T R N S

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- O que era um hobby movimentado por esforços, colaboradores e principalmente amor dos envolvidos, desembarca em sua terceira edição e agora “a porra é séria”. O começo é pequeno, ganha força e fica grande. Embora imperceptível para quem vê de dentro. O 'boca a boca' na hora de executar as edições anteriores foi substituído por documentos, estratégias, planos, negociações e seriedade. ~ @paralelarevista

O informal deixou de ser comum por aqui.

M a s

P a r a l e l a

é

P a r a l e l a .

Com ou sem documentos, a essência é levar o desconhecido para quem mora ao lado. Diferentona, a #paralela3 chega com formalidade dando espaço aos diferentes tipos de artistas, projetos e pessoas que instigam alguma característica particular e curiosa. Conteúdos inéditos, coberturas especiais e cultura independente. É com imensa satisfação que os convido, por meio desta que está em suas mãos, a desbravar mais uma parte desse universo que liberta e inspira.

A M A N D A

&

P J .

direção: amanda borges & pj godoy colaboradores: granja marileusa, acessórios cyntia castro, 4pcom comunicação de conteúdo, salt store, bianca bruneto, bruno porto, camilo alves nascimento, joão victor soares, lucas veiga fotografia: ananda dinato, mariana cecílio, felipe flores, moana marques , moviola ilustrações: luiza guedes design gráfico e diagramação: folia dos reis impressão: gráfica pontual parcerias: cena cerrado, feira orgânica, jornal brasa, mineiro beat, vitrola ambiente cultural, groove pub


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@paralelarevista JULHO / 2016 :::::::::::::::::::::

vá de bicicleta

ao

defen-

der a liberdade de criação, não pretendemos absolutamente justificar o indeferentismo político, e longe está do nosso

pensamento

que-

rer ressuscitar uma arte (...)

dita

“pura”.

consideramos

que a tarefa suprema da arte em nossa época

é

participar

consciente e ativamente da preparação da revolução. no entanto, o artista só pode servir à luta emancipadora quando está

compenetrado

subjetivamente

de

seu conteúdo social e individual. quando faz passar por seus nervos o sentido e o drama dessa luta e quando procura livremente dar uma encarnação artística a seu mundo interior.

TROTSKI, L.; BRETON, A. //////////////// MÉXICO, JUL. 1938 MANIFESTO POR UMA ARTE REVOLUCIONÁRIA INDEPENDENTE.


ESPAÇO QUE ESTIMULA BOA CONVIVÊNCIA, ACOLHE PESSOAS E OFERECE PRODUTOS DE DIVERSAS MARCAS. A SALT STORE PENSA ALÉM DE COMÉRCIO. com a

proposta de não ser apenas mais uma loja no centro de uberlândia, OFERECE PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO, JANTA, MÚSICA, OFICINA DE GRAFITE, TÊNIS, ROUPAS, ACESSÓRIOS, ESTÚDIO DE TATUAGEM E MUITAS OUTRAS VARIEDADES. NÃO BASTASSE ISSO, CONTRIBUI PARA UMA CIDADE MAIS HUMANA E CRIATIVA, APOIANDO DIVERSOS EVENTOS DE CUNHO SÓCIO-CULTURAL NA CIDADE. //////// o

objetivo é fazer a roda girar E, CONSEQUENTEMENTE,

ATRAIR OS MAIS VARIADOS TIPOS DE PÚBLICO, SEJA PARA COMPRAR DETERMINADO PRODUTO OU DAR UMA RELAXADA. POR ESSAS E OUTRAS, INCLUI EM SUA afonso pena, 58, uberlândia. @LOJASALTSTORE

LOJA MARCAS COMO VANS, DC SHOES, DIAMOND SUPPLY, NIKE SB, VOLCOM, GRIZZLY, STARTER, MITCHELL, BYPRIDE E VÁRIAS OUTRAS OPÇÕES DISPONÍVEIS.

NA ATIVA DESDE NOVEMBRO DE 2011, O VITROLA É UM AMBIENTE CULTURAL EM araguari/mg QUE SURGIU DA NECESSIDADE DE FOMENTAR A CULTURA E DAR ESPAÇO PARA OS ARTISTAS INDEPENDENTES. SEDIADO EM UM CASARÃO DE 1916, SE DESTACA COMO UM DOS PRINCIPAIS LOCAIS PRA SE CURTIR UMA BOA MÚSICA. VARIANDO EM ESTILOS COMO ROCK, REGGAE, MPB, BLUES, METAL, POP ROCK ENTRE OUTROS, O BAR JÁ RECEBEU MAIS DE 150 ATRAÇÕES, INCLUINDO NÃO SÓ ARTISTAS DA CIDADE E REGIÃO, COMO VÁRIOS NOMES DE OUTROS ESTADOS DO BRASIL E ATÉ INTERNACIONAIS. //////////

ALÉM DO BAR, O ESPAÇO TAMBÉM POSSUI UM ESTÚDIO DE TATUAGEM, QUE FUNCIONA EM HORÁRIO COMERCIAL, E TAMBÉM REALIZA ALGUNS EVENTOS ESPORÁDICOS COMO FLASH DAY DE TATUAGEM, WORKSHOPS, rui barbosa, 103, araguari.

FESTIVAIS DE MÚSICA INDEPENDENTE, OFICINAS E OUTRAS AÇÕES QUE

@VITROLAAMBIENTECULTURAL

POSSAM AGREGAR CULTURA E INFORMAÇÃO PARA NOSSO PÚBLICO.

ENDEREÇO onde a cena independente da região é prioridade . SEJA PARA A CONCRETIZAÇÃO DE NOVOS PROJETOS, PARA ENCONTROS INESQUECÍVEIS OU O DESABAFO DAS VOZES QUE RESSOAM DA PERIFERIA. HÁ ALGUNS ANOS, TUDO ISSO SE ENCONTRA NO GROOVE PUB, EM UBERLÂNDIA. /////////////////////////////////////////////////////////////// /////////////////////////////////////////////////////////////// PALCO DE DIVERSOS EVENTOS COMO CENA CERRADO FEST, DOPE, UDISTOCK, COMPACTO E WARP, ALÉM DOS TRADICIONAIS MÉNAGE, C.R.E.A.M E DE PRÉFESTAS DE FESTIVAIS COMO LOLLAPALOOZA E MINEIRO BEAT. do pop ao r. goiás, 253, uberlândia.

hardcore. do hip hop ao eletrônico. O ÚNICO LUGAR DA REGIÃO ONDE

@GROOVEPUBUDI

SE COMEMORA A TRANSCENDENTAL DATA DE 2 DE MAIO, LEIA-SE DOIDIMAI.


*pode-se ler: três ou trans

SOMOS LIVRES DE INFLUÊNCIAS POLÍTICAS E ECONÔMICAS.

Para dar voz a quem um dia foi silenciado. Dar forma a quem

passou despercebido. Abrir portas a todos que foram barrados, enxotados ou sentenciados. Não somos apenas todas as cores. Somos todas as dores, temores e amores. Somos escritores, que lutam contra todos racistas, homofóbicos, machistas, xenófobos e opressores, jamais seus leitores. Aqui, todas as formas da nossa cultura pedem passagem até suas mãos. S e j a b e m - v i n d x à

Terceira Paralela.

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Acredito que no nosso caso sua influência é mais de comportamento. Sobre aquilo que a música pode representar

na sua vida. Uma influência de postura. O rock é algo transformador e o Bowie é quem sintetiza tudo isso pra gente.

enzo banzo, vocalista da porcas borboletas, que em 2013 lançou uma música com o nome de DAVID BOWIE.

david bowie, 08/01/1947 - 10/01/ 2016, foi cantor, compositor, ator & produtor musical. por vezes referido como “camaleão do rock” pela capacidade de sempre renovar sua imagem, tem sido uma importante figura na música popular há cinco décadas e é considerado um dos músicos populares, mais inovadores e ainda influentes de todos os tempos, além de ser distinguido por um vocal característico e pela profundidade intelectual de sua obra.

Conheci a discografia inteira do David Bowie em 2013 e fiquei fascinado. Recebi o convite do Flávio Bonati (antigo guitarrista) para montar o tributo e não pensei duas vezes. Ninguém fazia esse cover na época na região e hoje em dia outras bandas já tocam algumas músicas do mestre.

iuri resende, vocalista da banda major tom & the alligators, que desde 2014 faz um tributo ao Camaleão do Rock pela região.

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por alexandre andrade :::::::::::::::::::::

A HORA E A VEZ DA ECONOMIA CRIATIVA

Muito tem se falado em Economia Criativa e sobre as suas potencialidades. mas

afinal o que é economia criativa? Em que patamar ela se encontra em Uberlândia? A UNCTAD (CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE COMÉRCIO E DESENVOLVIMENTO) define a economia criativa como um conceito que trata da interface entre criatividade, cultura, economia e tecnologia em um mundo dominado por imagens, sons, textos e símbolos. Sendo assim, as indústrias criativas são definidas como os ciclos de criação,

produção e distribuição de bens e serviços que usam a criatividade e o capital intelectual como principais insumos.

Embora a criatividade sempre tenha existido, a novidade é a conscientização

de seu impacto econômico. A Economia Criativa está se configurando como um dos mais dinâmicos conjuntos de atividades produtivas do mundo e muitas cidades vislumbraram novas possibilidades de desenvolvimento a partir disso. Para que se tenha uma ideia, a mesma já representa 8% do PIB global e cresce cerca de 10% ao ano, um ritmo superior aos de outros setores da economia mundial.

Infelizmente, Uberlândia não definiu a Economia Criativa como um dos seus

setores estratégicos. Cabe considerar, por que essa discussão não tem se desenvolvido com tanta intensidade na cidade? Por que não potencializar a Economia Criativa e fazer dela força base para repensar o desenvolvimento econômico e a revitalização?

Temos que urgentemente colocar a Economia Criativa na pauta prioritária

do nosso município. Não podemos ficar para trás. Não podemos nos esquecer que a Eco-

nomia Criativa tem vínculos com a economia como um todo, caracterizando sua dimensão estratégica, capaz de criar empregos, gerar crescimento econômico e promover inclu-

MoanaMarques

são social, diversidade cultural e direitos humanos, entre outras coisas.

Aos 18 anos a uberlandense Moana Marques trabalha com fotografia artística e conceitual, fazendo ensaios que incitam as pessoas a entrar verdadeiramente em contato com sua imagem e expressões como forma de autoconhecimento. Os autorretratos fazem parte da série chamada “por onde eu pêndulo”, em que seus ciclos, oscilações e descobertas internas são retratados.

em fotografia de @ a n d r e s sa da m atag, moana representou na capa da paralela2

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...e Bárbara, pelo visto, já sabia disso desde

cedo quando, entre 4 ou 5 anos, tentou levar o “mar” consigo ao sair do banho. A ideia era criar um “caminho d’água” e até deu certo por um tempo, até o chão secar! O resultado foi uma pequena Bárbara caída e ensanguentada por ter cortado o queixo no chão. A babá, coitada! Despreparada que era se apegou no que tinha: correu pra cozinha a clamar por Jesus Cristo. Foi o pai quem, pelo menos dessa vez, se fez presente e apareceu pra salvar a pátria.

Agora aos 20, Bárbara divide teto com a mãe,

o irmão e o padrasto. A relação familiar, como qualquer outra, treme nas bases, já que Bárbara se identifica com os preceitos da umbanda enquanto o resto da família frequenta cultos evangélicos.

Mineira de Uberlândia, o mar fica muito lon-

ge para Bárbara ter sua parte com ele, mas foi no curso de Relações Internacionais que finalmente encontrou seu “caminho d’água”. Mulher e bissexual, o mar de Bárbara passou a ser a militância pelas causas que lhe concerne.

Com o objetivo de despir - literal e metafo-

ricamente - seus personagens, Bárbara criou e inaugurou o projeto Mexerica, que pretende retratar os conflitos internos de militantes pelas mais diversas causas. Militantes esses que, antes de mais nada, são seres humanos com personalidades múltiplas e, como a fruta que dá título ao projeto, vão muito além da casca.

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IX -----

pabllo vittar

barbara torres modelo+produção ::::: josé elias mendes produção+texto ::::: ananda dinato fotografia


@heroidodezessete /////////////////////////

LUCAS PAIVA Com o grupo “dom capaz”, foi considerado uma das maiores revelações da cena local e chegou a faturar o primeiro lugar do festival da canção de Minas Gerais, com a música

“sala ao lado”. Ele já pediu passagem em passagem em diversos cantos do país. Até que em 2014, decidiu dar um tempo na banda e iniciou a produção de seu novo álbum,

intitulado

“Longe”.

Gravou todos os instrumentos, mixou e cruzou seu caminho com Iuri Resende e Felipe Maciel. Carregado de drum machine, o baixo é escancarado. Sintetizadores, piano, guitarra e batera completam muito bem a proposta. Com o trio formado,

lucas voltou a perambu-

lar pelos diferentes palcos da música independente, e não espera estacionar tão cedo.

gravou todos os instrumentos tire suas próprias conclusões: W W W . L U C A S P A I V A . C O M


BANDA GOMA

@oficialgoma //////////////////

Henrique é baixista, e desde a

infância mantém uma relação com os instrumentos musicais. Ao lado do irmão Rodrigo (voz, guitarra e violão), encontrou seu denominador comum. De fato, o entrosamento ultrapassava o berço familiar. Diante de tamanha intimidade colocada à prova ao longo dos anos, surgiu a banda GOMA. Sob influência de rock e pop britânico (The Kinks, Beatles, Oasis, Skank, Los Hermanos, Mutantes) a banda formada em Araguari e radicada em Uberlândia foi ganhando forma em meio a colchões empilhados e espumas espalhadas pela casa, onde os irmãos gravavam diariamente o primeiro single, tocando todos os instrumentos. Em 2015, lançou

“além do mar” , que em menos

PORCAS BORBOLETAS

de um mês ganhou mais de 5 mil acessos. Em 2016, a Goma se classificou para a final do concurso nacional EDP Live Bands Brasil em São Paulo, encerrando a participação entre as melhores bandas do Brasil. Agora, os irmãos seguem a preparação do primeiro EP, intitulado

“Questão de Tempo”.

@porcasborboletas /////////////////////////

Até a formação atual, foram tivais com Gilberto Gil, Arnaldo Antunes e Bethânia. Abriram o

mais de 20 anos de história, em sua maioria show dos Mutantes. Dentre as tantas bandas que surgiam e juntos. Nascida nos blocos da Universidade desapareciam da cena independente da região, a Porcas BorFederal de Uberlândia (UFU), a Porcas Bor- boletas continuou viva. Com três discos oficiais, participações boletas já é figura onipresente nas diversas em coletâneas nacionais e internacionais, trilha sonora do extremidades do país e até fora dele. Do filme e cinco videoclipes, eles preparam o próximo disco, que Acre ao sul do Brasil. De São Paulo a Reci- terá produção de Gustavo Ruiz, que recentemente faturou o fe. Uberlândia a Londres. Anápolis a Paris. Grammy Latino ao lado da irmã Tulipa Ruiz. A banda é formada O que para muitos ainda é um sonho, eles por Enzo (voz e violão), Danislau (voz), Chelo (baixo), Ricardim guardam na memória. Já tocaram em fes- (teclado e sampler), Moita (guitarra) e Gongom (bateria).


DOZE ----------

amor, de mesmo sexo por bianca bruneto

_ dita a hipocrisia.

regada a flores

agonia

e espinhos.

e mãos atadas. histórias, [ser normal?]

melodramas arritmados,

tal normalidade,

como muitos.

sem pé nem cabeça não tem coração.

rejeições

nem parâmetro.

- tantas na vida -

estapeia o cara

interjeições: ai de mim!

por ser o que é, apedreja a moça

diante de um apartheid

[por não ser]

implorar:

como querem.

perdoe-me, por nascer.

realidade cheia de cores,

[ a s s i m ? ! ? ]


TREZE -------------

Domingo de amor

N a c o stel a Um c arin h o de dedo s manso s Eu o ferec i

um carinho com os dentes você me devolveu.

E u nunc a me sen ti tão vivo.

queria

se r sucin t o M a s t ud o q ue e u co n sigo É m a is e m a is m otivos, Pa ra n ão t e rm in a r co m isso.

camilo alves nascimento é escritor/leitor apaixonado por todos os aspec-

tos da comunicação. amante da literatura clássica, moderna, contemporânea e de graphic novel. cinéfilo de plantão e blogueiro por realização. escritor de contos nas horas vagas e que sonha em ganhar a vida pela escrita. é autor do livro “purple” , lançado em 2008 pela editora mojo books e inspirado no segundo álbum da banda stone tample pilots. ou melhor, como indaga a obra, de onde viria a inspiração para produzir aquele álbum?

:::::::::::: @camilo.alvesnascimento ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

luiza guedes d e s e n h i s-

ta de s d e q u e s e e nt e nde p o r g e n t e , lu i z a gu ed e s é g e m i n i a n a c o m as ce n d e n t e e m c â nc e r , se nt i m e n t a l e i n t e nsa . p a r a e l a , é d ifí ci l c o n s e g u i r p e nsa r e m u m a c o i s a s ó ao m e s m o t e m p o , m a s qu an d o d e s e n h a o t e mpo p a r a . v i v e i nt e n sa me n t e c a d a m o m e n t o e em l i n h a s t o r t a s e xpr es s a t o d o s e n t im e nto qu e c a r r e g a . t ra z a re al i d a d e c o m o r e f erê nc i a , o b s e r v a t ud o o qu e e n v o l v e o s e u c a mpo criativo. sempre pe rm e a d o p e l o l ú di c o . se u t r a b a l h o g i r a e m to rn o d a n a t u r e z a, d e so nh o s , d e e x p e r i ê nci as v i v i d a s e d o q u e a to c a p e s s o a l m e n t e .

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vive em uberlândia como ilustradora. faz o que ama. :::::::::::: @luiza.guedes


Arte nos pés de

--14 ---

por pj godoy @giuliano.antonio3

No palco, ruídos traduzidos em forma

Human Rhythm Project (Estados Unidos) e

de ritmos. Os passos eram feito movimentos

Swing in Festival (Buenos Aires, Argentina), foi

sincronizados. No corpo, a elegância de um ma-

selecionado como bolsista para representar o

estro. No semblante, a alegria de um mestre-

Brasil mundo afora.

sala. Curioso é imaginar que tudo isso era pro-

vocado pelos pés de Giuliano Antônio da Silva.

pés, mas não se esquece dos primeiros passos.

Giuliano Antônio produz arte com os

Araguarino, 22 anos. Revelado em

É fundador e produtor do projeto T AP SH OW

um projeto social no Studio A de Dança, cole-

“Os pés não podem parar”, que acontece em

ciona desafios e conquistas com o sapateado.

Araguari, e incentiva a busca por novos artis-

Figura carimbada em grandes festivais nacio-

tas da região por meio do intercâmbio cultural.

nais e internacionais como Tap in Rio, Floripa

Desde 2009, é professor voluntário nos pro-

Tap, Brazil International Tap Festival, Encontro

jetos desenvolvidos pela Fundação FAMA em

dos Ritmos, Los Angeles Tap Festival, Chicago

parceria com o Studio A de dança em Araguari.

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a n u n c i e na revista p r o m o v a c u l t u r a l o c a l

--ício e o in 15 Desd o --14, de 20 lhou mbro a e t b e a tr em s do já tos Cerra proje 0 9 Cena e d a e vácerc tas d com artis s pra o r me De lá e inú tos. n bio e m m eg ercâ rios s o int la se u o p stim s gru cá, e tre o n ra e a l p ra tos cultu proje . s o a v o m is inda cria n do los a a r á r c e a na C dest e C o em aso d 016, Éoc em 2 o d fora , cria Tour da de por a ban m u a vez que a um t n e gião res da re se ap ades id c em cais. mês das lo n a b as com om mo c s “Mes enta rram e f s a a rtist ivers ,oa as d ição s o a p aind à dis ente es pend ldad e d n i ificu d s cena uita sua vê m ir da a s ocê a do v par quan E . sa l s loca zer e ue fa g odos e t s con ows, h s ma e d ”, afir troca ando h n a n g u da es, f u saem ig r d ado. ur Ro cerr Arth e na c o d dor ano, esmo No m as a nov o ganh o t riaçã e j c o pro om a c s e orçõ a. prop ador grav os de a m men de u Com ,a ência i exist e d já fo ês iscos D um m o d lanCerra r dois Cena el po v EP á s o on imeir resp , o pr s sta o t u n Aug çame Maria a d m n e “se da ba da ura d eleit ar”, r a e v o lt a r sa p im, a pres a ass r Aind l. a pera e Surr de es o p o laçã serem popu os a . rojet p s 2016 o nov os em d a iz ret conc


16 ---

o Brasil

ĂŠ o paĂ­s que mais mata travestis &

em 2014 a cada 27 horas um LGBT foi

no Brasil.


por lucas veiga :::::::::::::::::::::::: @póesol

Eu cuspiria em Jair Bolsonaro.

@felpflores

Não só nele, mas em outros tantos (políticos ou não) que defendem dia a dia com piadinhas, violências físicas e mentais a exterminação da sociedade LGBT. E podem me chamar de baixo. Podem bater panela, podem dizer a velha justificativa do conservadorismo de que “se quer respeito, respeite”. Podem virar mesas, cadeiras, fazer escândalo, porque quem nasceu silenciado tem força no gesto. Sabe por que eu cuspiria? Porque me cospem também. E não cospem só em um domingo de votação no congresso, mas sim, todos os dias que vivo, todas as vezes que saio na rua e tenho o direito de ser eu negado, todas as vezes que tive medo dos meus amigos, da minha família, da minha escola, da minha universidade, do meu professor, da sociedade. E quero que me chamem de baixo por defender o cuspe. Mas, mais que isso, quero que respeitem meus trejeitos, minhas condições, meus direitos. É visível o cuspe - de sangue - na cara da sociedade LGBT. Você sabia que o Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais? Você sabia que em 2014 a cada 27 horas um LGBT foi exterminado no Brasil? Acho que não. Porque se soubesse, também cuspiria na cara de Bolsonaro e de outros tantos. Mas isso não se escancara, porque o cuspe na cara dos privilegiados tem mais evidência na mídia, nas rodas de debate, no discurso do patriarcado. Gritam aos quatro cantos que veado, sapatão, travesti e transexual tem que ficar calado. E isso é escancarado, desde as vaias ao discurso de Jean Whylys até as lâmpadas quebradas nas nossas cabeças. ESSE CUSPE É DE TODOS NÓS. Todos que tem a “sorte” de amanhecer vivo numa sociedade que quer nossa morte. É de nós que somos crucificados todo santo dia por “pessoas de bem”. Esse cuspe é de quem dá a cara a tapa, de quem defende, acima de tudo, a democracia. Enquanto for preciso gastarei minha saliva dando cuspes, mas anseio pelo dia em que a gastarei ~ única e exclusivamente ~ BEIJANDO A BOCA DA LIBERDADE.

× p o r o n d e ~ e u ~ p ê n d u l o

autoretrato

@moanamarques


laboratório estúdio musical

por

que sentia nojo de mim mesmo ou por que desejava que toda aquela dor de ver os dias passando lentamente, por ter que arquitetar todos os passos, todos os gestos e todas as minhas falas, acabasse. Vivi então a fuga. Mas, encontrei como se em frente a um espelho, eu mesmo, com os mesmos questionamentos, mesmos medos, pois não importa o tamanho de sua mala, seu mundo sempre irá com você aonde você for. ​ Foi necessário que meu corpo parasse, minha mente pedisse socorro, pois foi aí que entrei num estado de pânico e meditação profunda. Passei então a respirar com meus próprios pulmões, a andar com meus próprios sapatos, a ignorar todos os novos ideais que cogitavam bater em minha porta. E quando paramos de querer ser aquela colcha de retalhos de atributos perfeitos, colecionados e retirados dos outros, o que sobra é espaço (não um vazio!), para sermos, para aprender, observar e não julgar, pois este deve ser um julgo leve, para com nós mesmos e para com os outros.

por joão victor s. m. vieira ​ ​ Carrego em mim, gravado na pele, a dor de seguir ideais que são de fato irreais, pois são estilos de vida alheios, características e comportamentos que um dia nos prenderam a atenção e passamos a buscá-los incansavelmente. Estes ideais nascem em momentos de admiração por outros, quando vemos alguém ser respeitado e aceito sem mostrar fraqueza. Quando vemos nossos pais com inegáveis talentos para uma vida organizada; quando vemos um homossexual, aquele que todos dizem que nem aparenta ser gay, discursar sobre algo com tranquilidade na voz; quando admiramos um professor ou chefe por ser tão profissional e centrado e passamos a querer ser como ele/ela. E então, começamos a fatiar e selecionar qualidades nas outras pessoas e criamos o nosso ser ideal, praticamente perfeito, produtivo, socialmente impecável e bem quisto por todos. Me via sufocado em busca deste ser ideal. ​ Foi quando percebi que um desejo, aquele que tão dolorosamente o escondia, por ser fora do meu ideal construído, precisava ser posto para fora. Depois ​

E quem são os outros? Os outros são exatamente os ideais criados, o homem de família, o pai exemplar, o opressor olhar do professor que não erra, o amigo que tem andar leve sendo o que é, o irreal! E este Outro, é maior e mais assustador quanto mais nos afastamos daquilo que é posto e que “funciona em harmonia”. Não consigo sentir a dor da travesti pobre que se prostitui para viver, a salgada lágrima do transexual que se submete a procedimentos de risco, a agonia da sapatão masculina que é colocada para fora de casa, não sinto a dor, mas me ponho próximo desta realidade, ela não é alheia, não me faz privilegiado e não me torna mais feliz por não ter sido comigo.

do luto que passei por assumir minha tão negada homossexualidade, achei que um banho de felicidade eterna iria penetrar em minha carne, já que agora esse tão temido monstro estava com suas garras de fora.

Passei a pregar um estilo de vida bastante poli d o e hi gi e ni z a do, era ag ora o gay ‘he te ron or mativo’, q u e se com por ta c omo um mac h o a lfa , qu e n ega e abomin a q u al qu e r t r aço femin in o, &

Segui sem entender q u e n ã o e r a f e l i z , por

Hoje há espaço em mim para aflorar, para expor o masculino e feminino que habitam em mim, para não me rotular, hoje tenho orgulho e não nojo, pois sou o meu único possível e não um caçador de ideais sem personalidade própria. O mar agitado que antes navegava desconsolado, hoje é um calmo e bonito lago aonde construí meu porto seguro, e escolho o que vai tocar ou não essas águas.


dearkiddo

seashellofmine

@felpflores

O

trabalho

seria todo feito no que pelo menos para as modelos é pouco comum, uma vez que se apresentam em casas noturnas.

Felipe Flores é fotógrafo. Seu foco de trabalho é a cobertura de festas por meio da BurnAsh, grupo fotográfico do qual integra. Começou a se envolver com a cena das drags a partir da gravação do clipe Open Bar, da Pabllo Vittar. Diz ser fascinado com todo o trabalho que existe para que uma drag seja montada e a performance que envolve o ato. Em busca de uma atenção ainda maior para o universo drag, produziu o ensaio fotográfico com as dragqueens

Fiddo Candy, Kiddo Whadahell & Seashell, com um detalhe. O trabalho seria todo feito no ambiente diurno, que pelo menos para as modelos é pouco comum, uma vez que se apresentam em casas noturnas.

::::::::::::::::: @felpflores


impres s

a

ito bra fe s o

Crise na política, na economia, na educação, na cultura, nos veículos de comunicação. Estamos justamente no meio do caminho, onde a insípida maré de espetáculos insignificativos e a revolução de novos paradigmas dividem o rio. Estamos aqui, justamente no olho do furacão, onde as antigas formas de representação já não matam a nossa fome de olhos curiosos e de corações rebeldes. E por estar justamente no umbigo do centro, onde o trem demora para chegar, a comida é pouca e a chuva gela a cara, que criamos uma cabana para nos abrigar. Ainda precisamos de autenticidade, de diferenças, de emoções, de respeito e de poesia. O Jornal brasa e a revista paralela surgem neste cenário em que novas formas de diálogo são urgentes em uma conjuntura que já não se contenta mais com o antiquado. Não somos a solução para tudo, mas estamos buscando novas formas de enxergar o mundo - para dizer o que pensamos e não o que eles nos dizem para pensar.

@feitobrasa o brasa é um jornal de personalidade livre, novas ideias, tendências artísticas e experimentos. a cabana também é sua.


@aguasuja ///////////

Todos os anos, fiéis de várias ci-

dades de Minas Gerais percorrem longas caminhadas até a pequena cidade de Romaria. A multidão que toma as ruas é conduzida por um objetivo em comum. Agradecer as bênçãos recebidas por Nossa Senhora de Abadia e pedir graças em suas vidas. foi essa devoção que deu luz ao projeto água suja, um documentário ensaístico que acompanha de perto as peregrinações dos romeiros. lançado em abril em uberlândia, o filme está disponível na íntegra no youtube

Realizado por meio de financiamen-

to coletivo, o filme é resultado de um projeto independente, com direção de YUJI KODATO e filmagens de ÂNGELO BARCELOS e ROBERTO CAMARGOS, além do próprio diretor. Durante

é um documentário sobre as peregrinações à cidade de Romaria em devoção a Nossa Senhora de Abadia.

pouco mais de uma hora, Água Suja registra elementos e acontecimentos, desde os perigos e desafios das estradas, as paisagens do cerrado, os objetos esquecidos pelo caminho, até as diferentes festividades em torno do Santuário de Nossa Senhora de Abadia.

CYNTIA CASTRO Do ocio criativo ao sustento Desde a infância, Cyntia Castro leva a mania de aproveitar o tempo livre com a criatividade. Dom que se tornou ferramenta para seu sustento. Hoje, possui a própria marca “cyntia castro acessórios”, produz pulseiras e colares masculinos para todos os estilos. Em 2016, passou a incluir o público feminino em seus produtos, ampliando sua demanda em todo o Brasil. Já chegou a vender mais de 100 itens em menos de uma semana. Couro, âncora, mão de Fátima, vela, barco, argolas, pingente em forma de símbolos, são alguns dos mimos que ganham atenção dos clientes. ///////////////////////////////////

21 ---


d e s a f i a

p a d r õ e s

dos conservadores d e

p l a n t ã o .

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

* * * * *

conversamos com pabllo vittar, a artista drag que virou febre nos últimos tempos. em pauta, a trajetória, os desafios, o sucesso e os planos para o futuro.

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o

////////// V OC Ê NASCEU N O MARAN HÃO E AIN DA N A ADOLE SCÊNCIA SE MU D O U PA RA SÃO PA U LO , AN T E S DE C H E G A R A UBERLÂN DIA. COMO FOI ESSE IN ÍCIO?

Sempre quis cantar e viver disso, era

meu maior sonho. Mas tinha que trabalhar para pagar as contas e nem pensava nisso.Tinha só 16 anos e morava com uma irmã mais velha. Cantar naquela época era só no banheiro mesmo ( r i s o s ) . /////////////////////// O QUE MAIS TE MOTIV O U A E NT RA R PA RA O CE NÁRIO LG B T T T E DA S DR A G S?

Sou uma filha de Rupaul. Comecei a fazer drag por conta do reality, mas era

completamente apaixonado pelo universo feminino. era triste ver minhas amigas

usando saia ou brincando de boneca e eu não. Não entendia. Jamais tinha ouvido falar sobre transexualidade ou homossexualidade. Questão de gênero nunca foi citada abertamente na família nem na escola, só diziam que aquilo não era para mim. Assim cresci frustrado, com medo de ser quem era, mas com o tempo percebi que não dava para viver fingindo e atuando o tempo todo. Temos que encarar as coisas e lutar por nossos ideais. Não escolhi ser assim, eu sou assim! E é isso que me motiva todos os dias a lutar a favor dos direitos dos meus e fazer outras pessoas a criar voz para gritar junto comigo. //////////////////////////////


leocadio rezende

maranhense, 21 anos, dicada

raem

uberlândia. artista vocação,

guerreira

por por

natureza. traz no currículo

uma

experiência

incompatível com a idade. com suas músicas, desafia padrões e desafina o coro

dos

conservadores

de plantão. já estrelou campanhas adidas

e

nacionais da

avon.

da seu

clipe, “open bar”, uma versão brasileira do hit “leanon”, do dj diplo, soma mais de 2

milhões

de

acessos,

sendo compartilhado até pelo próprio dj. × × × × × × × × × × × × × ×

~ se tornou a cantora fixa do programa amor&sexo, comandado por fernanda lima.

"dj, toca o som não quero saber mais de ninguém tô ficando louca e cê também"


I

D

E

N

////////////////

T

D

A

D

E

TÊ M

mação e sem Deus! As pessoas devem ser

G ANH A DO C A DA V E Z MAIS ESPAÇO N A MÚSICA

elas mesmas, sem se esconder. Não tenham

BR A SIL E IR A , NÃ O SÓ PELA VOZ COMO TAMBÉ M

medo de ser quem são, independente de

P EL A C OR A G E M E DE SCON STRUÇÃO DE GÊ N ERO.

como sejam. Todos somos dignos de respeito.

C O M O É F A ZE R P A R T E DA LIN HA DE FREN TE DES-

///////////////// CO MO V Ê A A T U A L RE A LI -

S E M OV IM E NT O E SE RVIR DE IN SPIRAÇÃO PARA

DADE D A Q U E ST ÃO D A IG U A LD A D E E ID E NT ID A D E

DIVERSOS

TA NT A S OUT R A S P E SSOAS?

24 ----

I

N OMES

Fico muito feliz

DE GÊ NE RO NO B RA SIL?

Está sendo debatida,

quando recebo mensagens do tipo - Pabllo

porém no meu ver ainda falta muito. Poxa,

eu me assumi pros meus pais graças a

uma empresa faz um comercial onde uma

você - ou que voltou a falar com a mãe.

mulher veste roupa de homem e vice versa

Isso me inspira! Fico triste quando leio sobre

e o mundo inteiro para! É esquisito, imoral

pessoas trans que morreram ou suicidaram

e anormal! infelizmente ainda falta

por conta do preconceito de gente sem infor-

muito, mas está melhorando.


25 ----

R

E

C

O

N

H

E

C

I

M

E

N

T

O

//////////////////// COMO FOI O CON -

P

L

A

N

O

S

TAT O C OM R ODR IG O GORKY , DO BON DE DO

//////////////// Q U A IS O S PRO-

O primeiro contato foi por inter-

J ETOS A T U A IS E PLA NO S PA RA O FU-

net e logo em seguida já fomos gravar.

TURO? E X IST E A LG O Q U E PO D E MO S

Babe Gorky é um tutor, aprendo muito

ADIANT A R?

e estar num estúdio com ele é mágico.

meu primeiro álbum autoral e bem

/////////////////// EN TRE O SUCESSO

feliz com o resultado, porque está

R O L Ê?

Estou trabalhando no

O S CON VITES PARA VIDE -

ficando a minha cara, do meu jei-

O C L IP E S, C A M P A NH A S E PROGRAMAS DE TV E

to. Estou fazendo e cantando o que

O R E C ONH E C IM E NT O N ACION AL E IN TERN A-

eu gosto. Existem outros projetos,

C IONA L , QUA L M OM E N TO CON SIDERA SEU DI -

mas prefiro manter em segredo

Sem dúvida o

ainda ( r i s o s ) . ////////////////

DE

"open bar" ,

V ISOR DE Á G UA S NA C ARREIRA?

lançamento do clipe Open Bar. Minha vida mudou muito desde o clipe, várias portas se abriram e tenho trabalhado muito. Devo isso principalmente aos meus fãs, os VittarLovers, que eu amo muito! ////

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

* * * * * * *


26 ----

por pj godoy

Tarde de 4 de junho de 2016. Chegamos ao

estacionamento do Teatro Municipal de Uberlândia e os portões já estavam abertos. O maior símbolo arquitetônico e cultural da cidade projetado por oscar niemeyer tinha sido tomado pela cultura do cerra**************

do. Montamos nosso estande, registramos algumas

oferecemos

ser-

fotos e distribuímos alguns cartões, quando ouvimos

nO

os primeiros acordes do indie carregado do novo EP da

viços

focados

DESIGN de

GRÁFICO:

construção de

marcas para e m p r e endedores

estre-

a n t e s à negócios em geral. / / / / / / / / / / / / / / ************** trabalhamos

com

Maria Augusta.

O Sol já ensaiava desaparecer quando o noi-

se da Lava Divers pedia passagem. Depois, foi a vez da Sick instrumentalizar o momento único que começava a se fazer inesquecível naquele espaço. A noite iniciava ao som da Udischool e seus versos atômicos. A roça começava a ficar pequena. Na sequência, era a hora da

projetos de iden-

doce leoa do cerrado do O Berço se juntar a São Gon-

tidade

çalo e o Tinhoso do Pé Redondo, de Luiz Salgado.

visual

design

+ gráfico

O cerrado respirava. E suspirava quando os

editorial ou pro-

irmãos do Muñoz subiram ao palco. Em seguida, Fran-

mocional.

além

cisco El Hombre levou o calor da rua. Emicida colocou o

inicia-

dedo na ferida, e Porcas Borboletas trazia à tona uma

de

outras

tivas, que incluem experimentações de

toda

estirpe.

verdade de mais de 20 anos - Todo mundo tá pensando em sexo!

O evento se aproximava da reta final quan-

do Santa Clara clareou o Umabaraúma de Jorge Ben. O encerramento ficou por conta da Pabllo Vittar, a musa pop que personifica a luta pela desconstrução de gênero. Nada melhor para terminar o festival do que alguém que despontou em Uberlândia para levar sua voz e inspirar jovens a buscar por seus direitos em vários cantos do país. Todos juntos, com timbres e acordes ..............................

34 3235 5531

diferentes, mas lutando pelo mesmo lugar ao Sol.


o festival mineiro beat foi um projeto aprovado na lei estadual de incentivo à cultura (icms) do governo de minas. com apoio do guaraná mineiro e parcerias com a salt store, santa flor e domino’s, o evento ainda contou com pista de skate e patins, paredão de escalada, slackline, exposição de artes visuais, livepaint, sarau de poesias, espaço verde, estúdio-container para gravações ao vivo e sem custos, feira mix e praça de alimentação com food trucks.


Co ndado Car a m uj o

@condadocaramujo

Criado em maio de 2015, o power trio Condado Caramujo surgiu em maio de 2015 em Uberlândia. Usando apenas instrumentos de cordas como baixo acústico, violão, violão caipira e guitarra, faz da mistura do punk, country outflaw, bluegrass, hillbilly, folk, metal e música sertaneja raiz a sua originalidade. É formado por Chico Bill (voz/violão/ viola), Big Bull (baixo acústico/voz) & Carcaça (violão/guitarra/voz), nomes conhecidos em grupos como Tarso Miller and The Wild Commets, Krow, Them Old Crap, Dirty Wolves, Attero e Dead Smurfs. //////////// O trio gravou seu primeiro

de sv e n t u r a

@desventuraband

Ep. Condado Caramunjo Vol.1, produzido por Flávio

Cinco amigos de Uberlândia tiveram a ideia de se unir

Jordok no Estúdio Kids Grass e masterizado no Ca-

para fazer um som diferente. Com foco em melodias

verna Estúdio por Rafael Vaz. Por residirem atual-

que buscam resgatar o emocional de cada um e in-

mente em diferentes localidades e envolvidos em

fluências do post-rock & hardcore, surge a banda

projetos pessoais, o lançamento está previsto para

Desventura em 2013, mesmo ano em que grava seu

o segundo semestre de 2016, quando os artistas

primeiro EP. //////////// agora, o grupo já ca-

retornam às atividades com uma turnê nacional.

minha para a composição do terceiro álbum.


MARIA AUG US TA

@bandamariaaugusta

Pu l m ão N e g r o @pulmaonegro

Pense nos ruídos do indie rock britânico. Coloque a

Se o punk rock hardcore ainda respira no Triângulo,

sonoridade vintage dos anos 70, tempere com uma

devemos isso a eles. Se houve mosh no último festi-

pitada de tropicalismo e rock nacional, e misture

val, é graças a eles. Com eles, aprendemos que o ‘paie-

com as influências do cerrado mineiro. Aliando to-

ro tá caro demais pra dividir com quem não traz’. Co-

dos esses ingredientes, você descobrirá a receita de

nhecemos o comunista cor-de-rosa, e desabafamos

uma das bandas mais expoentes da nossa região, a

todo nosso vocabulário de baixo calão, celebrando

Maria Augusta, que em 2016 lança seu primeiro EP.

há dois anos a Pulmão Negro. //////////////////

/////////////// O cartão de visita do primeiro tra-

Após algumas mudanças na formação, a banda se

balho autoral aconteceu no festival Mineiro Beat, em

firmou com Angelo Feitor (vocal), Gelson Junior

Uberlândia, no qual a banda abriu o evento. O grupo

(guitarra), Felipe Genaro (guitarra), Caio Santos

é formado por Mateus Leão (voz), José Guilherme

(baixo) & Gabriel Menino Bão (bateria). Festivais

Rangel (voz e guitarra), Guilherme Vasconcellos

como 3x3 Rock Festival, Cena Cerrado Fest, Doidimai

(guitarra), Victor Buttignon (baixo) & Pedro Suri-

e Garagem Underground já conheceram suas apre-

cate (bateria). Para concretizar o EP, eles contaram

sentações. ///////////////////////////// Sob

com a produção de Rafael Vaz do Caverna Estúdio,

influências de RDP, Misfits, Dead Kennedys, Rancid,

masterização de Gustavo Vazquez do Rocklab Pro-

NOFX, Blind Pigs, Mukeka di Rato, Cólera e outros

duções Fonográficas e lançamento via selo Cena

nomes, a Pulmão Negro segue na gravação de seu

Cerrado Discos. ///////////////////// Além do

primeiro disco, com produção de Tiago Garcia (Tia-

EP, a banda promete outras novidades para 2016.

goBits). Perguntados sobre o objetivo principal, os

Enquanto isso, você pode desfrutar do álbum com-

integrantes restringiram ao clichê “o céu é o limite”.

pleto gratuitamente nas principais plataformas de

Mas quando questionados sobre seus sonhos, não

streaming, Spotfy, Deezer e YouTube.

tiveram dúvidas. Tocar no grandioso palco do Gugu.


Questão de gênero nunca foi citada abertamente na família nem na escola, só diziam que aquilo não era para mim. pablo

30 ----

vittar

luizaguedes


acervo decô

FLÁVIO CATELLI É GRADUANDO DO CURSO DE TEATRO DA UFU, DIRETOR E ATOR.

achados em roupas, calçados, acessórios & itens de decoração.

GERAÇÃO DE ARTISTAS

AV. SEN. MELO VIANNA, 950 ARAGUARI/MG ~ 3241 3052

por flávio catelli ::::::::::::::::::

Pessoalmente nao creio que a arte possa salvar o mundo porem pode me salvar desse mundo. - Não concordo com a frase, porque,

Dragon Ball apenas por hobby? Eles com certe-

arte feita para si só não ocupa a posição que lhe

za se “salvariam desse mundo”. Mas optaram

é de direito: formar opiniões, conceitos e discus-

por compartilhar e dialogar com o público.

sões. Quero ver músicos, escritores, pintores, ato-

res, poetas, cineastas, encenadores entre outros

maior que o ego. Ela foi feita para transformar

apaixonados, querendo sim cativar o público. Não

e tocar pessoas. Vamos inspirar sonhos, criar

com obras singulares.

fantasias e motivar futuras gerações. Vejo uma

Lembro-me quando pequeno, gostava

geração de artistas teatrais locais com bastan-

de ver desenhos sobre a salvação da terra. Ouvia

te talento, porém muitos saem da cidade pela

músicas que parecia estar falando sobre minha

falta de patrocínios e de crescimento na área

vida. Lia livros cheios de aventuras, com perso-

para quem está começando. Acredito que a

nagens que nunca se separavam, iam até o fim

Graduação em teatro da UFU deixa bons atores

juntos. Eu queria ser cada um desses heróis.

acomodados. É um local onde a pesquisa do-

Queria ser símbolo de esperança, quando todos já

cente se torna mais freqüente do que a prática

haviam desistido. Claro, quando se é criança al-

teatral visando o palco em geral.

gumas coisas ficam subentendidas e você só per-

cebe quando fica mais velho. Porém, essas obras

atral tem se preocupado em uma maior divul-

me fizeram ser quem sou.

gação de suas obras e ações visando abranger

O que seria de milhões de apaixonados

aqueles que não têm contato diário com a arte.

por aí, se J.K Rowling tivesse mantido Harry Potter

É um método a longo prazo, mas que pode ser

em sua gaveta? E se Akira Toriyama desenhasse

bem aproveitado e gerar bons frutos no futuro.

@thiagoaugusto

Peço para que a paixão pela arte seja

Felizmente, aos poucos, a classe te-


explica giba ~

@dope034

Do role de graça nas

como conta João Gilberto (Giba),

dj.

ruas até as casas de shows e

um dos idealizadores e

clubes noturnos que estipulam

///////////////////////

altos valores para o ingresso.

Com um ano de vida, o DOPE

dope não tem lugar fixo e sim

já fomenta a cultura da Bass

uma proposta: fugir do conven-

Music e suas vertentes em

cional, dar espaço ao desconhe-

Uberlândia e na região. Além de

cido de qualidade, incentivar, divertir e aprender com quem

Giba, a DOPE foi idealizada por Jeancarlo Cardoso (Carlo C.),

tem para ensinar, sem distin-

com apoio de Ávner Andrade

ção. ///////////////// Com a

na produção dos eventos, Tiago

proposta de motivar DJ's locais

Garcia (TiagoBits), respon-

a produzirem sons próprios e

sável por aproximar a cena Hip

trazer artistas reconhecidos no

Hop, Ronaldo Botelho & folia-

cenário nacional para se apre-

dosreis, que ajudaram a de-

sentarem na cidade, o projeto

senvolver a marca, assim como

surgiu em 2015 a partir da ne-

várias pessoas que também es-

cessidade de ter um espaço livre,

tão envolvidas indiretamente.

@udischooloficial

////////////////////

UDISCHOOL

@luizsalgacantador


3e ----

informe-se

ainda siste que ser

hoje a

per-

ideia

so

de

podemos

homem

ou

mulher. m a s e s sas

sao

apenas

duas

categorias,

e

uma

varia-

ção enorme entre elas, que pode ser entendita sabotage

como

q u e e r ou l g b t t t repense-se

nícius “Viniboy” Arantes e Bruno “Trafica” Traficante levam a realidade de um cotidiano paralelo para os palcos.

Sob influências de MV Bill, Asher

Roth, Sabotage, Sujeito a Guincho, Black Alien, Speedfreaks, Gutierrez, Racionais MC’s, Quinto

ALACARTE RAP

@alacarterap //////////////

Andar, entre outros, o grupo se destacou em shows memoráveis, como na quinta edição do festival Cena Cerrado em Uberlândia. Em pre-

“pra onde vou, fui e vim” - já dizia Sabotage.

paração para novos trabalhos chamados “Ro-

novo começo. Com o rap no sangue, a resistência

tina” e “Sexta 13” , já lançaram “Pronto pro Combate” e ainda planejam novas mú-

na pele e o desabafo na voz, surgia o Alacarte Rap.

sicas em parceria com alguns grupos e MC’s

Formado por ex-integrantes do coletivo de Hip Hop

da região. Sem disputas de ego ou vaidade, o

Bicho Urbano, e integrantes da CRIA MOJ, o grupo

objetivo, de acordo com eles, é divulgar e con-

ganha cada vez mais espaço nos principais centros

seguir cada vez mais espaço para o movimen-

da região. Desde 2014, os artistas Samuel “Sam”

to Rap local. A idéia é que até o fim de 2016,

Maurício, Nicola “musta” Minafra, Gustavo “Ver-

lancem o primeiro álbum, com produções iné-

de” Ferreira, Diogo “Tchum Tchum” Camilo, DJ Vi-

ditas e um apanhado de faixas já gravadas.

Assim, de um fim, eles encontraram um


A subjetividade nas lentes de

34 ----

No seu trabalho, a

fotógrafa mineira Mariana Cecílio inclina em direção a subjetividade ~ da feminilidade, da mortalidade/passagem do tempo e um fascínio aos detalhes que contam histórias. Trata-se de uma investigação contínua sobre as

peculiaridades da vida cotidiana, e são encontradas referências que tendem a sugerir uma sensibilidade Pop e assuntos kitsch.

Embora os locais sejam

diversos, seu trabalho é unificado por um olhar instintivo diante das formas contemporâneas dos centros urbanos e a beleza ancestral da natureza, que nos leva a enxergar através do seu olhar um mundo onde o tempo, espaço e memória são conceitos fluidos, onde encontramos ecos

making-of da gravação do clipe “calor da rua” da ban-

da francisco el hombre. * * * * * * * * * * * * * * “Essa música é dedicada a todas as mulheres, nascidas assim ou não. Só nós sabemos o que é não ser pedra mas poder endurecer-se”

de vida em esquinas e cantos de passagem. Mariana aborda dicotomias entre espaço público e privado, o familiar e o estrangeiro. A intenção parece ser a de encontrar beleza e significado em cada pedaço e horizonte que a luz revela, traduzindo esses momentos tanto em formas pictóricas como uma tendência ainda tímida ao abstrato.

diário fotográfico analógico, feito de sonhos & sonhadores.

@_ciaomari ////////////////////// @ciaospiriti




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