Revista julho 2008
Belém - Pará - Brasil
www.paramais.com.br
ISSN 16776968
Edição 79
3,00
SOL E CALOR NA AMAZÔNIA
VIVA O VERÃO! SOL E CALOR NA AMAZÔNIA
AS NOVAS SETE MARAVILHAS NATURAIS DO MUNDO
Pág. 06 Pág. 05 O ARRAIAL DO PAVULAGEM DE 2008
VERÃO DO MARAPATÁ
O primeiro arrastão junino do Arraial do Pavulagem desse ano teve a participação de cerca de dez mil brincantes no cortejo, porém ao longo da Av. Presidente Vargas – da Escadinha ao Teatro da Paz, uma multidão animada, se aglomerava...
A região da foz do Rio Tocantins tem a mais admirável biodiversidade. As espécies endêmicas da flora e da fauna são relevantes e atraentes – palmeiras, mungubeiras, samaumeiras… aves, mamíferos, répteis, peixes, insetos…
O sol nem parece, nem é um vilão. Ele deixa nosso humor mais leve e também previne doenças como o raquitismo e a osteoporose. No entanto, de forma sorrateira, ele agride a pele e deixa marcas que podem se transformar em manchas, rugas e até câncer de pele...
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LANÇAMENTO DA CAMPANHA OFICIAL PARA BELÉM SEDIAR COPA DE 2014 No Espaço São José Liberto, a governadora Ana Júlia Carepa abriu oficialmente a campanha para Belém tornar-se uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, com o lançamento do Grupo de Trabalho (GT) Copa. O GT, coordenado pela ex-secretária de Esporte e Lazer Lúcia Penedo, fica encarregado de elaborar ações estratégicas que viabilizarão a escolha da capital paraense...
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Pág. 20 por GARIBALDI PARENTE
Pág. 16 O MEGA FESTIVAL MUSICAL
COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DA IMIGRAÇÃO JAPONESA AO BRASIL
Foram cinco dias de intensa movimentação que levou ao festival do Rock-in- RioLisboa cerca de 400 mil visitantes, logrando o êxito que superou as expectativas dos organizadores. No coração de Lisboa está o Parque da Bela Vista, já conhecido como a Cidade do Rock...
Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br
Í N D I C E
PUBLICAÇÃO
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Alter do Chão-Santarém | FOTO de JARBAS SOUSA
DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; REVISÃO: Paulo Coimbra da Silva; COLABORADORES: Acyr Castro, Anete Costa Ferreira, Benigna Soares, Camillo Martins Vianna, Fábio César dos Santos, Garibaldi Nicola Parente, Israel Antonio Pegado, Rosa Kamada, Sérgio Martins Pandolfo; FOTOGRAFIAS: Arquivo Comus, Arquivo Paratur, Ana Rojas, Antonio Cruz/ABr, Claudio E. Santos, Cris Furtado, Elizeu Dias, Eunice Pinto, Jean Barbosa, Lucivaldo Sena, Mariana Cabral, Rodrigues Pozzebon/ABr, Rosa Kamada; DESKTOP: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios OS ARTIGOS ASSINADOS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES
ANATEC ASSOCIAÇÃO DE PUBLICAÇÕES
Rio Amazonas
Vamos votar na Amazônia:
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As novas sete maravilhas naturais do mundo
A
eleição para as novas sete maralilhas naturais do mundo pode ser feita pela Internet, no site http://www.new7wonders.com. Os internautas podem sugerir candidatos ou votar nos atuais. O Brasil participa da relação com a Amazônia, o rio Amazonas, o aruqipélago de Fernando de Noronha, as Cataratas do Iguaçu, o Pantanal e o Pão-de-Açúcar como candidatos. Porém, uma gruta libanesa formada por uma câmara superior e uma inferior de pedra calcária que surgiu no período Jurássico, há milhões de anos, é candidata na competição que vai selecionar sete novas maravilhas naturais do
Gruta esculpida no período Jurássico, pode ser maravilha natural do mundo
As galerias superiores têm mais de dois quilômetros de extensão
mundo. A Gruta Jeita, localizada ao norte de Beirute, capital do Líbano, é reconhecida como o complexo de cavernas com maior comprimento no Oriente Médio. As galerias superiores têm mais de dois quilômetros de extensão, enquanto a porção inferior é ainda maior. A estrutura foi esculpida por ácido carbônico contido na água da chuva e pela água subterrânea. As cavernas apresentam estalactites, estalagmites, formações rochosas em colunas e "cortinas", e um rio subterrâneo na parte inferior do complexo da Gruta Jeita. EDIÇÃO 79 [JULHO 08] p a r a m a i s . c o m . b r
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SOL E CALOR NA AMAZÔNIA
por Israel Antonio Sequeira Pegado
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ara desfrutar do sol e o calor da Amazônia, os visitantes em solo paraense podem escolher entre praias, rios ou ilhas que proporcionam descanso, diversão e lazer. No extenso litoral atlântico do Pará existem centenas de praias, tanto oceânicas quanto fluviais. As praias oceânicas de veraneio em Salinópolis contam com ótima infra-estrutura turística. A temperatura agradável da estância hidro-mineral, oferece lazer em praias de água limpa e areia fina como Atalaia, Curvina, Maçarico, Farol Velho, Cocal, Marieta e Pilão. São mais de 20 km de litoral, além do lago de água doce, conhecido como Lago da CocaCola. Para quem gosta de ecologia, o ideal são as praias de Bragança, verdadeiros espaços de areia alva que intercalam um dos maiores manguezais do mundo. A “Pérola do Caeté” possui uma paisagem exuberante e praias de vento constante. Além disso, distante 36 quilômetros de Bragança, a belíssima Vila de
Ajuruteua oferece um espetáculo à parte. Pode-se observar a vegetação de mangue e ninhais de pássaros que encontram na ilha de Canelas um local seguro para a preservação da espécie. Na praia de Campo do Meio centenas de pessoas buscam diversão durante as férias. O local conta com boas pousadas, bares, restaurantes e lanchonetes No município de Maracanã, fica a ilha de Algodoal. Os 19 km² do local são marcados pela tranqüilidade, pelos cenários maravilhosos que atraem turistas de todo o mundo. A comunidade da ilha é formada por pessoas simples e receptivas que vivem, basicamente, da pesca, da agricultura de subsistência e, recentemente, do turismo. A praia da Princesa tem quase 14 quilômetros de extensão e já foi classificada pela revista americana Time como uma das dez mais bonitas do Brasil. Na
AJURUTEUA EM BRAGANÇA
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Lucivaldo Senna
Princesa, há bares onde se podem encontrar iguarias locais como o tradicional peixe frito e a famosa caldeirada. Em Belém, diversas ilhas possuem balneários com algumas das poucas praias de rio com ondas existentes no mundo. A ilha de Mosqueiro é rica em pequenos rios e igarapés irresistíveis aos praticantes de Ecoturismo. As principais praias são Chapéu Virado, Murubira, Farol, Baía do Sol, Marahu, Paraíso, Porto Artur, Ariramba, São Francisco e Carananduba. A Ilha de
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Cotijuba é lugar rústico com uma costa de 15 km de praias de água doce e uma natureza praticamente intocada. Local perfeito para quem quer se aventurar entre trilhas e florestas. Já região da Ilha das Onças, o turista é presenteado com deslumbrantes praias, como Maruim, Guajarina, Boa Morte, Paraíso e Sirituba. Um complexo turístico natural encontrado principalmente na Ilha Trambioca. É impossível falar de ilhas no Pará sem primeiro citar o Marajó. No arquipélago há a Ilha do Farol, localizada
em um ponto estratégico na entrada do rio Paracauari. O local é pequeno e tem muitos currais de pesca que, junto com o farol de navegação, formam a paisagem. Quem já passou por lá garante que o nascer do sol é imperdível, com vista para a baía do Marajó. O arquipélago possui belas praias nos municípios de Soure, Salvaterra e Breves. Em Barcarena as praias são acessíveis a partir de Belém, por via rodoviária ou fluvial, como Vila do Conde e Caripi. A primeira é banhada pela baía do
ALTER DO CHÃO
CASA DA ÁRVORE, DO HOTEL SAMAÚMA
ALENQUER
SALVATERRA
BREVES
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JEAN BARBOSA
PRAIA DA ORLA DE MARUDÁ MARAPANIM
PRAIA DA PRINCESA MARAPANIM
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PRAIA DO ATALAIA SALINÓPOLIS Marajó. Possui grande extensão e é formada de areia branca e alva. Arborizada, a praia dispõe também de barracas especializadas na venda de comidas e de bebidas. Também na baía do Marajó fica a praia do Caripi. No local, uma atração especial chama a atenção dos visitantes: a Casa da Árvore, parte das instalações do Hotel Samaúma que combina o conforto moderno ao espírito de aventura.
Alter do Chão é uma das praias fluviais de rara beleza do Oeste paraense. Fica na vila de mesmo nome, conhecida como “Caribe Amazônico”, no município de Santarém. É a principal atração e também um dos roteiros mais procurados por turistas estrangeiros, que vêm atrás das belezas selvagens e quase inexploradas da Amazônia. Mesmo na época da maré baixa, a dica é ficar nas barraquinhas instaladas ao longo da praia, na
Fone: (91) 3248-5651 EDIÇÃO 79 [JULHO 08] p a r a m a i s . c o m . b r
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PRAIA DO CRISPIM MARAPANIM
LAGO DA COCA COLA SALINAS
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PRAIA DA PRINCESA ALGODOAL
restinga que se forma com a seca do Tapajós. Na pequena Conceição do Araguaia, localizada no Sudeste Paraense, está a bela e freqüentada praia da Gaivota. O lugar fica as margens do Araguaia é um dos mais belos rios que cortam o território paraense, de águas claras e transparentes. Também em Conceição do Araguaia, a Ilha do Bode oferece belas e selvagens praias. Outra opção no município é a do Ilha do Cearense, a 30 minutos de barco da cidade, que além de oferecer grande quantidade de tucunarés, pintados e curvinas abriga, também, a Praia Alta. Enquanto em Marabá, a praia do Tucunaré possui areia fina, seixo, pequena vegetação, muitas lendas e histórias. Foi o primeiro local onde se registrou ocorrência de diamantes, um dos mais importantes ciclos econômicos da região. Um lugar que proporciona ao visitante a prática de esportes náuticos e de areia, além de camping e pesca esportiva.
JEAN BARBOSA
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PRAIA DE PAJUÇARA SANTARÉM
PRAIA DO PARAISO
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o a v i V
! o ã ver bem o t i u m z a f l o s Sim, sim, medida certa e desde que naanismo hidratado como o org ele protegida por eap filtro solar
O
sol nem parece, nem é um vilão. Ele deixa nosso humor mais leve e também previne doenças como o raquitismo e a osteoporose. No entanto, de forma sorrateira, ele agride a pele e deixa marcas que podem se transformar em manchas, rugas e até câncer de pele. Queimadura, herpes simples e reações alérgicas também estão relacionados à exposição solar. Movimente-se
Por isso, prevenção é a palavra-chave. Alimentação saudável (laranja, limão, cenoura, tomate, mamão, brócolis, espinafre, salmão, entre outros alimentos com vitaminas, antioxidantes e pouca gordura), ingestão de líquido (água e sucos), uso de roupas adequadas, além de óculos e chapéu sempre vão ajudar. Filtro solar é fundamental e devem ser usados todos os dias. Na praia ou no clube, porém, há regras especiais. Praia do Atalaia em Salinas
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As frutas são essenciais...
O filtro deve ser passado 30 minutos antes da saída ao sol – lembre-se de espalhar nas orelhas, dorso do pé e dobrinhas. Reaplique depois de meia hora. E filtro de que número devemos utilizar? Quando você vai á praia sem protetor, poderá ficar vermelho em dez minutos. O filtro 15 – proteção mínima recomendada – aumentará este tempo para 150 minutos. Lembre-se: o horário mais nocivo é das 11h ás 14h. Peles oleosas harmonizam melhor com filtro leves em loção ou gel. Peles secas de precisam de filtros com hidratantes. Crianças pequenas e esportivas devem usar aqueles resistentes a água. Há também novidades no mercado, como o filtro solar ingerido pela boca. Esta cápsula ainda não substitui a versão tópica, mas ajuda a prevenir queimaduras, herpes, alergia e o envelhecimento. Use sua inteligência, hidrate o organismo e a pele constantemente e curta o verão com a saúde e bem estar.
Hidrate-se
Curta o verão com a saúde e bem estar
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VERÃO DO
MARAPATÁ por Garibaldi Parente
A
região da foz do Rio Tocantins tem a mais admirável biodiversidade. As espécies endêmicas da flora e da fauna são relevantes e atraentes – palmeiras, mungubeiras, samaumeiras… aves, mamíferos, répteis, peixes, insetos… Cresce na consciência popular o uso sustentável dos recursos naturais nas dinâmicas dos diversos afazeres ligados ao extrativismo e às atividades producentes nas ribeiras dessa majestosa baía entre a Ilha do Marajó e as Ilhas de Abaetetuba e Igarapé-Miri. Nos impressiona também a resistência cultural. A manutenção das tradições, considero-a sua maior peculiaridade. Os princípios da sustentabilidade estão presentes para minimizar os riscos de devastação do ambiente e mantê-lo viável para a continuidade da vida. É magnânimo inscrever nesse ambiente altamente sensível a tática de usá-lo racionalmente. O homem, desse modo, não lhe é opositor, é grande realizador. A cultura é expressivamente ordenadora de ritmos e formas caracterizadoras da veia costumeira dos
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ribeirinhos do lugar, realce especial dessa visão de mundo no tempo social das suas ações. O ordenamento se harmoniza com o trabalho e a paisagem natural para compor um cenário magnífico de lucidez do pensamento coletivo organizado em sortilégios de criatividade para reduzir possíveis vicissitudes do acaso e operar a satisfação das necessidades de sobrevivência. É forte o sentimento de paz e solidariedade em torno do patrimônio comum. Então, a dignidade permanece intacta, não vagueia, pois a vida ainda é feita de muita luta e compromisso com a concórdia e com a virtude da reciprocidade amorosa. Utopia? Só ama quem convive afetivamente com o ambiente, quem interage com a expressão panorâmica da paisagem. Aqui desabrocha a grande arma contra o desencantamento. Ele pode estar por perto, nas maquinações insalubres de alienígenas de outras brenhas. Gente que não aprendeu a amar seu lugar e em nome de um suposto progresso fomentado pela usura e pela volúpia vem destruir a estabilidade natural por meios vulgares, predatórios e de dissonante exclusivismo social e humano.
O mistério da Baia do Marapatá começa na Ilha do Capim rodeada ao norte por uma extensa pedreira que avança ao largo qual promontório imerso e submerso. Ventos ligeiros sopram formando ondas arrepiadas que arribam furiosas sobre os pedregulhos. Depois tudo se acomoda. O rio anima a vida em embalos pitorescos, em refúgios de surpresas, em labirintos de certezas, em bailados sensuais das encantarias do fundo. Desperto, o sol vem sangrando o alvorecer. A deusa é fogosa e de eterna beleza. A guaribada movimenta-se nas ramagens, o capelão do bando é o cantor e as fêmeas fazem a festa em coro sonoroso. A piraíba galante avisa os outros peixes: Tem espinhel na boca do Atuá! O camarão do Curupuacá também faz a toalete da Cobra Grande preparando-a para novas aventuras amorosas. Ela vai subir o rio para brincar com os encantos da cabocla cheirosa que a mata de tentação. A garotada do Anauerá, nas grimpas das árvores, brinca de soprar nas ventas dos filhotes do dragão que o São Jorge matou. Um sem-conta de histórias circula vivaz no contexto da oralidade, marcante afirmação dos atributos estéticos que revertem a região, atributos magicamente poetizados pelos poetas anônimos que, mundiados pela fantasia, decompõe o ambiente para recriá-lo por
Baia do Marapatá
via subjetiva em forma irreal, mas que assume a realidade de modo cambiante sob o talante do devaneio, da sensibilidade, da criatividade e da imaginação. O estuário é também recanto de poetas de nome e renome. Versos modelares exprimem cantos ardorosos de motivação telúrica: Dalcídio Jurandir percebeu que “Dentro do carocinho [de tucumã] bem redondo não muito leve nem também pesado, se escondiam todos os poderes do sonho, toda
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a graça do maravilhoso”. E “(…) animou-se quando leu isso num almanaque: O verso é tudo”. “Depois (…) imaginou ser levado pelas mãos de alguma mulher de história encantada e fazer amor com ela no fundo do mar”. João de Jesus Paes Loureiro em multifaces de uma poética cheia de encantos navega entre ressonâncias do amor em ventres capitulados nas correntes do boto encantado… Navega “rumo às origens, ao olho d'água mítico (…) da primeira e às garças e guarás que em revoadas, a minha alma teceram com suas asas e com ela recobriram o leito em que nasci…”. Eládio Lobato no seu Caminho de Canoa Pequena passa também a Boiúna do Jatuíra, passa também uma
Dentro do carocinho de tucumã
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leva de mucuras que tomaram um porre de cachaça e fizeram a festa na casa do Corrêa, passa a madame Arará, fêmea do cupim; passa um conjunto de narrativas históricas e populares reiterantes da vida vivida em gozo astral. As histórias – sejam orais populares, literárias, memorialistas… constituem um processo conjunto de superações. A vida ganha contornos indefinidos nas fronteiras do definido e se engrandece por si mesma transpondo a própria experiência e adquire uma visão de espaço social com maior agudeza, profundidade e senso de identificação É verão no Marapatá e a chuva só é boa quando chove. Inesgotável conversão simbólica conquistada pela autenticidade expressional. A Cobra Grande não é cobra, porém é morfologicamente real e infinita.
O Arraial do
Pavulagem de 2008
Fotos: Eunice Pinto/AgPa
O
primeiro arrastão junino do Arraial do Pavulagem desse ano teve a participação de cerca de dez mil brincantes no cortejo, porém ao longo da Av. Presidente Vargas – da Escadinha ao Teatro da Paz, uma multidão animada, se aglomerava e participava ativamente do desfile. A novidade desse ano foi a chegada dos mastros pelas águas da baía do Guajará, na escadinha da Estação das Docas, vindos da Praça Princesa Isabel, no bairro da Condor; e a participação de cerca dos 500 participantes das oficinas promovida pelo Instituto Arraial do Pavulagem, realizadas desde maio, com enfoques à dança, ritmo e percussão. Segundo os coordenadores do Arraial do Pavulagem, a intenção do ritual desse ano, é valorizar a importância da água, na Amazônia. A animação era total. A toada do ritmo esteve sensacional, ninguém ficava parado. O cortejo era formado à frente, já
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Cerca de dez mil brincantes no cortejo
Olha os mastros aí, gente...
tradicionalmente, pelas bandeiras, estandartes, os santos juninos, boisbumbás, os cavalinhos, cabeçudos, dançarinos, e pelo batalhão das bandeiras coloridas Após a chegada do cortejo, frente ao Teatro da Paz, os mastros foram erguidos na Praça da República, onde permanecerão até o fim da quadra junina. Os próximos acontecerão nos domingos de junho, 22 e 29, e em julho, dia 6, no encerramento da programação.
Participantes das oficinas davam o tom da toada
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Os cavalinhos no arrastão cultural
Os Tradicionais bois-bumbás
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Wady Khayat fala à Abrajet Pará sobre Belém e o turismo de eventos
Wady Khayat, presidente da Belemtur
fabuloso leque para o turismo de eventos e negócios no por Benigna Soares* pólo Belém e no Pará como um todo. Vale ressaltar que o reflexo da grande quantidade de eventos que estamos Abrajet Pará - Como você avalia o turismo paraense recebendo na capital paraense se reflete diretamente neste momento? em nossa economia, a partir do incremento da rede Wady - O turismo paraense vive um momento hoteleira, da oferta de produtos e serviços, da melhoria especial. Crescimento,investimentos, reconhecimento da qualidade de vida da população e abertura de novas nacional e internacional como destino amazônico oportunidades. prioritário e, acima de tudo, um esforço crescente que Abrajet Pará - Belém recebeu ao longo deste ano resulta em ações compartilhadas entre instituições muitos eventos de grande, médio e pequeno porte. Um governamentais, não-governamentais e iniciativa deles foi a Expoeventos e coroou e revelou o grande privada para garantir o desenvolvimento do setor, que mercado que temos sem precisar ir longe. É isso envolve diretamente mais de 50 atividades mesmo? econômicas. Wady - A Expoeventos 2008, realizada pela empresa Abrajet Pará - E quis os caminhos a serem trilhados Faz e Acontece Cerimonial e Eventos LTDA, é mais nesse processo de desenvolvimento? um exemplo desses resultados. Ao apresentar nestes Wady - Ecoturismo, artesanato, cultura, gastronomia, quatro dias uma feira voltada a todo tipo de fornecedor pesca, negócios e eventos são alguns dos segmentos de produtos e serviços para eventos, vem ao encontro que dão ao Estado um grande status frente aos do que buscamos para o turismo: incremento, divisas, mercados emissivos de turistas de todo o mundo. renda, emprego, intercâmbio sócio-cultural, como o Abrajet Pará – Como está Belém nesse contexto ? próprio objetivo da Feira preconiza. Wady - Aqui em Belém temos grande prazer em Abrajet Pará - E a Belemtur, o que faz nesse contexto afirmar que esse crescimento se deve, entre outros de fortalecer o turismo? investimentos, à inauguração do Hangar – Centro de Wady - Salientamos, entretanto, que a Prefeitura de Convenções e Feiras da Amazônia, que abriu um Belém, por meio de suas diversas secretarias, em especial da Belemtur, tem feito importantes investimentos para apoiar essa atividade. Preparação de trilhas ecológicas, capacitação de taxistas, feirantes do Ver-o-Peso, guias de turismo e outros profissionais de receptivo, implantação de postos de informações turísticas, restauração da praça Ver-o-Rio, ações de promoção do turismo paraense em feiras e eventos como este, entre outros projetos são alguns desses investimentos. Fotos: Arquivo da Comus
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O Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, abriu um fabuloso leque para o turismo de eventos e negócios no pólo Belém e no Pará como um todo
Abrajet Pará - E quanto às obras? Turismo sem infra não é turismo, é aventura! Wady - Como prioridade, a Prefeitura concluiu, em parceria com o Ministéro do Turismo e Paratur, a sinalização turística da capital paraense e distritos de Icoarací, Outeiro e Mosqueiro. Uma das principais obras de infra-estrutura turística da capital paraense é o Portal da Amazônia, que abre novas janelas para o rio, amplia a expectativa de crescimento econômico e social de mais de duzentas mil pessoas que moram no entorno. Também citamos obras como a Avenida Duque de Caxias, restaurada como nova opção de tráfego entre o aeroporto internacional de Val de Cans e o centro histórico de Belém, a Avenida João Paulo II, segunda opção de acesso ao centro da cidade, o binário, que está em início de preparação, envolvendo as avenidas Senador Lemos e Pedro Alvares Cabral e, ainda, o Pórtico Metrópole, outra obra estruturante que também muda a configuração visual da entrada de Belém, dando mais conforto e melhor visibilidade aos turistas e visitantes. Abrajet Pará - E o paraense, principalmente o empresário, acredita de verdade no crescimento a partir do turismo. Como resgatar a auto-estima desses investidores e principalmente da população? Wady - Questionamos àqueles que possam ter dúvida sobre a importância dessas obras, quem lembra como era a antiga Duque de Caxias? E como seria o tráfego de participantes dos eventos do Hangar sem a nova Duque e demais obras que a Prefeitura realizou no entorno deste espaço. Abrajet Pará – Belém e o Fórum Social Mundial? E a copa, vem pra cá? Wady - Enfatizamos que a cidade se prepara para recepcionar os mais de 150 mil visitantes esperados para o Fórum Social Mundial, que irá despertar a atenção mundial, inclusive dos cerca de 10 mil profissionais de comunicação esperados; formadores de opinião em potencial, responsáveis pela grande vitrine que se formará a partir da análise internacional para que Belém seja sub-sede da Copa de 2014, como resultado dos nossos esforços para inscrevê-la junto aos seus realizadores. Estes investimentos garantem uma imagem melhor de Belém entre os turistas e no mercado mundial, atraindo cada vez mais investidores e visitantes para a cidade, que hoje conta com uma rede hoteleira com quase cinco mil unidades habitacionais, totalizando mais de oito mil leitos, além dos onze novos hotéis que estão sendo erguidos na cidade; ou seja, serão aproximamente seis mil novas unidades habitacionais; totalizando quase onze mil leitos. Abrajet Pará – E como está o reconhecimento de Belém lá fora? Nos vêem com bons olhos no cenário nacional. Wady - Ressaltamos que o reconhecimento de Belém e
do Pará como um destino turístico, se não consolidado, mas em franco crescimento, não é meramente uma avaliação nossa, mas resulta de eventos e ações concretas, como a do Guia Americano Frormer´s, que coloca a cidade entre os mais promissores destinos do mundo, a Revista Veja, que em recente pesquisa aponta Belém como uma das cidades com o melhor custo benefício da Região Norte para o turismo e com os melhores atrativos naturais; a conceituada Revista Caras, que acaba de conceder o título ao nosso Ver–oPeso de a uma das Sete Maravilhas Brasileiras. A Revista também acaba de lançar uma coleção de louças em porcelana, com o título as Sete Maravlhas Brasileiras, que traz o Ver-o-Peso em destaque. O próprio Ministério do Turismo vem reconhecendo e coroando nossa cidade com investimentos. Em recente pesquisa, coloca Belém e Santarém entre os 65 destinos turísticos indutores do turismo regional. Abrajet Pará – Então, não estamos falando de otimismo, mas de resultados para o turismo de Belém? Wady - Otimismo ????....Não !!!!! Resultados concretos que comprovam que Belém está no caminho certo !!!!! O caminho do desenvolvimento a partir do turismo. Abrajet Pará - E a agenda de Belém para este semestre que tá chegando? Wady - Preparamos neste momento Belém e nossos distritos de Mosqueiro, Icoarací, Outeiro e Coutijuba para o veraneio. Grandes ações virão por aí. Este mês e também em julho a cidade se veste de cores e sons juninos, com o São João, São Pedro, Santo Antônio e todos que acompanham o período, sem esquecer dos nossoas cordões de pássaros,bois e tudo mais. ´Para o cenário nacional nos preparamos para ir ao Salão do Turismo-Roteiros do Brasil, que ocorre a partir do dia 18 em São Paulo. No internacional aguardamos a Feira Internacional de Turismo da Amazônia, que em dezembro traz o mundo do turismo para nossa cidade e, claro, o esforço conjunto é para o Forum Social Mundial, em janeiro de 2009 e que venha a Copa em 2014. Presidente da Abrajet Pará EDIÇÃO 79 [JULHO 08] p a r a m a i s . c o m . b r
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Lançamento da campanha oficial para Belém sediar Copa do Mundo 2014 Fotos: Eliseu Dias/Ag Pa
vídeo promocional da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobre o projeto de adaptação do Estádio Olímpico Edgar Proença - o Mangueirão - às exigências da FIFA. O estádio olímpico representa um dos pontos fortes da candidatura da capital paraense. A expectativa da governadora é que a campanha seja maciça e envolva todos os segmentos da sociedade.
Benefícios
N
o Espaço São José Liberto, a governadora Ana Júlia Carepa abriu oficialmente a campanha para Belém tornar-se uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, com o lançamento do Grupo de Trabalho (GT) Copa. O GT, coordenado pela ex-secretária de Esporte e Lazer Lúcia Penedo, fica encarregado de elaborar ações estratégicas que viabilizarão a escolha da capital paraense. Segundo a coordenadora, o GT Copa pretende cumprir com tudo o que foi proposto no Caderno de Encargos entregue para a Federação Internacional de Futebol (FIFA) pela governadora, em outubro de 2007, em Zurique, Suíça. Belém foi apresentada como uma das 18 cidades brasileiras que poderão sediar as chaves dos jogos da próxima edição da Copa do Mundo. Ana Júlia Carepa lembrou que, na ocasião, o único projeto entregue e apresentado aos presentes foi o
Lúcia Penedo ressaltou que a Seel (Secretaria de Estado de Esporte e Lazer), grande parceira do projeto, dará atenção especial não só às vias de acesso e entorno do Estádio Edgar Proença, como também à reforma que será feita no local. O estádio tem que estar pronto, impreterivelmente, até dezembro de 2012, lembrou a coordenadora, pois, em 2013, haverá a realização da Copa das Confederações. Ela falou, ainda, sobre o legado que ficará para a cidade depois do campeonato internacional, tanto em infra-estrutura física quanto em benefícios para o esporte paraense. O secretário de Esporte e Lazer Carlos Alberto Leão também falou do empenho do governo e da importância da O Espaço São José Liberto estava repleto cidade sediar também as finais da Copa. Ele disse que torce para que o Estádio Edgar Proença seja “o palco de uma final do Brasil em 2014”. As obras construídas e reformadas com o advento da Copa, posteriormente, abrigarão projetos comunitários já desenvolvidos pela Seel.
Grupo de Trabalho Além da Seel, o Grupo é formado pelos seguintes representantes do poder público: Secretaria de Estado de Governo (Segov), Companhia Paraense de Turismo (Paratur), Assembléia Legislativa do Estado (Alepa) e Câmara Municipal de Belém. Também integram o Grupo de Trabalho e estiveram presentes à cerimônia, representantes e titulares da Federação Paraense de Futebol, Associação Brasileira das Indústrias de Hotéis (ABIH), Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Federação do Comércio do Estado do
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Pará (Fecomércio), Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belém (CDL), Associação Comercial do Pará (ACP), e Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).
Consultoria A Price, empresa especializada em consultoria, fechou contrato com o governo do Estado no dia 11 de junho. O acordo aumenta potencialmente as chances da escolha de Belém para sediar os jogos, já que a empresa possui larga experiência na gestão de projetos para eventos esportivos, como jogos olímpicos e de futebol. O destaque de algumas cidades na representatividade do cenário brasileiro, segundo Girardello, não é determinante na seleção, que prioriza o cumprimento do que foi estabelecido no Plano de Encargos entregue pelas cidades. “Tudo tem que estar integrado a partir de um plano”, declarou Maurício Giardello, para quem o principal será o planejamento detalhado do que será feito, que envolve a articulação social. “Cabe às cidades provar que este plano é viável. Os pontos atrativos, para a FIFA, variam de cidade para cidade”. Esse planejamento social, acrescentou, deverá alinhar os investimentos a serem realizados, sejam os da iniciativa privada, sejam os das esferas públicas de poder; e, em última análise, o planejamento deverá mostrar para a Federação a importância dos benefícios que o Estado terá como sede da Copa.
Durante o lançamento da candidatura oficial do Governo do Estado à Copa 2014 e instalação do Grupo de Trabalho – GT.14
Carlos Alberto da Silva Leão, o secretário de Estado de Esporte e Lazer
Lucia Penedo, a coordenadora do Grupo de Trabalho da Copa 2014 – GT.14
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E-mail: serpan@amazon.com.br
Sérgio Pandolfo
10 DE JUNHO. DIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS
Camões . Óleo so José Brit bre tela o, Conse de Maria lho da Comunid Luso-Br ade asileira do Pará
‘Camões poeta maior da lusa língua escultor no épico foi prior da lírica grão-mentor’ SerPan
P
ortugal é um país de pequena extensão territorial e população igualmente diminuta. No entanto, ao longo de sua existência como nação, que já se vai aproximando do primeiro milênio, tem dado ao mundo exemplos extraordinários de qualidade e operosidade de sua gente. Cinco séculos passados maravilhou o mundo de então com suas descobertas de além-mar que deram “novos mundos ao Mundo”. Também, há quase o mesmo tempo, vira nascer em seu seio esta que é hoje tida como uma das maiores cerebrações da humanidade, em todos os tempos, Luís Vaz de Camões. A data exata de seu nascimento segue sendo incógnita, conquanto Manuel Faria e Souza, um de seus mais fecundos e percucientes estudiosos precise o ano de 1524. O dia ninguém conhece. Dono de uma cultura polimorfa incomensurável dominava todos os idiomas cultos de sua época e o conhecimento que detinha das ciências de então, que brota de sua obra, ainda hoje surpreende e mesmo espanta a quem a lê. É fora de toda dúvida ter estudado em Coimbra (em sua afamada Universidade? Não há registros), questão que ele mesmo dirime nos versos de alguns
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Monumento a Camões em Lisboa
Mosteiro dos Jerônimos, Patrimônio da Humanidade, monumento máximo da arquitetura manuelina, Lisboa
Túmulo de Camões nos Jerônimos
CHEGADA DA FAMÍLIA REAL DE PORTUGAL
sonetos, como o que inscreve no Cartão-Postal da Cidade: “Doces e claras águas do Mondego” e se confirma, depois, na letra da canção: ”Vão as serenas águas do Mondego descendo...”. O vate-mor viveu sempre “Em perigos e guerras esforçado”, por isso que em sua obra Rhitmas (Rimas), assenta: “Numa mão sempre a pena e noutra a espada”. Foi ele o renovador, enriquecedor e cinzelador da lusa língua, que se pode O vate lusitano à pesca nas margens do Ganges, Índia bem dividir em antes e depois do genial poeta. Escreveu muito, acerca de tudo e sob todas as formas literárias existentes, conquanto tenha sido a poesia sua forma de expressão mais exuberante. Do sábio alemão Wilhelm Storck merece a distinção de “filho legítimo do Renascimento e humanista dos mais doutos e distintos do seu tempo” pelos “múltiplos e variadíssimos conhecimentos em história universal, geografia, astronomia, mitologia clássica, literaturas antigas e modernas, poesia culta e popular, tanto da Itália como da Espanha”. Dele disse, também, Schlegel: “Camões vale toda uma literatura”. Camões é um poeta essencialmente lírico. Canta o amor, a saudade, a despedida, a frustração amorosa, o desespero da distância, a natureza, a beleza feminina, a contemplação, o apelo às coisas simples da vida. Seus sonetos são primorosas obras de arte e de genialidade. Sua obra lírica é densa, inconfundível, inovadora, só não sendo mais vultosa ainda por lhe terem furtado os manuscritos do Parnaso, coletânea lírica que ultimava para levar ao prelo. Mas é certamente seu opus magnum Os Lusíadas, poesia épica impactante, definitiva, inexcedível, na qual canta “o peito ilustre lusitano” e os percalços da viagem de Vasco da Gama às Índias, abordando todos os fatos e feitos da lusa gente, desde sua origem até o momento da edição do poema. Camões é, para nós, o Príncipe Perpétuo dos Poetas de expressão portuguesa. Por isso que Portugal, uma vez mais em feitio singular e de extrema felicidade escolheu o dia de sua morte, 10 de junho, para marcar o Dia da Nacionalidade Portuguesa, o Dia da Raça, que as Comunidades (dir- se -ia melhor Camõesnidades) lusitanas anual e festivamente relembram e, “se para tanto as ajudam o engenho e arte”, “cantando espalharão por toda a parte” “deste rotundo Globo”, visto ter sido, ele próprio, um de “aqueles que por obras valerosas/ se vão da lei da Morte libertando”. O poeta viveu pobre e miseravelmente morreu. Seus restos mortais estão no Mosteiro dos Jerônimos, onde repousam os grandes de Portugal, ao lado de Vasco da Gama, da urna (vazia) reservada a D. Sebastião e do outro Retrato oficial de D. João VI, grande mágico da pena, Fernando Pessoa. Palácio do Itamaraty, Brasília Temos certeza que, vivo estivesse à altura, o bardo iluminado não deixaria de também cantar e louvar esta outra epopéia da gente lusitana, que este ano está a completar o bicentenário: a da Transmigração da Família Real e da Corte Portuguesa para sua colônia maior e mais rica, “na quarta parte nova” situada, no outro lado do “mar-oceano”, a fim de “No Brasil, com vencer e castigar/ o pirata Francês, ao mar usado” (Os Lusíadas, X-63). *Médico e escritor – SOBRAMES
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Acyr Castro
E AQUI FÉRIAS 2008
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“Rebeca, a Mulher Inesquecível” a ico entusiasmado com a inaugurar o mestre Alfred Hitchcock um movimentação cinematográfica gênero fílmico todo seu, o suspense. Aos no Pará. Antes a coisa limitava74 anos, ajudado pela minha irmãzinha se à parte intelectual; não Marilda, me acompanha fiel aos menciono nomes para não esquecer ninguém. ensinamentos da nossa Neucília que, do Hoje, não. O movimento é relativamente muito alto, olha pelos filhos (além de nós) Cecy, melhor, ganhando foros jamais antes Eliana, Suely e Nina Rosa, orando a Jesus alcançados. Inclusive o colunista, que, ao lado e à Virgem Maria por cada um. de Isidoro Alves, realizou um curta metragem Mas o paraense, em férias ou não, temos sobre a Vila da Barca. O Pedro Veriano teve no sangue a arte das imagens em curtas seus mostrados na televisão, no movimento. As salas de projeção forma programa que mantive na velha Marajoara, O Alfred Hitchcock praticamente engolidas pelas oscilações “Tele-Cine”, comigo o saudoso Edwaldo do tal mercado. Há os cds e felizmente o dvds, onde afinal Martins. Pioneirismo que somente se iguala à fundação da podemos ouvir e ver de Leila Pinheiro a Roberto Carlos, de Fafá de Associação Paraense de Críticos cinematográficos a que me Belém e Lucinha Bastos a Roberto Silva e Diogo Nogueira. atrevi nos idos meus do Colégio Estadual Paes de Carvalho. Existem a Internet e a computação gráfica. O que falta mais ser O cinema chegou a mim tinha eu meus 8 anos de vida quando a inventado? De uma coisa tenho certeza, através de Jesus e dos mãezinha querida, Neuza Cecília Paiva de Castro me fez santos anjos: levaremos adiante o ambicioso projeto de fazer e descobri a magia cinematográfica no extinto Cine Íris no bairro cada vez mais o melhor em matéria de poesia e de criação, acima do Reduto, e logo um filme que me marcou para todo o sempre: de preconceitos, de conflitos, das batalhas de rua às crises Rebeca, a Mulher domésticas. O mundo mudou, porém foi repaginado conforme os Inesquecível ditames da moderna tecnologia. Vai daí que, mais do que nunca, temos que nos engajar nas lutas para minorar o sofrimento dos novos problemas trazidos pelo progresso. Talvez não sejamos livres mas continuemos tentando, dizia eu em 1981, quando entrei na APL. Quero tocar a alegria, sentir o silêncio da terra, colher os frutos da natureza e, ao sol, simplesmente amanhecer, para reencontrar-me, conforme os meus poemas que o maestro Altino Pimenta, transformou em canções, “Dúvida” e “Estilhaços”. Só tenho agradecer ao destino que Deus me deu. E até agosto. (*) Escritor e Jornalista
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SETÚBAL A Baía de Setúbal: das Mais Belas Baías do Mundo
uma cidade sadina
por Anete Costa Ferreira* esteve na Antiga Praça da Ribeira. Abalado com o terremoto de 1755 foi reconstituído sob as ordens de etúbal banhada pelo rio Sado, abraçada pela Sebastião José de Melo, o Marquês de Pombal, e Serra da Arrábida, orgulha-se de integrar o transferido para o Largo da Fonte Nova em 1774. Clube das Mais Belas Baías do Mundo. Posteriormente, foi colocado na Praça Marquês de Seus descendentes são conhecidos por Pombal, onde permanece. sadinos. Documentos dão conta de que a localidade Nossa Detentora de rico patrimônio histórico está no topo de uma das cidades mais visitadas em todas as Vestígios da “salga do peixe”, estações do ano. testemunhando a Época Romana A Fortaleza de São Filipe desenhada por Filipe Terzo, construída entre 1582 a 1594, teve a sua obra iniciada com a presença de D. Filipe II. Possui uma pequena capela chamada São Filipe com o interior totalmente revestido de azulejos nas cores azul e branco, vislumbrando-se cenas da sua vida, assinadas e datadas por Policarpo de Oliveira Bernardes, do ano de 1736. O Pelourinho constituído por uma coluna coríntia de mármore branco com veios escuros, inicialmente
S
Senhora Anunciada foi habitada durante a Idade do Cobre, há cerca de 4500 anos. Época em que a comunidade primitiva começa a desagregar-se face o desenvolvimento da economia agro-pastoril, a introdução da metalurgia e o incremento do setor terceário. Nessa altura surgem as manifestações de guerra, obrigando as populações das planícies buscarem os pontos mais elevados como garantia de defesa. A primeira ocupação dá-se na Serra de São Luís, conhecida por O Pedrão, considerada autêntica fortaleza natural. A segunda foi a jazida arqueológica A Rotura, onde abunda vestígios da prática metalúrgica do cobre. Cessadas as lutas, Pedrão fica abandonada, voltando a ser ocupada já na Idade do Ferro com a invasão do exército romano. Esta população habita o local até finais do Século I – a. C, iniciando no Estuário do Sado, a colonização romana. Um século após os romanos criam um dos mais importantes complexos industriais: “a salga do peixe do Mediterrâneo Ocidental” que funcionavam em dois centros, um em Tróia e outro em Setúbal. Recentemente, junto à foz do rio Sado, à margem esquerda da Ribeira da Ajuda foram encontrados nas
Fortaleza de São Filipe desenhada por Filipe Terzo
a i n ô z a m A A ocê como v iu! v a c n u n NASS A C N A B
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Sapateira
escavações, vestígios de um estabelecimento industrial da “salga do peixe”, testemunhando a Época Romana. A gastronomia setubalense tem o seu forte no peixe quer frito, cozido ou assado. Eis a variedade: Feijoada de Choco, Espetada de Tamboril, Choco Frito, Sopa do Mar, Sarda, Sardinha, Linguado e Salmote. Os crustáceos e os moluscos também fazem as delícias dos visitantes nas iguarias de Ameijoas, Santola, Sapateira e Camarão. Região rica em vinho tinto, luta para manter-se com qualidade no mercado mundial. Produz o afamado “Moscatel de Setúbal”, consagrado internacionalmente com vários diplomas. A doçaria prima pelas tortas, travesseiros, bolos conventuais e o famoso queijo de Azeitão, de sabores irresistíveis. Os cultos religiosos têm nas festividades de Nossa Senhora da Nossa Senhora da Arrábida Arrábida, o já tradicional círio, uma iniciativa dos pescadores e marítimos do bairro de Troino que homenageiam a sua santa protetora, em julho de cada ano. Setúbal, além da história promove feiras de artesanato, coordena todas as modalidades de esportes nas quatro estações, organiza festivais de teatro, espetáculos
Santola
Ameijoas
Queijo de Azeitão
musicais, patrocina o já famoso Festival Internacional de Cinema de Tróia, além de outros eventos e divertimentos que se realizam no decorrer do ano, comprovando ser uma cidade de cultura permanente e diversificada. Correspondente da Pará+ em Portugal
SERVIÇOS FOTOGRÁFICOS O renomado repórter fotográfico Elivaldo Pamplona, atualmente trabalha nos jornais O Liberal e Amazônia Jornal, sediados em Belém, capital do Pará. Como sócio honorário da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo do Estado do Pará – Abrajet Pará contribui com diversos veículos especializados em turismo com pautas sobre a Amazônia, atuando especialmente nas seis regiões turísticas do Pará: Belém, Marajó, Tapajós, Amazônica Atlântica, Araguaia Tocantins e Xingu. É fotógrafo profissional com larga experiência em fotos turísticas e culturais, meio ambiente, polícia, cidades, pautas políticas e coberturas de eventos.
Contatos: (91) 8202-5064
e-mail: elypam@gmail.com elypam@hotmail.com www.pamplonaimagens.blogspot.com
Registro profissional: 1707 DRT - PÁ Na FENAJ
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Comemorações do
Centenário da Imigração Japonesa ao Brasil Fotos: Antonio Cruz e Rodrigues Pozzebom /ABr
Na Sessão da Câmara e do Senado em homenagem à visita do príncipe Naruhito
O Príncipe Naruhito, herdeiro do trono do Japão
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s 100 anos da imigração japonesa no país foram comemorados pelo governo brasileiro com o lançamento de um selo e de uma moeda alusivos à data. A cerimônia ocorreu,no Palácio do Planalto, com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do Príncipe Naruhito, herdeiro do trono do Japão e a presença de ministros e parlamentares, houve entrega de medalha a personalidades que contribuíram para o aprimoramento das relações entres os dois países. À noite, o presidente Lula ofereceu jantar no Palácio Itamaraty em homenagem a Naruhito logo após assistir ao espetáculo de queima de fogos de artifício para lembrar o centenário da imigração.
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Durante a solenidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o Brasil possui todas as condições para lançar parcerias "mais ambiciosas" com o Japão do que as firmadas no passado. Segundo o presidente, a expectativa é de que Brasil e Japão avancem em novas frentes de atuação como a área de biocombustíveis e dos segmentos de tecnologia de ponta. “A realização do ano do intercâmbio Brasil-Japão é mais do que um momento de celebração. Oferece valiosa oportunidade para renovarmos uma amizade centenária que tem gerado benefícios para ambos os países. Com base no já construído, vamos avançar novas frentes de atuação conjunta”, ressaltou Lula.
MOEDAS E SELOS COMEMORATIVOS
Lançamento de selos comemorativos e moeda comemorativa do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil
Em Brasília, o Banco Central lançou a moeda comemorativa do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. A moeda foi cunhada em cuproníquel, com valor de face de R$ 2, ou seja, sem valor monetário. A tiragem inicial será de duas mil unidades podendo chegar ao máximo de dez mil. Elas estarão disponíveis para venda nas regionais do Departamento do Meio Circulante do Banco Central e por meio do site do Banco do Brasil na internet, pelo valor de R$ 24. A moeda mostra em um dos dois lados o navio Kasato Maru, que representa o início da imigração japonesa no Brasil por ter sido o primeiro a transportar japoneses para o País. Também foram lançados dois selos comemorativos pelos Correios. Um dos selos também traz a imagem do navio Kasatu Maru. O outro traz a figura do origami, arte da dobradura de papel, e ao fundo as bandeiras do Brasil e do Japão. Os selos foram criados pela artista Adriana Shibata e serão vendidos por R$ 3,50 nas franquias do Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).
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Crianças com bandeiras do Brasil participam, no Palácio do Planalto, das comemorações dos 100 anos da imigração japonesa
Cerimônia de comemoração do centenário da imigração japonesa no Brasil, no porto de Santos, no litoral de São Paulo Escultura da artista Tomie Otake em Santos inaugurada pelo príncipe herdeiro Naruhito
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Na ocasião, Lula lembrou que, nos últimos tempos, muitos brasileiros fizeram o caminho inverso de deus pais e avós. “O sonho desses brasileiros que moram no Japão é o mesmo dos japoneses que vieram ao Brasil há 100 anos: querem se integrar e contribuir para o progresso do país em que eles estão”, acrescentou. Para o príncipe-herdeiro do Japão, Naruhito, o centenário da imigração reforça ainda mais o laço entre os dois países. “Novamente, é uma alegria imensa poder visitar o Brasil. Espero continuar tendo a confiança do povo brasileiro”, disse o príncipe.
Recepção aos marinheiros de navios japoneses no porto de Santos A chegada dos primeiros imigrantes do Japão paraSão Paulo, no navio Kasato Maru
A queima de fogos de artifício, antes do jantar
Marinheiros desembarcam de navio de guerra japonês que atracou hoje no porto de Santos
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprimenta o Príncipe Naruhito, herdeiro do trono do Japão, durante solenidade em comemoração aos 100 anos da imigração japonesa no país
O príncipe Naruhito, herdeiro do trono do Japão, é recebido pelos presidentes da Câmara e do Senado, durante visita ao Congresso Nacional
A primeira-dama Marisa Letícia, presidente Lula, o príncipe Naruhito, herdeiro do trono do Japão, e o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, assistem à queima de fogos de artifício
Comandante da Aeronáutica, Juniti Saito
Fone: 91 3344-2100 BR-316 KM 04 Rua Ricardo Borges, 1855 Bairro da Guanabara - Ananindeua-PA
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Pará nos 100 Anos da Imigração Japonesa no Brasil texto e fotos por Rosa Kamada Dança japonesa no “Dia dos Meninos”
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este ano de 2008 em que se comemora o Ano do Intercâmbio A música clássica não foi esquecida. As japonesas: pianista Sachiko Japão-Brasil e Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, o Kato e a violinista Airi Yoshioka viajaram exclusivamente para se Estado do Pará que concentra a terceira maior comunidade apresentarem no Teatro da Paz, arrancando aplausos na maior casa de japonesa no território nacional, está participando com diversos espetáculos do norte do Brasil. eventos. São realizações, principalmente, da Comissão Organizadora Também, não poderia deixar de eleger aquela que representaria toda a Pan-Amazônica das Comemorações do Centenário da Imigração graça e a beleza nipônica, através do concurso de beleza – Miss Nikkei Japonesa no Brasil, Associação Pan Amazônia Centenário Pará. Larissa Noguchi foi a Nipo-Brasileira e Consulado Geral do Japão em vencedora que viajou para concorrer na etapa Belém, por meio de diversas parcerias. nacional em São Paulo, onde Karina Nakahara, Após o lançamento da Comissão, em grande paulistana, levou a faixa de Miss Centenário estilo, em janeiro, as festividades anuais do Brasil-Japão. Japão foram apresentadas com o “Festival das Dando continuidade às comemorações, foi Bonecas”, em alusão ao Dia das Meninas e o aberta a exposição “A Beleza da Água”, do “Dia dos Meninos”. Nas ocasiões, cerimônia de fotógrafo japonês Seiten Miyake e logo em chá, dança japonesa,ikebana (arranjo seguida, com mais de 100 produtos que floral),origami (dobradura de papel),shuji Cônsul-Geral do Japão em Belém, Hiroyuki marcaram a história recente do design japonês, e Secretário de Cultura do Estado (caligrafia), entre outros, também marcaram Ariyoshi a mostra “Design do Japão Hoje 100”,em 11 de do Pará, Edilson Moura presença. junho e permaneceu até 06 de julho. Cerimônia de chá no “Festival das Bonecas”
Os detalhes ricos das obras do “Festival das Bonecas”
Exposição “Design do Japão Hoje 100”
Um estilo de vida cotidiano no “Design do Japão Hoje 100”
O MEGA
pela nossa correspondente, historiou os sucessos deste festival, e como transpôs fronteiras. No ano de 1985, o Rio de Janeiro foi palco da primeira edição do Rock-in-Rio, cujo balanço foi sem sombra de dúvidas, o mais positivo. É um veículo de comunicação que une as pessoas através da música com forte vertente para o social. Tanto que na sua terceira edição no ano de 2001 no Rio de Janeiro criou o projeto-base das suas iniciativas denominado “Por Um Mundo Melhor”. Ao mesmo tempo que propicia as pessoas se divertirem, desperta-lhe a sensibilidade para melhorar por Anete Costa Ferreira Fotos: Ana Rojas as condições sociais dos jovens e das crianças, tendo como alicerce a música. oram cinco dias de intensa movimentação que Em 2006, o evento chega a Portugal com idêntico levou ao festival do Rock-in- Rio-Lisboa cerca objetivo, por considerar ser este um país com grandes de 400 mil visitantes, logrando o êxito que potencialidades artísticas. culturais e turísticas. superou as expectativas dos organizadores. Lançadas as bases registrou a sua marca “Rock-in-RioNo coração de Lisboa está o Parque da Bela Vista, já Lisboa”, desenvolvendo empreendimentos conhecido como a Cidade do Rock, onde o suntuoso inovadores, firmados na música como pano de fundo. pórtico desperta a curiosidade das pessoas que É um festa que mexe com o país pelas inovações que disputam um ingresso para comparecer aos eventos cria sempre voltadas ao ser humano. Neste 2008, ao que ali se realizam no terreno em toda sua sinuosidade. A mídia credenciou 800 profissionais dentre Portugal, No Parque da Bela Vista, a Cidade do Rock in Rio – Lisboa Brasil, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Holanda, Suíça, Rússia e Cazaquistão que informaram as emoções vividas pelo povo nos variados sons da música. Para uns o Rock-in-Rio Lisboa é uma sofisticadíssima feira popular, integrando nos seus diversos espaços, atividades que juntam várias classes sociais e faixas etárias onde a oferta musical heterogênea, assume o reflexo desta condição. No dia da abertura a direção ofertou mudas de pinheiros à Câmara Municipal de Lisboa que foram plantadas no Parque pelos artistas participantes da festa, os quais deram seus nomes a cada uma. O seu mentor Dr. Roberto Medina abordado em Lisboa
FESTIVAL MUSICAL F
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Roberto Medina com Anete Ferreira, nossa Correspondente em Portugal
atingir a sua 3ª edição, em terras lusitanas, proporcionou ações pioneiras, buscando conscientizar o Homem para a preservação do meio ambiente e a se preocupar com as alterações da Mãe Natureza. E neste sentido a área climática foi o ponto de excelência. Estes atos cada vez mais reafirmam o apoio e o prestígio dos portugueses para o brilhantismo invulgar do evento. Desde o Palco Mundo, o mais imediático, ao da Banda Eltrônica, passando pelo Sunset (criado neste ano), o tema é um só – a música. Tudo foi pensado e bem elaborado. O fraldário, e o espaço Kids para a petizada tiveram lugares destacados, a área Vip reuniu autoridades e convidados especiais, já o snowboard, o karaokê e o esporte radical, agitaram a massa jovem. Outra novidade foi o Espaço Fashion com desfiles de moda brasileira e artigos confeccionados com sementes, cascas e folhas de plantas de diversas regiões do Brasil. A Praça da Alimentação, englobando várias casas de refeições rápidas, o Shopping Village abrigando lojas de variados artigos e a sala de imprensa foram alvos de atenções especiais dos organizadores. Ambulatórios, hospitais, postos médicos, colocados em lugares estratégicos, caixa Multibanco e o acesso às pessoas de mobilidade reduzidas não foram esquecidos. O Ministério dos Transportes Públicos, facilitou o acesso, ampliando os horários dos ônibus, trens e metros em todo o país. Um dos pontos de maior preocupação da organização foi a segurança que não se restringiu unicamente a controlar as entradas, mas toda a envolvente do evento. Dando cumprimento ao ponto chave “Por Um Mundo Melhor”, a instalação foi totalmente revestida de materiais voltados às energias alternativas, onde no Palco Mundo (como exemplo), foram instaladas cerca de 240 painéis solares, produzindo 19 mil quilowattes de eletricidade. Neste âmbito, Escolas Secundárias inscreveram alunos no projeto para a criação de placas solares em estabelecimentos de ensino.
Astros de primeira grandeza no cenário artístico abrilhantaram os cinco dias do mega evento musical: Lenny Kravitz, Ivete Sangalo, Bom Jovi, Alanis Morissette, Rod Stwart, Tokio Hotel, Xutos & Pontapés, Moonspell, Orishas juntaram-se no Palco Mundo. O Palco Sunset considerado a maior novidade musical do festival, pautou-se unicamente pela música dançante, tendo tido talvez tanta afluência quanto o imediático Palco Mundo. Lá se apresentaram Phillarmonic Weed & Prince Wadada, Ricardo Azevedo & Lúcia Moniz, Rao Kyao, Ala dos Namorados & Nanci Vieira, Expensive Soul & Sara Tavares. Por sua vez a conhecida Tenda Eletrônica mudou de nome, passando a chamar-se Banda Eletrônica, apresentou com brilhantismo os mais famosos DJ's do planeta: Carl Cox, Mauro Roque & Leote, Dj's Paul Van Dyk, e Tó Ricciardi & Stereo Addiciton, dentre outros. O ponto relevante no dia do encerramento do mega festival musical, foi a entrega dos cheques aos responsáveis das entidades de solidariedade social para aplicação das ações voltadas ao meio- ambiente. Medina, sublinhou o regresso do Rock-in-Rio ao Brasil, em 2010 por ocasião da Copa do Mundo para reviver as emoções da música no seu país de origem. Salientou que projeta lançar o festival também na Itália e na Alemanha. No próximo mês de julho será a vez de Madrid com o mesmo tema voltado às alterações climatícas. A Câmara Municipal de Lisboa, num gesto simpático, prestou significativa homenagem a Roberto Medina pelo seu trabalho em pról da cultura portuguesa e na ocasião, o criador do festival assegurou voltar em 2010, prosseguindo sua trajetória em prol do social. Roberto Medina e sua vice-presidente, Roberta Medina, eram só felicidades por mais este êxito do Rock-in-Rio-Lisboa, certos de haverem cumprido a sua meta “Por Um Mundo Melhor”. Correspondente da Pará+ em Portugal
Ivete Sangalo no Rock-in- Rio-Lisboa
Uma
relação
satisfatória
Uma relação sexual satisfatória dura entre três e treze minutos, de acordo com estudo realizado por pesquisadores da Universidade Penn State
O
s pesquisadores ouviram 50 integrantes americanos e canadenses da Sociedade de Pesquisa e Te r a p i a S e x u a l , incluindo psicólogos, médicos, assistentes sociais, terapeutas familiares e enfermeiras. De acordo com o levantamento, os pesquisados acreditam que um ato sexual "adequado" dura entre três e sete minutos; um "desejável", de sete a 13 minutos; um "curto demais", de um a dois minutos; e um "muito longo", de dez a 30 minutos. Os resultados foram publicados na revista Journal of Sexual Medicine. "A interpretação de um homem ou de uma mulher de seu funcionamento sexual, ou o de sua (seu) parceira (o) tem como base crenças pessoais
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fundamentadas, em parte, nas mensagens da sociedade", afirmaram os pesquisadores. "Infelizmente, a cultura popular atual reforçou estereótipos a respeito das atividades sexuais", acrescenta o estudo. "E muitos homens e mulheres parecem acreditar na fantasia de um pênis enorme, ereções duras como uma rocha e relações que duram a noite toda", afirmam os autores da pesquisa.
Pesquisas anteriores Pesquisas anteriores indicavam que uma grande porcentagem de homens e mulheres gostaria que a relação sexual durasse 30 minutos ou mais. "Esta parece ser uma situação propícia para decepção e insatisfação", afirmou um dos autores da pesquisa, Eric Corty, da Universidade Penn State. "Com essa pesquisa, esperamos dissipar estas fantasias e encorajar homens e mulheres com informações realistas a respeito de relações sexuais aceitáveis, evitando decepções e problemas sexuais", acrescentou o pesquisador. O estudo também poderá ajudar no tratamento de pessoas que já têm problemas sexuais. "Se um paciente está preocupado com a duração da relação, estas informações podem ajudar a afastar a preocupação com problemas físicos e fazer com que ele seja tratado, inicialmente, com aconselhamento, ao invés de remédios", disse Corty.
ABERTA A OPORTUNIDADE PARA O SETOR RURAL RENEGOCIAR SUAS DÍVIDAS
O
s produtores rurais, agricultores familiares e de cooperativas poderão liquidar ou regularizar dívidas de crédito rural com base na nova Medida Provisória nº 432, editada pelo governo federal, no final do mês passado. A nova MP reduz os encargos financeiros de alguns programas mais recentes de investimento rural e de custeios prorrogados, e concede, para os mutuários com dificuldade de pagamento, prazos adicionais para a amortização destas operações. Dentre o conjunto de ações previstas no documento destacamse: a concessão de descontos para liquidação, em 2008, 2009 ou 2010, das operações antigas com risco da União e Fundos Constitucionais; redução dos encargos por inadimplemento incidentes sobre as prestações vencidas e não pagas; diluição do saldo devedor vencido entre as parcelas vincendas; concessão de prazo adicional para pagamento; e redução das taxas de juros das operações com encargos mais elevados. A MP 432 objetiva facilitar a liquidação das operações efetuadas nas décadas de 80 e 90, concedendo descontos para liquidação antecipada, além de reduzir os saldos devedores com a retirada dos encargos por inadimplemento das operações, de maneira a possibilitar aos mutuários inadimplentes a regularização de suas pendências. As condições gerais para liquidação ou regularização das dívidas originárias de crédito rural, podem ser assim sintetizadas em seus principais pontos: a) Nas operações antigas efetuadas com risco da União e do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), serão concedidos descontos em percentuais inversamente proporcionais ao valor das dívidas, isto é, quanto maior o saldo devedor menor o desconto e viceversa;
A Medida Provisória prevê ainda o investimento em áreas para regularização, recuperação e uso de áreas de reserva legal degradadas para uso econômico e financeiro, onde qualquer item necessário à implementação do plano/projeto ou que contribuam para impulsionar negócios serão financiados, a encargos financeiros de 4 % ao ano, com recursos do FNO. O prazo de financiamento é de até 20 anos, com prazo de carência de 12 anos nos casos de culturas de longo ciclo de maturação; bônus de adimplência de 15% para mutuários que pagarem a parcela da dívida até a dada do vencimento e a própria floresta como garantia. Os itens financiados por esse produto são: regularização fundiária; preparo do terreno; preparo e aquisição de mudas; armazenamento de sementes de essências florestais; plantio; viveiro florestal; insumos; tratos culturais; práticas de proteção florestal; exploração e transporte; certificação florestal; e outros justificados pela assistência técnica. O Banco da Amazônia estudou todo elenco de normas de reestruturação da dívida rural e instruiu toda sua rede de atendimento, a qual, desde 09 de junho, está apta a fornecer todas as informações de acordo com a característica da operação. Basta o comparecimento do mutuário e o enquadramento de sua operação, para que as facilidades das recentes medidas sejam implementadas e possa o cliente participar dos benefícios significativos que ora estão sendo ofertados, estimados pelo Governo Federal na ordem de R$ 9 bilhões.
b) As operações de crédito em situação de inadimplência, sujeitas a encargos atrelados à Taxa Média Selic (TMS) mais 1% ao ano, terão esses encargos substituídos pelo Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) mais 6% ao ano, a partir da data de vencimento de cada prestação vencida; c) Segundo as Resoluções do Conselho Monetário Nacional que viabilizam a referida Medida Provisória, o cronograma do processo de liquidação ou renegociação das dívidas é o seguinte: Ш para que os mutuários manifestem interesse em aderir ao processo de renegociação de dívidas, ou seja, assinarem o Termo de Adesão: até 30/09/2008; Ш para liquidação da dívida com descontos ou amortização do valor mínimo exigido sobre as prestações vencidas para renegociação do saldo devedor: até 30.12.2008; Ш para que o Banco preste as informações cabíveis sobre as medidas adotadas à STN/MF e MI: até 30.06.2009. EDIÇÃO 79 [JULHO 08] p a r a m a i s . c o m . b r
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Camillo Vianna
Pouco mais que nada ou daí pra pior M
al sabia o Comandante Orellana, que com busca do tesouro de El Dourado, fosse dar andamento a toda uma complicada barafunda denominada séculos mais tarde, de Integração da região amazônica, seqüência não só do descobrimento como da conquista e ocupação do antigo Inferno Verde. Passando assim, de raspão, pela história do País das Amazonas, chegamos, com armas e bagagens, na fase ufanisticamente chamada de Integração, que teve nos anos setenta, do segundo milênio do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, seus pontos mais altos de referência, todos eles com características de grandiosidade tal, que dispô-los em ordem prioritária será altamente temerário ou levar o responsável pela afirmativa a uma espécie de suicídio. Mal comparando, tais eventos representativos podem, muito por baixo, assemelharem-se as tão decantadas pragas do Egito, que forçaram a saída do povo judeu da terra dos faraós, justo o contrário que se pretende por estas paragens, qual seja, o de trazer o pessoal para cá, exatamente, um dos chamados espaços vazios deste mundo velho. Passemos aos fatos, cabendo argumentação a cada um em particular no conjunto, ou a quem encontre condições para tal, quer do ponto de vista do patrimônio pessoal ou através das atribuições delegadas pelos escalões superiores. Os incentivos fiscais merecem posicionamento singular nessa distribuição de importância, pois são os responsáveis pelo surgimento dos subprojetos de agropecuária que de agro tem muito pouco e de boi muito menos, uma vez que serviram de cortina de fumaça para esconder a evasão de dinheiros para fora da Amazônia. Exatamente o que poderá ser detectado, em relação à pesca predatória, na pródiga costa norte e nos estuários, ficando para nossa disponibilidade alimentar, os milhares de toneladas de peixes que vem sendo jogados fora, competindo com o grandioso comercio irregular de peles de animais silvestres, rico em dólares, e que vem
contribuindo para a sensível diminuição das fontes naturais de alimentos, agravada sobremodo, pela destruição ambiental em escala nunca vista em nosso País ou fora dele, praticamente executada a ferro e fogo, não deixando de ser encontrada em larga escala a não ser talvez, pelos pobres de espírito, que ainda competem com atividades de mercenários, ávidos de pecúnia e de bem-estar pessoal, como os participantes da autodenominada Associação de Empresários da Amazônia, prenhe de benesses, diferindo, no particular, dos pobre diabos representados pelos índios, colonos, castanheiros, pescadores e outros tais, duramente fustigados empurrados para os núcleos populacionais inteiramente inchados e descontrolados, reflexo de colonização entregue ao Deus dará, tal o tumulto existente no setor, desplanejado tal e qual o da
construção das super hidrelétricas, que até o presente, funcionam como instrumento de agressão ambiental e cultural. A desnacionalização da Hiléia, reflexo de problema de muito maior envergadura, deu como resultante o aparecimento de enclaves, sendo um deles verdadeiro unaitesesteitesrana, tal a potencialidade de suas distâncias territoriais, menor em escala geográfica, que as fabulosas Minas de Salomão, que continuam a dar à região, a característica mais secular de área de coleta, em que pese a assertiva de vir a ser ela o Futuro Celeiro do Mundo, revogando-se evidentemente, as disposições em contrário, pois do jeito que as coisas vem vindo, a situação está, como se diz aqui, melhorando para pior. *para o Jornal Boa Vista, em 28 de março de 1980
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Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o alimento funcional é aquele que, além das funções nutricionais básicas, quando consumido como parte da dieta usual produz efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para o consumo sem supervisão médica. A eficácia e segurança desses alimentos devem ser asseguradas por estudos científicos. Ou seja, eles devem oferecer benefícios como a redução do risco de diversas doenças e a manutenção do bem-estar físico e mental – e não a cura de doenças.
Alimentos funcionais:
SEUS MELHORES AMIGOS À MESA por Dr. Fábio César dos Santos
devemos nos lembrar de que salmões de cativeiro podem não ter as mesmas propriedades funcionais”.
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Salmão
Por ser uma grande fonte dos ácidos graxos omega 3, previne doenças cardiovasculares e previne e controla doenças autoimunes e inflamatórias. Ajuda a combater as dores da artrite, melhora a depressão e protege o cérebro contra doenças como o mal de Alzheimer. Deve ser consumido cozido, assado ou grelhado, pois frituras e moquecas inativam sua proteção. Quantidade recomendada: 180 gramas/ semana. O dr. Fábio César ressalta: “Essas não são propriedades exclusivas do salmão. Outros peixes, como a sardinha, também contêm boas quantidades de omega 3. Também
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2
Uva
Tem efeito anti-oxidante, por causa dos flavonóides. Age prevenindo a formação de radicais livres, diminuindo os níveis de LDLcolesterol (o colesterol ruim). Além disso, ainda alivia as ondas de calor nas mulheres em menopausa. A uva também ajuda a inibir certos tipos de cancer e a formação de ateromas. Sua casca contém resveratrol e quercetina, que reduzem os riscos de doenças cardiovasculares, inibem a formação de carcinógenos,
coágulos e inflamações. Quantidade recomendada: 2 copos de suco de uva ou 1 taça de vinho tinto seco/dia.
3
Soja
4
Aveia
Por causa das isoflavonas, alivia sintomas desagradáveis da menopausa, reduz o risco de doenças cardiovasculares, do cancer de mma, do cancer de próstata e da osteoporose. Quantidade recomendada: 1 xícara de chá de grãos de soja/dia.
A betaglucana contida na aveia ajuda no controle da glicemia e do colesterol sérico. Diminui as taxas de colesterol ruim e combate a prisão de ventre (um dos fatores de risco para o câncer de intestino). Quantidade
recomendada: 3 colheres de sopa/dia de farelo de aveia ou 4 colheres de sopa/dia de aveia.
5
Azeite
6
Tomate
É uma substituição simples e muito saudável: utiliza azeite de oliva em vez de margarina ou manteiga. Essa substituição pode reduzir em até 40% o risco de doenças do coração. O azeite diminui as taxas de colesterol ruim. Quantidade recomendada: 1 colher de sopa/dia. “Dê preferência ao azeite extravirgem, mas cuidado para não usá-lo em frituras”, orienta Dr. Fábio.
O licopeno, substância do tomate, tem intensa atividade anti-oxidante, reduz o
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risco de doenças cardiovasculares e do câncer, principalmente o câncer de próstata. Quantidade recomendada: 1 colher e ½ de sopa de molho de tomate/dia. O médico completa: “O tomate é recomendado na forma de molho, pois, no cozimento, quebra-se o composto de fitolicopeno e forma-se o licopeno, facilitando sua ação”.
9
Castanha- Rica em selênio, auxilia na prevenção do-pará de problemas cardíacos e tireoideanos, além de ser um ótimo anti-oxidante. “Seu potencial é reconhecido mundialmente”, diz o cardiologista. Quantidade recomendada: 1 unidade/dia.
7
Folhas As folhas verde-escuras (espinafre, por verdeescuras exemplo), além de possuírem boas
quantidades de betacaroteno e vitaminas C e E, contêm luteína, que, junto com a zeaxantina (um carotenóide anti-oxidante contido no pequi e no milho), protege contra a degeneração macular e ajuda na manutenção de uma boa visão. A luteína não é produzida pelo corpo humano, devendo ser ingerida. Não existe uma quantidade recomendável de ingestão de luteína, mas evidências sugerem um consumo de 6 mg a 20 mg/dia.
10
(Camellia sinensis). Dr. Fábio César explica que “o chá verde possui flavonóides anti-oxidantes, as catequinas, que ajudam a retardar o envelhecimento e têm propriedades para a prevenção de tumores e catarata. Estudos indicam que ele também pode diminuir a probabilidade de doenças cardíacas e auxiliar no emagrecimento”. Quantidade recomendada: para reduzir os riscos de gastrite e câncer de esôfago, consuma de 4 a 6 xícaras/dia.
Chá Verde
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A alicina contida no alho reduz o risco de doenças cardiovasculares, estimula a produção de enzimas que protegem contra o câncer gástrico, e, Segundo o Dr. Fábio César, o alho, é excelente para a imunidade e como antiinflamatório. Quantidade recomendada: 1 dente/dia comprovadamente diminui as taxas de colesterol e a pressão arterial. Novamente, não vale fritar!
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Alho
EDIÇÃO 79 [JULHO 08] p a r a m a i s . c o m . b r
Médico Cardiologista e Ecocardiografista certificado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e Associação Médica Brasileira com pósgraduação na Duke University - North Carolina – USA e Prática Ortomolecular
Se você
não gosta ou não pode
pegar sol
T
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