas negociações e algo pode surgir em breve”, conta o gerente. Segundo ele, a expansão continuará a vir por meio de aquisições, e a intenção é dar esse passo já em 2017. Enquanto isso, a Monreale continua aprimorando os equipamentos

atuais. Depois de São José dos Campos e Campinas, é o hotel em Guarulhos que passa por renovações atualmente. No resort em Poços de Caldas, uma nova área de trilhas foi lançada, com percursos em todos os níveis de dificuldade, e também foram abertas novas quadras de tênis. Na distribuição, a aposta é nos meios eletrônicos. Um aplicativo próprio da rede está sendo preparado, e em breve se tornará mais um canal para reservas na Monreale.

LINHA DO TEMPO – EXPANSÃO DA MONREALE HOTELS

20 01

2011

abertura do Monreale Hotel Resort em Poços de Caldas (MG)

abertura do Monreale Hotel Downtown em Ribeirão Preto (SP)

20 0 6 primeiro hotel corporativo: Sonohotel Glicério, econômico em Campinas (SP)

20 0 8 novo hotel em Campinas, Monreale Hotel Classic Heleno Aredes Cardoso, gerente geral da unidade de Guarulhos (SP) e responsável pelo comercial da rede

2013 inauguração do Monreale Hotel Airport em Guarulhos (SP)

2015 abre o Monreale Hotel em São José dos Campos (SP) Site: www.monrealehotels.com.br


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MAIS NOVIDADES WWW.ABAVEXPO.COM.BR

CONGRESSO ABAV DE TURISMO

A programação do dia 28/09, abertura do evento, inclui a palestra ‘‘Competitividade ao extremo: avance para ganhar!’, a ser apresentada por Luiz Carlos Barbosa (Eixo Gestão), das 14h05 às 14h50. Profissional com larga experiência e densa formação no Brasil e no Exterior, Barbosa trabalhou em empresas privadas do setor industrial e em organizações como a Confederação Nacional da Indústria. Foi diretor do Instituto de Hospitalidade e do Sebrae Nacional.

PALESTRAS E PALESTRANTES

Outra opção para o dia 28/09 é a palestra ‘Marca lugar: um conceito que alavanca vendas de um destino’, também das 14h05 às 14h50 (Eixo Inovação), conduzida por Caio Esteves. Arquiteto e urbanista, pós-graduado em branding, Esteves é fundador da Places for us, primeira empresa especializada em place branding do Brasil e autor do primeiro livro sobre o tema no País, com lançamento previsto para outubro de 2016. Atua como professor de branding nos cursos de pós-graduação do IED-SP e Rio Branco - SP e de place branding na Alfa-GO.

RICARDO AMORIM

Por que e como a economia deve melhorar e surpreender positivamente a partir de 2016? Por que e como o desenvolvimento acelerado do consumo e do varejo no Brasil serão retomados? Quais são as oportunidades que a crise traz para pequenas e médias empresas? Onde é possível inovar na indústria, em serviços e nas micro e pequenas empresas? As respostas compõem tópicos de abordagem das palestras de Ricardo Amorim, que tem participação confirmada no Congresso Abav de Turismo no dia 29/09, das 18h30 às 19h30, no espaço unificado de todas as arenas da Vila do Saber.

CONFIRA AS ASSOCIADAS BRAZTOA JÁ CONFIRMADAS:

4 Agents, Agaxtur, Ambiental, Ásia Total, Century Travel, CI, Costa Cruzeiros, Coris April Brasil, Discover Cruises, E-HTL, Flot, Flytour, GTA (Brazilian Assist), Interamerican, Intermac Assistance, Interpoint, ITA, JVS Operadora Turística, Litoral Verde, Lusanova, MMTGapnet, Norwegian Cruise Line (NCL), Pomptur,

Queensberry, Raidho, RCA, Royal Caribbean, Sanchat Tour, Schultz Operadora, Snow, Soft Travel, Trade Tours, Transmundi Viagens, Trend, Tristar, Trip 4 U, TT operadora, Turnet, Viagens Master, Velle, Visual e West Central.

ESTACIONAMENTO GRATUITO PARA A IMPRENSA

Em novo endereço este ano – o Expo Cen-

ter Norte – a 44ª Abav Expo Internacional de Turismo & 46º Encontro Comercial Braztoa vai garantir uma facilidade a mais para os profissionais de imprensa credenciados para a cobertura do evento. Jornalistas que apresentarem credencial de imprensa ou utilizarem carros envelopados com o logo do veículo terão cortesia no estacionamento.


16 Mercado

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>> Artur Luiz Andrade

Luxo na

consolidação

EM UM ANO EM QUE AS VENDAS NA CONSOLIDAÇÃO AÉREA ESTÃO CAINDO ENTRE 15% E 25%

e a emissão de bilhetes chega aos 10% de redução, é preciso não apenas inovar, mas reforçar o atendimento e buscar novas oportunidades. O vice-presidente da Esferatur, segunda maior consolidadora do País, Carlos Vazquez, analisando os números de sua empresa, decidiu apostar em um segmento que já vinha crescendo: as viagens de luxo. “A Esferatur já há anos é reconhecida como uma das maiores vendedoras de bilhetes premium, como as classes executiva e primeira. Isso por conta de nossa equipe, nossa rapidez no atendimento e das negociações exclusivas que temos. Nesse ano de crise, em que o segmento de luxo ou de alto poder aquisitivo se mostra resiliente, decidimos dar um passo além e criar o Departamento de Atendimento às Agências de Luxo, com foco no Lazer”, explica ele. Lançado há cerca de um mês, o departamento, que tem São Paulo como projeto piloto, já é um sucesso. Segundo Carlos Vazquez, os resultados já são positivos e as agências atendidas aprovaram o serviço. “Já estão até querendo copiar. Mas nosso atendimento não se copia”, afirma. Diretor em São Paulo, Juca Lins (ex-Gapnet e já integrado ao estilo Esferatur — ele até divide a sala com Vazquez) diz que o departamento se diferencia “pelos produtos oferecidos, com negociação exclusiva com as companhias aéreas para essa “nova” base de clientes, pela velocidade de atendimento, com três funcionários que entram em contato com as agências somente por e-mail e pela exclusividade”.

Carlos Vazquez, Alberto Mendes, Juca Lins, Luis Gustavo e Ana Maria Berto

Há opções de luxo de Santiago, no Chile, até a Ásia (um dos principais focos), passando pelos Estados Unidos. A Esferatur quer mostrar ao cliente premium de suas agências parceiras que as opções para quem quer viajar com conforto e exclusividade são muitas, mesmo com os recentes cortes de oferta.

ESTRUTURA

Dois executivos, Alberto Mendes e Luis Gustavo, foram treinados e, segundo Vazquez e Lins, estão preparados para dar todo o suporte a essas agências que têm o Lazer de luxo como foco. De acordo com Juca Lins, São Paulo é o projeto piloto, mas outras bases serão agregadas com o tempo.

Carlos Vazquez e Juca Lins, em foto impensável alguns meses atrás, pois eram concorrentes

Juca Lins com Juliana Abrantes, gerente de Marketing

Ele disse também que há um alinhamento com a operadora Orinter, pertencente ao grupo. “Muitas agências compram o aéreo com a gente e já buscam a Orinter para a parte terrestre”, conta. De acordo com a diretora da Orinter Tour & Travel, Ana Maria Berto, que tem a empresa no mesmo prédio da Esferatur, em São Paulo, o foco inicial da operadora não era ter o luxo como um dos principais pilares, mas o segmento já responde por 20% das vendas. “Tivemos a sorte também de contratar profissionais que tinham uma história muito rica, alguns saídos de outras operadoras nesse segmento, e com boa expertise no luxo”, contou ela ao Jornal PANROTAS. Alguns clientes da Orinter compram

toda a viagem na operadora, que também tem negociações exclusivas com diversos fornecedores. “Nossa sinergia com a Esferatur está indo muito bem e, apesar de um ano difícil para o País, nosso cronograma está sendo cumprido e aos poucos os agentes nos veem como um fornecedor parceiro e diferenciado, com o respaldo da Esferatur e de todos os profissionais que fazem parte do grupo”, finaliza Ana Maria.p

INFORMAÇÕES Para falar com o Departamento de Atendimento às Agências de Luxo na Esferatur, o e-mail é luxo.sao@esferatur.com.br.



18 Destinos

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>> Karina Cedeño

Novos

representantes O FINAL DE AGOSTO FOI MARCADO PELAS DESPEDIDAS DOS REPRESENTANTES DO TURISMO da Suíça e da Espanha no Brasil, que passaram o bastão a novos diretores. Enquanto o Turismo suíço no País passa a ser representado por Christina Glaeser, que assume o posto no lugar de Adrien Genier, o Turismo da Espanha tem como novo representante Juan Morales, que entra no lugar de Elvira Salazar. Além de dar continuidade ao legado deixado por seus antecessores, os novos representantes irão reforçar ainda mais os diferenciais de seus países. “Antes o consumidor final e os próprios profissionais de Turismo enxergavam a Suíça como um lugar fechado e distante. Hoje grande parte dessas pessoas percebe uma Suíça moderna, inovadora e emotiva”, considerou a nova representante do Turismo da Suíça no Brasil. Tal fato pode ser comprovado em números: em 2012 a Suíça registrava cerca de 201 mil noites e 80 mil turistas provenientes do mercado brasileiro. No ano passado, o número saltou para 225 mil e 95 mil, respectivamente, sem contar que o Turismo suíço chegou a capacitar presencialmente, e de forma direta, 1,2 mil agentes de viagens neste mesmo período – quantidade que não inclui treinamentos realizados em parcerias com o trade. Apesar do ótimo retrospecto, o primeiro semestre deste ano não foi positivo, e Genier culpa a crise polí-

O novo cônsul do Turismo da Espanha no Brasil, Juan Morales, e a antiga titular, Elvira Salazar

O ex-representante do Turismo da Suíça no Brasil, Adrien Genier, e a nova executiva, Christina Glaeser

tico-econômica. De janeiro a julho, o número de turistas brasileiros na Suíça caiu 18%. “Não podemos nos abater com a queda. Nós controlamos os investimentos e redirecionamos o foco das ações. Como nossa relação com as operadoras já é consolidada, a nova estratégia foi, e continuará sendo, em torno do agente de viagens”, garantiu o ex-representante do Turismo suíço no País.

PELO ESTÔMAGO

A Espanha, por sua vez, apostará em seus diferenciais gastronômicos para fisgar o turista brasileiro. "Nos quatro

anos em que atuei no cargo, apostei muito na divulgação da culinária espanhola no Brasil, além de investir em diversas ações para os agentes de viagens, a exemplo de nossas capacitações on-line”, conta Elvira, que viu o número de brasileiros na Espanha crescer significativamente nos anos de sua gestão. “Cheguei no Brasil em 2012, época em que a Espanha passava por diversas dificuldades econômicas, e foi um grande desafio posicionar o destino nas preferências do brasileiro. Mas tivemos excelentes resultados: no ano passado o país recebeu 460 mil brasileiros, sendo que em 2011 este número era de 350 mil. Isso nos fez notar que mesmo com a crise o brasileiro não deixou de ir à Espanha, embora tenha reduzido o tempo de estada no local, que antes era de dez a 12 dias, para uma semana", conta Elvira. De acordo com ela, Madri e Barcelona continuam sendo as cidades favoritas dos brasileiros, mas nos últimos anos eles têm procurado novos destinos, como a Andaluzia e o Caminho de Santiago, por exemplo. Morales, que assume o lugar de Elvira, já teve passagem pelo Instituto de Turismo da Espanha e considera os desafios frente ao novo cargo. "O período de crise não é favorável, mas o Brasil é um mercado muito estratégico para a Espanha e daremos continuidade aos treinamentos promovidos para agentes de viagens que tiveram início no trabalho de Elvira", conta o novo cônsul.p



20 Eventos

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>> Henrique Santiago

Chama acesa O QUE ANTES ERA INCERTEZA, DEPOIS SE CONCRETIZOU COMO SUCESSO. DE 5 A 21 DE AGOSTO, a Olimpíada proporcionou ao Rio de Janeiro possivelmente seus melhores dias nas últimas décadas. Hotéis com quartos lotados, milhões de ingressos vendidos e, claro, a presença de turistas fizeram da Cidade Maravilhosa um lugar destacável além das suas belezas naturais. À parte algumas falhas — a exemplo da piscina verde, problemas de estrutura na Vila Olímpica e a queda de uma câmera em visitantes —, os Jogos Olímpicos transformaram o êxito em números e em legado para os cariocas (da mobilidade ao novo parque hoteleiro). Com a isenção de vistos para quatro mercados-chave — Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão — o Brasil facilitou a entrada de 410 mil estrangeiros, que, somados a mais de 700 mil brasileiros, totalizaram 1,1 milhão de visitantes no destino – isso sem calcular as cidades-sede do futebol masculino e feminino. Ao contrário do que se pensa, os argentinos (12%) conquistaram a prata no quesito visitantes, atrás dos Estados Unidos, que enviaram 69 mil pessoas (19%) para cá. A presença de gringos na Rio 2016 encheu os cofres da cidade: R$ 2 bilhões nos 12 primeiros dias de celebração segundo cálculo da prefeitura, e gasto médio diário de R$ 424 por pessoa. Depois de duas semanas de conquistas, o Brasil teve o seu melhor desempenho na história dos jogos modernos, com 19 medalhas, sendo sete de ouro, e houve até quem dissesse se tratar da melhor edição da história das Olimpíadas. Agora, com o intervalo de duas semanas, a Rio 2016 retorna em 7 de setembro na “segunda fase” com a Paralimpíada. As expectativas, porém, seguem mornas, para a infelicidade do comitê organizador. Com pouca verba, o prefeito carioca Eduardo Paes liberou — em um jogo de suspensão e depois apro-

vação — R$ 150 milhões para que o evento acontecesse, juntamente com os R$ 100 milhões repassados pelo governo federal e mais alguns patrocínios, como da Petrobras. À parte da esfera política, a venda de ingressos é fator agravante para os Jogos Paralímpicos. A baixa procura fez com que os preços de ingressos caíssem e se tornassem mais atrativos, com a possibilidade de assistir a dezenas de modalidades por R$ 10. Não satisfeitas, entidades brasileiras como o Rio Convention & Visitors Bureau, a ABIH fluminense, Braztoa, Riotur e o Comitê Rio 2016 uniram suas forças para lançar uma campanha veiculada na TV Globo e nas rádios a fim de trazer mais visibilidade e, claro, pacotes promocionais ao consumidor final. O mote “se você perdeu a Olimpíada, venha sentir a Paralimpíada” tem dado certo, ao menos. Nas últimas semanas, os organizadores se surpreenderam com a venda avassaladora de tíquetes. Na quarta-feira (24), havia sido quebrado o recorde de 145 mil entradas em um só dia, superando o dia anterior,

com 133 mil. Até o fechamento desta edição, haviam sido comercializados mais de um milhão de bilhetes, restando um lote de 1,5 milhão. O interesse crescente pelo evento pode aumentar consideravelmente as taxas de ocupação da hotelaria carioca. Segundo dados da ABIH-RJ, o índice estava abaixo do esperado a uma semana do evento – na Olímpiada chegou a 94%. Para se ter uma ideia, ao juntar as médias dos bairros Flamengo (41%), Copacabana, Leme (47%), Leblon e Ipanema (55%) e Barra da Tijuca (70%), chega-se a uma média total inferior a 50%. O Airbnb, que hospedou 85 mil pessoas no período olímpico, não havia informado seus números até a semana passada. Para essa segunda fase, a prefeitura do Rio de Janeiro se diz preparada para receber a delegação paralímpica e os visitantes. Cinquenta e nove bairros receberam calçadas com piso tátil, rotas acessíveis de transporte público e para pontos turísticos. As expectativas dos órgãos políticos e de Turismo são favoráveis. p

CASAS ABERTAS DAS 28 CASAS TEMÁTICAS INAUGURADAS NA OLIMPÍADA, NOVE PERMANECEM ABERTAS PARA A visitação, incluindo a do Brasil e da futura cidade-sede Tóquio, em 2020. A Casa Brasil é o grande destaque e funciona na avenida Rodrigues Alves, 10, Armazém 2, Gamboa, em pleno Boulevard Olímpico, novo ponto turístico da cidade. Também estarão abertas as casas da Colômbia, Grã-Bretanha, Itália, Japão, Tóquio, Pyeong Chang e Suíça, além das exposições da antiga Casa do México. Os Jogos Paralímpicos têm praticamente a metade de esportes praticados nas Olimpíadas. Serão mais de 4,5 mil atletas em 23 modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, canoagem, ciclismo de estrada, ciclismo de pista, esgrima em cadeira de rodas, futebol de cinco, futebol de sete, goalball, halterofilismo, hipismo, judô, natação, remo, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, tiro com arco, tiro esportivo, triatlo, vela e vôlei sentado.p


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corporativo

www.pancorp.com.br

Hotelaria

>> Felippe Constancio — Rio de Janeiro

8 anos coroados

UMA DAS REDES COM MAIS FORTE ATUAÇÃO NO RIO DE JANEIRO, A WINDSOR COROOU

seus cerca de oito anos de preparação às Olimpíadas com um complexo para eventos na Barra da Tijuca nos últimos dias de agosto, o Windsor Conventions & Expo Center. Com 12 mil metros quadrados, o espaço com 22 salões multiuso e uma capacidade para receber até sete mil pessoas funcionava parcialmente desde março do ano passado, com dois de seus quatro andares servindo de área de encontros como conferências e jantares de gala do Comitê Olímpico Internacional (COI). "Foram anos de preparo para recebê-los. Começou em 2006 com a candidatura (das cidades para sede da Olimpíada), em 2007 com o Panamericano, quando recebemos 41 países", conta a diretora comercial do Windsor, Rosângela Gonçalves. Depois de arregaçar as mangas para convencer hotéis independentes a se comprometerem com leitos para a candidatura do Rio aos jogos, em 2008, a rede que tem 14 unidades só na capital fluminense conseguiu fazer com que a recém-inaugurada "Marapendi", também localizada na Barra da Tijuca, hospedasse ainda a "família olímpica". "O hotel inteiro foi fechado para o COI e nos preparamos muito para isso. Os membros do comitê vieram com suas famílias, tivemos reuniões e jantar de gala", lembra a executiva. "Nos reuníamos com a Força Nacional, Polícia Federal, a própria segurança do comitê. Foi um grande trabalho de universalização de todos os processos." A responsabilidade era grande. Dentre as personalidades e líderes mundiais que passaram pelos hotéis da rede na Barra da Tijuca — o Marapendi, o Oceânico e o Barra — estavam a rainha e o príncipe da Bélgica, as princesas da Inglaterra e de Mônaco, o rei da Dinamarca, chefes de estado de Luxemburgo, Croácia, Kuwait, Holanda, Jordânia e Japão. Agora, toda a expertise de sediar a família olímpica entra para o DNA da Windsor, junto com o centro de eventos que consolida a posição da rede no mercado de Mice da região e do Rio. Paralelamente a seu marcante atendimento de excelência, a Windsor espera movimentar o Conventions & Expo Center com congressos, convenções e feiras para todos os segmentos da indústria e comércio, em especial para o setor automotivo.

EQUIPAMENTO

Se depender da tecnologia e luxo, o centro terá um desempenho olím-

Além de escola de samba, rostos conhecidos e comida requintada, a abertura teve brincadeiras e gincanas valendo prêmios

A diretora comercial da rede Windsor, Rosângela Gonçalves

pico. O complexo tem infraestrutura moderna de internet e intranet, telas retráteis nos salões, business center, tradução simultânea, sinalização eletrônica em todas as áreas, segurança 24 horas, sem contar o pé direito de 5,8 metros de altura com vão livre sem colunas. O espaço externo para receber o público é tão colossal quanto: 400 vagas divididas entre o segundo e o terceiro subsolos, com acesso para transporte de materiais. Com extensos corredores de mármore, salas acarpetadas e tecnologia de ponta, o centro deve encantar federações e sociedades médicas de todos o País. "O mundo começa a ver o Rio como um destino. E todo mundo estava esperando esse momento. As empresas que fazem premiações, lançamento de produtos, estão muito menos na Europa pelo cenário político e de segurança. As empresas estavam esperando ver o que aconteceria aqui e agora o prognóstico é que tem demanda. Quem fizer um incentivo certamente pensará no Rio", acredita Rosângela. Além do forte potencial de atrair even-

Carioca e morador da Barra, Thiago Lacerda levou a Tocha Olímpica à abertura oficial do centro de eventos, no Windsor Oceânico; aqui, ele com Marcos Bezerra, gerente do hotel

tos de todo o País, o centro de eventos do Windsor Oceânico concorre com os melhores centros de convenções do mundo, já que não deixa a desejar em nada se comparado a grandes centros. "Os eventos internacionais, que mais remuneram e trazem turistas com dinheiro, requerem esse tipo de ambiente, com qualidade mundial", observa o presidente da Embratur, Vinícius Lummertz, que compareceu à inauguração do centro. "Essa área de eventos é que vai segurar o parque hoteleiro. Teve a crise do petróleo. Fica cada vez mais claro que o que é sustentável no Rio de Janeiro é o Turismo." No evento de abertura do centro, o Windsor recebeu convidados para apresentar as salas, com direito a animação de escola de samba e jantar no terraço. Na cerimônia, estiveram presentes também o diretor de Marketing da rede, Paulo Marcos Ribeiro, o diretor comercial do Rio Convention & Visitors Bureau, Michael Nagy, e o ator Thiago Lacerda, que mora na Barra. A poucos metros da nova estação do metrô da Barra, do Jardim Oceânico,

BANCODEDADOS

WINDSOR CONVENTIONS & EXPO CENTER EM NÚMEROS:

ll Mais de 150 salões com capacidade

para atender mais de sete mil pessoas simultaneamente ll 22 salões multiuso ll Com capacidades para plenárias, exposições e workshops, o espaço Ásia possui capacidade de 2.305 metros quadrados de vão livre e pé direito de 5,8 metros, permitindo plenárias de até 2,5 mil pessoas ll Cerca de 1,3 mil apartamentos e suítes distribuídos entre os hotéis Windsor Barra, Windsor Oceânico e Windsor Marapendi ll Área total de 12 mil metros quadrados ll Garagem com 400 vagas Site: www.windsorhoteis.com.br

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e dos principais shoppings e atrações da região, o complexo conta com cerca de 1,3 mil apartamentos e suítes distribuídos entre os três hotéis Windsor na Barra.p


22 Operadoras

7 a 13 de setembro de 2016 JORNAL PANROTAS

>> Henrique Santiago

Casamento com o Caribe DESTINOS DO CARIBE SÃO SINÔNIMO DE VENDAS ALTAS PARA A OPERADORA MMTGAPNET, DO Grupo Flytour Gapnet. A operadora desembarcou em São Paulo na segunda-feira (22), e no dia seguinte em Belo Horizonte, para apresentar um workshop para mais de 800 agentes de viagens paulistas e mineiros em dezenas de caravanas. Na capital paulista, a comitiva de 35 expositores – entre hotelaria, destinos e companhia aérea – deu uma encolhida em relação à primeira edição, dois anos atrás, quando mais de 50 marcas se apresentaram. Mesmo com a redução de fornecedores, as ilhas caribenhas disputam acirradamente com a Europa o posto de segundo destino mais vendido da MMTGapnet, atrás apenas de Estados Unidos e o carro-chefe Orlando, na Flórida. Segundo a diretora de Produtos e Operações, Mariana Azevedo, os riscos de atentados internacionais fizeram o brasileiro explorar mais o próprio País, mas em contrapartida, o crescimento do zika vírus no Caribe não impede a região de aumentar o faturamento. “O Caribe voltou a crescer após termos uma queda no geral desde o fim do ano passado para cá, muito por conta do impasse do imposto [o IRRF de 33% sobre remessas ao Exterior]. Mas nos recuperamos. As redes de hotéis acreditam hoje no Brasil”, disse ela.

CASAMENTO

Um dos diferenciais, que tem tido sucesso na operadora, nas palavras da Mariana, são os casamentos. Para isso, a MMTGapnet preparou uma executiva, Bianca Zoccoler, para aprender sobre este nicho e apresentar uma palestra aos agentes de viagens pela primeira vez no evento. Como dizem os especialistas, casar em qualquer destino caribenho é mais barato do que no Brasil. “Dependendo da quantidade de convidados, o pacote de casamento sai de graça. O casal só tem o custo da lua-de-mel”, explicou Bianca. Com um mercado em queda, manter os números do ano passado é um resultado para ser comemorado. Atualmente com 20% de market-share, a MMTGapnet procura embarcar 30 mil passageiros até o fim do ano. E a possibilidade é alta, segundo Mariana. “Janeiro e fevereiro foram complicados [em razão do imposto]. Mas julho foi muito bom e agosto vai

Equipe reunida em São Paulo

fechar melhor do que em julho”, previu. Se Orlando é o número um dos Estados Unidos, Cancun, no México, e Punta Cana, na República Dominicana, dividem o posto de destinos mais vendidos na operadora. Para Mariana, Santa Lúcia, Riviera Maya, também mexicana, e a Jamaica têm surpreendido pela variedade da rede hoteleira e pelas praias com um toque especial que só o Caribe tem. E por falar em surpresa, a empresa tem uma carta na manga para angariar mais clientes. A MMTGapnet Prime, voltada para o segmento de luxo, deve lançar ao mercado ainda em setembro as vilas exclusivas em Saint Barth, ilha próxima à Saint Martin que pode ser acessada a menos de uma hora de barco — preferencialmente um iate. p

Movimentação nos corredores do Workshop Caribe

VOLTA À TERRA

E N C A N TA D A DEPOIS DE PASSAR POR CANCUN UMA VEZ E TRÊS VEZES NOS ESTADOS UNIDOS (EM ORLANDO E NEVADA), O MEGAFAM DA MMTGAPNET RETORNA À CAPITAL MUNDIAL DO ENTRETENIMENTO.

Marcado para novembro, possivelmente de 5 a 11, o encontro acontecerá em Walt Disney World, em Orlando, com cerca de 80 agentes de viagens. Após se tornar Disney Select, ou seja, especialista credenciada em vendas de produtos da marca, voltar às origens foi um passo natural, finalizou o diretor da Consolid, divisão de incoming da Flytour Gapnet, Jorge Souza.p

Jorge Souza, da Consolid, e Mariana Azevedo, da MMTGapnet


O GESTOR

EVENTOS E VIAGENS CORPORATIVAS Edição 8 – 7 a 13 de setembro de 2016

w w w. a l a g e v. o r g

Parte integrante do Jornal PANROTAS

MANTENEDORES ALAGEV

Eleita pelos viajantes corporativos

Eduardo Bernardes, vice-presidente de Vendas e Marketing da Gol

O GESTOR — Diante do cenário atual de crise, as empresas estão mais cautelosas para realizar viagens. A Gol tem criado alternativas para que estas empresas não deixem de viajar? EDUARDO BERNARDES — Segundo os dados estatísticos da Abracorp referentes ao primeiro semestre de 2016 a quantidade de bilhetes para o segmento caiu 5,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A Gol caiu bem menos que a média do mercado (- 3,4%) e nos mantivemos como líderes no segmento de viagens corporativas, com share de 32,3% em bilhetes emitidos e 30,1% em faturamento. Essa per-

formance é no nosso entendimento um reconhecimento do cliente corporativo a todas as iniciativas de melhoria de produtos e serviços que a Gol têm implementado, sendo que alguns desses investimentos têm como foco principal o segmento corporativo. Entenda-se que esses investimentos estão diretamente relacionados a gerarmos a real percepção de valor do nosso serviço tanto para os gestores de viagens, os clientes corporativos e também as agências de viagens corporativas. Investimos na melhoria da nossa malha, somos líderes em soluções tecnológicas voltadas ao cliente corporativo e

entre essas soluções estão o nosso app com geolocalização (único no mundo); antecipação de voo; cancelamento e alteração no aplicativo; criação do Espaço Gol+ conforto — a Gol é a empresa que mais assentos com a categoria A da Anac; e investimentos em treinamento e capacitação do nosso time — temos orgulho dos nosso profissionais. O GESTOR — Como está o projeto de wi-fi a brodo? BERNARDES — Seremos também a primeira empresa no Brasil a oferecer conexão wi-fi via satélite em nossas aeronaves, junto com um conjunto de soluções para entretenimento

em todos os nossos voos domésticos e internacionais. Vale destacar ainda que por meio do nosso programa Smiles oferecemos aos nossos clientes o resgate de milhas em toda a nossa malha, assim como dos nossos parceiros estratégicos Delta e Air France-KLM, além de várias outras parceiras internacionais. O GESTOR — O que você tem observado de diferente nas negociações de contratos e acordos com os viajantes corporativos? BERNARDES — Primeiro a parte mais positiva, nosso entendimento é que o mercado está > Continua na pág. 24


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O GESTOR

EVENTOS E VIAGENS CORPORATIVAS

cada vez mais se profissionalizando e não temos dúvidas que isso traz benefícios para os clientes, para as empresas e para a Gol. Quando trabalhamos com o nível máximo de transparência e partimos para negociações que realmente vão além do preço individual de um bilhete para uma avaliação mais ampla de custo x benefício de um acordo por um período mais longo, todos saem ganhando. Esse cenário é o que buscamos e no qual acreditamos. Percebemos que as empresas que compartilham dessa mesma ideia estão mais satisfeitas com os resultados e são mais fieis. Trabalham com olhar específico para uma relação duradoura e ajudam a Gol a desenvolver ainda mais seus produtos e serviços. Hoje temos um grupo de clientes corporativos que trimestralmente se reúne conosco para nos ajudar a fazer da Gol uma empresa ainda melhor. Alguns desses clientes possuem de forma clara e objetiva, dentro das suas políticas, a Gol como preferencial e cumprem à risca o combinado. Estamos certos de que essa é de fato uma relação ganha-ganha. Do lado da oportunidade, entendemos que os clientes deveriam discutir durante o

processo de negociação condições que permitam eleger a sua companhia aérea preferencial e de fato investir nessa relação. Hoje percebemos que em algumas negociações, conduzidas apenas com o viés de sempre ter a menor tarifa, criam um ambiente não favorável de médio e longo prazos e não ajudam na construção de uma relação duradoura. Temos que tratar além do preço, é importante levar em conta a conveniência, qualidade do produto e atendimento. O GESTOR — Como a empresa encara a questão do compartilhamento de dados? BERNARDES — Também entendemos como necessário adotarmos ferramentas de gestão compartilhada de dados; no nosso caso usamos o Prism, para que através dessa ferramenta possamos ter indicadores de eficiência do contrato, em especial para identificar se os objetivos estabelecidos na negociação comercial estão sendo alcançados. Nosso objetivo é manter com nossos clientes uma relação construtiva, tangibilizando essa relação através dos in-

dicadores de performances acordados. Ainda é possível encontrar no mercado empresas que negociam 100% do seu volume e acabam por não entregar o que foi acordado. Essa é com certeza uma relação que não deveríamos ter em um mercado que busca a excelência. É sem dúvida uma oportunidade que temos a curto prazo de criar valor para a nossa indústria. Confiamos que ao adotarmos uso de ferramentas de compartilhamento de informações podemos melhorar esses processos e para isso estamos de fato dedicando investimentos. A relação precisa ser primeiro de tudo uma relação de confiança e transparência, pois isso é imperativo para o sucesso e o ganha-ganha. O GESTOR — Quais são as atuais expectativas dos viajantes corporativos? De que forma a Gol tem atendido a estas expectativas? BERNARDES — Se olharmos somente pela perspectiva do viajante corporativo, deixando um pouco de lado a visão da empresa, as nossas pesquisas indicam que esse cliente em geral tem uma expectativa por um processo de viagem des-

complicado, pontualidade, malha aérea conveniente, qualidade de atendimento, conforto das aeronaves e um programa de relacionamento onde seja possível usar os benefícios. Tudo isso sem deixar de lado a segurança. Estamos sim trabalhando para entregar todas essas expectativas. O GESTOR — Pode exemplificar? BERNARDES — Somos a empresa aérea líder em pontualidade nos últimos anos e adotamos medidas internas rigorosas para garantir alto padrão de pontualidade. Considerando os aeroportos que concentram a maior parcela dos voos do segmento corporativo a Gol lidera em oferta de assentos e com uma malha que garante ao nosso cliente ir e voltar no mesmo dia, reduzindo despesas de hospedagem e tendo a oportunidade de voltar para casa e curtir mais tempo com a família. Ainda nesse ponto, a Gol pratica tarifas especiais quando a opção do cliente é ir e voltar com a Gol o que traz ainda vantagem econômica para as empresas. Do lado do atendimento, além do investimento em treinamento e capacitação, que é ciclo contínuo, apoiamos a nossa equipe com desenvolvimento de tecnologias que ajudam no atendimento, para tornar a experiência do cliente em algo realmente descomplicado. Com o espaço Gol+ atendemos a duas necessidade, maior espaço entre poltronas de toda a indústria, além de permitir ao cliente que embarque e desembarque com prioridade. Através do programa Smiles garantimos a melhor relação de acúmulo de pontos, com facilidade de resgate das milhas tanto na Gol quanto em empresas parceiras. No quesito segurança, a Gol possui certificação Iosa expedida pela Iata, que nos certifica nos mais altos níveis internacionais. Nosso trabalho diário é garantir aos nossos clientes a melhor experiência e assim ampliar a nossa rede de fidelização.


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EVENTOS E VIAGENS CORPORATIVAS

EM COMUM A nova diretoria da Alagev está implementando, com o apoio dos nove comitês de trabalho, um modelo mais integrado de discussão de assuntos. “Com a ajuda de um profissional externo, mapeamos os assuntos que estão no radar dos comitês”, explica a presidente Patricia Thomas. “Descobrimos que vários deles são pertinentes para mais de um comitê, assim estamos trabalhando em quatro grandes temas priorizados para todos os nove”, completa. Os assuntos com essa transversalidade são Transparência nas Relações e Negociações, Tecnologia, Pesquisa e Papel da Agência. “Os comitês de trabalho trazem a essência do conhecimento de gestão de viagens e eventos corporativos, e compõem a coluna vertebral da associação”, conclui Patricia.

DE VOLTA Gradualmente, algumas TMCs que tinham se afastado estão retornando à Alagev nesta nova gestão. Destaque para Copastur, BCD, CWT, Maringá e Tour House, que inclusive já apresentam participações em comitês de trabalho.

Momento Bleisure do CAC, da Alagev, em Fortaleza

Momento bleisure do CAC, da Alagev, em Fortaleza

TRANSPARÊNCIA O CAC, Comitê de Agências Corporativas, coordenado por Agnaldo Salla, Alexandre Motta e Patrick Tytgadt, se reuniu no final de agosto em Fortaleza. Pesquisa e Transparência nas Relações e Negociações foi o principal tema trabalhado. No dia seguinte, praticaram o bleisure (experiência de business com lazer) curtindo um pouco da capital cearense, e aproveitaram para confraternizar com os familiares dos participantes.


SurFACE

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Na estrada

Os Jogos Olímpicos Rio 2016 foram responsáveis por um crescimento de 350% nas vendas de passagens rodoviárias on-line, de acordo com a plataforma de venda Click Bus. Como era esperado, a capital fluminense foi a principal origem e destino de quem viajou de ônibus no Brasil entre 5 e 21 de agosto. O Rio de Janeiro representou mais de 50% de tudo o que foi comercializado pela Click Bus no mês passado. Os paulistanos foram os maiores compradores, seguidos por passageiros que embarcaram em Belo Horizonte, Campinas (SP), Juiz de Fora (MG) e Paraty (RJ).

Aeroporto de Changi, de Cingapura

Top 10 aeroportos

Cingapura tem o melhor aeroporto do mundo. O terminal de Changi, no país asiático, foi eleito pela revista norte-americana Travel & Leisure em uma lista que não considera apenas funcionalidade, pontualidade ou eficiência, mas também avalia detalhes que fazem a diferença, como luxo, arquitetura, tamanho, complexidade, conforto e “atrativos”. O ranking é completado, respectivamente, pelo Aeroporto Internacional de Dubai, em segundo, Hong Kong, Incheon (Coreia do Sul), Zurique (Suíça), Tel Aviv (Israel), Munique (Alemanha), Tóquio (Japão), Adelaide (Austrália) e Amsterdã (Holanda).

7 a 13 de setembro 2016 JORNAL PANROTAS

Paula Farias, da Sator e do Ibas, com Artur Andrade, Guilherme Alcorta e José Guillermo Alcorta, da PANROTAS

Landings Latin America

A PANROTAS Editora, líder em comunicação e eventos para a indústria de Viagens e Turismo, estará presente no primeiro International Brazil Air Show, o Ibas, organizado pela Sator Eventos. O evento de aviação ocorrerá de 29 a 31 de março do ano que vem, no Aeroporto do Galeão, no Rio, onde a PANROTAS será parceira na primeira edição do Landings Latin America, misto de seminário com rodadas de negócios, cujo foco será o desenvolvimento e planejamento de rotas aéreas no Brasil e na América Latina. “O evento contará com painéis em que buscaremos apresentar e discutir os principais desafios para o desenvolvimento de novas rotas e a atração de investimentos na América Latina, especialmente no Brasil”, afirmou a diretora da Sator, Paula Faria. “O Brasil vive um momento de transformação com as concessões de aeroportos e 2017 é considerado o ano da retomada da economia do País e achamos bastante oportuna a realização, não apenas desse grande salão de aviação, que é o Ibas, como desse evento dentro do evento, que é o Landings, focado em desenvolvimento de rotas aéreas e que envolverá aeroportos, empresas e destinos, além de outros players impactados por essa indústria”, emendou o presidente da PANROTAS, José Guillermo Alcorta. Mais informações sobre o Landings: www.internationalbrazilairshow.com ou artur@panrotas.com.br.

Ponto a ponto  Após seis meses, Alexandre Arruda está de volta à Argo Solutions. Ele atuava como diretor comercial, mas no seu retorno assume o posto de diretor de Operações.

De volta a Orlando

A JTerra Marketing, de Jane Terra, assumiu o Visit Orlando no lugar da Nas Comunicação, de Claudia Lobo. A representação é interina até o início de 2017, pois o órgão de representação do destino norteamericano promete terminar seu processo de escolha de uma nova empresa até o fim do ano. Segundo comunicado do Visit Orlando, Patrick Yvars, ex-Disney e atual diretor de Vendas para a indústria, continua sendo o principal contato para os parceiros do trade no Brasil. Jane Terra já representou os parques do Sea World e o Visit Orlando no Brasil. Também já trabalhou na American Airlines e está baseada no Rio de Janeiro. Ela atende no jane.terra@terra.com.br.

 Em ampliação do codeshare, a Gol passa a vender Copa Airlines (tendo como destindo a Cidade do Panamá) a partir de sete capitais brasileiras: Florianópolis, Curitiba, Fortaleza, Vitória e Salvador, conectando no Rio de Janeiro (GIG) e São Paulo (GRU).  A partir de 15 de dezembro, a Latam terá uma nova rota ligando São Paulo, Buenos Aires e Bogotá. Serão cinco frequências semanais. A aérea não tinha ligação direta entre as capitais argentina e colombiana.


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Bye, Othon

Gigante

O primeiro Airbus 320neo das Américas, de propriedade da Latam, chegou no final da semana passada no Brasil. A aeronave será operada em rotas domésticas no País, inicialmente para atender destinos como Brasília, Belo Horizonte, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro (Galeão) e São Paulo (Guarulhos). A partir de novembro, começará a fazer serviços em rotas regionais na América do Sul. 

Brasileiro no Wyndham O Wyndham Hotel Group anunciou mudança em seu quadro latino-americano que envolve o Brasil. Ex-IHG, Felipe Novais foi contratado para o cargo de diretor regional de Vendas para a região e o Caribe, com base no País. Ele irá se reportar ao novo diretor sênior de Vendas, o mexicano Rafael Vázquez Pico, que ficará baseado em Miami. Segundo o comunicado do Wyndham, caberá a Novais “ser responsável pelas vendas globais para o Cone Sul, estabelecendo e desenvolvendo relações estratégicas com os clientes”. 

Com quase dez anos à frente dos Hotéis Othon, Fernando Chabert despediu-se oficialmente da direção da rede na semana passada, no Rio de Janeiro. O executivo afirma que vai se dedicar a projetos pessoais, o que inclui consultoria na hotelaria. Chabert iniciou a carreira em Portugal, no Hotel Estoril Sol. O executivo chegou ao Rio em 1974, quando participou da abertura do Hotel Intercontinental. Ele, que também tem em seu currículo nomes como Rede Quatro Rodas, Veplan Hotéis, Recife Palace, Rio Palace e Hotel Méridien Rio e Bahia, reuniu amigos, colegas e parceiros do trade no próprio Rio Othon Palace para se despedir do cargo e marcar o início de uma nova fase. Bruno Heleno e Paulo Michel estão no comando das Operações e Vendas na rede.



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