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7 a 13 de dezembro de 2016 JORNAL PANROTAS ESPECIAL TECNOLOGIA
O mapa da tecnologia no Brasil INTERMEDIADORES
A pedido do Jornal PANROTAS , o Grupo de Trabalho de Tecnologia da Abav Nacional mapeou o segmento de tecnologia voltado à indústria de Viagens e Turismo no Brasil. Confira a seguir as empresas que fazem parte do dia a dia de milhares de profissionais e que hoje são fundamentais em praticamente todos os processos, desde gerenciamento de despesas a meios de pagamentos, distribuição, faturamento e divulgação.
B2B RESERVAS CMNET RESERVAS CANGOOROO OMNIBEES SEATGURU ASCAPE(VR)
MEIOS DE PAGAMENTO EBTA - Enhanced Business Travel Account (American Express) CTA - Corporate Travel Account (Itaú) VCN - Virtual Card Number (há vários fornecedores) UATP - Universal Air Travel Plan Hotel Card
GESTÃO DE EVENTOS ARGO EVENTWARE EVENTBRITE VPEVENTOS NETWORK DOITY SYMPLA
CHANNEL MANAGEMENT / CRS OMNIBEES
CPB - Cartão de Passagem Bradesco BTB - Business Travel Bradesco
TECNOLOGIA / SISTEMAS E-FÁCIL PLUS TRAVEL EXPLORER RESERVA FÁCIL WOOBA ENVISION
BACK OFFICE BENNER MONDE SISTEMAS AGI SISTEMAS TOTVS WOOBA OFFICE
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GESTÃO DE DESPESAS RESERVE EXPENSE & TRAVEL RESET CONCUR BENNER EXPENSES LEMONTECH ARGO
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
MODELOS DE AGÊNCIAS DE VIAGENS CORPORATIVA (TMC) LAZER EVENTOS CONSOLIDADORA RECEPTIVO OPERADORA
CRUZEIRO HOTÉIS SEGUROS DE VIAGEM AÉREO LOCADORA DE VEÍCULOS RODOVIÁRIO CÂMBIO
FUTURO / INICIATIVAS ACOMODAÇÕES ALTERNATIVAS
REALIDADE VIRTUAL REALIDADE AUMENTADA PAGAMENTO POR SMARTPHONE CHECK-IN PARA HOTÉIS HOTELQUANDO
AIRBNB
METASEARCH TRIVAGO KAYAK
HOSTING SOLUTIONS
SKYSCANNER GOOGLE TRAVEL
PORTAL DE RESERVAS BOOKING.COM DECOLAR.COM VIAJANET CVC HOTEL URBANO
TTI CIONS MYSKY RESERVE TRAVELNOW FARELOGIX NAVITAIRE
ON-LINE BOOKING TOOLS LEMONTECH RESERVE TRAVEL MANAGER ARGO BENNER TRAVEL WOOBA CORPORATE GETTHERE TOTVSRESERVE
DISTRIBUIÇÃO (GDS E DIRECT CONNECT)
SOLUÇÕES MOBILE TRIPADVISOR GOOGLE TRANSLATE TRIPLT UBER 99 EASYTAXI WAPPA
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AMERICAN AIRLINES AMADEUS LUFTHANSA AZUL TRAVELPORT GOL SABRE LATAM AIRLINES AVIANCA BRASIL OMNIBEES B2B RESERVAS
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>> Renato Machado
Grandes para
pequenos
HÁ QUEM DIGA QUE EM CRISES ECONÔMICAS NÃO É BOM ARRISCAR MUITO. OUTROS PREGAM QUE É A HORA DE aproveitar oportunidades. Seja qual for a filosofia adotada, o acesso à tecnologia pode ser um alento aos empreendedores de menor porte. Mais um item no plano de gastos ou ferramenta para reduzir custos e aumentar lucros? Fato é que, uma vasta gama de serviços está à disposição do micro e pequeno empreendedor, uma parcela importante da economia nacional que vem ganhando espaço e tem chamado a atenção de grandes desenvolvedores de tecnologia. O pequeno
empresário já pode hoje ter acesso às grandes marcas do mercado, aumentando sua competitividade e qualidade na gestão e aplicação de ferramentas.
O MERCADO
O recorte dos micro e pequenos empreendedores (MPE) engloba todas aquelas empresas cujo faturamento anual se limita aos R$ 60 mil (microempreendedor individual), R$ 360 mil (microempresa) ou R$ 3,6 milhões (empresa de pequeno porte). Segundo dados do Sebrae/ Fundação Getúlio Vargas, a participação desses empreendedores no PIB brasileiro chegou a 27% em
2011. Em 2015, de acordo com o mesmo Sebrae, 98,2% das empresas privadas brasileiras se enquadravam neste perfil. A abertura de novas empresas tem crescido, como mostra estudo de outubro da Serasa Experian. “Dada a eliminação de vagas no mercado formal de trabalho, pessoas que perderam seus empregos estão abrindo novas empresas visando à geração de alguma renda”, justifica o estudo. Ao todo, nos primeiros sete meses de 2016, foi registrada a abertura de 1,2 milhão de novas empresas – 1,8% superior à marca de 2015 e maior número para o período desde 2010.
O Voopter é um exemplo de tecnologia aplicada no Turismo
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OLHO NO MPE
Há motivos de sobra para despertar o interesse de fornecedores de tecnologia, buscando lucrar com o crescimento dessas empresas. Em estudo de novembro de 2015, o Sebrae mostrou que 94% dos empresários com esse perfil usavam a internet e 61% dos empreendedores geriam seu negócio com o auxílio de um software. A Oracle, por exemplo, uma das maiores desenvolvedoras de software em escala global, tem incluído essa parcela do mercado em suas estratégias. A vice-presidente da Oracle Digital para América Latina, Priscila Siqueira, conta que, nos últimos anos, a companhia se transformou para oferecer serviços a empresas de qualquer porte. "O foco em computação em nuvem tem um papel fundamental na nossa atuação junto às pequenas e médias empresas. A nuvem é uma plataforma democrática, permitindo que essas empresas tenham a melhor tecnologia por um investimento justo", explica. Seguindo este discurso, Tales Tom-
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Priscila Siqueira, da Oracle
masini, sócio da Voopter, sistema de busca e monitoramento de preços de passagens aéreas, acredita que "à medida em que as desenvolvedoras passam a disponibilizar acessos mais simples aos seus dados e recursos, a intermediação perde terreno e empresas de pequeno, médio e grande portes no final das contas terão acesso às mesmas tecnologias, cujo custo de acesso será proporcional ao uso". A VP da Oracle reforça essa ideia:
"a vantagem é que a empresa tem total controle de quanto paga pela tecnologia, podendo iniciar muito baixo e ir expandindo conforme o uso". "Nenhum empreendedor, em nenhum momento de sua vida, pensa em nascer e continuar pequeno”, simplifica o diretor de Hospitalidade da Totvs, Claudio Cordeiro. Na opinião do executivo, é fundamental que, para elevar seu patamar, a pequena empresa tenha o suporte de
um grande desenvolvedor. "Quanto maior a abrangência das funcionalidades do software, geralmente uma empresa de capacidade maior consegue empregar mais funcionalidades e mais recursos para esse gestor administrar seu empreendimento", explica. "Uma desenvolvedora de grande porte em tese apoia o crescimento da empresa de forma mais sustentável", concluiu.p > Continua na pág. 28
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APLICAÇÃO E PRODUTOS A VERSATILIDADE CARACTERÍSTICA DA ÁREA DE TECNOLOGIA É UM DOS PONTOS QUE MAIS atraem empreendedores de menor porte. Seja na gerência de receitas ou na comunicação com consumidores, as desenvolvedoras buscam ampliar ao máximo a oferta de serviços — e, para isso, por vezes a saída é criar soluções para mercados específicos. É o caso da Totvs, que tem uma área da empresa dedicada apenas ao atendimento do ramo hoteleiro. Seu software, o Special, oferece funcionalidades pensadas para o dia a dia de pequenos empreendimentos. "É uma ferramenta adaptada para os pequenos e médios hotéis, com as mesmas funcionalidades do software completo, o Hotal, mas com características especiais", explica Cordeiro, lembrando que "algumas funcionalidades da área de gestão são simplificadas para o atendimento dessas pousadas" Com 400 empreendimentos utilizando o Special, Claudio Cordeiro afirma, sem dizer o valor — pois varia muito em função do tamanho, capacidade e
módulos —, que o sistema "é bastante acessível. "É o custo de uma assinatura de TV a cabo ou internet. Com certeza o que a pousada paga de luz é maior do que o custo do software", brinca o executivo.
ATÉ O GOOGLE
O Google foi uma das primeiras companhias a popularizar o acesso a ferramentas para mercados de menor expressão e rentabilidade. A gigante norte-americana não restringe suas soluções empresariais a líderes do mercado ou a empresas com volumosas receitas. A solução Google Meu Negócio, que reúne ferramentas de anúncios, eficiência no trabalho, análise de números e prospecção financeira, podem muito bem fazer parte da realidade de um pequeno empreendedor. Há empresas que viram nesse empreendedor de menor porte seu nicho de atuação. O sistema de pagamento da Izettle foca nesse mercado, não só disponibilizando seu leitor de cartões de forma mais acessível (parcelando
Adriana Albuquerque, da Izette
em 12 vezes, por exemplo), mas também oferecendo ao comerciante um aplicativo de gestão financeira e um banco de dados de consumidores. "A gestão do negócio", conta a diretora de parcerias da Izettle, Adriana Albu-
querque, "é uma das principais dificuldades das pequenas empresas". "Faz parte da missão da Izettle facilitar a vida dos empreendedores para que eles possam focar seus esforços em fazer seus negócios crescerem e, com isso, impulsionar a economia do País", afirma a executiva. A atuação visando aos comerciantes com o perfil de MPE busca "garantir mais liquidez e menos burocracia", resume Adriana.
ACESSO
A forma que o empreendedor acessa tais tecnologias não é rígida, variando de acordo com o fornecedor do serviço. Há uma parcela do mercado de desenvolvimento de softwares que opta pela venda direta. É o formato utilizado pela Totvs, "seja por franqueados ou por pessoas da área comercial", explica Cordeiro. "Temos representantes nos principais Estados, vendendo para todo o Brasil e também para a América Latina. Tem hotéis que utilizam nosso software na Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai e Bolívia", conta o executivo. Por outro lado, há os que optam pela utilização de intermediadores, desmembrando e espalhando sua atuação para mercados remotos, onde o acesso tende a ser mais difícil. "Nesse processo de democratização do fornecimento de software, os intermediadores exercem um papel fundamental", exalta Priscila Siqueira, da Oracle. "Nosso modelo de vendas é de muita cobertura por meio de diversos canais de vendas, o que seria impossível sem os intermediadores", conta a vice-presidente para América Latina, garantindo que no Brasil a companhia possui uma rede de mais de 700 intermediadores,
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"que vão desde os grandes até os mais especializados em alguma solução". Aquele empreendedor que ainda está incerto de como pode fazer uso da tecnologia em sua empresa pode utilizar ferramentas de suporte disponíveis no mercado. O Sebrae, por meio de seu programa Sebraetec, oferece "cursos e consultorias sobre qualquer tecnologia, desde que um especialista no assunto esteja cadastrado nos editais estaduais". A entidade explica que, ao ouvir do empresário onde há a necessidade de inovar, já "aciona um dos prestadores de serviços tecnológicos cadastrados. O atendimento é realizado de forma customizada para cada cliente, como uma consultoria", que ainda recebe subsídio de pelos menos 50% do valor do serviço.
a necessidade de proporcionar ao cliente um serviço de qualidade antes, durante e depois de sua jornada é o ponto central. "Monitoramento de redes sociais, campanhas de marketing, acesso fácil ao cliente, tudo isso é necessário e existem soluções para tanto, o que ajuda a proporcionar uma experiência excelente e personalizada ao cliente", pontua. Claudio Cordeiro concorda, afirmando que "a tecnologia pode melhorar muito o padrão de serviço não só na questão de produtividade, de qualidade, mas também gerar para o empreendimento turístico a possibilidade de ter mais receita".p
Sede central da Totvs
OS"GIGANTES"
Assim como em qualquer segmento, o mercado de tecnologia possui suas micro, pequenas, médias e grandes empresas. No entanto, o acesso a serviços das ditas "gigantes" é costumeiramente relacionado aos altos valores despendidos, o que nem sempre é verdade. "A redução do custo de investimento para contratação de software, por meio de serviços na nuvem, possibilitou aos pequenos e médios empresários terem soluções de ponta com um investimento justo que pode ser até menor que o de desenvolvedores de menor porte", garante Priscila Siqueira. A VP da Oracle credita à estrutura da companhia uma vantagem fundamental: "a força de desenvolvimento e investimento em melhorias muito mais agressiva", o que pode ser traduzido por frequentes atualizações e melhorias no produto. Da mesma forma, Claudio Cordeiro, da Totvs, afirma que empresas de maior porte têm investimentos em desenvolvimento de novas tecnologias muito mais parrudos e intensos do que uma empresa menor, garantindo que haverá "um nível muito maior" de disponibilização de tecnologias por meio do grande desenvolvedor.
NO TURISMO
Priscila Siqueira analisa que o uso de tecnologia no Turismo é algo "crítico". Para ela,
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