Mensageiro Agosto de 2015

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Ano XXXI - nº 369 Agosto de 2015 Distribuição gratuita Informativo da Paróquia Nossa Senhora de Loreto Fundada em 6.3.1661 www.loreto.org.br

Vocação

Você já pensou nisso?


Índice Expediente Direção Espiritual

Pe Sebastião Coordenação

Hélia Fraga Equipe de Trabalho

Ana Clébia, Bira, Pascom Loreto, Badá, Corredeira, Thiago Santos Fotos Dennys Silva e David Capa: CORREDEIRA Diagramação

Lionel Mota Impressão

Gráfica Stamppa

16 Editorial...............................................................................................................................3 Temas Bíblicos...................................................................................................................4 Profissão de Fé...................................................................................................................5 Loretando............................................................................................................................6 Escritos de Santo Antônio Maria Zaccaria ����������������������������������������������������������������7 Espaço teológico................................................................................................................8 Coluna Cultural.................................................................................................................9 Entrevista Pastoral - Terço dos homens ������������������������������������������������������������������ 10 Mês das vocações........................................................................................... 12 15 anos de Betânia......................................................................................................... 15 30 anos de EJC................................................................................................................ 16 Curso Nova Vida............................................................................................................. 17 Falando Francamente................................................................................................... 18 São João Maria Vianney................................................................................................ 19 Fé e Política...................................................................................................................... 20 Anote em sua Agenda.................................................................................................... 21 Loretinho.......................................................................................................................... 22

Expediente Paroquial MATRIZ PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE LORETO End.: Ladeira da Freguesia, 375 - Freguesia Jacarepaguá - RJ - CEP 22760-090 Tel.: 3392-4402 e 2425-0900 Emails: adm@loreto.org.br (Administração) secretaria@loreto.org.br (Secretaria) Site: www.loreto.org.br

NOSSA SENHORA DA PENNA: Dom.............................................................11h NOSSA SENHORA DO AMPARO Est. de Jacarepaguá, 6883 Anil - Tel: 2447-6802

4ª..................................................................18h Sáb..........................................16h (catequese) Dom.......................................................... 7h30 INSP Estr do Pau Ferro. 945 Freguesia - Tel:3392-2521

Dom...............................................................8h

HORÁRIO DA SECRETARIA Segunda a Domingo..............das 8h às 19h HORÁRIO DAS MISSAS Segunda a sexta.......................... 7h e 19h30. Sábado.......................................... 7h e 18h30. Dom...... 7h; 8h30 (crianças); 10h30 e 19h.

CONFISSÕES 3ª a 6ª.................de 9 às 11h e de 15às 17h 3ª a 6ª...................................... de 20h às 22h Sábado................. de 9 às 11h na secretaria EUCARISTIA para doentes Atendimento domiciliar e hospitalar. Marcar por telefone com a Secretaria. BATISMO Atendimento na Sacristia Inscrições - 5ª e Sábado................. 9h às 11

CAPELAS Endereços das Capelas e os Horários das Missas NOSSA SENHORA DE BELÉM

SANTO ANTONIO

Rua Edgard Werneck, 217 - Freguesia Tel: 2445-2146

Rua Edgard Werneck 431 Freguesia Tel: 3094-4139

Terças e Quintas..................................17h30 Dom........................................................16h30 SÃO JOSÉ (CARMELO) Rua Timboaçu, 421 Freguesia - Tel: 3392-0408

Seg. a Sábado.......................................... 7h30 Domingo......................................................9h

3ª feira................................................ 17:30hs 4ª a 6ª feira:....................................... 06:30hs Exceto a 1ª sexta............................... 18:00hs E última 4ª quarta do mês (Missa de Cura) .................................................. 20:00 hs Sábados ............................................. 18:00 hs Domingos ........................................ 09:00 hs


Mês das vocações

Editorial Pe. Sebastião Noronha Cintra*

Querido paroquiano, prezado leitor. Mês das vocações, agosto vem nos chamar para celebrar o dia do Padre no primeiro domingo, mas comemorado no dia de São João Maria Vianney (4 de agosto). Depois celebramos a vocação à vida familiar no dia dos Pais (segundo domingo). O dia dos religiosos consagrados (irmãs, irmãos) é o terceiro domingo. O dia do leigo, grande maioria na Igreja, é o quarto domingo e o dia do catequista, o quinto domingo. Vamos lembrar o chamado (vocação) que Deus faz a cada pessoa dentro da sua Igreja. E, na nossa oração pedimos que cada pessoa assuma seu lugar e valorize todas as vocações. A Pastoral Familiar conduzirá a Semana da Família, começando no sábado, dia 08 até o sábado seguinte, dia 16/08, celebrando o grande dom de Deus que é a Família. Será uma semana cheia de atividades voltadas para todos os membros da família, incluindo os idosos, nossos pais e avós. A novidade será o encerramento no Santuário de Fátima, no Recreio, precedido por uma caravana das famílias, que sairá daqui do Loreto às 08:30 horas. Desde o início de seu pontificado o Papa Francisco vem falado em suas homilias, encontros e entrevistas sobre o meio ambiente e sobre a responsabilidade do homem diante da criação. Temos agora a tarefa, que deverá ser de todos nós, de estudar a encíclica LAUDATO SI’, lançada recentemente e que começa a ser tratada, mesmo que sucintamente, nessa edição. Precisamos não só conhecê-la, mas descobrir onde nos encaixamos e como será nossa ação concreta, em favor de nós mesmos, já que tudo que fizermos em favor da terra, estamos fazendo em nosso próprio favor. A encíclica, cujo título foi inspirado no “Cântico das Criaturas” de S. Francisco de Assis, já disponível nas livrarias católicas, pode também ser lida em www.vatican.va, e logo no início, nos deixa a pista da preciosidade que vamos encontrar: 1. «LAUDATO SI’, mi’ Signore – Louvado sejas, meu Senhor», cantava São Francisco de Assis. Neste gracioso cântico, recordava-nos que a nossa casa comum se pode comparar ora a uma irmã, com quem partilhamos a existência, ora a uma boa mãe, que nos acolhe nos seus braços: «Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa e produz variados frutos com flores coloridas e verduras».[1] 2. Esta irmã clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou. Crescemos a pensar que éramos seus proprietários e dominadores, autorizados a saqueá-la. A violência, que está no coração humano ferido pelo pecado, vislumbra-se nos sintomas de doença que notamos no solo, na água, no ar e nos seres vivos. Por isso, entre os pobres mais abandonados e maltratados, conta-se a nossa terra oprimida e devastada, que «geme e sofre as dores do parto» (Rm 8, 22). Esquecemo-nos de que nós mesmos somos terra (cf. Gn 2, 7). O nosso corpo é constituído pelos elementos do planeta; o seu ar permite-nos respirar, e a sua água vivifica-nos e restaura-nos. Nossa Senhora, Rainha levada ao céu, rogai por nós. Nota: O editorial deste mês foi escrito pela redação, já que nosso Pároco, Pe. Sebastião está de férias. Agosto 2015

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Temas bíblicos

1Jo (16) Reflexão final

Padre Fernando Capra comentariosbiblicospadrefernandocapra.blogspot.com.br

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uando chegamos ao fim da Primeira Carta de São João, cuja leitura nos é oferecida, cada ano, pela Liturgia diária do Tempo do Natal, notamos que o autor utiliza uma linguagem diversificada em cada tema que ele aborda e que alcançamos a noção exata de cada termo somente quando dominamos as suas formas diversificadas. Consequentemente, devemos dizer que para ler 1Jo devemos construir um vocabulário que somente é possível dominar na medida em que progredimos na sua leitura. Se, porém, podemos nos valer de um desbravador que já foi na nossa frente e abriu o caminho... Tudo será mais fácil. Ao abordar 1Jo nos espera um trabalho minucioso de polimento de conceitos. Eles estão na mente do autor e inspiram as suas argumentações. Quanto mais deles descobrirmos o brilho, tanto mais nos aproximaremos das emoções e consolações que ele experimentou: “E isto vos escrevemos para que a nossa alegria seja completa” (1,4). A princípio, dizemos que João escreveu esta Carta para precaver os fiéis das igrejas do perigo de serem desencaminhados pela pregação dos que, embora tivessem começado na condição de “uns dos nossos”, revelaram não o ser. Tornaram-se os que negam ser Jesus o Cristo. Aos quais, João enfaticamente responde: “Nós somos de Deus, quem conhece a Deus nos ouve” (4,6). Encontramos a explicitação dessa convicção resumida em 5,13: “Eu vos escrevo tudo isto a vós que credes no nome do Filho de Deus, para saberdes que tendes a Vida eterna”. Estas são palavras que encontramos no fim da argumentação que começa em 5,5. A argumentação (5,5-13) é um apêndice do tema anunciado em 2,18-28, retomado em 4,1-6. Notamos, todavia, que ela prepara o epílogo, que é uma afirmação peremptória da condição divina de Jesus Cristo, propositalmente lem-

brado com o termo do prólogo, enquanto era apresentado por João na condição d´Aquele que era desde o princípio (1,1; 2,13): “Palavra da Vida, Vida, Vida eterna” (1,1-2). Quando, porém, comparamos esta Carta com o Apocalipse de João, notamos que João não se limita a um tema específico. Sempre lembra que a solução do problema tem seu fundamento na vivência plena da vida cristã. Somente o fiel que chega a ter em si a vida de Deus pelo exercício da caridade perfeita é capaz de se precaver seja do erro da apostasia, como do desânimo diante das provações que o testemunho da Palavra e de Jesus Cristo acarreta. Por causa disso, a Carta se torna um manual de vida cristã. Por ela, João quer nos transmitir “a mensagem que ouvimos de Jesus Cristo, o Filho” (1,5). Para entender a mensagem de Jesus em toda a sua importância, João nos diz que a considera algo que procede da Luz. Trata-se de algo incompatível com a treva. Inspira-se em Gn 1, 3-5. Temos o seu comentário em Jo 1,9-10. A vida cristã é a vida dos que são estirpe de Deus, porque gerados por Deus. Uma vida que se opõe, diametralmente, à condição daqueles que, seduzidos pelas concupiscências ou desencaminhados pelos vãos arrazoados dos que vão além daquilo que os Apóstolos ensinaram, abandonam a fé que abraçaram desde o princípio. Quem dá a sua adesão de fé a Jesus Cristo é justificado, reconciliado com Deus, mediante a adoção filial “em Jesus Cristo” (Ef 1,5). A sua condição embrional, embora seja vida plena, qual Jesus mereceu para a sua humanidade pela ressurreição, acarreta o necessário exercício de uma continuada resistência ao Mal, porque, como nos diz Pedro: “O Diabo vive nos espreitando para nos devorar”. Nós podemos não ter pecados, mas não estamos isentos de recaídas. Quem não vive a purificação e parte para abraçar o pecado deixa de ser de Deus. Ele se torna do Diabo.


Profissão de Fé Jane do Térsio

O Espírito e a Palavra de Deus no tempo das promessas

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ver e ouvir, revelado e ao mesmo tempo “oculto” na Nuvem do Espírito Santo. O dom da Lei é usado por Deus para conduzir o povo a Cristo, mas como o homem estava privado da “semelhança”, o Espírito Santo vai ser suscitado, podemos verificar isso nos gemidos dos Salmos.

os tempos do Antigo Testamento as missões do Verbo e do Espírito do Pai estão de certo modo “escondidas”, pois não estavam plenamente reveladas, mas mesmo assim já estavam prometidas. A Igreja, no Símbolo nicenoconstantinopolitano, afirma que o Espírito “falou pelos profetas”. Os profetas eram pessoas inspiradas pelo Espírito Santo para falarem e escreverem em nome de Deus. Na criação Conforme o Salmo 33,6 “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, pelo sopro de sua boca todo o seu exército”. Ou seja, a Palavra de Deus e seu Sopro estão na origem do ser e da vida de toda criatura. Sendo o Espírito Santo consubstancial ao Pai e ao Filho, cabe a Ele reinar, santificar e animar a criação, tendo poder sobre a vida. O Espírito da Promessa O pecado e a morte desfigu-

raram o homem que continua “à imagem de Deus”, mas é privado da Glória de Deus, privado da “semelhança”. Deus promete a Abraão uma descendência e nela serão abençoadas todas as nações da terra. Deus assim se compromete a dar seu Filho bem amado e o Espírito da promessa. Nas Teofanias e na Lei Nas manifestações de Deus (Teofanias) o Verbo de Deus se fez

No Reino do Exílio Mesmo sendo sinal da promessa e da aliança a Lei não foi devidamente observada. Depois do Rei Davi as tentações levam o Reino de Israel a se tornar como as outras nações. Mas havia a promessa feita a Davi de um trono eterno que será obra do Espírito Santo, ele pertencerá aos pobres segundo o Espírito. Após o esquecimento da Lei e a infidelidade à Aliança o povo vive o Exílio, que chega a ser interpretado como um aparente fracasso das Promessas, mas isto fazia parte do projeto de Deus, pois era preciso que o povo de Deus sofresse essa purificação.

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Loretando Paulo Sobrinho e Solange - loretando@oi.com.br

Fotografias

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utro dia, meio que do nada, Solange resolveu revirar a caixa de fotografias. Na verdade são duas caixas pesadíssimas com fotos de todos os tempos. Fotos que contam a nossa história do começo, meio e... Bem, do fim ainda não. É incrível como essas imagens nos fazem viajar no tempo. É gostoso demais. Num rolar de álbuns pra lá e para cá fomos nos reconhecendo aqui e ali com roupas e cabelos estranhos, amigos sumidos, festas esquecidas e muita, mas muita saudade. Aquilo que seria feito em alguns minutos para achar uma determinada foto demorou, graças a Deus, horas. De repente estavam todos, inclusive os filhos remexendo no passado recente. As “crianças” vibravam com o que viam, vibravam com cada fantasia, com cada festa de aniversário, cada brinquedo de natal. As escolas por que passaram, as professoras, as tias. Lembranças quase apagadas que voltavam com força total nos olhos e mentes ali encantados com tantas recordações. Como é emocionante rever o tempo que passou tão perto. Vejo-me pequeno ainda, numa foto em preto e branco, magro como um “vara pau” ao lado da Dona Madalena fazendo pose com uma camisa do Flamengo, na casa da Levi de Miranda. Ou aquela de cabelo reco, fuzil na mão e cara de “o que é que eu estou fazendo aqui” no Exército. Outra linda, eu e Solange entrando na igreja, Pe. Sebastião nos abençoando. O nascimento de cada filho, a cara de felicidade do pai e a cara de cansaço da mãe. Emociono-me até hoje quando vejo minha esposa com aquele barrigão, ou então dando o peito para amamentar. Foto é uma coisa que realmente vem dos deuses, pois não há vídeo, dvd ou digital que supere a emoção de reunir a família e rever seu passado tocando, apalpando e até sentindo o cheiro de uma história maravilhosa que é a nossa vida. E vocês também, pois, com certeza cada um de vocês tem um pedaço de vida guardado em fotografias. Nós somos componentes vivos de um grande romance de vida, vida essa dada por Deus e graças a Ele temos muito que contar. Dentro da minha história de vida 6

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não consigo imaginar ter chegado aonde cheguei sem a ajuda imediata do Todo Poderoso e me curvo a Ele todos os dias quando fecho a porta de casa e vejo que todos os meus filhos estão ali em segurança. Quando poderia imaginar que aquele menino magricelo, meio caidinho iria encontrar uma moça tão bonita e com ela formar uma família tão maravilhosa. Quem diria que eu chegaria aos cinqüenta anos com troféus magníficos, que são meus filhos, com uma casa totalmente nossa e com uma história de vida em família de dar gosto. Penso que não chegaria muito longe não fosse à comunidade que escolhi viver, ela deu norte a minha vida. Minha comunidade de Deus, a comunidade do Loreto me encaminhou para essa vida, embalou meus sonhos de criança e de adolescente. Deu-me várias oportunidades de aprendizado, deu-me tudo o que tenho hoje. A mulher que eu amo e os filhos que me dão orgulho. Tudo isso revisto em fotos tem um sabor diferente, pois, podemos fazer comparações e confirmar o quanto evoluímos e é isso que Deus quer da gente; crescimento. Desafio cada um de vocês a reunir a família, comprar umas pizzas e descer aquela caixa de fotos guardada no fundo do armário. Revejam juntos todos os momentos registrados e reflitam como o Senhor Deus é generoso como nossas vidas, como Ele se dispõe a nos proteger e a fazer de cada um de nós um exemplo vivo de sua graça. Por mais que tenhamos passado por momentos difíceis, a grande maioria é feita de momentos positivos. Por isso devemos louvar a Deus por esses instantes e amar cada vez mais tudo o que temos e somos, pois não viemos aqui só de passagem, viemos para deixar nossas pegadas e executar o plano de Deus de forma primorosa. Pensem nisso. O homem é eterno quando sua obra permanece. O que você tem deixado para a história? P.S.: “ Que a família comece e termine sabendo aonde vai...” P.S. do P.S. Deus abençoe todas as nossas famílias.


Escritos de Santo Antônio Maria Zaccaria

O Espírito Profético na espiritualidade Zaccariana SAMZ tinha consciência de que Deus sempre está atento com o seu povo e que, por isso, envia os seus profetas para um benefício sem fim (cf. 20105). Por outro lado, é bom destacar que na ação profética existe grande esperança e salvação, que a tornam um convite à conversão, enquanto convidam a olhar para frente e para o crescimento do povo. O espírito profético está muito presente na espiritualidade Zaccariana porque, a partir do Santo Fundador, surgiram homens e mulheres valentes respondendo à vocação profética recebida no dia do batismo: “Jesus Cristo é Aquele que o Pai ungiu com o Espírito Santo e constituiu “sacerdote, profeta e rei”. Todo o povo de Deus participa destas três funções de Cristo, com as responsabilidades de missão e de serviço que delas resultam” (CIC§ 783), por conseguinte, a vocação profética nos impele a sermos pessoas espirituais que vigiam sua conduta e controlam a sua

língua para o bem e para serem cristãos que sabem orientar a própria vida, e a dos outros, correta e disciplinadamente (cf. 20213). Especificamente, o que é um profeta? A palavra tem sua origem no hebraico: nabim, que significa “o que fala em lugar de...”, de fato, os profetas são os que falam em lugar de Deus. Em geral, se tem a ideia de que o profeta é um adivinho, um futurólogo ou um visionário, mas, o nabi é mais de que isso, o profeta é uma pessoa escolhida e chamada por Deus de forma especial para uma missão concreta. Além disso, os profetas são pessoas inspiradas pelo Espirito, que, por experiência pessoal, foram amadurecendo no caminho divino. (Por Cristóbal Ávalos)

(continua – do blog - http://vocacionalbarnabita.blogspot.com.br)


Espaço teológico Michele Amaral - Bacharel em Teologia – PUC-Rio

Carta Encíclica Laudato Si’

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esse mês de julho iremos conversar um pouco sobre a mais nova Carta Encíclica do Papa Francisco. Antes de começarmos a falar sobre ela irei explicar o que consiste uma Carta Encíclica. A Carta Encíclica é um documento do Papa, uma espécie de carta circular. Quando ela fala de temas morais ou doutrinais, é dirigida aos bispos de todo o mundo e, por meio deles, a todos os fiéis, enquanto quando tratam de questões políticas, econômicas ou sociais, são dirigidas, normalmente, não só aos católicos, mas também a todas as pessoas. A Laudato Si’, trata de ecologia e do cuidado da “casa comum”, ou seja, o nosso planeta terra. O Papa iniciou sua encíclica com um canto de São Francisco de Assis, Laudato Si’ mi Signore - “Louvado sejas, meu Senhor”, que louva a Deus recordando que a nossa casa comum pode ser comparada, ora a uma irmã, ora a uma mãe. E o papa nos lembra que a terra agora oprimida e devastada “geme e sofre as dores do parto” (Rm 8,22). Começa nos lembrando que nosso corpo é formado pelos mesmos elementos que constituem o planeta: a argila, da qual Deus formou Adão, a água que mata a sede, o ar que enche nossos pulmões e nos mantém vivos. Somos terra, argila sobre a qual é soprado o espírito divino que anima e inspira. Devido a isso devemos viver uma ecologia integral, como foi a vivida por São Francisco de Assis. As identidades humanas e natural se entrelaçam e interagem, logos todas as criaturas e coisas criadas devem ser tratadas e chamadas de irmãos e irmãs. Mesmo diante dessa visão maravilhosa da criação, onde o amor é a razão fundamental desta, onde somos colocados para cuidar com carinho e atenção, temos que ficar alertas com as atitudes de consumismo predatório que as grandes potências e governos irresponsáveis infligem à nossa irmã terra. O Papa nos alerta que da mesma forma que lutamos pelo meio ambiente, devemos também lutar a favor dos pobres, pois a depredação do primeiro traz sofrimento ao segundo. Ele nos faz refletir como esse consumismo desenfreado gera sérios danos de saúde e uma degradação das condições de vidas das populações que em sua maioria são forçadas a emigrar, instituindo um círculo vicioso que leva à destruição das famí8

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lias e a perda fatal da qualidade de vida e da sobrevivência. Este documento pontifício propõe uma nova ideia de progresso, onde não há uma arrogância do ser humano, que se considera no direito de agredir o planeta que habita, esquecendo que é a ‘casa comum’ de todos, mas um progresso que se preocupa com um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que seja o ato fundante de uma nova civilização. Ele nos faz enxergar que a humanidade é uma única família humana: “criados pelo mesmo Pai, estamos unidos por laços invisíveis e formamos uma espécie de família universal, […] que nos impele a um respeito sagrado, amoroso e humilde” (n.89). Nos lembra que a narrativa da criação é central para refletir sobre a relação entre o ser humano e as outras criaturas e sobre como o pecado, rompe o equilíbrio de toda a criação no seu conjunto: “Essas narrações sugerem que a existência humana se baseia sobre três relações fundamentais intimamente ligadas: as relações com Deus, com o próximo e com a terra. Segundo a Bíblia, essas três relações vitais romperam-se não só exteriormente, mas também dentro de nós. Esta ruptura é o pecado” (n.66). De certa forma, a encíclica nos faz debruçar sobre a problemática da Criação, ou seja, nos mostra que é necessária uma tomada de consciência, por parte dos cristãos, de que o que está em jogo na questão ecológica é o futuro das relações homem-natureza-Deus, ou seja, o próprio conceito de Deus que é central ao cristianismo: Deus Pai, autor da vida, criador e salvador. A Laudato Si’ reconhece essa dimensão de agonia que vive a criação e aponta para nossa responsabilidade em relação à terra e aos seres criados. Só pode exclamar “Louvado seja” com os olhos voltados para o alto quem olhou ao seu redor e curvou-se para cuidar da mais humilde criaturinha saída das mãos de Deus. “No fim, vamos nos encontrar face a face com a beleza infinita de Deus e poderemos ler, com jubilosa admiração, o mistério do universo, o qual terá parte conosco na plenitude sem fim” (n.243). Michele Amaral Bacharel em Teologia


Coluna Cultural Na coluna cultural dessa semana, trazemos uma indicação que se tornou uma febre: OS LIVROS DE COLORIR. Lançados como diversão, esses livros tem funcionado como uma ferramenta anti-estresse para adultos que, passando por momentos ou situações difíceis, veem nos livros uma forma de relaxar e se divertir, mesmo que sozinhos. Não é difícil se ver nas livrarias esses livros e muitas dessas imagens, coloridas das diversas formas, circulam por aí nas redes sociais. Vocês mesmos ou tem, ou conhecem alguém que tenha um livro de colorir, não é verdade? Mas, para nossa alegria, porque não pintarmos livros que despertem algo em nós? E é aí que entra a nossa indicação cultural desse mês que são os LIVROS CATÓLICOS DE COLORIR. Um deles é o Philia, do Padre Marcelo Rossi. O livro, um dos primeiros a ser lançado, trás as ilustrações baseadas no afresco do Santuário Mãe de Deus e também frases retiradas do livro que leva o mesmo nome. Depois desse, o segundo livro lançado nessa linha é o Cores da Fé. Ele nos trás a oportunidade de colorir fragmentos da vida de Jesus, daqueles que o seguiam e também de alguns Santos escolhidos para compor o projeto. E o lançamento mais atual é o Santos para Colorir, que trás 40 imagens dos santos mais populares de devoção do Brasil, para que possamos colorir. Como geralmente não conhecemos todas as imagens, esse é um ótimo momento de não só colorir e se animar, como também conhecer um pouco mais sobre a nossa igreja, sobre quem foram aqueles que ali estão retratados e sua importância para nós. Eu estou indo garantir o meu, e você ?! Saiba mais em nosso site: http://www.loreto.org. br/coluna-cultural-livros-de-colorir/


ENTREVISTA PASTORAL

TERÇO DOS HOMENS Pais de Família em busca de espiritualidade

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entar definir o termo pai é reprimir toda grandiosidade de um sentimento que é muito maior do que os padrões impostos pela sociedade ao longo dos anos, limitando-os à genitores ou patriarcas da família. Não é de hoje que, assim como as mulheres, que vem lutando pelo seu espaço no mundo, os homens, cada vez mais tem se firmado como alicerces no seio familiar, compartilhando com a mãe a presença ativa e afável no cuidado com os filhos, com a casa e com a vida espiritual. Hoje nós somos filhos desses pais, no amanhã seremos pais deles, e um dia, quem sabe, nossos filhos não serão nossos pais? De sangue ou de coração, não existe um formato único, nem um padrão a seguir, pois o amor se reconhece através da alma. Ser pai é ser o eixo vital nos momentos de amor, mas também, ser o parceiro que chega com a voz embargada para dar um abraço nos momentos de dor. A recompensa desse pai será sempre a felicidade do filho. O amor que ele carrega é imensurável e a sua jornada é infinda. Em pleno mês de comemorações pelo dia dos pais, a edição de agosto de O Mensageiro levanta o papel da figura masculina na esfera familiar e cristã, despertando para a importância da integração do homem nos movimentos da comunidade. Dessa forma, fomos conhecer um pouco de um grupo que reúne homens no seio da igreja, homens que são filhos e que também são pais. Homens que se reúnem, semanalmente, para a oração do santo terço, e que acima de tudo buscam o aprofundamento na fé cristã, no amor de Deus e na caridade para com os seus irmãos. Ao longo dos anos, segundo o Pe. Etienne Richer ,“ já se conhecia e praticava uma devoção mariana caracterizada por numerosas Ave-Marias, com prostrações rítmicas em honra de Nossa Senhora, primeiro em comemoração das suas alegrias, depois dos seus sofrimentos”. O nome “rosário” começou associado a esta prática. E desde os tempos mais remotos, a presença da mulher no seio da igreja é predominante, enquanto que o homem é atraído facilmente para outros compromissos, muitas vezes se distanciando de um compro10

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metimento maior com o espirito. O terço dos homens também é uma campanha em prol da família, sendo um alicerce de fortalecimento, estreitando os laços da fé, de amor e união. Na igreja Nossa Senhora do Loreto, o terço dos homens foi fundado há três anos, e semanalmente reúne um grupo para a oração do santo terço. Conversamos com o coordenador Leonardo James, que nos contou um pouco sobre o grupo que atua na paróquia. Qual o objetivo do terço dos homens, e de que forma ele atua na comunidade? O objetivo do Terço dos Homens é despertar entre os homens o comprometimento com a oração, com a fé, com a evangelização, com a mudança de vida e o amor ao irmão necessitado. Com o Terço dos Homens esperamos alcançar grandes graças religiosas e pessoais, além de transformações de vidas, como testemunhos de amor, exemplos de caridade e gratidão. Por que só homens? Sabemos que é mais difícil os homens se dedicarem à oração cotidiana, e temos neste momento um espaço para nos aprofundarmos na oração, na escuta da palavra e na meditação dos mistérios da vida de Cristo. Além, de podermos levar para nossos lares um espírito revigorado e são, fortalecendo a família através do amor. Porém, as mulheres que assim desejarem, também podem participar, pois, o terço é dos homens, mas a casa é de Deus. Atualmente temos a participação efetiva de três mulheres que recitam os mistérios. Os encontros são sempre as terças na paróquia, ou o grupo também se reúne em outro lugar? Seguimos a rotina dos encontros às terças-feiras, mas estamos com um projeto da recitação do terço pelo menos uma vez por mês, também na casa de um dos participantes. Costumam colocar as intensões dos membros do grupo nas orações? Sim, no final da celebração nos reunimos em frente


ao altar e colocamos as orações pessoais, clamando pela intercessão de Nossa Senhora por cada intenção que carregamos em nossos corações. Estamos falando de homens no seio da igreja, e de pais/filhos no âmbito familiar. E já que estamos nos mês dos pais, no que diz respeito ao relacionamento familiar, a participação no terço ajuda de alguma forma? Venho de uma família extremamente Mariana, meu Pai era um mariano fervoroso, que já se encontra no Reino do Céu. Acredito que quem dobra seu joelho e clama pela intercessão de Maria junto ao seu filho Jesus, consegue todas as graças que necessita para sua vida. Pede à mãe que o Filho atende! E, certamente, a participação em um movimento cristão, nos aprofundando na fé, nos direcionando no caminho do bem, possibilitando-nos viver dentro do amor de Deus e da comunhão com o Espírito Santo,

só vem a agregar no relacionamento familiar, seja com os filhos, pais ou esposas. Qual o procedimento para quem queira fazer parte do movimento? Basta comparecer toda terça-feira às 20:30h na paróquia do Loreto, onde disponibilizamos apostilas para que sejam meditados os mistérios do santo terço. Reservem um tempinho nas suas agendas, é muito importante criarmos um espaço para a comunhão com Deus e Nossa Senhora, além de alimentarmos a nossa saúde espiritual. Juntem-se a nós e sejam muito bem-vindos! Aproveitamos também a oportunidade para desejar um Feliz dia dos Pais a todos! Luciana Magalhães Pascom Loreto Agosto 2015

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Mês das Vocações P

erguntamos se você já parou para pensar no significado de VOCAÇÕES, porque Agosto é o mês das vocações. É o mês que celebramos os dons dados por Deus àqueles escolhidos por Ele para conduzir o seu rebanho. Pe. Luiz Antonio bem nos explicou em uma homília que todos os pastores são vocacionados, concluindo que pastor é aquele que conduz, alimenta, protege, incentiva, ensina, organiza um grupo. Portanto aqueles que estão à frente da família ou do serviço pastoral, também são pastores, também são vocacionados. O Papa Francisco disse que “As vocações nascem na oração e da oração; e somente na oração podem perseverar e dar fruto”. Oremos pelos nossos padres, nossos irmãos e irmãs consagradas, diáconos e por todos aqueles que de alguma forma, contribuem com a Igreja de Deus em sua missão de evangelizar a todos, apontando o Cristo, caminho único e seguro para a salvação. Para bem celebrarmos a ocasião, dando ênfase às vocações sacerdotais, buscamos pesquisar e conversar com alguns dos nossos padres e irmãs consagradas, para conhecer o que moveu cada um (a) na direção do SIM dado incondicionalmente ao chamado de Deus. Nessa edição vamos começar com o depoimento do Padre Miguel, recém-chegado a nossa paróquia, nascido no Chile e vindo de Buenos Aires, na Argentina. Vale conferir. Padre Miguel Ângelo Panes Villalobos Pe. Miguel – Tenho quase 50 anos e 23 anos de sacerdócio, que serão completados em dezembro e novembro respectivamente. Na minha paróquia eu sempre colaborava com a música, com o coral, servindo. Sempre fui muito inquieto, procurava estar ligado à cultura religiosa, então fazia cursos, seminários, e outras atividades, desde pequeno. E na época era a ditadura militar no Chile e a Igreja estava na defesa dos perseguidos, então era um exemplo muito forte para os jovens a defesa que a Igreja, com os padres, fazia em favor dos direitos humanos. 12

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Como surgiu o seu chamado, sua vocação? Pe. Miguel – Minha vocação foi despertada através de um padre Francês que morava no Chile e que com muita claridade, com muita segurança me fez a proposta de participar da orientação vocacional, que eu comecei com 16, 17 anos. Sempre participei de igreja desde pequeno, minha família era católica, minha mãe era muito participativa. Então comecei no seminário diocesano de Santiago do Chile, na capital, mas a providência de Deus me levou a um padre, um missionário italiano, barnabita, que era amigo de minha mãe; ele escreveu, comentou e me convidou para uma visita na casa dos Barnabitas. Ele foi a fazer a pesca, a me pescar, segundo as palavras do evangelho e comecei ai a caminhada com os Barnabitas. Fiz o apostolado, no Chile e depois o noviciado; enviaram-me a Roma, para fazer Teologia e para me especializar depois em História da Igreja. Fiquei quase sete anos em Roma e foi uma experiência importante na minha vida. Comecei a querer caminhar pelo mundo. Eu era muito jovem e foi muito importante ficar no centro da Igreja em um local multicultural. Eu que antes, morava no fim do mundo, no Chile, local muito fechado, então essa época, foi um abrir os olhos e começar. Depois fui ordenado Sacerdote e fiquei em um colégio nosso, no Chile, perto de Santiago, ao sul, numa paróquia campesina – agrária, o centro da produção do vinho, é hoje uma zona muito importante, muito rica. E assim foi a minha primeira experiência, com a gente do campo, com a escola. Fiz a universidade civil, e sou professor de história e de geografia, fiquei mais ou menos 15 anos dando aula, nas escolas. Depois fui para a nossa paróquia Madre Divina Providência em Santiago, onde fica também o seminário e fiquei lá por cinco anos. Depois, uma proposta do padre geral daquele tempo, para que eu fosse para a Argentina, que estava ficando sem padres e havia uma necessidade enorme lá, pois as obras precisavam de muita ajuda. A situação na Argentina é muito triste. Estamos fechando todas as casas, não vemos novas vocações lá, não tem padres e a última comunidade em que estive,


em Buenos Aires, foi fechada. Eu fiquei sozinho todo o ano passado, pois um dos padres morreu e o outro que morava comigo está internado em um hospital. Trabalhando praticamente sozinho, veio à época da Jornada Mundial da Juventude, quando vim para o Brasil com 300 jovens. E mais uma vez a providência divina me mandou para o Loreto. Viajamos quatro dias de ônibus de Buenos Aires até aqui e a minha impressão foi magnífica, vendo aquela atividade viva da juventude, eu que sempre trabalhei muito com jovens. Veio então à proposta do padre geral e do padre provincial, Pe. Paulo, meu companheiro em Roma, de vir para o Brasil. Eu pedi para vir para o Brasil e eles me mandaram para o Loreto. Esse é o resumo da minha vida, até aqui. Cheguei em Janeiro, mas tive que voltar para fazer todas as práticas (cumprir os trâmites legais) para poder ficar aqui como residente. Já está tudo OK, já sou legal! Estou fazendo a minha caminhada aqui, ainda devagar, tendo um choque não só térmico, por conta da temperatura, mas também cultural. A vida da igreja aqui é muito diferente, não só pela massividade, pelo número de pessoas e grupos que são muito grandes, mas também pela forma de se fazer pastoral no Brasil, que é diferente dos outros países, em relação à condução da parte dos leigos, e onde a presença dos leigos é muito grande. Estou conhecendo a paróquia e me acostumando ao jeito de servir na pastoral, mas tenho que mudar ainda em muita coisa. Não tenho preconceitos, sempre fui muito aberto àquilo que é novo. Na Argentina e em Roma e outros diferentes lugares, é aqui que parece ser onde sinto mais liberdade para poder ficar com maior tranquilidade. Agradeço por poder estar aqui, no Rio, na Cidade Maravilhosa. E a sua família, quando o senhor comentou com eles sobre ser Padre? Pe. Miguel - Eles suspeitavam, pela minha proximidade com os padres, durante as celebrações, sobretudo, as vezes que eu sumia durante dias, pois ficava com as comunidades. Somos uma família pequena, fomos, pois minha mãe morreu ha dois meses atrás. Eram dois irmãos e meus pais, então foi um pouco difícil, sobretudo a separação dos primeiros anos, quando eu fui para Roma e eles ficaram em Santiago. Depois a vida foi estabilizando tudo e eles sempre foram muito generosos e puderam morar comigo em todos

os lugares em que eu fiquei e assim conhecer um pouco da minha vida e compartilhar comigo desses momentos. O Senhor irá trazê-los para cá também? Pe. Miguel – Ficou lá apenas o meu pai que está muito doente, muito velho. Eu queria, mas é mais difícil. Entretanto, vamos ver o que está reservado. Hoje, como o senhor percebe a juventude e as vocações na juventude? Pe. Miguel - Há toda uma mudança cultural que torna mais difícil os compromissos, todos os tipos de compromissos, como o matrimônio ou até mesmo o namoro. Um compromisso mais sério se torna mais difícil que antes. Então pensar uma vida sem família, sem descendência é algo hoje, mais difícil ainda. Mas o Agosto 2015

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número dos vocacionados, graças a Deus, no mundo, está aumentando. Tem lugares que faltam, mas tem lugares em que há muitos. Nesse último sábado, nós barnabitas, celebramos a ordenação de dez diáconos. A maioria são asiáticos, tem um daqui da nossa província, mas a multiculturalidade e o surgimento dessas vocações na Ásia e na África é muito forte. Nos países com maior riqueza isso tem se tornado mais difícil. De qualquer forma, a presença dos jovens hoje nos movimentos é muito forte, então é meio que substituir a vocação sacerdotal ou religiosa por uma vocação no movimento, por uma consagração laical, consagração dos leigos. A força da igreja hoje, sobretudo, vem dos jovens estão com muito preparo e com muita disposição. Mas não podemos negar que há muita dificuldade também, como a idade dos padres que são mais velhos e nos falta compreender a realidade em que os jovens vivem. Impomos muitas vezes coisas que hoje é difícil se fazer, se para nós é difícil, que dirá para eles. Precisamos abrir nossas cabeças para poder assumir a nova realidade que hoje é acompanhar e iluminar o mundo. E poder aí, mostrar uma face alegre, também dos padres, porque estamos sempre muito fechados, cansados, para baixo e aí o jovem diz: “Ah, eu não quero ser como aquele padre, com raiva, que responde mal” e então, por ai, a culpa também é nossa quando não conseguimos despertar vocações pelo exemplo, como foi a minha. O senhor tem pouco tempo aqui, mas já deu para conhecer um pouco do Rio e de nossa comunidade. Com o que acha que pode colaborar nessa questão das vocações, com a bagagem que você já tem? Pe. Miguel - Acompanhando os jovens na direção espiritual, ficando perto das suas histórias, das suas dificuldades e realidades, e mostrar que fico contente por ser padre, que é bom ser padre. A nossa sensibilidade cultural é muito diferente, mas acho que o carioca abre muito o coração e aí podemos entrar. A

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figura do carioca, para mim, é aquela do Cristo Redentor com os braços abertos, mas também precisamos do abraço, não somente ficar com os braços abertos, de longe, sem poder acompanhar e ficar mais junto na caminhada. Além da questão do idioma é a mudança cultural que preciso fazer. Estou contente por estar aqui, e agradeço muito a vida, a Deus por poder fazer a minha experiência nessa comunidade. Cada dia tenho uma surpresa com os grupos, com a comunidade e graças a Deus posso acompanha-los no momento de dificuldades. Temos muitos pecados, como todas as pessoas, mas acho que o mais grave seja a falta de Marketing, de Merchandising da nossa ordem Barnabita. Falamos pouco sobre nós. Temos Santo Antonio Maria Zaccaria, mas temos dificuldade de propor aos outros a nossa vida barnabita, o nosso carisma e somos assim em toda a parte. Trabalhamos muito, entretanto, não falamos nunca ou quase nunca sobre nossa vida e trabalho, como outras congregações e institutos que divulgam e tem seu jeito muito claro. Nós temos o pecado de omissão. E o que mais o senhor gostaria de acrescentar? Pe. Miguel - A oração é muito importante, mas a ação missionária também é. E não é uma crítica, mas sim o chamado do nosso Cardeal para a igreja carioca para a falta de ação missionária. O trabalho pastoral é grande, rezamos todos os dias. Toda hora temos grupos aqui na igreja, mas as nossas ações ficam muito fechadas em nós, em nosso quintal. Comecei agora a trabalhar junto ao EAC e vou procurar fazer essa missão, começando aqui perto de nós e depois quem sabe irmos a Amazônia e onde mais precisar. Vejo que falta a comunidade do Loreto a ação missionária. A vocação é muito importante, mas é também muito central e vital poder anunciar e testemunhar Cristo aos outros. Graças a Deus aqui em nossa comunidade temos muita gente, mas ainda há aqueles que ficam fora dos nossos muros.


15 Anos de Betânia

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s dias 18 e 19/7 foram de festa no Loreto, em comemoração ao aniversário da ASAB, a Associação Solidários Amigos de Betânia. A instituição filantrópica, constituída de associados, colaboradores e voluntários, sem distinção de etnia e religião, que acolhe, dá abrigo e cuida de ex moradores de rua, fazendo acompanhamento com uma equipe de voluntários e profissionais de diversas áreas, para posteriormente reinserí-los na sociedade, completou 15 anos de caminhada em meio à adversidade, mas com muitas demonstrações de fé, amor e solidariedade. O projeto Betânia nasceu de um sonho que foi ganhando vida aos poucos pela irmã Elci, com a ajuda de muitos amigos solidários. Um dia de cada vez, cada pecinha foi se encaixando em seu lugar como em um grande quebra-cabeças guiado pelas mãos de Deus.

O mosaico da solidariedade, ilustrado em uma das paredes da casa , ganhou vida pelas mãos abençoadas de muitos e hoje é o corpo do projeto, simbolizando, através da arte, o resgate e o caminho para a inclusão social. Entre as ações do fim de semana havia barraquinhas de doces, salgados e bebidas, onde voluntários se revezavam carinhosamente, doando seu tempo, movidos pelo amor e em prol de uma causa nobre. Uma pequena exposição com lindos artesanatos confeccionados pelos próprios acolhidos abrilhantava o olhar dos que chegavam a festa. Os acolhidos ensaiaram uma peça teatral com muita dedicação nos dias que antecederam as comemorações, e encenaram-na com muito capricho, colocando os problemas sociais que envolvem os moradores de rua. Em um coral alegre, os rapazes sen-

A ASAB é uma instituição filantrópica de utilidade pública municipal e federal, constituída de associados, colaboradores e voluntários, sem distinção de etnia e religião. Tem por missão acolher pessoas em situação de abandono e risco social que se enquadram no perfil de moradores de rua/dependentes químicos adultos, homens ou mulheres que, na visão da ASAB, devem ser observados em sua totalidade para que assim possam refazer as suas vidas. Atua com um corpo de voluntários e profissionais das áreas de serviço social, psicologia, dependência química e saúde em geral, desenvolvendo um plano terapêutico que tem como meta a inclusão social. Situa-se dentro de uma visão cristã, com fidelidade ao Evangelho, e é movida pela vontade de resgatar e reconstituir a vida com Paz, Justiça, Solidariedade e igualdade. Seja um voluntário ou associado de Betânia. Saiba como no site: www. betaniasab.org.br

tiam-se vivos e soltavam as suas vozes, antes ignoradas pela sociedade, mas agora com uma platéia de maestros de um grande coro de solidariedade e amor. Em todas as missas do fim de semana foi dado voz a irmã Elci, que explanou brevemente à comunidade, tecendo seus agradecimentos aos que fizeram parte do projeto, e apresentando logo em seguida uma projeção histórica que mergulhou na linha do tempo resumindo com muita emoção a trajetória dos seus 15 anos. O poema “Mosaico de vidas”, de autoria da própria irmã, foi declamado nas missas. Suas palavras retrataram com sensibilidade e maestria, a temática de cunho social na qual está inserida toda a caminhada de Betânia ao longo dos anos, levantando reflexões acerca dos problemas sociais que estão bem diante dos nossos olhos. E um carismático palhaçinho chamado Xulipa, com suas tiradas engraçadas alegrava os convidados e as crianças, que também queriam montar no burrinho do bom pastor, além de firmarem sua participação colando um pedacinho de mosaico no pequeno quadro exposto no centro do pátio. Dessa forma, em clima de confraternização, muita emoção, alegria e gratidão, a noite findou-se abençoada! Mas o que ficou desses dois dias de festa foi um grande orgulho de toda essa gente, gente que ofereceu o que tinha de melhor, que doou seu tempo, que prestigiou, que somou, que aplaudiu de pé e fez história. Parabéns a irmã Elci e todos que de alguma forma ajudam a construir essas memórias, somando na caridade e nos bons resultados obtidos. Obrigada Nossa Senhora do Loreto, padres e toda a comunidade cristã. A festa foi um sucesso! Obrigada Deus por nos permitir seguir na caminhada, mas, especialmente por nos dar a esperança de que transformar é possível!

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EJC faz 30 anos com Samba da Ladeira

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esse ano de 2015, o Movimento Jovem, EJC - Encontro de Jovens com Cristo - completou 30 anos de evangelização no Loreto. Todo ano, o encontro acontece e leva a muitos jovens a oportunidade preciosa de um encontro pessoal com Aquele que desejamos encontrar a cada segundo. Esse encontro, muitas vezes, é o primeiro contato dos jovens com a Igreja e com o próprio Jesus e abre a possibilidade de iniciarem sua caminhada e engajar-se nas atividades paroquiais. Os jovens que passaram pelo EJC nestes 30 anos ajudaram a construir e a integrar a paróquia Nossa Senhora de Loreto, e até hoje estão espalhados pelas pastorais, grupos e movimentos. Um bom exemplo dos frutos do EJC é o Movimento Fé e Dons, criado em 1998, por jovens recém-saídos do EJC. Dizemos “saídos”, porque “Uma vez EJC, Sempre EJC”, diz o lema... Portanto, a comemoração dessa data tão especial, não poderia deixar de incluir todos que fizeram parte dessa história, o que levou o movimento a fazer questão de convidar toda a paróquia e organizar uma festa que pudesse abraçar a todos. O Fest Show acontece todos os anos, como forma de arrecadação de fundos para realização do retiro de adesão ao movimento, e convida cerca de 200 pessoas para conhecerem o EJC como instrumento de evangelização. Nesse ano, o Fest Show contou com 500 convidados, dentre eles membros de toda a história do mo16

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Juventude dando conta da cozinha para 500 convidados

Cantinho retrô: recordando os encontros

Alegria do Samba da Ladeira

vimento. A arrecadação será destinada não apenas à manutenção do EJC Loreto, mas também à implantação do EJC na paróquia Santa Luzia que vai ter início este ano com o auxílio da nossa paróquia. Para celebrar em grande estilo e compartilhar com todos os convidados a alegria da juventude que move o EJC, foram convidados como atrações o grupo Só Pra Hoje, a Velha Guarda Musical de Vila Isabel e o Teatro do EJC. A festa foi um sucesso, famílias

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e amigos com muito samba no pé e muita alegria puderam celebrar junto ao EJC todos os anos de entrega, dedicação e amor a Cristo. O EJC agradece a toda comunidade pelo auxílio na preparação da festa e por estarem com o grupo em mais um momento de união e integração da paróquia, pois é na vivência em comunidade que é possível ser testemunho vivo do amor de Deus. Colaboraram: Marcelle Freitas e Ana Carolina Biavati


Curso Nova Vida

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os dias 27 e 28 de junho foi realizado pela Escola de Evangelização Santo André (EESA), o curso “NOVA VIDA”, primeiro de uma série de 24 cursos, divididos em três etapas do primeiro nível do programa de formação da escola. O curso tem o formato de retiro e duração de aproximadamente 20 horas. O curso Nova Vida visa proporcionar aos participantes uma experiência, não coletiva, mas pessoal e incondicional, do Amor de Deus. Com muita alegria, dinâmicas e testemunhos, tudo embasado na Palavra de Deus. Assim cada pessoa é levada ao anúncio de uma nova vida que pode ser perfeitamente vivida de acordo com os planos de Deus para cada um!

Uma NOVA VIDA que vale a pena viver e experimentar! Esse foi o sentimento dos que participaram. A Escola, desde já convida a

todos a participar do Curso 7 JOVENS DO EVANGELHO, nos dias 22 e 23/08/2015. Inscrições na secretaria ou no final das missas de fim de semana.


Falando Francamente Zamoura

Até quando?

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stimados irmãos leitores, a religiosidade é importante numa família, e devemos pratica-Ia intensamente, procurando da melhor forma possível atuar como verdadeiros seguidores do Cristo. Um dos alicerces da nossa religião é sem dúvida alguma a ORAÇÃO, que juntamente com a escuta da palavra, nos faz menos vulneráveis as maldades deste mundo. É impressionante e bastante preocupante a fase em que vivemos atualmente. A violência se acentua a cada dia por toda parte, e que irmanada à corrupção e a desonestidade, constitui um verdadeiro desafio as autoridades. Pergunta-se ATÉ QUANDO viveremos apreensivos e inseguros? ATÉ QUANDO estaremos expostos à violência e a maldade dos meliantes? Vivemos num país em que até o nosso Cardeal Arcebispo, é assaltado e desrespeitado, como foi D. Orani Tempesta, duas vezes. Agora imaginem se assaltam o Cardeal, coitados dos Padres e Diáconos e o povo em geral. A mídia não para de divulgar a criminalidade. Do jeito o que estão às coisas, a tendência é nos afastar da Igreja, pois corremos sério risco de sermos assaltados em plena Missa, isso sem falar nos nossos carros na rua e a mercê dos ladrões. As circunstâncias da ação dos criminosos são amplas e bastante variadas, se não vejamos: trombadinhas, arrastões e assaltos nos meios de transporte, onde a insegurança é total. Os idosos são os mais visados, devido à lentidão dos movimentos, a dificuldade de visão e a má audição. Não existe na verdade local ou bairro mais seguro. É claro que o consumo de drogas agrava o fator da insegurança, pois um drogado não sabe o que faz. A infância desvalida, incentiva os jovens a violência, pois as crian-

ças nascem em consequência de gravidez irresponsável, e são largadas nas ruas impiedosamente. Pergunta-se ATÉ QUANDO estaremos expostos à violência doméstica, quando mulheres são maltratadas por maridos e amantes, numa crueldade sem limites, filhos matando os pais, jovens se prostituindo e se drogando. Quanto à corrupção e desonestidade, ambas aparecem no noticiário envolvendo juízes, parlamentares e militares. A operação LAVA-JATO nos revela o máximo em indignidade, egoísmo e ambição de executivos bem remunerados em suas empresas, que desejosos de ter cada vez mais, enveredam pelos caminhos do ganho fácil. Quanto aos assaltos, estes não têm limites: lojas, bancos, pedestres e meios de transporte. S e junta a tudo isso, a insatisfação reinante no país, quando a indesejável inflação volta a nos ameaçar. Já é nítida a remarcação nos preços dos alimentos, tornando o custo de vida insuportável. Os salários não são devidamente reajustados, ficando cada vez mais defasados. As tarifas são reajustadas constantemente, um bom exemplo é à conta da luz, afinal, não vemos trocarem postes, lâmpadas e fiação. Dizem que o culpado é São Pedro, que não manda chuva. É... Meus irmãos, devemos intensificar nossas orações, pedindo que todos os Santos, inclusive aqueles das divisões de base, tais quais: Agueda, Luzia, Tomé, Cisto e Cleto se mobilizem e intercedam junto a Santíssima Trindade em nosso favor e contra desonestidade e violência, para que possamos parar de dizer ATÉ QUANDO?? Louvores e Glórias a Deus Zamoura (da Diva) 15º ECC Zamouraediva@oi.com.br


São João Maria Vianney Cura D’Ars, patrono dos sacerdotes

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ossa contra capa homenageia São João Maria Vianney, conhecido como o padroeiro das vocações e protetor dos sacerdotes, tem sua festa é no dia 04 de agosto, quando a Igreja celebra o Dia do Padre. Camponês de mente rude, proveniente de uma família simples e bem religiosa, percebia-se desde cedo sua vocação ao sacerdócio. “Meus filhinhos, o vosso coração é por demais pequenos, mas a oração o dilata e torna capaz de amar a Deus. A oração faz saborear antecipadamente a felicidade do céu; é como o mel que se derrama sobre a alma e faz com que tudo nos seja doce. Na oração bem feita, os sofrimentos desaparecem, como a neve que se derrete sob os raios do sol”. São João Maria Vianney, rogai por nós e pelos nossos padres.

Este espaço pode ser seu! 3392-4402 / 2425-0900 96499-3016 Acesse nosso site e saiba de tudo que acontece no Loreto www.loreto.org.br

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Fé e Política Robson Leite

“Terra, Teto e Trabalho para todos”

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xtraordinário e ao mesmo tempo contundente o discurso do Papa Francisco no recente encontro com os movimentos populares na Bolívia, quando de forma direta e objetiva, ele condenou duramente a ditadura sutil do capitalismo que mata, corrompe e destrói em nome do lucro e do egoísmo. “O serviço do bem comum fica em segundo plano quando o capital se torna um ídolo e dirige as opções dos seres humanos, quando a avidez do dinheiro domina todo o sistema socioeconômico, arruína a sociedade, condena o homem, transforma-o em escravo, destrói a fraternidade inter-humana, faz lutar povo contra povo e até, como vemos, põe em risco esta nossa casa comum”. E ele disse mais: “Não quero alongar-me na descrição dos efeitos malignos desta ditadura sutil: vós conhecei-los! Mas também não basta assinalar as causas estruturais do drama social e ambiental contemporâneo. Sofremos de certo excesso de diagnóstico, que às vezes nos leva a um pessimismo charlatão ou a rejubilar com o negativo. Ao ver a crônica negra de cada dia, pensamos que não haja nada que se possa fazer para além de cuidar de nós mesmos e do pequeno círculo da família e dos amigos”. Completa o Papa Francisco a sua reflexão desse trecho com essa importante indagação: “Que posso fazer eu, recolhedor de papelão, catador de lixo, limpador, reciclador, frente a tantos problemas, se mal ganho para comer? Que posso fazer eu, artesão, vendedor ambulante, carregador, trabalhador irregular, se não tenho sequer direitos laborais? Que posso fazer eu, camponesa, indígena, pescador que dificilmente consigo resistir à propagação das grandes corporações? Que posso fazer eu, a partir da minha comunidade, do meu barraco, da minha povoação, da minha favela, quando sou diariamente discriminado e marginalizado? Que pode fazer aquele estudante, aquele jovem, aquele militante, aquele missionário que atravessa as favelas e os paradeiros com o coração cheio de sonhos, mas quase sem nenhuma solução para os meus problemas? Muito! Podem fazer muito. Vós, os mais humildes, os explorados, os pobres e excluídos, podeis e fazeis muito. Atrevo-me a dizer que o futuro da humanidade está, em grande medida, nas vossas mãos, na vossa capacidade de vos organizar e promover alternativas criativas na busca diária dos “3 20

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T” (trabalho, teto, terra), e também na vossa participação como protagonistas nos grandes processos de mudança nacionais, regionais e mundiais. Não se acanhem!”. Essas palavras do Papa Francisco soam forte aos nossos ouvidos principalmente quando vemos que o grande capital determina suas opções sacrificando vidas em prol do lucro. Sacrificando a dignidade do povo trabalhador para saciar seus desejos fundamentados no egoísmo e no individualismo. E ele, de forma contundente, convoca o povo pobre e excluído a ser agente dessa mudança. E principalmente a nós, católicos, a sermos firmes na abertura de espaços para a emancipação dos mais pobres e termos, em nossas ações pastorais e, inclusive, políticas, a escolha da opção preferencial pelos pobres e excluídos. Vale muito a pena a sua leitura na íntegra... Leitura e reflexão da necessidade de irmos ao encontro do centro do Evangelho. De voltarmos as nossas atitudes para a construção da sociedade do bem viver e buscarmos, acima de tudo, a atitude da partilha e da solidariedade. Vale muito a pena a sua leitura na íntegra... Leitura e reflexão da necessidade de irmos ao encontro do centro do Evangelho. De voltarmos as nossas atitudes para a construção da sociedade do bem viver e buscarmos, acima de tudo, a atitude da partilha e da solidariedade. “Sofremos de certo excesso de diagnóstico, que às vezes nos leva a um pessimismo charlatão ou a rejubilar com o negativo. Ao ver a crônica negra de cada dia, pensamos que não haja nada que se possa fazer para além de cuidar de nós mesmos e do pequeno círculo da família e dos amigos”. Segue o discurso na íntegra: http://www.robsonleite. com.br/discurso-do-papa-aos-movimen…/ Acompanhe a nossa luta curtindo a nossa página no facebook em http://www.facebook.com.br/robsonleiteprofessor E vamos juntos construir um novo amanhã na política. (*) Robson Leite é professor, escritor, membro da nossa paróquia, funcionário concursado da Petrobras e foi Deputado Estadual de 2011 a Janeiro de 2014. Site: www.robsonleite.com.br Página do Facebook: www.facebook.com.br/robsonleiteprofessor


Anote em sua agenda Agosto

DATA

HORÁRIO

PASTORAL/MOVIMENTO

LOCAL

EVENTO

07/08

21:00h

Casa de Betânia

Cepar

FESTA DOS PAIS

08 a 16/08

Vide programação

Pastoral Familiar

Loreto

SEMANA DA FAMILIA

14, 15 e 16/08

Evento Fora

Caxambu

ENCONTRO DE CORAIS

20/08

20:15h

TODAS

Santuário

ADORAÇÃO VOCACIONAL

22 e 23/08

09 às 18:00h

ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO

Plenário

CURSO 7 JOVENS DO EVANGELHO

30/08

09 às 12:00h

AÇÃO SOCIAL

Zaccaria

DISTRIBUIÇÃO CESTA BÁSICA

DATA

HORÁRIO

EVENTO

14/08

16:00hs

MISSA NO CATI

21/08

15:00hs

MISSA NA ESTANCIA SÃO JOSÉ

28/08

15:00hs

MISSA NO HOSPITAL RIO’S DOR


loretinho

Elaborado pelas Irmãs de Belém

VOCAÇÃO: CHAMADO DE DEUS.

Queridos amigos, neste mês celebramos as vocações. Cada domingo é reservado para reflexão de uma vocação específica. Primeiro domingo: Vocações sacerdotais – Dia do Padre; segundo domingo: Vocação familiar – Dia do Pai; terceiro domingo: Vocações Religiosas – Dia dos Consagrados à Vida Religiosa; quarto ou quinto domingo: Vocações Leigas – Dia do catequista.

PARABÉNS, CATEQUISTA PELO SEU DIA!

Caça=palavras Encontre no diagrama as palavras em negrito: *Nossa primeira vocação é a Vida. * O Sacerdote é chamado para celebrar a Eucaristia. * Pelo Batismo nos tornamos filhos de Deus. *A Ordem e Matrimônio são chamados sacramentos de serviço.

“Quem possui a boa semente tem a esperança e a promessa da flor e do fruto”.

P M D

B A T

A T L

F R Ç

V I O

O M U

V O V

I N S

S I L

L O R

P E X M

I S M O

D A K R

T C D A

E E R D

R R A I

I D A U

A O R L

O T Q D

D E M A

Madre Maria Helena Cavalcanti

Que o Bom Deus recompense a sua dedicação e empenho em propagar a Boa Nova de Jesus. Iniciação Cristã – Loreto SANTO DO MÊS: São João Maria Vianey

Nasceu na França em 1876. Entrou para o seminário e, mesmo com muitas dificuldades nos estudos, foi ordenado Sacerdote. Foi trabalhar numa cidadezinha chamada Ars, ajudou o Pe Balley que o incentivou em sua Vocação. São João Maria Vianey rezava, falava do amor e da misericórdia de Jesus a todos, cumprindo com fidelidade sua vocação sacerdotal. Passava horas e horas atendendo as confissões das pessoas que vinham de toda a parte da França. Morreu em 1858. A Igreja o reconheceu como Santo e celebra sua festa no dia 4 de agosto. São João Maria Vianey é o Patrono dos Sacerdotes. Rezemos por nossos sacerdotes para que sejam fiéis a sua Vocação, que sejam santos e conduzam todos para Cristo Jesus.

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