O Mensageiro - Maio 2020

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Ano XXXVI - nº 426 Maio de 2020 Distribuição gratuita

Informativo da Paróquia e Santuário Nossa Senhora de Loreto Fundada em 6.3.1661 www.loreto.org.br


Índice

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Expediente EDITOR CHEFE: Pe. Sebastião N. Cintra DIREÇÃO ESPIRITUAL: Pe. Sebastião N. Cintra COORDENAÇÃO EMÉRITA: Hélia Fraga COORDENAÇÃO E EDIÇÃO: Ana Clébia FOTOS: Pascom Loreto CAPA: Corredeira COMERCIAL: Claudete DIAGRAMAÇÃO: Lionel Mota IMPRESSÃO: Grafitto Tiragem: 2 mil exemplares

Editorial................................................................................................................................ 3 Temas Bíblicos.................................................................................................................... 4 Oração Cristã ..................................................................................................................... 5 Espaço teológico ............................................................................................................... 6 Loretando............................................................................................................................. 7 “A Tempestade acalmada!” ��������������������������������������������������������������������������������������������� 8 Santuário de Loreto.........................................................................................................12 Loreto em Ação: Semana Santa �����������������������������������������������������������������������������������14 Pé na estrada, terço na mão ������������������������������������������������������������������������������������������16 Bem-Estar...........................................................................................................................18 Coluna Cultural................................................................................................................19 Fé e Política........................................................................................................................20 Anote em sua Agenda......................................................................................................21 Nossa Senhora de Fátima ����������������������������������������������������������������������������������������������22

Expediente Paroquial MATRIZ PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE LORETO End.: Ladeira da Freguesia, 375 - Freguesia Jacarepaguá - RJ - CEP 22760-090 Tel.: 3392-4402 e 2425-0900 Emails: adm@loreto.org.br (Administração) secretaria@loreto.org.br (Secretaria) Site: www.loreto.org.br

HORÁRIO DA SECRETARIA Segunda a Domingo das 08:00 às 20:00 horas HORÁRIO DAS MISSAS Segunda a sexta: 7h e 19h30. Sábado: 7h e 18h30. Dom: 7h; 8h30 (crianças); 10h30 e 19h. CONFISSÕES 3ª a 6ª: de 9 às 11h e de 15 às 17h

Sábado: de 9 às 11h na secretaria EUCARISTIA para doentes Atendimento domiciliar e hospitalar. Marcar por telefone com a Secretaria. BATISMO Atendimento na Sacristia Inscrições - 5ª e Sábado: das 9h às 11h

CAPELAS Endereços das Capelas e os Horários das Missas NOSSA SENHORA DO AMPARO

NOSSA SENHORA DE BELÉM

SANTO ANTONIO

Est. de Jacarepaguá, 6883 Anil - Tel: 2447-6802

Rua Edgard Werneck, 217 - Freguesia Tel: 2445-2146

Rua Edgard Werneck 431 Freguesia Tel: 3094-4139

4ª:18h Sábado: 16h (catequese) Domingo: 7h30 NOSSA SENHORA DA PIEDADE

Estr do Pau Ferro. 945 Freguesia - Tel:3392-2521

3ª, 4ª e 5ª: 6h15 Domingo: 9h

Terças e Quintas: 18h Dom: 16h30 SÃO JOSÉ (CARMELO)

Rua Timboaçu, 421 Freguesia - Tel: 3392-0408

Seg. a Sábado: 7h30 Domingo: 9h

Terça a sexta: 18h Sábados: 18h Domingos: 10h30 NOSSA SENHORA DA PENNA: Ladeira N. S. da Penna, s/nº Tel. 2447-9570

Domingo: 11h


Tempo de desafios

Editorial Pe. Sebastião Noronha Cintra*

Querido paroquiano, prezado leitor. Mergulhados no COVID 19, continuamos o confinamento, com nossas igrejas fechadas e sem nenhuma atividade pastoral a não ser a distribuição das cestas básicas aos assistidos pela Ação Social. Em meio a uma forte crise política recebemos orientações de restrições para o agir da população em níveis federal, estadual e municipal. O Papa Francisco tem sido grande incentivador de que este tempo, com suas características, seja tempo de oração e intercessão pelo livramento dessa pandemia. A nossa capa faz essa referência, mostrando o Papa diante da imagem milagrosa do Crucifixo da igreja de S. Marcelo. A imagem de Nossa Senhora Salus Populi Romani servirá como incentivo para pedir a intercessão dela contra a doença. O Terço foi rezado diariamente de dentro da Casa Santa de Loreto pelo término da pandemia. O nosso Cardeal Arcebispo nos convidou também, para a recitação do terço, com as paróquias intituladas a Nossa Senhora, pela Rádio Catedral. Foi-nos confiada a recitação do segundo mistério do terço no dia 11 de maio. Assim somos incitados a lembrar a nossa vocação de Santuário responsável por divulgar a devoção a Maria. Fico muito feliz por poder destacar que a pandemia nos favorece nessa manifestação de amor a Nossa Senhora com a reza diária do terço unidos pelas redes sociais e também pela divulgação do estudo sobre o surgimento da devoção à nossa Padroeira. Mais uma vez lembramos as recomendações de S. João Paulo II, em sua visita a Aparecida. “(...) conservai zelosamente este terno e confiante amor à Virgem, que vos caracteriza. (...) Sede fiéis àqueles exercícios de piedade mariana tradicionais na Igreja: a oração do Ângelus, o mês de Maria e, de maneira toda especial, o Rosário”. A lembrança da visita de S. João Paulo II a Aparecida vem muito a propósito agora que comemoramos os 100 anos do seu nascimento (18 de maio). Na proximidade do dia da Ascensão, quando se celebra o dia mundial das Comunicações Sociais, quero pedir uma atenção especial para a mensagem do Papa Francisco. Ela trata a Bíblia como história da Salvação e lembrando o por que Deus mandou escrever a história do seu agir no Êxodo para salvar o seu povo. “Para que possas contar e fixar na memória.” (Ex 10,2) As histórias de nossas vidas são colocadas nas mãos de Deus, pelas mãos de Maria. Mãe de Loreto, ajudai-nos a escrever histórias de esperança.

Fico feliz por poder destacar que a pandemia nos favorece nessa manifestação de amor a Nossa Senhora com a reza diária do terço unidos pelas redes sociais e também pela divulgação do estudo sobre o surgimento da devoção à nossa Padroeira

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Temas bíblicos Padre Fernando Capra

Efésios (7) Ef 6 6,1-9 A obediência dos filhos e dos servos. comentariosbiblicospadrefernandocapra.blogspot.com.br

Paulo sugere aos pais de lidar com os filhos de forma pedagógica, não despótica. Os filhos devem entender que os pais merecem a sua confiança porque têm a experiência. O conselho dos pais será, então, aceito como uma luz para o seu caminho. A forma despótica dos pais acaba exacerbando os filhos. Os escravos dos senhores encontram no cristianismo uma motivação, que alivia muito a forma injusta da sua existência. Inicia-se o caminho da abolição da escravatura porque os senhores que abraçam o cristianismo são lembrados que terão que responder da sua conduta diante do Senhor que está nos céus. Tipificação final 6-10 O fiel é chamado a se fortalecer. Encontrará a sua força no Senhor. 6,11 Para resistir ao diabo é preciso estar revestido da armadura de Deus. 6,12 Trata-se de uma superação porque somos chamados a lutar contra as tendências más que dominam o nosso espírito (Rm 7,19). Paulo as tipifica com as figuras das ordens angelicais que, segundo a opinião dos antigos, governavam todo o universo (Cf BJ Gl 6, nota de rodapé): h). Embora forças de extremo poder (2,2), elas podem ser vencidas pelo cristão, no Senhor, que Deus, o Pai da glória, fez “assentar à sua direita nos céus, muito acima de qualquer Principado e Autoridade, Poder e Soberania” (1,20-21; Hb 1,3s). 6,13 É repetida a asserção de 6,11: devemos vestir a armadura de Deus para sairmos vitoriosos de todo combate que se apresente ao longo da vida, definida como “dia mau”, isto é tempo ao longo do qual o maligno tentará voltar a nos escravizar. 6,14 Paulo descreve o nosso fortalecimento, com as vestimentas do soldado. Ele se põe de pé e começa a se vestir com o que o protege à altura da cintura. Analogamente, o fiel deve se proteger com a verdade. A couraça que protege da

cintura para cima, simboliza a justiça. A Verdade é o próprio Deus enquanto se revela com os seus valores que vivificam e iluminam. 1Jo fala disso, nos convidando a não mais trilhar o caminho das trevas, que são caminho da falsidade, para não sermos mentirosos. Vive segundo a verdade aquele que se purifica no sangue de Cristo, pela observância dos mandamentos, princípio do amor do Verdadeiro em nós. A justiça é a condição de justificação que alcançamos pela fé em Cristo, que deve ser cultivada desenvolvendo em nós os dons do Espírito, até produzirmos os seus frutos. 6,15 Paulo lembra como terceira obrigação, o zelo “para propagar o evangelho da paz”, comparável ao cuidado do soldado em calçar os pés. 6,16 A fé é o escudo que neutraliza as insídias do diabo, “os dardos inflamados do Maligno” (v.16), com as palavras do Verdadeiro (cf. Cristo nas tentações, citando as palavras da Escritura). Passamos, todavia, da fé para fé, quando unimos aos frutos do Espírito que a palavra nos oferece, os frutos da purificação dos pecados, da observância dos mandamentos, do amor fraterno. Isto nos fortalece, pelo Espírito, segundo o homem espiritual (3,17), pela Palavra que deve habitar nele abundantemente (Cl 3,16), pela glória que Cristo, que é o Espírito, opera em nós (2Cor 3,18). É pela fé que não deixamos que falsas doutrinas nos desencaminhem. 6,17 Nossa arma é a Palavra de Deus, sacramento do Espírito purificador, vivificador e santificador. Ela é simbolizada pela espada. A sua eficácia é ilustrada por Hb 4,12s e por Ap 1,16; 19,15. 6,18 A vida cristã é um perseverante culto, no Espírito, enquanto vivemos vigilantes na oração, na expectativa da Vinda do Senhor (1Jo 3,23-24). 6,19-20 Paulo está tranquilo quanto à sua vida na Verdade e na justiça, embora saiba que sempre precisará do Espírito que o fortaleça diante dos tribunais “para anunciar com ousadia o mistério do evangelho”.


Oração cristã Jane do Térsio

Pai Nosso O Pão nosso de cada dia nos dai hoje Jesus nos ensina a fazer este pedido, que glorifica efetivamente nosso Pai, porque reconhece sua bondade infinita. “Ele faz nascer o sol igualmente sobre maus e bons e cair chuva sobre justos e injustos” (Mt 5,45). “Dai-nos” nos lembra a Aliança: pertencemos a Ele e Ele pertence a nós. E ao dizermos essas palavras, exprimimos em comunhão com nossos irmãos, nossa confiança filial em nosso Pai do céu. Nós lhe pedimos por todos os homens, em solidariedade com suas necessidades e sofrimentos. “O pão nosso”. O Pai, que nos dá a vida, não pode deixar de nos dar o alimento necessário à vida, todos os bens “úteis“, materiais e espirituais. No Sermão da Montanha, vemos o abandono filial dos filhos de Deus. Aos que procuram o Reino e a justiça Deus, Ele promete dar tudo por acréscimo, afinal, tudo pertence a Deus. Este pedido da Oração do Senhor não pode ser isolado das parábolas do pobre Lázaro (LC 16,19-31) e do Juízo Final (Mt 25,31-46), uma vez que revela a profundidade desse pedido, isto é, a presença dos que têm fome por falta de pão. Nenhum cristão deve fazer este pedido sem pensar na sua responsabilidade real por aqueles a quem faltam os bens mais básicos deste mundo. Ao pedir a Deus, com o abandono confiante dos filhos, o alimento cotidiano necessário a todos para a própria subsistência, reconhecemos quanto Deus nosso Pai é bom para além de toda bondade. E convém pedir e dar graças. Sendo este o sentido da bênção da mesa numa família cristã. Pedimos também a graça de saber agir para que a justiça e a partilha permitam que a abundância de uns possa suprir aas

necessidades dos outros. Que essa partilha não seja por coação, mas por amor. Quando Jesus, no deserto foi tentado por Satanás, este lhe disse: “Se és Filho de Deus, dize a estas pedras que se transformem em pães!” Ele respondeu: Está escrito: “Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus”. (Mt 4,4; Cf. Dt 8,3). Esta frase nos lembra que o ser humano também tem uma fome espiritual, que não pode ser aliviada com recursos materiais. O nosso ser profundo é alimentado por quem tem “palavras de vida eterna” (Jo 6,68), por um alimento que permanece até a vida eterna. Então podemos dizer que esse pedido diz respeito igualmente à fome da Palavra de Deus e à do Corpo de Cristo recebido na Eucaristia, bem como à fome do Espírito Santo. O “Pão Nosso” designa o alimento terrestre necessário à subsistência de todos nós e significa também o Pão da Vida: Palavra de Deus e Corpo de Cristo. É recebido no “Hoje” de Deus como alimento indispensável, essencial que nos é dado sobretudo na Eucaristia, que antecipa o banquete do Reino que virá. Por isso convém que a Liturgia eucarística seja celebrada “cada dia”. Concluímos com dois pensamentos de dois santos, para a nossa reflexão: Santa Teresa de Calcutá: “Há a fome do pão ordinário, mas há também a fome de amor, de bondade e de atenção mútua - e essa é a grande pobreza que as pessoas hoje sofrem muito”. São Pedro Crisólogo: Cristo “é Ele mesmo o pão que, semeado na Virgem, levedado na carne, amassado na Paixão, cozido no forno do sepulcro, colocado em reserva na Igreja, levado aos altares, proporciona cada dia aos fiéis um alimento celeste”.

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Espaço teológico Michele Amaral - Bacharel em Teologia – PUC-Rio

Maio, mês de Maria

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stamos no mês de maio, mês dedicado a Maria, mãe de Deus. Convido você para refletimos um pouco sobre essa devoção. A ideia de um mês dedicado a Maria não é algo novo, encontramos na tradição, por volta século XII, o Tricesimum, que correspondia a “Devoção de trinta dias à Maria”, que acontecia de 15 de agosto a 14 de setembro1, onde eram feitos trinta exercícios espirituais diários em homenagem à Mãe de Deus, contando também com celebrações que possuíam devoções especiais organizadas para cada dia. Você deve estar se perguntando por que celebramos, então, a devoção a Maria em maio, já que a tradição fazia isso em agosto e setembro? Para entender é importante você lembrar que a devoção mariana no mês de maio iniciou no hemisfério norte, onde está começando a primavera. Perceba que nos meses anteriores, está ocorrendo um rigoroso inverno, onde a vida é difícil, nada cresce, a alimentação é escassa. Com isso, vive-se uma longa espera. Vive-se à espera da primavera, com seu calor e vida nova. Estação onde as plantas voltam a florescer, pois o solo está fértil, pronto para produzir o nosso sustento. Nesse contexto o inverno deve ser entendido como um tempo de espera e a primavera como o tempo da promessa, ou seja, da realização da espera. 6

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Ora, o que isso tem haver com que estamos falando? Podemos, dentro de um contexto cristão, entender que Jesus é, nesse sentido, a verdadeira primavera. Por sua vez, Maria não deve ser vista como a promessa, mas como aquela que é meio para que a promessa se realize. Ela é a terra fértil, porta pela qual a primavera entra no mundo, espantando o inverno seco e frio. A Igreja é levada a reafirmar a imagem de Maria como mulher, mais precisamente como Mãe de Cristo e da Igreja. É modelo da Igreja, que acolhe na fé a Palavra divina e se oferece a Deus como “terra fecunda”. Devemos reconhecer que ela sempre nos leva ao seu Filho para que nossas vidas sejam transformadas ela sua graça.

No mês de maio, em nossas casas separemos um lugar especial para Maria, ornamentando com flores que nos fazem lembrar de sua beleza e de suas virtudes para assim honrá-la que é nossa Mãe, mãe de todo o mundo. Que ao olharmos para ela que contemplemos o mistério da Encarnação de Deus que veio ao mundo para salvar a Humanidade. Ouçamos suas as palavras dela nas Bodas de Caná, para entendemos o que devemos fazer para melhor servir a Cristo: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5). 1 Na Igreja do Oriente, o mês mariano por excelência é agosto, quando se celebra a Festa da Dormição de Nossa Senhora (Assunção)


Loretando Loretando Paulo Sobrinho e Solange - loretando@oi.com.br

A quarentena continua

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em amigos do Loreto, no meu último artigo citei o início da quarentena para enfrentar a pandemia do corona vírus, como as autoridades estavam se preparando e como a população estava reagindo. De lá para cá pouca coisa mudou; o presidente continua insistindo que é apenas uma gripezinha, que todo mundo vai morrer um dia e que a economia não pode parar. Demitiu o ministro da saúde que não acompanhava seu raciocínio e colocou outro que jurou abençoar suas palavras. A população continua assustada, pois cada vez mais ouvem falar de mortes de um ali, outro acolá e que está cada vez chegando mais perto. Com certeza todo mundo vai morrer um dia, mas não precisa ser agora, não precisa ser dessa forma. Nesse momento os hospitais de campanha estão terminando de ser montados e esperamos que se o pico da doença chegar, eles possam acolher a todos sem excessão. Infelizmente conseguimos transformar uma pandemia mundial em uma guerrinha particular, mais uma daquelas que sabemos que vai estourar nas mãos dos mais necessitados. Vejo um lado positivo nisso tudo, a igreja descobriu e aprendeu a usar com muita competência as redes socias, são missas e terços sendo rezados e acompanhados ao vivo de casa. Na Páscoa diversas paróquias circularam com o Santíssimo de carro pelas ruas do bairro. Foi muito emocionante ver os fiéis nas janelas e nas sacadas ajoelhando-se diante do Cristo ressuscitado. Na minha família voltamos a rezar o terço juntos; todas as noites montamos uma live e rezamos em família e assim nos encontramos ao vivo e cores, nos falamos, revemos nossos rostos e matamos a saudade. As paróquias marcam seus encontros e também rezam com toda a comunidade. Não há desculpas do tipo: não tenho tempo, pois o que mais temos nesse momento é tempo. A quarentena continua e espero que acabe no momento certo, na hora certa e do jeito certo e seguro. Todos nós dependemos de um trabalho, seja patrão ou empregado. Precisamos produzir. Infelizmente nosso governante não sabe se expressar, por isso ainda não encontramos um meio termo que possibilite a volta

ao trabalho com segurança. Os estados e prefeituras defendem o isolamento e o governo federal a liberação geral. Falta consenso, falta respeito e principalmente inteligencia . Lembra aquela fábula do sino no pescoço do gato? Os ratos tiveram a ideia de colocar um sino no pescoço do gato pra saber quando ele estava se aproximando. A ideia era boa, mas quem iria colocar o sino no referido pescoço? Era muito arriscado, então apareceram os especialistas em gatos, os gatólogos, os gatoelistas, os gatocientistas, os gatomitistas, os gatominiuns e uma infinidade de gente afirmando que nada iria acontecer, que era um medozinho a toa e que todo rato vai morrer um dia e se não enfrentássem o gato, todos morreriam de fome, etc, etc. Do outro lado falavam aqueles que defendiam a prudencia e a cautela para lidar com o gato, pois o risco de morte era eminente e ninguém poderia garantir que nada de mais grave aconteceria. Nesse momento vivemos exatamente isso: quem vai colocar o sino no pescoço do gato? Quem vai enfrentar a pandemia de um vírus tão agressivo? No dia a dia normal já não existem vagas nos hospitais públicos, como será se milhares de pessoas ao mesmo tempo se contagiarem e necessitarem de atendimento? Por outro lado, se essas mesmas pessoas sobreviverem ao vírus, como vão sobreviver sem trabalho, sem dinheiro e sem comida? Os principais empresários deram o seu recado; se não voltar ao trabalho vai demitir geral, por outro lado, não existe emprego pra defunto. É uma roleta russa que ninguém quer participar. Nesse momento o apego a Jesus tem sido crucial, somente nossa fé em Deus Pai poderá nos dar um rumo seguro, nem tanto ao mar, nem tanto a terra. Precisamos entender o compasso dessa música. Precisamos aproveitar esse momento para refletir e nos aconchegarmos no colo de Jesus, nesse momento somente a Paz de Cristo irá nos salvar e conduzir a um porto seguro. P.S. Rezar o terço em família é uma benção nos tempos modernos. P.S. do P.S. Que seja esse tempo um momento de reflexão profunda. Maio 2020

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“A Tempestade acalmada!” «Ao entardecer…» (Mc 4, 35): assim começa o Evangelho de São Marcos (4, 35), e assim começou também a reflexão do Santo Padre naquela tarde chuvosa e silenciosa de 27 de março de 2020, quando o Papa, a figura do “doce Cristo na terra”, abraçou o mundo espiritualmente com palavras de incentivo, força e esperança diante de uma praça vazia, ou melhor dizendo, de uma praça cheia das nossas preces. Indo em direção à estrutura montada diante da Basílica, o Santo Padre seguia mancando pelo peso da idade e das crescentes notícias do aumento da Covid-19 ao redor do mundo, fechando inúmeras Igrejas, estabelecimentos e colocando a maioria da humanidade em casa, no isolamento social. Muitos são os pontos importantes que fizeram daquele momento de oração singular e extraordinário, literalmente! O Santo Padre não mediu esforços para estar próximo, mesmo que pelos meios de comunicação social, de todos os fiéis e, também, daqueles 8

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que estão na linha de frente do combate ao Coronavírus. Para aquele momento o Sumo Pontífice, trouxe grandes dons espirituais, como: a Bênção Urbi et Orbi (Urbi = a cidade de Roma) - et Orbi (e ao Mundo), que ordinariamente é concedida por ocasião do Natal, da Páscoa ou após a eleição do Papa, quando ele se dirige pela primeira vez aos fiéis. Um grande dom para esse momento foi também a possibilidade de se obter a Indulgência Plenária, que vem anexa à Bênção Urbi et Orbi, lembrando que a Indulgência Plenária é a remissão da pena temporal, consequências dos nossos pecados. Outro dom foi a presença do próprio Senhor no Santíssimo Sacramento, para um momento de Adoração. Para a cerimônia, o Papa solicitou também a presença de duas relíquias significativas, que ganharam a predileção dos fiéis no mundo inteiro: A Cruz de São Marcelo e o Ícone da Salus Populi Romani.


O Santo Padre em oração diante do Crucifixo Milagroso na Igreja de São Marcelo em 15/03/2020 O CRUCIFIXO MILAGROSO DE SÃO MARCELO: A peste negra: No ano de 1522, uma terrível peste atingiu violentamente a cidade de Roma. Todos achavam que iam morrer. Desesperados, os frades Servos de Maria decidiram levar o crucifixo em procissão penitencial da igreja de São Marcelo até a Basílica de São Pedro. As autoridades, temendo o risco de contágio, quiseram impedir a procissão. Mas o desespero coletivo falou mais alto e a imagem de Nosso Senhor foi levada pelas ruas da cidade, sob forte aclamação popular. A procissão durou 16 dias e percorreu toda a região de Roma. Quando o crucifixo regressou à sua origem, a peste já tinha cessado por completo. Desde o ano de 1650, o crucifixo milagroso é levado à Basílica de São Pedro. Porém, em 15 de março de 2020, o Papa Francisco visitou a igreja de San Marcelo e rezou pelo fim da pandemia de coronavírus, que tem tirado vidas em todo o mundo, e pediu que em 27 de março durante a bênção Urbi et Orbi ele fosse levado para o Vaticano e desde então, permanece presente no interior da Basílica de São Pedro. O ÍCONE DE NOSSA SENHORA: Trata-se de uma imagem que, tradicionalmente, fica em uma capela especial da Basílica romana de Santa Maria Maior, a primeira igreja do Ocidente dedicada a Nossa Senhora: sua construção foi determi-

nada pelo Papa Sisto III no ano de 431, pouco após o Concílio de Éfeso, no qual foi solenemente proclamado o reconhecimento de Maria como a Mãe de Deus. O célebre ícone mariano Salus Populi Romani teria sido pintado por ninguém menos que o evangelista São Lucas, que também era médico e pintor. Esse ícone guarda semelhanças tipológicas com o de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, sendo confundido com ele por muita gente, mas, na realidade, são ícones diferentes. A Basílica de Santa Maria Maior tem profundos vínculos com o povo romano e com os Papas. O referido ícone foi por exemplo, inserido a pedido do Papa São João Paulo II em 2003, junto à Cruz Peregrina para acompanhar todas as edições da Jornada Mundial da Juventude. O Papa Francisco, entre visitas públicas e privadas, já foi mais de vinte vezes saudar Maria nesse templo romano, ao qual nunca deixa de ir antes e depois de suas viagens pontifícias. E durante a oração pelo fim da pandemia de Covid-19 ele fez questão que o ícone também estivesse presente. A MENSAGEM: Pandemia = A tempestade Não é de hoje que observamos a humanidade em constante naufrágio, perdida e sem sentido, em constante perda de valores e vidas. Daí, podemos ser facil-

O Santo Padre em oração diante do ícone da Salus Populi Romani - Salvação do Povo Romano em 15/03/2020 Maio 2020

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mente levados pela “corrente” do pensar somente no “EU”, descartando a figura do próximo ou de Deus. Não é de hoje também que o Papa defende uma “cultura do encontro” como contraposto à “cultura da exclusão”, do “descartável”, e da “globalização da indiferença” correntes que colaboram para uma grande tempestade do individualismo. Grande exemplo disso está em um livro escrito pelo então Cardeal de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio (nosso Papa Francisco), em que ele trata de diferentes temas, incluindo os citados anteriormente em parceria com um amigo que é Rabino. “A tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa descoberta as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades. Mostra-nos como deixamos adormecido e abandonado aquilo que nutre, sustenta e dá força à nossa vida e à nossa comunidade. A tempestade põe à tona todos os propósitos de «empacotar» e esquecer o que alimentou a alma dos nossos povos; todas as tentativas de anestesiar com hábitos aparentemente «salvadores», incapazes de fazer apelo às nossas raízes e evocar a memória dos nossos idosos, privando-nos assim da imunidade necessária para enfrentar as adversidades.” Os discípulos com medo = a humanidade Uma pandemia que nos encheu de incerteza, ansiedade, medo e que, parou bilhões de pessoas em diversos países mas que, na análise do Papa Francisco encontra-se a solução na fé. Somente a fé pode nos fazer seguir 10

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adiante em um mundo doente, que se achava no controle de tudo e de todos, que achava que iria conseguir seguir sua caminhada estando gravemente enfermo. E de repente, um vírus que “viaja” rapidamente para diferentes lugares, sem distinção de pessoas, nas linhas aéreas nos faz ficar em casa, para descarregarmos essa correria que não prioriza Deus, a família e a própria vida, mas sim o lucro e o bem pessoal. Nessa turbulência toda, ressoa a voz do Senhor aos discípulos e também a todos nós: «Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» “Nesta tarde, Senhor, a tua Palavra atinge e toca-nos a todos. Neste nosso mundo, que Tu amas mais do que nós, avançamos a toda velocidade, sentindo-nos em tudo fortes e capazes. Na nossa avidez de lucro, deixamo-nos absorver pelas coisas e transtornar pela pressa. Não nos detivemos perante os teus apelos, não despertamos face a guerras e injustiças planetárias, não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo. Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente. Agora nós, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-Te como os discípulos outrora: «Acorda, Senhor!»” Finalizando… Nos perguntamos: onde está Deus? Na narrativa do Evangelho (Marcos 4, 35), a tempestade é acalmada. “Jesus disse aos discípulos: “vamos para a outra margem do lago”. Deixando a multidão eles o levaram consigo na barca, do modo como estava…”


“Quando se levantou uma grande tempestade de vento. As ondas se jogavam para dentro da barca, que estava a ponto de afundar…” Mas e Jesus? “Jesus estava na parte de trás da barca, dormindo sobre o travesseiro. Quando eles o acordaram e disseram: “Mestre, não te importas que morramos? Jesus acordou, ameaçou o vento e disse ao mar: Silêncio! Quieto!” Então o vento parou, e houve grande calmaria. Jesus disse-lhes “Por que vocês são medrosos? Ainda não têm fé?” Observamos, nos discípulos, todos nós nesse momento de incerteza mundial, e muitas vezes nos pegamos também como os discípulos, com medo mas Jesus que vai conosco em nossa jornada, nos ensina uma grande lição, o da calma e da temperança, tão importantes nesse momento e que só Ele pode nos dar. Assim, diz o Papa: “Não obstante a tempestade, dorme tranquilamente, confiado no Pai (é a única vez no Evangelho que vemos Jesus a dormir). Acordam-No; mas, depois de acalmar o vento e as águas, Ele volta-Se para os discípulos em tom de censura: «Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» (4, 40).

Procuremos compreender. Em que consiste esta falta de fé dos discípulos, que se contrapõe à confiança de Jesus? Não é que deixaram de crer nEle, pois invocam-No; mas vejamos como O invocam: «Mestre, não Te importas que pereçamos?» (4, 38) Não Te importas? pensam que Jesus Se tenha desinteressado deles, não cuide deles. Entre nós, nas nossas famílias, uma das coisas que mais dói é ouvirmos dizer: «Não te importas de mim?». É uma frase que fere e desencadeia turbulência no coração. Terá abalado também Jesus, pois não há ninguém que se importe mais de nós do que Ele. De fato, uma vez invocado, salva os seus discípulos desalentados.” Queridos paroquianos, neste momento a fé em Jesus Cristo é a nossa fonte de esperança, paz e certeza de que dias melhores virão, portanto vamos continuar nos dedicando a oração assim como nos pediu o Santo Padre especialmente agora em maio, confiando à Santíssima Virgem Maria as nossas preocupações para que Ela as leve ao Seu Filho, para que o Senhor que acalmou a tempestade e tranquilizou os discípulos, acalme também os nossos corações e receba junto de Si todos os nossos irmãos falecidos. Permaneçamos unidos em oração pelo fim da pandemia! “Caríssimos, não vos perturbeis no fogo da provação, como se vos acontecesse alguma coisa extraordinária. Pelo contrário, alegrai-vos em ser participantes dos sofrimentos de Cristo” (1Pd 4,12). Ensinando-nos que essas dificuldades nos levarão à perfeição: “O Deus de toda graça, que vos chamou em Cristo à sua eterna glória, depois que tiverdes padecido um pouco, vos aperfeiçoará, vos tornará inabaláveis, vos fortificará” (1Pd 5,10).

José Carlos da Silva Vieira (Pastoral dos Coroinhas, Pascom Loreto, Comunicação do Santuário) Fonte: Mensagem do Santo Padre na Bênção Urbi et Orbi (27/03/2020) - Vatican News, Aleteia, Penitenciaria Apostólica, Bíblia Sagrada, Livro: Sobre o Céu e a Terra, Mensagem do Santo Padre para o dia Mundial das Comunicações Sociais (2014). Maio 2020

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Santuário de Loreto

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hegamos a mais um mês de maio, mês que se envolve de uma graça especial por ser dedicado à nossa Mãe, Maria Santíssima. É claro que a atipicidade deste tempo de pandemia impede tantas práticas piedosas próprias deste mês, entretanto a Igreja nos convida, de uma maneira simples, a nos aproximarmos de Nossa Senhora. Por isso, o Papa Francisco nos chama a redescobrirmos neste mês de maio a beleza da oração do Santo Terço em nossas casas, com nossas famílias. Para muitos pode parecer uma meta muito difícil de ser alcançada, mas é preciso que nos lembremos que a própria Virgem Maria nos pede que tenhamos esta prática devocional como hábito em nossos dias. “Rezem o terço, todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.” (Nossa Senhora em sua aparição em Fátima) Mas você conhece a história do Terço? “Até nossos dias, não há uma unanimidade a respeito da origem do Rosário de Nossa Senhora. Em primeiro lugar, a dificuldade está em definir a origem do Santo Rosário num momento exato da História da Igreja. Pois, da mesma forma que os livros que compõe as Sagradas Escrituras foram definidos num processo que levou séculos, o Rosário também demorou séculos para adquirir a forma que tem hoje. (...) O Rosário co12

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meçou a tomar forma como oração própria dos leigos. Entre os historiadores não há uma unanimidade, mas normalmente afirma-se que o Rosário surgiu aproximadamente a partir do ano 800, à sombra dos mosteiros, como Saltério dos leigos. Os monges rezavam os 150 salmos e os leigos, que em sua maioria não sabiam ler, aprenderam a rezar 150 Pais-nossos. Além da dificuldade na leitura, a maioria das pessoas naquele tempo não tinha acesso às Sagradas Escrituras. A imprensa ainda não havia sido inventada. Por isso, um exemplar da Bíblia custava muito caro, o que a tornava acessível a poucas pessoas. Com o passar do tempo, formaram-se outros três saltérios com: 150 Ave-Marias; 150 louvores em honra a Jesus Cristo; e 150 louvores em honra a Virgem Maria. Em 1365, fez-se uma combinação dos quatro saltérios, dividindo as 150 Ave-Marias em 15 dezenas e colocando um Pai-nosso no início de cada uma delas. ‘Em 1500 ficou estabelecido, para cada dezena a meditação de um episódio da vida de Jesus ou Maria, e assim surgiu o Rosário de quinze mistérios.’” (Trecho extraído do site https://blog.cancaonova.com/tododemaria/a-origem-do-rosario-de-nossa-senhora/) Muitos foram os santos que propagaram esta belíssima devoção, entretanto,


na história recente de nossa Igreja, houve um Santo que demonstrou em toda sua vida um carinho especial pela Virgem Maria, sendo conhecido como o “Papa de Maria”. Você já descobriu de quem estamos falando? Ele mesmo, São João Paulo II! Tamanho era sua devoção que proclamou o Ano do Rosário, que ocorreu de outubro de 2002 a outubro de 2003, na “Exortação Apostólica Rosarium Virginis Mariae”, na qual também acrescentou os “mistérios da luz” ao Rosário. Convidamos você a iniciar, retomar ou ainda fortificar essa prática devocional tão querida pela Igreja. Prática que toca o coração da Virgem Maria, ao receber de nós, seus filhos, rosas de amor e de confiança em sua intercessão. Afinal, que Mãe não gosta de receber rosas? “Queridos irmãos e irmãs, contemplar juntos a face de Cristo com o coração de Maria, nossa Mãe, nos tornará ainda mais unidos como família espiritual e nos ajudará a superar

esta provação. Eu rezarei por vocês, especialmente pelos mais sofredores, e vocês, por favor, rezem por mim. Eu lhes agradeço e os abençoo de coração.” (Papa Francisco) E por fim, deixamos uma dica e um desafio: DICA: se você não consegue rezar o Santo Terço, inicie com uma dezena e aos poucos verá que seu coração desejará rezar ainda mais e um Terço será pouco para você. DESAFIO: reze o terço diariamente, se desafie, e verás como Nossa Senhora não abandona seus filhos queridos. Use o mês de maio como um pontapé inicial, para que esta prática se torne um hábito do seu cotidiano. Acompanhe, através dos avisos nas redes sociais, os diversos momentos que nosso Santuário promoverá para que mesmo distantes fisicamente possamos em comunidade mostrarmos nosso amor a Virgem Maria. Que Nossa Senhora de Loreto interceda por nós hoje e sempre! Amém!

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Loreto em Ação

Uma Semana Santa Diferente

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que dizer dessa semana santa? Uma Semana Santa diferente. Sim. Completamente diferente do que já vivemos, apesar de ter sido completamente igual a todas as outras que pudemos vivenciar até hoje. Se não pudemos estar presentes fisicamente, nos fizemos através da presença digital, graças à tecnologia, as redes sociais, aos nossos padres e irmãos barnabitas que diariamente tem tornado isso possível e a toda comunidade, que atendendo ao apelo da igreja, sinalizou e simbolizou em seus lares, através dos diversos sinais recomendados pela nossa Arquidiocese, que ali era um lar cristão. Desde o domingo anterior que ramos decoraram nossas portas. Para muitos poderia ser apenas uma decoração, mas para nós era um sinal da chegada triunfante de Cristo em Jerusalém – representada por cada um dos nossos lares, nossas casas, nossos corações. Dentro das possibilidades e respeitando as recomendações da Igreja e do poder público, nossa comunidade manteve toda a programação da semana santa. Na segunda feira a espiritualidade da Semana Santa, brilhantemente conduzida pelo Padre Luiz Antônio; na terça nossa Via Sacra, que não foi realizada no pátio, mas em nossos lares – trazendo a meditação desse momento para toda a nossa família e na quarta a reflexão das dores de Maria e de Jesus, que anualmente vivenciamos em nossa procissão do encontro através da explicação do Padre Sebastião. Se não tivemos o lava-pés na quinta, por conta da celebração em sua versão reduzida; podemos, no conforto dos nossos lares, refletir sobre as palavras de nossos padres pensando ainda mais sobre o tempo que 14

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estamos vivendo. Graças a tecnologia pudemos também adorar a Cruz através dos padres e sua doação. Nosso teatro colaborou disponibilizando a peça encenada no ano passado para reexibição e os movimentos jovens – PJ e EAC – realizaram transmissões através de suas redes, trazendo aos jovens e a todos de nossa paróquia, um complemento do que esses dias simbolizam para nós. No sábado, em nossas janelas, cantos foram entoados e velas foram acessas, rememorando a vigília e a benção do fogo características dessa celebração. Percebemos que, nessa semana santa “diferente” a distância nos aproximou. Aproximou-nos de nossas famílias, de nossa comunidade, nos fez dar valor a vários momentos que vivenciamos, mas não paramos para agradecer e muitos puderam, pela primeira vez, participar de toda a semana santa. Registrada em nossas redes, essa Semana Santa tem tudo para ficar gravada também, de uma forma especial, em nossos corações. (Thiago Santos – Pascom Loreto)

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PÊ na estrada Terço na mão

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ara começar esta conversa, preciso dizer que nĂŁo sou escritora ou jornalista; sou apenas uma filha, esposa, mĂŁe e paroquiana, que vive longe e quer partilhar algumas experiĂŞncias com vocĂŞs! E vindo de uma paroquiana que vive longe, esse PĂŠ na Estrada tambĂŠm serĂĄ de uma viagem nĂŁo tĂŁo recente, mas de uma Quaresma, Semana Santa e PĂĄscoa vivida por mim em 2016, quando, por motivos de trabalho, tive que passar esse perĂ­odo noutros paĂ­ses (na verdade 3 semanas da quaresma, toda semana Santa, PĂĄscoa, pĂłs PĂĄscoa, etc.). Para contextualizar, vale dizer que eu estava no auge da minha intimidade com Cristo, cursando minha Crisma aos 35 anos juntamente com a minha Primeira ComunhĂŁo, portanto, podem imaginar o quanto AQUELA PĂĄscoa era importante para mim! Tinha que cumprir todos os preceitos, ir Ă s missas, via sacra, confessar... Enfim, a via Crucis foi longa neste ano, passei cada momento num paĂ­s: a missa de PĂĄscoa, por exemplo, foi na Alemanha, com direito a tradução simultânea, feita por uma amiga nĂŁo catĂłlica, com uma senhorinha alemĂŁ do lado pedindo silĂŞncio todo tempo como uma boa alemĂŁÂ đ&#x;˜Š, mas vou focar aqui no Domingo de Ramos, vivido numa cidade pequena no interior de Londres/Reino Unido chamada Slough. Era uma manhĂŁ fria de final de Inverno na Inglaterra, um Domingo de Ramos, eu estava sozinha naquele quarto de hotel, nĂŁo tinha internet no celular, ou seja, precisava baixar o mapa com o caminho para igreja antes de sair (usando wi-fi do hotel) e depois seguir com as instruçþes e mapas offline sozinha, e assim o fiz! Ah, para completar, aos Domingos nĂŁo havia Ă´nibus regularmente, tĂĄxis tambĂŠm nĂŁo atendiam curtas distâncias (perto de carro, mas longe a pĂŠ), entĂŁo minha jornada seria definitivamente andar aqueles 4Km em meio Ă quelas casas lindas, tipicamente britânicas! O visual tinha a fotografia perfeita para aquele momento de reflexĂŁo, entretanto, esse mesmo visual fez com que a pessoa que vos fala se perdesse na terceira esquina e nĂŁo conseguisse mais voltar ao caminho indicado no 16

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mapa. A saĂ­da era perguntar a um transeunte, mas qual? Como usual na Europa, poucas pessoas transitavam nas ruas naquela manhĂŁ, o movimento era basicamente de carro, mas tinha alguĂŠm comigo o tempo inteiro: Deus! Parece loucura, mas perguntei para Ele o caminho, Ele me mandou uma mĂŁe com 2 crianças que voltava da missa que acabara de terminar e disse-me: “o serviço das 10:30 nessa parĂłquia nĂŁo acontece no Domingo de Ramos (sĂł os das 8h, que acabara de terminar), agora vocĂŞ precisa ir noutra parĂłquia. Sim, mais uns 4Km andando... Olhei para o alto, gravei um ĂĄudio no WhatsApp, que nĂŁo foi enviado, pois como disse, estava sem internet, para meu marido e amigos de fĂŠ que acompanhavam minha trajetĂłria naqueles dias, mas que na verdade nada mais era do que uma prece, uma conversa com Deus, que eu inconscientemente personifiquei naquele momento nestas pessoas. E naquele momento pedi a Deus que me mostrasse o caminho, estava cansada, sem acesso ao mapa, transporte, nada, e a missa na outra parĂłquia começaria em uns 30 minutos â˜š. Nesse momento, para minha surpresa, o anjo se personificou: aquela senhora com as crianças voltou, agora de carro, parou ao meu lado e disse: “entre, esse senhor vai levĂĄ-la atĂŠ a igreja, ĂŠ meu marido, ele vai servir lĂĄ agoraâ€?! Se isso nĂŁo for resposta divina online eu nĂŁo sei o que pode ser! Entrei no carro, o senhor era diĂĄcono, a igreja era pequena e pitoresca, mas tinha um salĂŁo paroquial enorme onde haveria um “brunchâ€? (refeição entre cafĂŠ da manhĂŁ e almoço) comunitĂĄrio para arrecadar fundos para uma obra. Participei do brunch, recebi a cruz que ilustra esse artigo (que eu carinhosamente guardo comigo atĂŠ hoje e inclusive usei nesta Semana Santa virtual que vivemos durante essa quarentena, fisicamente longe da igreja) e fui “espiarâ€? a igreja Chalfont Saint Peter Parish Church (Igreja Paroquial Chalfont SĂŁo Pedro). Que igreja linda! Eu chorava em agradecimento a Deus, pedia pela minha famĂ­lia, para que Nossa Senhora carregasse minha filha, minha famĂ­lia no colo enquanto eu estava distante, e de repente me aparece um homem


negro, alto, usando calça jeans e uma camiseta branca ao meu lado a perguntar se eu precisava de ajuda. Ele me inspirou confiança logo de cara, comecei a desabafar como se ele fosse meu amigo de infância, dizer de onde eu vinha, como fui parar ali, das saudades de casa, tudo; e ele me disse: “a missa começa em instantes, mas podemos conversar depois?”. Continuei ali, sentada naquele banco, e quando a celebração começou eis que o homem me aparece logo na procissão de entrada! Ele era o pároco e iria presidir a celebração! E que missa, que homilia, Deus falou comigo naquele dia do início ao fim, sem pausas, cada palavra, salmo responsorial, tudo parecia minuciosamente escolhido para mim, como Deus é tremendo! Ao fim da missa, o tal pároco veio ter comigo conforme combinado, a essa altura eu estava um pouco envergonhada, mas ele me explicou que sabia exatamente como eu me sentia longe de casa (era nigeriano e vivia na Inglaterra há alguns anos). Expliquei que também estava triste por não conseguir cumprir com todos os preceitos Pascais e para resolver isso ele me ouviu em confissão, ali naquele banco da igreja de Nossa Senhora da Paz, só nós dois: a nossa Mãezinha me pegou no colo mais uma vez! Confessei-me pela primeira vez em inglês, com um padre Nigeriano, numa paróquia que nunca mais voltei fisicamente, e quantas lições esse homem me deu sobre a vida de um peregrino (quem me conhece sabe que eu viajo muito a trabalho e peregrinar e estar ausente é bem

comum na minha vida), sobre como Deus interpreta cada ato de constrição, preceitos, tudo muda de acordo com os anos (veja hoje, estamos praticando a comunhão espiritual, confissão online, etc.), mas uma coisa não muda nunca: o AMOR DE CRISTO POR NÓS! Foi para isso que ele sofreu a paixão, foi por nós! Estranhamente não me recordo do nome desse pároco, mas tenho seu rosto gravado em minha memória assim como a sua voz cantando para mim, em Nigeriano, a versão deles do louvor “Ninguém te ama como eu”. Analisando hoje, percebo que não memorizei os nomes de nenhuma daquelas pessoas que cruzaram meu caminho naquele dia, pois aquela era a minha via Sacra real e na verdade, em todos os momentos era Deus quem falava comigo, só Ele! Espero um dia poder voltar na Chalfont Saint Peter Parish Church em Slough/UK, talvez não reencontre as mesmas pessoas, mas certamente sempre encontrarei Deus, aonde quer que eu esteja, mesmo nesse Domingo de Ramos de 2020, em casa, na quarentena, dessa vez em comunhão presencial com meu marido Daniel e meus filhos Daniela e Pedro, e com Ele no centro da nossa mesa! Fiquem bem, fiquem em casa, permaneçam na fé em Cristo, isso vai passar e #vamostodosficarbem. Melissa Andrade é paroquiana da igreja N. Sra. de Loreto na Freguesia/Jacarepaguá, residente em Portugal desde junho/2018 juntamente com seu marido Daniel Elias Raad e seus filhos Daniela (6 anos) e Pedro (2 anos).

Você já viveu uma experiência parecida? Encontrou em suas andanças uma igreja ou uma devoção local, que pode ser indicada a outros “viajantes”? Partilhe conosco, enviando texto e foto para a nossa coluna Pé na Estrada, Terço na Mão, pelo e-mail: pascom@loreto.org.br.

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Bem-Estar

Acidentes domésticos

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uem nunca riu de vídeos com quedas e outros tipos de acidentes, atire a primeira pedra! Muitas vezes rimos desses vídeos e nem mesmo nos tocamos de que acidentes domésticos podem ser fatais ou trazer sequelas para a vida inteira. Crianças e adolescentes são particularmente vulneráveis a lesões acidentais por causa do seu tamanho, do desenvolvimento imaturo e da curiosidade natural. Um grande problema observado é que as famílias tendem a subestimar as habilidades motoras das crianças e superestimar sua capacidade de julgamento. Vamos ver, então, como evitar acidentes domésticos? Asfixia e sufocamento são comuns em bebês, por isso deve ser evitado que eles tenham acesso a brinquedos pequenos, balões e sacos plásticos. Além de ser fundamental a supervisão constante de adultos para evitar que eles levem objetos a boca. A hora do sono também requer atenção: objetos macios e roupas de cama soltas devem ser mantidos fora do berço para reduzir o risco de asfixia, encarceramento e estrangulamento. Os andadores são uma das principais causas de traumatismo em bebês, estando comumente associados a quedas em escadas. A Sociedade de Pediatria contraindica o uso de andadores! Quedas podem ser evitadas com grades nas janelas da casa e fechamento de escadas domésticas em ambas as partes, superior e inferior. Crianças entre 1 e 4 anos de idade tem capacidades

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físicas que excedem as cognitivas de compreender as consequências de suas ações. Uma das principais causas de morte evitável nessa faixa etária é o afogamento, sendo assim, as crianças nunca devem ficar sem supervisão em locais com água, incluindo banheiras e baldes. Piscinas domésticas e banheiras de hidromassagem com água quente devem conter cercas ao seu redor. As queimaduras também é uma importante causa de lesão nesta faixa etária e a abordagem mais segura é manter as crianças fora da cozinha durante o preparo de alimentos. Entre os 5 e 10 anos de idade há um ganho de independência, mas não é por isso que essa faixa etária deve ser negligenciada. Numa casa segura, os medicamentos, produtos domésticos e objetos perfuro-cortantes devem ser armazenados e trancados em lugares altos, fora do alcance das crianças. A atividade física e as brincadeiras são importantes para o desenvolvimento durante a infância e a adolescência. Os pais devem garantir que o uso de capacete de tamanho adequado durante o manejo de dispositivos de recreação com rodas (bicicletas, patinetes, patins, skates) para evitar ferimentos na cabeça. Crianças que usam patins e skates também devem usar protetores de punho, cotoveleiras e joelheiras. Grande parte das lesões por brinquedos de rodas sem guidão ocorre nos punhos por conta da queda sobre as mãos estendidas. Essas são algumas das medidas que a família pode tomar para evitar acidentes em casa. O pediatra pode ter um impacto significativo sobre a prevenção de lesões e o aconselhamento específico, sobre cada faixa etária, que deve ser esclarecido em consultas.


Coluna Cultural

Livro: Autismo Azul e de todas as cores Guia básico para pais e profissionais Neste guia básico sobre autismo para pais e profissionais da saúde e da educação, buscaremos esclarecer alguns mitos sobre a temática, tirando dúvidas sobre possíveis causas, sintomatologia e o porquê dessas manifestações, a partir de estudos da neurociência. Descreveremos as dificuldades manifestadas pelo quadro, mas também apresentaremos possibilidades, pois nos cabe orientar sobre quais caminhos seguir para melhor qualificar a vida de seus filhos, alunos ou pacientes com essa condição diagnóstica. O objetivo é levar informação clara e direta sobre as particularidades desse quadro diagnóstico tão singular, apresentando verdades e esclarecendo equívocos, para que assim um novo paradigma possa ser vislumbrado. Somos hoje um grande grupo de pais e profissionais construindo conhecimentos sobre autismo, e isso faz grande diferença, pois, dessa forma, estamos minimizando o preconceito e gerando possibilidades para que a inclusão de fato aconteça, assegurando a esses indivíduos o direito

de acesso e a garantia de permanência com qualidade nos diversos espaços socioeducacionais. Valor: 25,30 Sete de Setembro, 81- Centro – RJ – Tel. (21) 22325486 Aurelino Leal, 46 – Centro – Niterói – Tel. (21) 2622-1219 Dagmar da Fonseca, 45 – Madureira – Tel. (21) 3355-5189]

Que tal partilhar conosco sua sugestão para a Coluna Cultural?! Envie sua sugestão (texto e uma foto) para pascom@loreto.org.br com o título “Coluna Cultural”, participe!

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Fé e Política Robson Leite

“Campanha da Fraternidade 2020, com o lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”

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campanha da fraternidade deste ano traz uma extraordinária oportunidade para que possamos nos reencontrar com os ensinamentos do Concílio Vaticano II e dos documentos das Conferências Episcopais Latino-americanas. Ensinamentos que nos levam a ser uma Igreja atuante, participativa, consoladora, misericordiosa e samaritana: uma Igreja ao encontro das terríveis realidades do mundo de hoje. Com o lema “Fraternidade e vida: dom e compromisso”, a campanha deste ano vem trazer uma chance imensurável de resgatarmos os sopros divinos do Concílio Vaticano II para que possamos atuar, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres - que está no centro do Evangelho conforme lembrou recentemente o Papa Francisco -, no desenvolvimento integral da pessoa humana e na construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária. Uma sociedade que possa defender sempre a vida de forma incondicional e sem deixar de lado a dignidade da pessoa humana, conforme nos exorta o Evangelho de João em seu capítulo 10: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância”. O mundo atual exige do Cristão um compromisso de vida, de oração e de atitudes visando a sua transformação. É inaceitável que em pleno século XXI ainda tenhamos crianças morrendo no mundo pela ausência de uma simples vacina ou de comida; que ainda tenhamos países onde seja natural que pessoas venham a morrer por não possuírem um “seguro saúde”; que os jovens pobres moradores de favelas e periferias

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sejam sistematicamente exterminados – às vezes pela própria polícia – como ainda vemos em nosso país e que a dignidade da pessoa humana tenha que ser subjugada aos interesses da lógica do mercado ou do grande capital. São situações que ofendem a Deus e que não podem, jamais, ser esquecidas ou descoladas da ação transformadora do Cristão visando a mudança dessa realidade. Precisamos ser essa Igreja que vai ao encontro; que procura os afastados e chega às encruzilhadas dos caminhos para convidar, conviver e resgatar os excluídos. Uma igreja que viva o desejo de oferecer misericórdia e de servir, como o exemplo do próprio Cristo. De todos os temas e palestras que ministrei em paróquias, dioceses e comunidades pelo Brasil ao longo desses anos, nenhuma me motivou tanto quanto a temática proposta pela Campanha da Fraternidade desse ano, pois formar e despertar os Cristãos para a construção do Reino de Deus aqui e agora é, para mim, um renovar de esperanças na perspectiva da construção de um outro mundo possível. Um mundo fundamentado nos pilares da paz, da justiça e da solidariedade. (*) Robson Leite é professor universitário, escritor, palestrante, petroleiro, membro da nossa paróquia, ExSuperintendente do Ministério do Trabalho no RJ e foi Deputado Estadual de 2011 a 2014. Site: www.robsonleite.com.br Página do Facebook: www.facebook.com.br/ robsonleiteprofesso


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As demais atividades do mês estão em: www.loreto.org.br

Maio

SEGUNDA

TERÇA

QUARTA

QUINTA

SEXTA

SÁBADO

DOMINGO

18h00 - REGINA COELI

18h00 - REGINA COELI

18h00 - REGINA COELI

18h00 - REGINA COELI

18h00 - REGINA COELI

17h30 - REGINA COELI

18h00 - REGINA COELI

logo após SANTO TERÇO

logo após SANTO TERÇO

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logo após SANTO TERÇO YOUTUBE

INSTAGRAM

18h45 - MOMENTO ZACCARIANO MISSA - 19h30

MISSA - 19h30

logo após GRUPO DE ORAÇÃO

logo após TERÇO DOS HOMENS

TERÇO NOSSA SENHORA DE LORETO - 10h00

TERÇO NOSSA SENHORA DE LORETO - 10h00

MISSA - 19h30

MISSA - 19h30

MISSA - 19h30

TERÇO NOSSA SENHORA DE LORETO - 10h00

TERÇO NOSSA SENHORA DE LORETO - 10h00

TERÇO NOSSA SENHORA DE LORETO - 10h00

MISSA - 18h30

MISSA - 10h30 / 19h00

TERÇO DA MISERICÓRDIA - 15h00

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Nossa Senhora de Fátima, graça e misericórdia, 13 de maio

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egundo as memórias da Irmã Lúcia, podemos dividir a mensagem de Fátima em três ciclos: Angélico, Mariano e Cordimariano. O Ciclo Angélico se deu em três momentos: quando o anjo se apresentou como o Anjo da Paz, depois como o Anjo de Portugal e, por fim, o Anjo da Eucaristia. Depois das aparições do anjo, no dia 13 de maio de 1917, começa o ciclo Mariano, quando a Santíssima Virgem Maria se apresentou mais brilhante do que o sol a três crianças: Lúcia, 10 anos, modelo de obediência e seus primos Francisco, 9, modelo de adoração e Jacinta, 7, modelo de acolhimento. Na Cova da Iria aconteceram seis aparições de Nossa Senhora do Rosário. A sexta, sendo somente para a Irmã Lúcia, assim como aquelas que ocorreram na Espanha, compondo o Ciclo Cordimariano. Em agosto, devido às perseguições que os Pastorinhos estavam sofrendo por causa da mensagem de Fátima, a Virgem do Rosário não pôde mais aparecer para eles na Cova da Iria. No dia 19 de agosto ela aparece a eles então no Valinhos. Algumas características em todos os ciclos: o mistério da Santíssima Trindade, a reparação, a oração, a oração do Santo Rosário, a conversão, a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria. Enfim,

por intermédio dos Pastorinhos, a Virgem de Fátima nos convoca à vivência do Evangelho, centralizado no mistério da Eucaristia. A mensagem de Fátima está a serviço da Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo. A Virgem Maria nos convida para vivermos a graça e a misericórdia. A mensagem de Fátima é dirigida ao mundo, por isso, lá é o Altar do Mundo. Expressão do Coração Imaculado de Maria que, no fim, irá triunfar é a jaculatória ensinada por Lúcia: “Ó Meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do Inferno, levai as almas todas para o Céu; socorrei principalmente as que mais precisarem!” Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós! Por: Canção Nova 22

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Nossa Senhora de Fรกtima


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