TF G|Ar qui t et ur aeUr bani s mo|2015 |Envel hec i ment oAt i vo|Cent r odeSaúdeeConví vi opar aT er c ei r aI dade| Or i ent anda|Paol l aSandr iL ar anj ei r a Or i ent ador|F er nandoGui l l er moVáz quezRamos
Agradecimentos: Como prova da impossibilidade da individualidade, agradeço: A Deus. é preciso ter fé para enfrentar todos os obstáculos dispostos ao longo desses cinco anos... À Família, que se mostrou paciente e compreensiva, e principalmente, aos meus pais Ricardo e Vaneska, que sempre acreditaram na minha capacidade... Ao
meu
orientador,
Fernando Vázquez, por compartilhar seu conhecimento e ter me encorajado a ter autonomia e a alcançar o meu melhor...
A todos os professores, presentes diretamente e indiretamente na minha formação, compartilhando conhecimentos e experiências, fazendo com que me apaixonasse pela profissão... A arquiteta, Flávia, que possibilitou meu estágio e o tornou uma etapa de aprendizado, maturidade e responsabilidade...
Aos amigos, que permaneceram ao meu lado durante todas as horas, de angústia e de glórias... Obrigada!
“Saber envelhecer é a grande sabedoria da vida.” Henri Amiel
Resumo A arquitetura pode contribuir com a melhoria na qualidade de vida das pessoas. O intuito principal deste projeto é a criação de um espaço que possa dar suporte a saúde física e mental dos idosos. Um espaço pensado para receber os usuários de forma acolhedora e confortável, que proporcione integração em áreas de convívio bem arejadas e iluminadas, contribuindo para prevenção, reabilitação e manutenção da saúde da população à medida que envelhecem e necessitam de maiores cuidados e supervisionamento da saúde.
Sumário Introdução ..................................................................................................................5 Apresentação do tema ...............................................................................5 Definição e conceituação do projeto....................................................6 Justificativa ......................................................................................................7 Metodologia ...................................................................................................7 Objetivo da pesquisa ..................................................................................7 01 | Idoso no Brasil..................................................................................................9 01.01|Estatísticas do idoso no Brasil .................................................. 12 01.02 | Programa social ........................................................................... 15 01.03 | Envelhecimento ativo ................................................................ 17 01.03.01 | Serviços sociais e de saúde ............................................... 18 01.03.02 | Ambiente físico ...................................................................... 18 01.03.03 | Vida social ................................................................................ 19 01.04 | Legislação ...................................................................................... 20 01.04.01 | Estatuto do idoso .................................................................. 20 01.04.02 | Centro dia do idoso .............................................................. 22 02 | Escolhas do terreno..................................................................................... 23
02.01 | Processo de escolha ................................................................... 23 02.02 | Terreno escolhido ....................................................................... 25 02.03 | Levantamento fotográfico do local ...................................... 25 03 | Localização e caráter urbanístico ........................................................... 27 03.01 | Análise morfológica e urbanística......................................... 27 03.02 | Patrimônio histórico - Santa Casa da Misericórdia ........ 29 04 | Legislações urbanísticas ............................................................................ 31 05 | Estudos de caso ............................................................................................ 33 05.01 | Referência de implantação, acesso e circulação ............. 33 05.02 | Referência de fechamento ....................................................... 34 05.03 | Referência do vão e da cobertura......................................... 34 06 | Programa ......................................................................................................... 37 07 | Estudo preliminar – 1º semestre ............................................................ 39 07.01| Definição do partido e implantação...................................... 39 07.02 | Estudo preliminar ........................................................................ 41 07.03| Conclusão do estudo preliminar ............................................ 42 08 | Projeto arquitetônico final ........................................................................ 44 09 | Referências ..................................................................................................... 77
Introdução Apresentação do tema O Brasil e o mundo estão envelhecendo e transpondo novas barreiras, com isso temos o grande desafio de envelhecer bem, com uma vida longa, ativa e saudável. A ideia de longevidade não significa apenas viver mais, como também melhorar a qualidade de vida em todas as suas etapas. Manter-se ativo é fundamental neste processo, para obtenção de uma saúde física, mental e emocional. O aumento da expectativa de vida se deve aos avanços na área da saúde e à redução da taxa de natalidade, porém esse rápido crescimento não permitiu uma preparação adequada em relação à infraestrutura e aos serviços de saúde. A proposta do projeto busca conciliar em um único espaço, o convívio e a prevenção, reabilitação e manutenção da mesma.
06
Definição e conceituação do projeto
de saúde – metropolitano.
A longevidade já foi conquistada, a busca agora é como acrescentar qualidade a esses 30 ou 40 anos adquiridos, com oportunidades de saúde no setor privado, que necessitam ter uma nova lógica de cuidados, a fim de que o envelhecimento seja uma experiência positiva para a população.
Conforme pesquisas realizadas no Atlas da Saúde da Cidade de São Paulo – aprofundadas no capítulo 01.02 – e buscando atender a demanda de idosos da região, foi selecionado o distrito da Consolação para implantação do projeto, por se tratar de uma área central de fácil acesso e dotada de infraestrutura, próximo ao hospital central da Santa Casa de Misericórdia, patrimônio histórico importante para história da cidade, valorizando os contrastes entre a arquitetura hospitalar antiga e a nova arquitetura de centros de convivência e prevenção à saúde. Dessa forma, além de aproveitar a infraestrutura e acessibilidade existente, o equipamento também proporciona suporte e apoio como um complemento à saúde aos pacientes de terceira idade que frequentam a instituição, oferecendo além da convivência, auxílio com prevenção, reabilitação e manutenção da saúde.
Esse aumento gera grandes desafios para o setor da saúde, para atender a maior demanda que busca a utilização dos serviços oferecidos maior número de idosos e das múltiplas patologias crônicas. Com o objetivo de melhorias nesse sistema, inicia-se a proposta de um programa social que abrangesse todo o contexto urbano. Dessa forma, será previsto um equipamento que seja adequado e funcione em toda a cidade, com políticas de promoção e prevenção a saúde, sendo eficazes e apontando para uma população mais saudável, que possa ser acessado por todos, uma política de universalização dos serviços públicos e de melhoria nos tratamentos
criando
um
sistema
O terreno escolhido possui uma área total de 1771 m², localizado em um
lote de esquina na Rua Santa Isabel com a Rua Amaral Gurgel, servido de linhas de ônibus e metrô, além de importantes avenidas e ruas como: Av. São João, Av. Higienópolis, Av. Angélica, Av. Rio Branco, Av. Ipiranga e Rua da Consolação, que se conectam com toda a cidade. No seu entorno existem áreas comerciais e de serviços com variadas opções de compras e lazer como: praças, teatros, igrejas, restaurantes, bancos e supermercados. O programa contempla diversas atividades como elementos de integração e convívio entre os usuários. Para tanto o projeto contará com aulas na piscina de hidroginástica, prática de exercícios na academia, ateliês de dança, artes e artesanatos, trabalhos manuais e bordados, salas de TV, salas de aula com informática e idiomas, terraços com áreas de convívio, espaço gourmet, e uma praça aberta ao público em geral, que poderão acontecer diversas atividades ao ar livre, desde exposições artísticas das atividades realizadas pelos próprios idosos, até
feiras gastronômicas com “food truck”, alongamentos, yoga, entre outras atividades que relacionem o Centro de Saúde não só com os usuários que frequentam aquele lugar, mas também com a região. O programa ainda contempla um auditório para 70 pessoas para apresentações, seminários e palestras, além de quartos reservados para hospedagem, com acessibilidade para P.N.E, P.O. e P.M.R., e por fim, ambulatório de nível primário de atendimento, para consultas médicas eventuais e de rotina. Trata-se de um equipamento público de serviço especializado que poderá ser utilizado por qualquer pessoa da terceira idade, usufruindo dos serviços tanto diariamente - passando o dia no local e retornando as suas residências durante a noite - ou então, usuários esporádicos em consultas rotineiras.
Justificativa
Tratar do tema do aumento da expectativa de vida e do envelhecimento da população e as necessidades dessa geração, que cada vez mais nos dias de hoje buscam mais qualidade de vida com métodos saudáveis, alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos diariamente. Infelizmente, muitos idosos ainda sofrem preconceito e exclusão social por terem certas limitações, e com esse tema procuro a conscientização da realidade de um futuro próximo do “País envelhecido”. Metodologia
I. Pesquisa inicial relacionada aos idosos, índices e estatísticas que comprovam o crescimento dessa geração, pesquisa das áreas de São Paulo com maior concentração de Idosos pelo Atlas da Saúde do Município de São Paulo e IBGE e selecionar a melhor área para implantação do projeto.
II. Encontrar uma opção de terreno na área selecionada. III. Verificar compatibilidade entre o programa (m²), legislação e terreno. IV. Após definição do terreno, estudos de implantação e volumetria juntamente com a pesquisa de referências, conceitos e experiências de arquitetos que trabalharam com esse tema. Objetivo da pesquisa A arquitetura pode conceber um espaço acolhedor e confortável, que contribua com a melhoria na qualidade de vida das pessoas. O objetivo principal deste projeto é a criação de um espaço que possa auxiliar a saúde física e mental dos idosos. Proporcionando integração em áreas de convívio bem iluminadas e arejadas, através de um programa social de prevenção, reabilitação e manutenção da saúde dos idosos, fase em que necessitam de maiores cuidados e preocupações com a qualidade de vida.
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01 | Idoso no Brasil “Duas mulheres em seus 70 anos hesitam em atravessar a Rua da Consolação ao meio-dia de uma quartafeira (...) os semáforos estão vermelhos, mas a passagem livre dura menos de dez segundos (...) é preciso correr!” “Os semáforos da Consolação, as ladeiras do Bixiga, os buracos nas calçadas e as ruas mal-iluminadas à noite em vários bairros. Muita coisa torna São Paulo uma cidade difícil para quem tem mais de 60 anos. É nesse cenário desfavorável que os moradores da capital paulista estão envelhecendo – e rápido.” (Folha de São Paulo, pág.18, agosto de 2015) Segundo reportagem da revista da Folha de São Paulo, edição de 16 a 22 de agosto de 2015, em 2030, a cidade terá mais idosos do que pessoas com até 15 anos - classificados como jovens - e apesar dessa mudança próxima, a capital paulista oferece obstáculos para quem envelhece. Apesar de mais velhos, os habitantes da cidade não ficarão restritos ás suas casas. Assim como a atual, as próximas 10
gerações de idosos serão mais ativas do que as de seus pais e avós, e vão querer aproveitar esse período da vida.
voltados para as doenças ligadas à terceira idade.
“Essa é a última geração de “idosos velhinhos”. Quem tem 85 anos viveu, trabalhando, as mudanças na sociedade, como revolução tecnológica e a entrada da mulher no mercado de trabalho. Eram e são pessoas ativas”. Além dos problemas com a saúde, de acessibilidade e infraestrutura, existe a falta de espaços com qualificações adequadas que possa atender essa nova demanda, e mesmo assim, o plano de criar 15 centros dia - locais onde idosos podem passar o dia fazendo atividades - foi adiado, segundo Guiomar Lopes, responsável pela Coordenação de Políticas para Idosos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, em entrevista para revista. Surge então, um novo cenário que precisa de adaptações urbanas e no mercado de trabalho, e principalmente no sistema médico e previdenciário, ressalta o professor de finanças da USP, José Savoia, a necessidade de espaços
Imagem 03 – Fonte: Revista Folha de São Paulo.
Imagem 01 – Fonte: Capa Revista Folha de São Paulo.
Imagem 02 – Fonte: Revista Folha de São Paulo.
Essa relação da Imagem 03 se refere à falta de programas específicos para a terceira idade em bairros mais pobres, impedindo o envelhecimento saudável (ou qualquer envelhecimento) nessas regiões. Em busca de minimizar esses impactos, a nova proposta busca uma política metropolitana que possa oferecer uma rede de equipamentos pelo município de São Paulo, e mantendo o equipamento na região da Consolação,
para atender essa maior demanda de Idosos. Uma outra reportagem na revista Folha de São Paulo, mostra um projeto da USP que estuda o DNA de pessoas saudáveis com mais de 80 anos para entender os segredos da longevidade e analisar a causa de doenças genéticas. Nessa pesquisa foi constatado que pessoas que tiveram e têm atividade intelectual durante a vida parece estar melhor na velhice, assim como a prática de exercícios físicos diariamente, uma alimentação saudável e exames médicos constantes para prevenção de doenças. “Ao se exercitar, o idoso consegue diminuir a velocidade da perda de massa muscular e de densidade óssea gerada pelo envelhecimento, além de melhorar a capacidade pulmonar e a maior resistência a quedas”, diz Marcos Larizzatti, professor de educação física do Mackenzie. Outro ponto positivo é a socialização com pessoas da mesma idade. Nas academias tradicionais, por exemplo, prevalece o público jovem,
com outros objetivos, e os idosos preferem fazer essas atividades no ritmo deles. A OMS – Organização Mundial de Saúde no Programa de Envelhecimento e Ciclo de Vida, discutido na Segunda Assembleia Mundial das Nações Unidas sobre o envelhecimento, ocorrida em abril de 2002, em Madri, Espanha, coloca que o aumento do envelhecimento populacional é acompanhado ás mudanças das estruturas familiares. “Até 2025, segundo a OMS, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos. Ainda é grande a desinformação sobre a saúde do idoso e as particularidades e desafios do envelhecimento populacional para a saúde pública em nosso contexto social. Entre 1980 e 2000 a população com 60 anos ou mais cresceu 7,3 milhões, totalizando mais de 14,5 milhões em 2000. O aumento da expectativa média de vida também aumentou acentuadamente no país. Este aumento do número de anos de vida, no entanto, precisa ser acompanhado pela melhoria ou manutenção da saúde e qualidade de
vida.” (ENVELHECIMENTO ATIVO: UMA POLÍTICA DE SAÚDE, 2005, p.04). O aumento da expectativa de vida e do número de idosos requer um maior planejamento com melhorias no sistema
de
saúde,
buscando
uma
melhor solução para o futuro com mais qualidade de vida. Com o acelerado crescimento dessa geração, não houve um
planejamento
adequado
e
os
sistemas de saúde ainda não estão adequados para suprir a necessidade dessa demanda. Ainda é grande a desinformação
sobre
a
saúde
dos
idosos, faltam profissionais qualificados e espaços adequados que possam suprir todas as necessidades e cuidados exigidos nessa etapa, para que além de ter uma vida longa, possa ter maior qualidade de vida também.
Um dos
problemas que mais atingem as pessoas acima dos 60 anos são as doenças crônicas
como
hipertensão,
tendinite,
lesões
na
diabetes, coluna,
fibromialgia, entre outras. Uma política de prevenção à saúde seria o ideal, com 12
prática de exercícios físicos e uma alimentação saudável, proporcionando uma velhice com mais autonomia. Dessa forma,
o
problemas
número crônicos
consequentemente
de
idosos diminuiria
teriam
com e mais
qualidade de vida nos anos adquiridos
probleminha”, aponta. Ele aconselha que é necessário fazer consultas ou exames de forma preventiva, para que possa ser debelado qualquer problema de forma mais rápida e precoce possível.” 01.01|Estatísticas do idoso no Brasil
com a longevidade. “De acordo com Renato Veras, professor do Instituto de Medicina Social, diretor da Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro/UERJ e PhD pelo Guy’s Hospital da Universidade de Londres, o ideal é que os sistemas público e privado tenham um médico para acompanhar e avaliar periodicamente os idosos em hábitos mais saudáveis, como alimentação adequada, menos estresse e atividade física. “É um discurso até bem simples de ser feito; a questão é como implementar esse aconselhamento e para isso precisa ter centros especializados. A questão agora não é morrer mais cedo, mas como esses 40 anos a mais serão vividos. Precisa mudar a lógica de que se deve ir ao médico somente se existe algum
Imagem 04 – Fonte: IBGE, 2008.
Segundo dados do IBGE, mostram que o número de idosos vem crescendo cada vez mais em relação ao número de crianças, ou seja, o perfil da nossa população será de muito mais adultos e idosos do que de crianças e jovens, e que até 2050 serão um quinto da população (Imagem 04). A transformação da “Pirâmide etária” no Brasil como mostra na Imagem 05, o estreitamento da base em 2010 em relação a 2000, com redução de crianças e jovens, e o aumento do topo mostrando o crescimento de idosos, principalmente de mulheres.
Imagem 05 – Fonte: Informes Urbanos, 2011.
Já na Imagem 06 existe uma projeção para 2050, mostrando a “Pirâmide etária”, com efeito “Pote”, isso nos leva a idealizar um país que se preocupe e esteja preparado para a saúde e a previdência desse novo perfil da população.
Estatísticas revelam também o crescimento de idosos alfabetizados (Imagem 07), que cada vez mais buscam aprimorar o método de vida, buscando conhecimento e independência.
Imagem 08 – Fonte: IBGE - Indicadores Sociodemográficos e de Saúde no Brasil, 2009.
Imagem 07 – Fonte: IBGE, 2002.
Conforme os dados do IBGE na Imagem 08 mostram que o grupo etário de 60 anos ou mais, exige atenção sobre as necessidades em relação à organização dos serviços de saúde. As mudanças no perfil
demográfico
da
população
acarretam um crescimento das despesas Imagem 06 – Fonte: Informes Urbanos nº 3, 2011.
com
tratamentos
médicos
e
hospitalares, devido ao custo e o tempo de
recuperação
mais
elevada
em
relação aos demais grupos etários. 14
Imagem 09 – Fonte: Informes Urbanos nº3, 2011. – Evolução da macha de
envelhecimento no munícipio de São Paulo.
áreas
01.02 | Programa social
com
maior
população
idosa
residente, representando um porcentual de 11,9%, pouco mais de 1,3 milhões de Com o aumento do número de idosos e a maior utilização do sistema de saúde consequência
do
aumento
da
longevidade, redução das estruturas familiares e das múltiplas patologias crônicas
-
configuram-se
grandes
desafios para o sistema de saúde. Com o objetivo de melhorias nesse sistema, inicia-se a proposta de um programa social universal que abrangesse todo o contexto urbano. Dessa forma, será previsto um equipamento social que seja adequado e funcione em toda a cidade, com políticas de promoção e
idosos - destacando-se os distritos da Vila Mariana, Saúde, Jabaquara, Ipiranga e Sapopemba (Mapa 09) – e áreas com maior
índice
de
envelhecimento,
proporção de pessoas acima de 60 anos por 100 indivíduos abaixo de 15 anos destacando-se os distritos de Pinheiros e da Vila Mariana (Mapa 12). Ressalta-se que o quadro de envelhecimento da população no município se deu de forma bastante acelerada nas regiões mais centrais da cidade; já na periferia, se
concentra
a
maior
parte
da
população com menos de 15 anos.
prevenção á saúde, sendo eficazes e apontando para uma população mais saudável, acessada por todos, sem desigualdade social, uma política de universalização dos serviços públicos e de melhoria nos tratamentos de saúde – criando um sistema metropolitano. Os mapas
a
seguir
na
Imagem
10
identificam no município de São Paulo, 16
Imagem 10 – Fonte: Atlas da Saúde da Cidade de São Paulo, p.26 e 27.
Imagem 11 – Fonte: Acervo do site Viva o centro e editado pela autora.
Após a análise dos dois mapas da Imagem 10 foi selecionado o distrito da Consolação – em destaque na Imagem 11 - para elaboração da proposta, por se tratar de uma área central de fácil acesso e dotada de infraestrutura. Para abranger todo o contexto urbano, foram selecionadas outras áreas (áreas pontuadas e destacadas na Imagem 11) com potencial para implantação dos demais equipamentos, a partir da fusão de informações dos dois mapas – áreas com maior concentração de idosos residentes que ainda não possuem um alto índice de envelhecimento – pessoas acima de 60 anos. 01.03 | Envelhecimento ativo Dada à proposta inicial de um programa social universal de equipamentos que promovessem políticas de cuidados e prevenção à saúde, foram abordadas algumas determinantes que influenciam a proposta, sendo elas: o ambiente físico, a vida social e os serviços sociais e de 17
18 16
saúde; que colocaria em prática além de métodos de atendimento social e de saúde, como também uma ativação na vida dos idosos. Manter-se ativo é fundamental neste processo, para obtenção de uma saúde física, mental e emocional. O conceito “Envelhecimento ativo” é o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação social e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem. Algumas determinantes, além das já citadas acima, influenciam esse sistema, são elas:
Econômico Serviços sociais e de saúde
Vida Social
Envelhecimento Ativo
Comportamental
Ambiente físico Pessoal
*Nota: Trabalharemos com esses três determinantes em destaque. 01.03.01 | Serviços sociais e de saúde Com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos idosos, para que eles possam usufruir da longevidade, com mais autonomia, confiança e independência, a proposta desse projeto é a criação de um equipamento que através de uma política de universalização dos serviços públicos busque uma melhoria nos tratamentos de saúde – criando um sistema metropolitano que possa suprir as necessidades dessa geração em ascendência. A proposta do projeto busca conciliar em um único espaço, a convivência, o lazer e os cuidados com a saúde, através da prevenção, reabilitação e manutenção da mesma. O equipamento poderá ser utilizado por qualquer pessoa da terceira idade, usufruindo dos serviços tanto diariamente – nos espaços de convívio e lazer e/ou que estão em
busca de hábitos saudáveis, com alimentação adequada, menos estresse e atividades físicas - ou ainda para aqueles usuários esporádicos em consultas periódicas de acompanhamento médico especializado – nos ambulatórios. Todas as atividades contêm objetivos com fins terapêuticos, para melhoria da qualidade de vida e da saúde dos idosos. 01.03.02 | Ambiente físico Arquitetura como recurso terapêutico A arquitetura baseada em evidência: “A medicina baseada em evidência, que alia ciência a resultados da prática clínica para orientar a tomada de decisão terapêutica, tem seu modelo replicado para outros setores do âmbito hospitalar, como a arquitetura. Nos últimos tempos, cientistas desenvolveram estudos que mensuram o impacto do design da saúde na eficiência do tratamento. Itens como leitos individuais Vs leitos compartilhados, redução de barulho no ambiente hospitalar, 18
melhoria da iluminação, aperfeiçoamento da ventilação interna, entre outros foram comprovadamente apontados como influenciadores no resultado final da assistência hospitalar.” (Saúde Business, 2005) A arquitetura dessa forma pode influenciar e ter um efeito positivo na recuperação e no tratamento de pessoas enfermas. O uso de formas, cores e estilos associados com a funcionalidade podem acomodar os pacientes e ajuda-los a se recuperarem mais rápido. Cidades preparadas para envelhecimento da população
o
Segundo a matéria “Como as cidades deveriam se preparar para o envelhecimento da geração "boomer"?”, publicada no site Archdaily, em março de 2015, que aborda o tema do envelhecimento da população e da mudança social da geração “boomer” aqueles que nasceram nos anos que sucederam a guerra e que devido ao grande aumento na taxa de natalidade, representam uma quantidade
desproporcional da população – a reportagem relata que com o avanço da medicina e o controle de muitas doenças primárias, a população continua produtiva aos oitenta, noventa anos e além, e a qualidade de vida, vai além dos avanços da medicina e sim também do ambiente físico e do comportamento de cada indivíduo. “Cidades como Portland, que lideram na criação de espaços urbanos verdes e caminháveis, estão agora começando a quantificar os efeitos dessas políticas na saúde pública.”
01.03.03 | Vida social Como já mencionado anteriormente, a convivência e a socialização de idosos, é um ponto positivo que estimula a mente e o corpo a se manterem ativa. Além da troca de experiências, ter companhia para viagens, passeios, prática de exercícios, aulas de informática, dança, hidroginástica, entre outras atividades melhoram a autoestima e mantém a mente sempre em atividade.
Dessa forma, se essa geração pretende permanecer ativa, o sistema de saúde nacional precisa de uma transformação radical. “Para diminuir os custos médicos, alcançar melhores resultados e sustentar a ideia de "envelhecer no seu bairro", é necessário descentralizar o tratamento de hospitais de cuidado intensivo para postos de saúde e ambulatórios, além de empregar o tratamento domiciliar ou em centros comunitários, quando possível.”.
12
19
20 20
01.04 | Legislação
espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
01.04.01 | Estatuto do idoso
Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: I – atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população; IV – viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as demais gerações; V – priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência; VIII – garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social locais.
LEI Nº 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003 13 Imagens 12 e 13 – Fonte: Revista Folha de São Paulo.
(Seguem trechos da Lei Estatuto do Idoso, que abrangem diretrizes de projeto/programa para este estudo). “O CONGRESSO NACIONAL decreta:
O mais importante, a arquitetura tem um papel absolutamente essencial em derrubar essas barreiras físicas, e dessa forma, as barreiras sociais poderão seguir o mesmo caminho. Quando a nossa cidade for construída para todos, os preconceitos desaparecerão. Dessa forma, foram realizadas pesquisas nas legislações e normas vigentes para atender todos os requisitos mínimos de acessibilidade.
TÍTULO I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual,
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TÍTULO II – FUNDAMENTAIS
DOS
DIREITOS
CAPÍTULO I – DO DIREITO À VIDA Art. 9o É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade. CAPÍTULO IV – DO DIREITO À SAÚDE Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos. § 1o A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão efetivadas por meio de: cadastramento da população idosa em base territorial; atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios; unidades geriátricas de
referência, com pessoal especializado nas áreas de geriatria e gerontologia social; atendimento domiciliar, incluindo a internação, para a população que dele necessitar e esteja impossibilitada de se locomover, inclusive para idosos abrigados e acolhidos por instituições públicas, filantrópicas ou sem fins lucrativos e eventualmente conveniadas com o Poder Público, nos meios urbano e rural; reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, para redução das sequelas decorrentes do agravo da saúde. CAPÍTULO V – DA EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade. Art. 21. § 1o Os cursos especiais para idosos incluirão conteúdo relativo às técnicas de comunicação, computação e demais avanços tecnológicos, para sua integração à vida moderna. o § 2 Os idosos participarão das
comemorações de caráter cívico ou cultural, para transmissão de conhecimentos e vivências às demais gerações, no sentido da preservação da memória e da identidade culturais. Art. 24. Os meios de comunicação manterão espaços ou horários especiais voltados aos idosos, com finalidade informativa, educativa, artística e cultural, e ao público sobre o processo de envelhecimento. Art. 25. O Poder Público apoiará a criação de universidade aberta para as pessoas idosas e incentivará a publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura, considerada a natural redução da capacidade visual. TÍTULO III PROTEÇÃO
–
DAS
MEDIDAS
CAPÍTULO II – DAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO
DE
MEDIDAS
Art. 45. III – requisição para tratamento de sua saúde, em regime ambulatorial, hospitalar ou domiciliar; 21
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TÍTULO IV – DA POLÍTICA ATENDIMENTO AO IDOSO
DE
CAPÍTULO II – DAS ENTIDADES DE ATENDIMENTO AO IDOSO Art. 48. As entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das próprias unidades, observadas as normas de planejamento e execução emanadas do órgão competente da Política Nacional do Idoso, conforme a Lei no 8.842, de 1994. Parágrafo único. As entidades governamentais e não-governamentais de assistência ao idoso ficam sujeitas à inscrição de seus programas, junto ao órgão competente da Vigilância Sanitária e Conselho Municipal da Pessoa Idosa, e em sua falta, junto ao Conselho Estadual ou Nacional da Pessoa Idosa, especificando os regimes de atendimento, observados os seguintes requisitos: oferecer instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança; apresentar objetivos estatutários e plano de trabalho compatíveis com os princípios desta Lei; estar regularmente
constituída; demonstrar a idoneidade de seus dirigentes.” 01.04.02 | Centro dia do idoso LEI Nº 15.809, DE 14 DE JUNHO DE 2013. (Trechos da Lei Centro Dia do Idoso Fragilizado, que abrangem diretrizes de projeto/programa para este estudo). “ § 1º O Centro Dia do Idoso promoverá a convivência durante o dia, prestando diversos serviços de apoio, incluindo: transporte adaptado de ida e/ou volta ao idoso impossibilitado de chegar ao local por meios próprios; auxílio e atendimento às necessidades da vida diária; alimentação adequada; realização de atividades sociais, culturais, manuais e recreativas; acompanhamento de saúde. § 2º A realização de serviços de que trata o “caput” deste artigo poderá ser feita por equipe interdisciplinar a ser definida e dimensionada pelo Poder Público. ”
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02 | Escolhas do terreno Após a análise dos dois mapas do município de São Paulo retirados do Atlas da Saúde da Cidade de São Paulo (cáp. 01.02, pág. 17 e 18), foi selecionado o distrito da Consolação para elaboração da proposta, por se tratar de uma área central de fácil acesso e dotada de infraestrutura. Com esses dados e com a análise da região, o Hospital da Santa Casa da Misericórdia situa – se em uma área que auxiliaria como um imã para atrair idosos que já frequentam a instituição, além de aproveitar a infraestrutura existente de transportes, mobilidade e acessibilidade. Através de um levantamento em campo, foram selecionados alguns terrenos com potencial para implantação do projeto. 02.01 | Processo de escolha Após selecionar três opções próximas ao local escolhido, cada terreno foi analisado separadamente para que dessa forma pudesse
23
24 24
selecionar o que mais de adequava ao programa de necessidades. Terreno 01: Atualmente encontrase em um lote de esquina com três sobrados existentes (sem valor histórico) e um stand de vendas para um futuro empreendimento residencial vertical. Possui uma área de 1771m², zoneamento ZC-u Zona de Centralidade (urbano), C.A. Máx. 2 , T.O. 0,70 e A.P. 0,15. Terreno 02: Atualmente encontrase em um lote no meio da quadra com uma área demolida e ao lado um estacionamento. Possui uma área de 1164m², zoneamento ZC-u - Zona de Centralidade (urbano), C.A. Máx. 2, T.O. 0,70 e A.P. 0,15.
Terreno 01: Stand de vendas para futuro empreendimento residencial vertical.
Fonte: Google Earth.
Terreno 02: Terreno demolido.
Terreno 03: Estacionamento do Banco Itaú.
Terreno 03: Atualmente encontrase em um lote no meio da quadra com um estacionamento que se interliga ao banco Itaú. Possui uma área de 1271m², zoneamento ZC-u Zona de Centralidade (urbano), C.A. Máx. 2, T.O. 0,70 e A.P. 0,15.
24
02.02 | Terreno escolhido A escolha do terreno foi obtida através da maior área, para atender o programa de necessidades do projeto, será necessário fazer demolição de três sobrados sem valor e interesse histórico, localizados na esquina do lote.
6 2
3
4
1
5
02.03 | Levantamento fotográfico do local As fotos mostram os três sobrados que serão necessários demolir, assim como a esquina do lote (foto 1), as calçadas (fotos 2 e 4), vias principais (Rua Santa Isabel e Rua Amaral Gurgel – fotos 5 e 6) e parte interna do lote, que atualmente possui um stand de vendas para
empreendimento
1
4
lançamento
2
5
3
(foto
de
um
residencial
vertical 3).
6
25
26
26
03 | Localização e caráter urbanístico O terreno possui uma área total de 1771 m², localizado em um lote de esquina na Rua Santa Isabel com a Rua Amaral Gurgel, servido de linhas de ônibus e metrô, além de importantes avenidas e ruas como: Av. São João, Av. Higienópolis, Av. Rio Branco, Av. Ipiranga e Rua da Consolação, que se conectam com toda a cidade. (Mapa da próxima página). No seu entorno existem áreas comerciais e de serviços com variadas opções de compras e lazer como: praças, teatros, igrejas, restaurantes, bancos e supermercados. 03.01 | Análise urbanística
morfológica
e
A seguir segue diagrama da análise urbanística realizada no local.
27
28
Foram considerados raios de alcance de 250 a 1000 metros, de equipamentos próximos ao terreno que serviriam de apoio, suporte e alternativas de lazer, convívio e entretenimento.
Para os usuários que utilizam meios de transporte coletivo, foi proposto um sistema de transporte por “Vans” de “ida e/ou volta” aos usuários em horários específicos, para os principais pontos de transportes públicos da região.
03.02 | Patrimônio histórico - Santa Casa da Misericórdia
O terreno está localizado próximo ao Hospital central da Santa Casa da Misericórdia e do Hospital Santa Isabel. Imagem 14 – Fonte: IBGE, 2008.
*Nota: Esse raio de alcance teve como referência o gráfico de estatísticas do IBGE (Imagem 14), mostrando que 75% dos idosos, acima de 60 anos, não possuem limitações para se locomoverem 100 metros, dessa forma também foi levado em conta, o uso de transportes coletivos e privados para locomoção, considerando a localização central, com infraestrutura e acessibilidade.
Fonte: Google Earth.
Para aqueles que utilizam meios de transporte privado, assim como para os funcionários do equipamento, foi realizado um levantamento de estacionamentos próximos ao local, com uma distância máxima de 200 metros, como mostra a imagem acima.
A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo teve seu processo construtivo iniciado em 1881, a partir de projeto de Luiz Pucci, vencedor de concurso realizado em 1879. A instituição teve papel fundamental na formação da Faculdade de Medicina de São Paulo e na história da evolução da prática da medicina em São Paulo. Quando não existiam instituições específicas para idosos, estes eram abrigados em asilos de mendicidade, junto com outros pobres, doentes mentais, crianças abandonadas, desempregados. Em fins 30
do século XIX, a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo dava assistência a mendigos e, conforme o aumento de internações para idosos passou a definir-se como instituição gerontológica em 1964. O Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo é um bem tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo), segundo a resolução SC67/10, de 10 de agosto de 2010, que considera a importância do projeto do prédio principal (arquitetura de Luiz Pucci); considera a importância na formação de Medicina em São Paulo; considera a importancia social do trabalho desta entidade na cidade de São Paulo; considera a importância histórica do conjunto arquitetônico da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, cuja memória nos reporta ao quarteirão singular onde a presença de seus muros com seus tijolos; firmes, como a convicção dos que os consolidaram e, simples, em sinal de respeito aos que
por aí passaram. resolução:
Segue trecho da
“Artigo 2º - a Área Envoltória deste bem tombado fica estabelecida dentro dos limites do terreno, incluindo os edifícios liberados, as áreas de circulação e ventilação, de modo que toda intervenção proposta dentro deste perímetro seja analisada previamente pelo Condephaat.”.
arquitetônico das edificações que compôem o complexo, que refletem as questões de higiene e conforto ambiental da época, bem como sua implantação; considera o valor histórico, cultural e social; considera as reformas e acréscimos, sem qualquer critério de preservação; considera os espaços ajardinados e qualquer intervenção física nesta área deverá ser submetida á aprovação prévia pela CONPRESP. Dessa forma, como estabelecido pelos dois órgãos Condephaat e CONPRESP, não existe restrições na área envoltória ao Complexo da Santa Casa de Misericórdia.
Imagem 15 – Fonte: Resolução SC67/10.
E está em processo de tombamento pelo orgão do DPH (Departamento do patrimônio Histórico) – CONPRESP, segundo resolução nº 05/2004, que considera o valor 30
04 | Legislações urbanísticas Dados da Região Segundo o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014, a área de projeto encontra – se em: Macrozona de Qualificação Urbana Macroárea Metropolitana
de
Estruturação
e
Estruturação
Setores da Orla Ferroviária e Fluvial Arco Tietê Não está em área de influência dos eixos de estruturação da transformação urbana. Arco Tietê: o Coeficiente de Aproveitamento (C.A. Máx.): 2. o Gabarito da Edificação: 28m. o Número máximo de pavimentos: Térreo mais 8. Segundo o Mapa da Proposta de Revisão do Zoneamento do Município de 31
32
São Paulo - Subprefeitura da Sé, a área encontra se no zoneamento ZC-u Zona de Centralidade (urbano). Como no quadro Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana da Macroárea de Estruturação Metropolitana no setor da Orla Ferroviária e Fluvial - Arco Tietê não existem os coeficientes de Taxa de ocupação (T.O.) e Área Permeável (A.P.), foram adotados os critérios pré estabelecidos no Plano Regional Estratégico da Subprefeitura da Sé – Quadro 04 do Livro IX – Anexo à Lei nº 13.885, de 25 de agosto de 2004. o Taxa de Ocupação: 0,70 o Taxa de permeabilidade mínima: 0,15 o Recuos de frente não obrigatórios e recuos laterais mínimo de 3m, segundo Art. 185 e 186, desta Lei. Potencial Construtivo do Terreno: ÁREA DO TERRENO C.A . T.O . A.P .
2 0.70 0.15
1771.030m² 3542,06m² 1.239,72 m² 265,65 m²
32
05 | Estudos de caso 05.01 | Referência de implantação, acesso e circulação Residência e Centro Dia para pessoas com dificuldades intelectuais e problemas de comportamento - Onze 04 Architecture
Através da análise desse projeto, foi retirada como referência as diretrizes de implantação, acesso e circulação vertical central.
33
34
concepção do fechamento da fachada com painéis móveis de madeira.
incidência de luz solar e ter o grau necessário de privacidade. 05.03 | Referência do vão e da cobertura Parque Biblioteca Tomás Carrasquilla – Arquiteto Ricardo La Rotta Caballero
Localizado em Barcelona, na Espanha, com 2.300m², sua implantação em “L” possibilita a centralização do acesso e da circulação vertical, deixando – a curta, clara e funcional, para qualquer ponto da edificação. O programa foi dividido em três andares, tanto visualmente e funcionalmente, em duas alas, criando uma independência maior para o edifício. 05.02 | Referência de fechamento
Habitação Social Vivazz Mieres - Zigzag Architecture
foi
Através da análise desse projeto, retirada como referência a
Localizado nas Asturias, Espanha, com 17.840m² e concluído em 2010. A fachada permite encontrar vistas limitadas mesmo com a massa urbana construída ao redor dada a flexibilidade e frisos contidos nos painéis. O uso da madeira através de seu ritmo vertical, remete as florestas nas montanhas próximas. O interior do edifício tem pele dupla, uma transparente formada por grandes janelas que define o espaço interno dos apartamentos, e a outra composta por painéis de madeira móveis que caracterizam os terraços, permitindo ao usuário controlar a
Através da análise desse projeto, foi retirada como referência a concepção do térreo e do vão de acesso caracterizado pelo vazio com uso público e a cobertura que funciona como uma tampa ao espaço.
Localizado na região de La Quintana, na Colômbia, com 4.800m² e 34
concluído em 2007. Esse projeto é composto por dois blocos paralelos organizados a partir do vão livre que os separam no térreo e que os interligam no 1º pavimento. Essa disposição proporciona uma função ao vazio de uso público, que também é utilizado como espaço de exposição das atividades elaboradas no centro, além de ser um ponto de encontro, organizando o vazio da esquina interligado ao pátio interno, como um corredor.
que funciona como uma tampa e um plano vertical que se desdobra a partir de que fecha o lado norte do prédio, formada por um vidro temperado plano apoiado por ripas metálicas, que além da função biomatic, protetor solar e filtrar a circulação natural do ar, este elemento cria um jogo de luz e sombra no lugar.
Uma estrutura semitransparente cobre a totalidade do espaço, que é construída como um plano horizontal 35
36
36
06 | Programa O programa inicial do 1º semestre foi organizado seguindo o critério de usos por pavimento, dessa forma, a intenção foi manter um térreo de usos e fluxos mais público e conforme aumenta o nível em relação à rua, se obtém um menor fluxo com uso mais privado. O projeto foi então definido da maneira a seguir:
2º PAV. 1º PAV. TÉRREO
Dessa forma, o térreo foi destinado ao ambulatório, áreas de apoio clínico, serviços e a casa de chá, o 1º pavimento foi destinado às áreas de lazer e convívio e algumas áreas de apoio, e por fim, no 2º pavimento, além das áreas de convívio 37
38
e lazer, também foi inserido os quartos para hospedagem. Dada à implantação em tipologia “L”, foi definido um núcleo central de circulação vertical, deixando - a clara e funcional. O diagrama a seguir mostra à circulação vertical em vermelho e em amarelo a circulação horizontal em corredores até as extremidades da edificação:
O programa então foi setorizado da maneira a seguir:
07 | Estudo preliminar – 1º semestre 07.01| Definição do partido e implantação Localizado em um lote de esquina, o partido desde os primeiros croquis, propõe uma implantação em “L”, tendo em vista aproveitar o alinhamento da quadra na via de maior fluxo (Rua Amaral Gurgel), abrindo um rasgo chanfrado para a via secundária (Rua Santa Isabel) para que possibilite um convite de entrada para a edificação. Essa implantação propicia a criação de um pátio externo, no interior do lote, que permite privacidade e conforto para os usuários. Nesse pátio externo interligado ao espaço multiuso por uma
marquise
acrescentado
ao
-
posteriormente
programa
–
foi
planejado um espaço que integre os usuários e que se transforme naquilo que for necessário (um salão para
40
festas ou baile, um espaço com sofás e
proposto um painel perfurado que
poltronas para uma sessão de cinema,
permita a visibilidade ao externo, mas
um espaço fechado interligado ao
que
aberto para feiras que possibilite a
privacidade interna para os usuários.
venda dos itens produzidos nos ateliês, ou até mesmo um espaço para prática de
atividades
ao
ar
livre
e
alongamentos). Para proporcionar uma relação constante do meio externo
traga
Todos internas
os
ao
mesmo
espaços da
e
proporções
edificação
determinados pela
tempo
foram
modulação
03
dos
eixos estruturais de 7,20 x 7,20m.
com o interno, foram criadas aberturas internas na edificação para ventilação e iluminação das áreas de espera, ateliês e convívio. Também
foi
proposta
04
iluminação
zenital em áreas de convívio - como na piscina e na academia -, nas áreas de
01
circulação - como no corredor dos quartos e escada - e no espaço multiuso. As marquises da cobertura e que
05
interliga o espaço multiuso com o pátio externo, será de um material que
Croquis com etapas de estudo da
filtre o sol, dada a exposição ao Norte.
implantação e concepção inicial do
Para o revestimento da fachada, será
02
projeto e malha estrutural. 40
07.02 | Estudo preliminar
Estudo da implantação, volumetria e fluxos.
Quadro de áreas – Coeficientes: ÁREA TERRENO C.A . T.O . A.P .
DO 1.26 57% 31%
1771.030m² 2.245m² 1.018m² 551m²
Fonte: Imagem Google Earth – editado pela autora.
42
ESTUDO PRELIMINAR ESC: 1:500
247.00
255.00 255.00
RUA SANTA ISABEL 744.18
ELEVADO COSTA E SILVA
RUA AMARAL GURGEL
255.00
ESC: 1:250
C
B
DML
DEP. LIXO
COPA
EXPURGO
A DEP. MATERIAIS E EQUIP.
CONFORTO CONSUL. 01
CONSUL. 08
B
CONSUL. 02 242.80
CONSUL. 09
CONSUL. 03
C
CONSUL. 10 POSTO ENF. CONSUL. 04
A
PAINEL PERFURADO
A
242.90 243.00
CONSUL. 05
D 243.00
CONSUL. 06
CONSUL. 07
DML
E
S
DEP. LIXO
a'
ATEND.
COPA PRINCIPAL W.C.
W.C.
05'
b' 04'
COZINHA
ACESSO PRINCIPAL
ACESSO
03'
242.90
CARGA E DESCARGA
0
02'
c' 01
01'
02
03
B
04
C
05
06
ESCALA: 1:250
5
10
ESC: 1:250
C
B A
TRABALHOS MANUAIS E BORDADOS
B
CINEMA / TV
C PAINEL PERFURADO
ARTESANATO E ARTES
247.00
A
A JOGOS
D 247.00
ADM. D
E
a' ALMOXARIFADO
05'
b' COZINHA EXPERIMENTAL
04'
03'
0
02'
c' 01
01'
02
03
B
04
C
05
06
ESCALA: 1:250
5
10
ESC: 1:250
C
B A
B PISCINA
PAINEL PERFURADO
C 251.00
A
A
247.00
VEST.
D 251.10
VEST.
ACADEMIA
D
QUARTO 06
E
a' QUARTO 07 QUARTO 08
LAVANDERIA QUARTO 05 QUARTO 04
b'
05'
QUARTO 03
04'
QUARTO 02 QUARTO 01
03'
0
02'
c' 01
01'
02
03
B
04
C
05
06
ESCALA: 1:250
5
10
CORTE TRANSVERSAL A ESC: 1:250
0
ESCALA: 1:250
5
10
CORTE TRANSVERSAL B ESC: 1:250
c'
E
b'
D a'
C
B
A
255.00
PAINEL PERFURADO
243.00
MARQUISE
LIMITE DO LOTE
247.00
LIMITE DO LOTE
RUA SANTA ISABEL
251.00
CORTE LONGITUDINAL C ESC: 1:250
0
ESCALA: 1:250
5
10
07.03| Conclusão preliminar
do
estudo
futuro, dessa forma, o projeto deve
que fica abaixo do minhocão - zona de
funcionar
desconforto
para
as
três
hipóteses:
existente, parque ou demolição. Após a banca intermediária do (1º Semestre
–
Junho/2015)
foram
pontuados alguns critérios de análise
Térreo
o
mais
livre
próximo semestre, são eles:
existente, porém reduzir a ocupação no
Rever novos pontos para
implantação do equipamento Buscar outros pontos da cidade que o equipamento poderá ser implantado, tornando-o uma política pública que abrangesse todo o contexto urbano. o
O projeto deve atender as
três hipóteses do futuro do Minhocão Dada à localização do terreno ser em frente ao Elevado Costa e Silva, o
mais
livre
e
permeável. Unir os dois vazios existentes (pátio central e praça da esquina) tornando algo único - função do vazio que organiza os espaços. O vazio pode ser uma
mediação
-
recepção
e
acolhimento - entre o espaço externo (rua) e o pátio interno (lote). Os pátios não
precisam
ter
necessariamente
vegetação.
projeto deve se adequar ao existente
Verticalizar de uma forma que a maior
no local, um viaduto que gera poluição,
parte das atividades aconteça fora da
barulho e sombra. Por outro lado, se
zona de desconforto gerada pelo
trata de um tema que têm gerado
minhocão.
muita repercussão em relação ao seu
arquitetônica para a área da edificação
Criar
sombra
e
Estrutura x Paredes
Manter uma estrutura independente
Manter a tipologia da implantação
o
o
e
pertinentes para a investigação do
deixando-o
barulho,
poluição.
hipótese da verticalização
térreo,
–
uma
solução
do
layout
interno,
trazendo
mais
liberdade para os ambientes e para os usuários, além de proporcionar uma fachada mais livre. Também será necessário rever a altura dos andares, dessa forma não se deve manter um mesmo pé direito para todos os usos. o
Layout Interno
A relação dos ambientes internos com o exterior, além da tipologia em “L” adotada em alguns ateliês. Os pátios internos adotados dentro dos consultórios e dos ateliês não funcionam, prejudicam a disposição das mesmas.
50
Os consultórios devem ter uma relação
pavimento. As áreas de apoio clínico e
as disposições finais da edificação em
com o pátio externo e não com a rua e
de serviços no térreo, serão no subsolo,
relação ao programa:
o minhocão. O auditório deve conter
e através de um elevador de serviços,
um foyer e ter uma relação com o
poderá atender todo o edifício e terá
térreo.
uma ligação pelo térreo diretamente
Adotar usos mais públicos no térreo e à medida que sobe, permanece mais restrito.
descarga, entre outros serviços que necessitem de uma circulação separada da recepção principal – espaço entre a
Alterações no programa
o inicial
empena e a edificação. O espaço destinado aos ambulatórios ficará no térreo e no 1º pavimento, voltados
Após essas pontuações e das novas especulações de projeto, foi necessário adequar e modificar alguns itens do programa inicial. O
com a rua, para abastecimento, carga e
espaço
multiuso
para a praça seca criada no interior do lote. O auditório ficará no térreo e terá uma relação com a praça interna, vão e a rua. Os ateliês, áreas de convívio e
Dessa forma, a circulação manteve o mesmo pensamento, dada implantação em “L” que possibilita a centralização do acesso e da circulação vertical, deixando – a curta, clara e funcional, para qualquer ponto da edificação.
lazer, serão distribuídos entre o 2º e 3º localizado
no
pavimento, e por fim, nos últimos dois
térreo, não será mais um espaço
pavimentos, 4º e 5º, os quartos para
construído, através da criação de um
hospedagem.
vão livre que organize os espaços, e tenha fins variados com uso aberto ao
Mesmo
público. A casa de chá no térreo não
programa, foi mantida a relação de
terá mais relação com a rua, irá se
usos, áreas mais públicas no térreo, e à
tornar
com
medida que sobe permanece mais
1º
restrito. O diagrama a seguir mostram
um
alimentação
espaço
gourmet
saudável,
no
com
a
reorganização
do
43
08 | Projeto arquitetônico final Após as pontuações dos critérios de análise que seriam pertinentes para a investigação do projeto final, foram realizadas novas especulações de projeto, em busca de soluções que mantivessem a concepção do estudo preliminar associando as novas diretrizes da proposta. Dessa forma, dada à premissa de verticalização e a relação com o entorno (demais verticalizações e minhocão) e a implantação com tipologia em “L”, foi proposto uma volumetria que atendesse ambos os partidos, na rua de maior fluxo Rua Amaral Gurgel e do Elevado Costa e Silva, o volume vertical, e na rua de menor fluxo, de porte menor, Rua Santa Isabel, um volume mais baixo. O diagrama a seguir representa de forma mais funcional a proposta:
44 52
Assim, o bloco vertical - voltado para o Elevado - dispõe de uma setorização por usos em dois pavimentos em dois pavimentos (o ambulatório, as áreas de convívio e lazer e os quartos para hotelaria), totalizando térreo mais cinco andares. Na concepção deste bloco, foram relevados os impactos que o entorno proporciona ao edifício, dessa forma, na zona de desconforto do minhocão,
a
concepção
de
uma
fachada de painéis fixos com ripas que funcionem como um filtro para a poluição e o barulho, além de mais privacidade
aos
usuários
do
ambulatório que aguardam nas áreas de espera, porém eles conseguem ter a visão do que acontece fora, e visando minimizar os impactos gerados pela sombra, as lajes do 1º e 2º pavimento possuem um “recuo”, possibilitando uma cobertura com abertura zenital na área acima da zona de desconforto, iluminando as áreas de circulação e espera. Todo o layout interno das salas Croqui 05 – 22/08/2015 – Primeiro estudo da verticalização e térreo mais livre.
e ateliês foram posicionados para o
Croqui 08 – 02 /10/2015 – Estudo dos painéis da fachada. Croqui 06 – 02/09/2015 – Estudo da nova volumetria.
lado
oeste,
privacidade
possibilitando e
conforto,
maior
além
de
desfrutarem da vista da praça de convívio público do térreo. Dessa forma,
toda
a
circulação
de
“corredores”, está voltada para fachada leste (minhocão), além de funcionar como uma “barreira sonora” possibilita uma visão para a massa urbana do entorno, e na busca de uma relação com a cidade, foi proposto que toda essa fachada, acima do minhocão, funcione com guarda corpo e painéis Croqui 07 – 17 /09/2015 – Estudo da estrutura livre.
46
54
móveis,
permitindo
sensações
de
cheios e vazios e maior flexibilidade, de iluminação e ventilação natural. O bloco mais baixo, voltado para a Rua Santa Isabel, no pavimento térreo compõe-se auditório
apenas paralelo
o ao
bloco
do
vertical,
o
restante seria uma estrutura suspensa como uma caixa, em treliça, formando um grande vão de acesso à edificação que além de organizar a esquina, gera um vazio central na área interna ao lote de uso público, com uma tipologia de praça seca. Dessa forma, apenas no 1º e 2º pavimento os dois blocos se interligam,
formando
assim
a
implantação em “L”. A cobertura desse bloco funciona como uma tampa em plano horizontal na totalidade do espaço, com uma estrutura de ripas metálicas e transparências de vidro temperado, que proporcionam leveza para a fachada ao mesmo tempo em que
fornecem
proteção
solar,
sensações de cheios e vazios com o
jogo de luz e sombras, além de filtrar a
o Quadro de áreas – coeficientes:
circulação do ar. ÁREA DO TERRENO C.A . 1.46 T.O . 44% A.P . 16%
1771.030m² 2.592.49m² 785.17m² 300m²
DET . 03
DET . 01
DET . 02
09 | Referências SP 2040 A Cidade que Queremos. Prefeitura de São Paulo Desenvolvimento Urbano; São Paulo:
Informes
Urbanos
nº
3,
2011.
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Nunes
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LEI Nº 10.741/2003 – Estatuto do Idoso
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http://www.archdaily.com.br/ http://www.archdaily.com.br/br/01-
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DE
OUTROS:
edifícios hospitalares. São Paulo: CEDAS,
comportamento-slash-onze04-architecture
NACIONAL
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Município de São Paulo LEI 11.228/1992 - COE- Código de Obras e Edificações
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