Ano XXXIV - nº 399 Fevereiro de 2018 Distribuição gratuita Informativo da Paróquia Nossa Senhora de Loreto Fundada em 6.3.1661 www.loreto.org.br
Índice Expediente EDITOR CHEFE: Pe. Sebastião N. Cintra DIREÇÃO ESPIRITUAL: Pe. Sebastião N. Cintra COORDENAÇÃO: Hélia Fraga EDIÇÃO: Ana Clébia CONSELHO EDITORIAL: Pascom Loreto FOTOS: Dennys Silva, Geraldo Viana e David Martins CAPA: Corredeira COMERCIAL: Bira e Claudete DIAGRAMAÇÃO: Lionel Mota IMPRESSÃO: Gráfica Grafitto
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Editorial................................................................................................................................ 3 Temas Bíblicos.................................................................................................................... 4 Profissão de Fé.................................................................................................................... 5 Espaço teológico ................................................................................................................ 6 Loretando............................................................................................................................. 7 Bem-Estar............................................................................................................................. 8 Loreto em Ação.................................................................................................................10 Campanha da Fraternidade ������������������������������������������������������������������������������������������12 Santuário da Adoção.......................................................................................................15 Entrevista: Padre Rafael..................................................................................................16 Escritos de Santo Antônio Maria Zaccaria ���������������������������������������������������������������20 Coluna Cultural................................................................................................................21 Falando Francamente.....................................................................................................22 Os sete fundadores da Ordem dos Servitas ��������������������������������������������������������������23 Fé e Política........................................................................................................................24 Anote em sua Agenda......................................................................................................25 Loretinho............................................................................................................................26
Expediente Paroquial MATRIZ PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE LORETO End.: Ladeira da Freguesia, 375 - Freguesia Jacarepaguá - RJ - CEP 22760-090 Tel.: 3392-4402 e 2425-0900 Emails: adm@loreto.org.br (Administração) secretaria@loreto.org.br (Secretaria) Site: www.loreto.org.br
NOSSA SENHORA DO AMPARO Est. de Jacarepaguá, 6883 Anil - Tel: 2447-6802
4ª18h Sáb 16h (catequese) Dom 7h30
HORÁRIO DA SECRETARIA Segunda a Domingo das 08:00 às 20:00 horas HORÁRIO DAS MISSAS Segunda a sexta7h e 19h30. Sábado7h e 18h30. Dom7h; 8h30 (crianças); 10h30 e 19h.
marcar) Sábado de 9 às 11h na secretaria
CONFISSÕES 3ª a 6ªde 9 às 11h e de 15 às 17h 3ª a 6ª das 20h às 22h. (Ligar antes para
BATISMO Atendimento na Sacristia Inscrições - 5ª e Sábado9h às 11
CAPELAS Endereços das Capelas e os Horários das Missas NOSSA SENHORA DE BELÉM
SANTO ANTONIO
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Terças e Quintas 17h30 Dom 16h30
Nossa Senhora da Piedade
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EUCARISTIA para doentes Atendimento domiciliar e hospitalar. Marcar por telefone com a Secretaria.
Seg. a Sábado 7h30 Domingo 9h
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Dom 11h
Campanha da Fraternidade
Editorial Pe. Sebastião Noronha Cintra*
Querido paroquiano, prezado leitor. A Campanha da Fraternidade começa agora, na quarta feira de cinzas. Vamos refletir, este ano sobre a Fraternidade e a superação da violência, iluminados pelo lema: ”Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8). Olhando em volta, vemos mais violência do que acontecimentos de paz. Nossos noticiários estão cheios de relatos de violência racial, violência contra a mulher, contra os jovens, violência doméstica, exploração sexual e tráfico humano, intolerância religiosa e contra povos tradicionais, violência contra a natureza e no trânsito. A proposta da Campanha é ‘Que podemos fazer para enfrentar melhor, como comunidade, essa violência tão presente entre nós?’ Vamos lembrar as datas festivas de Nossa Senhora no mês de fevereiro. No dia 2 de fevereiro, com base na festa da Apresentação de Jesus no templo e a purificação da Virgem, nasceu a festa de Nossa Senhora da Purificação. Nesse dia lemos o evangelho que traz o Cântico de Simeão. Ele proclama que Jesus será a luz que irá iluminar os gentios (Lc 2,32). Daí nasce o culto em torno de Nossa Senhora da Luz ou das Candeias ou da Candelária, datas geralmente celebradas com uma procissão de velas, a relembrar o fato. Nesse dia é lembrado também o título de Nossa Senhora de Copacabana (na Bolívia) e Nossa Senhora dos Navegantes (no Rio Grande do Sul). Essa data se tornou, após o Concílio Vaticano II, uma festa do Senhor Jesus Apresentado no Templo e não mais uma festa mariana. Em 11 de fevereiro se celebra Nossa Senhora de Lourdes, lembrando o início das aparições a santa Bernadete em 1858, na França. No dia de Nossa Senhora de Lourdes se comemora o Dia Mundial do Doente. Na Mensagem do Papa Francisco para essa data de 2018, ele lembra o cuidado pelos enfermos por parte de todos na Igreja. “Não podemos esquecer aqui a ternura e a perseverança com que muitas famílias acompanham os seus filhos, pais e parentes, doentes crônicos ou gravemente incapacitados.” Os cuidados prestados em família são um testemunho extraordinário de amor pela pessoa humana. Portanto, todos aqueles que se empenham no cuidado dos doentes, participam nesta missão eclesial. Temos nesse número uma matéria completa sobre a Campanha da Fraternidade. Encontramos também a entrevista com o Padre Rafael Mariano, dando oportunidade de começarmos a conhecê-lo aqui entre nós. No dia 10 deste mês, dia do Santuário Aberto, sábado de Carnaval, faremos uma experiência nova com o Retiro de Carnaval. Maria, Mãe dos doentes, rogai por nós.
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A proposta da Campanha é ‘Que podemos fazer para enfrentar melhor, como comunidade, essa violência tão presente entre nós?’
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Temas bíblicos
Carta aos colossenses (5) Cl 2,6-3,24
Padre Fernando Capra
comentariosbiblicospadrefernandocapra.blogspot.com.br
2,6-23 Desde o tempo dos Apóstolos, sempre surgem, na Igreja, pessoas que devem ser desconsideradas porque pregam doutrinas que não estão em sintonia com o que os Apóstolos anunciaram. Nos fiéis, sempre devem prevalecer dois princípios, a esse respeito: 1º) estar em comunhão de fé com os Apóstolos; 2º) ater-se ao que foi inicialmente abraçado, segundo o que o Espírito sugeriu. Os Apóstolos anunciaram a mensagem que receberam da “Palavra da Vida” (1Jo 1,1). É em Cristo que devemos nos fundamentar porque “nele habita corporalmente a plenitude da divindade” (Cl 2,9). Não há mais necessidade de circuncisão porque, agora, a renúncia “ao corpo perecível” ocorre em virtude do Batismo que nos sepulta na Morte de Cristo, para que ressurjamos à vida nova que ele conquistou com a sua ressurreição. Não há porque prestar culto aos poderes celestiais, porque Cristo Jesus é seu Senhor e Criador. É como se eles tivessem sido despojados da sua condição e, feitos prisioneiros, tivessem sido arrastados atrás do carro triunfal do Senhor Jesus. A prática de
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distinguir entre alimentos puros e impuros, de celebrar festas, luas novas e sábados, não tem mais sentido. Devemos celebrar Cristo na sua Morte de Cruz porque foi por ela que os nossos pecados foram perdoados. Unidos à Cabeça, pela união das juntas e articulações, como num corpo, crescemos segundo o que Deus determinou porque é em Cristo que está toda primazia (1,18). 3,1-24 A dinâmica dos que ressuscitaram com Cristo é aquela de procurar “alcançar as coisas do alto”, para poder participar da sua Glória. O aspecto negativo deste esforço é o de fazer morrer “imoralidade, impureza, paixão, maus desejos e a cobiça, que é idolatria” (3,5); rejeitar “ira, irritação, maldade, blasfêmia, palavras indecentes” (v.8). O aspecto positivo é aquele de revestir-se do homem novo: “de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão, paciência e caridade fraterna” (v.12). Fica evidente, neste caso, que as práticas dos judaizantes não têm mais sentido algum. A prática que cultiva a vida cristã é a da frequência às assembleias dominicais, que permite que a Palavra nutra o fiel com toda a sua riqueza (3,16). O matrimônio é a expressão mais significativa da vida cristã, quando vivido virtuosamente, porque se torna figura do amor que Cristo teve com a sua Igreja, manifestado pela sua imolação de Cruz. O comportamento virtuoso por parte dos filhos, dos pais, dos servos, e dos senhores, como também nas relações sociais, constitui-se, para Paulo, no verdadeiro compromisso moral a ser vivido diante de Deus, esquecidas as obrigações legais da tradição humana dos judeus.
Profissão de Fé Jane do Térsio
O Inferno
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Inferno é o estado de autoexclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados. É o estado da eterna separação de Deus, a absoluta ausência do amor. A pena principal do inferno consiste na separação eterna de Deus, em quem unicamente o homem tem vida e a felicidade para as quais foi criado e às quais aspira. Quem morre em pecado grave, pleno de consciência e vontade, por livre escolha, por livre opção, e sem disso se arrepender, rejeitando o amor de Deus, que perdoa com misericórdia, exclui-se para sempre da comunhão com Deus e com os santos. Concluímos que não é Deus que condena o ser humano: é o próprio ser humano que, por livre vontade, rejeita o amor misericordioso de Deus e consequentemente a Vida eterna. Jesus fala muitas vezes na “Geena”, do “fogo que não se apaga” (Cf. Mt 5,22.29; 13,42.50; Mc 9,4348), reservado aos que recusam até o fim de sua vida crer e converter-se, e no qual se pode perder ao mesmo tempo a alma e o corpo (Cf. Mt 10,28). Cristo exprime essa realidade com as palavras: “Afastai-vos de mim, malditos. Ide para o fogo eterno”. As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja acerca do Inferno são um chamado à responsabilidade com a qual o homem deve usar de sua liberdade em vista de seu destino eterno. Consti-
tui também um apelo insistente à conversão. A Igreja adverte os fiéis acerca da “triste e lamentável realidade da morte eterna” (DCG 69-Diretório Catequético Geral). Deus, embora desejando “que todos venham a converter-se” (2 Pe 3,9), todavia, tendo criado o homem livre e responsável, respeita as decisões dele, mesmo quando em vez de optar por ele, escolhe o Inferno. Se for verdade que ninguém pode salvar-se a si mesmo, também é verdade que “Deus quer que todos sejam salvos” (1 Tm 2,4), e que para Ele “tudo é possível” (Mt 10,26). Não sabemos, é certo, se alguém no momento da morte, contemplando o Amor absoluto, consegue, tem coragem ou pode realmente dizer “não”. A nossa liberdade possibilita tal decisão. Apenas desejamos que no Inferno haja poucas almas... O Juízo Final A ressurreição de todos os mortos, “dos justos e dos injustos” (At 24,15), antecederá o Juízo Final (universal). O Senhor Jesus voltará na Sua Glória, com todos os anjos, e serão reunidas em sua presença todas as nações; e toda a Sua Luz incidirá sobre nós. Ele retornará como juiz dos vivos e dos mortos. A Verdade será definitivamente desvendada, os nossos pensamentos, as nossas ações, a nossa relação com Deus
e com os outros. Já nada ficará escondido. Conheceremos o sentido último de toda a criação e de toda a economia da salvação, e compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais sua providência terá conduzido tudo para seu fim último. O Juízo Final revelará que a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças cometidas por suas criaturas e que seu amor é mais forte que a morte (Cf. Ct 8,6). A santíssima Igreja romana crê e confessa firmemente que no dia do juízo todos os homens comparecerão com seu próprio corpo diante do tribunal de Cristo para dar contas de seus próprios atos. O Juízo Final há de revelar até as últimas consequências o que um tiver feito de bem ou deixado de fazer durante sua vida terrestre. Aqui se decidirá se despertamos para a Vida eterna ou se somos separados de Deus para sempre. Se iremos para a Vida Eterna ou para o castigo eterno. Depois desse Juízo final, o corpo ressuscitado participará da retribuição que a alma teve no juízo particular. O Juízo Final acontecerá por ocasião da volta gloriosa de Cristo. Só o Pai conhece a hora e o dia desse Juízo. O Juízo Final inspira o santo temor de Deus. Compromete com a justiça do Reino de Deus. Anuncia a “bem-aventurada esperança” (Tt 2,13) da volta do Senhor. Continua na próxima edição
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Espaço teológico Michele Amaral - Bacharel em Teologia – PUC-Rio
Celebração Eucarística Exercício da Fé e a dignidade Batismal
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omando por base o tema proposto sobre o ano do laicato, iremos, então, dar continuidade a conversa sobre a importância da consciência do papel do leigo. Este mês falaremos sobre a participação consciente e ativa do leigo na Santa Missa. Todos sabem que ir a missa dominical, faz parte da vida cristã, mas o que muitos não percebem é esse ato não deve ser feito por mera obrigação. Quando vamos a missa por obrigação, podemos dizer que estamos indo assistir a missa, como era feito antes do Concílio Vaticano II. É isso mesmo que você leu: assistir, pois antes da reforma litúrgica, o povo não participava ativamente da celebração, apenas a assistia. Com a reforma, promovida pelo concílio citado, essa realidade mudou. A missa começou a ser celebrada na língua local, onde a igreja reside, nos livros litúrgicos, para estimular uma participação mais ativa. Foram introduzidas as aclamações do povo, as respostas, os cânticos, assim como as ações, gestos e posturas corporais. “Portanto, (...) a participação dos
fiéis leigos na celebração da Eucaristia, e nos outros ritos da Igreja, não pode equivaler a uma mera presença mais ou menos passiva, mas sim que se deve valorizar como um verdadeiro exercício da fé e a dignidade batismal”. (Redemptionis Sacramentum, n.37) Por que é tão importante participarmos de maneira consciente desta celebração? A celebração Eucarística nos faz vivenciar, tornando presente à paixão-morte-ressurreição de Cris-
to através ceia, onde nos reunimos para nos alimentarmos da Palavra, do Pão e do Vinho. Diante disso temos que ter consciência da nossa PARTICIPAÇÃO na missa. Você pode se questionar: - como eu posso participar se não faço parte da liturgia ou outro ministério envolvido no auxilio da celebração? Eu só assisto a missa? A resposta é: a partir do momento que você responde, canta os cânticos, ouve e medita a Palavra e se aproxima da Eucaristia, você está participando da mesma. Antes e acima de tudo, lembre-se: você deve participar da Santa Missa com gratidão e alegria no coração; com devoção, profundo amor e reverência. Você está participando da Renovação do Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo para a sua salvação e de toda a humanidade. Nunca se esqueça do quão importante é isto. Além disso, devemos participar da vida comunitária, buscando na celebração Eucarística, as forças de que necessitamos para bem desempenhar nossa missão, de fazemos o reino presente já, na comunidade e no mundo.
Loretando Paulo Sobrinho e Solange - loretando@oi.com.br
Novo Ano
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em amigos do Loreto, iniciamos o ano com muita alegria, disposição e calor. Adoro esse tempo, faz bem para o corpo e para a alma, dá muita vontade de estar ao ar livre e desfrutar desse clima maravilhoso. Mas nem todo mundo pensa assim. Eu conheço umas pessoas que odeiam o calor. Verdade! Se bem que acho que elas odeiam também o frio... Sei lá, tem gente que odeia tanta coisa, não é? Outro dia estive com uma amiga que é assim, para tudo tem sempre que falar: - Eu odeio isso. Se ouve uma música de sucesso, ela diz: odeio esse tipo de música. Se for um filme: - odeio esse tipo de filme, e por aí vai. Dessa vez não aguentei e falei pra ela: - Poxa, você odeia tudo, tem sempre essa palavra na ponta da língua! Ela ficou meio bolada comigo, me olhou de banda, ficou pensativa... E eu imaginei: pronto, arrumei uma briga. Mas não, ela olhou séria para mim e disse: - É mesmo? Você acha isso mesmo? Bom, aí já recuperado do susto, conversei calmamente com ela: - Experimenta fazer uma lista de tudo que você ama e tudo o que você odeia. Depois veja qual lista é maior, se for a do «odeio», aí sim, você tem problemas, pois não é possível alguém odiar mais do que amar. Isso se torna um vício, ter uma crítica apimentada para todas as ocasiões, e, cá pra nós, é terrível ouvir sempre que tá ruim, eu odeio isso, odeio aquilo... Às vezes, quando algo não nos agrada, é melhor ficar calado, ninguém quer ouvir nosso negativismo. Se, ao contrário, for para falar coisas boas, não economize palavras, solte o verbo! Se gostou, se amou, se apaixonou,
fale mesmo, bote para cima seus sentimentos, não permita que te puxem para baixo. Assim, acho que falei por uns dez minutos e ela ficou com os olhos fixos em mim. Fiquei imaginando que ela iria descarregar seus «odeios» em mim naquele momento, mas não, ela refletiu minhas palavras, meio que mastigou, sentiu o sabor e ficou muda por alguns instantes até que balançou a cabeça e disse: - não que você tem razão?! E caímos na gargalhada. Isso me fez lembrar os tempos de hoje, basta você tocar num assunto de jornal que já aparece alguém falando mal da cidade, do país e do mundo, não dá nem pra disfarçar e mudar de assunto. É que nem fila de supermercado, todo mundo esperando e você não pode cruzar o olhar com ninguém, pois tem sempre alguém esperando pra reclamar da demora, dos preços, do serviço, etc. etc. Quer um conselho? Se você não quer ouvir ninguém reclamar da vida, não cruze o olhar com ela, se não, já era, vai ouvir muito. Eu mesmo tenho que me precaver quanto às coisas que escrevo aqui, pois às vezes fico mais amargo que café sem açúcar e as coisas não são para serem levadas assim. A coisa tá difícil? Tá, mas de nada adianta reclamar e odiar pelos cantos, as pessoas ao seu lado esperam mais de você, então sorria, Jesus te ama! A vida é linda, o tempo é bom com sol ou com chuva, o amor está sempre no ar, basta ter sensibilidade para senti-lo. Não permita que o amargo da vida seja sua constante, misture com mel e limão e saboreie, pois a vida, ah! A vida! É feito ferro de engomar... Sempre passa. Tenham uma excelente quaresma. P.S. Depois que inventaram o tá ruim, nunca mais ficou bom. P.S. do P.S. Então reinvente-se e faça ficar sempre maravilhoso.
Bem Estar
Febre Amarela se tor
Febre Amarela: Campanhas conscientizam quanto a necessidade de vacinação
Eliminação dos focos das larvas do Aedes ae
Proteção solar, hidratação e roupas leves são p estação mais quente do ano também reforça o ale clima facilita a proliferação dos ovos do mosquit Amarela, enfermidade relacionada mais recentem estas doenças são similares e acabam causando avaliação médica para definição da melhor conduta
Imunização completa se dá em torno de dez dias depois da aplicação da vacina
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om a confirmação de casos de Febre Amarela no Estado do Rio de Janeiro, e a maior busca por vacinação, muitas dúvidas surgem. Diante disso, a Dra. Silvia Oliveira, infectologista do Hospital Rios D’Or esclarece os principais pontos. Quem pode tomar a vacina? A recomendação do Ministério
da Saúde é que as pessoas a partir dos 9 meses até os 60 anos, que ainda não tenham recebido nenhuma dose da vacina, sejam imunizadas. Acima desta idade, é preciso avaliação médica individualizada. Quem não pode tomar a vacina? yy Grávidas e mulheres que estão amamentando bebês menores de 6 meses
A Febre Amarela é uma doença febril aguda vira
amazônicas desde a década de 80, porém no in yy Doentes com câncer que fazem cidades como Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia c quimioterapia ou- Aradioterapia maioria das pessoas infectadas pelo vírus da Feb e cefaleia com duração média de dois dias, mas em yy Pessoas com alergia a dor ovos ounas articulações, náu apresentando muscular, pode ter hemorragia causando icterícia, um sintom derivados aspecto amarelado. Não existem tratamentos m tratamento visa melhorar os sintomas e, em cas yy Portadores de HIV qualquer perdido ou nas hemorragias, diálise para os rins afeta infectologista Sílvia Oliveira, do Hospital Rios D’Or. doença que atinja o sistema imuCombate ao Aedes aegypti – A prevenção, com a nológico forma de evitar a doença, mas a vacinação també Amarela, sendo indicada para moradores ou visitan yy Transplantados60 anos de idade alcançando eficácia de até 97% Mundial de Saúde. A vacina contra febre amare clínicas particulares, é contraindicada para gestant yy Portadores ou pessoas com seis meses e pessoas com mais de 60 anos. Pacient vacinados comdo indicação médica, assim história pregressapodem de serdoença timo, lúpus, doença de Addison e >>>Conheça os principais sintomas da Febre Amar artrite reumatoide
Febre Amarela
Zik
alta, Qual o período de proteção Febre para Febre sempre presente quem toma a vacina contra a
Sintomas
É baixa estar pr
Dores de Cabeça
Sempre presente
Dores nas articulações
Dores principalmente nas costas Ausente
Manchas vermelhas na pele Náuseas
CONSULTÓRIOS MÉDICOS RIOS D'OR - ANÚNCIO 15X9CM
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sexta-feira, 11 de novembro de 2016 17:56:05
Pode estar presente
Sempre p
Dores le podem prese Quase s prese
Ause
Sintomas: 50% podem evoluir na forma grave com a febre mais alta, pele e olhos amarelados, vômitos e fezes muito escuros (aspecto de “borra de café”), diminuição significativa da urina e confusão mental – podendo ser fatal, evoluindo com choque e insuficiência múltipla dos órgãos.
febre amarela? De acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde, o Ministério da Saúde segue os padrões internacionais da dose única. Ou seja: apenas uma dose da vacina contra a febre amarela é capaz de imunizar pelo resto da vida.
Transmissão: Em regiões rurais, o vetor da febre amarela é, principalmente, o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, o responsável pela transmissão é o Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue, zika e chikungunya. Importante: No Estado do Rio de Janeiro,
a vacinação está sendo realizada de forma gradativa, para todos os cidadãos. A imunização ocorre em média com 10 dias, portanto, se torna ainda mais importante esta antecedência em caso de viagens para áreas de risco (regiões de matas e rios). Existem campanhas espalhadas por diversos Estados, portanto, procure o posto de saúde mais próximo e informe-se. A vacina também pode ser encontrada em clínicas particulares. Informações para a imprensa – HD Comunicação Patrícia Gualberto | patricia. gualberto@hdpr.com.br | (21) 3478 3123 / 96702 2777
m e a t s e f Sua ! o l i t s e alto Andrea ou Rita (21) 3392-4402 / 2425-0900 r.205 Ladeira da Freguesia, 250 Freguesia - Jacarepaguá adm@loreto.org.br - www.loreto.org
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Loreto em Ação
Ação entre amigos
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m 2016, na festa da Padroeira, tivemos uma atração mais do que especial. Foi o sorteio de um carro, uma moto e uma TV de 50 polegadas, fruto de uma AÇÃO ENTRE AMIGOS, que se iniciou na festa junina do mesmo ano, e que por seis meses, sob a liderança de um grupo de voluntários, vendeu uma rifa, com o objetivo principal de estimular o exercício da partilha, e arrecadar fundos para algumas obras de reparo e manutenção do Santuário. Todos devem se lembrar, mas com certeza, algumas pessoas não se recordam quanto foi arrecadado, nem como foi empregados esses recursos. Com o objetivo de trazer de volta esse tema e apresentar à comunidade as novas ações que devem ser implementadas, viemos conversar com o mesmo grupo que liderou os trabalhos na ocasião citada acima e, hoje oficialmente constituído, sob a orientação do nosso pároco, batizado POR GRUPO DA AÇÃO ENTRE AMIGOS. A escolha do nome se deu por bem retratar o objetivo, um grupo de amigos paroquianos com o propósito de realizar ações para melhorar nossa vida na comunidade, trazendo benefício para o bem de todos. Vamos conhecer esse novo projeto e desde já, pedir a Deus que abençoe a iniciativa. 1- Com o resultado financeiro da Ação entre Amigos realizada em 2016, o que foi realizado em benfeitorias para a nossa paróquia? Além do nosso objetivo maior que era a pintura externa do Santuário, atendendo as exigências do INEPAC, fizemos os reparos no telhado e a troca do forro do corredor direito no interior da igreja (acabado pelos cupins). Com a sobra de recursos investiríamos em um siste-
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ma de ventilação para o Loretão, porém os custos eram muito elevados e não conseguiríamos com a verba que sobrou. Resolvemos então fazer investimentos diretos que beneficiasse a comunidade e que tinha maior prioridade para executamos. Fizemos assim a descupinização do Santuário, Cepar, Salão Zaccaria, salas da catequese e Loretão. Fizemos a nova sincronização do som do Santuário, com 8 caixas de som e amplificador. Essas foram as melhorias que conseguimos realizar com os recursos da Ação entre Amigos de 2016 e agradecemos a comunidade, pois sem o envolvimento de todos, estas melhorias para nossa Paróquia não seriam possíveis. E o melhor, nós gostamos de pensar que quando ajudamos estamos arrumando a nossa própria Casa, pois a Paróquia é NOSSA CASA. 2- O que a Paróquia vem adquirindo com recursos levantados com o dízimo e outras contribuições, em especial com a arrecadação dos movimentos existentes na paróquia? Sabemos que O Dízimo é o resultado da Partilha, um gesto concreto de amor e reconhecimento ao Pai de que tudo que temos vem do seu Amor. É a conscientização que vem do coração, de que devo devolver um pouco que tenho para ajuda na continuidade da Evangelização. A Cestinha é o reconhecimento de que precisamos contribuir para manutenção e melhoria de toda a Paróquia. Com essas duas receitas, constituímos o caixa da paróquia, que deve arcar com o pagamento de todas as despesas fixas. Outras contribuições ou arrecadações vindas das festas, da entrega da sobra dos encontros realizados no decorrer do ano, doações etc. ajudam a reforçar o caixa.
Abaixo, relacionamos algumas das muitas despesas, pagas no ano de 2017, através da generosa contribuição de todos: Custo fixo mensal – Principais despesas: yy Folha de pagamento dos funcionários e encargos sociais; yy Luz, água, telefone e impostos; yy Alimentação; yy Despesas de evangelização; yy Contratos de prestação de serviços; yy Outras. Moveis e utensílios: yy No-break; yy Computadores, processadores; yy DRV e câmeras de segurança; yy Cortador de gramas, ferramentas; yy Automatização dos portões de carros e de pessoas; yy Outros. Despesas de Manutenção yy Substituição dos tapetes para cerimônias de casamentos e capachos para o Santuário e Loretão; yy Foram trocadas todas as lâmpadas do Santuário, do CEPAR, da administração e secretaria, salão Zaccaria, sala catequese, totalizando 998 lâmpadas de LED. No Loretão foram trocadas as luminárias; yy Jardinagem do CEPAR e Paróquia; yy Conserto de portas do Santuário, pintura do teto após troca das madeiras, confecção do painel de madeira para o CEPAR; yy Limpeza da caixa d’água do CEPAR, Loretão, Salão Zaccaria e Secretária; yy Conserto do telhado do Loretão e CEPAR com troca
das calhas; yy Estofamento de 100 cadeiras do salão Sagrado Coração de Jesus, sofá e cadeiras da sacristia; yy Manutenção geral da sustentação da eletricidade de alta tensão; yy Manutenção de todos os extintores de incêndio; yy Conserto e confecção de portas, janelas e corrimão do CEPAR. yy Manutenção de pinturas no Cepar, Zaccaria; yy Outras 3- Como o grupo vai se organizar? Quantos são e como vai atuar? Após o sucesso da Ação entre Amigos, quando a comunidade entendeu o exercício da partilha, resolvemos aumentar a equipe, somando a primeira que contava com Pe. Sebastião, Odete, Badá, Bira, Amaral e Sérgio, os novos: Roberto, Carlão e Claudio. A princípio vamos atuar de duas formas: Uma que será a Ação entre Amigos com a missão de arrecadar os recursos, pensando e promovendo formas para tal. O primeiro objetivo será lançado no dia 10 de março. A outra será apoiar a administração nas melhorias das instalações gerais e no emprego dos recursos, onde entendemos que melhorar recursos, começa em administrar gastos. Assim o grupo estará em sintonia também com o Copeal, que é responsável em aconselhar o pároco nas questões administrativas e financeiras da paróquia. Enfim, temos um real sentimento de gratidão a Deus por nos permitir partilhar e ver realizado melhorias que nos ajudarão na continuidade da Evangelização. Basta ver quantos Jovens existem na Igreja e que com pequenos gestos de hoje, estarão amanha dando continuidade a essa Ação. Precisamos nos manter firmes, unidos e com muita Fé. JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!
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Campanha da Fraternidade 2018 Por que a Campanha da Fraternidade começa na Quaresma? A cada ano, desde 1964, a Igreja no Brasil propõe a todos os cristãos, a Campanha da Fraternidade (CF). Antes de falarmos sobre o tema desse ano, vamos relembrar aqui alguns assuntos já tratados na CF e tirar algumas dúvidas que muitos de nós temos sobre a Campanha. O que é a Campanha da Fraternidade? É uma campanha quaresmal, que une em si as exigências da conversão, da oração, do jejum e da doação. Convoca os cristãos a uma maior participação nos sofrimentos de Cristo como possibilidade de auxílio aos pobres e tem seu início na quaresma e ressonância no ano todo (Cf. CNBB, Pastoral da Penitência, Doc. 34, nº. 4.3) E por que ela começa na quaresma? Não devíamos focar mais na própria espiritualidade do que em questões sociais nesse tempo? A CF é um instrumento para desenvolver o espírito quaresmal: conversão, renovação interior e ação comunitária em preparação da Páscoa, sendo assim um meio para viver os três elementos fundamentais da espiritualidade quaresmal: Oração – Jejum – Esmola. O que devemos estar sempre atentos é até onde vai à luta pelo social no tempo de preparação para o período mais importante da Igreja, devemos manifestar através de gestos concretos a mudança suscitada pelas Campanhas da Fraternidade sem esquecer que as mesmas além de instrumentos para uma sociedade melhor são também meios efetivos para nossa santificação. Vivendo, em equilíbrio esse tripé de conversão-jejum-oração, de maneira natural alcançamos os dois objetivos, pois assim como a fé sem obras é morta, as obras sem fé se transformam em filantropia, que difere do nosso objetivo maior baseado no mandamento deixado por Jesus: a caridade cristã. Quais temas já foram abordados na Campanha da Fraternidade? Ao longo de sua história, a Campanha da Fraternidade teve três fases. A primeira delas, de 1964 a 1972, foi centrada nas questões da própria Igreja. A segunda fase, de 1973 a 1984, abordou de forma ampla as questões sociais do Brasil. A partir de 1985 começou a terceira fase, quando passaram a ser abordadas as questões sociais de forma mais específica. 12
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A partir do ano 2000, começaram a ser promovidas também, a cada cinco anos, as campanhas ecumênicas, em parceria com as denominações afiliadas ao Conselho Nacional de Igrejas cristãs (Conic). Assim, foram ecumênicas as campanhas de 2000, 2005, 2010 e 2016. Além do tema, a Campanha da Fraternidade sempre tem um lema, geralmente um versículo bíblico a partir do qual se desenvolvem as reflexões sobre o assunto tratado. Também há sempre um cartaz e um hino. E em 2018, qual o tema? A Campanha da Fraternidade de 2018 tem como tema: “Fraternidade e superação da violência” e como lema: “Vós sois todos irmãos” (Mt. 23,8). Segundo o texto-base: “o tema pretende considerar que a violência nunca constitui uma resposta justa. A Igreja Católica proclama, com a convicção de sua fé em Cristo e com a consciência de sua missão, que a violência é um mal, que a violência é inaceitável como solução para os problemas, que a violência não é digna do homem. A violência é mentira que se opõe à verdade de nossa fé, à verdade de nossa humanidade. A violência destrói o que ambiciona defender: a dignidade, a vida, a liberdade dos seres humanos”. O Objetivo Geral da campanha da Fraternidade 2018 é: “Constituir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência”. Há também nesta Campanha sete Objetivos Específicos: a) Anunciar a Boa-Nova da fraternidade e da paz, estimulando ações concretas que expressem a conversão e a reconciliação no espírito quaresmal; b) Analisar as múltiplas formas de violência, especialmente as provocadas pelo tráfico de drogas considerando suas causas e consequências na sociedade brasileira; c) Identificar o alcance da violência, nas realidades urbana e rural de nosso país, propondo caminhos de superação, a partir do diálogo, da misericórdia e da justiça, em sintonia com o Ensino Social da Igreja; d) Valorizar a família e a escola como espaços de convivência fraterna, de educação para a paz e de testemunho do amor e do perdão; e) Identificar, acompanhar e reivindicar políticas públicas para superação da desigualdade social e da violência; f) Estimular as comunidades cristãs, pastorais, associações religiosas e movimentos eclesiais ao compromisso com ações que levem à superação da violência; g) Apoiar os centros de direitos humanos, co-
missões de justiça e paz, conselhos paritários de direitos e organizações da sociedade civil que trabalham para a superação da violência. A Campanha usa o método conhecido de “Ver, Julgar e Agir” para analisar a situação da violência no país. A parte titulada “Ver” é dividida em três subdivisões: (i) As múltiplas formas da violência; (ii) A violência como sistema no Brasil; e (iii) As vítimas da violência no Brasil contemporâneo. O texto-base da CF cita os tipos de violência sofridos pelas vítimas no Brasil contemporâneo: A lista é longa: Violência racial, doméstica, religiosa, no trânsito, contra jovens e mulheres, violência sexual e tráfico humano, violência e narcotráfico, violência policial, violência contra os trabalhadores rurais e contra os povos tradicionais etc. O setor da CF titulado “Julgar” apresenta a fundamentação religiosa para evitar a violência. A violência é um tema abundante na Sagrada Escritura especialmente no Antigo Testamento. O texto-base da CF oferece um riquíssimo estudo sobre isso. Porém, é no Novo Testamento que Jesus anuncia o evangelho da reconciliação e da paz. “Os escritos do Novo Testamento nasceram à luz da Páscoa de Jesus e todos a refletem de alguma forma. O centro do Novo Testamento é Jesus que é por excelência uma pessoa não violenta. Por isso, não se encontra nenhum tipo de incentivo à violência em suas páginas”. Fiel à mensagem de paz e reconciliação de Jesus a Igreja oferece sua colaboração para a superação da violência, como
partilha de sua experiência e de sua fé. Vários documentos Pontifícios além do Concílio Vaticano ll são citados aqui no texto-base. Finalmente, no setor titulado “Agir” encontramos ações para a superação da violência. “A superação da violência nasce da relação com o outro. O primeiro lugar onde o ser humano aprende a se relacionar é na família”, portanto sua importância na luta contra a violência. A CF deste ano de 2018 propõe a construção e a promoção de uma cultura da paz. Apresenta pistas e áreas concretas que precisam ser reexaminadas para atingir esta meta: a) O Estatuto da Criança e do Adolescente; b) A violência doméstica e a Lei Maria da Penha; c) Os Direitos Humanos; d) A superação da violência gerada pela exploração sexual pelo tráfico humano; e) Violência e juventude; f) O racismo e a superação da violência; g) A superação da violência no campo; h) A superação da violência fruto do narcotráfico; i) O Estatuto do Desarmamento; j) A violência religiosa; k) A violência política; l) A violência no trânsito; e m) A Defensoria pública. Quais os subsídios usados pela CNBB na divulgação da CF? Além do cartaz e do hino, todo ano a Igreja no Brasil disponibiliza subsídios e materiais para ajudar as comunidades, famílias e cidadãos a vivenciarem o propósito da Campanha. Esses materiais estarão à disposição do público no site da Edições CNBB. Padre Luís Fernando, secretário executivo das CFs,
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explica ainda que o principal subsídio é o texto-base que apresenta uma reflexão do tema a partir do método ver, julgar e agir. Além disso, há ainda subsídios para alunos do ensino fundamental, médio e grupos juvenis. Já para ajudar na oração quaresmal, uma vez que a CF é lançada durante este período, haverá também celebrações em família, via-sacra, vigília eucaristica, celebração da misericórdia e celebração ecumênica.
Sonhamos ver um novo céu e uma nova terra: Todos na roda da feliz fraternidade. (Ap 21, 1-7) 05 - Tua Igreja tem o coração aberto, (EG 46-49) E nos ensina o amor a cada irmão. Em Jesus Cristo, acolhe, ama e perdoa, Quem fez o mal, caiu em si, e quer perdão. (Mt 18, 21) Por: Rômulo Pratti – Pascom Loreto
O que fala o hino? Como é o cartaz? Provavelmente a partir da quarta de Cinzas você ficará familiarizado com ele. Conheça agora o hino e o cartaz da Campanha da Fraternidade! 01 - Neste tempo quaresmal, ó Deus da vida, A tua Igreja se propõe a superar. A violência que está nas mãos do mundo, E sai do íntimo de quem não sabe amar. (Mc 7,21) Refrão: Fraternidade é superar a violência! (Mt 14, 1-12) É derramar, em vez de sangue, mais perdão! (Jo 20, 21-23) É fermentar na humanidade o amor fraterno! (Mt 13, 33) Pois Jesus disse que “somos todos irmãos”. (Mt 23,8). (2x) 02 - Quem plantar a paz e o bem pelo caminho, E cultivá-los com carinho e proteção, Não mais verá a violência em sua terra. (Is 59,6) Levar a paz é compromisso do cristão! (Ef 6, 15) 03 - A exclusão que leva à morte tanta gente, (EG 59) corrompe vidas e destrói a criação. (LS 70) - “Basta de guerra e violência, ó Deus clemente!” (Mq 2,2) É o clamor dos filhos teus em oração. 04 - Venha a nós, Senhor, teu Reino de justiça, Pleno de paz, de harmonia e unidade. (Mt 6, 10 e Rm 15, 17-19)
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Santuário da Adoção
Entrega consciente: Um ato de coragem, um ato de amor! Nas duas edições anteriores conversamos sobre “Adoção, um ato de amor” e sobre ter uma “Atitude Adotiva”, onde abordamos um pouco sobre o que é Adoção de um filho e como podemos divulgar a Nova Cultura da Adoção. Agora, analisando a situação por outra perspectiva, você já parou para pensar sobre uma mãe que deseja entregar seu filho para adoção? Primeiramente, é essencial lembrar como cristãos católicos o que nos ensina o catecismo da Igreja Católica: “ Os filhos são o dom mais excelente do Matrimônio e constituem um benefício máximo para os próprios pais” (CIC 1652) e ainda nosso Papa Francisco nos orienta na Exortação Apostólica Amoris Laetitia “Se uma criança chega ao mundo em circunstâncias não desejadas, os pais ou outros membros da família devem fazer todo o possível para aceitá-la como dom de Deus e assumir a responsabilidade de acolhê-la com magnanimidade e carinho” (AL 166). Muitas famílias, porém, hoje em dia não receberam ou não seguem os valores cristãos, é importante conhecermos as leis brasileiras e esclarecer que há uma alternativa para quem não deseja o próprio filho, que é a ENTREGA CONSCIENTE. Na mente de muitas pessoas, permanece a ideia de que doar o filho é abandoná-lo, isso não é verdade. É um ato de CORAGEM! Primeiro, coragem de levar a gestação até o fim e depois coragem de doá-lo. O psicólogo e pai por meio da adoção Luiz Schettini em seu livro: Compreendendo os pais adotivos, afirma:” Quando analisamos o comportamento de quem doa o filho e o de quem o recebe, constatamos a coragem de um e de outro” e ainda “Coragem vem de coração (cor, em latim). É aí que tangenciam pais biológicos e adotivos: dão e recebem com o coração”. Muitos podem ser os motivos pelos quais uma mãe/pai desiste de criar seu filho (impossibilidade financeira, não contar com o apoio do companheiro ou de familiares, ter sido vítima de estupro, entre outros) os pais de origem são pessoas com sentimentos e emoções, medos e inseguranças, por tudo isso merecem respeito e devem ser bem orientados, para não abandonar as crianças, pois o objetivo principal é buscar que os INTERESSES DAS CRIANÇAS SEJAM SEMPRE RES-
GUARDADOS. Muitas mães não conseguem ter essa visão e, por medo de serem condenadas negativamente pela sociedade e de sofrerem ataques, acabam não optando pelos meios adequados de entregar o filho para adoção. Para entrega ser legal, não pode ser feita diretamente para a família que deseja adotar a criança, tampouco abandonar a criança no hospital ou qualquer outro lugar público como porta de asas em baixo da ponte ou na pior das hipóteses no lixo. Essas ações são crimes. Pensando nisso, sobre a entrega consciente de um filho para a adoção, com o intuito de diminuir o número de crianças abandonadas ou maltratadas, além de abortos, infanticídios ou adoções irregulares (por exemplo, por meio da venda de crianças – sim, isso infelizmente existe), colocamos algumas informações: De acordo com o artigo 13 do Estatuto da Criança e do Adolescente, as gestantes que manifestarem desejo de entregar o filho para a adoção serão encaminhadas à Justiça da Infância e Juventude de sua cidade. Caso a gestante manifeste seu desejo antes do nascimento do filho, ela será atendida da mesma forma, e será encaminhado um “ofício”, ou seja, um “comunicado” pela equipe de profissionais da Vara da Infância ao Hospital para que, quando do nascimento da criança, a Vara da Infância seja avisada. A mãe, então, receberá o devido acompanhamento de profissionais atuantes na área, para que ela saiba lidar da melhor maneira com o momento difícil que é o da decisão de entregar um filho para a adoção. Em relação à criança, ela ficará em instituição de acolhimento, até que seja concluído o processo de destituição do poder familiar, para que o bebê possa ser encaminhado à adoção. As pessoas, de modo geral, precisam saber que existem alternativas e que a entrega de um bebê para a adoção regular é mais benéfica para uma criança do que o seu abandono, bem como que essa é a melhor atitude a ser tomada por aquela mãe que realmente não possui condições de permanecer com o filho. Eliane Carrão Coordenadora do GAA Santuário da Adoção. Maiores informações: santuariodaadocao@gmail.com.br ou whatsapp 98446-9085 (Eliane) ou 99614-3739 (Cláudia)
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Entrevista: Padre Rafael
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ossa paróquia recebe e acolhe com carinho e muita alegria um novo padre. Trata-se do Pe. Rafael. Nesta edição vamos apresentá-lo a paróquia, através dessa entrevista, que a revista O Mensageiro tem o orgulho de publicar. No final, tem o QR CODE onde você pode conferir a mensagem enviada por ele para a nossa comunidade. Acesse. A Entrevista completa está em www.loreto. org.br Pascom: Qual o seu nome, idade e local de Nascimento? Padre: Primeiramente quero agradecer o convite da Pascom que vem me dá a oportunidade de partilhar algumas coisas a respeito de minha vida para que isso ajude a comunidade a me conhecer melhor e que possamos neste caminho estreitarmos os laços para que possamos realizar sempre com mais eficiência o nosso trabalho pastoral e aquilo que desejamos realizar em nome de Deus e a serviço do evangelho. Meu nome completo é Rafael Wilian Mariano, tenho 33 anos recém-completados em 27 de janeiro e sou natural de uma cidade do interior de São Paulo chamada Mococa. Pascom: Você cresceu na mesma cidade onde nasceu? Fale-nos um pouco da sua família. Como foi sua infância e adolescência? Padre: Nasci e fui criado lá em Mococa, fiz meu ensino fundamental e médio na cidade. Sobre minha infância, a lembrança que me vem e que posso partilhar é minha relação com os vizinhos e muitos meninos da minha idade que moravam próximos de nós e sempre brincávamos o dia todo em um terreno ao lado da
minha casa. Lembro que a gente se revezava entre brincadeiras de rua e no terreno. Éramos eu e mais cinco meninos da minha idade. A minha casa sempre teve um ambiente muito acolhedor e essa meninada vinha brincar comigo e aí fazíamos o lanche da tarde preparados pela minha mãe. Na adolescência por motivo de trabalho dos pais desses meus amigos, eles foram se mudando daquele bairro e até da cidade e fui perdendo o contato. Com 11 anos comecei a participar de minha comunidade paroquial. Sou filho de uma paróquia da periferia da cidade, na vila Santa Rosa chamada de Sagrada Família. Pascom: Essa participação na paróquia deu-se através de seus pais? Padre: Não, meu pai e minha mãe não eram muitos católicos não (risos). Meu pai até hoje não é muito participativo, inclusive é um aspecto interessante da minha história, mas hoje é verdade que toda minha família tem inserção dentro da vida da igreja por causa do Pe. Rafael, por minha causa. Aos 11 anos fui convidado dentro da catequese, naquele período de preparação para a crisma, a participar do grupo de adolescentes da paróquia, que inclusive, no final de semana de 03 e 04 de fevereiro passado comemorou 40 anos de existência. O grupo de adolescentes era chamado de “Mini Jovens TAC – Trabalhando com Amor a Cristo”. Pascom: E foi a partir daí que a sua vocação para o sacerdócio foi despertada ou foi ainda um pouco depois? Padre: Cheguei à adolescência sem os meus amigos de infância, mas ao entrar na vida da comuni-
dade, eu ganhei novos amigos. O ambiente comunitário ainda mais quando se é adolescente ou jovem, é muito benéfico. É um ambiente propício para discernir sua vocação e para criar novas amizades ou criar laços de amizades que durem muito! Hoje em dia eu tenho amigos do grupo de adolescentes onde não perdemos o vínculo de forma alguma e continuamos muito próximos. Inclusive meu padrinho de crisma que participava do grupo e foi meu coordenador hoje também é padre em outra congregação religiosa. Eu comecei a sentir alguns apelos vocacionais e inclusive me recordo que meu pároco, o padre Daniel, brincava comigo nos eventos e em outros momentos da comunidade quando dizia que eu ia ser padre. E eu dizia a ele que não queria ser padre, queria me casar. Eu tinha idealizado outras coisas para minha vida, e esse padre sempre dizendo: - Você vai ser padre, você vai ser padre e eu achava interessante, mas até me irritava um pouco porque na comunidade “meio que pegou”, o padre dizia e então os outros colegas e amigos da comunidade, adolescentes como eu, você sabe que adolescentes adoram fazer brincadeiras (risos). Mas não foi exatamente nesse momento que eu me decidi, tanto é que fui dar um passo para minha vida de seminário
com 21 anos. Entrei com 11 anos e foi esse período de 10 anos de discernimento. Pascom: Quando percebeu ou confirmou sua vocação para o sacerdócio, como foi? Padre: Eu resisti muito. Teve um período de crise, pois entrei muito jovem e depois por conta do ensino médio, a faculdade de administração por dois anos de graduação, enfim, comecei a questionar se de fato tinha aproveitado a minha vida, se tinha tido experiência como outro jovem “normal” justamente porque entrei muito jovem na vida da comunidade. Pascom: E o apoio da família, dos amigos? Padre: A comunidade paroquial apoiou muito. Os meus irmãos não opinaram, não mencionei, mas sou de uma família de cinco irmãos e sou o caçula. São duas irmãs e dois irmãos e não tive muito apoio deles. A minha mãe me apoiou, mas muito preocupada, porque na compreensão dela a respeito dessa vocação, e acho que ela não está errada
(risos), é um caminho de muito sofrimento, de dificuldades, ela tinha medo e tudo por aquilo que deveria passar. Os pais sempre querem poupar os filhos. Já o meu pai, não, ele foi categoricamente contrário. Foi rígido e duro comigo nas palavras e na maneira de agir, porque tinha idealizado outra coisa para mim, do ponto de vista profissional, do ponto de vista da constituição de família, por mais que sejamos cinco filhos e hoje ele já tenha cinco netos, ele não aceitou no começo não, mas depois foi amadurecendo e aceitando a ideia. Foi então que me decidi e no primeiro momento fiz uma experiência no seminário da minha diocese de origem que é São João da Boavista. A minha cidade pertence a esta diocese. Então o primeiro passo que dei no propedêutico (corpo de ensinamentos introdutórios ou básicos de uma disciplina), depois todo o período da filosofia que foram mais três anos. Pascom: Como foi sua vivência no seminário? Você fez algum estágio pastoral em alguma
comunidade? E porque escolheu a Congregação dos Barnabitas? Padre: Entrei em 2006 para o seminário da diocese de São João da Boavista onde fiz a primeira experiência como propedêutico, que é um ano de preparação. Foi um ano bem difícil, de adaptação principalmente porque na diocese esse ano era programado de ser feito num seminário em uma região rural, não era na cidade, era numa fazenda onde fazia bastante frio, o inverno foi bem rigoroso. Fazíamos o serviço da casa como se faz em qualquer seminário, como limpeza, oração, momento de estudo, mas o fato de estar ali naquele contexto e bem longe de tudo, confesso que para mim foi um pouco difícil. Depois na próxima etapa de formação, fui fazer Filosofia no seminário da cidade de São João da Boavista. Foi um período muito bonito onde aprendi muitas coisas, mas principalmente a respeitar a convivência com o diferente, e veja que eu não sou de uma família pequena. Eu me lembro desse período com
muita alegria, mas ao mesmo tempo como um período desafiador. Foi uma primeira etapa e fui até 2010 como seminarista da diocese de São João da Boavista. Chegando ao final de 2010, estava bem cansado e com um pouco de dúvidas a respeito desse itinerário vocacional, algumas dificuldades justamente nesse sentido da convivência, assim tentando entender um pouco melhor como se daria essa vocação, os aspectos das dúvidas e aí então eu resolvi ficar um ano fora. Nesse período iria pensar pela minha volta ou não. Então em 2011 eu fiquei fora do seminário. Pascom: Você foi para um lugar específico, externo ou voltou para convivência familiar? Padre: Em parte sim, para convivência familiar, porque residi na casa da minha irmã mais nova e meu cunhado em Mogi-Mirim, numa região mais próspera do ponto vista profissional, maiores oportunidades e, como minha experiência que tinha era no comércio e retomei nele minha vida profissional nesse período, repensando e analisando sobre minha vocação. Foi uma experiência muito rica e positiva de retornar minha vida “fora”. Foi estranho esse primeiro impacto depois de praticamente quatro anos de uma vida entregue a estrutura do seminário, sendo bem chocante no início, mas depois fui me adaptando com tranquilidade e quando apareceu oportunidade de emprego, as coisas foram se ajustando. Nesse meio tempo, eu tinha uma amizade de rede social e conversando com um amigo que nem está mais conosco, que foi um seminarista daquele tempo e posteriormente decidiu sair, chamado Cleberson e, conversando com ele, disse que estava querendo tocar minha vida para 18
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outra realidade, que não fosse da vocação para o sacerdócio e ele me disse: - Mas você já pensou na possibilidade de migrar da vida diocesana para a vida religiosa? A estrutura é diferente, é ser padre em comunidade de padres, com outra estrutura, de outra forma, as relações são diferentes... Eu achei interessante e, lembro como se fosse hoje, como ele insistiu. E aí eu vejo a ação de Deus. Acabei entendendo dessa forma, pois não éramos muito amigos, nosso relacionamento era mais através da rede social, de conversarmos e partilharmos um pouco das inquietudes próprias, comum a nós. Pascom: Então Deus usou esse amigo para passar essa mensagem, esse recado e te fazer refletir sobre a vocação... Padre: Exatamente. E recordo que ele dizia: - Não desista da sua vocação, você fez somente uma experiência e acha que não é por ali, então dê mais uma oportunidade para sua vocação! Deus pode estar te chamando e você pode fazer uma coisa boa com isso. Essas palavras mexeram bastante comigo e fui me aconselhar com outro padre que era diocesano e disse a ele: - Olha me convidaram para fazer essa experiência na vida religiosa,
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mas eu sempre tive uma caminhada diocesana, será que vai ser positivo? E lembro que o padre disse: - Faça essa experiência, se o teu desejo é ser padre e existe a possibilidade de você dar uma resposta na vida diocesana ou na vida religiosa, faça seu discernimento porque objetivamente vai se tornar a mesma coisa: padre para a igreja. A diferença é que dentro do contexto diocesano você estará restrito mais no aspecto de ordem geográfica a um ambiente, uma estrutura, que pode te facilitar de certa forma porque vai sempre te manter perto dos seus pais. Um exemplo: geralmente é a preocupação de quem está ponderando sobre a vocação, é poder estar perto da família ou você faz a opção pela vida religiosa que vai te ampliar os horizontes, vai estar mais longe, mas servindo sempre a igreja, não vejo problema quanto a isso. E aí fui participar de um encontro vocacional dos Barnabitas em São Paulo numa casa que nós temos lá, e gostei demais do ambiente! De cara me encontrei! Achei um clima muito agradável, uma relação muito amigável dos padres com os seminaristas, muito próxima, porque vim de um ambiente onde o padre ficava um pouco distante de nós, senti uma estrutura mais hierarquizada e ali vi que os padres viviam de uma maneira mais fraternal.
No dia 22 de janeiro de 2012 cheguei a Belo Horizonte, no Colégio Padre Machado para iniciar minha experiência com os Barnabitas. Morando ali e cursando Teologia, porque já havia cursado Filosofia. Fiz meu 1º ano de Teologia lá e depois tranquei o curso e fui para Brasília porque nosso noviciado interprovincial é lá. Conclui minha experiência de tempo de noviciado e fiz minha primeira profissão dos votos religiosos de pobreza, obediência e castidade no dia 18 de janeiro de 2014 e aí retornei de Brasília para São Paulo para concluir meu curso de Teologia fazendo o 2º, 3º e o 4º ano na PUC-SP. Foi também um período muito positivo, nós temos paróquia em SP chamada São Rafael e lá acompanhei basicamente a Pastoral do Batismo. Eu fazia a formação com as famílias que iam batizar seus filhos e afilhados e foi uma experiência maravilhosa pelo contato com essas pessoas principalmente porque é um sacramento onde se percebe uma carência muito grande de formação e preparo das pessoas que buscam. Vivi este período estudando Teologia até o final de 2016 e no dia 24 de janeiro de 2017 eu com mais três confrades embarcamos para Roma e passamos o 1º semestre lá para fazermos a última etapa de formação e preparação e fazermos a profissão solene dos votos religiosos para sempre. Por três vezes consecutivas nós renovamos esses votos prometendo observar por mais um ano. No dia 02 de julho de 2017 eu fiz a profissão solene dos votos religiosos prometendo observar para sempre os votos de obediência, pobreza e castidade dentro da Ordem dos Clérigos Regulares de São Paulo, os padres e irmãos Barnabitas. Já a minha ordenação diaconal que foi dia 09 de julho de 2017, lá em Roma também
pelo bispo responsável por nossa região, o Monsenhor Jan Oricorussa. Foi um período muito positivo viver esta experiência na Itália, estar em Roma, conhecer um pouco da realidade e da vida da Igreja, respirar um pouco no centro do catolicismo e ter a experiência de conhecer outra cultura. Pascom: Entre todos os carismas que recebemos de Deus, percebemos que alguns em nós são mais latentes em nossa caminhada. Você diria que algum carisma se aplica perfeitamente a você? Padre: O carisma ao qual me adequo p e r f e i t a m e n e n t e (risos), seria muita pretensão da minha parte dizer perfeitamente, mas, diria que o aspecto daquilo que envolve a comunicação, então a pregação é um elemento onde você precisa saber se comunicar para pregar, acho que é uma característica minha e basicamente sendo uma característica e por nós sermos homens e mulheres de fé, sabemos que um dom dado por Deus e inspirado pelo Espírito na vida da gente, então digo que eu tenho sim esse carisma da comunicação. Sempre nos ambientes por onde passei e nas coisas que sempre realizei as pessoas sempre salientaram muito, porque é uma coisa que não podemos somente olhar no retrovisor da nossa vida, temos também que ver o que as outras pessoas dizem a nosso respeito, porque às vezes a gente acha assim “eu sei fazer um belo arranjo de flores”, ”sei cantar belissimamente”, mas se ninguém nunca me elogiou fazendo essas coisas, então pode ser que tenha alguma coisa errada e você não seja tão bom nisso. Pascom: Nesse curto período aqui conosco, o que mais o impressionou em nossa comunidade?
Padre: O que mais me impressionou foi à quantidade de pessoas envolvidas em todos os movimentos pastorais, sobretudo no serviço que prestam a liturgia. É um batalhão de ministros extraordinários da Sagrada Comunhão, de leitores, de pessoas que fazem acolhidas nas portas, de coroinhas e acólitos, um grupo muito competente de cerimoniários, gente que estuda os textos da sagrada liturgia para compreender como as coisas se dão muitas equipes de música, e sem contar a participação dos fiéis que já achei grande, mas me disseram que não se apresentam com todo seu vigor e totalidade porque as pessoas estão de férias. Então ainda vou ver esse Loretão em todo seu vigor porque ainda não consegui presenciar e creio vou tremer um pouco mais e ficar um pouco mais apreensivo (risos). Mas acho que a quantidade de pessoas foi de fato que me impressionou bastante, de pessoa trabalhando, para a vida da comunidade, tem muita gente engajada e então isso foi muito positivo. Outro aspecto que me impressionou foi a cordialidade e generosidade com a qual fui acolhido. Entrevista: Paulo Renato – Pascom Loreto
Confira a mensagem enviada pelo Pe. Rafael Mariano à nossa paróquia.
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Escritos de Santo Antônio Maria Zaccaria
Os desafios de ser seminarista hoje
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homem, mais do que nunca, é aferrado pelas delícias que o mundo pode proporcionar. Multiplicaram-se as ocasiões de prazer sem, no entanto, haver a possibilidade de se encontrar a felicidade. Nesse contexto tão amplo, encontra-se a figura do seminarista, que é aquele rapaz que ingressa em um seminário como o intuito de dar uma resposta ao chamado de Deus em sua vida. O ideal do seminarista é tornar-se padre, mais do que isso, é procurar dar sentido à própria existência, em busca da verdadeira felicidade, que é estar diante de Deus, de maneira que ele consiga transmitir essa felicidade aos outros. Olhando externamente ao seminário, que corresponde ao âmbito da formação religiosa e eclesiástica, pode-se constatar que do lado de fora, assim como todo cristão, o seminarista tem que enfrentar inúmeras tentações e obstáculos à sua perseverança. O ter, o poder e o prazer constituem a síntese de tudo o que pode desviar o cristão das coisas eternas, pois ao passo que podem ser meios de transformação positiva, podem também acarretar a ganância e o egoísmo humano. Do lado de fora do seminário, o jovem tem a possibilidade de evoluir, alargando os próprios horizontes, ao mesmo tempo em que corre o risco de se frustrar e de não conseguir alcançar os objetivos planejados. Do lado de dentro do seminário, o indivíduo tem a possibilidade de crescer humanamente em vista do ministério que deseja alcançar na Igreja em função do anúncio do Evangelho, da construção de valores e do acompanhamento ao povo de Deus. No entanto, dentro da casa de formação, o seminarista tem que aprender a lidar com as situações, caso contrário, ainda que tenha vocação e reta intenção, poderá sofrer severos abalos causados pelo ambiente de convívio formativo. Não deve escandalizar o fato de que algumas das maiores dificuldades daquele que está em processo formativo se dão entre os muros do seminário, posto que muitas falhas da sociedade sejam reproduzidas em menor teor também no contexto “seminarístico”. O seminarista acaba por vezes enfrentando a realida-
de de que ele se encontra em um período de transição de forma que pelo povo ele é visto como aprendiz de padre, enquanto por parte do clero ele é visto como povo e, de fato, ainda é leigo. Contudo, os estudantes que aspiram ao sacerdócio não só rezam e repousam, mas, em maior ou menor teor, trabalham e têm de estudar bastante se não quiserem ser medíocres naquilo que fazem, tentando conciliar horários, disciplina e regras, somados à diversidade de temperamentos com os quais convivem, tentando lidar de maneira salutar com seus superiores. Isso tudo, sem esquecer que são humanos, que riem e que choram, que se alegram e se entristecem, que enfrentam noites escuras, mas que confiam no alvorecer da própria esperança em Cristo. Os que se submetem a serem formados da melhor maneira possível em função do sacerdócio e da vida religiosa têm que manter os olhos fixos no Senhor sem deixar de estarem atentos aos sinais cotidianos para que o sujeito não se torne obtuso, nem pietista e não fuja das responsabilidades para consigo e com os outros. O período de formação inicial é um estágio, um momento, algo que não é para sempre e que deve ser vivido com simplicidade e coragem em vista da própria formação de maneira integral, abrangendo o seu lado humano e espiritual, para que, antes de qualquer coisa, a pessoa se torne um autêntico católico e, se chegar ao estado clerical ou de vida consagrada, tenha a plena consciência de que não é padre nem religioso para simplesmente erguer uma bandeira, mas é padre ou religioso para a Igreja e, consequentemente, para Cristo que derrama a sua misericórdia sobre a humanidade.
Do lado de dentro do seminário, o indivíduo tem a possibilidade de crescer humanamente em vista do ministério que deseja alcançar na Igreja
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“É preciso que você avance cada vez mais e em coisas mais perfeitas” (Santo Antônio Maria Zaccaria - Constituições 18) Por: Edvando Soares Barros Estudante barnabita da Província Norte do Brasil.
Coluna Cultural
Livro e CD Cantai 2018 já estão à venda Com mais de 1.200 letras de músicas, o livro Cantai a Deus com Alegria chega nas Livrarias Shalom em todo o País neste mês de fevereiro. A versão 2018 ganha as letras e cifras do novo CD Cantai e os lançamentos dos artistas católicos, como Ana Gabriela, Higor Fernandes, Leozany, Fátima Souza entre outros, além das músicas do CD Divino Coração e da Campanha da Fraternidade deste ano. Editado desde os anos 80, o Cantai é um livro tradicional da Comunidade Católica Shalom, com atualização periódica e lançamento conjugado com o CD homônimo. O CD Cantai traz sempre repertório inédito. São músicas para serem tocadas em momentos de oração e celebração, como grupos jovens, Adoração, missas. Nesta nova versão, a capa do Cantai é uma sobreposição de fotos, clicadas em eventos de louvor e animação, com destaque para as mãos direcionadas ao alto e em movimento de palmas, gestos comuns aos que usam a música para rezar. Afinal, diz a tradição popular que quem canta reza duas vezes. O CD Cantai 2018 traz 12 músicas, compostas e
interpretadas pelos membros da Comunidade Shalom, sob a direção de Wilde Fábio e Gustavo Osterno. As músicas estão disponíveis nas 18 plataformas digitais, como Spotify, Deezer, Youtube, Amazon, iTunes e outras. Para adquirir o Cantai 2018, acesse o site www.livrariasshalom.org ou procure um Centro de Evangelização do Shalom na sua cidade aqui: www.comshalom.org/onde CANTAI A DEUS COM ALEGRIA 2018 Livro por R$ 24,90 CD por R$ 19,90 Edições Shalom
Falando Francamente Zamoura
Reminiscências Carnavalescas
É
incrível prezados leitores como o tempo passa, lá se foram os festejos natalinos, e agora o assunto é Carnaval. São evidentes os preparativos para a folia, e os setores envolvidos na grande festa, se mobilizam intensamente, objetivando apresentar o melhor aos que virão assistir a festa. O Turismo se agita, os hotéis se preparam para receber uma grande quantidade de turistas brasileiros e estrangeiros. As escolas de samba, que representam a maior atração do carnaval, intensificam os ensaios, atraindo multidões. Lembramos que completamos 84 anos de idade no dia 2 de janeiro, o que significa que temos muito a comentar sobre o carnaval antigo, e dele participamos de diversas maneiras. Saibam que a folia contagiava a todos, independente da classe social, os bondes eram frequentados pela classe mais pobre, que se acotovelava nos estribos e no interior daquele meio de transporte, que teve seu término no ano de 1965. O carnaval de rua com seus famosos blocos de sujo alegravam a cidade, e desfilavam em seus bairros. As fantasias eram improvisadas, a rapaziada usava minissaia com laço de fita na cabeça, e as garotas usavam trajes masculinos, ou seja, calça comprida que naquele tempo não era usado por mulheres. Os instrumentos de percussão eram improvisados, uma barrica se transformava em cuíca e/ou surdos e o apito não faltava em cada bloco. Estamos nos referindo a década de 1940/1950. A programação feita pela prefeitura, abrangia os blocos das repartições públicas que desfilavam na Av. Rio Branco no sábado de carnaval à tarde, os grupos de frevos aos domingos no mesmo local e horário, os ranchos também no domingo à noite, as escolas de samba na segunda-feira à noite e fechando o carnaval desfilavam as grandes sociedades carnavalescas na terça-feira à noite. Não havia venda de ingressos, a multidão se colocava por trás do cordão de isolamento, e a polícia era responsável, agindo com firmeza evitando invasões. As famílias participavam ativamente do carnaval, fantasiando as crianças, levando-as a brincar nas praças do próprio bairro. Havia lindíssimos coretos, que concorriam a con22
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curso da prefeitura para escolher o melhor. Havia um instrumento de diversão chamado Lança Perfume, cujo uso foi proibido no governo Jânio Quadros, devido a inúmeros problemas que causavam a sociedade. Na década de 1960 o carnaval mudou completamente seus hábitos e costumes, surgiram os bailes nos clubes, infantis e adultos, assim como os famosos concursos para escolha da melhor fantasia. Diga-se de passagem, que naquele tempo não havia a violência que há hoje, o policiamento era reforçado para coibir brigas entre bêbados, fantasias indecorosas e uso inadequado da lança perfume. Naquele tempo havia: Polícia militar, Guarda Civil, Polícia civil e Polícia especial. Quanto à decoração, além dos coretos, havia figuras alegóricas nos postes e iluminação especial. Hoje, o carnaval virou fonte de renda para muitos, inclusive para prefeitura que fatura milhões com a venda de ingressos, já não existe baile nos clubes, devido o alto preço cobrado pelos direitos autorais e outras taxas. Nós da velha guarda, tivemos a alegria de vivenciar inesquecíveis carnavais, que até hoje são reverenciadas palas marchinhas que cantamos nos bondes, nos blocos de sujo, nos clubes e nas ruas. Louvores de Glórias a Deus Zamoura (Da Diva) 15º E.C.C zamouraediva@oi.com.br Foto: Arquivo Agência Estado
Os sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria ou Servitas Origens Durante os séculos XII e XIII aconteceu na Europa uma enorme perda dos valores cristãos entre a sociedade civil e entre os religiosos. Em reação contrária surgiu um grande número de confrarias voltadas para a penitência. Através delas os leigos buscavam viver o evangelho, opondo-se à ganância, ao luxo, aos prazeres passageiros e à busca pelo poder. Algumas dessas ordens se tornaram bem conhecidas. Uma delas, porém, espalhou-se por muitos países: a “Ordem dos Servos de Maria”, ou Servitas. O chamado Sete jovens faziam parte desse grande grupo inconformado com o mundo de então. Seus nomes: Aleixo Falconieri, Bonfiglio Monardi, Amadio de Amadei, Bonaiuto Manetti, Ugoccio de Ugoccioni, Maneto d’Antela e Sostenio de Sosteni. No dia 15 de agosto do ano 1233 eles estavam reunidos em oração. Costumavam cantar cânticos dedicados à Virgem Maria. Foi então, que, de repente, viram que a imagem de Nossa Senhora se mexeu. Todos ficaram intrigados. Depois disso, eles atravessavam uma ponte voltando para casa, quando a própria Virgem Maria lhes apareceu vestida toda de luto e chorava. Em seguida, contou-lhes a
razão de suas lágrimas: a guerra civil que não cessava em Florença, já fazia dezoito anos. O começo Depois desse encontro com Maria, os setes jovens abandonaram tudo o que tinham, bem como suas famílias. Passaram a se dedicar totalmente à vida de oração e à caridade
para com os pobres. O grande objetivo deles era viver a pobreza, a humildade e a caridade. Logo aquele grupo de jovens e nobres ficou famoso pela fraternidade que havia entre eles, pelo espírito de oração e pela caridade eficiente que praticavam. Logo nasceu no coração deles o sonho de formarem uma comunidade religiosa. A Ordem dos Servos de Maria se espalha pelo mundo A Ordem dos Servitas cresceu e se espalhou por vários países, inclusive o Brasil, onde eles fundaram casas em São Paulo, Santa Catarina e Acre. Ainda hoje existe uma missão servita em Rio Branco, Acre. Os “Sete Fundadores”, como passaram a ser conhecidos, foram canonizados em 1888, através do papa Leão XIII. Eles passaram a ser celebrados no mesmo dia, em 17 de fevereiro. Este é o dia do falecimento do último dos fundadores: Santo Aleixo Falconieri, aquele que se recusara a receber a ordenação sacerdotal, por não se considerar digno desta honra.
Oração aos sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria “Ó Deus, que despertastes no coração desses sete homens as virtudes da humildade, da caridade, da oração, do serviço e do amor à Virgem Maria, dai também a nós, por intercessão dos sete fundadores, a graça de crescermos nas virtudes cristãs para que a tua glória brilhe no mundo. Por Nosso senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo, amém.”
Fé e Política Robson Leite
“A falência do sistema carcerário. O que fazer?”
A
crescente onda de violência que vem assolando as grandes cidades brasileiras nos últimos anos e que ganha, a cada dia, um espaço cada vez maior na mídia e na preocupação da nossa sociedade nos conduz a uma reflexão muito séria e importante: qual deveria ser o verdadeiro papel do sistema carcerário brasileiro? Boa parte da sociedade, movida na maioria das vezes pela comoção e pelo medo, considera que o aumento na repressão e na punição são as chaves para a solução da violência. Entretanto, os dados oficiais e os estudos dos principais órgãos, universidades e institutos que pesquisam e trabalham com segurança pública demonstram que essa sensação é apenas aparente. Vejamos, por exemplo, o caso claro dos números no Estado de São Paulo entre as décadas de 1980 e 1990: durante o governo Montoro (1983-86) a Polícia Militar matou uma pessoa a cada 17 horas enquanto que na grande São Paulo ocorreram 2140 homicídios no mesmo período; no governo Quércia (1987-90) o índice de mortes cometidas pela repressão da Polícia Militar manteve-se igual, e o número de homicídios durante os quatro anos chegou a 7051; no governo Fleury (1991-94) a Polícia passou a matar uma pessoa a cada 6 horas, enquanto que o número de homicídios saltou para 8101. Esses dados demonstram uma falta de correspondência entre o aumento da repressão policial e a diminuição do número de crimes de homicídio. Por outro lado, ao analisarmos o perfil destas mortes, perceberemos que 65% destas vítimas nunca cometeram crime algum e cerca de 80% eram negros ou migrantes pobres. (Fonte: Livro Rota 66 do Jornalista Caco Barcellos e o IBGE – último Censo Demográfico Brasileiro). Outro dado extremamente relevante e, ao mesmo tempo preocupante, é o perfil da população carcerária nacional: a sua grande maioria, ou seja, mais de 90%, é composta por negros, negras, migrantes e pobres que cometeram um crime de roubo. O mais triste nisso tudo é que a reincidência para estes casos é superior a 70%. Isso demonstra que estamos diante de um grave cenário excludente da população carcerária, uma vez que depois de saírem da “universidade do crime” – os presídios e penitenciárias – os ex-presidiários não encontram emprego ou oportunidade digna na sociedade. A violência é, sem sombra de dúvidas, consequência da miséria e da pobreza alimentada pela falta de oportunidades, principalmente para os jovens (a maioria da população carcerária citada nos dados acima é com24
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posta por jovens entre 18 a 25 anos). Precisamos, urgentemente, cuidar dos nossos jovens antes que o tráfico o faça. Atuar na prevenção é, sem sombra de dúvidas, uma das urgências, entretanto, não podemos esquecer da população carcerária. Ao fecharmos os olhos para este problema, nós empurramos a sujeira para baixo do tapete. E este tapete, amigos leitores, está quase explodindo. Será que privilegiamos, junto aos nossos parlamentares, as cobranças das propostas de inclusão e resgate das populações carcerárias que tramitam eternamente no congresso, como a criação de renúncias fiscais para as empresas que contratarem ex-detentos, ou caímos nas “armadilhas” do discurso raso, fácil e ao mesmo tempo pecaminoso de que “bandido bom é bandido morto”? Será que realmente estamos dispostos a colocar em prática o “amor ao próximo” pregado por Jesus Cristo quando ele se coloca no lugar do preso e do marginalizado cobrando a nossa atitude de visita e atenção? (Mt 25: “Estive preso e foste me visitar”). O mesmo Jesus Cristo que foi morto por ser considerado um bandido pelo Império Romano e foi crucificado entre dois ladrões dando de presente a um deles a salvação momentos antes de sua morte. Precisamos ter a coragem de resolver o problema de frente, sem “quebra-galhos” e engodos das atitudes “repressivas” que violam cada vez mais os Direitos Humanos, tão claramente defendidos no Evangelho, na Doutrina Social da Igreja e muito bem aprofundado na Campanha da Fraternidade desse ano: Fraternidade e superação da violência. A mudança está em nossas mãos. Ou mudamos a nossa atitude para que todos nós, membros desta sociedade, passamos a ser agentes da transformação cobrando atitudes e políticas inclusivas dos nossos governantes, sobretudo para a população carcerária, ou ficaremos chorando na frente da televisão assistindo, passivos e inertes, ao sepultamento da nossa sociedade, cada vez mais distante da tão sonhada civilização do amor. (*) Robson Leite é professor, escritor, membro da nossa paróquia, Ex-Superintendente Regional do Ministério do Trabalho e Emprego no RJ e foi Deputado Estadual de 2011 a Janeiro de 2014. Site: www.robsonleite.com.br Página do Facebook: www.facebook.com.br/ robsonleiteprofessor
Anote em sua agenda
As demais atividades do mês estão em: www.loreto.org.br
Fevereiro
DATA
HORÁRIO
EVENTO
02/2
16:00hs
Lar da Rua Araguaia
09/2
16:00hs
MISSA NO CATI
16/2
15:00hs
MISSA NA ESTANCIA SÃO JOSÉ
23/2
15:00hs
MISSA NO HOSPITAL RIO’S DOR
DATA
HORÁRIO
PASTORAL
LOCAL
EVENTO
10/2
07H00 às 21H00
COMISSÃO SANTUÁRIO
SANTUÁRIO
SANTUÁRIO ABERTO – RETIRO DE CARNAVAL
14/2
19H30
TODAS
LORETÃO
MISSA DE CINZAS – ABERTURA DA CF 2018
04, 18 e 25/2
09H00 às 12H00
CATEQUESE
PÁTIO DO LORETÃO
INSCRIÇÕES PARA CATEQUESE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE 04 A 14 ANOS
21/2
19H00 às 22H00
SANTUÁRIO DA ADOÇÃO
PLENÁRIO
PALESTRA
21/2
20H00
FÉ E DONS
SALÃO CEPAR
1ª REUNIÃO GERAL 35º ENCONTRO
25/2
07H00 às 12H00
AÇÃO SOCIAL
ZACCARIA
ENTREGA DAS CESTAS AOS ASSISTIDOS
ADQUIRA JÁ O SEU! O NOVO LIVRO DE ROBSON LEITE DISPONÍVEL NA LOJA DA PARÓQUIA OU PELA INTERNET EM: WWW.ROBSONLEITE.COM.BR
Este espaço pode ser seu! (021) 3392-4402 / 2425-0900 / (021) 99916-9699 Acesse nosso site e saiba de tudo que acontece no Santuário:
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loretinho Quaresma e Campanha da Fraternidade Queridos amigos (as), estamos vivendo mais uma Quaresma, tempo litúrgico que nos prepara para a celebração da Páscoa. Durante 40 dias, toda a Igreja deseja se esforçar por viver intensamente uma vida de oração, jejum e caridade. Somos chamados a morrer um pouco mais para nossos interesses materiais para pensar mais em Deus e nas necessidades dos irmãos. Todos os anos a Igreja no Brasil, durante o período da Quaresma realiza a Campanha da Fraternidade,
Elaborado pelas Irmãs de Belém
coordenada pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). A Campanha da Fraternidade tem como principal objetivo despertar a solidariedade de todos os seus fiéis e também da sociedade brasileira, para um problema que envolve todos nós, buscando assim uma solução para resolver esse determinado problema. Este ano o tema é: “Fraternidade e superação da violência, tendo como lema: Em Cristo somos todos irmãos (Mt 23,8)“. Que tal começarmos em casa praticando a paciência e a misericórdia?
“Paciência vem de passio que é paixão, em latim. A pessoa paciente aceita sofrer o peso do próximo e das circunstâncias e resume em si várias virtudes. É a virtude mais banhada no sangue de Cristo.” (Madre Maria Helena Cavalcanti) Palavras-Cruzadas Complete as frases e preencha a cruzadinha. 1) A Quaresma tem duração de ______ dias. 2) Nós revivemos os sofrimentos de ___________. 3) São dias de espera e ORAÇÃO. 4) É a ____________ para a Páscoa. 5) Lembra os dias que Jesus passou no ____________ orando. 6) Um dos gestos da Quaresma é a ____________.
Nossa Senhora de Lourdes - 11 DE FEVEREIRO Lourdes era uma pequena localidade na França, quando no dia 11 de fevereiro de 1858 se deu a 1ª aparição da Virgem Maria à menina Bernadete. De 11 de fevereiro a 16 de julho do mesmo ano deram-se ao todo 18 aparições na gruta de Massabielle. Foi para Bernadete que Maria Santíssima se proclamou: “Eu sou a Imaculada Conceição”. Confirmando assim o Dogma Mariano proclamado pelo Papa em 1854. Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!
Lendo a Bíblia... Ao ler o Evangelho de São Marcos 1,12-15; percebemos como Jesus se preparou para cumprir sua Missão se Salvador. “E logo o ___________ o impeliu para o deserto. Aí esteve quarenta ________. Foi tentado pelo demônio e esteve em companhia dos animais selvagens. E os ________ o serviam. Depois que João foi preso, Jesus dirigiu-se para a ____________. Pregava o Evangelho de Deus, e dizia: Completou-se o __________ e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e ________ no Evangelho.” 26
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