O Mensageiro - março2018

Page 1

Ano XXXIV - nº 400 Março de 2018 Distribuição gratuita Informativo da Paróquia Nossa Senhora de Loreto Fundada em 6.3.1661 www.loreto.org.br


Índice Expediente EDITOR CHEFE: Pe. Sebastião N. Cintra DIREÇÃO ESPIRITUAL: Pe. Sebastião N. Cintra COORDENAÇÃO: Hélia Fraga EDIÇÃO: Ana Clébia CONSELHO EDITORIAL: Pascom Loreto FOTOS: Dennys Silva, Geraldo Viana e David Martins CAPA: Corredeira COMERCIAL: Bira e Claudete DIAGRAMAÇÃO: Lionel Mota IMPRESSÃO: Gráfica Grafitto

19

Editorial................................................................................................................................ 3 Temas Bíblicos.................................................................................................................... 4 Profissão de Fé.................................................................................................................... 5 Espaço teológico ................................................................................................................ 6 Loretando............................................................................................................................. 7 Bem-Estar............................................................................................................................. 8 Loreto em Ação.................................................................................................................10 Simplesmente Mulher.....................................................................................................12 Ação entre amigos............................................................................................................16 Santuário da Adoção.......................................................................................................18 Pé na estrada, terço na mão ������������������������������������������������������������������������������������������19 Escritos de Santo Antônio Maria Zaccaria ���������������������������������������������������������������20 Coluna Cultural................................................................................................................21 Falando Francamente.....................................................................................................22 Homenagem ao Beato Marcel Callo ���������������������������������������������������������������������������23 Fé e Política........................................................................................................................24 Anote em sua Agenda......................................................................................................25 Loretinho............................................................................................................................26

Expediente Paroquial MATRIZ PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE LORETO End.: Ladeira da Freguesia, 375 - Freguesia Jacarepaguá - RJ - CEP 22760-090 Tel.: 3392-4402 e 2425-0900 Emails: adm@loreto.org.br (Administração) secretaria@loreto.org.br (Secretaria) Site: www.loreto.org.br

NOSSA SENHORA DO AMPARO Est. de Jacarepaguá, 6883 Anil - Tel: 2447-6802

4ª18h Sáb 16h (catequese) Dom 7h30

HORÁRIO DA SECRETARIA Segunda a Domingo das 08:00 às 20:00 horas HORÁRIO DAS MISSAS Segunda a sexta7h e 19h30. Sábado7h e 18h30. Dom7h; 8h30 (crianças); 10h30 e 19h.

marcar) Sábado de 9 às 11h na secretaria

CONFISSÕES 3ª a 6ªde 9 às 11h e de 15 às 17h 3ª a 6ª das 20h às 22h. (Ligar antes para

BATISMO Atendimento na Sacristia Inscrições - 5ª e Sábado9h às 11

CAPELAS Endereços das Capelas e os Horários das Missas NOSSA SENHORA DE BELÉM

SANTO ANTONIO

Rua Edgard Werneck, 217 - Freguesia Tel: 2445-2146

Rua Edgard Werneck 431 Freguesia Tel: 3094-4139

Terças e Quintas 17h30 Dom 16h30

Nossa Senhora da Piedade

SÃO JOSÉ (CARMELO)

Estr do Pau Ferro. 945 Freguesia - Tel:3392-2521

Rua Timboaçu, 421 Freguesia - Tel: 3392-0408

3ª, 4ª e 5ª - 6h15 Domingo - 9h

EUCARISTIA para doentes Atendimento domiciliar e hospitalar. Marcar por telefone com a Secretaria.

Seg. a Sábado 7h30 Domingo 9h

Terças-feiras 17h30 Quarta, quinta e sexta 6h30 Sábados 18h Domingos 10h30 NOSSA SENHORA DA PENNA: Ladeira N. S. da Penna, s/nº Tel. 2447-9570

Dom 11h


Comemorações de Páscoa

Editorial Pe. Sebastião Noronha Cintra*

Querido paroquiano, prezado leitor. Estamos em plena Quaresma e celebraremos este mês a Semana Santa. É o centro do Ano Litúrgico, o Tríduo Sacro com as celebrações solenes da quinta feira, sexta feira e sábado santos e o Domingo de Páscoa. Temos a oportunidade para celebrar a Reconciliação, nos Mutirões de Confissões e acompanhar o mistério da salvação na paixão, morte e ressurreição de Jesus. Vamos aproveitar as mensagens da Campanha da Fraternidade, aprender as lições de serviço de Jesus no lava-pés, acompanhar os adultos que vão ser batizados e vão participar pela primeira vez da Eucaristia na Vigília Pascal. A participação na liturgia nesses dias especiais é a forma de vivermos como comunidade a vida de família de Deus. Vamos lembrar a data festiva de Nossa Senhora no mês de março. Celebra-se no dia 25 de abril uma das maiores comemorações de Nossa Senhora: a Anunciação. Esta solenidade se liga especialmente à devoção mariana de Loreto porque foi exatamente naquela casa venerada no Santuário de Loreto, ‘a maior relíquia mariana fora da terra santa’ e que deu origem ao culto a Nossa Senhora naquela cidade, que aconteceu o que comemoramos nessa festa. Assim narra o Evangelho de Lucas (1,28) “O Anjo entrou onde ela estava e disse ‘ Alegra-te cheia de graça, ...”. Assim o evangelista se refere ao lugar onde Maria se encontrava: a sua casa. Por isso estamos dentro do Santuário da Anunciação. E esta intervenção de Deus na nossa história, ponto de partida da história da salvação, se torna parte da espiritualidade de Loreto. Nossa Senhora de Loreto nos leva para dentro do mistério da Encarnação. Uma particularidade litúrgica acontece este ano. Essa data de 25 de março acontece dentro da semana Santa, Domingo de Ramos. Mesmo sendo uma festa tão solene, ela ocorre diante de outros dias mais importantes liturgicamente. Vamos esperar passar a Semana Santa e a oitava da Páscoa até o segundo domingo de Páscoa, para celebrarmos a Anunciação no dia 9 de abril, segunda feira depois da oitava da Páscoa. Tema especial deste número de nossa revista é o Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março. Não deixe de conferir esse artigo dentro da revista. Curta também a mensagem da nossa capa. No dia 10 deste mês, dia do Santuário Aberto, pudemos comemorar a festa do aniversário da nossa paróquia. São 357 anos que foram muito bem lembrados com a Exposição de Artesanato e serviços de diversas famílias da paróquia que puderam se beneficiar com a venda de seus produtos. Nossa Senhora de Loreto, padroeira de nossa Paróquia e do nosso povo há 357 anos, rogai por nós.

Celebra-se no dia 25 de abril uma das maiores comemorações de Nossa Senhora: a Anunciação. Esta solenidade se liga especialmente à devoção mariana de Loreto

Março 2018

O Mensageiro

3


Temas bíblicos

Carta aos colossenses (6) Cl 3,12-17: um último detalhe

Padre Fernando Capra

N

comentariosbiblicospadrefernandocapra.blogspot.com.br

este momento, Paulo está apresentando a dinâmica da vida cristã, relacionada ao seu crescimento (cf. Ef 4,1). Sua primeira característica a ser cultivada é a “sincera misericórdia”. Dela podemos encontrar o comentário em Lc 6,35-37. A bondade, segunda característica, procura realizar a semelhança do fiel com Deus que, por definição, é a Bondade: surpreendente definição, ainda mais porque encontrada no AT. A natureza divina assim definida, nos revela o último fundamento da misericórdia de Deus. Ela é manifestação da sua bondade enquanto age com extremado amor ao entregar o Filho para que se torne vítima de expiação das culpas daqueles que o levam à morte (Jo 3,16). Somente é possível nos revestirmos de bondade e misericórdia se nos tornamos imitadores de Jesus Cristo que, “embora de condição divina... humilhou-se, assumindo a condição de servo” (Fl 2,6-7). Esta condição nada tem a ver com aquela de um escravo que é explorado pelo seu senhor. É a condição que enobrece a criatura, porque o seu caminho de realização é aquele de quem reconhece a sua dependência do seu Criador, pela observância dos seus preceitos. Estes são determinados por aquele que, sendo a Bondade, movido pelo amor, quer preservar o homem dos tropeços que a sua miopia poderiam provocar. Jesus entendeu de tal forma o caminho da sua realização que viu, na imolação que o Pai dele exigia, o perfeito caminho da sua realização (cf. Hb 2,9). Por isso, deixou que fosse levado à morte como um manso cordeiro, sem abrir a boca (Is 53,7). Eis o Servo em quem o Pai se compraz e que nos convida a segui-lo quando nos

diz: “Vinde a mim vós todos que estais cansados e afadigados... porque sou manso e humilde” (Mt 11,28-30). Os preceitos acatados como imposição são fardos pesados que acabam cansando. A Lei do Espírito, quando entendida segundo a sabedoria divina é um jugo suave, o fardo leve que Jesus carregou por primeiro na sua Paixão. A misericórdia, a bondade, a humildade e a mansidão tornam o cristão paciente a ponto de se tornar um sustento para os outros e capaz de perdoar as ofensas. Através dos sete degraus indicados por Paulo (vv.12-13), que têm como conclusão, à semelhança do Pai nosso, o perdão das ofensas, possibilitamos ao Espírito promover em nós a caridade. Realiza-se o que é dito em síntese por Ef 4,3: “a unidade do Espírito pelo vínculo da paz”. A prática da caridade através da gama das obrigações exigidas para que em nós haja a paz de Cristo é a ação do fiel que quer corresponder à ação santificante do Espírito Santo. Estando presentes as condições morais de uma vida cristã virtuosa, a Ceia do Senhor alcança a sua eficácia em todas as suas partes. A Palavra volta a alimentar a fé para que toda a corrente da ação do Espírito, com seus sete dons, desencadeie os seus efeitos, “juntando à fé a fortaleza, à fortaleza o conhecimento, ao conhecimento o domínio próprio, ao domínio próprio a constância, à constância a piedade, à piedade a fraternidade, e à fraternidade , o amor” (2Pd 1,5-10); o louvor sobe dos lábios dos fiéis e é aceito por Deus Pai; a cada um, segundo a sua condição, é dada a graça de viver virtuosamente, em vista da “herança das mãos do Senhor” (3,24a). Bela e plena de sentido torna-se, então, a conclusão: “Servi a Cristo, Senhor” (v.24b).


Profissão de Fé Jane do Térsio

A esperança dos céus novos e da terra nova

N

o fim dos tempos, o Reino de Deus chegará à sua plenitude. Depois do Juízo Universal, os justos reinarão para sempre com Cristo, glorificados em corpo e alma, e o próprio universo será renovado. Depois do Juízo Final, o próprio universo, livre da escravidão da corrupção, participará da glória de Cristo. Esta renovação misteriosa, que há de transformar a humanidade e o mundo, Sagrada Escritura a chama de “céus novos” e” terra nova” (2 Pe 3,13). O mal já não terá mais poder nem força de atração. Os que forem salvos estarão diante de Deus face a face, como amigos. O seu desejo de paz e justiça será realizado. Ver Deus será a sua felicidade. Na Jerusalém celeste, o Deus Trino terá sua morada entre os homens. “Enxugará toda lágrima dos seus olhos: pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem clamor, e nem dor haverá mais. Sim! As coisas antigas se foram!” (Ap 21,4). A visão beatífica, na qual Deus se revelará de maneira inesgotável aos eleitos, será a fonte inexaurível

de felicidade, de paz e de comunhão mútua. Ignoramos o tempo da consumação da terra e da humanidade e desconhecemos a maneira da transformação do universo. Contudo a expectativa de uma terra nova, longe de atenuar, deve impulsionar em nós a solicitude pelo aprimoramento desta terra (GS 39,1-2). Deus então será “tudo em todos” (1 Cor 15,28) na Vida Eterna. Amém Em hebraico, a palavra “amém” está ligada à mesma raiz da palavra “crer”. Esta raiz exprime firmeza, segurança e fidelidade. Assim, compreendemos por que o “amém’ pode ser dito da fidelidade de Deus para conosco e de nossa confiança nele. No profeta Isaías encontramos a expressão “Deus de verdade”, literalmente “Deus do amém”, isto é, o Deus fiel às suas promessas. Dizemos “Amém”, isto é “Sim”, “Assim seja”, à confissão da nossa fé, porque Deus fez de nós testemunhas da fé. Quem diz “amém” afirma alegre e livremente a ação de Deus na Criação e na Redenção.

O Credo, como também o último livro da Sagrada Escritura (Cf. Ap 22,21), termina com a palavra hebraica amem. Ela encontra-se com frequência no fim das orações do Novo Testamento. Também a Igreja, na sua Liturgia, conclui suas orações com o “amém”, significa o nosso “sim” confiante e total ao que professamos crer, porque Jesus, morrendo e ressuscitando, deu-nos provas de segurança e fidelidade. E nós confiamos totalmente naquele que é o “Amém” (Ap 3,14) definitivo do amor do Pai por nós: Cristo Senhor. Neste mês encerramos o estudo da Profissão de fé, o Credo. Desde junho de 2011 estivemos mensalmente juntos, aprofundando um pouco mais o conhecimento da nossa Doutrina Católica, tão ricamente apresentada no Catecismo da Igreja Católica. Rezo, e por isso, espero que os leitores que nos acompanharam neste período tenham se aproximado mais de Deus, pois o seu conhecimento nos leva a amar e adorar mais a Ele. Fiquem com as bênçãos de Deus e a proteção de Nossa Senhora.


Espaço teológico Michele Amaral - Bacharel em Teologia – PUC-Rio

Tríduo Pascal: Vivência da Doação, da Paixão e da Vida.

N

esse mês iremos celebrar a festa mais importante do calendário litúrgico, a Páscoa. Em outras edições, já falamos, sobre a celebração de Lava-pés e sobre a Vigília Pascal. Nesta iremos falar um pouco sobre o Tríduo Pascal. Em minha vivência, tenho percebido que as pessoas pensam que as celebrações do Tríduo Pascal são desconexas, pois não são. O Tríduo nos faz recordar os principais momentos finais da vida de Jesus e de sua entrega total ao projeto do Pai. Nele mergulhamos na infinita bondade de Deus, com o intuito de buscar a conversão do coração como proposta de vida. Toda a liturgia desses três dias parece nos querer falar de um amor incondicional, de um mistério infinito. São três momentos fortes de uma única e grande celebração da vida, que nos permite entrar definitivamente na comunhão com Cristo. Três faces de um mesmo mistério: a Páscoa. Iniciamos esse momento com a Celebração da Quinta-feira Santa. São momentos impares relatados no novo mandamento: o Lava-pés1 entrega total na Eucaristia e Instituição do Sacerdócio. Após a oração de depois da comunhão, o Santíssimo é preparado para a Transladação, ou seja, é feita uma procissão que irá transladar para um lugar reservado. Em nossa Paróquia, este local é o Santuário. Após a transladação, a comunidade é convidada a permanecer em adoração solene. Em silêncio, o altar é desnudado, ou seja, é removido as toalhas e os demais ornamentos e enfeites do altar. O signi6

O Mensageiro

Março 2018

ficado é o silêncio respeitoso da Igreja que faz memória de Jesus que sofre a Paixão e sua morte, por isso, despoja-se de tudo o que possa manifestar festa. Este ficará assim até a Vigília Pascal. Não há benção final, pois a celebração do Tríduo não encerrou. Enquanto o Esposo dorme, a esposa se cala. Na Sexta e no Sábado, a Igreja se debruça totalmente sobre o sacrifício da Cruz. Na Sexta-feira da Paixão de Cristo, vivenciamos uma liturgia cheia de significado. Não é momento de esbanjar com comilanças, é momento de jejum. Da mesma forma que na quinta não há benção final, neste dia não teremos a benção inicial. Essa celebração se inicia de forma ímpar, abre-se a celebração com um gesto de humildade, o sacerdote, em silêncio, se prostra diante do alta denudo, a comunidade é convidada a ficar em silêncio, para meditar sobre a entrega de Jesus na cruz e, em seguida, o Presidente, sem mais, diz a oração do dia. Em seguida, inicia-se a Liturgia da Palavra, onde no Evangelho, teremos a proclamação da Paixão de Jesus Cristo (Jo 18,1-19,42). A Igreja se curva sobre o mistério da Cruz. Com a Oração Universal, a Igreja pede que a fonte de graças que jorra da Cruz possa atingir a todos os que creem e os que não creem. Logo após esse momento, vivenciamos a adoração e glorificação da Cruz. Aqui adoramos a Jesus que foi pregado na cruz. Esse momento ultrapassa aquele madeiro, a prostração e o beijo dado, é feito a Cristo que pregado naquela cruz deu sua vida por nós. É

um gesto de gratidão ao seu sacrifício. Não estamos adorando o objeto, ele é um símbolo da entrega de Cristo. Após esse momento somos entronizados à Comunhão Eucarística, com as hóstias consagradas no dia anterior. Neste dia não há benção final e envio. A comunidade é convidada a permanecer com Maria junto ao sepulcro, meditando a Paixão e Morte do Senhor aguardando o momento de se entregar a alegria da Páscoa. Iniciamos o nosso Sábado lembrando que Jesus está no sepulcro. A manhã deste dia nos convida a ficar em recolhimento. A tarde chega e a noite cai. É hora da Vigília Pascal2. A Igreja toda se ilumina pela luz do Filho do Deus Vivo, mergulhada no abismo de tão profundo mistério, aguardamos o momento de cantamos o Aleluia, guardado por 40 dias. Essa celebração nos lembra que somos com Ele ressuscitados para um mundo novo, onde a Eucaristia é lugar de partilha e comunhão verdadeira e de ação. O tríduo termina com a oração das vésperas do Domingo de Páscoa, que é o Domingo por excelência, onde reafirmamos a Vitória da vida sobre a morte. Essas celebrações nos lembram que somos chamados a dar testemunho da Morte e Ressurreição de Jesus e a nos comprometer a ser luz para o próximo e assim inauguraremos um novo céu e uma nova terra. “(...) que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei; que dessa mesma maneira tenhais amor uns para com os outros (Jo 13,34). 1 2

Leia o artigo de abril de 2017. Leia o artigo de abril de 2015.


Loretando Paulo Sobrinho e Solange - loretando@oi.com.br

Não desista nunca

O

utro dia me peguei pensando sobre o conseguir e o não conseguir alguma coisa. Quantas vezes nos olhamos num espelho e encontramos uma série de coisas “não feitas” e quando vamos apurar o motivo de não ter sido feito encontramos nossas próprias mãos freando, prendendo, segurando. Tudo porque alguém disse que você não conseguiria que era besteira fazer aquilo e não era necessário tanto trabalho. Quantas vezes desistimos porque você se deparou com cara mal-humorado que te atropelou na primeira esquina e jogou por terra todo o seu entusiasmo e para piorar você decide punir a comunidade com sua ausência dando como justificativa o fato de ter sido “embarreirado” ou coisa parecida. A comunidade não tem culpa dos seus atropelos. Não aceito esse papo de largar tudo porque fulano disse ou sicrano falou, ora, você é você e pronto, essas pessoas que ficam de plantão para dizer sim ou não sobre o trabalho alheio vão passar e você vai perder momentos maravilhosos de sua vida porque... bem, deixa para lá. Vamos pensar em coisas mais positivas e como não poderia deixar de ser, vou contar mais uma historinha colhida na internet, por falar em internet, agora você tem mais um ótimo motivo para entrar na rede. O novo site do Loreto está d+. Visite www.loreto.org.br e compare. Vamos ao texto: “Dois garotos pequenos brincavam de patinar sobre uma piscina de gelo, em dado momento um deles passou por uma camada fina de gelo que se quebrou e ele foi sugado para dentro d›água, ficando preso lá embaixo. O outro menino, apavorado, pegou uma pedra e começou a bater até que o gelo se quebrou e ele assim retirou seu amigo. Nisso chegaram os bombeiros e deram os primeiros socorros a vítima. Estando ele recuperado o oficial, da equipe de socorro foi até o menino que fez o salvamento e perguntou o que havia acontecido. O menino explicou tudo e o oficial questionou incrédulo: -como um menino tão pequeno pôde, com esta pequena pedra, quebrar essa grossa camada

de gelo e depois puxar o outro garoto tão pesado? É impossível que você tenha feito isso sozinho. Diga-me a verdade; como foi que você conseguiu? Nesse momento apareceu um ancião (nessas historinhas sempre tem um velhinho sabichão), que tomou a palavra e disse: - ele só conseguiu porque não tinha ninguém do lado dele dizendo que ele não iria conseguir.” Pois é, assim são as nossas realizações na comunidade; tudo podemos quando conseguimos superar nossos limites e principalmente passar longe daquelas figurinhas que insistem em nos desanimar. Na passagem da Bíblia que fala da mulher que tinha hemorragia e foi curada, fica claro que ela estava determinada a conseguir sua cura. Ela disse: «se eu tocar em suas vestes serei curada”. Se tivesse comentado isso com alguém ao seu lado, rapidamente ela seria incentivada a não fazer nada pois seria impossível chegar até Jesus no meio daquela multidão, e só tocar nas roupas não dá direito a milagre nenhum e depois disso ela voltaria para sua casa e ficaria remoendo sua doença. Mas ela acreditou e foi à luta, tocou nas vestes e foi curada. «A tua fé te curou», disse Jesus a ela. Precisamos definitivamente acreditar mais em nossos projetos, precisamos, como diz uma certa amiga, «abraçar» aquilo que estamos fazendo e assim realizá-los. Não temos o direito de desistir no meio, não podemos nos deixar abater pelo desânimo. «Tudo posso naquele que me fortalece.» Nossa passagem pela terra não pode ser apenas a passeio, tem que haver algo a mais para fazê-lo realizar sua obra e deixar sua marca registrada, pois você é o registro oficial do bem. Deus te colocou no mundo para isso. Acredite nas suas ideias e as coloque em prática. Elas irão, de alguma forma, contribuir para o crescimento de nossa comunidade. Você é imprescindível nas obras do Senhor. P.S. Sinto sua falta sempre que você não vem... P.S. do P.S. E fico muito feliz quando te encontro... Março 2018

O Mensageiro

7


Bem Estar

Chocolate pode trazer benefícios à saúde, aponta especialista

Febre Amarela se tor

Eliminação dos focos das larvas do Aedes ae

Proteção solar, hidratação e roupas leves são p estação mais quente do ano também reforça o ale clima facilita a proliferação dos ovos do mosquit Amarela, enfermidade relacionada mais recentem estas doenças são similares e acabam causando avaliação médica para definição da melhor conduta

Nutricionista do Hospital Rios D’Or garante que a delícia pode fazer bem se consumido sem exageros

C

hocolate na dieta pode? Pode! Isso é o que garante a nutricionista Jéssica Paz, do Hospital Rios D’Or. A indicação é para a opção dos que apresentam em sua composição maior quantidade de cacau, por terem componentes que evitam algumas doenças, inclusive câncer. Em contrapartida, o mais consumido pela população é o chocolate ao leite, que consumi-

do em exagero traz mais prejuízos a saúde do que o prazer do seu consumo pode provocar. - Os chocolates negros (com mais de 75% de cacau na composição) são alimentos ricos em flavonoides, antioxidantes que auxiliam na prevenção de vários tipos de câncer, protegem os vasos sanguíneos, promovem o bem-estar cardíaco e contrariam a hipertensão modera-

A Febre Amarela é uma doença febril aguda vira

desde a década de 80, porém no in da. Já o chocolateamazônicas ao leite, é rico em cidades como Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia c açúcar simples e gorduras hidroge- A maioria das pessoas infectadas pelo vírus da Feb e cefaleia com duração média de dois dias, mas em nadas e o consumo excessivo desses apresentando dor muscular, nas articulações, náu ter hemorragia causando icterícia, um sintom alimentos podempode provocar alteraaspecto amarelado. Não existem tratamentos m visa melhorar os sintomas e, em cas ções no paladar, tratamento aumentar o diálise risco perdido nas hemorragias, para os rins afeta infectologista Sílvia Oliveira, do Hospital Rios D’Or. de diabetes e problemas cardíacos. Combate ao Aedes aegypti – A prevenção, com a forma de evitar ado doença, mas a vacinação també Dessa forma, o consumo chocoAmarela, sendo indicada para moradores ou visitan de idadecom alcançando eficácia de até 97% late ao leite deve 60seranosfeito moMundial de Saúde. A vacina contra febre amare particulares, é contraindicada para gestant deração – explica aclínicas nutricionista. seis meses e pessoas com mais de 60 anos. Pacient podem ser vacinados com indicação O chocolate ainda é mais vene-médica, assim rado pela sensação de saciedade. >>>Conheça os principais sintomas da Febre Amar Segundo a nutricionista, acredita-se Sintomas Febre Amarela Zik que existe no chocolate um composFebre alta, É baixa to químico, designado triptofano, Febre sempre presente estar pr que é usado pelo cérebro para produDores de Cabeça

Sempre presente

Dores nas articulações

Dores principalmente nas costas Ausente

Manchas vermelhas na pele Náuseas

CONSULTÓRIOS MÉDICOS RIOS D'OR - ANÚNCIO 15X9CM

8

O Mensageiro

Março 2018

sexta-feira, 11 de novembro de 2016 17:56:05

Pode estar presente

Sempre p

Dores le podem prese Quase s prese

Ause


zir serotonina, um neurotransmissor que induz sensações de prazer. - O chocolate contém elevado conteúdo de estearatos da manteiga de cacau, um ingrediente essencial que é responsável pela forma como se derrete e por sua estabilidade. Como consequência, permanece sólida à temperatura ambiente, mas, quando consumida, o seu conteúdo em gordura absorve o calor da boca e derrete à temperatura corporal, produzindo o efeito ‘derrete-se na boca’ que também gera uma sensação de prazer. Depois dessas dicas, vale aproveitar a sobremesa a seu favor e adicionar o chocolate da melhor forma possível à dieta: sem excessos. Para aproveitar a Páscoa de forma mais saudável, anote a receita da nutricionista:

RECEITA DE COOKIE INTEGRAL COM GOTAS DE CHOCOLATE Ingredientes yy 1 ovo yy 1 clara yy 2 colheres (sopa) manteiga de amendoim ou castanha yy 1 xícara (chá) farinha de aveia ou trigo integral yy 0,5 xícara (chá) aveia em flocos yy 3 colheres (sopa) açúcar mascavo ou de coco yy 1 xícara (chá) farelo de aveia yy 40 gramas chocolate amargo em gotas Modo de preparo yy 1. Junte a manteiga, o ovo, a clara e misture. yy 2. Acrescente os demais ingredientes e mexa com as mãos até

formar uma massa. yy 3. Leve à geladeira por 30 minutos. yy 4. Faça bolinhas e amasse-as para formar o biscoito. yy 5. Coloque em uma forma e disponha as gotas de chocolate sobre os biscoitos. yy 6. Assem em forno médio por cerca de 15 a 20 minutos ou até ficarem crocantes. Informações para a imprensa HD Comunicação Patrícia Gualberto | patricia. gualberto@hdpr.com.br | (21) 3478 3123 / 96702 2777 Mariana Brandão | mariana. brandao@hdpr.com.br | (21) 3478 3125 / 98604 7000

m e a t s e f Sua ! o l i t s e alto (21) 3392-4402 / 2425-0900 r.205 Ladeira da Freguesia, 250 Freguesia - Jacarepaguá adm@loreto.org.br - www.loreto.org

Março 2018

O Mensageiro

9


Loreto em Ação

10

O Mensageiro

Março 2018


Marรงo 2018

O Mensageiro

11


Simplesmente Mulher

N

ão importa quem ela seja. Não importa se é uma grande executiva ou se optou por cuidar da casa e dos filhos; também não importa se desempenha todos esses papeis ao mesmo tempo. Seja ela quem for, mãe ou religiosa, antiga ou moderna, ela é simplesmente ela. Mulher. Bendito seja Deus que criou as mulheres a sua imagem e semelhança. Com certeza não as criou para serem oponentes ao homem. Não as criou para serem superiores, nem inferiores. As criou para dá equilíbrio ao mundo. Para caminhar junto, para dá cor e sabor, beleza e leveza à vida. No entanto, não é fácil ser mulher, nunca foi e todos sabem. Mas os tempos são favoráveis a um melhor entendimento do seu papel na sociedade e falar sobre isso deixou de ser um discurso feminista para ser uma condição de protagonismo. As mulheres cada vez mais querem conquistar o reconhecimento do seu valor, seja qual for a sua condição social ou econômica, seja qual for a sua atividade cotidiana. Nesta edição, convidamos os nos-

12

O Mensageiro

sos leitores à refletir sobre o tema. Não só no dia internacional da mulher, nem na semana da mulher, ou no mês dedicado a mulher, mas todos os dias do ano e, que essa reflexão possa leva-los a uma mudança (se necessária) de conceito, de postura, de discurso. O artigo foi escrito por três jovens da nossa comunidade: Caroline Zanotta, Marcelle Freitas e Yris Barros. Logo em seguida, publicamos o depoimento de três mulheres, também da nossa comunidade, com idades entre 25 e 50 anos, que por motivos óbvios pediram para não ter a identidade revelada. Nosso objetivo

Março 2018

é trazer ao debate o quanto é comum o silêncio a que as mulheres, de um modo geral, se impõem como forma de evitar a exposição pública, a censura e as críticas, acaba por levar os seus agressores à impunidade. Queremos chamar a atenção de todos para o absurdo que isso representa. A participação da mulher na sociedade Como igreja, somos chamados a levar os valores do evangelho para nossa vida em sociedade. A campanha da fraternidade anualmente nos convoca a sermos uma igreja atuante em busca de transformação social. Não podemos ser indiferentes às necessidades daqueles que estão ao nosso redor, pois, “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo” (Const. Pastoral Gaudium et spes, 1). Este ano, temos a oportunidade de refletir e agir sobre aquilo que hoje perpassa todos os âmbitos de nossas vidas e vem a cada dia contaminan-


do as nossas esperanças de viver em comunidade, com respeito a dignidade de cada um de nós: a violência. A Campanha da Fraternidade de 2018 nos convida a “construir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência” e diante desse convite, no mês que celebramos a luta travada pelas mulheres por igualdade, queremos convidar a todos a se debruçarem sobre a violência enfrentada por nós cotidianamente, sobre a história de conquistas que permitiu que hoje pudéssemos ocupar o lugar que ocupamos, e o mais importante, as conquistas pelas quais ainda precisamos lutar para que possamos superar a violência e gozar da cultura de fraternidade que como Igreja almejamos construir. Em meio a flores, corações vermelhos e frases afetuosas, é importante celebrarmos o dia 8 de março, dia internacional da Mulher, nos lembrando de nossas conquistas e homenageando a todas as mulheres que vieram antes de nós. O dia 8 de março é também memória das organizações femininas oriundas de movimentos operários que protestavam desde o final do século 19 para reivindicar melho-

res condições de trabalho e o fim do trabalho infantil. Com jornadas de trabalho de aproximadamente 15 horas diárias e salários medíocres, as mulheres não se calaram e fizeram inúmeras greves a fim de garantir alguma dignidade em seu trabalho. Em 25 de março de 1911, em uma fábrica têxtil de Nova York, cerca de 130 operárias morreram carbonizadas, marcando a trajetória das lutas feministas ao longo do século 20, episódio que até hoje é lembrado na data 8 de março como uma homenagem a todas as mulheres que tiveram suas vidas sacrificadas na luta por condições dignas de vida e trabalho. Que possamos nos orgulhar ao olhar para a nossa história, mas não nos demoremos, pois infelizmente as estatísticas ainda estão contra nós: Jornada de trabalho feminina tem 7,5 horas a mais do que a masculina, segundo o IPEA. Diferença de salário médio de ho-

mens e mulheres pode chegar a quase R$ 1 mil no país, aponta IBGE. O Brasil registrou 1 estupro a cada 11 minutos em 2015, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Em 2013, 13 mulheres morreram todos os dias vítimas de feminicídio, isto é, assassinato em função de seu gênero. Cerca de 30% foram mortas por parceiro ou ex, segundo Mapa da Violência de 2015. O assassinato de mulheres negras aumentou (54%) enquanto o de brancas diminuiu (9,8%), segundo Mapa da Violência de 2015. Cerca de 70% das vítimas de estupro são crianças e adolescentes. Quem mais comete o crime são homens próximos às vítimas, segundo o IPEA. Há, em média 10 estupros coletivos notificados todos os dias no sistema de saúde do país, segundo o Ministério da Saúde. No estado do Rio de Janeiro, há um caso de estupro em escola a cada cinco dias e 62% das vítimas tinham menos de 12 anos, segundo o Instituto de Segurança Pública. As estatísticas são aterrorizantes, jogam luz sobre o cenário ainda degradante que as mulheres precisam enfrentar e convocam a todos nós

Março 2018

O Mensageiro

13


para a batalha que está longe de chegar ao fim. Enfrentamos o desafio como cristãos de nos posicionarmos contra uma lógica que coloca a mulher em uma posição inferior, tendo suas capacidades, seus direitos e sua autonomia questionados; tendo seus corpos e integridade violentados. Gostaríamos de lembrar nessa matéria sobre a história de Santa Inês, uma mulher que queria se consagrar a Deus e para viver sua vocação disse não a um pedido de casamento. Num contexto de perseguição cristã, o seu não lhe custou uma condenação. Inês foi condenada a ser exposta nua em um prostíbulo à mercê do abuso de qualquer homem. Ela pediu proteção a Deus e Deus a protegeu com uma luz celestial para que ninguém pudesse se aproximar, em seguida seus cabelos cresceram e cobriram todo seu corpo. Nenhum homem conseguiu abusar de Inês, ela foi torturada e ao fim decapitada. O sofrimento de Inês se aproxima ao sofrimento de muitas mulheres que são impedidas de escolherem, que tem suas vontades desconsideradas, que tem seu corpo abusado e violado. Papa Francisco, na exortação apostólica Evangeli Gaudium afirma que “As reivindicações dos legítimos direitos das mulheres, a partir da firme convicção de que homens

e mulheres têm a mesma dignidade, colocam à Igreja questões profundas que a desafiam e não se podem iludir superficialmente.” Como igreja enquanto indivíduos, enquanto família e enquanto comunidade, estejamos atentos ao reproduzir situações de violência contra as mulheres, ao desqualificar

suas capacidades ou suas dignidades e até mesmo ao silenciar enquanto testemunhamos qualquer uma dessas situações. Não nos excluamos desse debate, pois a história da nossa igreja é sustentada pela história de muitas mulheres fortíssimas a enfrentar a violência, o descrédito e o domínio masculino. Abracemos ainda hoje, dentro de nossa comunidade, todas as mulheres que precisam de acolhimento, de suporte e do amor de Cristo por vivenciarem situações de violência, mulheres que não tem outra escolha a não ser serem fortes e guerreiras. Mulheres, parabéns pelo dia 8 de março, parabéns pelo mês dedicado às mulheres, vocês merecem o mundo inteiro!

DEPOIMENTO 1 Trabalhava com vendas. Era uma equipe grande, porém eram poucas mulheres. Tínhamos que cumprir metas, que eram iguais para todos. Sempre fui muito dedicada e do tipo que corre atrás, então nunca deixei de cumprir as metas impostas. Eu vendia muito. Passados dezoito meses, certa vez, conversando com um vendedor de quem fiquei muito amiga, ele me falou quanto ganhava de comissão e outras ajudas de custo que ele tinha na empresa. Fiquei surpre-

14

O Mensageiro

Março 2018

sa com a revelação e ele também, pois não sabíamos que havia diferença de comissionamento. Enfim, descobrimos naquele dia que o percentual de comissão das moças era 2% menor que dos rapazes e que eles tinham ajuda de combustível e verba para almoço de negócios. Não adiantou reivindicar a equiparação e pouco tempo depois da abordagem que fiz a respeito, com meu chefe, fui demitida.


DEPOIMENTO 2 Comecei a trabalhar com 18 anos. Éramos três mulheres e oito homens no setor. A proximidade com eles nos fez acostumar a ouvir as conversas sem nos alarmar. Falavam rindo, sobre as traições, falavam mal das sogras, quando não falavam mal das próprias mulheres. Todos os dias eu pensava que se um dia eu me casasse não seria com um homem daquele tipo. Alguns anos passaram, conheci um bom rapaz e já estava quase chegando à data do casamento, quando certa vez, meu chefe me chamou para ir com ele visitar um cliente importante. Fazia parte do trabalho, não estranhei. Nossa agência era na zona sul, o cliente ficava no Recreio. Tudo correu bem, mas no retorno, no carro dele, senti que algo não estava normal. Já estava anoitecendo, era um dia frio, o bairro ainda era pouco habitado. Meu chefe começou a falar de um jeito totalmente diferente comigo. Dizia, entre outras coisas, que eu ia ser dele, antes de ser do meu noivo. Parou o carro em uma rua qualquer e começou a me agarrar. Eu mal podia acreditar no que estava acontecendo. Ele parecia outra pessoa, nunca havia percebido algum interesse dele por mim. Pedia a ele que parasse, me respeitasse, que respeitasse nossa relação profissional, que respeitasse meu noivo, mas meus apelos eram em vão. Ele me segurava com força. Tentei então descer do carro quando ele acelerou. Parecia um louco. Acelerava cada vez mais e ao mesmo tempo

tentava passar a mão em mim. Apalpar o meu corpo. Vi a hora que aconteceria um acidente, pois travamos uma luta; eu me debatia, segurava a mão dele. Soltei o cinto de segurança e mordi o seu antebraço, quando ele então virou a mão no meu rosto, me xingando de nomes vulgares... Eu nunca havia apanhado, nem do meu pai e aquele homem bateu no meu rosto. Foram momentos horríveis, de medo, de raiva, de indignação... Nem gosto de lembrar o que vivi, tudo isso acontecendo com o carro em movimento. Enfim, quando finalmente ele foi obrigado a quase parar o carro em um sinal fechado eu abri a porta e desci correndo. Fui para casa chorando e no dia seguinte não fui trabalhar. Não sabia o que fazer. Tive medo de contar ao meu noivo, medo de acontecer uma briga, uma tragédia. Tive medo e vergonha de contar a minha família. Falei com uma das meninas do setor, que era mais velha. Ela me aconselhou a esquecer. Afinal, ele era o meu chefe e o gerente geral, que estava acima dele, fazia parte da equipe, convivia com ele, saiam para almoçar juntos sempre. Qual entre aqueles homens acreditaria em mim? Humilhada, indefesa e sozinha, resolvi calar, mas pedi transferência para outra agencia. Até sair a transferência, fui obrigada a conviver com o sorriso de sarcasmo dele e seu olhar de vitória, quando me encarava. Ele sabia que eu não ia contar, ele sabia que ficaria impune.

DEPOIMENTO 3 A notícia da sua morte era esperada. Fazia tempo que estava doente, mas eu não o visitei e confesso que meu coração petrificou com a notícia de que ele tinha morrido. Não chorei e nem fui ao enterro. Depois de tantos anos, algumas lembranças vieram como uma bomba sobre minha cabeça. Não sei para onde foram todas as pessoas. Como me deixaram sozinha com ele? Por que? Algumas lembranças estão aprisionadas em uma parte de mim, que se recusa a reviver integralmente aquele momento. Mas ele abusou de mim, isso eu não esqueci. Não sei ao certo quantos anos eu tinha, acho que uns oito anos... Eu era só uma menina! Nem tinha trocado todos os

meus dentes. Com quantos anos uma criança troca os dentes? Como ele pôde fazer aquilo comigo? Ele tapou a minha boca, eu não conseguia respirar. Depois me ameaçou. Se contasse, minha mãe me daria a maior surra de toda a minha vida; Se eu contasse minha mãe não ia mais me amar; se eu contasse minha mãe me colocaria em um orfanato. Não quero ficar remoendo tudo isso, afinal, realmente eu nunca contei a ninguém, mas agora com a notícia da sua morte, tudo veio à tona. Não vou contar à mamãe, ela já está tão velhinha... e amava o irmão. Não vou denegrir a imagem dele, mas eu não gosto dele, não gosto dele, nunca gostei.

Março 2018

O Mensageiro

15


Participe e colabore com o santuĂĄrio de nossa senhora de loreto! Sorteios pela Loteria Federal Concorra com 02 ou 04 nĂşmeros Regulamento no site: www.loreto.org.br


ADQUIRA JÁ O SEU! O NOVO LIVRO DE ROBSON LEITE DISPONÍVEL NA LOJA DA PARÓQUIA OU PELA INTERNET EM: WWW.ROBSONLEITE.COM.BR

Este espaço pode ser seu! (021) 3392-4402 / 2425-0900 / (021) 99916-9699 Acesse nosso site e saiba de tudo que acontece no Santuário:

www.loreto.org.br


Santuário da Adoção

Filhos do Coração: Histórias emocionantes de quem adotou. Muitos desejam adotar um filho, mas se deparam com alguns questionamentos, tais como: “Será que vou conseguir amar essa criança?”. “Conseguirei realizar o meu sonho de maternidade/ paternidade?” “E se essa criança que vai chegar não me amar?” Estas e tantas outras dúvidas por vezes paralisam na decisão por uma Adoção. Então nada melhor do que ouvir depoimentos de quem escolheu o caminho da Adoção, para realizar o sonho da maternidade/paternidade. Nesta edição e nos próximos meses poderemos conhecer algumas histórias desse encontro de almas, que se dá por meio da Adoção. Para começarmos trago o depoimento da Família Araújo, onde Albere Lopes Araújo (44 anos), casado com Márcia Ferreira P. Araújo (52 anos) de maneira tão singela e amorosa nos conta como foi o nascimento de sua família, com a chegada em 2011 do filho Rafael Passos Araújo (8 anos). “Desde o início de nosso casamento já pensávamos e fazíamos planos para a chegada do nosso filho e mesmo sabendo que as nossas vidas iriam mudar muito com sua vinda, assim mesmo o desejo de tê-lo era maior do que tudo”. Nossa vontade de sermos pais era muito grande, tínhamos muita vontade de dar nosso amor e carinho a ele. Mas se passaram alguns anos e ele não veio. Depois de quase 09 anos de casados, não foi possível a sua vinda naturalmente. Decidimos então, que nosso filho chegaria através da ADOÇÃO. E quando fizemos 11 anos de casados recebemos o melhor presente de nossas vidas. O NOSSO FILHO havia chegado. Nunca esqueceremos esse dia tão especial e importante. Recebemos de Deus um anjinho que precisava de amor, carinho, cuidado, enfim uma criança que precisava de uma família e nós o recebemos com muita alegria e amor porque ele seria nosso filho. Hoje nós dizemos que valeu a pena esperar o tempo que foi preciso, valeu a pena tudo que passamos e tudo que fizemos pra que nosso filho chegasse. Acre18

O Mensageiro

Março 2018

ditamos, por tudo que passamos que nada acontece por acaso e que tudo tem sua hora certa pra acontecer. Ele chegou pequeno com 01 ano e 7 meses e sua adaptação foi imediata. Foi sempre uma criança tranquila e toda a nossa família o recebeu com muito carinho. Hoje ele está com 8 anos. Ele mudou nossas vidas, nos enche de alegria a cada dia com sua felicidade. Cada dia ao seu lado é um dia cheio de emoção e encanto. Rafael é um menino lindo, saudável e acima de tudo muito feliz. O amor que sentimos por ele é grandioso. É um amor inexplicável. O amor por ele vem de nossas almas. Algo muito forte. Fico às vezes a pensar de onde vem todo esse amor que sentimos por ele. Agradecemos a Deus por nos ter escolhido para sermos os pais do Rafael, pela sua chegada em nossas vidas e por ele ser esse filho especial e maravilhoso que é. “O que nos deixa muito felizes é sabermos que estamos transmitindo nosso amor, carinho e o nosso cuidar a ele, porque o importante é ele ser feliz e amado por nós e toda a nossa família.” Eliane Carrão (Coordenadora do Grupo de apoio à Adoção Santuário da Adoção) Maiores informações: santuariodaadocao@gmail.com


Pé na estrada Terço na mão Vocês já ouviram falar da Lapa? Não, eu não estou falando do bairro boêmio do Rio e sim da Cidade da Lapa. Vocês não a conhecem? Ah! Então, não sabem o que estão perdendo. A Cidade da Lapa fica a cerca de 70 km de Curitiba e foi palco de muitos eventos militares, tendo pontos históricos a serem visitados. Lá também encontramos o maior santuário do mundo dedicado a São Benedito. A devoção a São Benedito chegou ao local no século XVIII, quando os escravos pertencentes da Irmandade dos Pretos, procuravam fortalecer suas necessidades espirituais e sociais diante do sofrimento. Onde, hoje, visitamos o santuário, era a praça do pelourinho no Império, local em que os escravos eram castigados por seus senhores. A construção atual é a terceira no mesmo local, mas ainda abriga a imagem de São Benedito da antiga capela e é um artesanato próprio da região. Conta-se que após o Natal dos senhores, os escravos celebravam o seu Natal no dia 26, o dia da tradicional veneração do “Santo Negro”, o dia santo de guarda dos escravos. Atualmente, o dia 26 de dezembro, é um feriado municipal, no qual é realizada a festa de São Benedito com celebração, procissão pelas ruas da cidade, veneração da imagem de São Benedito pelos devotos e fiéis do município. Se toda essa riqueza cultural já não valesse a visita, lá encontramos a famosa coxinha de farofa, um delicioso salgado típico da região.

Por: Giselle Lopes Março 2018

O Mensageiro

19


Escritos de Santo Antônio Maria Zaccaria

Algumas frases de Santo Antônio Maria Zaccaria: “Coragem, irmãos! Se até agora houve alguma falta de firmeza em nós, vamos jogá-la fora junto com a negligência e corramos como loucos não só para Deus, mas também para o próximo, pois é o próximo que recebe tudo aquilo que não podemos dar a Deus, porque Ele não precisa de nossos bens.” (10216). “Se nós quisermos estar com Deus e, ao mesmo tempo, agir, falar, pensar, ler ou resolver problemas, o jeito é elevar, muitas vezes, os olhos de nossa mente a Deus, por pouco ou por muito tempo, tal como faríamos com um nosso amigo.” (10309). “Se, porém, as coisas se prolongarem, procure interrompê-las por breves momentos, como por exemplo, pelo espaço de uma Ave Maria ou como lhe agradar e faça a oração que Deus lhe inspirar. E isso, você poderá repetir várias vezes, conforme a demora das coisas.” (10310).

20

O Mensageiro

Março 2018


Coluna Cultural A coluna cultural desse mês apresenta a vocês uma excelente websérie. Lugar de Adoração e Vida, é um excelente projeto realizado em parceria pelo Ministério Adoração e Vida e a Paulinas COMEP. Em cada episódio o Ministério e os músicos convidados (Maércio Lopes e Bruno Pineli) apresentam uma música e junto a ela uma reflexão sobre uma passagem que tenha ligação direta com a música apresentada no episódio. A websérie vem para ser não só mais uma forma de divulgação do trabalho do Ministério, mas também uma forma diferenciada de evangelização através da internet. Um produto de alta qualidade que alia música e a palavra de Deus, uma perfeita soma entre louvor e oração. Esse é um canal que vale se inscrever para receber em primeira mão os novos episódios. E, aproveitando que vão se inscrever no canal, se inscrevam também no canal de youtube da paróquia, onde em breve teremos novidades.

Tem alguma sugestão para a nossa coluna cultural? Quer partilhar conosco? Envie sua sugestão (texto e uma foto) para pascom@loreto.org.br e partilhe com nossa comunidade.

Março 2018

O Mensageiro

21


Falando Francamente Zamoura

Sublime doação

Q

ueridos irmãos leitores, no contexto das atividades exercidas em forma de doação, por parte dos fiéis paroquianos através das inúmeras pastorais existentes, queremos nesta oportunidade, ressaltar a SUBLIME DOAÇÃO, exercida pelos irmãos investidos na função de ministros extraordinários da sagrada eucaristia, que abreviadamente os identificamos como MESC. Este trabalho, sem dúvida alguma, além de importante é também um compromisso de enorme responsabilidade, razão pela qual os agentes são escolhidos pelo Pároco, cuja aceitação envolve o consentimento da família. Ao vê-los em atividade durante a celebração da Santa Missa, achamos que atuam apenas nesta circunstância, e nos enganamos redondamente, pois eles são escalados para outras missões, como por exemplo, levar a eucaristia para idosos e/ou enfermos em suas casas, as quais se localizam até em favelas e lugares de difícil acesso, o que significa que até aqueles que possuem condução própria ficam impossibilitados de usa-la. Não há como pensar que o Pároco os convida por indicação de terceiros ou mesmo por consideração e amizade, nada disso, pelo contrário, a escolha é baseada em pesquisas feitas em torno da vida moral e honestidade dos mesmos em seus negócios. Saibam que depois que dizem SIM ao convite para exercer tal função, os candidatos deverão fazer uma preparação para o exercício de tal ministério, seguindo o roteiro apresentado pela Diocese, que abrange um curso em três finais de semana. No final de toda preparação, é feito um retiro espiritual com todos os que serão investidos. O mandato tem a duração de dois anos, podendo ser renovado por mais dois anos, conforme

22

O Mensageiro

Março 2018

o prudente desejo do Pároco e a aquiescência do Vigário episcopal. Ao longo do exercício do Ministério, o Ministro deve participar dos cursos de atualização, dos retiros e das reuniões de formação permanente, que devem ser promovidas pela Coordenação Arquidiocesana, Vicarial e paroquial do referido Ministério. Quanto à investidura, acontece durante a celebração de Missa Solene, presidida pelo Cardeal Arcebispo na Catedral Metropolitana. O MESC deve estar perfeitamente engajado na Pastoral Paroquial. Não se pode conceber um MESC que não trabalhe pela construção do Reino do Senhor, em sua comunidade, seja através da Catequese, da Liturgia, da Pastoral da Esperança, das Missões, ou de qualquer outro serviço prestado à comunidade, através do Pároco. O MESC demonstrará um grande carinho e respeito especial para com o seu Bispo, seu Pároco e para com os Sacerdotes que servem a sua comunidade, pois eles são os Pastores. Nunca o MESC se pense autônomo, desligando-se do seu Pastor. Ao levar a Eucaristia para idosos e/ou enfermos em suas residências, os MESC, devem utilizar seu ritual, lendo e meditando as instruções que ele traz e os textos que apresenta para a comunhão fora da Missa. Não devemos esquecer os MESC, na falta do sacerdote, podem fazer a Celebração da Palavra na Santa Missa. Graças a Deus, temos aqui na nossa paróquia de N.Sra. de Loreto, excelentes irmãos e irmãs que dignificam esta SUBLIME DOAÇÃO, e se orgulham em serem portadores do Corpo de Cristo. Louvores e Glórias a Deus Zamoura (Da Diva) 15º E.C.C zamouraediva@oi.com.br


Contracapa – Ano do Leigo Homenagem ao Beato Marcel Callo Beato Marcel Callo - o primeiro escoteiro – 19 de março Marcel Callo nasceu em Rennes, França, a 6 de dezembro de 1921, e morreu a 19 de março de 1945 no Complexo do Campo de Concentração de Mauthausen. Nascido numa família religiosa, com vários irmãos e irmãs, Marcel era católico fervoroso. Juntou-se aos escoteiros e à Juventude Operária Católica (JOC), o movimento da ação católica entre os jovens da classe trabalhadora. Quando a Alemanha invadiu a França em 1940, Marcel e alguns amigos ofereceram-se como ‘missionários de estação de comboios’, onde ajudaram muita gente a escapar para os territórios não-ocupados dando-lhes a sua identificação da Cruz Vermelha. Em março de 1943, foi deportado para a fábrica de armamento Walther, na Alemanha, onde organizou cerimónias religiosas e de forma clandestina, tentou realizar, com uma grande fé, um apostolado de conforto religioso, capaz de aliviar o máximo que pudesse, os sofrimentos de seus companheiros no infortúnio. Por esta razão, acusado de ser “muito católico”, Marcel foi detido em 19 de abril de 1944, e envia-

do para o Campo de Concentração de Flossenbuerg, e depois para o de Mauthausen. Em Mauthausen, foi colocado no subcampo de Gusen II, onde se construíam partes de aviões de combate

em instalações subterrâneas. Devido às péssimas condições dos Campos de Concentração, Marcel adoeceu em janeiro de 1945, e foi ‘devolvido’ a Mauthausen, onde morreu a 19 de março de 1945. O Padre J.B. Jogo, de Rennes, França, escreveu a biografia deste jovem Escoteiro, e rapidamente Marcel Callo foi reconhecido como um modelo de vida Cristã e corajosa dedicação pelos cristãos alemães, e pelos Bispos da Alemanha e Áustria. Marcel Callo foi beatificado pelo Papa João Paulo II a 4 de outubro de 1987, e é alguém que nos recorda o sofrimento e extermínio sistemático de civis (judeus e não-judeus) europeus pelo regime Nazi. Fontes: inkwebane.cne.pt – santiebeati.it


Fé e Política Robson Leite

“Há paz sem justiça?” “Pistas e reflexões retiradas das experiências de palestras e atividades que venho ministrando sobre a Campanha da Fraternidade desse ano” Da mesma forma que a febre no organismo de uma pessoa doente não é a causa de um problema de saúde, mas a consequência de algum distúrbio bem mais sério no corpo humano, a violência que assola a nossa sociedade é o resultado de um processo de anos de desigualdades, de concentração de renda, de injustiças e, sobretudo, da ausência do estado em promover a dignidade plena da pessoa humana através de políticas públicas. Em diversos estados do nosso país, a política de segurança pública – responsabilidade constitucional das unidades federativas – vem se baseando em uma estrutura de confronto que, lamentavelmente, vem vitimando jovens, trabalhadores, trabalhadoras e moradores de comunidades em situação de risco. Vidas que são ceifadas em nome de uma paz que, infelizmente, não é verdadeira, pois não possui bases sólidas sedimentadas na construção de uma sociedade justa e fraterna. A Campanha da Fraternidade da CNBB desse ano convida a todos para refletir sobre quais são os caminhos para essa mudança de paradigma. Percebemos claramente no Brasil de hoje uma política pública de segurança baseada no confronto que em nada resolve o problema. Muito pelo contrário. Vejamos, por exemplo, a polícia do Rio de Janeiro classificada pelos números oficiais do Ministério da Justiça como a que mais mata e a que mais morre no Brasil. Como consequência disso temos um significativo aumento de insegurança, violência e mortes em nosso Estado. É preciso mudar o rumo dessa política aqui e em todos os estados brasileiros que a utilizam como instrumento equivocado de “pacificação”. A polícia deve ser o último braço do estado a entrar em uma comunidade. Muito antes dela precisamos de escolas públicas de qualidade, professores e profissionais de educação bem remunerados, creches públicas de nível de excelência e em regime integral, saneamento e moradias com dignidade além de uma atenção especial para a inserção social através de oficinas culturais e artísticas conjugadas com a educação para os jovens. Mas, infelizmente, a opção é pelo confronto que aumentam os homicídios e não resolvem o problema, como foi o caso da ocupação militar na Maré que foi avaliada pelos próprios militares do exército como desastrosa. Em função desse quadro é que nós precisamos vir a públi24

O Mensageiro

Março 2018

co para manifestar e denunciar esse sistema de injustiça que impede a construção da paz em nossa sociedade, pois trata-se de um modelo de segurança pública que mata e criminaliza os mais pobres e, principalmente e de modo peculiar, os jovens. A opção pelo confronto tem sido uma constante. O resultado disso é a combinação de ações que levam o Brasil a possuir a terceira maior população carcerária do mundo, além de ser o país que mais prende e mais mata no planeta. E a violência, ao invés de diminuir, só piora com o aumento de todos os índices ligados a terrível cultura de morte (homicídios, assaltos e etc). Concluímos, infelizmente, que estamos seguindo um caminho equivocado por culpa de um sistema nefasto, mentiroso e equivocado que tenta, a todo o custo, enganar a sociedade e não encarar de frente o problema: a promoção da justiça através de oportunidades para os mais jovens, em especial os que estão em situação de risco. Precisamos mostrar e debater pistas e alternativas para soluções que sejam diferentes dos profundos equívocos desse modelo em curso. Precisamos nos colocar ao lado do povo que sofre para que eles, e não apenas as autoridades, sejam os grandes protagonistas das políticas públicas. Não podemos nos furtar da missão de incentivar o cidadão e a cidadã de bem a participar ativamente dos processos políticos. Entretanto, para isso, exigimos que esses processos possuam, sobretudo, o foco no cidadão e na preservação da vida, além de um claro compromisso com a democracia e a defesa da dignidade da pessoa humana. Os caminhos são esses. Essa é a contribuição que a sociedade civil organizada precisa dar ao processo de mudança de paradigma de segurança pública para que, dessa forma, possamos ter uma paz verdadeira, duradoura e edificada nos sólidos pilares da justiça, da solidariedade e da fraternidade. O poder público precisa disputar os nossos jovens com o crime organizado, mas essa disputa não pode ser à bala. Tem que ser através políticas públicas que gerem oportunidades e inclusão social com cidadania aos nossos jovens e adolescentes. (*) Robson Leite é professor, escritor, membro da nossa paróquia, Ex-Superintendente Regional do Ministério do Trabalho e Emprego no RJ e foi Deputado Estadual de 2011 a Janeiro de 2014. Site: www.robsonleite.com.br Página do Facebook: www.facebook.com.br/robsonleiteprofessor


Anote em sua agenda

As demais atividades do mês estão em: www.loreto.org.br

Março

DATA

HORÁRIO

EVENTO

09/3

16:00hs

MISSA NÚCLEO INDEPENDÊNCIA

13/3

19:30hs

MISSA NO CATI

16/3

15:00hs

MISSA NA ESTANCIA SÃO JOSÉ

23/3

15:00hs

MISSA NO HOSPITAL RIO’S DOR

DATA

HORÁRIO

PASTORAL

LOCAL

EVENTO

10/3

07H00 às 21H00

COMISSÃO SANTUÁRIO

SANTUÁRIO

SANTUÁRIO ABERTO

11/3

10H30

CORAL

LORETÃO

MISSA ANIVERSÁRIO Pe. LUIZ ANTONIO

11/3

08H00 às 18H00

PASTORAL FAMILIAR

TODO O CEPAR

ENCONTRO DAS FAMILIAS

15/3

07H00 às 15H00

GRUPOS DE ORAÇÃO

CAPELA DO CEPAR

DIA DE JEJUM E ORAÇÃO

17 e 18/3

08H00 às 18H00

EESA

PLENÁRIO

CURSO NOVA VIDA

18/3

08H00 às 12H00

FÉ E DONS

SALÃO CEPAR

APROFUNDAMENTO

21/3

19H00 às 22H00

SANTUÁRIO DA ADOÇÃO

PLENÁRIO

PALESTRA

24/3

07H00 às 12H00

AÇÃO SOCIAL

ZACCARIA

ENTREGA DAS CESTAS AOS ASSISTIDOS

Março 2018

O Mensageiro

25


loretinho

Elaborado pelas Irmãs de Belém

Queridas crianças, neste mês celebramos uma festa muito importante da Igreja: a Páscoa! Vamos prepará-la participando com amor das celebrações da Semana Santa, onde iremos recordar os últimos acontecimentos da vida de Jesus. Páscoa significa “passagem”, mudança para uma vida nova, e compromisso de vivermos mais unidos com Jesus. Com a Ressurreição de Jesus, o Domingo se tornou para os cristãos o DIA DO SENHOR e, cada Domingo você deve celebrar, com a Igreja, a sua Páscoa. Desejamos a você uma Santa e feliz Páscoa.

CAÇA-PALAVRAS Procure as respostas no Caça-Palavras: * Dia em que Jesus morreu para nos salvar... * Dia em que Jesus ressuscitou... * A primeira pessoa a ver Jesus ressuscitado foi .. * Jesus antes de morrer deixou-nos um alimento de vida eterna, a ... * Na Santa .......... reapresentamos a Deus o único e eterno Sacrifício de Jesus Cristo. * A festa na qual celebramos a vitória de Jesus Cristo sobre o pecado e a morte..

D S Q A Z X C V B E I

F E U C A R I S T I A

Y X E V E A D G H J K

T T T B D U H G M N M

P A S C O A S F G J A

I F G O M I S S A Y D

O E H D I T Y T E E A

O I J A N A T P Z P L

P R K R G C C U O S E

M A Z S O Z A Q E U N

V C D A Q U I K P A A

SIM OU NÃO SIM

MARQUE COM X A Páscoa de Jesus é a passagem da morte para a vida? A Páscoa dos judeus é a passagem da escravidão para a liberdade? A Páscoa dos cristãos é a passagem do bem para o mal? A Páscoa dos cristãos é a passagem do pecado para a vida nova em Cristo? Vamos à Missa todos os domingos celebrar o Mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus?

NÃO

PARA REZAR... “Concedei-nos Senhor a grande alegria de sermos fiéis mensageiros de Vossa Ressurreição, por uma tomada de consciência na fé, um testemunho de vida da esperança e um anúncio da salvação na caridade.” (Madre Maria Helena Cavalcanti) 26

O Mensageiro

Março 2018

PARA REFLETIR... “Eucaristia é também o Sacramento da Páscoa. Toda Comunhão é uma festa da Ressurreição. É uma passagem: - Do pecado para a graça - Da morte para a vida - Do terreno para o celestial - Do efêmero para o definitivo. (Me. Mª Helena Cavalcanti)



Beato Marcel Callo


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.