Ano XXXV - nº 414 Maio de 2019 Distribuição gratuita
Informativo da Paróquia e Santuário Nossa Senhora de Loreto Fundada em 6.3.1661 www.loreto.org.br
Índice Expediente EDITOR CHEFE: Pe. Sebastião N. Cintra DIREÇÃO ESPIRITUAL: Pe. Sebastião N. Cintra COORDENAÇÃO EMÉRITA: Hélia Fraga COORDENAÇÃO E EDIÇÃO: Ana Clébia FOTOS: Pascom Loreto CAPA: Corredeira COMERCIAL: Bira e Claudete DIAGRAMAÇÃO: Lionel Mota IMPRESSÃO: Gráfica SILPIN Tiragem: 2 mil exemplares
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Editorial................................................................................................................................ 3 Temas Bíblicos.................................................................................................................... 4 Oração Cristã...................................................................................................................... 5 Espaço teológico ................................................................................................................ 6 Bem-Estar............................................................................................................................. 8 Loretando............................................................................................................................. 9 Semana Santa...................................................................................................................... 8 Anunciar Jesus em todos os lugares ���������������������������������������������������������������������������10 Loreto em Ação - Jornada Diocesana da Juventude ����������������������������������������������������12 Loreto em Ação - EJC em Aparecida ���������������������������������������������������������������������������13 Loreto em Ação - Semana Santa ����������������������������������������������������������������������������������14 Coluna Jovem....................................................................................................................15 Colaboração do Leitor....................................................................................................16 Coluna Cultural................................................................................................................18 Pé na estrada, terço na mão ������������������������������������������������������������������������������������������19 Santuário de Loreto.........................................................................................................20 Santo Ângelo.....................................................................................................................21 Santuário da Adoção.......................................................................................................22 Fé e Política........................................................................................................................24 Anote em sua Agenda......................................................................................................25 Loretinho............................................................................................................................26
Expediente Paroquial MATRIZ PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE LORETO End.: Ladeira da Freguesia, 375 - Freguesia Jacarepaguá - RJ - CEP 22760-090 Tel.: 3392-4402 e 2425-0900 Emails: adm@loreto.org.br (Administração) secretaria@loreto.org.br (Secretaria) Site: www.loreto.org.br
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HORÁRIO DA SECRETARIA Segunda a Domingo das 08:00 às 20:00 horas HORÁRIO DAS MISSAS Segunda a sexta7h e 19h30. Sábado7h e 18h30. Dom7h; 8h30 (crianças); 10h30 e 19h.
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CONFISSÕES 3ª a 6ªde 9 às 11h e de 15 às 17h 3ª a 6ª das 20h às 22h. (Ligar antes para
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CAPELAS Endereços das Capelas e os Horários das Missas NOSSA SENHORA DE BELÉM
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Dom 11h
União baseada no ‘amém’
Editorial Pe. Sebastião Noronha Cintra*
Querido paroquiano, prezado leitor. Este mês de maio é o mês de Nossa Senhora. E é motivo especial para comemorarmos aqui no Santuário. Vamos dedicar especial atenção ao que o Santuário se propõe: dar especial destaque à devoção a Maria, mãe de Deus. A campanha da Loreto Peregrina está em constante crescimento. Ainda esse mês teremos muitas outras famílias recebendo a imagem de Nossa Senhora de Loreto em suas casas. E participando das orações, em sintonia com o nosso Santuário. O Artigo de capa “Levar Jesus a todos os lugares” nos oferece o testemunho de várias pessoas que vivem esse desafio nas suas vidas. Em ambientes os mais diversos, o cristão deverá procurar proclamar o Evangelho todos os dias e em todas as ocasiões. Mais uma vez, este mês, o Grupo de apoio à adoção, “Santuário da Adoção” traz uma contribuição preciosa sobre os processos de adoção: com a fundamentação no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, responde a perguntas como ‘o que é adoção?; quem pode adotar?; quais os procedimentos? As matérias do Loreto em ação são reportagens com lindas fotos da nossa Semana Santa. Do que vivemos antes e durante o Tríduo Sagrado. Revivemos o Teatro da Paixão com a participação de ator fora do elenco, mas com uma reflexão muito esclarecedora sobre a fraternidade e as políticas públicas, tema da Campanha da Fraternidade deste ano. As reportagens sobre os jovens participando da Jornada Diocesana da Juventude e do EJC em visita-peregrinação a Aparecida relatam a vitalidade e compromisso dos nossos jovens. Isso também é Loreto em ação. Enfim, não por ser menos importante, quero apresentar a mensagem do papa Francisco para o dia Mundial das Comunicações Sociais. Essa data ocorre todos os anos no dia da Ascensão de Jesus ao céu que cai este ano no próximo dia 2 de junho. O tema que ele escolheu para refletir conosco é a relação das comunidades de redes sociais e a comunidade humana. No cenário atual, salta aos olhos de todos como a comunidade de redes sociais não seja, automaticamente, sinônimo de comunidade. E ele sugere: Assim, podemos abrir o caminho ao diálogo, ao encontro, ao sorriso, ao carinho... Esta é a rede que queremos: uma rede feita, não para capturar, mas para libertar, para preservar uma comunhão de pessoas livres. A própria Igreja é uma rede tecida pela Comunhão Eucarística, onde a união não se baseia nos gostos [«like=curtir»], mas no «amém» com que cada um adere ao Corpo de Cristo, acolhendo os outros. Nossa Senhora de Loreto, nossa Mãe e Padroeira, rogai por nós.
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Esta é a rede que queremos: uma rede feita, não para capturar, mas para libertar, para preservar uma comunhão de pessoas livres
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Temas bíblicos
O Evangelho de São Marcos Marcos (14) Mc 11
Padre Fernando Capra
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comentariosbiblicospadrefernandocapra.blogspot.com.br
capítulo 10 de Marcos termina com a figura do cego que curado por Jesus decide acompanhá-lo no seu caminho. Bartimeu é a figura do discípulo que recebe a graça de poder ser verdadeiramente discípulo de Jesus enquanto consegue reconhecê-lo como Messias, Filho de Davi, e entender os seus ensinamentos, desligado da maneira terrena de interpretar os fatos. De fato, a interpretação que a sua geração dava de Jesus, era a causa que tinha reduzido Israel a uma figueira estéril, frondosa em seus ramos, mas sem frutos. A gravidade desta carente condição moral de Israel foi ostensivamente denunciada por Jesus através do seu gesto profético, qual foi aquele de expulsar cambistas e vendedores de pombas, além de impedir que alguém atravessasse o templo carregando as suas mercadorias. O sentido do seu gesto está na citação bíblica que ele pronuncia: “Minha casa será chamada casa de oração, vós, porém fizestes dela um covil de ladrões” (v.17). Quando, ao longo do caminho, os apóstolos lhe indicam a figueira que realmente ressecou, por causa da sua maldição, Jesus, então, explica qual deve ser a conduta dos seus discípulos: deve consistir numa vida de fé que tudo alcança em virtude da sua perfeição, porque animada pela mesma caridade com que Deus lida com os homens, fazendo surgir o sol e cair à chuva indistintamente sobre os bons e sobre os maus. Portanto o seu discípulo terá que ser, sempre, misericordioso, mostrando essa sua condição magnânima pelo perdão das ofensas. Diante do gesto profético de Jesus realizado no templo, as autoridades religiosas e mais particularmente os chefes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos do templo reagem indignados. Abordam Jesus para saber com que autoridade ele age e para que diga quem
lhe concedeu esta autoridade para agir assim. Jesus responde propondo, por sua vez, uma questão, para saber deles de onde vinha o batismo de João? Jesus já sabia que a sua explicação sobre aquilo que tinha feito teria sido em vão, porque, por si mesmo, revelava que ele estava agindo segundo a vontade de Deus. Os fariseus e os herodianos já tinham recebido a devida explicação acerca do seu modo de agir quando os questionou se era ou não lícito fazer o bem em dia de sábado. Tinha ficado claro que ele agia na condição de Filho do Homem, Senhor do sábado. Também, o silêncio dos seus interlocutores teria provocado nele, mais uma vez, a ira profética e a profunda tristeza de quem via diante de si homens de coração endurecido (Mc 3,1-6). Dessa forma, vemos como Marcos 11 volta a apresentar o pano de fundo da atividade de Jesus. Não obstante todos os sinais da sua condição messiânica que fundamentavam o seu ensinamento acerca da sua condição divina, Israel permanecia na sua cegueira. As autoridades religiosas, na sua hipocrisia, se mostravam escandalizadas, aduzindo, como pretexto, serem violações da Lei as curas que Jesus realizava. O gesto profético da purificação do templo acabava de instigar neles o ódio. Sumo-sacerdotes, anciãos do templo, herodianos, escribas e fariseus, ao se solidarizarem, estavam se tornando uma nuvem tempestuosa que haveria de devastar todo o empreendimento do plano de Deus. De fato, a morte de Cristo resultaria como verdadeiro sucesso desta aliança diabólica. O sucesso, contudo, acabou demonstrando que prevaleceu a sabedoria divina que desde sempre idealizou a realização do seu plano através daquilo que a perfídia humana poderia praticar, para que resplandecesse em todo o seu fulgor a glória daquele que é a Bondade que, fiel ao seu amor, só pode agir, em relação ao homem, na sua misericórdia.
Oração cristã Jane do Térsio
A Meditação
A
meditação é, sobretudo, uma procura. O espírito procura compreender o porquê e o como da vida cristã, a fim de aderir e responder ao que o Senhor pede. A essência da meditação é uma busca orante que emana de um texto ou de uma imagem sagrada e implica uma pesquisa sobre a vontade, os sinais e a presença de Deus. Não podemos “ler” imagens e textos sagrados como lemos um jornal que não nos diz diretamente respeito. Devemos contemplá-los, isto é, elevar o nosso coração a Deus e dizer-Lhe que, nesse momento, estamos totalmente abertos ao que Ele nos quer transmitir através do texto lido ou da imagem observada. Tem por finalidade a apropriação crente do assunto meditado, confrontando com a realidade de nossa vida. Meditando, o leitor se apropria do conteúdo lido, confrontando-o consigo mesmo. Neste particular, outro livro está aberto: o da vida. Passamos do pensamento à re-
alidade. Conduzidos pela humildade e pela fé colocamos em ação a inteligência, a imaginação, a emoção, o desejo, para aprofundar a nossa fé, converter o nosso coração e fortificar a nossa vontade de seguir Cristo. Os métodos de meditação são tão diversos quanto os mestres espirituais. Um cristão deve querer meditar regularmente. Mas um método é apenas um guia; o importante é avançar, com o Espírito Santo, pelo único caminho da oração: Jesus Cristo. A meditação é uma etapa preliminar para a união do amor com o Senhor; é uma reflexão orante, que parte, sobretudo da Palavra de Deus, na Bíblia, mas também procura meditar os “mistérios de Cristo”, como na “lectio divina” ou no Rosário, assim como de imagens sacras, textos litúrgicos do dia ou do tempo, escritos dos Padres espirituais, obras de espiritualidade.
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Espaço teológico Michele Amaral - Bacharel em Teologia – PUC-Rio
Maria e os textos bíblicos
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esse mês, que dedicamos a Maria, vamos meditar sobre os textos bíblicos que falam sobre ela. Muitos se perguntam se encontramos algo escrito no Antigo Testamento sobre Maria. Os exegetas (estudiosos da Bíblia), nos dizem que não há nenhum texto nas escrituras judaicas, ou primeiro testamento, com a intenção explícita de fazer um anúncio antecipado sobre Maria. O que vemos hoje é que depois do século III houve uma releitura dos textos bíblicos com um olhar cristão, ampliando o sentido original. Assim, algumas imagens e alegorias, como “a descendência da mulher que esmaga a cabeça da serpente” (Gn 3,15), passaram a ser compreendidas em relação à mãe de Jesus. No Novo Testamento, encontramos algumas referências. No evangelho de Marcos, o primeiro a ser escrito, Maria aparece no meio dos familiares de Jesus, sem qualquer destaque. O evangelista mostra que, para Jesus, importa principalmente uma nova família, não mais formada por laços de parentesco. A verdadeira família de Jesus será, de agora em diante, a dos seus se-
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guidores, ou seja, os discípulos e discípulas que fazem a vontade do Pai. No evangelho de Mateus, encontramos o evangelista preparando o anúncio da vida pública de Jesus com os “relatos de infância”, que estão centrados na figura de José, o homem justo que sempre age de acordo com o apelo de Deus. Assim, José acolhe a Maria como sua esposa e não tem relações íntimas com ela até o nascimento. Adota Jesus como seu filho, mesmo não sendo o pai biológico e protege a ambos dos perigos que surgem. Maria é apresentada como aquela que concebe pela ação do Espírito e está unida ao filho, como mostra a expressão “o menino e sua mãe”, repetida cinco vezes. O evangelho que mais fala dela é Lucas. Nele encontramos mais relatos onde ela aparece ou se diz algo sobre a mãe de Jesus: anunciação, visita a Isabel, cântico do Magnificat, nascimento de Jesus, apresentação no templo, profecia de Simeão, desencontro no templo aos 11 anos, a vida em Nazaré, as palavras de Jesus sobre a família, o diálogo com a mulher na multidão, a presença de Maria na comunidade nascente, preparando a
vinda do Espírito Santo. Diante desses relatos, percebemos que Lucas quer nos apresenta Maria como a figura da/o perfeito discípulo de Jesus, que ouve a Palavra de Deus, guarda-a no coração e dá frutos na perseverança. Além disso, Maria trilha um caminho na fé. Entrega-se totalmente ao projeto de Deus (cf. Lc 1,38) e o que não entendia guardava em seu coração (cf. Lc 2,19). Maria passa por momentos belos e difíceis, alegres e sofridos. Como mulher proveniente de Nazaré da Galileia, Maria vive e anuncia a opção preferencial de Deus pelos pobres, tal como Jesus o vive e anuncia no sermão da planície. O evangelista nos mostra como ela é contemplada pelo Espírito Santo, Ele a cobre com sua sombra na concepção de Jesus (cf. Lc 1,35) e é o mesmo que atua na comunidade dos discípulos em Pentecostes (cf. At 2), como línguas de fogo.[1] Podemos dizer que o seu perfil em Lucas é: perfeita discípula, peregrina na fé, sinal da opção de Deus pelos pobres, mulher contemplada pelo Espírito Santo. João somente faz uma complementação ao perfil que Lucas traça de Maria, acrescentando mais duas outras características. Ao apresentar Maria no início da missão de Jesus (cf. Jo 2,1-11) e no momento da paixão-morte de Jesus (cf. Jo 18-19). Nos dois relatos, Jesus não a chama de “mãe”, e sim de “mulher”, como o faz com outras mulheres importantes, como a Samaritana e Madalena. Em Caná, Maria é apresentada como a “pedagoga da fé”, que orienta os servidores para “fazer tudo o que Jesus disser”. Ajuda a reunir os discípulos em torno a Jesus. Possibilita a realização do primeiro sinal, que inicia o processo de acreditar em Jesus e compreender quem ele é. Já na cruz, Maria aparece junto
com as mulheres e o discípulo amado, perseverante na fé, no momento em que cessam os sinais. Por vontade de Jesus, há uma adoção recíproca. Ela assume a missão de mãe da comunidade cristã, representada pelo “discípulo amado”, e a comunidade a acolhe como tal. Nos escritos de Paulo não há referência direta a Maria. Somente o texto de Gálatas 5,5 faz uma alusão à mãe de Jesus, ao falar que Deus “enviou seu filho, nascido de uma mulher”. O texto de Apocalipse 12 não é originalmente mariano. A mulher, revestida de sol, com as estrelas debaixo dos pés e as doze estrelas significa, em primeiro lugar, a comunidade-igreja, que já experimenta neste mundo os frutos da glorificação de Jesus. De outro lado, também sofre os ataques das forças do mal na história, é frágil, vive no deserto (lugar de tentação e de encontro com Deus) e sente a solidariedade da Terra. Como aconteceu com textos do Antigo Testamento, houve posteriormente uma releitura de Ap 12, dando-lhe uma conotação mariana. Ela se apoia no fato de Maria ser mulher e mãe do messias. Nas comunidades cristãs do século 4 nasce assim a intuição de que ela participa, de forma singular, da glorificação que será concedida a todos os seguidores de Jesus. O perfil bíblico de Maria é fundamental para elaborar uma Mariologia consistente, equilibrada e centrada em Jesus. [1] “Nuvem” e “fogo” são os símbolos da presença de Deus junto de seu povo peregrino, desde a libertação do Egito. Nuvem quer dizer proteção e fecundidade. Já o fogo alude a energia, amor e vitalidade.
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Bem Estar
Como está a sua pressão arterial?
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revenção é o melhor caminho para cuidar da saúde do coração, tendo em vista que, as doenças cardiovasculares são as maiores causa de morte no Brasil e no mundo e a hipertensão arterial é o principal fator de risco. Estima-se que 30% da população tem hipertensão, mas, apenas a metade sabe do diagnóstico e, destes, menos de um terço estão com a pressão arterial controlada. Infelizmente, a hipertensão arterial não é uma doença que, habitualmente, produza sintomas. Por isso, torna-se difícil convencer alguém a tomar remédios, se nada sente. Muitas vezes se descobre a hipertensão quando surgem as complicações, tais como: infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, insuficiência renal, demência, cegueira e outras. Os riscos aumentam quando a pessoa também é diabética. Os sintomas são: Tontura, falta de ar, palpitações, dor de cabeça frequente e alteração na visão, cansaço, mal estar, podem ser sinais de alerta para alteração da pressão entretanto, muitas vezes, a hipertensão é silenciosa. Principais Causas: Obesidade, sedentarismo, histórico familiar, alcoolismo, estresse e envelhecimento estão associados ao desenvolvimento da hipertensão. O sobrepeso e a obesidade podem acelerar até 10 anos o aparecimento da doença. O consumo exagerado de sal, associados a hábitos alimentares não adequados também colaboram para o surgimento da hipertensão. É muito simples medir a pressão arterial, mas alguns cuidados são necessários, tais como, ficar em repouso de 3 a 5 minutos em ambiente calmo e não conversar durante a medição. Também é muito importante certificar-se de que não está com a bexiga cheia; se não praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos; se não ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos; se não fumou nos 30 minutos anteriores. O posicionamento: - Deve estar sentado, com pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado; - O braço deve estar na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e as roupas não devem garrotear o membro. 8
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A pressão arterial pode ter uma variação relativamente grande sem sair dos níveis de normalidade. Para algumas pessoas ter uma pressão abaixo de 12/8, como, por exemplo, 10/6, é normal. Já valores iguais ou superiores a 14 (máxima) e/ou 9 (mínima) são considerados como hipertensão para todo mundo. Meça a sua pressão e compare com a tabela abaixo: 10 mandamentos para prevenção e controle da pressão alta yy Meça a pressão pelo menos uma vez por ano. yy Pratique atividades físicas todos os dias. yy Mantenha o peso ideal, evite a obesidade. yy Adote alimentação saudável: pouco sal, sem frituras e mais frutas, verduras e legumes. yy Reduza o consumo de álcool. Se possível , não beba. yy Abandone o cigarro. yy Nunca pare o tratamento, é para a vida toda yy Siga as orientações do seu médico ou profissional da saúde. yy Evite o estresse. Tenha tempo para a família, os amigos e o lazer. yy Ame e seja amado. A campanha “Eu Sou 12 por 8” foi desenvolvida pelo Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia para ajudar os brasileiros a viverem mais e com muito mais saúde. Para maiores informações visite o site: eusou12por8.com.br Dra. Lucia Cristina Figueiredo Lenzi CRM 52.56220-0
Email: lucrislenzi@hotmail.com Estrada de Jacarepaguá, 7709 sala 512 Tel: 2447-4080 cel 99881-0862
`Loretando Loretando Paulo Sobrinho e Solange - loretando@oi.com.br
Parabéns, Pascom!
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uem diria que naqueles dias de 1997, quando eu instalava o primeiro acesso discado à internet, no computador 486 da Paróquia, estaria dando o primeiro passo para a transformação tecnológica nas comunicações de nossa comunidade. O acesso rápido da banda larga nos propicia hoje, na semana Santa, acompanharmos as celebrações “ao vivo e a cores”. Vejo com muita alegria e lágrimas nos olhos que todo aquele esforço não foi em vão, nossas crianças cresceram e se desenvolveram, aprenderam a lidar com as modernidades e agora as utilizam em benefício da comunicação com todos os paroquianos. Seria como partir do fogão a lenha e chegarmos ao micro-ondas. Neste momento assisto ao vivo a Paixão de Cristo encenada na porta de nosso Santuário. Som, áudio, cores, atuações, tudo de primeira linha como sempre foram nossos eventos. Criatividade: temos aqui. Disposição: temos aqui. Elemento humano: temos aqui. O impossível não faz parte do nosso vocabulário, o difícil faz parte do nosso dia a dia e a Fé de que tudo dará certo quando é feito por amor e para Cristo é inabalável. Quantos caminhos foram percorridos até chegarmos aonde chegamos, quantos paroquianos se dedicaram, cada um ao seu tempo, para melhorar a comunicação entre todos da comunidade cristã do Loreto. Foram muitos, com certeza, alguns já se foram e deixaram suas digitais gravadas nesse processo, muitos ainda virão para ajudar aqueles que hoje estão no desenvolvimento dessas ferramentas de comunicação. Não é e nunca será fácil, mas o que tornam as coisas accessíveis é a dedicação, é a vontade de encarar de peito aberto o que tem pela frente e fazer o melhor, pois o sucesso está nas mãos do Senhor Jesus, afinal, todo esse trabalho é para Ele, é em devoção a Ele, é por Amor a Ele e sua obra. Creia, Ele ressuscitou e está vivo em nosso meio, por isso nossos cânticos, nossas obras, nossas encenações. Sim, Ele continuará vivo em nossos corações para todo sempre. Glória a Deus nas alturas.
Glória, Aleluia, Gloria a Deus nos mais altos dos céus. Ide, assim como faz a Pascom, evangelizai com todos os recursos que a tecnologia nos dá. Hoje é um grande dia.
Parabéns Pascom. Belo trabalho. Maio 2019
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ma oficina, uma partilha com a palestrante convidada e um sentimento. Foi assim que, nós da Pascom, iniciamos o diálogo sobre o que gostaríamos de partilhar com vocês na revista desse mês. E se possível ouvi-los também. Durante a oficina de texto que realizamos em março, tivemos a alegria de convidar a Aline Soares para falar para nós sobre evangelização nas redes sociais e, em um momento de intervalo, falávamos sobre a experiência dela, de trabalhar em um ambiente não católico, com pessoas das mais diferentes religiões, onde existem muitos que pensam diferente de nós, que agem diferente de nós e que não professam a nossa fé (alguns não professam fé nenhuma). E pensamos o quanto somos e podemos ser instrumentos de Deus no ambiente em que estamos. Pensando nisso, lembramos o que nos disse o Papa Francisco na homilia da Santa Missa da Jornada: Ide, sem medo, para servir. Onde o Papa nos dizia que “A fé é uma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar e professar que Jesus Cristo é o Senhor da vida e da história (cf. Rm 10,9)” Não há como dissociar a pessoa que somos, do local onde estamos, e do modo que vivemos. Ou aceitamos a Cristo e vivemos como seus preceitos e mandamentos, passando pelo seu sofrimento e cruz (como pudemos rememorar durante a Semana Santa) ou então viveremos de forma morna, contrariando o que Cristo nos pede (Apocalipse, 3) Com isso, reflitamos: Como está nossa experiência da fé? Como está nossa partilha d’Aquele que é nosso Senhor e Salvador? Como fazemos isso no ambiente o qual passamos a maior parte do nosso dia, que é o nosso trabalho? Levar o evangelho aos irmãos não é só falar, muitas vezes é silenciar, é ouvir, é demonstrar, é testemunhar, é amar. É ser diferente perante tudo o que ocorre no mundo. É fazer o bem sem olhar a quem. Para refletirmos sobre as diferentes realidades, pedimos também os depoimentos de algumas pessoas e gostaríamos também de ouvir vocês. Caso se sintam à vontade, enviem seus testemunhos para pascom@loreto.org.br Testemunho 1 – Giselle Pereira / PASCOM É comum ver as pessoas dizendo que é fácil mostrar nossa fé... até porque podemos revelá-la através de íco10
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nes como blusas, escapulários, cordões etc. E quando seu local de trabalho não permite isso?! Como médica não posso usar adereços no ambiente de trabalho e tão pouco blusas com temas religiosos em hospitais onde vemos o pluralismo religioso e precisamos respeitar a fé dos nossos pacientes. Aos poucos o hábito adolescente de andar sempre com a medalha de Nossa Senhora Aparecida (como me mostrar mais católica e brasileira do que assim) foi perdido. Acredito que minha profissão foi um chamado de Deus para cuidar de seus pequeninos para que eu pudesse rezar por suas almas quando não me fosse possível curar com meu conhecimento, mas não tenho como falar abertamente sobre minha Igreja quando estou trabalhando. Nesse momento, a frase atribuída a São Francisco de Assis toma vez “Pregue o Evangelho em todo tempo. Se necessário, use palavras”. Creio que o cuidado, o carinho, o olhar caridoso que posso pôr em cada gesto diário de trabalho é a principal ferramenta para evangelizar os ambientes que transito. Testemunho 2 – Beatriz Santos / Liturgia Como é ter atitudes cristãs em um ambiente um pouco diferente? Desde que recebi essa pergunta, que fiquei pensando o que seria ambiente um pouco diferente e se de fato havia alguma diferença entre ser cristão independentemente de onde eu estivesse. Depois de muito pensar, entendi que o ambiente pouco diferente é todo lugar onde meus ideais de vida destoassem muito do coletivo. Para cada momento, há uma ação que deve ser tomada e na maioria das vezes a ação perfeita é o ouvir e não simplesmente querer a todo custo falar de forma imperativa aquilo que você acredita ser o melhor. O ouvir ao outro é uma atitude cristã, pois ao doar seus ouvidos ao outro você demonstra empatia pelo o ser do próximo. E isso é muito mais importante e agrada muito mais a Deus do que se começássemos a falar, falar, falar, de modo a julgar ao irmão ou irmã porque ele/ela tem um outro modo de ver o mundo. Além de ouvir, outra atitude cristã muito importante para mim é ser solicito, ou seja, estar pronto para ajudar, se colocar à disposição do próximo seja físico, emocional ou material. Portanto, devemos ter atitudes cristãs independentemente do ambiente ser ou não favorável aos nossos ideais cristãos e para isso temos que ser muito mais ouvintes, solícitos e empáticos, menos preconceituosos, arrogantes, julgadores. Devemos ser amor em todo lugar, não devemos jamais fazer distinção.
Testemunho 3 – Fábio Augusto / EJC No mundo onde vivemos hoje tenho percebido que falar de Deus para pessoas que muitas vezes não o conhecem verdadeiramente e só professam uma fé morna, tem sido cada vez mais difícil e no trabalho não é diferente, tendo em vista que vivemos em um mundo com diversas crenças e religiões. Trabalho na área administrativa de um hospital onde a diversidade de religiões são muitas e falar de Deus não é tão difícil, porém dizer que sou católico gera discussões intermináveis, onde por muitas vezes me incentiva a estudar e entender ainda mais o catolicismo. Lá tenho o costume de agir com ações e não simplesmente com as palavras e isso torna para todos uma visão ampla. Tenho o costume de ao menos uma ou duas vezes na semana rezar o terço com um grupo de pessoas no horário do almoço, isso me aproxima ainda mais de Deus no meu trabalho e me mostra que evangelizar onde estivermos não é impossível. Ser Cristão não é fácil, porém não podemos desistir nunca, seja em casa, na faculdade ou até mesmo no trabalho e devemos sempre ser a imagem de Cristo para todas as pessoas não importando o que ela siga ou acredite, afinal Cristo está dentro de todos nós, devemos apenas deixar ele nos usar como verdadeiros instrumentos de sua vontade. “Evangelize sempre, se necessário use palavras. (São Francisco de Assis)” Testemunho 4 - Ana Clébia / Fé e Dons Levar Cristo a todos os ambientes, como nos orientou o Papa Francisco é, sem dúvida, uma tarefa muito difícil. Primeiro porque as pessoas imaginam que o lugar Dele é na igreja ou então que “certos ambientes” não são permitidos aos cristãos. Mas ai, você se depara com Jesus, indo com os próprios pés para junto dos pecadores,
ceando com eles, caminhando com eles, visitando suas casas, curando suas doenças e sobretudo ensinando o amor a essas pessoas. Qualquer lugar que seja possível mostrar a face de Jesus, esse é o lugar certo para o cristão estar, ou seja, oportuna ou inoportunamente devemos pregar o evangelho. Nem sempre com palavras, mas com o testemunho. Quando demonstramos a nossa fé diante de uma dificuldade e conseguimos conversar inadvertidamente sobre isso com uma pessoa necessitada de uma palavra de conforto ou de incentivo, estamos levando Jesus a mais um coração. É assim que procuro agir. A maturidade me trouxe uma paz enorme e esse “estado de paz” aumenta o nosso tempo de resposta, então a primeira palavra a ser dita em algumas situações controversas acabam sendo as mais apropriadas. Ok, se alguém já me viu zangada, sabe que nem sempre é assim, mas graças a Deus, cada vez mais os momentos de ira, são raros. Eu creio que Jesus faz isso com a gente. Ele amansa o nosso coração e as pessoas percebem isso. Elas começam a te olhar diferente, depois chega a hora em que elas vão te dizer: você que é “religiosa”, o que você acha sobre esse assunto? Isso já aconteceu comigo várias vezes. No meu trabalho, raramente tenho oportunidade de conversar com meus colegas. Sou a única mulher e tenho uma sala só para mim, então se eu não sair de lá por alguns minutos para falar com eles, pode acontecer de acabar o expediente sem ao menos vê-los, por isso, sempre que tenho oportunidade, eu digo: a missa foi linda, estava cheia, fiz um curso na Igreja esse final de semana maravilhoso, o meu padre costuma dizer que “...”, enfim, eu posso não ter oportunidade de abrir um debate, mas todos sabem que sou católica, que eu participo da minha comunidade de fé e sabem também que podem contar comigo. “4.Muito me alegrei por ter achado entre teus filhos alguns que andam na verdade, conforme o mandamento que temos recebido do Pai. 5.E agora rogo-te, Senhora, não como quem te escreve um novo mandamento, mas sim o que tivemos desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. 6.Nisto consiste o amor: que vivamos segundo seus mandamentos. É esse o mandamento que tendes ouvido desde o princípio, e segundo o qual deveis viver. 7.Muitos sedutores têm saído pelo mundo afora, os quais não proclamam Jesus Cristo que se encarnou. Quem assim proclama é o sedutor e o Anticristo. 8.Acautelai-vos, para que não percais o fruto de nosso trabalho, mas antes possais receber plena recompensa*” II São João, 1 -4,8 Maio 2019
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Loreto em Ação
Jornada Diocesana da Juventude - 2019
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articipar da JDJ (Jornada Diocesana da Juventude) foi uma experiência valiosa e repleta de ensinamentos. Após a bênção dos ramos, andamos juntos, como um povo unido e amoroso, celebrando a alegria, vivenciando o amor de Cristo, louvando e, em certos momentos, orando por nossas vidas e pela nossa cidade. Acredito que tenha ensinado muitas coisas para mim e para as outras pessoas presentes. A missa foi um momento singular e de profundo encontro com Deus. Desejo participar novamente em outras oportunidades e espero que muitas outras pessoas da paróquia possam vivenciar essa experiência única. É transformador e de extrema importância para que tenhamos mais conhecimento em nossa caminhada Cristã. Saí renovada e sabendo diversas coisas, das quais não tinha me aprofundado. É especial e, verdadeiramente, recomendo a todos. Raíssa Ferreira (EJC)
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EJC em Aparecida
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o dia 06 de abril, o EJC da Paróquia e Santuário Nossa Senhora de Loreto fez uma excursão para o santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida do Norte, no estado de São Paulo. Antes da viagem o padre Luiz Antônio fez uma oração junto com todos os jovens do EJC para que Nossa Senhora os protegesse durante toda a viagem. Durante o trajeto, nosso irmão Germano Cardoso contou um pouco da história da basílica. Foram 4 horas de viagem, chegamos a Aparecida por volta das 02h30min da manhã e começamos a nos preparar para a primeira missa que começa às 5 da manhã, foi uma longa caminhada até a igreja que já estava lotada. Para muitos era a primeira vez em Aparecida, eu me incluo neste número de pessoas que foram pela primeira vez visitar a casa da nossa mãezinha Nossa
Senhora Aparecida. Eu me surpreendi com a grandiosidade que é aquele lugar de muita fé e cheio de energias positivas. Saímos de lá com a nossa fé renovada e cheios de esperança de que muitas coisas boas vão acontecer em nossas vidas. Alan Luís de Abreu Pascom Loreto
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Loreto em Ação
Semana Santa
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Semana Santa, como dissemos na edição passada, é o tempo litúrgico mais importante para a nossa fé. É o tempo em que todos nós somos convocados a viver, com Cristo, os passos de sua Paixão, Morte e Ressurreição. E a nossa comunidade, como sempre, respondeu com muito fervor a esse chamado. Todas as celebrações contaram com uma expressiva participação e aqueles que não puderam estar presentes, por algum problema de saúde ou trabalho, tiveram a oportunidade de acompanhar pelo nosso canal no youtube a transmissão que a Pascom fez, ao vivo, das principais celebrações. Foi um sucesso! Tivemos momentos marcantes! Foi incrível ver na encenação da Paixão de Cristo, pelo grupo de teatro, um morador de rua com problemas psiquiátricos, entrar em cena e se abaixar para ajudar a pegar a Cruz (igual ao Cirineu). Muitas pessoas nem perceberam, acreditaram que era um ator, mas na verdade, podemos dizer que Jesus veio nos confirmar sua opção pelos pobres e excluídos, nos mostrando a sua face através desse irmãozinho. Por isso, vamos relembrar alguns momentos que vivemos, desde o Domingo de Ramos até a Vigília Pascal e guardar na lembrança a emoção sentida e saldar a luz que recebemos do Cristo ressuscitado, que vem iluminar nosso caminho para que possamos anunciar a mais pessoas: Cristo ressuscitou, aleluia, aleluia, aleluia!
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#ColunaJovem Respire e crie sua própria oportunidade Jovens, calma! Hoje, falaremos de um assunto bem delicado, que tem nos deixado um poço de ansiedade, como conseguir um emprego. Estamos vivendo um momento no país, que há vagas sim, mas com altas exigências e incompatíveis ofertas salariais. Isso é totalmente compreensível no ponto de vista de como funciona o mercado, quanto à demanda é maior que a oferta, os preços dos produtos tendem a aumentar, pois os consumidores estão dispostos a pagar mais para ter aquele item, “raro”, ou seja, adaptando para a situação do mercado de trabalho as empresas possuem a sua disposição um grande número de trabalhadores, que desejam a qualquer custo ter um trabalho, e assim há uma grande variedade de profissionais capacitados para preencher suas vagas podendo ser mais criteriosos, mais exigentes, na hora de escolher. E como há vagas, porém poucas se comparadas à quantidade de pessoas especializadas, nós temos um mercado que pode exigir muito e pagar bem abaixo, pois quem está fora do mercado precisa do emprego mesmo que abaixo de suas necessidades financeiras. E isso é pior ainda para nós jovens, pois a maioria não conseguiu nem estagiar direito, já que estávamos nos profissionalizando (academicamente) no exato momento que tudo começou a desandar no nosso país. Agora, temos que lidar com empresas que não querem apenas uma pessoa especializada na profissão, com conhecimentos amplos, mas sim um multiespecialista. Sim, precisamos ser multiespecialistas, ou seja, uma bagagem muito boa teórica e diversas experiências profissionais. Mas, como ter experiência se não há quase empresas que dão oportunidades? Como elas podem dar oportunidades se também vivem um sistema mega burocrático que não ajuda em nada e que quase não tem incentivo para investir em jovens? Nós somos reféns do mercado ideal, a busca das empresas por alguém que não existe e ainda precisamos aceitar as condições que são propostas, pois não há escolha. Mas, como eu adiantei no início, jovens fiquem calmos, podemos buscar outros caminhos. Por que
não nos tornarmos microempreendedores individuais? Enquanto o mercado não dá a oportunidade, faremos as nossas oportunidades. Vamos comigo, estudar tudo sobre empreendedorismo, buscar atividades que tenhamos um conhecimento para abrir o nosso MEI, buscar ajuda de especialistas como os profissionais do SEBRAE, nossos amigos, nossos familiares, que podem nos ajudar com conhecimento técnico e (ou) conhecimento de nós mesmos para aprendermos no que somos bons. Depois de saber o que podemos fazer, começaremos planejar, determinando metas e objetivos e por fim colocar a mão na massa. Portanto, por mais que as coisas estejam difíceis, não podemos perder a esperança, não podemos desistir, não podemos deixar de ter Fé, pois é como eu recebi hoje no Whatsapp, “Se as batalhas da vida exigem muito de você, sinta-se feliz, porque Deus só exige muito daqueles que tem a capacidade de vencer, ele não escolhe os capacitados, ele capacita os escolhidos”. O segredo é procurar sempre melhorar como ser humano todos os dias, tenhamos fé, que os nossos dias de glória, com muita luta estarão logo ali. Beatriz Santos Maio 2019
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Colaboração do Leitor
Biodiversidade é vida, é saúde
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Campanha da Fraternidade de 2019 (CF) nos leva a refletir sobre a “Fraternidade e Políticas Públicas” onde nosso Bispo Dom Orani enfatizou e nos direcionou no seu lançamento a trabalhar sobre a importância da saúde nas ações e proposições das políticas públicas. Mas o que tem a ver a biodiversidade com o tema da CF deste ano? No dia 22 de maio comemoramos o Dia Internacional da Biodiversidade e não é por acaso que há exatamente 1 mês atrás, em 22 de abril, comemorávamos o Dia da Terra. Portanto, em nossa existência, tudo está muito conectado! Vamos a seguir tentar explicar para que todos nós façamos uma reflexão sobre o assunto que estamos abordando e vamos nos ater sobre a importância da biodiversidade no planeta, suas consequências sobre a manutenção da vida e a saúde do nosso sofrido povo brasileiro. Primeiramente vamos conceituar o significado da palavra biodiversidade: Biodiversidade (bio = vida, diversidade = variedade) ou Diversidade Biológica significa a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécie, entre espécies e de ecossistemas. (Convenção sobre a Di16
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versidade Biológica, pág. 9, art. 2.). Este artigo tem como objetivo introduzir ou evoluir um assunto tão importante, visando sobretudo e ambientalmente falando, uma possível mudança de atitude sobre a vida que vivemos e em tudo que está a nossa volta. Claro que, levando em consideração a crença de cada um, mas também, neste caso, a compreensão do leitor sobre a importância para as nossas vidas e das futuras gerações com relação ao meio ambiente e a biodiversidade em nosso planeta. Neste caso, o grande desafio na compreensão de cada indivíduo, é compreender que a biodiversidade não é somente a variedade de vida na Terra, mas sim toda a inter-relação que ela promove ao nosso redor, interagindo diretamente conosco e com o meio ambiente que vivemos. Nosso Brasil é um país de dimensões continentais, possuindo uma das biodiversidades mais ricas do planeta, tem entre 10% a 20% das espécies catalogadas até agora. E vejam bem que nossa Amazônia não foi explorada sustentavelmente o suficiente para descobrirmos muito mais! Somente para o querido leitor saber que o Brasil, juntamente com o México, a Índia e a Indonésia, faz parte do grupo das 12 nações com a maior biodiversidade do planeta. Mas qual a importância disso em nossas vidas e com nossa saúde? É importante destacar que a biodiversidade não deve ser considerada apenas sob o ponto de vista
do conservacionismo, uma vez que ela representa uma das fontes de recursos naturais mais importantes do planeta. Se formos pontuar somente na área da saúde, explicando um pouco sobre a ligação com o tema da CF deste ano, podemos citar: a polinização (₁) (lembrando-se que neste mesmo dia 22 comemoramos o Dia do Apicultor); na pureza do ar e da água; na medicina; entre outros. Mas o leitor já parou para pensar quanto valem os serviços da natureza? Da produção do oxigênio e de nitrogênio à manutenção das fontes de água doce do planeta; dos recursos florestais ao equilíbrio dos ecossistemas. Quanto vale uma água potável de uma nascente? Uma floresta em pé? Um lote de plantas medicinais? É importante conservar a diversidade de vida por razões médicas e econômicas. As plantas e os animais podem fornecer alimentos, remédios e outros produtos que salvam vidas e beneficiam toda a sociedade. Além disso, viver em um ambiente saudável equilibrado é uma maior garantia de saúde. Por isso necessitamos de políticas públicas que nos garantam investimentos e alocação de recursos públicos e privados para pesquisas na área da medicina e saúde. Porém não é isso que estamos percebendo muitas ações dos nossos governantes (das três esferas - federal, estadual e municipal), já que reduzem, a cada ano de gestão, o investimento para as áreas de saúde e pesquisa científica. Pois é, estamos falando de saúde, de políticas
públicas e afinal, do tema proposto por nosso Bispo para a CF 2019. A medicina, para o seu lucro, também depende da biodiversidade e isso também nos preocupa com a ausência de investimentos. Atualmente, mais de 50% das drogas prescritas e vendidas no mundo contêm compostos químicos orgânicos derivados de espécies selvagens, onde cerca de aproximadamente 25% dessas drogas vêm das plantas, outros 15% são derivados de fungos e bactérias e 10% são de origem animal. A maior parte das matérias-primas utilizadas pelo ser humano são de origem biológica, seja do setor florestal, dos oceanos ou da agropecuária. Existem pelo menos 30.000 plantas para a alimentação, além de substâncias para fabricar vacinas e remédios
que podem curar diversos tipos de doenças graves. O valor dos produtos medicinais derivados das fontes citadas acima aproxima-se de mais de 50 bilhões de dólares/ano. No Brasil e no mundo a manutenção da biodiversidade é de importância fundamental. O Primeiro Relatório Nacional para Conservação sobre a Diversidade Biológica (1998), produzido pelo Ministério do Meio Ambiente, mostra que possuímos aproximadamente 20% da biodiversidade da Terra, a flora mais rica, 10% dos anfíbios e mamíferos, 17% das aves, mais de 3 mil espécies de peixes de água doce e de 5 a 10 milhões de insetos. Temos “ainda” (não sabemos até quando devido a ação antrópica, isto é, da ação do homem), a maior floresta tropical remanescente que é a nossa
Mata Atlântica, temos o Pantanal, a Amazônia, os biomas costeiros e marinhos, o Cerrado e a Caatinga que são biomas únicos no planeta que existem somente do Brasil. A redução da Biodiversidade compromete a sustentabilidade do meio ambiente, a disponibilidade de recursos naturais e, assim, a própria vida na Terra. Sua conservação e uso sustentável, ao contrário, resultam em incalculáveis benefícios à Humanidade. Por fim, podemos afirmar que o equilíbrio da biodiversidade na Terra, aplicação de investimentos com política públicas eficazes para a saúde e pesquisa científica, são medidas fundamentais para a saúde de todos os seres vivos, como nossos bisavôs, avós, pais, irmãos, nós mesmos, nossos filhos e outros que estarão por vir neste lindo ciclo da vida. Vamos refletir e rezar conjuntamente por nossa saúde, do planeta e das futuras gerações. A paz de Cristo. (₁) Polinização: Em busca diária por alimento, abelhas e outros insetos, além de alguns pássaros e morcegos, transportam o pólen de uma planta para outra, pois enquanto param numa flor, para sugar o doce néctar, ficam empoeirados com o pólen. Ao voarem para outra flor, parte desse pólen se desprende e pode fecundar os óvulos e produzir sementes. A polinização não só ajuda as plantas silvestres, como também algumas plantações dependem desses polinizadores naturais. Colaborou: Paulo Renato Pascom, Movimentos ECC e Fé e Dons Maio 2019
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Coluna Cultural
Esporte e Cidadania Esporte e Cidadania é um projeto social desenvolvido pela Snelis secretaria do antigo Ministério do Esporte ME, em parceria com a UFF, com o objetivo de levar esporte e inclusão social para todos. O projeto tem 156 núcleos em vários municípios do RJ e no Parque Olímpico temos três núcleos desde junho de 2017 com as modalidades acima detalhadas. O projeto funciona na Arena dois e a inscrição pode ser feita de terça a sexta-feira, de 9:00h às 13:00h. Qualquer dúvida, basta compare-
cer a Arena e procurar a Amanda, coordenadora do projeto. Para novas inscrições, é necessário ter de 6 a 21 anos preencher a ficha e levar os documentos: yy Xerox da identidade do responsável, da identidade ou certidão de nascimento do aluno, do comprovante de residência, yy Declaração de escolaridade, yy Atestado médico (podendo levar posteriormente), yy Foto 3x4 do aluno.
MODALIDADES E HORÁRIOS: JUDÔ Quartas e sextas
VOLEI Quartas e sextas
BASQUETE Quartas e sextas
FUTSAL Terças e quintas
HANDEBOL Terças e quintas
CICLISMO Segundas, quartas e sextas *
Idade 6 - 10 anos Manhã: 10h às 11h Tarde: 15h às 16h
Idade 6 - 10 anos Tarde: 16h às 17h
Idade 6 - 10 anos Manhã: 9h às 10h Tarde: 14h às 15h
Idade 6 - 10 anos Manhã: 9h às 10h Tarde: 15h às 16h
Idade 6 - 10 anos Tarde: 15h às 16h
Idade 10 - 21 anos Tarde: 14h às 16h / 16h às 18h
Idade 11 - 14 anos Tarde: 14h às 15h
Idade 15 - 21 anos Tarde: 17h às 18h.
Idade 11 - 14 anos Tarde: 15h às 16h
Idade 11 - 15 anos Manhã: 10h às 11h Tarde: 17h às 18h
Idade 11 - 15 anos Tarde: 18h às 19h
Idade 15 - 21 anos Manhã: 9h as10h
Idade 15 - 21 anos Tarde: 17h às 18h.
Idade 15 - 21 anos Tarde: 13h às 14h
Idade 16 - 21 anos Tarde: 13h às 14h
Idade 16 - 21 anos Tarde: 14h às 15h
Idade 6 - 21 anos (livre) Tarde: 13h às 14h 17h às 18h 18h às 19h.
*Precisa saber andar de bicicleta
Que tal partilhar conosco sua sugestão para a Coluna Cultural?! Envie sua sugestão (texto e uma foto) para pascom@loreto.org.br com o título “Coluna Cultural”, participe!
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Pé na estrada Terço na mão Estivemos em Fátima em 1989 com nossos filhos e podemos dizer que Fátima não se explica, Fátima se sente. Contudo queríamos dividir uma experiência em casal que tivemos em fevereiro de 1998. No dia 12 eu e meu marido fomos participar da procissão de velas. Chegamos lá cedo e fomos ao comércio. Visitamos a casa dos Três Pastorinhos e logo reconheceram pelo nosso sotaque que éramos do Brasil. Dissemos que estávamos lá para a procissão e nos comunicaram que não haveria a mesma, por causa do inverno, mas que se corrêssemos, pegaríamos a oração do terço. Ficamos por último na capela das aparições. Ao término do terço, um senhor saiu de perto da imagem de Nossa Senhora, nos tomou pela mão e nos conduziu para frente do grupo que cruzaria o pátio do santuário. Que privilégio abrir o caminho para passagem de Nossa Senhora! À noite, jantamos e fomos para o quarto que tinha uma sacada para o pátio do Santuário. Que silêncio! Um silêncio que falava com a alma... Não conseguimos dormir e apenas o vento falava. Na manhã seguinte, nos dirigimos ao Santuário. Faríamos bodas de prata em alguns dias e não teríamos festa. Fernando estava a pouco sem trabalho e só viajamos porque sua mãe estava mal. Entramos no santuário com to-
das as luzes apagadas, estávamos ali para rezar o terço por nossa família e casamento. Após alguns minutos, as luzes se acenderam e o Santuário ficou todo iluminado. Estávamos de joelhos sem saber o que estava para acontecer. O sacerdote se dirigiu ao altar e disse ao microfone “estamos aqui pra celebrar as bodas de prata dos romeiros Fernando e Elisabete”. Se falaram outros nomes, não ouvimos... O pranto brotou em meus olhos e meus soluços eram a música. Se não íamos ter festa, recebemos a melhor! Somos eternamente gratos a Nossa senhora por essa graça. Um detalhe... O terço que estava usando era o presente que meu marido me deu de casamento, que tinha sido da avó dele. Ele sempre nos acompanha em momentos importantes como o nascimento de nossos filhos, de nossa neta e da próxima que está chegando... E nos momentos difíceis da estrada da vida. Colaboraram: Maria Elisabete e Fernando do Paço
Você já viveu uma experiência parecida? Encontrou em suas andanças uma igreja ou uma devoção local, que pode ser indicada a outros “viajantes”? Partilhe conosco, enviando texto e foto para a nossa coluna Pé na Estrada, Terço na Mão, pelo e-mail: pascom@loreto.org.br.
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Santuário de Loreto Neste mês de Maria, queremos dedicar um pouquinho mais do nosso tempo a nossa mãezinha, não só a do céu, mas também àquela que nos gerou no ventre e também disse “sim” a um dos mais belos projetos de Deus: você. Maria recebeu a bela e árdua missão de ser mãe, teve a chance e a oportunidade de carregar em seu ventre a Vida que a gerou na fé. Foi responsabilidade dela cuidar, ensinar e educar o filho que lhe foi confiado: o Filho de Deus. O próprio Amor também recebeu o amor e o carinhoso colo de mãe. ‘Mulher, eis o teu filho!’ Depois disse ao discípulo: ‘Eis a tua mãe! A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu” (Jo 19,26-27). A Santíssima Virgem, enquanto estava aos pés da cruz, foi levada a reafirmar seu “sim” diante de Deus, assumindo todos os homens e mulheres como seus filhos e filhas por toda a eternidade. Por este motivo, ela nos leva a Deus a todo o momento, nos aconselhando, guiando, protegendo e interce-
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dendo sem cessar por nós para que nunca nos esqueçamos de nosso objetivo. Maria é e deve ser sempre o nosso ‘norte’, indicando e apontando para seu Divino Filho Jesus. Nela temos o perfeito exemplo de ser “filha e mãe”, obedecendo e confiando na vontade do Pai Celestial ela assumiu sua responsabilidade perante os homens como mãe de Jesus. Aqui na terra também recebe-
mos uma protetora e intercessora, que muitas vezes anula suas vontades em prol do bem de seus filhos. Nossa mãe aqui na terra, assim como Maria, soube dizer “sim” ao plano de Deus e contribuiu com o projeto do Salvador. Muitas vezes esquecemos que nossa mãe também é filha e não possui todas as respostas do mundo, mas mesmo assim encontramos nesta figura tão importante um porto seguro para muitos momentos de nossa vida, um colo suficiente insubstituível. Neste mês, o Santuário reza por todas as mães que geraram a vida em seu ventre, todas as mães que descobriram e aprenderam a gerar seus filhos no coração, na espera e alegria da adoção. Por todas as mulheres que aguardam ansiosas a noticia de estarem grávidas e principalmente por aquelas que disseram não ao plano de Deus impedindo o nascimento de uma nova vida. Que Maria, Mãe de todos nós, possa orientar e interceder por todas as mães que estão aqui na terra e as que já foram para o céu. Nossa Senhora de Loreto, rogai por nós!
Santo Ângelo
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asceu em Jerusalém em 1185, numa família de tradição judaica. Através de um sonho se converteu ao Cristianismo. Neste sonho, Nossa Senhora o visitou, dizendo que sua família receberia uma grande graça: o nascimento de uma nova criança, mesmo seus pais sendo de idade avançada. E assim aconteceu. Ângelo percebeu o chamado de Deus, e recebeu junto com seu irmão recém-nascido, a graça do santo Batismo. Santo Ângelo se abriu à vontade de Deus através da vida de oração e penitência. Quanto ao seu lugar na Igreja, fez experiência religiosa em vários mosteiros da Palestina e Ásia Menor, até que, ao passar o tempo num Carmelo, entrou na ordem consagrada a Nossa Senhora, a família Carmelita. Da Itália foi para a Sicília, e já sacerdote, fez um belo trabalho apostólico. Um homem dócil e corajoso. Certa vez, ao pregar, deparou-se com a graça da conversão de uma mulher que vivia no adultério com um senhor de muitas posses. Ela se abriu ao Evangelho, mas ele não. E este, mandou assassinar Santo Ângelo, que foi morto após uma pregação com apenas 34 anos. Santo Ângelo, rogai por nós! (Fonte: Canção Nova)
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Santuário da Adoção
“TODA CRIANÇA E ADOLESCENTE TEM DIREITO, COM ABSOLUTA PRIORIDADE, A VIVER EM FAMÍLIA.” (Com base na Constituição Federal, art. 227) Quando se trata do Tema Adoção sempre encontramos pessoas com muitas dúvidas, tais como: O que fazer para adotar? Quem pode adotar? Encontrei um bebê abandonado na rua, o que fazer? Portanto trazemos este mês algumas perguntas e respostas apresentadas pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O QUE É ADOÇÃO? Adoção é um procedimento legal que consiste em transferir todos os direitos e deveres dos pais biológicos para uma família substituta, conferindo às crianças e adolescentes todos os direitos e deveres de filho. Ou seja, é a única forma admitida pela lei de alguém
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assumir como filho uma criança ou adolescente nascido de outra pessoa. A adoção de crianças e adolescentes é realizada através da Vara da Infância e da Juventude. QUEM PODE ADOTAR? Pessoas maiores de 18 anos, independentemente do estado civil, que tenham sido avaliados e considerados aptos para adoção pelo Juízo da Vara da Infância e da Juventude. É necessário que haja uma diferença de 16 anos entre adotante e adotado. O QUE FAZER PARA ADOTAR? Quem deseja adotar deve se dirigir à Vara da Infância e da Juventude da comarca de sua residência, onde será orientado sobre as etapas de habilitação para adoção e cadastramento. Deverá preencher um formulário, apresentar documentos, participar de preparação e avaliação psicossocial (art. 50, da Lei 8069/90). Ao final, caso seja considerado habilitado pelo juiz, será incluído no Cadastro Nacional de Adoção. UM RECÉM-NASCIDO ABANDONADO NA RUA. O QUE FAZER? Aciona-se a Delegacia mais pró-
xima ou o Conselho Tutelar. Em caso de recém-nascido, ele será encaminhado para maternidade, que, simultaneamente à realização dos procedimentos necessários, informará ao Juízo da Infância e da Juventude para que sejam realizadas as providências que se fizerem necessárias à proteção da criança. Configurada situação de abandono, a criança será disponibilizada para adoção (colocação em família substituta) por determinação do Juiz da Vara da Infância. Através de consulta ao Cadastro Nacional de Adoção (CNA), buscam-se pretendentes para adotar aquela criança. SE A CRIANÇA FOR ÓRFÃ OU OS PAIS CONSIDERADOS SEM CONDIÇÕES DE ASSEGURAR OS SEUS DIREITOS? A Instituição de Acolhimento e a Vara da Infância e da Juventude irão verificar se a criança possui outros familiares e se existe a possibilidade de sua reintegração na família extensa. Caso a criança seja reintegrada à família extensa (avós, tios etc.), esta deverá buscar regularizar a guarda ou tutela através da Defensoria Pública ou advogado. Caso
não haja familiares disponíveis, a criança será encaminhada para colocação em família substituta. SE A MÃE NÃO DESEJAR FICAR COM O SEU FILHO? Nestas situações, ela deverá procurar a Vara da Infância e da
Juventude mais próxima à sua residência, onde será atendida pela equipe técnica (psicólogo, assistente social e/ou comissário), que irá ouvi-la, orientá-la e fará os encaminhamentos que se fizeram necessários. Se a entrega da criança
se confirmar, ela será colocada em uma família substituta, evitando-se o acolhimento institucional. É importante distinguir os termos ABANDONO e ENTREGA. Caso a genitora decida ENTREGAR o seu filho no Juízo, NÃO sofrerá qualquer sanção. O ABANDONO, propriamente dito, é um crime, e a investigação caberá às esferas competentes. EU POSSO ADOTAR OU FICAR COM UMA CRIANÇA QUE ENCONTREI? Não. Em regra, só pode adotar aquele que passou pelo processo de Habilitação para Adoção e que esteja inscrito no Cadastro Nacional de Adoção. Não se deve permanecer com uma criança em sua companhia sem que a situação desta esteja regularizada. Você deve se dirigir à Vara da Infância e da Juventude da Comarca mais próxima da sua residência. Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
CONVIDAMOS A TODOS A PARTICIPAR DA 10ª CAMINHADA DA ADOÇÃO EM COPACABANA, EM COMEMORAÇÃO DO DIA NACIONAL DA ADOÇÃO.
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Fé e Política Robson Leite
“Sexta-feira da paixão. Celebração do Senhor morto”
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divino e o humano de Jesus aparecem com grande intensidade no momento em que nós, cristãos, recordamos a Sua paixão e morte na Semana Santa. O mesmo Jesus que no Evangelho de Mateus, capítulo 25 versículos 31 a 46, coloca o seu rosto no rosto do pobre, do miserável, do oprimido e do marginalizado. Aliás, nunca é demais lembrar que essa passagem é o centro do Evangelho, conforme nos lembrou recentemente o Papa Francisco. Na mesma sexta-feira da paixão desse ano foi enterrado no cemitério do Caju o catador Luciano Macedo, 27 anos, casado e que se tornaria pai daqui a cinco meses. Pobre, desempregado e catador, Luciano foi morto por tentar salvar a família fuzilada com oitenta tiros pelo exército brasileiro. Salvou uma criança de sete anos, mas ao tentar chegar próximo do corpo do músico e pai da família baleado mortalmente pelo exército, recebeu três tiros. Foi socorrido e levado para o hospital, mas não resistiu e veio a óbito em plena Quinta-feira Santa. Jesus nasceu muito pobre. Sua família era refugiada e nem uma casa para nascer tinha. Seus pais bateram de porta em porta e todas negaram hospedagem a uma mulher grávida acompanhada de seu marido. Até que em uma das muitas tentativas de buscar abrigo, foi permitido que eles ficassem no estábulo, junto aos animais. E foi lá que o Rei dos Reis nasceu. Pobre e em meio à miséria de uma família refugiada e sem teto. Não foi apenas o nascimento de Jesus que teve um forte componente social, mas a sua morte também. Afinal, Jesus não morreu atropelado por um camelo em uma esquina de Jerusalém ou em decorrência de uma doença grave ao final de sua vida. Ele morreu por ter incomodado o estado opressor e tirano de Sua época. Um estado que o torturou e matou. Era a regra do poder imperial daquele tempo. Oprimir e, se necessário for, torturar e matar os pobres e os que incomodassem o Império Romano. Luciano queria construir um barraco para a sua família próximo ao exército. Acreditava que assim estaria seguro. Seu filho iria nascer esse ano e aquela era a escolha ideal. Tinha carteira de trabalho, mas estava desempregado. Vivia de biscates e como catador. Luciano foi morto com três tiros e por enfrentar aquele que achava que o protegeria. E só o fez para salvar a vida de uma família que levava 80 tiros exatamente do exército brasileiro. Do 24
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estado brasileiro. De quem deveria proteger e não oprimir. Na época de Jesus, assim como hoje, havia pessoas que defendiam a tortura e a morte. Que estavam preocupadas apenas com os seus privilégios e a sua riqueza. Algumas, daquela época, chegaram a procurar Jesus e falar sobre “como alcançar a vida eterna” e a “salvação”. Jesus sempre respondeu de forma dura e contundente a essas pessoas. Foi assim com o Sumo Sacerdote do Evangelho de Lucas na passagem do Bom Samaritano e com o jovem rico onde Ele pede para que esse jovem dê tudo o que tem aos pobres. E os desfechos sempre são muito difíceis para esses ricos, a ponto de Jesus afirmar que “é mais fácil um camelo passar num buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus”. Já os pobres, por sua vez, pediam coisas imediatas e sociais: a perna que não anda, o olho que não enxerga ou a volta do irmão que partiu para a vida eterna. E Jesus sempre foi misericordioso com essas pessoas. A nossa sociedade não é muito diferente daquela da época de Jesus. Muitos continuam tentando criminalizar os pobres ao achar que quem mora na favela pode tomar tiros e ser humilhado. Que bandido bom é bandido morto e que o jovem que está agora com um fuzil na mão teve todas as oportunidades do mundo para escolher entre ser médico, dentista, advogado ou professor, mas acabou escolhendo, “livre e conscientemente”, ser traficante. Esse segmento da nossa sociedade certamente estaria do lado dos que condenaram Jesus. Dos que pediram a sua crucificação. A única diferença seriam os gritos. Ao invés de “crucifica”, gritariam “bandido bom é bandido morto”. A ressureição, para nós Cristãos, é o centro da nossa fé. Assim como veio para Jesus Cristo na Páscoa, ela virá para nós. Esperamos também que venha para a nossa esperança, tão sofrida e combalida com os dias atuais. Afinal, não tem sido nada fácil nos dias de hoje construir o Reino de Justiça e Paz aqui na terra. (*) Robson Leite é professor, escritor, membro da nossa paróquia, Ex-Superintendente Regional do Ministério do Trabalho e Emprego no RJ e foi Deputado Estadual de 2011 a Janeiro de 2014. Site: www.robsonleite.com.br Página do Facebook: www.facebook.com.br/robsonleiteprofessor
Anote em sua agenda
As demais atividades do mês estão em: www.loreto.org.br
Maio
DATA
HORÁRIO
EVENTO
03/05
18:30hs
MISSA COLÉGIO BAHIENSE
09/05
19:30hs
TERÇO VIVO APÓS A MISSA DAS 19H30, NO LORETÃO
10/05
16:00hs
MISSA NO CATI
15/05
19:30hs
MISSA NUCLEO INDEPENDÊNCIA
17/05
16:00hs
MISSA NA ESTANCIA S. JOSE
24/05
15:00hs
MISSA NO HOSPITAL RIO’S DOR
30/05
18:00hs
MISSA INAUGURAÇÃO DO AUDITÓRIO N. S. DE LORETO
DATA
HORÁRIO
PASTORAL
LOCAL
EVENTO
10/05
07H00 às 19H00
COMISSÃO SANTUÁRIO
SANTUÁRIO
SANTUÁRIO ABERTO
10/05
20h00
FÉ E DONS
SALÃO CEPAR
FESTIVA - BANDA JONY TEQUILA
11/05
09H00 às 12H00
CATEQUESE
SALÃO ZACCARIA
BINGO DA CATEQUESE
11/05
12H00 às 18H00
ECC
SALÃO CEPAR
APROFUNDAMENTO
14/05
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26/05
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ZACCARIA
ENTREGA DAS CESTAS AOS ASSISTIDOS
TODAS
PRAÇA DO SANTUÁRIO
FESTA JUNINA
31/5, 01 e 02/06
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Maio 2019
O Mensageiro
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loretinho
Elaborado pelas Irmãs de Belém
de Deus que a levava para atender às necessidades de sua prima. Ao ouvir a saudação da Virgem Maria, Isabel ficou cheia do Espírito Santo e diz: “Tu és bendita entre as mulheres e Bendito é o fruto de teu ventre, o filho que estás gerando...” (Lucas 1, 41-47). A Virgem Maria então louvou a Deus e ficou com sua prima até o nascimento de João, o Batista. Neste mês de maio, vamos aproveitar todas as oportunidades para demonstrar nosso amor e nossa gratidão as nossas mães e de modo muito especial a Mãe de Jesus e nossa, a Virgem Maria.
Queridas crianças, Estamos no mês de maio, Mês das Mães e de Nossa Senhora. Na catequese aprendemos a amar a Virgem Maria, pois Ela é nossa Mãe e está sempre cuidando de nós. Ao aceitar e cumprir a vontade de Deus torna-se nosso modelo. Quanto mais nos aproximamos de Jesus e procuramos seguir Seus ensinamentos aprendemos a forma certa de nos ocupar com as coisas e as pessoas. Após o anúncio do Anjo, a Virgem Maria sai, apressadamente, para a casa de sua prima Isabel. Era o Espírito de Amor
“Quero lhe dar flor, carinho e amor, ó mãe querida. Quero ver você, contente e feliz, sorrindo pra vida.” Me. Maria Helena Cavalcanti
CAÇA – PALAVRAS
PARA REZAR ... Nossa Senhora de Fátima nos pede: “MEUS FILHOS, REZEM O TERÇO TODOS Os DIAS.” Podemos neste mês de maio encontrar um tempo para rezar o terço em família, e invocar a bênção e proteção de Deus pela intercessão da Virgem Maria para aqueles que não sabem, não querem ou não podem rezar.
A devoção a Nossa Senhora, nos leva a chamá-La com diversos nomes. Encontre no diagrama 10 desses nomes.
Oração A vossa proteção recorremos Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas, mas em todas as nossas necessidades, dignai-Vos de ouvir- nos sempre, ó Virgem gloriosa e bendita, assim seja.
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O Mensageiro
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MARQUE COM UM X SIM OU NÃO. DIGO SIM A DEUS COMO MARIA, QUANDO? Ajudo nas tarefas de casa. Não estudo. Agradeço a Deus pela família que te tenho. Brigo com os colegas Obedeço minha mãe e meu pai.
SIM
NÃO
Santo Ă‚ngelo