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Revista

Pará+ NOVEMBRO 2011

BELÉM-PARÁ

WWW.PARAMAIS.COM.BR

ISSN 16776968

EDIÇÃO 117

Editora Círios

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Marília Pêra, atriz, fotografada por Cesar Netto.

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Leo Tailor Made

Foto: Lúcio Cunha

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PUBLICAÇÃO

Correções

EDIÇÃO 117 - NOVEMBRO/ 2011

Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

ÍNDICE Alessandra de Brito Gomes

Círio de Nazaré 2011

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PA-538

30º Arte Pará

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* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Nazaré em Todo Canto

CAPA

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s

Círio Editora

COM.BR

MAIS. WWW.PARA

BELÉM-PARÁ

NOVEMBRO

2011

EDIÇÃO 117

6968

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Tribunal de Contas do Estado faz programação especial de Círio

Pinto , Rodolfo Oliveira, Tamara Saré/Ag. Pará, Elivaldo Pamplona,Erasmo salomão/Ascom-MS, Fotografia/ Comus,Shirley Penafort/Oliberal, Valter Campanato/ABr e Werick Santos; DESKTOP: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

ISSN 1677

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Antônio Cícero Araujo dos Santos

A foto acima, uma das Classificadas de 2010, referenciada como sendo de Alessandra de Brito Gomes, é de Antônio Cícero Araujo dos Santos. A todos, pedimos escusas.

Revista

No Concurso de fotos de 2009, houve um lapso na indicação do autor do 7º lugar. O correto é Alessandra de Brito Gomes e não Marcus Vinícius Ferreira Matos. A foto acima, em questão, é portanto de Alessandra de Brito Gomes.

DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Amanda Engelke, Camillo Martins Vianna, Carlos Correia Santos, Ivan Postigo, José Luis Miranda, Maria Christina, Sergio Pandolfo, Kenny Teixeira; FOTOGRAFIAS: Alessandra Serrão, Antônio Silva, Cláudio Santos, Cristino Martins, Eliseu Dias, Eunice

R$ 6,00

Prefeitura combate poluição visual em Belém

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Frutal Amazônia e Flor Pará 2011 ÍRIO ECOS DO C RPARÁ O FL E L TA U FR Nossa Senhora de Nazaré em sua berlinda, no Círio 2011. Foto de Marcio Santos

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Tarso Sarraf-O Liberal

O novo manto

Dom Taveira, exibiu-a aos fiéis

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veira destacou que o manto serve para reflexões por parte dos cristãos, a partir do exemplo dado por Maria de servir a Deus possibilitando que Jesus Cristo estivesse entre os homens.

Descrição do Manto Na parte da frente, plaquetas de metal estilizadas banhadas em ouro que representam o adorno externo das colunas do altar da Basílica Santuário, confeccionadas pelo joalheiro Marcelo Monteiro, da Ourogema. Contém ainda tronco e folhas bordadas em canutilhos nas cores cobre, ouro e marrom e acabamento com miçangas nacaradas. As flores são bordadas em cristais Swaroviski fúcsia e miçangas cor de vinho. Na parte de trás, o manto traz uma ânfora em strass ouro e nacarado, com canutilhos ouro, cobre e marrom, feito sob orientação acadêmica da arquiteta Nathalia Freitas. Os raios são feitos em strass nacarados com cristais cor-derosa e nude. O fundo compõese de uma trama imitando a cestaria regional trabalhada em cristal pérola e miçangas acaradas.

Tarso Sarraf-O Liberal

epois da missa celebrada pelo arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira, com a Basílica Santuário lotada de fiéis e as luzes apagadas, a imagem com o manto ricamente ornado,adentrou, conduzida pelo coordenador da Festa, César Neves, debaixo de uma chuva de papel picado, ao som da Ave Maria, envolta a uma densa fumaça de gelo seco, iluminada de azul em uma bela produção cinematográfica. Praticamente todos os presentes se emocionaram, indo do choro aos aplausos, às vivas a Nossa Senhora e aos gritos – linda, linda, linda... Emoções totais. Dom Taveira recebeu a imagem de Cesar Neves, exibiu-a aos fiéis e após colocou-a no pedestal. Em seguida, Dom Taveira e o arcebispo emérito de Belém, Dom Vicente Zico, fizeram a consagração da imagem. O manto, confeccionado pelo estilista Jorge Bittencourt, nas cores vinho e branco, simboliza as plaquetas do altar da Basílica e traz uma ânfora referindo-se às Bodas de Caná e, ainda, um broche com a figura do papa João Paulo II. Foi orçado em cerca de R$ 30 mil. Durante a missa solene que antecedeu a apresentação do manto, dom Alberto Ta-

A imagem de Nossa Senhora de Nazaré com o manto 2011 Pará+ 05 09/11/2011 14:58:07


Círio de Nazaré 2011

Na Presidente Vargas, frente ao Gran Coral

Fotos: Alessandra Serrão, Antônio Silva, Cláudio Santos, Cristino Martins, Eliseu Dias, Eunice Pinto /Ag. Pará, Elivaldo Pamplona

Frente aos Mercedários

arcebispo Metropolitano de Belém, dom Alberto Taveira, deu início à missa campal do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, às 5 horas da manhã, na Praça Frei Caetano Brandão lotada de fiéis e com a presença do arcebispo de Maringá, Dom Anuar Battisti, e dos bispos Dom Alésio Saccardo, de Portel, Dom Flávio Giovenale, de Abaeteuba e Dom Luiz Azcona, do Marajó, juntamen-

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Durante a procissão do Círio 2011

Frente à Estação, Boulevard Castilhos França com a Presidente Vargas

te com inúmeros sacerdotes visitantes e do Pará. Começava assim o maior evento católico do País, o Círio de Nazaré, há 219 anos pelas ruas centrais da capital do Pará, mobilizando cerca de 2,3 milhões de romeiros, durante seis horas, num percurso de 4,6 quilômetros. Na homilia, dom Alberto Taveira disse aos filhos e filhas de Maria. “É muito bom os irmãos estarem reunidos. Valem todos os sacrifícios, todos os esforços. Não só hoje, mas em todos os domingos é bom estar na casa de Nossa Senhora”.

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Homenagens a Nossa Senhora de Nazaré, ao longo de todo o percurso da procissão

A chegada O relógio marcava 12h15, quando a berlinda de Nossa Senhora de Nazaré, chegou na Praça Santuário. Foram seis horas de caminhada da igreja Sé até a Basílica dedicada à Santa. O bispo auxiliar de Belém Dom Teodoro Mendes Tavares encaminhou a imagem de Nossa Senhora ao altar. Fogos e palmas, orações e lágrimas viam-se e ouviam-se ao redor, quando, Dom Teodoro Mendes, elevou a imagem de Nossa Senhora de Nazaré e abençoou o público. Todos os presentesficaram emocionados.

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Romaria Fluvial Fotos: Antônio Silva, Rodolfo Oliveira/Ag. Pará

s 9h, do trapiche de Icoaraci, seguiu até a até a escadinha do cais do porto, na Estação das Docas. Cerca de 550 embarcações formaram o cortejo que acompanhou a imagem da Virgem de Nazaré pelas águas da Baía do Guajará, na 26ª Romaria Fluvial. Como já é tradição, a imagem de Nossa Senhora foi conduzida dentro de uma

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redoma de vidro instalada no mirante do navio hidro-oceanográfico, “Garnier Sampaio”, da Marinha do Brasil. O Círio das Águas, como é chamado, cumpre um percurso de 10 milhas náuticas, que corresponde a 18 quilômetros, com duração de aproximadamente duas horas e meia. O governador do Estado, Simão Jatene, acompanhou a romaria fluvial do Círio de Nossa Senhora de Nazaré.

Agência Flutante do Banco do Brasil na Romaria Fluvial

O navio hidro-oceanográfico Garnier Sampaio

O governador Simão Jatene acompanhou a romaria fluvial pelas águas da Baía do Guajará

Duciomar Costa, recebeu a imagem da Nossa Senhora de Nazaré na escadinha do Cais do Porto, na chegada da Romaria Fluvial

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A corda na Trasladação

Trasladação Fotos: Eunice Pinto, Tamara Saré/ Ag. Pará

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or volta das 16h30 teve início de uma missa celebrada pelo arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira, no altar montado em frente ao Colégio Gentil Bittencourt, quando ele ressaltou a importância do tema escolhido para a edição 219º do Círio de Nazaré: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. “Peço a nosso Senhor que, no dia de hoje, quando celebramos esta missa que antecede a Trasladação, que acolhamos na simplicidade da nossa vida, o chamado do Senhor”. A primeira parte da procissão teve a participação de cerca de 300 jovens ajudantes da Igreja Católica, conhecidos como acólitos. Enfileirados e vestidos de branco, coube a eles dar início à romaria.

Missa da trasladação no Colégio Gentil Bittencourt

A trasladação frente ao Ver-o-Peso

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Romaria Rodoviária E

Ao longo de todo o trajeto da romaria rodoviária, cada centímetro foi disputado pelos fiéis que queriam ver a passagem da imagem peregrina

Fotos: Cláudio Santos/ Ag. Pará

ram quatro horas da manhã quando teve início, na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Graças, em Ananindeua, a missa que antecede a saída da Romaria Rodoviária que conduz a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré até o Distrito de Icoaraci. O percurso de 24 quilômetros durou cerca de três horas e atraiu mais de 20 mil veículos, entre motos, bicicletas e carros oficiais. Segundo a diretoria da Festa de Nazaré, mais de 200 mil pessoas acompanharam o trajeto que passou pela BR-316, rodovia Augusto Montenegro até a Vila Sorriso. Às 8h30 a romaria chegou ao seu destino, na Orla de Icoaraci, onde a imagem foi retirada da berlinda e levada até um palco onde uma missa foi celebrada pelo arcebispo metropolitano Dom Alberto Taveira, pelo bispo auxiliar de Belém Teodoro Tavares e pelo arcebispo emérito de Belém, Dom Vicente Zico. Dom Vicente Zico, bispo emérito de Belém, celebrou a missa do Círio Fluvial em um palco à frente ao trapiche de Icoaraci. De lá, a imagem seguiu para a Romaria Fluvial.

Ainda era madrugada quando o carro que conduzia a berlinda da Virgem deixou a Igreja Matriz de Nossa Senhora das Graças em Ananindeua

Saída do trapiche de Icoaraci, a imagem foi levada ao mirante do navio Garnier Sampaio, da Marinha do Brasil, para a romaria fluvial

No palco montado na orla de Icoaraci foi celebrada uma missa que antecedeu a romaria fluvial www.paramais.com.br

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O Círio 2011 visto do TCE

Tribunal de Contas do Estado faz programação especial de Círio Exposição Canoas de Promesseiros faz grande sucesso entre curiosos

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ma tradição que os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PA) fazem questão de manter em todas as gestões que se sucedem na corte é a forte influência que as procissões do Círio de Nazaré e todo o simbolismo que o envolve têm de positivo para os servidores católicos da instituição. Localizado num dos mais privilegiados trechos do trajeto da Trasladação e do Círio, no coração da avenida Nazaré, em frente ao Largo do Redondo, o tribunal na gestão do presidente Cipriano Sabino cumpriu todas as homenagens tradicionais à Nossa Senhora; visita da Imagem Peregrina, peregrinação interna da imagem da 12

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Em frente ao TCE www.paramais.com.br

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Exposição canoa de promesseiros

virgem, campanha de arrecadação, cantos do coral da instituição e exposição de fotografia fizeram parte das homenagens. E ainda disponibilizou uma arquibancada em frente à corte para quem quisesse assistir dali às procissões. Todavia, uma iniciativa que fez grande sucesso ano passado, e teve a maior aceitação por pedestres, católicos e curiosos em geral, foi inaugurada em setembro e segue até o final de outubro: a exposição “Canoas de Promesseiros”. A mostra simula uma romaria fluvial nos lagos artificiais do tribunal e foi produzida pelos artesãos de Abaetetuba a partir dos trabalhos com Miriti. Basta passar alguns minutos na esquina da travessa Quintino Bocaiúva com a avenida Nazaré para comprovar a aceitação da exposição. Ninguém passa indiferente ou sem admirar a arte dos artesãos de Abaetetuba. Associar os talentos desses verdadeiros artistas ao colorido das embarcações e todo o significado por trás da romaria têm sido sucesso garantido. E a aceitação se dá não somente entre católicos, mas entre turistas, crianças, adultos e curiosos em geral. “Achei essa exposição uma ideia simples e que representa bem a cultura amazônica, especialmente a relação da água com o transporte fluvial. Além desses trabalhadores tirarem os seus sustentos, eles se locomovem e reverenciam a sua pawww.paramais.com.br

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droeira”, revelou Rafael Rolatto, turista natural de Santa Catarina, em trânsito por Belém. Tal qual Rafael, bastou que a exposição tivesse início para que várias pessoas das mais variadas características passassem a observar a “romaria”. Para o presidente do TCE-PA, conselheiro Cipriano Sabino, “o Círio de Nazaré é uma manifestação de fé do povo paraense, e é fundamental a participação do Tribunal de Contas do Estado em um evento importante como esse”. Ainda segundo o presidente “o espelho d’água reflete o cotidiano das nossas vidas; é como se estivesse vindo a procissão dos ribeirinhos promesseiros à Belém para participar deste ato de fé que é o Círio de Nazaré”, encerrou. Idealizador da mostra, o conselheiro Nelson Chaves disse que: “essa exposição dos barcos de Miriti, inaugurada ao mesmo tempo que as fotografias do Círio e os cantos de abertura do Coral do TCE, me

deixam muito feliz. Afinal, os brinquedos e demais peças de Miriti fazem parte das nossas vidas e cultura. Este é um momento não só católico mais ecumênico para todo o povo paraense e o TCE-PA”. Abrir oportunidade para artistas paraenses apresentarem suas obras é muito gratificante, faz parte da interação do tribunal com a sociedade, pois trabalhamos por ela” afirmou.

Fotos do Círio e Coral do TCE Durante a abertura da exposição “Canoas de Promesseiros”, as servidoras Anita Lima (TCE) e Irene Almeida do Ministério Público de Contas do estado (MPCE) apresentaram novas fotos que tiraram durante o Círio 2010. O Coral do TCE também se apresentou cantando três peças.

Trasladação e Círio

Os servidores do TCE continuaram a celebrar o Círio 2011 durante o sábado da Trasladação e no domingo da grande festa religiosa. O vice-presidente do tribunal, conselheiro Luís Cunha, reuniu família, amigos e colaboradores para louvar Nossa Senhora nas duas procissões. E caminhou até a Igreja da Sé no sábado. A conselheira Lourdes Lima participou do domingo de Círio reunindo familiares que também foram Coral TCE- apresentação exposição louvar a padroeira dos paraenses. Canoa de Promesseiros

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SÉRGIO MARTINS PANDOLFO*

(*) Médico e Escritor. ABRAMES/SOBRAMES

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CÍRIO DE NAZARÉ PATRIMÔNIO CULTURAL DO BRASIL O

“Círio de Nossa Senhora de Nazaré” em Belém do Pará, é a maior procissão religiosa do mundo, reunindo, na manhã do segundo domingo de outubro, em derredor de dois milhões de pessoas, representados por residentes, paraenses ausentes que vêm para participar da romaria e gente de todo o Brasil e até do exterior, que aqui chegam para “pagar promessas” ou como simples turistas; a multi-

dão enche as ruas do trajeto do préstito sob seus famosos “túneis verdes” de mangueiras, entoando cânticos, orando e cantando hinos, contritamente. À passagem da Berlinda nuvens de papel picado são lançadas dos prédios e fogos de artifícios saúdam a Mãe de todos os paraenses. Durante o Círio Belém transforma-se num grande templo a céu aberto. A corda que puxa a Berlinda, tracionada por milhares de devotos e peregrinos contritos, é uma das

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Márcio Santos

A maior procissão religiosa do mundo

“O Círio é uma pororoca humana na metrópole das águas”.

A igreja da Sé (Catedral de Belém), um dos mais importantes templos católicos do País, a mais magnificente edificação religiosa de Belém. O conjunto das torres e o frontão (1782) não têm paralelos no mundo luso-brasileiro

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facetas mais fortes e comoventes da romaria, que também exibe “carros” representativos de milagres e “anjos”. Do ex-presidente da Sobrames Nacional, o gaúcho (Porto Alegre) Luiz Alberto Soares, que assistiu a romaria pela TV, colhemos os seguintes depoimentos: “A massa humana se agarra com as duas mãos [à corda], dando a impressão de que não querem perder o rumo e desejam beber, naquele ato, um pouco de energia renovada. È a grandeza da fé que leva toda aquela multidão a se unir e desfilar com muita vontade”. “Mãos estendidas, em gesto de harmonia e esperança, clamam por uma bênção de Nossa Senhora de Nazaré e ao mesmo tempo emitem raios de paz e amor que se irradiam sobre as almas em comunhão” “Nossa existência é composta de grandes momentos de vitórias, escudadas em pequenos instantes de fé e coragem”. Realizado pela primeira vez em 1793, a origem

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Márcio Santos

Mãos estendidas, em gesto de harmonia e esperança, clamam por uma bênção de Nossa Senhora de Nazaré

Márcio Santos

dessa tradição remonta ao ano de 1700, quando o mestiço Plácido encontrou, às margens de um igarapé, a pequena imagem até hoje venerada na suntuosa Basílica que os padres Barnabitas e o povo paraense construíram, em sua homenagem, no local do achado. Por duas semanas um “arraial”, armado na Praça Santuário, atrai e diverte residentes e romeiros. Os brinquedos de miriti, feitos de uma palmeira da região, são uma atração à parte para a garotada, característicos dessa quadra. Esse “fenômeno” constitui-se no mais expressivo símbolo da identidade parauara e parte integrante de seu patrimônio cultural, a ponto de, recentemente, o IPHAN haver procedido ao seu tombamento como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Pelo congraçamento e celebrações, que inclui mesa farta e culinária peculiar, o Círio é considerado como o “Natal dos Paraenses” e um dos mais fortes argumentos de nosso parauarismo. sergio.serpan@gmail.com serpan@amazon.com.br www.sergiopandolfo.com

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30º Arte Pará

Fotos Cristino Martins e Shirley Penaforte ‒ O Liberal

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om o MHEP – Museu Histórico do Estado do Pará lotado de autoridades, convidados, artistas e público visitante, foi aberta a 30ª edição do Arte Pará, quando foi anunciado o vencedor: Geraldo de Souza Dias Filho, paulista, que recebeu o Primeiro Grande Prêmio, no valor de R$ 12 mil das mãos do governador do Estado do Pará, Simão Jatene. Na abertura da cerimônia, o curador geral do Arte Pará - Ano Trinta, Ricardo Resende, agradeceu à Fundação Romulo Maiorana (FRM), idealizadora e realizadora do evento, pela oportunidade de estar perto dos artistas e da produção paraense. “Batemos o recorde de inscritos, foram mais de 800 esse ano, e dentre eles, os melhores nomes do país em termos de arte contemporânea. Trabalhei ao lado de uma equipe maravilhosa. Reforço aqui o meu apreço ao trabalho de Roberta Maiorana,

diretora executiva da Fundação, e de Armando Queiroz, que assumiu o papel de co-curador nessa empreitada, que me deu uma chance de conhecer melhor o Pará e seus artistas”, discursou. Paulo Chaves, secretário de Estado de Cultura, falou em nome do governador. “São 30 anos de um salão dentro da Amazônia, dentro da Região Norte, dentro do Brasil. Essa história é quase uma epopéia, um fenômeno. E com o Círio aqui na porta, ouso dizer, um milagre. Em nome do Governo do Estado, eu celebro o resultado, que são essas belíssimas mostras”, disse. Paulo Herkenhoff, jurado dessa 30ª edição, lembrou da importância histórica do Arte Pará. “Esse salão guarda consigo uma parte da história da arte do Pará, e isso não é pouco. Temos esse ano uma mostra de vários olhares, de várias observações e eu posso dizer com segurança que é a edição O governador apreciou as obras expostas

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Roberta Maiorana e o governador Simão Jatene

mais bela de todas até hoje”, elogiou. Geraldo Filho, que veio a Belém acompanhar a montagem das exposições, recebeu seu prêmio pela pintura “O Livro Docente” das mãos de Simão Jatene. “É a minha segunda vez aqui, sendo que a primeira ocorreu há muitos anos. Gostei de ver a inserção do meu trabalho no contexto da exposição. Estou gostando do que estou vendo. Moro um pouco longe mas ver essas obras juntas me mostra que a distância é pouca entre as linguagens e as formas de se expressar. E claro, aproveitei para esticar a estadia e conferir o Círio de Nazaré, que já percebi ser algo que realmente transforma a cidade”, revelou. Por sua vez, o governador parabenizou o salão por suas três décadas de existência e lembrou que ele compõe a base de um grande diferencial. “A cultura diferencia, é capaz de proporcionar a construção de uma sociedade melhor”, afirmou. Antes da abertura solene, as autoridades presentes foram convidadas a passear pelo MHEP e conhecer os trabalhos expostos. Jatene e a primeira-dama, Ana Jatene, e www.paramais.com.br

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Rose e Rosangela Maiorana, a primeira dama Ana Jatene e o governador Simão Jatene; o secretário Paulo Chaves; Roberta Maiorana; Adnan Denamachki e esposa

os secretários Paulo Chaves (Cultura), Joaquim Passarinho (Obras Públicas) e Ney Messias (Comunicação) estavam entre os que conferiram as obras em primeira mão. Simultaneamente, também foi aberta a exposição do Museu da Casa das Onze Janelas. No dia seguinte, as mostra do Museu Paraense Emílio Goeldi (Mpeg), e do Museu da Universidade Federal do Pará (Mufpa).

Geraldo de Souza Dias Filho, vencedor do grande Prêmio e sua Obra

No MHEP conhecendo os trabalhos expostos

Serviço: Arte Pará - Ano Trinta, quatro exposições: Museu Histórico do Estado do Pará (Mhep), Museu da Casa das Onze Janelas, Museu Paraense

Autoridades e personalidades na abertura do 30º Arte Pará

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Governador Simão Jatene cumprimenta e entrega o grande Prêmio a Geraldo de Souza Filho

Emílio Goeldi e Museu da Universidade Federal do Pará (Mufpa). Visitação aberta até 6 de dezembro. Patrocínio: Marko Engenharia, Supermercados Nazaré, Esamaz e Unimed Belém. Apoio: Governo do Estado do Pará / Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e Secretaria de Estado de Obras (Seop), Sindicato das Empresas de Transporte de Belém (Setrans-Bel), Pomme’Dor, Mendes Comunicação e Tintas Veloz.

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Apresentação da cantora Julia na Sinimbú no Teatro Gasômetro, em Belé m

Fábio de Melo Fafá de Belém e ré em Todo Canto za Na m ra rra ce en

Nazaré em

Todo Canto Fotos: Alessandra Serrão, Cláudio Santos, Eliseu Dias, Eunice Pinto/Ag. Pará

O

Círio é o amor por Nossa Senhora de Nazaré e também uma manifestação cultural do nosso Estado”, disse o cantor e pesquisador Thiago Rocha, ao iniciar a apresentação do grupo “Sabor Marajoara”, primeira atração do projeto “Nazaré em Todo Canto” no anfiteatro do

Segurança 2 horas

Parque da Residência. No repertório de música e dança do grupo, muito carimbó, lundu e siriá, além de boi, samba de cacete e candomblé. Para Thiago Rocha, é importante apresentar as diversas manifestações culturais do Estado, incluindo a cultura afro, pois também considera o folclore um instrumento de

combate à intolerância. “Quando a gente vê a plateia aplaudindo uma apresentação que encena o candomblé, por exemplo, significa que essas pessoas respeitam e admiram essa cultura”, disse ele. Após o grupo Sabor Marajoara começou o show de Gláfira Lobo, no palco da Estação Gasômetro. Com borboletas na cabe-

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No Píer das Onze Janelas

ça, a cantora não lembrava em nada o estilo rock and roll de quando integrava a banda Álibi de Orfeu. Nem na aparência e nem no repertório, de músicas quase infantis que integram o novo CD da artista, previsto para ser lançado em dezembro deste ano. “Eu estou em outro momento da minha carreira, voltando pra música popular brasileira e paraense. Eu preciso que as pessoas vejam esse novo trabalho, e fiquei muito feliz com esse convite”, contou Gláfira.

Apresentação da

cantora Gláfira

Frutos do Pará, no Anfiteatro do Gasômetro

Divulgação Para a cantora, é importante a iniciativa do governo do Estado de levar música e arte para todos os cantos de Belém. “O turismo é a melhor forma de ganhar dinheiro. E ações como essa divulgam o trabalho dos artistas”, acrescentou.

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rônica

Lú Guedes e Orquestra Elet

Juliana Sinimbu, segunda cantora a se apresentar no palco da Estação Gasômetro, também disse estar contente em participar do “Nazaré em Todo Canto”. “É um presente e uma honra ter sido escolhida, junto com esse elenco de artistas maravilhosos, para participar da programação, que está bem variada”, afirmou. A administradora Raquel Moraes também aprovou a programação. Segundo ela, “o show da Gláfira e da Juliana foram ótimos”. “O Nazaré em Todo Canto é em todo canto mesmo! A cidade está repleta de atrações, e a dessa noite em particular foi uma das melhores”, acrescentou a universitária Jaqueline Peixoto.

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Apresentação do cantor Alm

irzinho Gabriel

Estação Seresta, no Coreto do Parque da Residência

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Apresentação da Orquestra Rabeca, de Bragança

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Concerto Mariano marca a participação da FCG no Círio de Nazaré >>

por Maria Christina

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Coro Carlos Gomes fez sua tradicional homenagem à Nossa Senhora de Nazaré, padroeira dos paraenses, com um Recital Mariano na noite da última quinta-feira, 6, e ofereceu ao público que lotou a Catedral Metropolitana uma apresentação requintada com um programa repleto de obras sacras de grandes nomes da literatura musical. A soprano Marianne Lima iniciou a récita com um delicado solo da “Ave Maria”, do compositor espanhol Tomás Luis de Victoria, acompanhada pelas 20 vozes que compõem o coro. Três Salve Reginas, de Schubert, Poulenc e Fauré, e a “Ave Maria Stella”, de Grig, compuseram a primeira parte do concerto.

A Catedral Metropolitana recebeu o concerto Mariano que emocionou o público presente

O Coro Carlos Gomes foi regido pela maestrina Maria Antonia Jimenez

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A catedral estava lotada de fiéis que participaram da homenagem à Virgem de Nazaré

Após o breve intervalo foi apresentada a “Missa Amazônica em Homenagem à Virgem de Nazaré”, de autoria de Amilcar Pimenta Gomes, obra que transmite o sotaque paraense impresso nos nove movimentos constituintes e mistura valores do culto litúrgico com elementos da nossa tradição musical, podendo ser identificados em sua estrutura ritmos regionais como o carimbó e o lundu. O Coro Carlos Gomes apresentou a Missa com a participação especial do cantor Nilson Chaves, executando o Canto de Entrada, e contou com a presença do Coral Vozes da Amazônia, da soprano Thaina Souza e do tenor Adamilson Abreu.

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Participação especial do cantor Nilson Chaves, executando o Canto de Entrada

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pressar a fé e Uma forma de ex és das várias av atr de ida religios as expressões artístic

Irreverência total.

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Fotos: Alessandra Serrão/Ag. Pará

ais de 15 mil pessoas prestigiaram a encenação reunindo dança, música, artes plásticas e cênicas em uma manifestação popular que homenageia a Virgem de Nazaré, na sexta-feira que antecede a festa do Círio. “Pavilhão de Flora” foi o tema do Auto do Círio 2011, um dos maiores espetáculos teatrais a céu aberto do país. Cortejo que mistura o sagrado e o profano, a manifestação reúne atores, músicos, bailarinos, artistas plásticos e interessados

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Auto do Círio.indd 24

o d o Aut em participar dessa grande festa que percorre as ruas da Cidade Velha, no centro histórico de Belém. Este ano, mais de 300 pessoas estiveram envolvidas diretamente na apresentação do Auto, que integra a programação do Círio de Nazaré desde 1993. Entre os artistas que participaram do espetáculo este ano estiveram a Orquestra de Violoncelos da Amazônia, a cantora Iva Roth, o músico Salomão Habib, o Grupo

Parafolclórico do Sesc, Dominguinhos do Estácio, Meio Dia da Imperatriz, Companhia de Dança Moderno, Companhia de Dança Ballare, Grupo Etnias, Bateria da Escola de Samba Quem São Eles e Bole Bole, Palhaços Trovadores e Banda Cocota de Ortega, entre outros. Para o Padre Roberto Cavalli, da Catedral da Sé, o Auto do Círio já é uma tradição do Círio de Nazaré e “É uma bela manifestação cultural do povo paraense.

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ra o Cortejo que mistu no sagrado e o profa

o Círio

Auto do Círio é um dos maiores espe culos teatrais táreconhecido pelo a céu aberto do país e é IPHAN como patri mônio imaterial de Belém

to do calenO Auto é um even l da cidade ra ltu cu dário

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Circuito Mineração da Vale

ontado na estrutura itinerante do caminhão Vale, o Circuito Mineração 2011, está na Praça Dalcídio Jurandir, na Cremação, esquina da Rua São Miguel com a Nove de Janeiro. O espaço é aberto ao público em geral, mas os mais jovem é que fazem a festa, aproveitando o “Espaço das Descobertas”, um ambiente multimídia, equipado com jogos e vídeos interativos, como mesa interativa e realidade aumentada, aliando diversão e

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conhecimento. A iniciativa teve o objetivo também, de apresentar as riquezas e as potencialidades minerais do estado. O Circuito Mineração incluiu também a realização de um workshop voltado a professores de Geografia, Ciências, Química e Física, ministrado por um educomunicador. Com a idéia de contribuir para que tema mineração possa ser abordado sob o viés atual da atividade, que dispõe de recursos e tecnologia de ponta para se desenvolver.

Mineração com interatividade Para fazer com que o personagem na tela se movimentasse, era necessário pisar forte no tapete do chão, para fazer com que o personagem na tela se movimentasse. Os controles do jogo eletrônico estavam localizados sobre esse tapete no chão. O jogador, dessa maneira, determinava para que direção a personagem deveria seguir. Tudo isso sem tirar os olhos da tela. Podia

A situação

Todos os jogos, vídeos e exposições interativas forneciam informações básicas sobre a mineração para o público presente, na grande maioria de crianças e adolescentes 26

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Todos os jogos, vídeos e exposições interativas forneciam informações básicas sobre a mineração para o público presente, na grande maioria de crianças e adolescentes

assim, levar o alumínio para a fábrica para virar um brinquedo. Em outra parte da exposição, alunos se divertiam com uma imensa tela sensível ao toque humano (touch screen) que respondia aos dedos ágeis das crianças mostrando vídeos sobre o manganês, o ferro e outros minérios. Todos os jogos, vídeos e exposições interativas forneciam informações básicas sobre a mineração para o público presente, na grande maioria de crianças e adolescentes. Conheciam dessa maneira gostosa e lúdica, um pouco mais sobre a participação da Vale na transformação do minério em produtos vitais para o dia-a-dia.

Prestando toda atenção...

Dessa maneira gostosa e lúdica, conheciam um pouco mais sobre a participação da Vale na transformação do minério em produtos vitais para o dia-a-dia

A iniciativa teve o objetivo também, de apresentar as riquezas e as potencialidades minerais do estado www.paramais.com.br

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Os mais jovens é que fazem a festa Pará+ 27

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Praça Batista Campos ganha iluminação especial para o Círio >> om o objetivo de concretizar a concepção de que Círio é o “Natal dos Paraenses”, a Praça Batista Campos, no centro de Belém, foi especialmente iluminada com elementos natalinos. Fruto do projeto paisagístico “Um Presente para Belém”, da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), em parceria com a Diretoria da Festa de Nazaré e a Associação dos Amigos da Praça Batista Campos, a inauguração da ornamentação contou com a presença do governador Simão Jatene. “Mais até do que o próprio resultado, nós temos mesmo é que festejar a iniciativa, que partiu da própria sociedade. Mais uma vez a nossa gente mostra que toda a semente que aqui for plantada, germinará, porque o povo do Pará é fértil na busca por uma sociedade mais justa, mais moderna. Não apenas no Círio, mas sempre”, afirmou o governador, que ainda fez questão de agradecer a população e parabenizar a inciativa. “Esse é um presente para àqueles que acreditam no Pará”, ressaltou. Ornamentado com cinco quilômetros de iluminação, na maioria das 213 árvores da praça, o projeto arquitetônico de de-

por Amanda Engelke

O governador Simão Jatene fala durante a inauguração do projeto “Um presente para Belém”

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coração é assinado pelas arquitetas Patrícia Matos e Roseane Gil. De acordo com elas, a ideia era transformar a praça em uma grande árvore, como objetivo de fazer alusão às duas festas religiosas: o Círio e o Natal. “Quem já sentiu pelo menos uma vez a emoção do Círio, entende essa tradição que se mantém no Estado. O Pará é o único que tem o privilégio de ter dois natais”, explica Roseane. Além do governador, o superintendente regional do Serviço Social da Indústria (Sesi) do Pará, José Olímpio Bastos, o idealizador do projeto; o presidente da

Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), José Conrado; e o coordenador da Diretoria da Festa, César Neves, também participaram da cerimônia de inauguração. Anunciando a chegada do Círio, a cantora Fafá de Belém emocionou quem assistia o ato, ao cantar as músicas “Vós Sois o Lírio Mimoso” e “Virgem de Nazaré”. A iluminação na praça permanecerá no local até o Recírio. A partir do dia 1º de dezembro ela volta a ser acesa todas as noites do mês, até o dia 12 de janeiro, data do aniversário de fundação de Belém. A iluminação remete ao “Natal dos paraenses” e ficará instalada na praça até o aniversário de Belém, no ano que vem

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Frente Suprapartidária mobiliza em Defesa do Pará Movimento reúne parlamentares empresários, artistas, acadêmicos, estudantes e trabalhadores paraenses. s paraenses vivem um momento histórico, comparado somente à adesão do Estado à Independência do Brasil, em 15 de agosto de 1823. Diante disso, a Frente em Defesa do Pará quer levar a toda a sociedade informações que esclarecem os motivos que justificam a não divisão do Pará, com a criação dos estados do Tapajós e Carajás. A Frente em Defesa do Pará defende a manutenção do Estado paraense, acreditando que a união leva ao desenvolvimento. O potencial hídrico e mineral, a biodiversidade, turismo, agroextrativismo, pecuária, avicultura, pecuária e agricultura são algumas das riquezas paraenses, que resultam em números que colocam o Pará na rota do crescimento. O estado tem o maior PIB da Região Norte, quase R$ 50 bilhões, e o 3º maior saldo da balança comercial brasileira, sobretudo para China (31,42%), Japão (10,74%) e Estados Unidos (7,48%), segundos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Sobre a geração de empregos para a mão-de-obra paraense, segundo a Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), um total de 123.950 mil novos postos de trabalho deverão ser criados até 2012. Nesse contexto, a frente realiza palestras, reuniões, encontros comunitários, shows artísticos, mobilizações públicas para garantir que não falte conhecimento aos eleitores paraenses na escolha do plebiscito, marcado para o dia 11 de dezembro deste ano. Artistas, intelectuais, empresários, entidades de classe, associações já aderiram a essa causa: Associação Comercial do Pará (ACP), Conselho Regional de Economia (CORECON), Conselho Regional de Administração, Centro das Indústrias do Pará (CIP), Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Instituto Helena Coutinho, Centro Acadêmico Edson Luiz – UFPA, Clube de Engenharia, Sindicato

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dos Contabilistas do Pará, Sindicato dos Químicos do Pará, Federação dos Trabalhadores da Indústria Imobiliária e da Construção Civil do Pará, Sindicato dos Açougueiros do Pará, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Associação dos Magistrados do Estado do Pará, entre outras entidades. O deputado federal Zenaldo Coutinho é presidente da Frente, com Sérgio Bitar, presidente da Associação Comercial do Pará (ACP), como vice-presidente.

A Frente é composta também por reconhecidos empresários, profissionais de diversas áreas do conhecimento, políticos, artistas. Compõem a vice-presidência também Ophir Cavalcante Junior, presidente da OAB Nacional; Cezar Mattar Junior, presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP); José Conrado, presidente da Federação das Indústrias do Pará (FIEPA); Lucinha Bastos, cantora paraense; Aguinaldo Alcântara, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e Mobiliário do Pará e Amapá (FETRACOMPA). O diretor secretário é Eduardo Costa,

presidente do Conselho Regional de Economia do Pará (CORECON-PA); como diretor financeiro Roberto Reis, ex-superintendente aposentado do Banco Central; a diretora adjunta financeira é a empresária Ana Maria Santiago; no Conselho Fiscal, José Maria Mendonça, presidente do Centro das Indústrias do Pará (CIP), Regina Vilanova, presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Pará (CRCPA) e a empresária Ciane Barros. O lançamento da aconteceu no último dia 12 de setembro, como determina a resolução do Tribunal Superior Eleitoral. A publicidade do movimento pela manutenção do Pará é feita por quatro das maiores agências genuinamente paraenses em atividade: Galvão, Gamma, Griffo e Mendes, que foram convidadas pela Frente e associaram-se em torno da marca GGGM PARÁ para planejar, criar e produzir a campanha que vai defender a bandeira paraense contra a divisão do Estado. O consórcio GGGM PARÁ não cobrará pelos seus serviços, colocando à disposição da Frente, além do seu entusiasmo pela causa, os melhores profissionais de cada Agência. As agências somam juntas o maior número de prêmios de criatividade já conquistados pela publicidade do Pará. A Frente em Defesa do Pará foi lançada em um grande evento no dia 2 de junho deste ano, que reuniu centenas de pessoas na sede da ACP, em Belém, onde está localizada também hoje a sede da frente, localizada no 4º andar do prédio, na avenida Presidente Vargas, Centro de Belém. Novas adesões podem ser feitas no local, que também é ponto de referência para os interessados em conhecer as causas em defesa do Pará. O telefone para contato é 4005.3909. www.defesadopara.blogspot.com

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Prefeitura combate poluição visual em Belém >>

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esgatar os espaços públicos e o direito de ir e vir com garantia da integridade física da população é o objetivo principal das ações que vem sendo realizadas pela Prefeitura de Belém no sentido de cumprir a lei municipal 8.106/2001, que determina o ordenamento da veiculação de propaganda ao ar livre no Município de Belém. Com o cumprimento da lei, a Prefeitura combate a poluição visual,preserva o patrimônio histórico,o meio ambiente e a fluidez no deslocamen-

por Comus

to de veículos e pedestres. O trabalho executado pelas Secretarias Municipais de Economia (Secon) e de Meio Ambiente (Semma), começou com um levantamento nas principais vias da cidade. A partir disso a operação foi dividida em três etapas. O primeiro passo foi notificar diretamente, por meio de edital publicado em jornal de grande circulação, uma vez que alguns equipamentos não possuíam identificação. Neste edital, foi estabelecido um prazo de sete dias após a publicação para a retirada das publicida-

des irregulares. A segunda etapa teve início no dia 06 de agosto e consistiu na adesivagem dos equipamentos onde foi detectado algum tipo de irregularidade. Foram adesivadas em média 120 equipamentos e estabelecido um novo prazo, de sete dias.A ação começou pela Av. Visconde de Souza Franco (Doca) e percorreu posteriormente as avenidas Almirante Barroso, Augusto Montenegro, Pedro Álvares Cabral e Pedro Miranda. A terceira etapa, iniciada no dia 08 de seOperação Secon na Av Almirante Barroso

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Despoluindo...

Ainda Av Almirante Barroso

tembro, retirou as propagandas e equipamentos já adesivados e que não se regularizaram. Dos 120 casos de publicidades notificadas, cerca de 40% foram feitas em função de irregularidades técnicas, e por conta disso, as mídias foram retiradas. Esta etapa iniciou na Av. Almirante Barroso e prosseguiu nas avenidas Visconde de Souza Franco, Conselheiro Furtado, Rua dos Pariquis e Gama Abreu, e travessas Antônio Barreto, São Pedro e Tiradentes. Foram retirados cerca de 15 equipamentos irregulares. Alguns proprietários das áreas onde os equipamentos irregulares estão instalados, não permitem a entrada dos agentes da Secon, para a retirada dos mesmos. Para que o objetivo da operação seja alcançado, a Secon ingressou junto à Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos para que a operação seja cumprida dentro da legalidade Os estabelecimentos são notificados, com base no art. 134º do Código de Postura, que proíbe a colocação de cartazes, anúncios e faixas contendo ou não propaganda comercial, nem a fixação de cabos ou fios nos postes ou nas árvores dos logradouros públicos. O material irregular é devolvido aos donos dos estabelecimentos, que também são orientados como regularizar as propagandas. Todas as ações desenvolvidas pela Prefeitura por meio da Secon e da Semma tiveram o apoio da CTBel, Seurb, Ordem Pública,Divisão Especializada em Meio Ambiente (Dema) da Polícia Civil e Guarda Municipal.

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Frutal Amazônia e Flor Pará 2011 Agricultura e Inovação: Rota para o Desenvolvimento Sustentável Fotos: Cristino Martins, Eliseu Dias, Eunice Pinto e Tamara Saré/Ag. Pará

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ealizadas pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura (Sagri), e pelo Instituto de Desenvolvimento da Fruticultura e Agroindústria (Frutal), as duas maiores exposições de flores, frutas e agroindústria do Norte do país, foram abertas pelo governador Simão Jatene, em solenidade realizada no Hangar - Cen-

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tro de Convenções e Feiras da Amazônia. Cerca de 300 estandes, vitrines do potencial e da qualidade da produção paraense e de outros estados da região amazônica, mostravam o uso da inovação tecnológica como estratégia para se chegar ao desenvolvimento sustentável como mensagem da Frutal Amazônia e da Flor Pará. Com o tema “Agricultura e Inovação: Rota

para o Desenvolvimento Sustentável”, o evento divulga as novas tecnologias de cultivo, com base no modelo de agricultura sustentável. “A Frutal e Flor Pará são alternativas para geração de emprego e renda e essa é a única forma de enfrentar os maiores inimigos da Amazônia e do Pará, que são a pobreza e a desigualdade”, disse o governador a uma platéia de quase

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500 pessoas, principalmente agricultores. O presidente do Instituto Frutal, Euvaldo Bringel, lembrou que a consolidação da Frutal no Pará só foi possível graças à coragem e determinação de Simão Jatene, que acreditou no projeto, em 2006. “O desenvolvimento sustentável é um esforço que pode, sim, ser alcançado. Tanto o é que o Pará, este ano, alcançou um saldo, que jamais foi atingido antes em relação aos empregos formais. E o fez tendo o desmatamento reduzido em 38%”, enfatizou Jatene, que recebeu do presidente do Instituto Frutal uma placa de agradecimento. “O queremos é, sobretudo, dar visibilidade ao esforço feito pelo governo e pelos produtores, entendendo ciência e tecnologia como elementos valorosos para a construção do desenvolvimento que queremos no Pará e na Amazônia”, destacou o secretario de Estado de Agricultura, Hildegardo Nunes. Já o deputado federal Wandenkolk Gonçalves, que era secretáA cerimônia de abertura da Frutal e Flor Pará reuniu diversas autoridades e representantes do segmento no Estado

O governador Simão Jatene e o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Afonso Florence, durante cerimônia do lançamento do Plano Safra da Agricultura, na programação da Feira Frutal Amazônia e Flor Pará 2011

rio de Agricultura à época do lançamento dos dois eventos, reconheceu o crescimento do setor com o advento das duas feiras. “A fruticultura e floricultura paraenses ganharam mais visibilidade com a Frutal e o Flor Pará, assim como a produção familiar”.

O diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Mario Moreira, lançou a campanha contra febre aftosa, que será realizada em novembro, e o Programa Pará 100% Livre de Aftosa. O Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Francisco Jardim, anunciou que o Pará e os estados do Nordeste serão áreas livres com vacinação até 2012. Ainda sobre a questão da defesa sanitária animal, o presidente da Federação da Agricultura do Pará (Fae-

Hildegardo Nunes, secretário de Estado de Agricultura, durante o Frutal Amazônia e Flor Pará 2011

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Afonso Florence, ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), no lançamento do Plano Safra da Agricultura

Agricultores foram presenças honrosas na cerimônia de lançamento estadual do Plano Safra

pa), Carlos Xavier, lembrou que Simão Jatene foi o único governador que visitou a Organização Internacional de Epizotias (OIE) e conseguiu a certificação para as regiões sul e sudeste do Estado. Representando o Ministro da Agricultura, o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento, Evangevaldo dos Santos, reconheceu a Frutal e a Flor Pará como um fórum de transferência de tecnologia. “Elas interagem com os mercados nacional e internacional por meio de atividades modernas, rentáveis e geradoras de emprego nas comunidades rurais”, disse. Já Hildegardo Nunes destacou no âmbito do desenvolvimento sustentável o programa Municípios Verdes, eixo principal da produção agroextrativista e uma das diretrizes do governo. “Não há integração sem participação, por isso os secretários municipais de Agricultura tem papel decisivo na estratégia de recuperar a capacidade de produzir alimentos com qualidade”, disse o secretário. Ainda durante a abertura da feira, o governador Simão Jatene assinou o protocolo do Programa de Desenvolvimento da Cacauicultura no Pará e sancionou a lei de certificação da produção artesanal. “Essa lei reconhece o trabalho da produção artesanal e familiar que precisa ser respeitado e agora vai entrar no mercado pela porta da frente. Com isso, o Estado ganha um novo dispositivo para incrementar a sua cadeia produtiva animal e vegetal”, disse Jatene. Para o titular da Sagri, o dispositivo vem ao encontro a uma política agrícola de inovação, integração e participação. “Precisamos desenvolver a capacidade de produção do paraense, garantindo o amplo acesso de seus produtos ao público. Não existe inovação sem integração e participação. Essa é uma lei extremamente importante, pois representa uma quebra de paradigma quanto à valorização da agricultura familiar, do pequeno produtor”, destacou Hildegardo Nunes.

E t Tor a

Apreciando... 34

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institucionais de apresentação de programas e projetos executados pelo órgão. Agricultores vão fornecer produtos para merenda escolar do Estado

Governador Simão Jatene e o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Afonso Florence, visitam a feira

Plano Safra fortalece ações de agricultura familiar no Pará

Emater no Frutal Amazônia 2011 Para os quatro dias de Frutal Amazônia Flor Pará, a Emater organizou a Feira da Agricultura Familiar. Segundo o diretor administrativo da empresa, Rodrigo Mendes, foi um investimento de R$ 249 mil, em um trabalho que durou três meses. Ao todo, estão expondo produtos vindos diretos do campo, 31 expositores divididos

em 14 estandes. Para José Sinval, coordenador da feira, esta será uma oportunidade para mostrar produtos de qualidade que comprovam a potencialidade da produção rural do estado. Cerca de 250 agricultores foram presenças honrosas na cerimônia de lançamento estadual do Plano Safra 2011/ 2012. Muitos se encantaram com o estande da Emater de 480 metros quadrados, que apresenta produtores e seus produtos e mais núcleos

O governo do Estado efetivou na oportunidade, uma importante ação de impulso ao desenvolvimento regional, ao mesmo passo em que apresentou novidades ao cardápio da alimentação escolar. Como parte da programação do lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/ 2012, o secretário de Estado de Educação, Cláudio Ribeiro, assinou contrato com sete associações e cooperativas representantes da agricultura familiar de várias regiões parenses.

Termo de cooperação entre a Paratur, SAGRI, FAEPA e a EMATER, foi assinado em prol do turismo do turismo rural do Estado

O ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Afonso Florence, entrega título de terra para agricultores

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Saiu o primeiro pagamento do Bolsa Verde O

pagamento do Programa Bolsa Família começou com uma novidade: além de R$ 1,5 bilhão que ficaram disponíveis para 13,1 milhões de famílias até 31 de outubro, mais R$ 1 milhão também foram transferidos a 3.577 beneficiários que moram na Amazônia Legal. Foi o primeiro volume de recursos do Programa de Apoio à Conservação Ambiental, conhecido por Bolsa Verde, que reforça o combate à extrema pobreza aliado a ações de preservação do meio ambiente. Ambas as ações integram o Plano Brasil Sem Miséria. O valor por família é de R$ 300 por trimestre, desde que elas tenham renda mensal de até R$ 70 por pessoa e se comprometam a adotar ações de conservação do meio ambiente. O recurso será somado ao benefício do Bolsa Família, que varia entre R$ 32 e R$ 306, de acordo com perfil

Bolsa Verde – Outubro/2011

Unidades de Conservação de Uso Sustentável

Flona Macauã Resex Alto Juruá

Resex Cazumba-Iracema Resex Auati-Paraná Resex Baixo Juruá Resex do Rio Jutaí Resex Lago do Capanã Grande Resex Médio Juruá Resex Cururupu Resex Chapada Limpa Flona Saracá Taquera Resex Tapajós Arapiuns Resex Araí Peroba Resex Caeté Traperaçu Resex Chocoaré Mato Grosso Resex Mãe Grande Curuça Resex Marinha de Soure Resex São João da Ponta Resex Tracuateua Resex Verde para Sempre Flona Jacundá Resex Barreiro das Antas Resex Lago do Cuniã Resex Rio Cautário Total

UF

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Famílias por Estado 157

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PA

2.984

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13

O Bolsa Verde deverá beneficiar 73 mil famílias até 2014

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Município

Sena Madureira Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Tarauacá, Jordão Sena Madureira, Manoel Urbano Fonte Boa Juruá, Uarini Jutaí Manicoré Carauari Cururupu, Serrano do Maranhão Chapadinha Faro, Oriximiná, Terra Santa Aveiro, Santarém Augusto Corrêa Bragança Santarém Novo Curuçá Soure São João da Ponta Tracuateua Porto de Moz Porto Velho, Candeias do Jamari Guajará-Mirim Porto Velho Guajará-Mirim 30 Ucs

Famílias em outubro/11 4 72 81 51 50 50 52 33 154 33 39 481 295 1100 69 440 389 22 79 70 1 1 9 2 3.577

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

econômico e o total de crianças e adolescentes de até 17 anos. A princípio, receberão o Bolsa Verde apenas famílias da Amazônia Legal que morem em unidades de conservação federais. O objetivo do governo federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente, é atender a 18 mil famílias até o fim do ano e chegar a 75 mil em 2014.

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Melhoria na qualidade de vida marajoara >>

por Kenny Teixeira

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Pais é a prova de que é possível produzir na Amazônia sem desmatar. E ainda oferecer desenvolvimento sustentável para agricultores familiares, de forma independente, garantindo a subsistência e a comercialização do excedente”, assim definiu o idealizador do projeto Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais), o engenheiro agrônomo senegalês Aly Ndiaye. No Brasil, já foram implementadas mais de 10 mil unidades do “quintal agroecológico”, e até o final do ano serão implantadas mais 140, na ilha do Marajó, pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater). Por meio de um convênio firmado entre o Ministério de Desenvolvimento Social e a Emater, o Pais está sendo implantado no arquipélago do Marajó até o final do ano, garantindo a promoção social e econômica da região – que apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais baixo do Pará. Através da Emater serão entregues 141 kits para a construção do espaço físico do projeto. “A partir daí o agricultor não terá mais nenhum gasto, já que a proposta do projeto é a auto-sustenQuintal agroecológico

Quintal Agroecológico. Taiobas na área de escoamento de água de telhado

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tabilidade”, disse Aly. Ao todo serão beneficiadas 140 famílias agricultoras de sete municípios marajoaras – Soure, Salvaterra, Cachoeira do Arari, Santa Cruz do Arari, Ponta de Pedras e Muaná - pertencentes à área de abrangência do Consórcio de Segurança Alimentar e Desenvolvimento da região do Arari, o Consad – Arari, promovendo o desenvolvimento sustentável de comunidades pertencentes à ilha do Marajó, visando a melhoria da alimentação e nutrição populacional. Desde a última segunda-feira, os chefes dos escritórios locais da Emater dos sete municípios estão participando de um curso para aprender a construir a primeira unidade de Pais da empresa, localizada na Unidade Didática Agroecológica do Nordeste Paraense (UDB), em Bragança, ministrado por Aly Ndiaye, com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) . Segundo o agrônomo, na verdade, esta semana será de trocas de experiências, já que é o momento de adequar o projeto à realidade local, com os elementos utilizados pelos agricultores familiares paraenses.

Ao todo serão beneficiadas 140 famílias agricultoras de sete municípios marajoaras – Soure, Salvaterra, Cachoeira do Arari, Santa Cruz do Arari, Ponta de Pedras e Muaná

Segundo o engenheiro agrônomo Guilherme Saldanha, supervisor adjunto do Regional da ilhas da Emater - que compreende as localidades trabalhadas no Consad-Arari, como próximo passo os técnicos já capacitados servirão de multiplicadores para as comunidades. “Os 20 Pais que serão montados, uma unidade em cada uma das sete localidades, serão construídos em forma de mutirão. Assim, finalizaremos em breve as 140 famílias beneficiadas, conforme previsto no convênio com o MDS”, afirmou. (*) Ascom Emater

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O sistema de produção do Quintal Agroecológico consiste em um modelo que integra a produção de hortaliças, fruticultura e a criação de animais dentro de um manejo que viabiliza a sua exploração do ponto de vista econômico, social e ambiental

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Hasteamento da Bandeira

II Jogos das Ilhas estimulam aprendizado sobre cultura ribeirinha >>

por José Luis Miranda

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omeçou na Ilha do Combu, o II Jogos das Unidades Pedagógicas Municipais das Ilhas Grande, Combú, Mosqueiro e Várzea. O tema deste ano foi “Brincando e aprendendo com a cultura ribeirinha das ilhas”. A abertura teve a participação de seis UPs: Santo Antônio, São José, Nossa Senhora dos navegantes, São Benedito, Nazaré e Combu. Após o hasteamento das bandeiras, cada UP fez uma apresentação artística com temas ligados à realidade ribeirinha, como dança do açaí, histórias cantadas no rit-

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As modalidades em disputa: jogos das 5 pedras, pedra no buraco ou passarinho no ninho, empinar pipa dentro do casco, subida no açaizeiro, quem faz a peconha mais rápido, debulhar o açaí e corrida com a peconha. No final os alunos e professores, que participaram do evento, puderam apreciar a apresentação do projeto “Música nas Ilhas entre a partitura e a floresta” da Ong inglesa Amazonarte, que é coordenada pelo brasileiro e violoncelista Diego Carneiro.

Fotos: Ascom Semec

mo de carimbó, dança da peneira e a interpretação da música “Esse rio é minha rua”, simbolizando os caminhos que são utilizados no dia-a-dia dos moradores das ilhas de Belém. Para a coordenadora da UPs nas Ilhas, Eliana Pojo, a Secretaria Municipal de Educação (Semec) cria com os jogos, uma sensibilidade ambiental e busca uma integração das unidades educacionais através das atividades de educação física. Ela afirma que esse ano, 600 alunos estarão envolvidos nos jogos e que todos serão premiados pela participação.

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Durante o Amazonart

UP São José - histórias cantadas

Ele reside há mais de 10 anos na Europa, mas vem periodicamente ao Brasil para desenvolver as ações. O projeto tem o apoio da Prefeitura de Belém. Ao longo dos anos, a Amazonarte já ganhou três prêmios internacionais e beneficiou muitas pessoas com o repasse de bens doados por voluntários diversos. Em função da distancia, a abertura dos jogos para as UPs de Mosqueiro, Maria Clemildes e Mari-Mari, aconteceu na UP Mari-Mari. Delegação da UP Cumbu em esse rio é minha rua Delegação da UP Santo Antônio

Delegação da UP São José

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Ministro inaugura Unidade de Saúde Fluvial no Pará Fotos: Erasmo Salomão / Ascom ‒ MS

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população ribeirinha de Santarém, no Pará, já conta com mais uma Unidade Básica de Saúde Fluvial. A embarcação, que atende com equipes da Atenção Básica, levará assistência a 15 mil pessoas de 72 comunidades ribeirinhas, nas margens do rio Tapajós. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na inauguração afirmou: “Este é o início de um grande programa nacional de unidades fluviais. O brasileiro que vive na Amazônia tem o mesmo direito à saúde que qualquer outro cidadão brasileiro”. Na oportunidade, também assinou termo de construção do hospital materno-infantil de Santarém para a Rede Cegonha, programa estratégico do governo federal, que dedica atenção integral a mães e bebês, atendidas no Sistema Único de Saúde (SUS). A unidade fluvial entrará em funcionamento ainda hoje. O Ministério da Saúde custeará essa embarcação com R$ 600 mil ao ano, assim como já faz com a Unidade Básica de Saúde Fluvial Abaré I que atende a população ribeirinha não só de Santarém, como de Belterra e Aveiro. Denominada Unidade Básica de Saúde Fluvial Abaré II, que em tupi significa “aquele dedicado aos outros”, a embarcação presta assistência na Atenção Básica às comunidades com dificuldade de acesso aos serviços de saúde, por conta das longas distâncias ou dificuldades de deslocamento e transporte. A nova Abaré II complementará o atendimento da primeira unidade. A embarcação conta com consultório médico e de enfermagem, recepção, laboratório, sala de procedimentos, farmácia, sala de vacina, cabines para os profissionais de saúde, cozinha e banheiros. Essas unidades são frutos da parceria entre a Prefeitura Municipal de Santarém e o Projeto Saúde & Alegria (PSA), com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O valor de construção da embarcação foi de R$ 480 mil. 40

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Ministro inaugura Unidade de Saúde Fluvial no Pará.indd 40

Na oportunidade, o ministro assinou termo de construção do hospital materno-infantil de Santarém para a Rede Cegonha

Descerrando a placa inaugural do Abaré II

Novas unidades fluviais O Ministério da Saúde anunciou, neste semestre, o investimento de R$ 38,4 milhões para a construção de outras 32 Unidades Fluviais de Saúde na Amazônia Legal e no Mato Grosso do Sul até 2014. “Já temos 16 propostas de unidades flu-

viais no Brasil para construção e outras 40 unidades que iremos custear”, afirmou o ministroPadilha. A previsão é que o recurso para construção das primeiras unidades seja liberado a partir de novembro. Além do valor para a construção, o Ministério também financiará com até R$ 50 mil mensais a manutenção e funcionamento das UBSs Fluviais. www.paramais.com.br

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O ministro Alexandre Padilha, Helio Franco, secretário de Estado de Saúde Pública, a prefeita Maria do Carmo, na inauguração da Unidade Básica de Saúde Fluvial Abaré II, que em tupi significa “aquele dedicado aos outros”

As embarcações desempenham um importante papel de levar assistência de qualidade às gestantes, desde o pré-natal até os dois anos de vida do bebê, além de reforçar as ações de planejamento familiar, de prevenção e controle dos cânceres de mama e de colo do útero, da hipertensão e do diabetes. As UBSs Fluviais contam com equipes profissionais formadas por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e de laboratório e também agentes comunitários que atuam na Estratégia Saúde da Família. As embarcações também poderão contar com dentista e auxiliar ou técnico de Saúde Bucal.

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Alexandre Padilha, ministro da Saúde, no evento em Santarém, no Pará

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Ações estratégicas para o enfrentamento da dengue Fotos: Valter Campanato/ABr

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Ministério da Saúde apresentou recentemente, um conjunto de ações estratégicas para enfrentamento da dengue neste verão. Entre as medidas destacam-se o incentivo financeiro a 989 municípios para qualificação das ações de prevenção e controle da doença e o monitoramento da situação epidemiológica pelas redes sociais. As novidades deste ano também contam com a ampliação da realização do LIRAa (Levantamento Rápido de Infestação por Aedes aegypti), que atingirá 556 municípios, e a revisão e atualização do protocolo de manejo clínico para atendimento de crianças e adultos com a doença. O monitoramento da situação epidemiológica pelas redes sociais irá funcionar como um sistema de vigilância complementar, possibilitando a análise, em tempo real, de informações sobre a dengue por região geográfica e municípios com população acima de 100 mil habitantes. Os alertas serão acompanhados pelo sistema de vigilância em saúde, para verificar possíveis regiões que apresentem indicativo de aumento de casos da doença. O monitoramento começa a ser feito a partir de novembro. “O Ministério da Saúde utilizará todos os meios de informação para antecipar as ações contra a dengue. As redes sociais serão usadas dentro dessa estratégia”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo ele, é preciso se preparar e agir com antecedência para reduzir os casos de dengue. O ministro explica que outra ação inovadora será o incentivo aos municípios que alcancem resultados positivos. Serão metas como a manutenção do número adequado de agentes de controle

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A ideia é promover a capacitação e formação de 66 mil profissionais

de endemias para uma maior cobertura das visitas domiciliares e na realização do LIRAa.O gestor local, na vigilância e assistência, ainda, deve notificar os casos suspeitos de dengue grave e os óbitos, além de ter uma rede de atenção primária com capacidade para atender casos na sua área de abrangência. Para receber o recurso (que corresponde a 20% a mais do valor anual do Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde), o município precisa apresentar um plano de contingência com detalhamento das ações a serem desenvolvidas. Ao todo está previsto um incremen-

to de R$ 90 milhões. “O ministério está lançando uma série de iniciativas que tem como foco o atendimento correto da população”, explica Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde. Como exemplo de medida neste sentido, cita o Guia de Orientações para Organização da Rede Assistência, que será disponibilizado para todos os estados e municípios. A estratégia também será ampliada pela sensibilização dos profissionais de saúde de unidades de urgência, emergência e atenção à básica. A ideia é promover a capacitação e formação de 66 www.paramais.com.br

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, apresenta um conjunto de ações estratégicas para o enfrentamento da dengue no próximo verão

Alexandre Padilha e Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde

mil profissionais. De acordo com o balanço epidemiológico, até setembro deste ano, foi registrada uma redução de 40% no número de casos graves da doença, 25% no número de óbitos e 24% nos casos notificados em país,

em comparação com o mesmo período de 2010.

Força Nacional O Ministério da Saúde acompanhará de O Ministério da Saúde acompanhará de perto a evolução da dengue nos estados e municípios

perto a evolução da dengue nos estados e municípios. Para os locais com alta letalidade e casos, poderão ser utilizadas ações como o envio da Força Nacional de Saúde. A pasta ainda prestará assessoria aos estados com maior risco, fará reuniões macrorregionais de mobilização nos estados, com o objetivo de intensificar as medidas de prevenção e controle, e o Grupo Executivo Interministerial definirá as ações intersetoriais do governo federal.

Circulação Viral A Dengue possui quatro sorotipos de vírus (DENV 1, DENV 2, DENV 3 E DENV 4). As atividades devigilância virológica em 2011, destacam o predomínio da circulação do sorotipo DENV 1 no país. Foram constatadas, porém, uma circulação importante dos tipos DENV 2 e DENV 4. Esse cenário, associado às condições ambientais, que permitem a manutenção do mosquito Aedes aegypti, alerta para a possibilidade de persistência da transmissão em níveis elevados do vírus no verão de 2012.

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Olga Savary:

uma mulher-raiz submersa em águas eternas Prima de Drummond, uma das introdutoras dos haicais no Brasil, nome reverenciado nacional e internacionalmente, musa dos versos celebra sua veia paraense. ais do que qualquer bálsamo, a poesia reivindica para si o líquido amniótico onde se conserva a gênese da inspiração de um artista. Embebida pelo sempre na seiva da terra em que nasceu, uma poeta paraense leva a chuva, o orvalho e a Baía do Guajará em sua alma pelos quatro cantos do mundo. Seu nome? Olga Savary. Onde realmente podemos encontrar um bairro, uma cidade, um Estado? Presos aos limites convencionais do espaço, circunscritos ao geográfico? Não... Um Estado, uma cidade, um bairro, na verdade, estão onde estiver quem os tem na alma. O lá e o aqui são meras formalidades humanas quando todas as direções nos conduzem a essência. Certamente não há qualquer paraense que possa versar melhor sobre isso que a fascinante figura que atende pelo título de Olga Savary. Uma criatura-estrofes, um lirismo intenso e úmido de água verde que, passando por cima de todas as dificuldades que a vida lhe tenha sugerido, escreveu-se poeta. Exatamente assim: poeta, e não poetisa. Simplesmente porque arte não é este ou esta, aquele ou aquela. Arte é simplesmente a poesia da ausência de gêneros. Poucas vozes portam tanto o Pará pelo Brasil e o mundo quanto a de Olga. O fato de não vermos sua presença por Belém, inventou a mentira de que a poeta encontra-se distante de sua terra natal. Olga nunca deixou de estar nessas terras. Um estar que fica evidente em sua constante defesa da Amazônia no meio artístico, no fato de se assumir paraense. Um estar que pulsa em sua obra. Mas “o estar amazônico” de Olga foi gestado em diversos cantos do Brasil e até no exterior. Das raízes maternas, além dos traços paraenses, influências nordestinas. Das raízes paternas elementos da cultura russa, com ascendência francesa, alemã e sueca. “Sou filha de um estrangeiro que levou a luz para o interior do Pará e de uma montealegrense neta de uma índia”, ela

Olga Savary, submersa em águas eternas

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conta. De um lado e de outro de sua árvore genealógica, algo mais sublime: indícios de arte. Na família de sua mãe, vários escritores e jornalistas. Enquanto que a família Savary, de seu pai, é citada no clássico “Guerra e paz”, de Tolstói.

Gêneses O mundo engatinhava pelas primeiras décadas do século XX. Natural da cidade de Smolensk, Rússia, um jovem angustia-se com o período de guerras que, então, se vivia. Bruno Savary toma a decisão de refazer sua vida e decide mudar-se para o Brasil. Empregado de uma companhia elétrica, acaba sendo levado pelas circunstâncias a uma região totalmente exótica e diferente de tudo que jamais conhecera: a Amazônia. Ele chega a essas paragens com uma significativa e fascinante missão para a época: trazer a luz. Ao longo do final dos anos 20 e início dos anos 30, Bruno foi responsável pela instalação da rede energética em diversas cidades do interior do Pará. Serviço que finalmente o faria aportar em Monte Alegre. Ali, havia um capitulo especial a ser escrito. Monte Alegre era o lugarejo em que moravam os Nobre de Almeiwww.paramais.com.br

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da. Família de origem pernambucana e norte-riograndense (a mesma do maestro nordestino Marlos Nobre), cujos patriarcas eram senhor Francisco e dona Ermínia, proprietários das fazendas Paraíso e Jacaré. Farmacêutico de formação, o prestativo Francisco acabava servindo como uma espécie de faz-tudo na região. Segundo Olga, como não havia médicos na localidade, era seu avô quem prescrevia receitas, fazia partos. “A importância dele para história de Monte Alegre foi tal que lhe deram o nome da principal escola da cidade. Quando estive lá, brincava: olha, eu sou a neta daquela escola, viu?!”, diverte-se. Uma das filhas de Francisco e Ermínia se chamava Célia. Jovem de temperamento marcante, personalidade forte e impressionante beleza. Motivo pelo qual chegou a ser eleita Miss Monte Alegre. Título que poderia ter sido superado pelo posto de Miss Pará, não tivessem seus pais a proibido de participar da competição em Belém. Sobre a beleza da mãe, Olga comenta: “diziam que ela era a mais bonita das candidatas da época. Se tivesse concorrido, poderia ter chegado a Miss Brasil”. O encontro entre a filha dos Nobre de Almeida e o jovem engenheiro elétrico russo acontece ainda no raiar da década de 30. A paixão os toma, o poético os envolve e os convence a oficializar a união. Os Nobre de Almeida não impõem resistência. Em torno de 1930, Bruno e Célia se casam, mudando-se posteriormente para Belém. E é no dia 21 de maio de 1933, na capital paraense que nasce Olga, primeira e única filha do casal. Um bebê no seio de uma união recente. Uma menina que germina na umidade de uma terra cortada por águas. Uma criança na qual aflora o perpétuo amor pelo solo que a fizera brotar. Os elementos da cultura paraense são fortemente absorvidos pela pequena Olga. Captados por seu olhar precoce e cheio de sede, afã e necessidade de saber. Elementos oferecidos por tudo que a cerca, pelos familiares da mãe e até mesmo pelo pai russo, mas envolvido pelos entornos verdes da Amazônia. A rotina na capital era constantemente quebrada por visitas a Monte Alegre. Retornar ao interior, às origens: movimento espacial que se tornaria constante no espírito da poeta. “Eu e meus pais costumávamos passar temporadas nas propriedades de meus avós. Guardo vislumbres na memória das histórias que contava a mãe de minha mãe. Os mitos do lugar, as fábulas sobre caçadores”.

Mudanças Assim, até os três anos de idade Olga cresceu polinizada pelo Norte e suas peculiaridades. Por volta de 1936, acontece a primeira de uma bagagem de mudanças. O trabalho de Bruno Savary chama-o a levar energia elétrica a outras cercanias. Desta feita, o trio que formava o núcleo familiar da poeta parte para o Nordeste a fim de se fixar em Fortaleza. Já nessa fase a poesia começa a brincar pelo imaginário daquela menina. Mais tarde, os parentes lhe contariam que ela ficava sentada num canto repetindo poeminhas que criava sabe-se lá como. O papel ainda não exigia o registro daquele passatempo lúdico. Mas tudo não passava de uma questão de tempo. A escritora permaneceria no Ceará até meados de 1942. Aos seis anos de idade, nova ruptura. Seus pais se separam. “Foi um escândalo! Na família de minha mãe, ela foi a única a se separar. A diferença de idade entre eles era de 21 anos. Não deu certo. Minha mãe era esfuziante, dona das festas e meu pai queria ficar em casa. Ele era todo fechado e ela toda para fora!”. www.paramais.com.br

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Primeira mulher do país a publicar um livro de poesias eróticas

Conduzida pelo transformar-se, Olga outra vez se muda. O destino agora era o Rio de Janeiro. De início, instala-se na casa de Lourival Lopes de Almeida, um dos irmãos de Célia que, pouco antes, partira para a capital carioca. Embora breve, a convivência com o tio marcaria substancialmente a evolução da verve da escritora. “Meu tio era apaixonado pelo Japão. Chegou a viajar para lá e escrever um livro sobre aquele país. Ele era fascinado pela cultura oriental e essa paixão acabava tocando quem o cercava. Só muito depois, fui enxergar aí as razões que me levaram a ser a primeira poeta brasileira a escrever haicai”. Lourival era jornalista e chegou a trabalhar no Jornal do Brasil. O papel começava exigir que nele fossem fixados os versos que aquela menina criava mais e mais. Ela mal era uma adolescente e já se percebia uma escritora. Por volta dos onze anos, decide dar asas a sua criatividade através de um curioso subterfúgio: um jornalzinho mensal, cuja tiragem era um único exemplar feito à mão. Na rua em que foi residir, depois que saiu da casa do seu tio Lourival, havia um vizinho que a incentivava muito. Passaria, então, a redigir um jornalzinho para este homem. Para aquelas folhas, coloria à lápis de cor, criava haicais, sonetos, pensamentos e desenhos. A simbólica remuneração que recebia alimentava seu precoce senso de independência, ajudando-a a comprar seus livros preferidos. “Na verdade, tal publicação Pará+

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Uma mulher toda revelada dentro do mistério da poesia

acolheu o nascedouro de minha produção literária. Aquele vizinho mais tarde mudou-se levando todo esse material. Nunca mais tornei a vê-lo e acabei ficando sem o registro dos meus primeiros escritos”. Mesmo indo embora seu incentivador, Olga não deixou ir embora de si o compromisso de versificar. Mas para levar adiante sua decisão de se tornar escritora, ela teria de vencer uma delicada barreira quotidiana: a mãe.

Intensidades Célia correspondia a um traço condutor da família Nobre de Almeida, herdado pela própria Olga: mulheres intensas em tudo. “Minha mãe era muito difícil, uma criatura de sentimentos muito explosivos”. Inicia-se entre ambas um intenso embate de opiniões que marcaria suas vidas constantemente. Célia, de início, nega-se a aceitar a vocação da filha. Decide que a menina deve, sim, dedicar-se a uma orientação artística, mas escolhe a música. Desta forma, faz com que Olga comece a estudar piano. “Foi uma experiência terrível. Eu detestava aquelas aulas. Não conseguia aprender uma nota. Afinal, minha musicalidade era outra, a da palavra! Além disso, minha professora era uma criatura cruel. Ela cravava as unhas em minhas mãos quando eu errava um acorde”. Mesmo voltando para casa machucada, Olga demoraria a convencer a mãe a interromper o curso. Após muita peleja, as aulas de piano são suspensas. Todavia algo de todo contraditório está apenas por se fazer. Talvez motivada pelo fato de ter vários parentes envolvidos com as letras, Célia passa a incentivar a tendência poética de Olga. Mas, ao mesmo tempo em que a estimula, provoca-lhe medo. “De um lado, minha mãe me dizia para escrever. De outro, por qualquer razão, ameaçava rasgar meus trabalhos”. Um caderninho preto abrigava os poemas que Olga manuscrevia ou batia à máquina numa pequena sala que lhe era cedida na Associação Brasileira de Imprensa. A adolescência a fazia latejar. Leitora voraz, fascinava-se com Manuel Bandeira. Na prosa, Dostoievski se tornava uma paixão. O pai a incentivava a ler os originais, todavia ela nunca se interessaria em aprender o russo. Na época, Bruno Savary morava em São Paulo. “Assim como minha mãe, ele 46

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foi duro comigo na infância. Adulta, entretanto, fomos os melhores amigos”. Quando ia passar as férias com o pai, Olga deixava seu caderno preto com o bibliotecário da ABI, sob especiais recomendações para que sua mãe não o destruísse. Os atritos entre Olga e Célia crescem mais e mais. Certa ocasião, saiu com uma empregada e, sem saber, acompanhou-a até uma área de prostituição. Ao voltar para casa, apanhou da soleira da porta até o quarto. Assim, aos dezessete anos, a escritora toma uma difícil decisão: urgia que se afastasse da mãe. Pensa em mudar-se para a casa do pai, na capital paulista. Mas não! São Paulo era muito perto do Rio. As raízes gritam em sua alma e ela decide regressar a terra natal. Com dezoito anos, Olga está de volta ao Pará, a sua Belém. Instala-se na casa de parentes num sobrado na Generalíssimo Deodoro. Aqui vem estudar os três anos do que se chamava “Curso Clássico”. Para tal matriculada no Colégio Moderno, torna-se aluna de um ilustre par de mentes que até hoje considera como dois de seus maiores mentores: Benedito Nunes e Francisco Paulo Mendes. Esse último, além de seu professor de português, foi um grande incentivador. “No colégio eu era péssima nas exatas, passava por generosidade dos professores. Mas nas aulas do Paulo Mendes creio que era a melhor da turma. Ele dizia que não tinha jeito: eu seria escritora mesmo”. Benedito Nunes, por sua vez, era somente quatro anos mais velho que seus alunos. Fato que inicialmente causou certa estranheza, mas que terminou vencido pelo admirável modo com que o mestre se impôs pelo saber. Colega seu de turma daquela época, o jornalista Alfredo Oliveira definiria Olga como uma colegial de “gestos sempre delicados, ar de tranqüilo recato, rosto de Mona Lisa guajarina. Jovem apaixonadamente dedicada à poesia. Ainda segundo Alfredo, a escritora mostrava-lhe os originais de poemas estranhamente belos, pelo fato de estarem anos-luz à frente da tendência “sentimentalóide e cheia de um formalismo burocrático” que contaminava os escritores que os cercavam. Olga se emociona com suas lembranças. “Eu dizia para todos que me tornaria uma grande poeta e que ainda escreveria uma antologia de poesia paraense.

O eterno e Drummond Tal período serviria para banhar por definitivo o âmago de Olga Savary com os fluidos do Norte. O essencial daqui assume a condição de essencial na artista. Detalhes da cultura e da realidade amazônica afogam-se nas fontes de inspiração da poeta irreversivelmente. Sobretudo, um componente: a água. A esse elemento, a escritora faz constante menção em sua obra. “Chamo Belém de Planeta Água em um de meus poemas. Esbarramos em fenômenos aquáticos a todo instante no Pará: rios, igarapés, igapós, chuva. Na verdade, creio que a água é a origem da vida. Isso fica ainda mais claro na mulher, porque ela gera outro ser dentro de si imerso em líquidos”. De novo as ondas do existir sazonam a poeta. Concluído o “Curso Clássico”, era tempo de retornar ao Rio. Uma nova fase se inicia. Cada vez mais fértil, ela parte em busca de evoluir como criadora de letras. Com a ajuda de uma amiga, a escritora maranhense Lucy Teixeira, consegue encaminhar um livrinho manuscrito a apreciação de Ferreira Gullar. A resposta do poeta foi bastante positiva. O recado era que apenas precisava trabalhar seus escritos, mas o talento estava ali e era inegável. Um estímulo dos mais edificantes. Olga, no entanto, não para por aí. Dois ou três anos depois, reúne coragem e decide procurar outro ídolo seu: Carlos Drummond de Andrade. Mal sabia da nova reviravolta que estava por se dar em sua trajetória. Guiada pelo que mais tarde chamaria de um ataque de loucura, põe seu caderninho debaixo do braço e se coloca frente a frente ao escritor no Ministério de Educação e Cultura (lugar em que Drummond trabalhava). Era o encontro com o terceiro www.paramais.com.br

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Sua arte a fez pioneira em diversas frentes

grande mestre de sua carreira. O poeta aceita analisar os escritos. A partir dali, os dois não mais perderiam o contato. E o mais curioso: posteriormente descobririam que eram primos. O entrelaçamento dos caminhos de Olga e Drummond marcariam a vida e obra de ambos. Ele escreveria poemas inspirados na colega e parente. Ela lhe faria dedicatórias especiais em suas futuras publicações. Por conta de tudo isso, Savary é uma das citações femininas que José Maria Cançado faz em “Os sapatos de Orfeu”, biografia do célebre criador da indagação: “E agora, José?” Agora?... Olga logo estaria tomando parte nos ciclos da intelectualidade carioca. Passa a transitar por onde transitavam nomes importantes da literatura brasileira. Ela própria vai se consolidando como um dos mais brilhantes nomes de nossas páginas. De Mona Lisa guajarina, passa a Mona Lisa de Copacabana Já casada, vê surgir uma nova e instigante possibilidade de expressar sua criatividade. Um grupo de jornalistas cria no Rio de Janeiro o

memorável Pasquim e Olga foi uma das que tomou parte desse momento ímpar da imprensa brasileira. As “dicas do Pasquim”, uma das seções de maior popularidade do periódico surgiu a partir de uma ideia sua. No ano de 1964, uma perda irreparável: Olga se despede do pai. Falece Bruno Savary, o engenheiro russo que levara luz ao interior do Pará e que deixou eternos brilhos no interior da filha paraense. Quanto a mãe, Olga não mais a vira desde sua viagem ao Pará. Era difícil lidar com aquilo. A maternidade também chegaria a seu ventre, dando-lhe dois filhos: uma menina e um menino... As marcas da tempestuosa relação com Célia Nobre de Almeida, o constante medo de que ela “rasgasse seus poemas” são apontados pela poeta como os motivos que a fizeram lançar seu primeiro livro somente em 1970. A obra se chamava “O espelho provisório”. Nela uma significativa poesia chamada “Medusa”, a tradução para uma imagem muito particular para a artista. “Escolhi esse título para um poema que falava de minha mãe porque tinha a impressão de que nunca mais poderia encará-la. Se o fizesse, tinha medo de me transformar em pedra”. Em 1980, a escritora viaja para São Paulo a fim de acompanhar os detalhes finais de um tradução que estava por publicar. Durante sua estadia na capital paulista, decide que já era tempo de encerrar as desavenças com a mãe. Após trinta anos de afastamento era necessário reatar os laços que verdadeiramente as unia: o amor. Ao voltar para o Rio, porém, descobre que o tempo lhe fora traidor: os trovões de Célia já haviam se calado. Atravessando rios-mares de encantamentos e agruras, Olga não mais parou de criar e liquefazer no prelo suas belezas e angústias. Mais e mais, suas criações abrigaram-se no miolo de livros aclamados pela crítica, distinguidos com os mais significativos prêmios literários do Brasil. Sua poesia derramou-se pela seara dos contos, ensaios, pelo fino trabalho de tradução de clássicos de outras línguas. Sua arte a fez pioneira em diversas frentes: a primeira a publicar haicais, a primeira a urdir uma sofisticada poesia erótica feminina com o livro “Magma”. Uma precisa criadora do selvagem e uma criadora da qual o selvagem precisa. Uma mulher toda revelada dentro do mistério da poesia. Uma mulher misteriosa dentro da simplicidade dos poemas. Água que escorre da profundidade até o que há de mais profundo naqueles que mergulham em seus trabalhos. O que mais falar de Olga Savary? Apenas silêncio. Como o silêncio dos ribeirinhos que seguem de canoa pelos rios num fim de tarde. Nota: Matéria feita a partir de entrevista concedida pela poeta Olga Savary e com a colaboração do escritor Nicodemos Sena e da bibliotecária Terezinha Lima. (*) CARLOS CORREIA SANTOS é pesquisador e escritor premiado nacionalmente, autor, dentre outras obras, das peças Nu Nery , Ópera Profano e do romance Velas na Tapera . Para mais informações acesse os blogs: http://nadasantostudoalma.blospot.com http://mesmoquenaoqueiraseutecontos.blogspot.com

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CLÍNICA ODONTOLÓGICA Dr. Rogério Oliveira - CRO 3038 ORTODONTISTA

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CAMILLO MARTINS VIANNA*

(*) SOPREN/ SOBRAMES

Desarborização de Belém

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Belém e seus túneis de mangueiras

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ão deu outra! Jornal local levou ao conhecimento de toda a comunidade de Nossa Senhora de Belém do Grão Pará, nada mais nada menos que a capital pararuara, que já foi considerada a mais arborizada do Brasil velho de guerra, que só restam 12% da cobertura verde original e a devastação continua em marcha acelerada. Qualquer espaço vago ou um ou mais casebres, situados até mesmo na periferia e o mais rápido que possam imaginar sulistas e alguns papas - chibé, desaparecem do mapa e imediatamente surgem canteiros de obras onde são sapecados edifícios cada vez mais altos. Recentemente, quando desabou edifício de trinta e quatro andares, ainda em fase de acabamento, a mídia alardeou que existiam, àquela altura, mais de 1.060 edifícios sendo erguidos na cidade. Como era da tradição dos colonizadores lusitanos recém-chegados, a construção de residências, vamos dizer, atarracadas, possuíam grandes quintais, 48 Pará+ CAMILLO VIANNA - Desarborização de Belém.indd 48

com o maior número possível de árvores frutíferas, completamente diferente da realidade atual onde as áreas destinadas à formação desses espaços são muito reduzidas ou simplesmente deixaram de existir. Os famosos e falados, no Brasil e mesmo no continente europeu, túneis de mangueiras das principais avenidas de Belém, são constituídos por árvores que tiveram origem nas Filipinas e índia e trazidas ao país pelos portugueses. Nos dias de hoje, pelo andar da carruagem, parece que chegou a vez dessas frondosas árvores tomarem chá de sumiço, mesmo considerando que as mangueiras, pelos frutos que produzem, têm grande aceitação pelo povo belenense. Ações realizadas tanto pelo poder público quanto pelas empresas privadas no processo de urbanização das cidades, como asfaltamento de vias cobertas anteriormente com paralelepípedos ou mesmo desprovidas de pavimentação, como é muito comum ocorrer nas áreas periféricas, fazem surgir condições inadequadas ao desenvolvimento das plantas destinadas à arborização. A prática da poda, particularmente nas mangueiras,

visando a redução do porte do vegetal, ou à eliminação de ramos secos ou doentes como também para a retirada (quase sempre tardia e feita após muita reclamação dos moradores) de ervas daninhas existentes que vicejam frondosamente nas copas, quando mal operacionalizada, pode causar o desequilíbrio e o consequente tombamento de plantas. Os conjuntos residenciais, sejam eles luxuosos ou não, são cada vez mais frequentes e maiores, funcionam como verdadeiro instrumento de desarborização, pois, tudo leva a crer que a reposição de uma parcela A polpa amarelo dourada dessa espécie frutífera considerada por alguns como genuinamente paraense

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O encontro das duas águas que não se misturam, o Solimões que vem do Peru e o Amazonas da região

A mangueira é considerada por Decreto Oficial da Câmara de Vereadores, a Árvore Símbolo do Município de Belém

do verde existente e implacavelmente eliminado, não é devidamente planejada em função da necessidade imperiosa das construtoras de acomodar um número significativo de residências em cada investimento feito. Em algumas situações, basta apenas que uma árvore seja considerada um obstáculo por estar à frente de uma moradia ou de um ponto comercial para que seja decretada sua sentença de morte, o que eventualmente acontece através de evenenamento com produtos químicos, de contrução de calçadas cimentadas ou simplesmente através de sua derrubada com instrumento cortante, operações que ocorrem quase sempre na calada da noite. Chega a ser impressionante a adaptação da mangueira (Mangifera indica) em todas as lonjuras amazônicas, tanto que populações riberinhas ou outras mais, consideram essa árvore como espécie típica da região em função da longa vivência dessa espécie entre nós. É interessante citar a experiência da Sociedade de Preservação aos Recursos Naturais e Culturais da Amazônia (SOPREN) que, juntamente com o Centro Rural Universitário e Ação Comunitária (CRUTAC) da Universidade Federal do Pará e com o Ministério da Agricultura, coletaram aproximadamente 20.000 frutos de manga de diferentes espécies, nas localidades de Belterra e Fordlândia, situadas no interior do Pará, precisamente no antigo Estabelecimento Rural do Tapajós, espólio da fracassada atuação da Companhia Ford Industrial do Brasil na atividade de extração do látex da seringueira. Poste-

riormente, todas as mangas foram transportadas para o muncípio de Altamira no rio Xingu, pela lancha Maycuru pertencente ao Ministério da Agricultura e distribuídas a lavradores recém-chegados à Transamazônica. Ação semelhante de entrega de semente de manga havia sido realizada na região Bragantina, ao longo da extinta ferrovia, inexplicavelmente desativada pelo governo militar, que ligava a cidade de Belém ao município de Bragança. Nas denominadas beiradas das comunidades, espécie de mercado a céu aberto, nos chamados dias de feira, lavradores levam produtos provenientes de seus roçados para venda, é praticamente impossível não encontrar mangas para oferecer ao público interessado. Na região do Baixo Tocantins Paraense, destacadamente no município de Abaetetuba, no rio Maracapucu, em terreno de propriedade do falecido amigo Serrote, são encontrados frutos de mangueiras de diversas espécies introduzidas por ele. Com a chegada recente de agricultores do sul e do sudeste do país, principalmente às rodovias que têm comunicação com Belém, também foram plantas espécies trazidas de fora da região e facilmente encontradas em supermercados do estado. Até mesmo na gastronomia regional atualmente são encontrados pratos e doces preparados por mestres na cozinha que têm como ingrediente de destaque nas suas composições, a polpa amarelo dourada dessa espécie frutífera considerada por alguns como genuinamente paraense.

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Vinda da cidade de Cametá, no rio Tocantins, chega em Belém, a chamada manga menina que também recebe outra denominação popular por apresentar como característica marcante uma racha em sua casca que faz lembrar a genitália feminina. Na conhecida Cidade das Mangueiras, volta e meia aparece alguma autoridade municipal que além de não se empenhar de maneira efetiva no combate às ervas de passarinhos que atacam impiedosamente a copa de frondosas mangueiras ainda pretende substutuir essa espécie por outras, o que aliás não é novidade, pois, ali pelos anos sessenta, outro gestor, muito bem intencionado, com certeza, acabou mimoseado, pelo profundo interesse em acabar com as árvores da capital. Com a retirada das mangueiras os moradores de Belém perderão a personagem de famosa escritora pois deixarão de existir os moleques apedrejadores ávidos por colher e saborear seus frutos. É interessante que alguns prefeitos afiançam, solenemente, em um momento de rara inspiração e lucidez, que a partir de agora, quer seja o centro ou a periferia, não importa, toda a capital paraense será arborizada. Atividade realizada por autênticos cidadãos, sejam eles brasileiros ou não, como o Irmão Afonso Hauss que promovia a Campanha do Caroço onde alunos de tradicional colégio paraense levavam de suas casas sementes de manga destinadas à produção de mudas e que posteriormente eram entregues à prefeitura para plantio ou replantio em locais públicos da cidade. De todas as espécies utilizadas na arborização da capital, a mangueira é considerada por Decreto Oficial da Câmara de Vereadores, a Árvore Símbolo do Município de Belém. E seja o que Deus quiser!

A chamada manga menina que também recebe outra denominação popular por apresentar como característica marcante uma racha em sua casca que faz lembrar a genitália feminina

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A construção do futuro em 3 passos

O futuro é o destino ou o destino é o futuro? Ora, o que é o futuro e qual será o destino? Seria este o grande mistério da vida? >>

S

por Ivan Postigo

e for, ainda não nos demos conta, afinal poucos pensam e tratam deles, e muitos só se preocupam quando procuram ajuda na arte de prevê-los. Diz o ditado que melhor do que prever o futuro é criá-lo! No filme o Último Samurai, aliados, o capitão americano Nathan Algren e o samurai Katsumoto Moritsugu estão conversando antes da batalha, refletindo sobre as desvantagens que terão que enfrentar em número de soldados e potencial das armas. Algren, então, fala sobre a Batalha das Termópilas, onde 300 guerreiros gregos enfrentaram por dois dias um milhão de guerreiros persas, quando foram derrotados e mortos. Nesse período, cobraram um preço tão alto em vidas que os persas perderam a vontade de lutar. Katsumoto, então, pergunta: - Você acredita que um homem pode mudar o seu destino? Algren responde: - Acho que um homem faz o que pode até o destino se revelar! O futuro poderá ser uma projeção do passado, portanto temos que conhecê-lo. É

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Ora, e o que é o futuro?

a melhor forma de evitar a repetição de erros, também. Ler e ouvir sobre o passado não é suficiente quando podemos conviver com quem ali esteve, e no corpo e alma traz as cicatrizes. Pelo retrovisor, não vemos apenas quem e o que ficou para trás, mas quem e o que vem vindo! A flecha que derruba o guerreiro não tem seu disparo efetuado nem no futuro, nem no presente, mas no passado. Ao conhecêlo, o guerreiro, a flecha, o encontro podem ser evitados. Quando não, o disparo contra este pode ser antecipado. Como se o tempo não fizesse do futuro fato definitivo, o conhecimento faz com que o presente mude o que seria passado! O que fazer do presente, quando este exige novos caminhos? Nossa historia, quando registra sucesso, podemos retomá-la, com a volta às origens. Do passado, fazemos o futuro! Quando o presente se mostra interessante, sem um passado glorioso, podemos investir nas ideias que dão certo e renovar aquelas que merecem uma nova roupa-

gem. Sem perder de vista as lições aprendidas com a historia. Quando os fatos não recomendam, pelo passado e presente, podemos inovar. A palavra tem sua origem no latim, innovatio, e se refere a uma ideia, método ou objeto criado e aplicado, sem referências anteriores. Descontentes por terem que remar para não serem levados pelas correntes e pelos ventos , o homem criou a vela triangular. Não podiam mudar os fatos, mas podiam mudar os rumos.Como navegadores, na vida, não podemos mudar os ventos, mas podemos ajustar as velas. O marinheiro sabe que é o vento passado que empurrou o barco, mas com o movimento presente pode colocá-lo em direção ao destino. E o que é o destino? Destino são os imperceptíveis pontos de descanso no trajeto rumo ao futuro. Ora, e o que é o futuro? São as estradas e correntes que nos levam logo ali! (*) Diretor de Gestão Empresarial. Articulista, Escritor, Palestrante

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CÍRIOS | BRASIL | ACRE

CÍRIO ESPETÁCULO, AMOR E FÉ.

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Revista Círios de Nazaré | 2011

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DITO E FEITO.

EM MENOS DE 10 MESES,

O PARÁ ZEROU A FILA DE ESPERA POR

HEMODIÁLISE COM

100 NOVAS MÁQUINAS.

E isso é inédito. Na Santa Casa, 10 máquinas exclusivas para crianças. Mais que um compromisso resgatado, uma homenagem à vida. Com a inauguração do Centro de Hemodiálise Dr. Monteiro Leite, o Governo do Pará colocou mais 35 máquinas de hemodiálise à disposição dos pacientes renais crônicos. Agora são 100 novas máquinas implantadas em 10 meses, em Belém, Altamira, Redenção, Bragança, Santarém e Marabá, para atender pacientes de todo Estado. E pela primeira vez foram implantadas, na Santa Casa, 10 máquinas exclusivas para atender crianças. O Centro de Hemodiálise tem capacidade para 200 pacientes por mês e vai liberar leitos nos hospitais que têm renais crônicos internados. No início do ano eram 273 pessoas na fila, de crianças a adultos, disputando uma máquina. Agora ninguém mais precisa buscar atendimento em outro estado. Até o final do ano serão mais 30 máquinas em Ananindeua e Ulianópolis. E mais 20 em Tucuruí no ano que vem. São números que comprovam: no Pará, saúde é prioridade 1.

Hospital Gaspar Vianna

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Secretaria de Estado de Saúde Pública

Secretaria Especial de Proteção Social www.pa.gov.br

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