Ano XXVII - nº 348 Novembro de 2013 Distribuição gratuita Infomativo da Paróquia Nossa Senhora de Loreto Fundada em 6.3.1661 www.loreto.org.br
O ano da fé ‘Redescobrindo a fé’ e evangelizando nos novos tempos’
A evangelização do dizimo Páginas 8 e 9
15 anos do Fé e Dons Página 18 a 20
Índice
Editorial................................................................................................................... 3 Temas Bíblicos....................................................................................................... 4 Escritos de Santo Antônio Maria Zaccaria ���������������������������������������������������� 5 Os mistérios da vida pública de Jesus ������������������������������������������������������������� 6 Crisma Online........................................................................................................ 7 A evangelização do dízimo.................................................................................. 8 Festa do Cristo Rei..............................................................................................10 Espaço litúrgico...................................................................................................11 Falando Francamente........................................................................................12 Loretando..............................................................................................................13 Ano da Fé...............................................................................................................14 Fé & Dons:............................................................................................................18 Ação Social em Ação...........................................................................................21 O nascimento de Jacarepaguá..........................................................................22 Primeiras celebrações de outubro ������������������������������������������������������������������23 Fé e Política...........................................................................................................24 Anote em sua Agenda.........................................................................................25 Loretinho...............................................................................................................26 TÂNIA RÊGO/ABR
Expediente Direção Espiritual
Pe Sebastião
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Coordenação
Hélia Fraga Equipe de Trabalho
Ana Clébia, Bira, Helinho, Badá, Corredeira, Thiago Santos Diagramação
Lionel Mota Impressão
Gráfica Stamppa
Expediente Paroquial MATRIZ PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE LORETO End.: Ladeira da Freguesia, 375 - Freguesia Jacarepaguá - RJ - CEP 22760-090 Tel.: 3392-4402 e 2425-0900 Emails: adm@loreto.org.br (Administração) secretaria@loreto.org.br (Secretaria) Site: www.loreto.org.br
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CAPELAS Endereços das Capelas e os Horários das Missas NOSSA SENHORA DE BELÉM
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Dom...............................................................8h
Ano da Fé
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Vamos preparar o Natal com este sentido: viver a presença de Jesus entre nós
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Editorial Pe. Sebastião Noronha Cintra*
Querido paroquiano, prezado leitor. No ano passado, acolhendo o convite do Papa Bento XVI, nos reunimos dia 20 de outubro para iniciar o Ano da Fé e celebrar a Eucaristia sob a presidência do nosso pastor D. Orani. Propusemos-nos, portanto, a debruçar-nos sobre os documentos do Vaticano II e sobre o Catecismo para reencontrar para a nossa sociedade o caminho para não nos deixarmos envolver pela profunda crise de fé que a caracteriza. E foi o que fizemos, mês a mês, durante todo o ano. Bento XVI dizia no Motu Próprio “PortaFidei” que seriam nossos modelos na vivência pela fé a Virgem Maria, os Apóstolos, a comunidade da Igreja primitiva, homens e mulheres de todas as idades que no curso dos séculos seguiram o Senhor Jesus. Já o nosso Papa Francisco tem feito encontros com diversos grupos de fiéis para celebrar a vivência da fé na vida. A última mensagem até agora, foi para os casais no dia da família. “Eles depois do casamento partem como Abraão sem saber quais serão as alegrias e tristezas que os esperam. Partem com esta confiança na fidelidade de Deus. Este é o sacramento do matrimônio. No Matrimônio, os sacramentos, não são para enfeitar a vida. Os cristãos casam-se sacramentalmente porque sabem que precisam do sacramento para viver unidos e serem pais. Mas se falta o amor, se falta Jesus, então falta a alegria, falta afesta.” Assim se vive pela fé. Com Jesus. A conclusão do Ano da Fé será no dia da festa de Cristo Rei, dia 24 de novembro. Nossa Senhora acompanha os Barnabitas, venerada sob o carinhoso título de Mãe da Divina Providência. Sua linda imagem acompanha a nossa Congregação desde o século XVII. Depois outras congregações a adotaram. Em especial a Comunidade barnabita em Jacarepaguá é dedicada a ela. Sua festa é celebrada sempre no sábado antes do terceiro domingo de novembro. Este ano faremos a comemoração dia 16 com Missas solenes pela manhã e à noite. O Coral do Loreto estará abrilhantando esta missa. Tempo de Advento é tempo de desejo, de espera. Tempo de preparar um acontecimento para que não passe despercebido. Não estaremos esperando algo. O Natal é a chegada de Alguém: “na hora em que menos pensardes, vem o Filho do Homem.” Vamos preparar o Natal com este sentido: viver a presença de Jesus entre nós. Estamos preparando,com dedicação e carinho, a Festa da Padroeira. Nos primeiros dias de dezembro faremos a novena para culminar com a festa dia 10. Mas a comemoração externa, com a Carreata e as barraquinhas, faremos dias 7 e 8, sábado e domingo. Que ela, nossa Mãe e Protetora, nos abençoe a todos, Aviadores e Paroquianos. Outubro 2013
O Mensageiro
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Temas bíblicos Padre Fernando Capra
Evangelho de João (29) Jo 15,18-16,33 (V). “Eu venci o mundo” (16,33)
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oi vencedor do mundo o “Unigênito Deus” (Jo 1,18) que, na condição de enviado do Pai, tendo assumido a natureza humana, realizou a purificação dos pecados. Os Apóstolos alcançaram a condição de segui-lo somente após o envio do Espírito Santo, que Jesus mereceu com a sua Morte de Cruz. Ao entrar no céu com o seu sangue o compartilha com aqueles que ama e que começam a se purificar escutando as suas palavras. O Espírito se uniu a ele, que voltou vivo para estar para sempre com os seus, para que vivam, no amor, pela prática dos mandamentos. Conduzidos, então, a toda Verdade, se tornarão morada do Pai e do Filho, porque Jesus se manifestará a eles. Unidos a ele, estarão em comunhão com o Pai. O Espírito que Jesus compartilha dará testemunho neles. Realizar-se-á neles a plena condição de vida eterna porque estarão se amando uns aos outros como ele os amou. Foi dessa forma que o Filho proporcionou a plena comunicação de vida divina à sua humanidade. Guardando os preceitos do Pai, permaneceu nele, fazendo sua vontade até doar a vida pelos seus, numa manifestação suprema de amor. Quem permanece nele pela observância dos mandamentos alcança a mesma condição de vida, como “filho adotivo em Jesus Cristo” (Ef 1,6). Esses são preceitos de vida eterna porque são palavras que o Pai ordenou que o Filho no-las transmitisse. É nessa condição que os Apóstolos honrarão o Pai, produzindo muitos frutos, porque terão chegado a ser verdadeiros discípulos de Jesus. No seu discurso ao longo da Última Ceia, Jesus, nos revela que age de forma irresistível. A maldade humana não poderá detê-lo. Pelo contrário, o mundo será instrumento da sua glorificação e da glorificação do Pai, pela obra que ele realizará e da qual dará continuidade pela sua Igreja que, por sua vez, se tornará irresistível, porque a ela Jesus enviará o Paráclito (o Defensor), que confundirá o mundo quanto ao pecado, à justiça e ao julgamento, com ela permanecendo para sempre. Os Apóstolos até se alegrarão ao compreender toda a grandeza da sua Morte. Quando João escreve o seu Evangelho, a Igreja, há vários decênios, celebra o memorial da Morte de Cristo no dia do Senhor (Ap 1,9), o dia em que ficaram contentes ao vê-lo, em que os discípulos de Emaús sentiram seu coração arder quando Jesus lhes explicava as Escrituras, o dia em que receberam o Espírito Santo para o testemunho. O ânimo destemido dos Apóstolos nos explica as suas afirmações: “Nós somos de Deus”, “Quem nos escuta é da verdade”, “Sabemos que amamos a Deus quando amamos os irmãos pela observância dos mandamentos, pelo Espírito que nos deu”. A transformação foi radical. De uma ambição de poder, passaram a amar o serviço, lembrados de Cristo Jesus que ensinara: “O
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O Mensageiro
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Filho do Homem não veio...”. Dispuseram-se a dar a vida pelos irmãos porque viram, no amor, desabrochar uma esperança que não permitia que mais pudessem ser separados de Cristo. Nisto constataram uma efusão do Espírito Santo neles, que os levou pelo entendimento, conselho, fortaleza, ciência e piedade, a toda sabedoria. De uma compreensão inicial da messianidade de Jesus, chegaram ao conhecimento da sua divindade, recordando, pela ação do Espírito, “tudo o que Jesus lhes tinha dito”. E puderam testemunhá-lo e anunciá-lo. Desapareceu neles o pavor diante do mundo pérfido e violento. Enfrentaram-no, inspirando o Espírito o que deviam dizer e até alegrando-se por terem sido achados dignos de sofrer pelo Nome do Senhor. O mundo é exatamente a realidade que o “Unigênito Deus” veio vencer: uma humanidade dominada por um sistema perverso, montado pelo homem que, na sua rebeldia se afastou do Criador, para enveredar o seu caminho de realização. Longe de Deus, pensando ser sábio, entregou-se a toda obra de injustiça. Os vãos arrazoados da sua mente o levaram a prestar culto divino a aves e répteis, quadrúpedes e homens. Por causa disso, nele se apresentou a concupiscência da carne. É a realidade que não crê no Filho que o Pai enviou no seu amor, não obstante todas as provas de ele ser de Deus. Isto porque suas obras são más e prefere as trevas à luz. Na sua perversão, chega até a odiar. Até a justiça humana não encontra motivo algum. De fato, o motivo aduzido pelos escribas é a verdade que só não aceitam porque procuram a sua glória (Jo 6, 42.44). Os Apóstolos estiveram em condição de enfrentar o mundo porque o Espírito enviado por Jesus os assistiu. Com isso, além da ciência, além da compreensão dos mandamentos de Jesus, os Apóstolos têm uma terceira prova da presença do Espírito neles, a da compreensão da doutrina acerca da Pessoa de Jesus. Entendem qual é o pecado do mundo, a justiça que Deus fez glorificando o Filho injustiçado, a vitória da Cruz. Pelo discurso de Jesus, vemos como ele tem a perfeita noção do sentido da sua Morte, da missão dos Apóstolos e do mundo no qual terão que vivê-la.
Perguntas para reflexão: 1ª) De que forma a vitória de Cristo se torna a nossa vitória? 2ª) De que forma a vitória de Cristo se manifesta na vida da Igreja? 3ª) Qual é a realidade perversa do mundo?
Escritos de Santo Antônio Maria Zaccaria Sermão 7
Perseguições: como lidar com elas?
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7º Sermão de Santo Antônio Maria é atípico, não segue a linha dos outros 6 , que tratam dos Mandamentos (os 5 primeiros) e da tibieza (o 6º). Trata-se de uma alocução feita aos companheiros em momentos de grande dificuldade para o pequeno grupo dos filhos e filhas de São Paulo ainda no início de caminhada. Pronunciado aos 4 de outubro de 1534, esse Sermão é, ao mesmo tempo, dramático e cheio de fervor. Dramático, porque aquele grupo de Barnabitas, Angélicas e Casais estavam sofrendo uma perseguição da própria Santa Sé, que considerava muito estranho o fato que religiosas saíssem do convento para irem em missão, que leigos participassem ativamente da ação pastoral dos Barnabitas e, o mais grave para a mentalidade da época, que todos estivessem juntos na atividade missionária. Cheio de fervor, porque Santo Antônio Maria exorta o grupo a resistir, dando várias orientações sobre como reagir diante da situação, que poderia culminar com a extinção do grupo e dos seus ideais de renovação do fervor cristão.. Vocês acompanharam esse Sermão nos últimos números de O Mensageiro, de modo que vou tra-
Devemos rezar por quem nos persegue, para que se convertam zer para os nossos tempos o que o santo disse naquela ocasião: l Ninguém de nós está livre de perseguições e conflitos, ainda mais nesses tempos complicados que estamos vivendo; aliás, os conflitos internos são piores do que os externos. l É preciso olhar sempre pra Jesus, que sofreu perseguições até a morte de cruz, mas disse que estaria conosco até o final dos tempos. l A melhor maneira de lidar com as perseguições é a resistência pacífica, que consiste em: - não largar mão de nossas convicções, uma vez bem discernidas,
- dar testemunho coerente do Evangelho, por palavras e gestos concretos, - rezar por quem nos persegue, para que se convertam, - animar os desanimados, porque Deus não quebra a cana rachada, nem apaga a chama que ainda fumega. (Is 42,2)
Dessa forma, estaremos preparados para enfrentar os desafios do tempo presente. Mais uma coisa: jamais entrar em polêmica, agir com bom senso e, é claro, que nunca falte o amor fraterno, pois só o amor é capaz de mudar as situações adversas. Pe. Luiz Antônio do Nascimento Pereira CRSP
Os mistérios da vida pública de Jesus Jane do Térsio
Os sinais do Reino de Deus
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Igreja é o germe e o começo deste Reino. Jesus acompanha a sua palavra com sinais, milagres e prodígios (AT 2,22) que manifestam que o Reino está presente nele, atestando que Ele é o Messias anunciado e que foi o Pai quem o enviou. Aos ver estes sinais muitos creram nEle, aceitando o convite para seguí-Lo. Os milagres fortificam a fé e testemunham que Ele é o Filho de Deus, mas mesmo assim alguns o rejeitam, achando mesmo que Ele age por intermédio dos demônios. Ora, seus milagres não são para satisfazer a curiosidade nem desejos mágicos.
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O Mensageiro
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Ele não veio para acabar com o mal no mundo. A libertação que Ele promete é a da escravidão do pecado, a mais grave de todas. Jesus demonstrou sinais messiânicos ao libertar pessoas dos males da fome, da injustiça, da doença e da morte (Mt11, 5). Ao expulsar demônios está sendo antecipada a sua grande vitória sobre “o príncipe deste mundo” (Jo 12,31). As chaves do Reino No início de sua vida pública, Jesus escolheu doze discípulos para que ficassem mais próximos dEle, participando da sua missão, pois serão futuros testemunhas de sua Ressurreição e para tal missão lhes dá autoridade. Note-se que doze também eram as tribos de Israel. Neste grupo de doze, Pedro ocupa o primeiro lugar. Quando Pedro numa revelação do Pai afirma “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16) Jesus percebe qual a intenção do Pai e declara-o como aquela pedra em que Ele edificará a sua Igreja, garantindo que as portas do Inferno, as potências da morte nunca a derrotarão. Pedro então tem como missão defender a fé e confirmar seus irmãos. Jesus pelo ministério dos Apóstolos dá autoridade a eles, mas Pedro foi o único a quem Ele confiou o poder das chaves, que é uma autoridade específica que significa autoridade para governar a Igreja, absolver os pecados, pronunciar juízos doutrinais e tomar decisões disciplinares na Igreja. Jesus sendo o Bom Pastor confirma este encargo também a Pedro após a sua Ressurreição. “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21,15-17). No decorrer dos tempos os bispos ocupam o lugar dos Apóstolos e o Papa o de Pedro.
Crisma online
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Bíblia é o manual catequético ditado por Deus que possibilita o desenvolvimento do processo de purificação. Ela cultiva, em primeiro lugar, o dom da fé, condição necessária para por em movimento todo o processo de purificação que Pedro nos indica na sua segunda carta (2Pd 1, 5-11). Os temas da Bíblia são 1º) Deus 2º) O homem 3º) A culpa 4º) O Redentor 5º) O destino da humanidade Esses temas estão todos contidos no prefácio da Bíblia (Gn 1-11) Com Gn 12, inicia-se a exposição doutrinal da origem de Israel, o povo que Deus chama para ser o seu Servo que levará a luz a todos os povos da terra. Trata-se de uma reflexão sapiencial que ressalta a gra-
tuidade da iniciativa de Deus. A descendência de Abraão surge de mulheres estéreis. Com o livro do Êxodo assistimos a uma segunda iniciativa grandiosa de Deus que liberta o seu povo da escravidão e o conduz pelo deserto. Josué nos fala da conquista da terra, momento em que Deus torna possível a posse da terra prometida. Em paralelo com as manifestações que revelam sempre mais o Nome de Deus, assistimos aos pecados que por si fariam fracassar o plano de Deus, não fosse ele fiel a si mesmo e misericordioso. A condição gloriosa do reino de Davi e Salomão, em lugar de tornar Israel agradecido ao seu Senhor, dá início a um processo de degeneração que nem os castigos corretivos divinos conseguem frear. Deus então permite a deportação que teria determinado o fim de Israel, “não tivesse Deus reservado um Resto para si”. Com a volta do exílio começa a reflexão dos escribas sobre os escritos proféticos e tudo o que a intervenção divina re-
alizou ao longo da história de Israel. É o momento em que a Bíblia é estruturada segundo um esquema teológico, através da utilização de textos, quais catequesessinagogais, reflexões sapiências sobre a história, narrativas épicas, escritos proféticos, contos didáticos sapienciais, reflexões de sábios (Provérbios, Eclesiástico, Sabedoria), poesias (Salmos), literatura apocalíptica. Com a vinda de Jesus que se apresenta segundo a linha mais forte da revelação de Deus, a da profecia, tudo o que foi pré-evangelizado se realiza. A ressurreição, todavia, revela que tudo se realiza de forma nova porque Jesus é de condição divina. Os evangelistas nos contam a sua história, relatando o anúncio dos Apóstolos, que desde o princípio estiveram com ele, o viram e ouviram, o contemplaram e até o apalparam. Ele é a Palavra da vida, a vida, Vida eterna que se manifestou. Os Atos dos Apóstolos narram os fatos do Novo Israel e da difusão do anúncio da salvação entre todos os povos. As cartas dos Apóstolos são reflexões sapiências das quais se tornam capazes, agora, os membros de cada igreja local, em virtude do Espírito recebido (1Jo 2,27). O Apocalipse é a revelação final “das coisas que devem acontecer em breve” (Ap 1,1). Pe. Fernando Capra
Link para You Tube: https://www.youtube.com/watch?v=4rWUFPZPzvw
A Evangelização do Dízimo
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om o objetivo de aprofundar a evangelização da dimensão da partilha (dízimos, ofertas e esmolas) e suas abrangências, vamos refletir e sugerir algumas diretrizes básicas, a importância e necessidades do dizimo, para o povo e a Igreja. “Oferecer o dízimo segundo o costume”, isto é: ajudar a igreja em suas necessidades: É o Quinto Mandamento da Igreja. O dízimo foi instituído nos primórdios da história sagrada. Está contido na Bíblia de Gênese a Apocalipse. Encontra-se na Lei de Deus acerca de 1300 antes de Cristo. O dízimo é um compromisso com Deus, a Igreja e os pobres. É a fé do cristão sacramentada como sinais de obediência, compromisso, gratidão e fidelidade ao Reino. O dízimo deve ser levado MENSALMENTE ao Templo ou nas celebrações do dízimo. Foi praticado pelos cristãos na Igreja primitiva e Jesus o recomenda como prática aceitável (Mt 23,23). PONTOS ESSENCIAIS A evangelização do dizimo é de todos e não apenas da pastoral do dizimo. A Igreja, o sacerdote, os fiéis, os cristãos, lideres dos setores (pequenas comunidades), pastorais, movimentos, grupos, etc; são responsáveis pela evangelização. 1. A IGREJA: Como missionária, deve anunciar, conscientizar e evangelizar os fiéis sobre a necessidade, importância e dimensões do dízimo e o que representa o dizimo nas obras do Reino de Deus. 2. O SACERDOTE: Ser o orientador espiritual e responsável por todo trabalho pastoral. Evangelizar e conscientizar os cristãos sobre a necessidade, importância e dimensões do dízimo. Para fortalecer e testemunhar a partilha e o trabalho, ser o dizimista
número um da Paróquia. Receber os dízimos dos fiéis, para a Igreja (Heb 7,5). 3. OS DIZIMISTAS: Serem conscientizados do compromisso, necessidade, importância e dimensões do dízimo na Igreja. Colaborar na sua evangelização, pelas experiências e testemunhos. Fazer a experiência (Mal 3,10), buscando á fidelidade ao Senhor. Devolver o dízimo em atitude de fé, amor, gratidão, compromisso e obediência a Palavra de Deus. Jamais ofertar o dízimo pôr interesse “uso da Paróquia”. Ex: batizar, casar, etc (1Tim 6,9). 4. RESPONSABILIDADES DO CONSELHO DE PASTORAL: Deve colaborar na conscientização dos cristãos, lideres dos setores (pequenas comunidades), pastorais, movimentos, grupos, etc; sobre a real dimensão do dízimo na Igreja. Zelar pelo andamento e transparência do dízimo paroquial. Zelar por sua evangelização. 5. RESPONSABILIDADES DO CONSELHO ECONÔMICO: Deve colaborar na conscientização
dos cristãos, lideres dos setores (pequenas comunidades), pastorais, movimentos, grupos, etc; sobre a real dimensão do dízimo na Igreja. Zelar pelo andamento e transparência do dízimo paroquial. Efetuar balancetes e demonstrativos mensais do dizimo. Conhecer as dimensões do dízimo. O mesmo deve ser utilizado na manutenção da Paróquia/Comunidade (Ne 10,33-40); ajuda a outras comunidades, ao Bispado, ao Seminário, além do sustento do sacerdote (1Cor 9,13-14; Lc 10,7; 1Tim 5,7) e ajuda aos necessitados (Dt 14,29; Mt 25,31-46). Sua aplicação deve ser em torno disso! 6. DIMENSÕES DO DIZIMO: O dízimo deve ser visto na Igreja, não só como uma pastoral, movimento ou grupo, mas também como compromisso do cristão, com as obras do Reino de Deus. “É a Igreja em si”. Tem a finalidade de atender ás dimensões Social, Missionária e Religiosa, para o qual foi instituído por Deus, gerando naturalmente o sinal da “PARTILHA”. Fruto disso, brota a fé, o amor, justiça, caridade, fraternidade e solidariedade, entre os irmãos e na comunidade. 7. A DIMENSÃO DA PARTILHA NO TERCEIRO MILÊNIO: “Dízimos, Ofertas e Esmolas”. Além do Dízimo, (Ex 25,1-9; Lv 27,28-32; Nm 15,14; 1Sm 8,15-17), a dimensão da PARTILHA se constitue também das OFERTAS E ESMOLAS. • Oferta: é um presente de forma espontânea que se dá a Deus (Lc 21,1-4). Deve vir do coração. As ofertas devem ser levadas à Igreja e ofertadas durante o ofertório das celebrações e missas. As ofertas especiais também devem ser levadas a Igreja • Esmola: Quem der ao pobre não passará necessidade, mas quem fecha os olhos aos pobres, ficará cheio de maldições (Prov. 28,27). Encerra a esmola no coração do pobre, e ela rogará pôr ti a fim de te preservar de todo o mal (Eclo 29,15). Podemos imaginar que as “ditas” expressões “Deus lhe pague - Deus ti abençoe”, são respostas de Deus quando ajudamos os irmãos necessitados. Deus não precisa das nossas coisas e de dinheiro, mas nos educa ao exercício da fé, a prática do amor, fraternidade, justiça e partilha. Deus, não precisa do dízimo, mas os irmãos, a Igreja, a comunidade, sim: “Irmãos que se amam se ajudam – um por todos, todos por um”. O trabalho missionário do dizimo nos leva a vocação, um chamado para servir a Cristo e ao próximo. Um dom onde se exercita o anúncio da Palavra, a sabedoria
de Deus, a fé, o amor, a oração, a partilha, o compromisso, a fidelidade, o companheirismo, a adoração, o testemunho, o reconhecimento e a obediência da criatura com o Criador. Jesus disse: Ide por todo o mundo pregai o Evangelho a toda criatura (Mc 16,15). Que Ele nos ensine a anunciar, evangelizar o DÍZIMO e a dimensão da partilha, como sinais de fé, amor e fraternidade. E, que tudo isso seja para a honra e glória do Nosso Senhor Jesus (Mc 16,15). Cristo, hoje e sempre. Amém!
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“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura”
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Diácono Claudino Affonso PASTORAL DO DÍZIMO Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro
Festa de
Cristo Rei A
Festa de Cristo Rei é uma das festas mais importantes no calendário litúrgico, nela celebramos aquele Cristo que é o Rei do universo. O seu Reino é o Reino da verdade e da vida, da santidade e da graça, da justiça, do amor e da paz. Esta festa foi estabelecida pelo Papa Pio XI em 11 de março 1925. O Papa quis motivar os católicos para reconhecer em público que o líder da Igreja é Cristo Rei. Mais tarde a data da celebração foi mudada dando um novo senso. O ano litúrgico termina com esta que salienta a importância de Cristo como centro da história universal. É o alfa e o omega, o princípio e o fim. Cristo reina nas pessoas com a mensagem de amor, justiça e serviço. O Reino de Cristo é eterno e universal, quer dizer, para sempre e para todos os homens. Esta festa tem um sentido escatológico na qual nós celebramos Cristo como Rei de todo o universo. Nós sabemos que o Reino de Cristo já começou a partir de sua vinda na terra a quase dois mil anos, porém Cristo não reinará definitivamente em todos os homens até que volte ao mundo com toda a sua glória no final dos tempos. Jesus nos antecipou sobre esse grande dia, em Mateus 25, 31-46. Na festa de Rei de Cristo celebramos que Cristo pode começar a reinar em nossos corações no momento em que nós permitimos isto a ele, e o Reino de Deus pode deste modo fazer-se presente em nossa vida. Desta forma estabelecemos o Reino de Cristo de 10
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agora em diante em nós mesmos e em nossas casas, emprego e vida. Jesus nos fala das características do seu Reino por várias parábolas no capítulo 13 de Mateus: “O reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que o homem, pegando dele, semeou no seu campo”. “O qual é realmente a mais pequena de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das plantas, e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se aninham nos seus ramos”. “O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado”. “Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo”. Nestas parábolas Jesus nos faz ver claramente que vale a pena procurar e viver o Reino de Deus, isto vale mais do que todos os tesouros da terra e que o crescimento dele será discreto, sem ninguém perceber, mas efetivo. A Igreja tem a responsabilidade de orar e aumentar o reinado de Jesus
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Cristo entre os homens. O aumento do Reino de Deus deve ser o centro de nossa vida como membros da Igreja. Fazer com que Jesus Cristo reine no coração dos homens, no peito das casas, nas comunidades e nas cidades. Com isto nós poderemos chegar a um mundo novo no qual reinará o amor, a paz e a justiça e a salvação eterna de todos os homens. Para que Jesus reine em nossa vida, devemos em primeiro lugar conhecer Cristo. A leitura e reflexão do Evangelho, a oração pessoal e os sacramentos são os meios para conhece-Lo e as graças recebidas vão abrindo os nossos corações a seu amor. Trata-se de conhecer Cristo de uma maneira experimental e não só teleológica. Oremos com profundidade escutando o Cristo que nos fala. Ao conhecer Cristo expressaremos o amor de maneira espontânea, por que Ele é bondade. O amor a Cristo nos levará quase sem perceber a pensar como Cristo, querer como Cristo e sentir como Cristo, vivendo uma vida de verdadeira caridade e Cristandade autentica. Quando imitarmos Cristo conhecendo-o e amando-o, então podemos experimentar seu Reino. O compromisso apostólico consiste em levar nosso amor para a ação de estender o Reino de Cristo a todas as almas por meio de trabalhos concretos de apostolado. Nós não podemos parar. Nosso amor aumentará. Dedicar a nossa vida a expandir o Reino de Cristo na terra é o melhor que podemos fazer, pois Cristo nos recompensará com alegria e uma paz profunda e imperturbável em todas as circunstancias da vida. Ao longo da história existem inumeráveis testemunhos de cristãos que deram a vida por Cristo como o Rei de suas vidas.
Pastoral da Liturgia
Espaço litúrgico continuar a luta pela construção do Reino. Nenhuma atividade pastoral pode realizara-se sem referência à liturgia. Qualquer celebração tem sentido evangelizador e catequético. Toda ação pastoral terá como ponto de referência a liturgia, na qual se celebra a memória e se proclama a atualidade do projeto de Jesus Cristo. A celebração litúrgica, como a obra de Cristo Sacerdote, e da Igreja que é seu Corpo, é uma ação sagrada por excelência. Sua eficácia não é igualada por nenhuma outra ação da Igreja. Paz de Cristo Joel Pastoral da Liturgia
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O ponto culminante de uma comunidade Eclesial é a Celebração comunitária
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Liturgia é a ação do Povo de Deus, reunido em Jesus Cristo, na comunhão do Espírito Santo. É sempre uma celebração de Mistério Pascal, isto é, passagem da morte para vida, através de sinais, gestos e palavras. A liturgia é ação de Cristo na Igreja. O ponto culminante de uma comunidade Eclesial é a Celebração comunitária, onde todos expressam sua fé comum, ouvem o mesmo Senhor, Salvador e Libertador; agradecem a Deus, cantam as mesmas canções. Aí todos louvam a Deus e os laços do amor se fortalecem. Cresce a fraternidade e o Povo de Deus se reanima, sobretudo nos Sacramentos, para
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Falando Francamente Zamoura
A dificil arte de coordenar
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co-celebrante da santa Missa, e por aí vai. Graças a Deus, tivemos sempre excelentes coordenadores, inclusive quando coordenamos a pastoral familiar do Vicariato Suburbano, com seus coordenadores regionais e paroquiais. O trabalho do coordenador e/ou coordenadora nos trabalhos da Igreja deve ser pautado com disciplina, respeito aos coor-
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O coordenador é o representante do pároco. E como tal, deve agir com paciência e carinho sem autoritarismo e prepotência
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ueridos irmãos leitores, antes de enfocar o título acima, com muita alegria comento palavras da nossa comunidade, no que se refere à transformação do nosso O MENSAGEIRO, antes um jornal tipo tablóide, hoje uma revista com excelente apresentação, tendo a foto dos articulistas sem retoque, claro que uns ficaram mais bonitos do que os outros, como no caso do nosso ilustre deputado paroquiano Robson Leite, com sua jovialidade em potencial e sua pinta de galã de novela. Vários leitores nos procuraram, dizendo que, agora sim, dá gosto ler O MENSAGEIRO. Claro que discordamos desta opinião, pois foi modernizada a apresentação, mas o conteúdo é o mesmo. Parabéns à comissão responsável pelas modificações do nosso jornal. Deus queira que aumente a quantidade de leitores e que não haja encalhe dos exemplares. Mas, vamos ao que interessa. Sabemos que os trabalhos da nossa Igreja no âmbito das pastorais e dos movimentos tais como ECC, EAC EJC, entre outros, funcionam graças ao trabalho de seus coordenadores, casais ou não. Desde 1987, quando participamos do 15º ECC, convivemos com inúmeros coordenadores, com eles aprendemos que coordenar não é gerenciar nem chefiar. O próprio nome já diz COORDENAR, ou seja: ordenar com alguem ou alguns. É o caso do co-piloto,
denados, simplicidade e espiritualidade, Nada deve ser exigido e sim solicitado, nas reuniões, expressões como EU QUERO, EU EXIJO, NÃO QUERO, NÃO ADMITO etc... devem ser substituídas no modo condicional: EU GOSTARIA, EU PEDIRIA. Ora não podemos nem devemos adotar na Igreja, os mesmos procedimentos adotados com nossos subordinados nos ambientes de trabalho. Na Igreja temos o recurso da CORREÇÃO FRATERNA, enquanto lá fora acontece a ADVERTÊNCIA e/ou PUNIÇÃO. Recordamos um fato marcan-
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te, ocorrido na Pastoral da Ação Social, com um irmão, que graças a Deus está conosco e sua esposa é MECE. Logo que participaram do ECC, ele resolveu ser agente da referida pastoral, onde existe muito trabalho braçal, principalmente quando realizam o almoço mensal. Pois bem, o coordenador dirigiu-se a este irmão dizendo: “Negão, vá lá embaixo e traga pra cá aquelas caixas de refrigerantes, rápido!” Ora, nosso irmão novato, se espantou, pensou duas vezes para não responder mal e cumpriu a ordem. Claro que saiu da pastoral e felizmente não saiu da Igreja. Lamentavelmente, atitudes como estas não devem existir. Afinal, tudo na Igreja é doação, inclusive o trabalho voluntário dos agentes de pastoral. É necessário que o coordenador dê os melhores exemplos de assiduidade e pontualidade, que saiba ouvir seus coordenados, que podem ter excelentes sugestões que visam a melhoria e o aprimoramento dos trabalhos. O coordenador é o representante do pároco. E como tal, deve agir com paciência e carinho sem autoritarismo e prepotência. Nas reuniões, é indispensável que haja a escuta da palavra e as respectivas orações. Todos devem falar e serem ouvidos com atenção. Em suma, é preciso saber exercer a DIFICIL ARTE DE COODENAR . Louvores e Glórias a Deus. Zamoura (Da Diva) 15º E.C.C zamouraediva@oi.com.br
Loretando
Paulo Sobrinho
Turma da Berê
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omo já mencionei varias vezes fiz parte do grupo A Comunijovem, que era o maior grupo de jovens do Loreto, mesmo sendo o único. Tínhamos reuniões aos sábados á noite e na missa de domingo, às 18h. Era comum ao final das reuniões e das missas ficarmos de bobeira pela paróquia tocando violão e batendo papo até que o irmão Mario viesse nos colocar pra fora e fechar os portões, dali íamos dispersando aos poucos e cada um ia para suas casas. Passado um tempo, o grupo cresceu e surgiu a vontade de ficarmos mais tempo juntos, alguns já namoravam, outros tinham ensaios musicais ou teatrais e a maioria queria mesmo era continuar com o papo. Foi aí que surgiu a D. Berenice, esposa do Hamilton, mãe da Marise e Alexandre – mais conhecida como Berê. A partir de então nossos caminhos se uniam numa única direção; a casa da Berê e daí surgiu a Turma da Berê, um grupo extremamente familiar que passou a realizar todas as atividade na casa dela. O grupo jovem que agora já não era tão jovem encontrara seu porto seguro, local de paz e harmonia e nossos pais sabiam que ali tudo acontecia dentro da ordem, então ficavam tranquilos.
Muitos noivados, despedidas de solteiro, casamentos, batizados, e etc., foram realizados sob as bênçãos dessa família. Berê não deixava escapar um só momento para evangelizar, em todos os eventos havia a sua oração e nada acontecia se não começasse com um “Pai Nosso” e sua devoção a Nossa Senhora também era motivo de reflexão. Estar na casa da Berê era desfrutar de momentos maravilhosos. Essa família recebeu a todos por longos anos, desde 1973, meus filhos, sobrinhos, cunhados, irmãos, primos por vocação e tantos outros amigos eram sempre bem vindos. O tempo, que é implacável, já não nos permite estar tanto tempo juntos, mas as melhores lembranças continuam ligadas aquela casa, aquela família. Hoje a Berê, com idade avançada, já não suportaria tanta gente entrando e saindo, mas seu jeito de nos educar e educar nossos filhos ficou marcado em cada jovem que ali conviveu. A Berê e sua casa foram peças importantíssimas na construção de lares católicos, famílias sadias que até hoje guardam lembranças inesquecíveis. Esse artigo não é uma homenagem exclusiva para a Berê, mas para todas aquelas famílias que receberam
e recebem jovens em suas casas como se fossem seus filhos, uma forma doce e segura de mantê-los juntos e “vigiados”. Aqui na paróquia inúmeros são os tios que abriram as portas de suas casas para receber os amigos de seus filhos, uma forma abrangente de acolhimento. É a igreja saindo dos seus corredores e indo para as casas. As amizades criadas ali são fecundas e duradouras, hoje uns viraram padrinhos de casamento e dos filhos que vieram, são primos postiços, tios de coração, irmãos por amor. Essas casas são uma JMJ constante, nelas esses jovens se sentem a vontade e formam seu caráter na religião com fortes ligações familiares, independente de laços de sangue, pois são muito mais que isso, são unidos por amor, são unidos em nome do Cristo Familia. De uma forma ou de outra nossos destinos foram traçados no ventre dessas residências, sob o aconchego de tios postiços ao sabor de um carinho imensurável e que criaram raízes profundas. Essa é com certeza, a sagrada família de Cristo. Obrigado a cada “Berê” que recebeu e recebe nossos jovens. P.S. Somos todos peregrinos nessa vida. P.S. do P.S. Obrigado também a tia Malvina, mãe de Barbara e Lenora que me recebeu em sua casa como se fosse um filho por muito tempo.
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Ano da Fé
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umenta a nossa fé!” (cf. Lc 17,5). É o pedido dos Apóstolos ao Senhor Jesus ao perceberem que somente na fé, dom de Deus, podiam estabelecer uma relação pessoal com Ele e estar à altura da vocação de discípulos. O pedido foi motivado pela experiência dos seus limites. Não se sentiam suficientemente fortes para perdoar ao irmão. A fé é indispensável também para cumprir os sinais da presença do Reino de Deus no mundo. Jesus para encorajar os discípulos diz: “Tenham fé em Deus. Se alguém disser a esta montanha: ‘Levante-se e jogue-se no mar, e não duvidar no seu coração, mas acreditar que isso vai acontecer, assim acontecerá’. É por isso que eu digo a vocês: tudo o que vocês pedirem na oração, acreditem que já o receberam, e assim será” (cf. Mc 11,22-24). Por vezes o Senhor Jesus advertia “os Doze” pela sua pouca fé. À pergunta por que é que não conseguem expulsar o demônio, o Mestre responde: “É porque vocês não têm bastante fé” (cf. Mt 17,20). No mar de Tiberíades, antes de acalmar a tempestade, Jesus disse aos discípulos: “Por que vocês têm medo, homens de pouca fé? E, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e tudo ficou calmo” (cf. Mt 8,26). As breves reflexões bíblicas sobre a fé nos Evangelhos ajudam-nos a recordar as riquezas espirituais que foram adquiridas no decorrer do Ano da Fé, o qual chegará ao seu término no próximo dia 24 de novembro. Como vivemos num mundo onde tudo se prova e se comprova, até mesmo violentamente; onde quem não tem um papel de identidade simplesmente não existe; onde velhinhos doentes são obrigados a sair de suas casas sob um sol causticante a fim de comprovar que estão vivos e receber uma magra aposentadoria; é importante viver a bem-aventurança de crer sem ver, se faz necessário o contínuo aprendizado sobre o que é e como se deve viver a fé. Pois, crer que – como dizia o grande escritor mineiro Guimarães Rosa – “quando nada acontece há um milagre que não estamos vendo. Crer na palavra e no testemunho dos outros quando nos falam de Deus, de
seu amor e sua bondade, embora não o estejamos experimentando a nível sensível. Crer que Deus está disposto a qualquer coisa, – mas qualquer coisa mesmo – para ir buscar-nos na distância mais longínqua onde nosso pecado e nossa soberba nos tenha colocado”. A devoção da Igreja, sabiamente, nos oferece como possibilidade humilde e adorante repetir no momento da consagração, na santa missa, as palavras de Tomé. Quando o sacerdote repete as palavras da instituição da Eucaristia: “Isto é o meu corpo. Isto é o meu sangue” somos carinhosamente convidados pela Mãe Igreja a dizer em nosso coração a oração de Tomé: “Meu Senhor e meu Deus”. E esperar que a graça incomensurável do amor desse Deus que ressuscitou seu Filho da morte e que se dá em comida e bebida para nosso alimento comoverá nosso coração, curvará nossa dura cerviz e aumentará a nossa fé. Neste sentido, oAno da Fé em nossa paróquia foi um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. Iniciado no dia 11 de outubro de 2012, coincidindo com o 50.º aniversário de abertura do Concílio Vaticano II, o mesmo terminará no próximo dia 24 de novembro de 2013, Solenidade de Cristo Rei do Universo. Ao longo deste período, procuramos com esmero durante a realização das chamadas Terças de Estudos, as quais foram realizadas no plenário do CEPAR, redescobrir através do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, os quais se encontram no Catecismo da Igreja Católica e no Youcat (Catecismo da Igreja Católica para jovens) a sua síntese sistemática e orgânica. Foram momentos de “graça e de empenho para uma sempre mais plena conversão a Deus, para reforçar a nossa fé n’Ele e para anunciá-Lo com alegria ao homem do nosso tempo” (Papa Emérito Bento XVI). Não é a primeira vez que a Igreja é chamada a celebrar um Ano da Fé. O Papa Paulo VI, em 1967, proclamou um ano semelhante, para celebrar o 19.º centenário do martírio dos apóstolos Pedro e Paulo.
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A Liturgia é uma ação sagrada, através da qual se exerce e prolonga a obra sacerdotal de Cristo
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TOMAZ SILVA/ABR
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REPROUÇÃO
O então Papa Bento XVI considerou que fazer coincidir o início do Ano da Fé com o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II poderia ser uma ocasião propícia para compreender que os textos deixados em herança pelos Padres Conciliares, segundo as palavras do Beato João Paulo II, “não perdem o seu valor nem a sua beleza”. A motivação que levou Bento XVI a promulgar o Ano da Fé foi a necessidade de redescobrir a fé para uma melhor evangelização nestes tempos que estamos vivendo. Nos dias atuais, mais do que no passado, a fé vê-se sujeita a uma série de interrogativos, que provêm de uma mentalidade que reduz o âmbito das certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas. “Mas a Igreja nunca teve medo de mostrar que não é possível haver qualquer conflito entre fé e ciência autêntica, porque ambas tendem, embora por caminhos diferentes, para a verdade” (Papa Emérito Bento XVI). A fé deve ser sempre aprofundada pelos seus conteúdos. Assim “o Catecismo da Igreja Católica é um verdadeiro instrumento de apoio da fé. O professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso públicos. O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um fato privado. A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele. E este ‘estar com Ele’ introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita. A fé, precisamente porque é um ato da liberdade, exige também assumir a responsabilidade social daquilo que se acredita” (Papa Emérito Bento XVI). O Ano da Fé foi também uma ocasião propícia para intensificar o testemunho da caridade. “A fé sem a caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida. Fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra de realizar o seu caminho” (Papa Emérito Bento XVI). Também hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor de uma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé. “Na descoberta diária do seu amor, ganha força e vigor o compromisso missionário dos fiéis, que jamais pode faltar. Com efeito, a fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria. A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar” (Papa Emérito Bento XVI). Só acreditando é que a fé cresce e se revigora; não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria
vida, senão abandonar-se progressivamente nas mãos de um amor que se experimenta cada vez maior porque tem a sua origem em Deus. O Ano da Fé buscou promover um encontro pessoal com Jesus. Encontro este que ocorre imediatamente na Eucaristia e no estudo e vivência das Sagradas Escrituras, pois,através do testemunho prestado pela vida dos fiéis, brilha no mundo, a Palavra de verdade que o próprio Cristo nos deixou. Por isso que a logomarca que marcaram os eventos do Ano da Fé é representado por um barco, imagem da Igreja, navegando sobre as ondas. O mastro é uma cruz que iça as velas e que, com sinais dinâmicos, formam a trigrama do nome de Cristo (IHS). No fundo das velas é representado o sol associado a trigrama, que remete para a Eucaristia. E no hino, o refrão “Creio, Senhor, aumenta a nossa fé” (cf. Lc 17,5) uma invocação a Deus para que em todos nós aumente a fé, sempre tão fraca e necessitada da Sua graça. O Ano da Fé teve antes de tudo, uma pretensão de sustentar a fé de tantos fiéis que no cansaço quotidiano não cessam de confiar, com convicção e coragem, a própria existência ao Senhor Jesus. A proposta do Ano da Fé encaixa-se num contexto amplo, marcado por uma crise generalizada que afeta
também a fé. A crise de fé é expressão dramática de uma crise antropológica que deixou o homem a si mesmo; por isso se encontra hoje confuso, sozinho, à mercê de forças que nem sequer conhecem o rosto, e sem uma meta a qual direcionar sua existência. Assim, o Ano da Fé procurou ser um percurso que a comunidade cristã ofereceu a tantos que vivem com saudade de Deus e com o desejo de encontrá-Lo de novo. Porém, é necessário que os fiéis sintam a responsabilidade de oferecer a companhia da fé e se tornem próximos àqueles que perguntam a razão da nossa crença. Um dos objetivos do Ano da Fé, de fato, foi fazer do Credo a oração quotidiana, aprendida de cor, como era costume nos primeiros séculos do cristianismo. Segundo as palavras de Santo Agostinho: “Recebeste a fórmula da fé que é chamada Credo. E quando a receberem, imprimam-na no coração e repitam-na todos os dias interiormente. Antes de dormir, antes de sair, equipem-se deste vosso Símbolo. Ninguém escreve o Símbolo com o objetivo só de ser lido, mas para que seja meditado”. Além dos 50 anos da convocação do Concílio Vaticano II, completados no dia 11 de outubro de 2012, também se comemorou os 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, texto promulgado pelo Beato Papa João Paulo II. O Catecismo da Igreja Católica é sintetizado em quatro importantes assuntos: 1) Em que cremos; 2) Como celebrar os mistérios cristãos; 3) Como vive aquele que crê e 4)
Como devemos rezar. O estudo do mesmo é “um verdadeiro instrumento de apoio da fé, sobretudo para quantos têm a peito a formação dos cristãos, tão determinante no nosso contexto cultural” (Papa Emérito Bento XVI). Deus, bom e misericordioso, constantemente estende a sua mão ao homem e à Igreja, sempre disposto a fazer justiça aos seus eleitos. Eles, porém, são convidados a agarrar a sua mão e com fé pedir-Lhe ajuda. Tal condição não é óbvia, como se pode perceber pela densa pergunta de Jesus: “O Filho do Homem, quando vier, será que vai encontrar a fé sobre a terra?” (cf. Lc 18,8). Por esse motivo, também hoje a Igreja e os cristãos devem repetir assiduamente a súplica: “Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé” (cf. Mc 9,24). Espero que este Ano da Fé tenha sido para os nossos paroquianos um momento de firme relação com Cristo Senhor, dado que só n’Ele temos a certeza para olhar o futuro e a garantia dum amor autêntico e duradouro. Que tenha correspondido às expectativas e necessidades da Igreja de nosso tempo, invoquemos por intercessão de nossa Padroeira, Nossa Senhora de Loreto, a graça do Espírito Santo, que “Deus derramou abundantemente sobre nós, por meio de Jesus Cristo nosso Salvador” (cf. Tt 3,6), suplicando mais uma vez ao Senhor Jesus: “Aumenta a nossa fé!” (cf. Lc 17,5). Pe. Francisco Aparecido da Silva, CRSP.
Fé & Dons:
A Igreja que vai ao encontro do que se perde
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o momento histórico, em que temos um Papa latino que por natureza sabe como acolher as pessoas, em particular os mais humildes, com um sorriso, com uma palavra amiga, de incentivo, de encorajamento e também de protesto contra as injustiças, quando esse Papa vem demonstrando a sua preocupação com a situação de abandono do ser humano, seja do ponto de vista social e espiritual e, quando fala sobre a necessidade da Igreja olhar com mais atenção à situação dos casais em situação especial, entre tantos outros casos de pessoas que no decorrer de suas vidas, vão ficando esquecidas pela comunidade, porque em algum momento, saíram da condição que as igualava aos demais, eis que temos o Fé & Dons! Pérola da nossa paróquia, Movimento que insistentemente vem, há 15 anos, ao encontro daquele que se perdeu, mas que quer 18
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muito voltar, quer fazer parte do corpo de Cristo, quer colocar seus dons a serviço, quer ser feliz! Que alegria! Que bom para nossa Paróquia ser pioneira também na iniciativa de criar um movimento, capaz de mobilizar tantas pessoas diferentes na idade, na condição social, na formação religiosa, na situação familiar e mesmo assim consegue uni-las no objetivo comum de apresentar Jesus e a Igreja à todos aqueles que se acham desamparados, afastados de Deus, da Fé, dos Sacramentos, da família e muitas vezes de si mesmos. São jovens, adultos, idosos que juntos e misturados vêm construindo um lugar especial dentro da nossa comunidade de fé: A família dos agarradinhos! Mas de onde veio essa ideia, quem foram as pessoas que começaram a escrever essa linda história?
A CRIAÇÃO DO FÉ & DONS Cristiane Lopes foi a idealizadora do Fé & Dons e nos conta como tudo aconteceu. “A ideia surgiu durante o curso de crisma para adultos, na casa das irmãs de Belém. Percebi que muitas pessoas, por diversos motivos (ou porque eram separadas, ou pela idade ou mesmo por falta de informação), não tinham vinculo com a igreja. Eram pessoas que se achavam excluídas, pois não se enquadravam nos movimentos e
pastorais existentes no Loreto, somente frequentavam as missas. Diante disso, tive a ideia de criar um Encontro voltado para essas pessoas: Um Encontro de FÉ com informações relevantes para que elas pudessem participar da igreja através dos seus DONS, colocando-os a serviço da comunidade. Conversei com o Elísio (da Suzana) sobre o assunto e como nós havíamos saído da Coordenação do EJC, decidimos conversar com
o Padre Sebastião e pedir autorização para o Encontro. Numa noite, apresentamos a ideia a ele, que nos respondeu: “estou pesando os dois lados da balança”. A cada pergunta feita, dávamos respostas coerentes, mostrando que a nossa paróquia precisava aumentar a participação das pessoas nas pastorais. Assim o Padre Sebastião concordou com a montagem do Encontro. Padre Vitor assumiu logo depois a Paróquia e deu todo o apoio para o Encontro”.
A MONTAGEM DO 1° FÉ & DONS Jorginho, da equipe de música da Missa das 10:30h, nos conta como foi a montagem do Primeiro Encontro Fé & Dons: “Com a ideia maravilhosa da Cristiane aprovada pelo padre, ela e Elísio, convidaram as pessoas saídas do EJC, com bastante experiência em encontros, mas principalmente, com uma grande amizade (amigos até hoje, inclusive muitos padrinhos de filhos, casamentos etc). Foi assim, que em um sábado a tarde, na sala da casa do Paulo e Deise (Ministra), pais da Sandroca (do Bira), que começamos a montar/desenhar o Encontro. Contamos com a participação da Cristiane, Natasha, Sandroca, Suzana, Márcia, Mônica, Claudia, Patrícia, Gabi, Claudinha, eu (Jorginho), Bira, Betinho, Cidinho e Elísio. Montamos a estrutura do encontro, que tinha que ser diferente do que já existia. Essa estrutura foi escrita em um supercomputador da época: Um minicaderno! Difícil foi escolher o nome do Encontro: Saiu “fumaça”, várias sugestões, porém no final, percebemos que o nome do Encontro estava na origem da ideia da Cristiane: ter um Encontro de FÉ com informações relevantes para elas poderem participar da igreja através dos seus DONS: Fé e Dons ... Aprovado !!! Como disse a Cristiane: Em todas as etapas de montagem estávamos sendo guiados pelo Espírito Santo, pois tudo foi sendo criado de forma tranquila e novas
pessoas foram se incorporando ao trabalho ( Aurélio, Helder e outras pessoas queridas). Não tínhamos material para montar o encontro, então pedimos ajuda a Comunidade. Um fato que marcou a todos nós: Não tínhamos equipe de cozinha, alias não tínhamos nem cozinha, então fomos a todas as missas explicar o Encontro e soliOutubro 2013
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citar comida para sábado e domingo. Ficamos bastante preocupados, mas no dia do encontro as pessoas chegavam em massa, com vários pratos, recebemos três vezes mais do que precisávamos, e o que foi mais legal: As pessoas que trouxeram os alimentos ficaram para ajudar a servir e limpar, pois perceberam o pequeno grupo da equipe do encontro e fizeram com muita satisfação e alegria (fico emocionado ao lembra disso). Assim foi montado o 1° Fé e Dons!!! Com muita vontade, pouca estrutura, mas com muito amor ao próximo”. Cristiane continuou: “No dia do encontro tivemos a grata surpresa de receber o Padre Sebastião para abertura. Não esperávamos, pois não tínhamos a confirmação da sua participação, e ele disse: “Eu precisava ver com meus olhos e ouvir com meus ouvidos, aquilo que foi imaginado no dia da aprovação da ideia”. Também a missa de encerramento com o Loretão todo apagado, com iluminação especial e velas, foi emocionante!!!! No 1° encontro, tivemos a participação dos representantes das Pastorais, esclarecendo sobre os trabalhos realizados. Foi muito útil na vida daquelas pessoas. Algumas se engajaram naquele momento e estão até hoje. Jorginho concluiu: “Tínhamos decidido que o 2° Fé e Dons, teria que ser coordenado e realizado pelos parti-
cipantes do primeiro e, se não fosse assim não deveria ir à frente. Deveria seguir através dos dons dos novos participantes. Esse foi o grande sucesso: As coordenações seguintes e suas respectivas equipes deram continuidade de forma brilhante, aperfeiçoaram e muito o Encontro e transformaram o Fé e Dons nesse Movimento tão importante dentro do Loreto.” Conversamos também com Sandra Barbosa, que participou do 1º Encontro e está até hoje no Movimento, com uma contribuição valorosa para todos os que chegam e recebem seu carinho, sua atenção, alegria e entusiasmo, como se fosse a primeira vez: “Tive a felicidade de fazer o Primeiro Encontro Fé & Dons e trabalhei em quase todos os demais, até hoje. Ganhei uma nova família e aos poucos fui me identificando com o trabalho na paróquia e fui ganhando mais e mais amigos. O Movimento marcou o início da minha caminhada na Igreja, por isso é muito importante para mim. Aprendi a acolher, viver em comunidade, ter a alegria de me sentir útil e parte de uma família, amando e respeitando o próximo com suas limitações e diferenças” concluiu. Texto e Edição: Ana Clébia - Pascom Loreto
Lucílio, Gilberto, Jorginho e George: Ex coordenadores na homenagem pelos 15 Anos do Movimento 20
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Ação Social em Ação Ajudar vicia. Vicie-se nesta ideia Seja solidário, a paróquia precisa de vocês Prezados paroquianos , Quando estamos nos caminhos do Senhor e verdadeiramente a palavra de Deus está introduzida em nossos corações, já não conseguimos viver para nós mesmo e sim para Deus e para todos aqueles que vivem junto de nós. E, existem muitas coisas que vemos em nosso dia a dia, como também no mundo, e, uma destas coisas é ver as pessoas que passam necessidades de alimento, ou melhor, pessoas que estão dentro da igreja e pessoas que estão fora da igreja e passam fome. Vemos famílias inteiras sem ter o que comer, incluindo crianças. Tentando minimizar o sofrimento dessas famílias a Pastoral da Ação Social realiza durante o ano os seguintes trabalhos: • Atendimento mensal de cerca de 200 famílias, com visitas regulares as moradias dessas famílias através dos nossos agentes pastorais; • Distribuição de 200 (duzentas) cestas básicas mensalmente, no total de aproximadamente 03 (três) toneladas mensais de alimentos com 15 itens (açúcar, arroz, café, farinha, feijão, fubá, macarrão, maisena, sal, leite em pó, óleo, creme dental, sabão em barra, papel higiênco e ovos) e artigos extras: biscoitos, enlatados, material de limpeza, achocolatados etc, quando disponíveis. • Atendimento, quando possível, com bolsas extras de alimentos as famílias necessitadas e não cadastrados no nosso programa; • Distribuição de Medicamentos - interagindo com a Pastoral da Saúde. • Realização de eventos para arrecadar recursos para o FREMA - Fundo de Recuperação das Moradias dos Assistidos; • Recebimento e distribuição de roupas e sapatos usados em geral; • Eventos sociais (Almoços, Bailes e Festivas da Pastoral) objetivando arrecadar fundos e estreitar o convívio social da comunidade • Gerenciamento da CANTINA PAROQUIAL, cuja receita destina-se integralmente a manutenção das cestas básicas e medicamentos para os assistidos. • Realização de campanhas durante o ano - Quilo, Cobertores e agasalhos e Natal Solidário.
Você quer fazer parte desta brigada? A PASTORAL DA AÇÃO SOCIAL está aberta a toda comunidade para receber novos membros, venha fazer parte desse trabalho, estamos precisando de novos agentes pastorais para atender as famílias assistidas. Traga seu coração, suas idéias e compartilhe. Nossas reuniões no mês de novembro serão realizadas nos dias 04 e 18 e a entrega de cesta básica será no dia 24, venha participar conosco.
Nascimento de Jacarepaguá, berço do Loreto (4)
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as primeiras décadas do século XVII, as imediações da Pedra do Galo já possuíam razoável povoamento, em virtude dos diversos arrendamentos feitos por Correia de Sá. A chegada dos primeiros escravos no Rio de Janeiro aconteceu em 1614. A maioria veio para os grandes foros que surgiam em Jacarepaguá. Um dos principais foreiros foi Rodrigo da Veiga, que criou o Engenho D’Água por volta do ano de 1616, bem antes de Gonçalo Correia de Sá fundar o Engenho do Camorim em 1622. Três anos depois, em 1625, Gonçalo ergueria a Capela de São Gonçalo do Amarante nas terras desse engenho. Mais tarde, o Padre Manuel de Araújo construiria, no alto da Pedra do Galo, a Igreja de Nossa Senhora da Pena. Então, lá embaixo, no lugar chamado Porta D’Água, começaria a surgir o primeiro núcleo populacional de Jacarepaguá. Até então a viagem para Jacarepaguá era somente feita pelo mar, pela Barra da Tijuca e lagoas. Os viajantes, todavia, ficavam na dependência de embarcações de algum calado, para enfrentar o mar. A fim de que esses pioneiros do século XVII pudessem levar a produção de seus engenhos e fazendas para a longínqua Freguesia de São Sebastião do Rio de Janeiro com mais facilidade, foram abertos caminhos que deram origens aos atuais logradouros. As mercadorias atravessavam o Vale do Marangá (atual região da Praça Seca) até o porto fluvial de Irajá (local onde surgiu a Freguesia de Irajá). Daí seguiam em pequenos barcos pelo Rio Irajá e Baía da Guanabara para atingir o cais da atual Praça Quinze. Gonçalo Correia de Sá casou-se com Dona Esperança da Costa. Dessa união nasceu a filha Vitória de Sá. Em 1628, chegou ao Rio de Janeiro o fidalgo espanhol Dom Luís Céspedes Xeria, que viajava desde Madri para Assunção, a fim de assumir o cargo de governador do Paraguai. Céspedes foi hóspede oficial da cidade, pois, na época, Portugal e Espanha estavam unificados sobre a mesma coroa. No dia 21 de março de 1628, em grande festa na casa do então governador do Rio de Janeiro - Martim Correia de Sá, Céspedes casou-se com Vitória Correia de Sá, filha de Gonçalo e sobrinha de Martim. Como dote de casamento, 22
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Gonçalo doou parte de sua sesmaria de Jacarepaguá a Dom Luís Céspedes. Os irmãos Correia de Sá faleceram anos depois: Martim em 1632 e Gonçalo em 1634. Nesse mesmo ano de 1634, a mulher de Gonçalo, D. Esperança, e a filha Vitória venderam a propriedade a Salvador Correia de Sá e Benevides, filho do falecido Martim. Dona Vitória, entretanto, não se desfez de tudo. Ela continuou com a parte que o marido recebera de seu pai como dote de casamento. Essa grande fração de terras seria doada, em testamento feito por ela no dia 30 de janeiro de 1667, ao Mosteiro de São Bento. Até os dias de hoje há brigas judiciais por posses de terrenos, por causa das diversas cadeias sucessórias que se formaram a partir do século XVII. A seqüência de divisões, heranças e vendas das primeiras sesmarias, deram como resultado, o surgimento de inúmeros engenhos e fazendas na região, durante os anos 1600 e 1700, como veremos nos próximos capítulos. O mapa abaixo mostra a cidade do Rio de Janeiro por volta de 1700. Ela acabava de descer o morro do Castelo e se expandia pela planície. Pelas indicações do mapa podemos imaginar a dificuldade para se chegar ao centro da cidade . Podemos também ver o quanto a cidade crescerá nos três séculos seguintes. Sergio Villié
Primeiras celebrações de outubro
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m um mês com tantas comemorações, como outubro, iniciadas no dia 02, quando celebramos o dia dos Santos Anjos da Guarda, tivemos também a graça de celebrarmos o dia da nossa querida mãe, Nossa Senhora Aparecida que intercede por nós. Aqui no Loreto, no dia dela, que também é dia das crianças, tivemos ainda a primeira comunhão das crianças, que no seu dia, estão iniciando sua caminhada cristã. Uma data bem conveniente para lembrarmos Aquela jovem que sem ter tido sequer uma mancha de pecado, deu a luz ao nosso salvador Jesus Cristo. Já no dia 13, foi a acolhida de N. Senhora de Fátima no Vaticano, com a benção do Papa Francisco. Neste dia, também foi a comemoração de N. Senhora de Nazaré que teve, em Belém, uma festa digna de uma rainha. Como fez questão de ressaltar o nosso padre Sebastião, que sigamos esse exemplo: “que esses jovens que estão se formando na catequese nessa data tão bonita, espelhem - se nEla
e que a fé que nos move, nos aproxime cada vez mais da tão perfeita Ave Maria”. Tamara Ribeiro - Pascom Loreto
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Fé e Política Robson Leite
“50 anos da Encíclica Pacem in Terris”
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m outubro ultimo, o Vaticano celebrou em Roma os 50 anos da Encíclica Pacem in Terris. Foram promovidas discussões sobre o famoso documento, assinado pelo Papa João XXIII, no ano de 1963. Pacem in Terris – que em português significa Paz na Terra – foi publicada no auge da chamada guerra-fria entre os Estados Unidos e a então União Soviética. O documento pedia a paz de todos os povos na base da Verdade, Justiça, Caridade e Liberdade, tendo sido publicado dois meses antes da morte do papa João XXIII. À época, ela já apontava para temas urgentes e necessários para a reflexão de todos, como a educação, a cultura e a liberdade ao trabalho. A Pacem in Terris tem um lugar importante na nossa igreja, pois é um texto que se refere aos pobres e desamparados. No capítulo dos Direitos, por exemplo, a encíclica afirma: “O ser humano tem direito à existência, à integridade física e a um digno padrão de vida”. Este capítulo, aliás, é uma verdadeira aula de direitos sociais. Em outro trecho, está escrito: “A pessoa tem também o direito de ser amparada em caso de doença, de invalidez, de viuvez, de velhice, de desemprego forçado, e em qualquer outro caso de privação dos meios de sustento”. O papa João XXIII também rogava para que os países mais poderosos cessassem a corrida armamentista da época, que trazia o perigo da guerra nuclear. Assim, João XXIII afirmou que “a paz na terra, anseio profundo de todos os homens de todos os tempos, não se pode estabelecer nem consolidar senão no pleno respeito da ordem instituída por Deus”. Em outra parte fundamental do texto, a encíclica aborda as relações entre os indivíduos e os poderes públicos. João XXIII considera que a autoridade vem de Deus, mas que deve ser sempre “orientada para a promoção do bem comum e dos direitos humanos”.
Na parte final da encíclica, João XXIII recomenda a participação de nós, católicos, em todos os setores da sociedade, seja na economia, seja na política. Neste trecho, há a famosa frase em que o papa exorta todas as pessoas de boa vontade, que são chamadas a uma “imensa tarefa de recompor as relações da convivência na verdade, na justiça, no amor e na liberdade”. Nas discussões sobre a encíclica realizadas pelo Vaticano, a reflexão teve dois temas gerais. O primeiro foi a formação de novas gerações de católicos comprometidos com a boa política – esta discussão contou com a contribuição de reitores e professores das universidades católicas de todo o mundo. O segundo tema versou sobre a importância da encíclica no mundo de hoje. A comemoração realizada pelo Vaticano nos faz lembrar como a encíclica Pacem in Terris é atual, e de como os governantes mundiais, ao que parece, pouco aprenderam sobre o bem comum. O Papa João XXIII queria a consolidação da “Paz na terra”, anseio profundo de todos os homens e mulheres de boa vontade. Assim, a encíclica Pacem in Terris quer nos dizer que temos que lutar, diariamente, para construir o reino de justiça, de paz e sem exclusões que o evangelho prega.
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A encíclica afirma: “O ser humano tem direito à existência, à integridade física e a um digno padrão de vida”
O Mensageiro
Outubro 2013
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Um grande abraço e Paz e Bem a todos e todas. Robson Leite é deputado estadual, professor e escritor. É paroquiano da Igreja da Nossa Senhora do Loreto há mais de 30 anos , tendo sido fundador e coordenador do Grupo de Fé e Política. Foi coordenador da Pastoral de Crisma e da Pastoral da Juventude. Atualmente integra o Encontro de Casais com Cristo (ECC) e participa da coordenação dos Círculos Bíblicos do Vicariato de Jacarepaguá. www.robsonleite.com.br www.facebook.com.br/robsonleitept
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Dia 03
Feijoada dos Movimentos para reforma das cadeiras do plenário às 12h Dia 05 Conselho Pastoral – 20h30 - SCJ Dia 06 Missa no Conjunto Independência às 19h30 Dia 09 Assembléia Arquidiocesana de Coordenadores da Catequese Dias 09 E 10 Curso da E. E. Santo André –– CEPAR Dia 10 Almoço do FREMA – 12h no Pátio das Mangueiras Dia 12 Terça de Estudos - Ano da Fé - às 20h30 - Plenário Dia 16 Missa Solene N. Sra. da Divina Providência às 7h e às 18h30 Dias 16 e 17 Adoração das Quarenta Horas (Capela do CEPAR) Dia 28 Missa no Bahiense às 18h Dia 28 Conselhão 2014 às 20h - SCJ Missas nos Hospitais e Casa de Repouso: Dia 08 C.A.T.I. às 16h Dia 15 Estância São José às 15h30 Dia 22 Hospital Rios D’OR às 15h Pastoral Familiar EPVM Curso de Noivos n° 213 – Dias: 02/09/16/23/30 às 18h30min – SCJ ECC Dias: 22/23/24 - CEPAR Juventude Dia 3 DNJ – Dia Nacional da Juventude – Catedral EJC – dias 22/23/24 (encontro fora) Encerramento dia 24 missa 19h Ação Social Dia 24 Entrega de Bolsas aos Assistidos - no Salão Zaccaria Grupos Grupo de Oração Jesus Ressurgiu: Toda segunda-feira às 14h30 – Santuário Grupo de Oração N. Sra. de Loreto: Toda segunda-feira às 20h30 – Santuário Terço dos Homens: Toda terça-feira às 20h30 – Santuário Terço da Misericórdia: Toda quarta-feira às 15h - Santuário Coral do Loreto: Ensaios toda segunda-feira às 17h e sextafeira às 20h - Salão Zaccaria.
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loretinho
Elaborado pelas Irmãs de Belém
Queridos amigos, chegamos ao mês de novembro! É tempo de agradecer e de rever a caminhada! Nenhum de meus atos deve ser impedimento para minha salvação. Cristo pode com sua graça tirar sempre o bem do mal – se eu quiser... “Santo é o pecador que não desiste” (Madre Maria Helena Cavalcanti)
SIM OU NÃO
Para sermos felizes, já nesta vida e por toda a eternidade, precisamos IMITAR JESUS. Ele é nosso modelo! E ser parecido com Jesus é ser SANTO! Como nos ensina nossa Mãezinha “A santidade é uma resposta!” Guardemos no coração as ações positivas que são sinais de nossa resposta ao amor de Deus.
SIM
ASSINALE COM X Participar da Missa todos os domingos, cantando, comungando e rezando em comunidade. Ser egoísta não me importando com os outros. Ser solidário com as pessoas que necessitam de ajuda. Ser responsável em meus compromissos: estudo, trabalho, vida familiar e pastoral. Preservar o meio ambiente colaborando na construção de um mundo melhor.
PARA REFLETIR...
GESTO CONCRETO Só Jesus é Mestre! Ele nos ensinou a viver e já nos deu a resposta do que devemos fazer para “passar” no teste final. Você conhece as pistas para o caminho da FELICIDADE QUE Ele nos deixou? “Ensina-me, Senhor, a bondade, a ciência e a disciplina.” (Sl118)
AGRADECIMENTOS “Alegrai-vos sempre no Senhor.” (Fl 4,4) Agradecemos a nossa COMUNIDADE PAROQUIAL – a VOCÊ – que faz parte da nossa vida e a todos que colaboram para o Encontrão da Catequese 2013. Deus lhe pague! Agradecemos especialmente aos nossos adolescentes e crianças que são a ALEGRIA da festa. Que Deus os abençoe sempre!
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O Mensageiro
NÃO
Outubro 2013
“Não sei bem como será o céu, mas sei que, quando morrermos, será tempo de Deus nos julgar. Então Ele não nos perguntará: ‘Quantas coisas boas fizeste na tua vida? ’ Ele perguntar-nos-á antes: ‘Com quanto amor fizeste aquilo que fizeste? ’” Madre Teresa de Calcutá
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O Mensageiro
Outubro 2013