Ano XXXIV - nº 408 Novembro de 2018 Distribuição gratuita
Informativo da Paróquia e Santuário Nossa Senhora de Loreto Fundada em 6.3.1661 www.loreto.org.br
Índice Expediente EDITOR CHEFE: Pe. Sebastião N. Cintra DIREÇÃO ESPIRITUAL: Pe. Sebastião N. Cintra COORDENAÇÃO emérita: Hélia Fraga COORDENAÇÃO E EDIÇÃO: Ana Clébia FOTOS: Pascom Loreto CAPA: Corredeira COMERCIAL: Bira e Claudete DIAGRAMAÇÃO: Lionel Mota IMPRESSÃO: Gráfica Grafitto Tiragem: 2 mil exemplares
15 Editorial................................................................................................................................ 3 Temas Bíblicos.................................................................................................................... 4 Oração Cristã...................................................................................................................... 5 Espaço teológico ................................................................................................................ 6 Loretando............................................................................................................................. 7 Encontro de Casais com Cristo ������������������������������������������������������������������������������������� 8 Ser e agir como republicanos ���������������������������������������������������������������������������������������10 Loreto em Ação - EJC..........................................................................................................................................14 Loreto em Ação - Encontro de Gestantes ������������������������������������������������������������������15 Loreto em Ação - Dia do Aviador �������������������������������������������������������������������������������������������������15 Bem-Estar...............................................................................................................................................16 Coluna Jovem....................................................................................................................17 São Martinho de Lima....................................................................................................18 Pé na estrada, terço na mão ������������������������������������������������������������������������������������������19 Colaboração do Leitor....................................................................................................20 Coluna Cultural................................................................................................................21 Santuário da Adoção.......................................................................................................22 Fé e Política........................................................................................................................24 Anote em sua Agenda......................................................................................................25 Loretinho............................................................................................................................26
Expediente Paroquial MATRIZ PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE LORETO End.: Ladeira da Freguesia, 375 - Freguesia Jacarepaguá - RJ - CEP 22760-090 Tel.: 3392-4402 e 2425-0900 Emails: adm@loreto.org.br (Administração) secretaria@loreto.org.br (Secretaria) Site: www.loreto.org.br
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4ª18h Sáb 16h (catequese) Dom 7h30
HORÁRIO DA SECRETARIA Segunda a Domingo das 08:00 às 20:00 horas HORÁRIO DAS MISSAS Segunda a sexta7h e 19h30. Sábado7h e 18h30. Dom7h; 8h30 (crianças); 10h30 e 19h.
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CONFISSÕES 3ª a 6ªde 9 às 11h e de 15 às 17h 3ª a 6ª das 20h às 22h. (Ligar antes para
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CAPELAS Endereços das Capelas e os Horários das Missas NOSSA SENHORA DE BELÉM
SANTO ANTONIO
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Dom 11h
Dia Mundial dos Pobres
Editorial Pe. Sebastião Noronha Cintra*
Querido paroquiano, prezado leitor. Mãe da Divina Providência é o título de Nossa Senhora ligado aos Barnabitas e às irmãs Angélicas. Vamos celebrar a sua Solenidade dia 17. A mensagem que Maria deixa para nós é a do serviço aos nossos irmãos necessitados. Como ela esteve presente no casamento de Caná, atenta ao que acontecia na festa, percebeu a falta do vinho e intercedeu junto ao Filho Jesus para o primeiro milagre, transformando água em vinho. Este é o Evangelho proclamado na liturgia da sua festa. O Movimento das Mães que oram pelos filhos fará um retiro dia 17 inspirado nessa invocação. A Pastoral Familiar manifesta muita alegria ao noticiar o segundo Encontro de Gestantes que aconteceu este mês de outubro. Também temos o testemunho sobre o ECC com o convite para participar do encontro, da pastoral Familiar e das outras pastorais. Muito importante também é a matéria sobre o Sínodo dos Jovens trazendo a Mensagem das Padres Sinodais aos jovens. Depois de um ano da sua instituição pelo Papa, celebramos o DIA MUNDIAL DOS POBRES no dia 18 de novembro. Será celebrado todos os anos no XXXIII domingo do tempo comum. Então Francisco declarava: “A pobreza é fruto da injustiça social, da miséria moral, da avidez de poucos e da indiferença generalizada!”. Na mensagem deste ano, Papa Francisco pede que nos inspiremos no Salmo 34: a oração do pobre. Relação do pobre com Deus. O pobre grita; Deus responde e liberta. E convida toda a Igreja a celebrar esse dia com a marca da alegria: Rezar juntos em comunidade e partilhar a refeição no dia de domingo. Uma experiência que nos leva de volta à primeira comunidade cristã. “Os pobres evangelizam-nos, ajudando-nos a descobrir cada dia a beleza do Evangelho. Estamos preparando com muito carinho a Festa da Padroeira. Será nos dias 8 e 9 de dezembro a festa externa com as barraquinhas e a carreata Na preparação espiritual, celebraremos a novena a cada dia entre 1 e 9 de dezembro com celebrações, reza do terço e orações próprias para a ocasião. O dia 10 é a Festa Oficial. Todo dia 10 o Santuário está aberto todo o dia. Este mês teremos uma novidade. Uma Camerata Musical para formação cultural dos fiéis frequentadores do Santuário. Será ao meio dia e às 17h30m. Música Clássica e Contemporânea a embelezar o nosso Santuário. Mais um destaque deste mês é a página do Santuário da Adoção com uma história emocionante de uma adoção. Após as eleições, será muito útil a reflexão sobre nosso posicionamento político olhando a história do nosso país. Nossa Senhora de Loreto, em cuja casa morou o Filho de Deus, rogai por nós.
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A pobreza é fruto da injustiça social, da miséria moral, da avidez de poucos e da indiferença generalizada!
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Temas bíblicos
O Evangelho de São Marcos
Marcos (8) Mc 6
Padre Fernando Capra
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aracteriza-se Mc 6 pela sua unidade temática: apresenta o dinamismo da ação à qual Jesus deu início com a sua obra, que encontrará a sua perpetuação na sua Igreja, tendo como seu alicerce os Apóstolos. No momento em que Marcos fala daquilo que acontece quando os Apóstolos se reencontram com Jesus, ao voltar da missão à qual foram enviados, nos é revelado qual deve ser a atividade fundamental da Igreja que tem como sua Cabeça, o Princípio, o Primogênito dos mortos, “Aquele em quem habita corporalmente a plenitude da divindade” (Cl 2,9), de quem tudo foi dito pela catequese apostólica e que o evangelista nos relata nos primeiros cinco capítulos do seu evangelho. Na sinagoga de Nazaré Jesus anuncia o seu programa messiânico (cf. Mc 1,15), declarando que nele se realiza a figura profética de Is 61, que, por sua vez encontra a sua ilustração em Is 11. A sua condição de “Palavra de Vida, Vida, Vida eterna” (1Jo 1,1-2) é explicitada pela sua persistente ação, qual a de ir a todo lugar para anunciar a Boa Nova, “porque, como ele afirma, foi para isto que eu saí” (Mc 1,38). Aos apóstolos confia a mesma missão que no seu início terá que se assemelhar àquela de João Batista, que pregou a conversão. Acompanhá-la-á, contudo, a ação de exorcizar, para indicar que chegou o Reino de Deus. Jesus, então, lembra aos seus Apóstolos que a sua pregação terá a sua credibilidade se motivada pelo desprendimento de tudo o que o homem deseja possuir, a exemplo do Filho do Homem que “não tem onde deitar a cabeça”. A incompreensão acompanhada por um espíri-
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to de revolta sempre se manifestará como aconteceu para ele, como relata a narrativa paralela de Lc 4,16-30, e como aconteceu para João Batista, vítima da raiva de Herodíades. O alimento que sustentará o povo, uma vez beneficiado pela cura de todos os seus males, será a Palavra e o Pão que o próprio Jesus se prontifica em oferecer. Constatamo-lo no fato que Jesus toma a iniciativa de pregar ao povo que o procura, não obstante tenha tentando se refugiar num lugar solitário, após a volta dos Apóstolos da sua missão; e no fato que toma até a iniciativa de ele querer alimentar as multidões. Temos que notar que a refeição foi oferecida a “cinco mil homens”. O número indica uma multidão que na sua totalidade sempre se apresentará para ser saciada. Aqui, de fato, num contexto que ilustra o dinamismo de um povo que lembra Israel guiado pelo deserto por Moisés que o alimenta com o maná, é ilustrada a Eucaristia que Jesus instituirá na véspera de dar o seu testemunho e será vítima da incompreensão do povo e da prepotência das autoridades terrenas, que o levarão à morte. Para que fique claro aos Apóstolos quem é o seu Mestre, Jesus sela todo o seu ensinamento, iniciado na sinagoga de Nazaré, com uma aparição que o revela em toda a sua autoridade divina, ao silenciando o vento e acalmar o mar. É aquilo que devemos entender quando celebramos a Eucaristia. Quem guia a Igreja é Jesus que, pelas Escrituras, nos diz ser Aquele que vem, na potência do Espírito, para nos arrancar do poder das trevas e nos transportar no reino da luz: a Palavra da Vida que nos sustenta para que não esmoreçamos nas tribulações, provocadas pelas perseguições por causa da nossa fé.
Oração cristã Jane do Térsio
A Oração da Igreja A oração de súplica Deus que nos conhece a fundo sabe de que precisamos. No entanto, Deus quer que “peçamos”: que nas necessidades da nossa vida nos viremos para Ele gritemos por Ele, supliquemos, nos lamentemos, O chamemos e até discutamos com Ele na oração. É pela oração de súplica que exprimimos a consciência de nossa relação com Deus. É evidente que Deus, para nos ajudar, não precisa das nossas súplicas. A atitude de pedir deve ser tomada, sobretudo por nossa causa, pois quem não pede e não quer pedir fecha-se em si mesmo. Só a pessoa que pede se abre e recorre ao Autor de todo o bem. Quem pede regressa à casa de Deus. Portanto, a oração de súplica leva o ser humano à correta relação com Deus, que respeita a nossa liberdade. Há diversas formas da oração de súplica: pode ser um pedido de perdão ou também uma súplica humilde e confiante para todas as nossas necessidades, tanto espirituais como materiais. Mas a primeira realidade a ser desejada é a vinda do Reino. A súplica cristã está centrada no desejo e na procura do Reino que vem, de acordo com o ensinamento de Jesus. Existe uma hierarquia nos pedidos: primeiro o Reino, depois o que é necessário para acolhê-lo e cooperar para sua vinda. Pela oração, todo batizado trabalha para a Vinda do Reino. São Paulo e São Tiago nos exortam a orar em todo tempo. O Novo Testamento contém poucas orações de lamentações, frequentes no Antigo Testamento. Agora, em Cristo ressuscitado, o pedido da Igreja é sustentado pela esperança, embora estejamos ainda na expectativa e devamos nos converter cada dia. O pedido de perdão é o primeiro movimento da oração de súplica, como vemos, por exemplo, na oração do publicano “Tem piedade de mim, pecador” (Lc 18,13). É a condição prévia de uma oração justa e pura. A humildade confiante nos repõe na luz da comunhão com o Pai e seu Filho, Jesus Cristo, e uns com os outros. O pedido de perdão é a condição prévia da liturgia eucarística, como da oração pessoal. A oração de intercessão A intercessão consiste em pedir em favor do outro. Ela nos informa e nos une à oração de Jesus, que é o único
intercessor junto ao Pai em favor de todos os homens, dos pecadores, sobretudo. Devemos orar sempre por todos os que estão nos nossos corações, mesmo os que estão longe e mesmo aqueles considerados como inimigos. Interceder, pedir em favor de outro desde Abraão, é próprio do coração que está em consonância com a misericórdia de Deus. No tempo da Igreja, a intercessão cristã participa da de Cristo; é a expressão da comunhão dos santos. As primeiras comunidades cristãs viveram intensamente essa forma de partilha. Na intercessão, aquele que ora “não procura seus próprios interesses, mas pensa, sobretudo nos dos outros” (Fl 2,4) e reza por aqueles que lhe fazem mal. Oração de ação de graças A Igreja dá graças a Deus incessantemente, sobretudo ao celebrar a Eucaristia, na qual Cristo a faz participar da sua ação de ação de graças ao Pai. Na obra da salvação, Cristo liberta a criação do pecado e da morte para consagrá-la de novo e fazê-la retornar ao Pai, para sua Glória. Todo acontecimento se torna pra o cristão motivo de ação de graças. As cartas de São Paulo começam e terminam frequentemente por uma ação de graças, e o Senhor Jesus sempre está presente. “Por tudo dai graças, pois esta é a vontade de Deus a vosso respeito, em Cristo Jesus” (1 Ts 5,18). “Perseverai na oração, vigilantes, com ação de graças” (Cl 4,2). A oração de louvor O louvor é a forma de oração que mais imediatamente reconhece que Deus é Deus; É totalmente desinteressada, dirige-se a Deus. Canta-o pelo que Ele é; dá-lhe glória, mais do que pelo que Ele faz, por aquilo que Ele é. Na verdade, Deus não precisa de aplausos. Mas nós precisamos exprimir espontaneamente a nossa alegria por Deus e o júbilo do nosso coração. Louvamos Deus porque ele existe e é bom. Assim estamos já em harmonia com o louvor eterno dos anjos e dos santos no Céu. A Eucaristia contém e exprime todas as formas de oração. É “a oferenda pura” de todo o Corpo de Cristo “para a glória de seu Nome” ( Cf. Ml 1,11); segundo as tradições do Oriente e do Ocidente, ela é “o sacrifício de louvor”. Novembro 2018
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Espaço teológico Michele Amaral - Bacharel em Teologia – PUC-Rio
O perdão (continuação) “Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: ‘Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? ’ Jesus respondeu: ‘Eu digo a você: Não até sete, mas até setenta vezes sete’”. (Mt 18,21-22). Como vimos no artigo anterior “o perdão é uma das coisas mais libertadoras que alguém pode fazer”. Temos que ter em nossa mente que o perdão não faz só bem a quem recebe, mas principalmente que o dá. Perdoar nos ajuda a superar a dor que a mágoa nos causa. Quando a cultivamos estamos cultivando a “morte” de bons sentimentos. O inverso acontece quando praticamos o perdão; nós paramos de alimentar esses sentimentos que nos destroem e assim podemos ver a atitude que nos feriu com outros olhos. “Não até sete, mas até setenta vezes sete”, ou seja, sempre. Se Deus perdoa sempre e eu quero viver no seu amor. Temos que entender que a mágoa nos afasta da compreensão e da percepção de
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Deus. Você deve estar pensando, mas eu não conseguirei esquecer a magoa que me causaram. Perdoar não quer dizer que irá esquecer-se de imediato, mas com o tempo, após o perdão dado essa mágoa será curada. E devemos perdoar todas as vezes que essa dor voltar! Agora você deve estar pensando, como perdoar se a pessoa não me pediu desculpas? Nem sempre isso é possível, algumas pessoas
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nunca vão pedir perdão pelas ofensas causadas. Mas podemos perdoar quem nos ofendeu esteja ele longe ou que não tenhamos a certeza de que a outra se arrependeu do que fez. Devemos nos lembrar que o ato de perdoar não depende do arrependimento da outra pessoa. O perdão nos liberta da dor. Quando perdoamos o próximo é a nós mesmos que perdoamos. Alegre-se com quem te estendeu a mão hoje, perdoe e esqueça quem te negou ajuda ontem. A importância que você dá aos acontecimentos define o que será importante na sua vida. Então, chega de supervalorizar as ofensas! O perdão traz uma sensação gostosa de tranquilidade e autocontrole. Valorize seu tempo, coloque seu coração no que te faz feliz! Lembre-se que você não pode agir sobre o passado e que são o presente e o futuro que lhe darão a oportunidade de estar melhor.
“O fraco jamais perdoa: o perdão é uma das características do forte”. Mahatma Gandhi
`Loretando Loretando Paulo Sobrinho e Solange - loretando@oi.com.br
Vamos na fé
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raças a Deus as eleições aconteceram em um clima de paz e harmonia; era dessa forma que deveria ser, e foi. Agora, independente da cor, independente do credo, independente de padre Miguel, temos muito trabalho pela frente. Não existe mais esse ou aquele partido, o que há é um presidente legitimamente eleito e que terá que se concentrar no futuro do país sem se apegar no passado. Serão quatro anos de muita labuta e em conjunto com o povo, todos num esforço único, vamos fazer esse país progredir. Já chega de guerrear contra aquilo que já aconteceu e não tem como voltar. Vivemos isso nas últimas eleições presidenciais, onde o perdedor jurou vingança e fez o possível para depor um presidente eleito com a maioria dos votos, lá como agora, venceu quem teve a maioria dos votos. Quem perdeu era um péssimo perdedor e depois se comprovou ser tão corrupto que se envergonhou e sumiu - infelizmente foi eleito agora deputado federal, fazer o que? Na época pouco se importava com o futuro do país, só que agora não há mais espaço para picuinhas, venceu e pronto, queremos um país melhor,
mesmo ele não sendo o melhor, mas é o que temos para hoje. Vamos abraçar a causa, vamos, sem ufanismo, lutar por um país melhor de se viver, nós daqui fazendo a nossa parte e ele, lá com a sua turma, fazendo o melhor também. Não tenho a intenção de polarizar, quero sim, que arregacemos as mangas e continuemos o nosso trabalho, que nunca abandonamos. Essa história de cobrar respostas das promessas é muito cansativa, vamos continuar com nossos projetos e depositar na intensidade da nossa fé o resultado de nossa labuta. Acreditar em promessas de políticos sempre foi a nossa sina, então vamos mais uma vez acreditar, já que o contrário nos toma tempo e saúde. Muito me preocupa ter ouvido no mesmo discurso: «Deus acima de tudo» e «vamos matar toda a...». Deus e matar não combinam na mesma existência, rezo que tenha sido apenas no calor da emoção, mas muita gente acredita no contrário. Deus em sua infinita bondade nos dê força e capacidade para fazer desse Brasil um lugar bom para se viver e trabalhar. Que assim seja. Amém. P.S. Estamos calejados de tantas promessas milagrosas. P.S. do P.S. Que Deus nos proteja e nos guie.
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O meu, o seu, o nosso Encontro de Casais com Cristo – ECC Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu. (Mt 19-6)
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rezados irmãos, peço sua licença para iniciar este artigo com meu próprio testemunho. Quando adolescente estudei em um conhecido colégio católico de Niterói, porém confesso que na época o catolicismo não tocava meu coração, já que não tive influência de meu pai que não praticava e de minha mãe que seguia outra doutrina cristã. De certo percebo que na época não estava preparado para trilhar a religião católica. Foram diversas idas e vindas na vida cristã até chegar ao momento atual. Há exatamente 5 anos atrás, com o casamento em crise, continuava não entendendo o que minha esposa e sogra, com uma dedicação única, tanto faziam na Igreja do Loreto. Essa dedicação das duas me inquietava e abalava ainda mais nossa relação. Verdadeiramente não compreendia e nem tinha a dimensão de tamanha devoção e dedicação delas ao Senhor Jesus Cristo e também à comunidade. Durante uma conversa com um amigo de trabalho, ele me sugeriu fazer o ECC com o intuito de abrandar nossas brigas e discussões frequentes. Disse a ele que, apesar dos muitos problemas na relação, não gostaria de me separar e, na tentativa de salvar nosso casamento, disse sim. Hoje tenho certeza que um Anjo “soprou” em seu ouvido ao me propor fazer o Encontro. 8
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Confesso que recebi essa sugestão já de coração apertado. Começando a pensar na oportunidade, decidi propor a ela que fizéssemos o ECC devido ao desgaste e tristeza de ambos, mas realmente ela não “levou muita fé” na proposta. Porém mantive firme esse propósito e esperei ansioso o convite que não demorou muito (embora para mim tenha sido uma eternidade). No 1º semestre de 2015 estávamos lá no Cepar. Eu muito ansioso e confiante, com muita vontade de realizar o que ainda desconhecia e minha esposa ainda reticente no que poderia vir a acontecer. Porém, foram 3 dias maravilhosos, nos entregando com todo o fervor e alegria a este serviço. Vocês que ainda não fizeram, posso garantir que são inúmeras emoções que o Encontro proporciona aos casais. Mas o que o Encontro de Casais com Cristo fez conosco e principalmente comigo? Por obra d´Ele o ECC transformou e continua transformando minha vida e nossa relação de casal através do que considero uma providência Divina. Ouso dizer que, naqueles dias de intenso acolhimento cristão, percebi que eu e minha querida esposa estávamos nos planos do Senhor através de sua ação transformadora e regeneradora. Glória a Deus! E a minha transformação de lá para cá é diária procurando sempre me policiar, melhorar, ouvir, servir e aprender cada vez mais. Deixando o testemunho agora, o Encontro de Casais com Cristo é um serviço que nosso pároco e dirigente espiritual Pe. Sebastião trouxe de
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Botafogo. Após formações e preparativos, o 1º ECC foi realizado no 2º semestre de 1980. De lá para cá acontecem duas vezes ao ano e o último deste ano foi o de Nº 77 que aconteceu nos dias 19, 20 e 21 de outubro. Em linhas gerais, é um serviço para uma nova comunhão do matrimônio, um movimento evangelizador para o casal e sua família, mas principalmente para o casal. Não posso desassociar o movimento com o documento 105 da CNBB que contém aprofundadas e esclarecedoras informações para nós leigos e leigas cujo o título é “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade” (abril/2016), onde destaco duas citações referente a família: 243. Pela força do Espírito, a ação da Igreja é direcionada para fora de si mesma como servidora do ser humano, testemunha do amor de Deus revelado em Jesus Cristo e sinal do Reino de Deus. A Igreja “em saída”, como define o Papa Francisco é a Igreja da ação renovadora de si mesma, das pessoas e do mundo, em estado permanente de missão. Como membros da Igreja e verdadeiros sujeitos eclesiais, os cristãos leigos e leigas, a partir de sua conversão pessoal, tornam-se agentes transformadores da realidade. 255. Em todos os tempos, a famí-
lia é o areópago primordial. Como âmbito inicial da vida e da ação dos cristãos leigos e leigas, é tesouro e patrimônio dos povos. A família, comunidade de vida e amor, escola de valores e Igreja doméstica, é a grande benfeitora da humanidade. Nela se aprendem as orientações básicas da vida: o afeto, a convivência, a educação para o amor, a justiça e a experiência da fé. É missão da família abrir-se à transmissão da vida, à educação dos filhos, ao acolhimento dos idosos, aos compromissos sociais. Assim, o mundo se torna uma grande família onde os cristãos leigos e leigas são protagonistas da evangelização. “O desejo de família permanece vivo nas jovens gerações. Como resposta a este anseio, o anúncio cristão que diz respeito à família é deveras uma boa notícia”. 218 Sendo assim, posso-lhes confiar que o Encontro é transformador a partir do momento que o casal aceite o Pai, o Filho, o Espírito Santo e nossa querida Mãezinha de braços e corações abertos, onde o Senhor, com seu infinito amor, irá tocar o coração de cada encontrista, porque nosso Deus é de misericórdia e perdão. O resultado dessa metamorfose do amor é que hoje minha família de fé aumentou, estou engajado com muita alegria e satisfação no ECC, atuando também na Pastoral da Comunicação – PASCOM e no Fé e Dons.
Como me sinto feliz com essa prestação de serviços ao Senhor, para a comunidade do Loreto e com a certeza de que estou no caminho certo da fé. Se o leitor estiver com desejo e vontade de encarar três surpreendentes dias na companhia de Cristo, deve ser casado ou, se não tiver nenhum impedimento de receber o sacramento do matrimônio e precisa estar convivendo junto por no mínimo 3 anos. Havendo alguma restrição, há outros movimentos na paróquia que podem contribuir com seu crescimento espiritual. Antes de terminar venho também ressaltar que muitas das vezes podem ocorrer imprevistos no meio do cami-
O ambiente de diálogo O diálogo só pode ocorrer num ambiente calmo, numa atmosfera impregnada de amor e respeito. O amor faz com que todos se sintam acolhidos, predispõe a pessoa a falar e a torna receptiva para escutar. Sem calma, ninguém tem condições para dar atenção ao outro e assimilar o que se fala. Não havendo respeito, desaparece a possibilidade do encontro de pessoas. Respeitar o outro é trata-lo como pessoa. O respeito pela pessoa inclui o saber respeitar as ideias, o gosto, a preferência e a opinião do outro. Frei Anselmo Fracasso, OFM
nho quando buscamos as coisas de Deus, a qual no momento parece que não iremos conseguir sobrepor, sendo mais fácil encontrar o caminho da desistência. Faço essa observação porque vi muitos casais desistirem de fazer o encontro por estarem passando por situações adversas e alheia a sua vontade, tais como: escala de trabalho, não saberem com quem deixar os filhos pequenos ou leva-los para cursos ou prova, por exemplo, e que não conseguem enxergar uma solução para resolver. Sugiro que caso ocorra essa situação, busque uma maior intimidade na oração, para que o Espirito Santo ilumine e mostre uma solução. Não desista com facilidade, persista, pois será um novo marco na vida do casal. Portanto recomendo que façam o ECC sem receio algum, porque serão dias maravilhosos e muito importantes na vida do casal, com experiências renovadoras, vivências únicas e transformadoras, tanto para a relação do matrimônio, como para o futuro da sua família. E se o casal após o Encontro sentir a necessidade de se engajar em nossas pastorais e movimentos, o convite já está feito. É um Encontro “prá lá de bom demais”, portanto venha navegar conosco! Para maiores informações sobre o Encontro de Casais com Cristo, nossas Pastorais e outros Movimentos, veja em www.loreto.org.br ou envie email para pascom@loreto.org.br. Você pode se informar também na secretaria paroquial. Texto: Paulo Renato PASCOM, Movimentos ECC e Fé e Dons Figuras: ECC 218 Amoris Laetitia, Exortação Apostólica pós-sinodal sobre o amor na família, Papa Francisco.
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15 de Novembro: Proclamação da República
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o longo de quase 130 anos, a República do Brasil, foi marcada por eleições diretas e indiretas para a presidência; candidatos civis e militares; conservadores, progressistas e populistas; renúncia; fraudes, apurações tumultuadas e golpes; candidaturas partidárias e suprapartidárias. Desde o fim da ditadura iniciada em 1964, os destaques são as eleições e reeleições diretas de Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, os três perseguidos pelo regime militar, e agora, contradizendo a qualquer expectativa de continuidade de governos mais centrais ou a esquerda, temos a eleição do militar reformado Jair Bolsonaro, que ainda não podemos avaliar o que representa. REPÚBLICA (do latim res pública: coisa pública, coisa do povo) representa a ideia de um governo de homens livres para pessoas livres e iguais em direito. Um governo em que o poder soberano reside no povo como cidadãos e é responsável perante este mesmo povo. O conceito de república como se vê, carrega consigo uma enorme riqueza de significados. A ideia de República se opõe aos modelos de governo monárquicos, imperiais, oligárquicos, baseados em tradições, costumes ou religião. Como tal, a República supõe a ação política dos cidadãos, e a representatividade (num sentido lato) dos governantes. República é, pois, compatível com a democracia, mas não é o mesmo que democracia. A República pode coexistir com ditaduras como foi o caso do próprio Brasil, do Fascismo italiano (formalmente uma monarquia), do nazismo (formalmente uma democracia parlamentar), do regime comunista soviético (ditadura do proletariado), das democracias diretas revolucionárias (Revolução Francesa) e de estruturas familiares governantes (Os Medicis em Florença). O SER E AGIR como Republicanos, diz respeito às virtudes da cidadania como: probidade, lisura, honra e bom nome, respeito, valor e coragem, heroismo, espírito de sacrifício, igualdade de todos perante a lei, impessoalidade e imparcialidade, desejo de servir ao bem comum. É muito importante discutir-se a questão da república no Brasil. Proclamada em 15 de novembro de 1889, ela não fez os interesses públicos se sobreporem aos privados, haja vista a República Velha, para não se falar dos escândalos da 10
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atualidade. Recentemente, o filósofo Renato Janine Ribeiro, da Universidade de São Paulo (USP), publicou um lúcido ensaio onde faz uma reflexão muito pertinente sobre o tema e que, por isso, vale a pena comentar aqui. República e democracia Lembra o filósofo que estamos acostumados a considerar república e democracia como termos intercambiáveis ou análogos, mesmo sabendo que existem repúblicas que não são democráticas, assim como monarquias constitucionais que são não só democráticas, mas às vezes mais republicanas do que muitas repúblicas. Por isso, Janine Ribeiro acha importante apresentar uma oposição entre os dois conceitos, afirmando que “enquanto a democracia tem no seu cerne o anseio da massa por ter mais, o seu desejo de igualar-se aos que possuem mais bens do que ela, e portanto é um regime do desejo, a república tem no seu âmago uma disposição ao sacrifício, proclamando a supremacia do bem comum sobre qualquer desejo particular.” Ou seja, “na temática republicana é a ideia de dever” que se sobressai. Desse modo, o filósofo conclui: “A democracia, para existir, necessita da república. Isso, que parece evidente, não é nada óbvio! Significa que para haver o acesso de todos aos bens, para se satisfazer o desejo de ter, é preciso tomar o poder - e isso implica refrear o desejo de mandar (e com ele o de ter), compreender que, quando todos mandam, todos igualmente obedecem, e por conseguinte devem saber cumprir a lei que emana de sua própria vontade. Para dizê-lo numa só palavra, o problema da democracia, quando ela se efetiva - e ela só se pode efetivar sendo
republicana - é que, ao mesmo tempo que ela nasce de um desejo que clama por realizar-se, ela também só pode conservar-se e expandir-se contendo e educando os desejos.” e a virtude, talvez possamos concluir esse artigo concordando com outro filósofo, o italiano Norberto Bobbio, um dos mais importantes a refletir sobre a ética e a política na segunda metade do século 20. Para ele, “o fundamento de uma boa república, mais até do que as boas leis, é a virtude dos cidadãos”. Um pouco de história A Proclamação da República Brasileira foi um golpe de Estado político-militar, ocorrido em 15 de novembro de 1889, que instaurou a forma republicana presidencialista de governo no Brasil, encerrando a monarquia constitucional parlamentarista do Império e, por conseguinte, destituindo e deportando o então chefe de estado, imperador D. Pedro II. A proclamação ocorreu na Praça da Aclamação (atual Praça da República), na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, quando um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca, destituiu o imperador e assumiu o poder no país, instituindo um governo provisório republicano, que se tornaria a Primeira República Brasileira. A Primeira República Brasileira, também conhecida como República Velha (em oposição à República Nova, período posterior, iniciado com o governo de Getúlio Vargas), foi o período da história do Brasil que se estendeu da proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, até a Revolução de 1930 que depôs o 13º e último presidente da República Velha Washington Luís. A República Velha é dividida pelos historiadores em dois períodos. O primeiro período, chamado de República da Espada, foi dominado pelos setores mobilizados do Exército apoiados pelos republicanos, e vai da Proclamação da República do Brasil, em 15 de Novembro de 1889, até a posse do primeiro presidente civil, Prudente de Moraes. A República da Espada teve viés mais centralizador do poder, em especial por temores da volta da Monarquia, bem como para evitar uma possível divisão do Brasil. O Diário Popular de São Paulo publicou, em 18 de novembro de 1889, artigo do jornalista Aristides Lobo, que fora testemunha ocular da proclamação da república. Neste artigo de grande repercussão, é mostrado que o movimento foi essencialmente militar, não havendo participação popular na proclamação da república: “Por ora, a cor do governo é puramente militar e deverá ser assim. O fato foi deles, deles só porque a colaboração do elemento civil foi quase nula. O povo chorou
com aquilo tudo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada!” Com a vitória em 15 de novembro de 1889 do movimento republicano liderado pelos oficiais do exército, foi estabelecido um «Governo Provisório”, chefiado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, no qual todos os membros do ministério empossados no dia 15 de novembro eram maçons. Primeira Bandeira Republicana, (provisória) criada por Ruy Barbosa, usada entre 15 e 19/11/1889. Foi criada por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos a nova bandeira nacional, em 19 de novembro de 1889, com o lema positivista “Ordem e Progresso», embora o lema por inteiro dos positivistas fosse «O amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim». Atualmente nossa bandeira possui 27 estrelas. Durante o governo provisório foi decretada a separação entre Estado e Igreja; foi concedida a nacionalidade brasileira a todos os imigrantes residentes no Brasil; foram nomeados governadores para as províncias que se transformaram em estados. A família imperial brasileira foi banida do território brasileiro, só podendo a ele retornar a partir de 1920. O «Governo Provisório» terminou com a promulgação, em 24 de fevereiro de 1891, da primeira constituição republicana do Brasil, a constituição de 1891, passando, a partir daquele dia, Deodoro a ser presidente constitucional, eleito pelo Congresso Nacional, devendo governar até 15 de novembro de 1894. Deodoro, apoiado pelos militares, derrotou o candidato dos civis, Prudente de Morais. O segundo período ficou conhecido como República Oligárquica, e se estende de 1894 até a Revolução de 1930. Caracterizou-se por dar maior poder para as elites regionais, em especial do sul e sudeste do país. As oligarquias dominantes eram as forças políticas republicanas Novembro 2018
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de São Paulo e Minas Gerais, que se revezavam na presidência. Essa hegemonia paulista e mineira denomina-se política do café com leite, em razão da importância econômica da produção de café paulista e de leite mineiro para a economia brasileira da época. De 1930 a 1945 tivemos a ERA VARGAS, subdividida em: yy Governo Provisório (1930-1934) yy Governo Constitucional ou Presidencial (1934-1937) yy Estado Novo (regime ditatorial de 1937 até 1945) República Populista (1945-1964) O ex-ministro da guerra do governo de Getúlio Vargas, general Eurico Gaspar Dutra, venceu as eleições de dezembro de 1945. Em 18 de setembro de 1946 foi promulgada a quinta Constituição brasileira. Essa carta garantiu os direitos civis e eleições livres, que iria reger a vida do país por mais de duas décadas. Foram Presidentes deste período: Eurico Gaspar Dutra (1946-1951); Getúlio Vargas (1951-1954); Café Filho (1954-1955); Carlos Luz (1955); Nereu Ramos (19551956); Juscelino Kubitschek (1956-1960); Jânio Quadros (1961) e João Goulart (1961-1964). Ditadura Militar (1964-1985) O período que vai de 1964 a 1985 foi marcado pela presença de militares na vida política brasileira. Durante duas décadas, foi estabelecido um regime autoritário e centralizador, cujo último presidente fora o General
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João Baptista Figueiredo (1979-1985). Em agosto de 1979, foi assinada a Lei da Anistia, suspendendo as penalidades impostas aos opositores do regime militar, começando então o chamado processo de “Abertura Política”. Nova República (1985 até os dias atuais) Em 1982, a sociedade brasileira começou a organizar a campanha das Diretas Já, para realização de eleições para a Presidência da República. Embora mobilizando milhões de brasileiros em atos públicos, o movimento foi frustrado neste primeiro momento, já que as eleições diretas só ocorreram mesmo em 1989, com a eleição de Fernando Collor de Mello. A transição da Ditadura Militar para a Nova República se deu em 15 de janeiro de 1985, quando Tancredo Neves foi eleito por voto indireto, por colégio eleitoral,
presidente do Brasil, porém, morreu antes de assumir, sendo substituído pelo vice José Sarney. A Assembleia Nacional Constituinte, instalada em 1987 contou com 559 parlamentares (72 senadores e 487 deputados federais) e com a participação de setores da sociedade. Em 5 de outubro de 1988, há exatos 30 anos, a Assembleia Nacional Constituinte, entregou à sociedade brasileira a Constituição Cidadã, o principal símbolo do processo de redemocratização nacional, após 21 anos de regime militar. Direitos fundamentais foram garantidos em várias áreas. Na Saúde, por exemplo, a grande revolução foi a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje, União, estados e municípios são responsáveis por um sistema integrado de atendimento à saúde ao qual todo cidadão brasileiro e até mesmo estrangeiros têm acesso. A Constituição de 1988 colocou a Educação como dever do Estado, inclusive para quem não teve acesso ao ensino na idade certa. Foi ampliada a educação rural e enfatizados os esforços para incluir as crianças com deficiência e a população indígena.
A defesa do consumidor também foi introduzida como um direito fundamental. O Código de Defesa do Consumidor foi elaborado por determinação expressa da Constituição. A nova Carta também garantiu ao brasileiro o pleno acesso à Cultura e conferiu ao Estado a obrigação de proteger todos os tipos de manifestações tipicamente nacionais, como a indígena, a popular e a afro-brasileira. A Constituição de 88 reconheceu a importância da biodiversidade ao dedicar um capítulo ao Meio Ambiente. Passou a exigir avaliação de impacto ambiental para obras e abriu caminho para legislações posteriores, como a Lei das Águas e a Lei dos Crimes Ambientais. Outra revolução importantíssima após tantos anos de regime militar foi a possibilidade de os cidadãos apresentarem projetos de lei, com a assinatura de 1% dos eleitores do País. Fontes: Acervo O Globo; Mundo da política; Professores: Juliana Bezerra e Antonio Carlos Olivieri; câmera.gov.br
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Loreto em Ação
EJC - Terço e atividades no Bosque da Freguesia
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o último sábado o 36° EJC, Encontro de Jovens com Cristo, se reuniu no Bosque da Freguesia para realizar uma atividade de confraternização da amizade. Entre a programação planejada, os jovens se dedicaram a conversar e apresentar ideias para acolher irmãos ausentes, se dividiram em grupos para encenar peças teatrais que unissem amizade e oração, rezaram o terço e tiveram a oportunidade de conhecer melhor os membros antigos do grupo. Buscou-se mostrar que o dom da amizade é divino. Um amigo dá forças ao outro, compartilha alegrias e conforta nas horas ruins. Com isso, a mensagem deixada pelo EJC é para que reservemos um tempo dos nossos dias para rezarmos por essas pessoas tão especiais em nossas vidas. A amizade é uma benção concedida por Deus, que nos fortalece e abriga por toda a vida. Rezemos por nossos amigos. Por: Bianca Interland 34º EJC Fotos: Camila Barbosa
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Pastoral Familiar: Encontro de Gestantes
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o Sábado, 27 de outubro, foi realizado o 2º Encontro de Gestantes. O tema foi o desenvolvimento do bebê até um ano e a prevenção de acidentes domésticos, com a agente da Pastoral Familiar, Fisioterapeuta Halina Cidrini, Professora do departamento de fisioterapia da UFRJ, Coordenadora do Grupo de Estudos e pesquisa em fisioterapia neonatal e pediátrica da Maternidade Escola da UFRJ. Além disso, tivemos também momentos de reflexão e oração. Fotos e textos: Jaqueline Theodoro / Pastoral Familiar
Dia do Aviador Emocionante. Essa é uma palavra que resume um pouquinho do que foi a celebração do dia 14 de Outubro, em honra a Nossa Senhora de Loreto e pelo dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira que teve a participação da Banda da Aeronáutica e também do Coral de Nossa Senhora de Loreto. O dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira é comemorado no dia 23 de Outubro, porém para que tivéssemos a presença deles nessa celebração, Pe. Sebastião antecipou a comemoração de forma que os Aviadores se fizessem presentes, representados pela banda. Na hora da ação de graças, a Sargento Tutola cantou Ave Maria, para um Loretão que estava cheio e que ficou visivelmente emocionado. Ao final da Celebração, após a benção do Pe., tivemos a apresentação da Banda tocando outras músicas de seu repertório que mesclou sucessos da MPB, com músicas religiosas e o encerramento com o Hino da Encerrado esse momento, foi oferecido um lanche aos militares, preparado gentilmente pelas Movimento das Mães que oram pelos filhos e pelos expositores da Lorearte. Novembro 2018
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Bem Estar
Dia Mundial do Diabetes
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m 14 de novembro comemoramos o Dia Mundial do Diabetes que tem como objetivo trazer informação e conscientizar a população sobre essa doença que acomete tantas pessoas.O diabetes é uma doença silenciosa que pode não provocar nenhum sintoma até que os níveis de glicemia (açúcar no sangue) sejam altos o suficiente para causar aumento do apetite, perda de peso, aumento da sede e também do volume de urina, o que costuma ocorrer com glicemias maiores que 250 mg/dL. É considerado normal glicemias de jejum de até 99 mg/dL. Valores maiores que 126 mg/dL, em jejum, dão o diagnóstico de diabetes. Valores entre 99 e 126 mg/dL são chamados de pré-diabetes e significam risco elevado de evolução para diabetes nos próximos anos, mas também que esse quadro ainda pode ser revertido com mudanças de hábitos, perda de peso significativa e prática de exercícios regularmente. O paciente com diabetes apresenta maior risco de eventos cardiovasculares como infarto ou AVC que o restante da população, apresenta também maior risco de alterações visuais e mesmo perda da visão, alterações da função renal, e lesão de nervos periféricos, que podem causar áreas de dormência ou de dor de difícil tratamento. Para evitar esses desfechos ruins, é essencial em primeiro lugar o diagnóstico precoce, que só é possível através de exames de sangue de rastreio, ou seja, aquele famoso “check up” que deve ser feito em todos os maiores de 40 anos, anualmente. Além do diagnóstico o acompanhamento médico para início de terapias tanto farmacológicas como compor-
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tamentais é essencial para evitar complicações do diabetes. Se faz tempo que você não realiza seus exames de rotina, procure seu médico para atualizar. Além do rastreio de diabetes, o acompanhamento das taxas de colesterol também é muito importante para evitar doenças cardiovasculares. Se você já recebeu o diagnóstico de diabetes ou pré-diabetes, mas não está fazendo o acompanhamento conforme recomendado, retorne ao endocrinologista para checar o controle da doença, a presença de complicações e para receber orientações de como evitar os desfechos desfavoráveis. O diabetes não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlado com auxílio de alimentação adequada, prática regular de exercícios físicos e medicações prescritas de modo individualizado para cada paciente. Por outro lado, as complicações do diabetes, uma vez estabelecidas, são irreversíveis e muito desagradáveis, não vale a pena correr o risco de abrir os olhos tarde demais! Prevenção é sempre o melhor tratamento! Dra Letícia Maria Alcântara Margallo Site: www.draleticiamargallo.com.br E-mail: draleticiamargallo@gmail.com Av. Ayrton Senna 2600 Barra da Tijuca Link Office 1 Bloco 05 Sala 252 - marcação: 97202-0703 Hospital Rios D’or Estrada dos Três Rios, 1366 Marcação (21)24483435 / (21)24483557
#ColunaJovem Ao término da Missa de encerramento da XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos dedicada aos jovens, presidida pelo Papa Francisco na manhã do dia 28/10, na Basílica de São Pedro, antes da bênção final, o secretário geral do Sínodo, cardeal Lorenzo Baldisseri, leu a carta dos padres sinodais aos jovens. Confira na íntegra: Carta dos Padres Sinodais aos jovens A vocês, jovens do mundo, nós padres sinodais nos dirigimos com uma palavra de esperança, confiança e consolação. Nestes dias, nos reunimos para escutar a voz de Jesus, “o Cristo, eternamente jovem”, e reconhecer Nele as vozes dos jovens e seus gritos de exultação, lamentos e silêncios. Sabemos de suas buscas interiores, das alegrias e das esperanças, das dores e angústias que fazem parte de sua inquietude. Agora, queremos que vocês escutem uma palavra nossa: desejamos ser colaboradores de sua alegria para que suas expectativas se
transformem em ideais. Temos certeza de que com sua vontade de viver, vocês estão prontos a se empenhar para que seus sonhos tomem forma em sua existência e na história humana. Que nossas fraquezas não os desanimem, que as fragilidades e pecados não sejam um obstáculo à sua confiança. A Igreja é sua mãe, não abandona vocês, está pronta para acompanhá-los em novos caminhos, nas sendas mais altas onde o vento do Espírito sopra mais forte, varrendo as névoas da indiferença, da superficialidade, do desânimo. Quando o mundo, que Deus tanto amou a ponto de lhe doar seu Filho Jesus, é subordinado
às coisas, ao sucesso imediato e ao prazer, pisoteando os mais fracos, ajudem-no a se reerguer e a dirigir seu olhar ao amor, à beleza, à verdade e à justiça. Por um mês, nós caminhamos juntos, com alguns de vocês e muitos outros unidos a nós com a oração e o carinho. Desejamos continuar o caminho em todas as partes da terra onde o Senhor Jesus nos envia como discípulos missionários. A Igreja e o mundo precisam urgentemente de seu entusiasmo. Sejam companheiros de estrada dos mais frágeis, dos pobres, dos feridos pela vida. Vocês são o presente, sejam o futuro mais luminoso. Foto: Vatican Media
Jovens durante a Missa de encerramento do Sínodo dos Bispos a eles dedicado Novembro 2018
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São Martinho, homem cheio do Espírito Santo e de obras no amor
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om alegria celebramos em 03 de novembro, a santidade de vida de um santo do nosso chão latino-americano, encerrando o ANO DO LEIGO, onde pudemos acompanhar nesta coluna a história real de diversos homens e mulheres, leigos e leigas, que serviram a Deus com tanto amor e dedicação, que foram reconhecidos pela Igreja como Santos ou Beatos (as). São Martinho de Lima ou de Porres, ou ainda como ficou conhecido na época, o Frei Vassoura, foi o primeiro santo negro da América Latina, canonizado em 1962 pelo papa João XXIII. Que os exemplos experimentados nesta coluna, sirvam de incentivo a todas as pessoas que buscam a santidade no amor ao próximo e a Deus, acima de todas as coisas. São Martinho nasceu no Peru em 1579, filho de um conquistador espanhol com uma mulata panamenha. Grande parte da sociedade de Lima não diferenciava tanto da nossa atual, pois sustentava a hipócrita postura do preconceito racial, por isso Martinho sofreu humilhações, por causa de sua pele escura. Aconteceu que São Martinho não foi reconhecido portador de sangue nobre, e nem precisava, porque educado de forma cristã pela mãe, descobriu com a vida que o “aspecto mais sublime da dignidade humana está na vocação do homem à comunhão com Deus” (Catecismo da Igreja Católica). Com idade suficiente, São Martinho, homem cheio do Espírito 18
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Santo e de obras no amor, conseguia servir a Cristo no próximo, primeiramente pelas suas diversas profissões (barbeiro, dentista, ajudante de médico), e mais tarde amou Deus no outro e o outro em Deus, como irmão da Ordem Dominicana. Mendigo por amor aos mendigos, São Martinho de Porres, ou de Lima, destacou-se dentre tantos pela sua luta contra o Tentador e a tentação, além da humildade, piedade e caridade. Sendo
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assim, Deus pôde munir Martinho com muitos Carismas, como o de cura e milagres, sem que estes, o orgulhasse e o impedisse de ir para o Céu, onde entrou em 1639. Em 1968 a Rede Globo de televisão produziu a telenovela “O Santo Mestiço”, baseada na história do nosso santo. Os protagonistas foram Sergio Cardoso e Rosamaria Murtinho. São Martinho de Lima, rogai por nós!
Pé na estrada Terço na mão
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uazeiro do Norte é, por muitos, considerada a capital da fé nordestina. A cidade cresceu em torno da história de “padim Ciço” (Cícero Romão Batista), que desde criança desejava ser padre. Ele teve uma vida de serviço e dedicação à evangelização, sendo para o povo nordestino, um exemplo, além de uma importante figura política. Esse povo que o escolheu para ser santo no coração, aguarda ansioso sua beatificação pelo Vaticano. É possível respirar a fé de Juazeiro, não há um lugar na cidade que não tenha algo relacionado a Cícero... seja uma estátua, um trabalho artesanal ou até mesmo uma pessoa de mesmo nome. Isso mesmo há muitos outros Cíceros e Cíceras dispostos a contarem sua história. Contam até que Lampião nunca matou um cearense em respeito ao padre. O principal cartão postal do lugar é a estátua de 27 metros de altura, no alto da Colina do Horto, onde muitos romeiros se encontram. Esse local era onde
o religioso costumava se retirar para orar e permite uma visão panorâmica da cidade. Próximo à estátua, encontramos uma capela e o museu que conta a história do amado Padim Ciço, visitas indispensáveis para quem quer entender melhor como surgiu o ícone do sertão. Colaborou: Giselle Lopes Pereira
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Colaboração do Leitor
20 de novembro
Dia da Consciência Negra
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esde 2003, no dia 20 de novembro, comemoramos o dia Nacional da Consciência Negra em memória ao líder quilombola Zumbi dos Palmares. Um personagem marcante na história do Brasil ao se tornar símbolo de resistência no século XV. Esse dia é reservado para reflexão e principalmente para não esquecer o que foi vivido, permitindo assim que o negro continue participando e atuando na sociedade brasileira de forma igualitária. O feriado só tem 15 anos e a nossa luta existe há mais de 500. A abolição da escravatura completou esse ano 130 anos, isso quer dizer que provavelmente, se você for negro ou mestiço, teve um bisa ou tataravô que foi escravo. É difícil imaginar, mas não impossível de ter acontecido. Além disso, somos muito mais do que os livros de história contam. Nós também já fomos príncipes, princesas, já tivemos reinos e sociedade. A história da África é ocultada, enquanto a da Europa é enaltecida. Isso também foi tirado de nós e apagado como se nunca tívessemos existido antes da escravidão. É muito do que os professores de história nos falam quando somos ainda crianças: precisamos estudar a nossa história para não repeti-la no futuro. Parece bobeira, mas ainda existem povos sendo escravizados e marginalizados em nosso país, crianças sendo forçadas a trabalhar, jovens negros sendo assassinados em periferias e esquecemos que somos
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todos seres humanos, habitantes da mesma terra e possuidores da mesma dignidade. Valorizar o dia 20 de Novembro é dar importância a cultura e história afro-brasileira, mostrando o valor da representatividade do povo negro e consequentemente, estabelecendo espaços para o seu local de fala. Ou seja, a voz do negro é ouvida e não é silenciada! Somos iguais em sociedade e possuímos os mesmos direitos e deveres. Esperamos que fique a mensagem de que nenhuma luta deva ser diminuída. A liberdade do negro ainda é recente e talvez, por isso, ainda hajam sequelas. Esperamos, ainda, que dias melhores cheguem para todos nós e que no futuro não precisemos resistir mais. Uma sociedade justa e igualitária depende de todos nós e quando dizemos todos, incluímos você. Ana Carolina Bellandi - Estudante de Letras e Inglês Luana Santos - Psicóloga
Coluna Cultural Nossa coluna cultural deste mês vem prestigiar um lindo trabalho realizado em nossa própria comunidade. Trata-se do Coral Nossa Senhora de Loreto. Um excelente programa para dezembro será a já tradicional apresentação do nosso coral na sua CANTATA DE NATAL, que acontecerá dentro do Santuário, após a missa das 18h30min horas de sábado, dia 15 de dezembro. Não perca a oportunidade de apreciar momentos de música boa, nas vozes de pessoas queridas por todos nós, personificadas no Coral, que cumpre durante todo o ano, uma agenda repleta, inclusive participando de encontros de corais, que acontecem aqui e fora da nossa cidade. Vamos todos prestigiar e aproveitar! Que tal partilhar conosco sua sugestão para a Coluna Cultural?! Envie sua sugestão (texto e uma foto) para pascom@loreto.org.br com o título “Coluna Cultural”, participe!
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Santuário da Adoção
Filhos do coração: Histórias emocionantes de quem adotou De todas as histórias a nossa é a minha preferida. Sempre sonhei em ser mãe. Não pensava em gerar, porque minha mãe teve problemas no meu parto e quase morreu. Pensei em adoção pela primeira vez em 2006 e passei anos lendo, refletindo e amadurecendo a ideia. Em 2013 resolvi dar entrada e peguei os papéis na Vara. No mesmo mês o Papa veio no RJ para a JMJ e eu fui vê-lo e levei os papéis para ele abençoar. O Papa nem me viu, mas eu o vi e com fé sabia que daria certo. Logo depois fui promovida no trabalho e precisei protelar um pouco o início. Foi então que em 2014 eu dei entrada na habilitação. Meu perfil era de até duas crianças, saudáveis de 2 a 5 anos, sendo pelo menos uma menina. Em maio de 2015, já estava na fase das reuniões, e me convidaram para ir à visitação de um abrigo, pois lá havia uma menina que era a minha cara, mas que já tinha 10 anos. Cheguei a me assustar um pouco pois a idade era exatamente o dobro da idade idealizada. Mas fiquei muito curiosa para conhecer a criança que parecia comigo. Então, no dia 31 de Maio, um sábado de sol, fui ao abrigo junto com a equipe do grupo de apoio e outros pretendentes conhecer a menina. Ah! Mas tinha um de22
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talhe, a menina tinha uma doença grave de pele, tratável, mas sem cura. Senti medo, pensei no “pior”, mas até o pior teria cura... enfim. Lá no abrigo, entre muitas crianças, tinha uma que poderia ser a minha filha. A pessoa que me convidou disse: “aquela é a menina”. Ela estava de costas pulando amarelinha e eu dei uma rápida olhada na pele e não vi nada. De repente ela virou de frente. Que susto! Era eu, mais nova! Coração acelerou. Acabava de (re) conhecer a minha filha. Conversamos rapidamente, coisas supérfluas e na hora de tirar uma foto dos visitantes, ela queria brincar com um celular e não tinham emprestado para ela, foi então que vi sua primeira pirraça. Pensei: é pirracenta, mas eu quero ser mãe dela! Já não importava qual era a doença, eu já estava envolvida. Terminou a visita, manifestei meu interesse e fiquei dias esperando uma resposta e rezando. Até que uns dias depois avisaram: ela não estava mais disponível para adoção, pois havia um casal na minha frente. Chorei muito! Fiquei meses chorando e perguntando por ela. Um dia, ao chegar do trabalho, entrei no quarto que seria seu e chorei horas. Naquele momento pensei em desistir. Não queria outra criança, conheci crianças lindas, mas queria ela. Reclamei com Deus e tudo... Não entendia o motivo. De repente
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meu celular tocou. Engoli o choro e li o nome da pessoa que me havia convidado para aquela visita. Atendi soluçando e falei que estava muito mal. Foi quando ouvi: você sabe quem está disponível para adoção? Falei: não. Ela respondeu: sua filha, o casal desistiu. Jesus!!!!! Ela era minha (já estou chorando de novo). Começou uma saga até que eu conseguisse a permissão para adotá-la por conta da questão da saúde. Por fim, em 19/10/2015 ela chegou para mim. Foi o dia em que eu nasci para a vida. Recebi o verdadeiro e infinito amor em minha casa. Chegou com 10 anos, com falta de cabelo de um lado, uma mala de remédios, tomava uma vacina por semana, tinha suspeita de glaucoma, usava óculos, tomava um remédio fortíssimo por dia e toda terça outro. Usava colírios e loção e pomada para a cabeça, além de protetor solar fator 70+ até 100, 24 horas por dia de duas em duas horas e mais roupas especiais contra os raios UV. Não podia ficar nervosa, tinha alimentação regrada e incontinência urinária. Ufa! Mas junto com ela chegou minha garra de mãe, a vontade dela de viver e meu amor infinito. Começamos uma luta! No primeiro mês, acabou o xixi na cama, fomos na primeira consulta com a médica que já a acompanhava e ela retirou as vacinas. No segundo mês retirou ou-
tro remédio e o colírio e reduziu o remédio diário. Antes do terceiro mês ela começou a lacrimejar muito e voltamos na médica. Ela retirou o remédio diário e marcou oftalmo depois de 15 dias. Minha filha não tinha problema algum de vista, era tudo efeito colateral do medicamento. No quarto mês ela já tinha cabelo e não tomava mais remédio nenhum. Seis me-
ses depois a médica reduziu o uso do protetor para 3x ao dia e não precisava passar para dormir. Hoje, três anos depois, minha filha usa protetor 50 na rua e 30 em casa, sem exagero, frequenta o clube que somos sócias, com a devida proteção e faz natação no Colégio, sendo a melhor aluna de natação. Na última consulta, a médica disse que minha filha está
curada. Que a doença era emocional, devido aos maus-tratos sofridos e hoje ela não tem mais nada. Minha filha tem 12 anos, é maravilhosa, excelente aluna no colégio (quando chegou só contava até 10) e é o meu sonho realizado. Ela é o amor da minha vida e é sim, A MINHA CARA!!!!! Adotei a Luísa em 2015 com 10 anos. Depois em 2017, adotei Maria Luíza, com 11 anos. As duas viviam como irmãs no mesmo abrigo, e assim que consegui depois de muito tentar, a juíza me disponibilizou a Malu. Foram meses de idas e vindas porque ela estudava em uma escola perto do abrigo, então eu só pegava nos finais de semana e feriados, o que era sofrido. Até que no dia 22 /12/2017 ela veio para passar as festas de final de ano e férias e nunca mais saiu. É minha de vez! Malu chegou com 11 anos, 19 kg, com anemia profunda e desnutrição crônica. Estamos tratando ainda, muito! Ela tem dois irmãos mais novos que foram adotados por uma linda família que mora perto de nós e convivem sempre. (Rita Kochulinski, 38 anos, professora, solteira)
Fé e Política Robson Leite
“O amor servidor de Cristo na política...”
E
m fevereiro desse ano, durante um curso que eu ministrei sobre liderança para uma pastoral de nossa comunidade, eu abordei, entre outros tópicos, a prática de Jesus que propõe o “poder-serviço” no lugar do “poder-dominação”. Disse, naquela oportunidade, que Jesus nos demonstra, através da sua atitude citada no Evangelho, que o verdadeiro líder não veio para ser servido e sim para servir. No final da aula, um senhor veio conversar comigo a respeito desse ponto. Ele me disse que nunca conheceu um líder, principalmente no meio político, que se preocupasse mais em servir do que em ser servido. Em função dessa maravilhosa conversa que muito me marcou, eu decidi aprofundar esse importante ponto na coluna deste mês. Na passagem do Evangelho de São Mateus (Mt 20, 2628), Jesus nos diz que quem quiser ser o maior que seja o último, ou melhor, que seja aquele que serve. Jesus nos deixa, inclusive, o seu próprio exemplo como modelo a ser seguido, ao dizer que o filho do homem não veio para ser servido e sim para servir. Essa passagem do Evangelho contém um dos mais belos ensinamentos de Jesus Cristo durante a sua vida pública. Ela mostra que, ao contrário do que vemos hoje, o líder precisa demonstrar em suas atitudes as características do serviço. E servir é se colocar à disposição daqueles que precisam da nossa liderança. Ao fazermos um paralelo com o que vemos hoje em dia, não somente na política, mas também em nosso trabalho, faculdade, casa e família; perceberemos que os mais belos conceitos de liderança são confundidos e, infelizmente, invertidos. Dominação, exploração e preocupação com vantagens pessoais acabam sendo muito mais lembradas durante uma liderança do que os ensinamentos do Cristo. Faço questão de trazer um excelente exemplo para ilustrar melhor essa nossa reflexão: Gostaria que você, amigo leitor, fizesse neste momento um rápido exercício e trouxesse em sua mente a lembrança de alguma pessoa que o liderou (pode ser um chefe, gerente, diretor, pai, mãe, irmão mais velho e etc) e que tenha deixado a impressão de realmente se preocupar contigo e com as suas necessidades. Alguém em que você dissesse: “Por esta pessoa, eu atravessaria uma parede se necessário fosse ou se ela me pedisse”. Pensou em alguém? Agora pense nas características e influências que essa pessoa trouxe em sua 24
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vida. Suas atitudes, provavelmente, estarão bem próximas dos conceitos de humildade, bondade, confiança, honestidade, compromisso, respeito, entusiasmo e incentivo do que aquelas que lembram o poder-dominação ou o poder pautado no autoritarismo. Vale lembrar que se alguém, por acaso, pensou na mãe, essa mãe com absoluta certeza jamais precisou dizer: “Filho, leve o lixo para fora senão eu baterei em você”. Bastava um pedido, e em alguns casos, um olhar, para que entendêssemos qual deveria ser o nosso papel a ser feito sob a influência deste verdadeiro líder. Essa liderança é, sem sombra de dúvidas, muito mais próxima da Autoridade intimamente ligada ao serviço do que aquele poder ligado na dominação e na coação. Todas essas características do poder-serviço servem de guia e modelo para os nossos líderes, não somente em casa, mas também na faculdade, na Igreja, no trabalho e principalmente na política. Se dedicar a política é, sem sombra de dúvidas, entender claramente o que Jesus nos ensina nesta passagem. Ao se entregar a um trabalho como este, o líder político precisa entender que o seu mandato é fonte de serviço ao próximo e ao interesse coletivo. Por esta razão é que práticas que privilegiem o interesse pessoal, como o Nepotismo (nomeação de parentes para cargos comissionados), lobbys que escondem interesses financeiros e pessoais e outros interesses particulares devem ser sempre excluídas da prática do bom político. O verdadeiro político-servidor deve estar disposto a sacrificar o seu próprio mandato, se preciso for, para que o bem-comum seja privilegiado. Atitudes voltadas para o “marketing político” e para a imprensa nem sempre são as que verdadeiramente privilegiam o próximo ou o bem-comum. Somente assim, é que poderemos ter líderes políticos que se aproximem verdadeiramente dos ensinamentos e valores contidos nos Evangelhos de Jesus Cristo. (*) Robson Leite é professor, escritor, membro da nossa paróquia, Ex-Superintendente Regional do Ministério do Trabalho e Emprego no RJ e foi Deputado Estadual de 2011 a Janeiro de 2014. Site: www.robsonleite.com.br Página do Facebook: www.facebook.com.br/ robsonleiteprofessor
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Novembro
DATA
HORÁRIO
EVENTO
09/11
16:00hs
MISSA NO CATI
16/11
19:30hs
MISSA NÚCLEO INDEPENDÊNCIA
17/11
15:00hs
MISSA NA ESTANCIA SÃO JOSÉ
23/11
15:00hs
MISSA NO HOSPITAL RIO’S DOR
DATA
HORÁRIO
PASTORAL
LOCAL
EVENTO
07/11 09, 10 e 11/11 10/11 10/11 17 e 18/11 18/11 21/11 24 e 25/11 25/11
19H00 07H00 às 22H00 07H00 às 19H00 08H00 às 13H00 07H00 às 19H00 14H00 19H00 08H00 às 18H00 07H00 às 12H00
FÉ E DONS FÉ E DONS COMISSÃO SANTUÁRIO CATEQUESE TODAS FÉ E DONS SANTUÁRIO DA ADOÇÃO ESCOLA SANTO ANDRE AÇAO SOCIAL
SALÃO CEPAR TODO CEPAR SANTUÁRIO LORETÃO SANTUÁRIO ZACCARIA PLENÁRIO PLENÁRIO ZACCARIA
MISSA DE ENTREGA 36º ENCONTRO 36º ENCONTRO FÉ E DONS SANTUÁRIO ABERTO ASSEMBLEIA ARQUIDIOCESANA DE CATEQUISTAS ADORAÇÃO 40 HORAS N.S. MÃE DA DIVINA PROVIDÊNCIA REENCONTRO PALESTRA CURSO 7 JOVENS DO EVANGELHO ENTREGA DAS CESTAS AOS ASSISTIDOS
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loretinho
Elaborado pelas Irmãs de Belém
“O QUE É? O QUE É? PARECE BRINCADEIRA, MAS NÃO É...“
A GINCANA MISSIONÁRIA. , iniciada e organizada em 2011 com ajuda de um grupo de adolescentes perseverantes do MEJ, integra catequizandos de todos os núcleos de Iniciação Cristã da Infância e Adolescência de nossa Paróquia. As famílias da catequese e amigos colaboram com as doações dos produtos, e participam das atividades de encerramento realizadas durante no nosso famoso e antigo “ENCONTRÃO DA CATEQUESE”, que neste ano completou 34 anos. O material arrecadado é distribuído entre diversas Instituições de Assistência aos irmãos carentes.
“Amar é dar, mais ainda, é dar-se.” Madre Maria Helena Cavalcanti
TOTAL DE PRODUTOS ARRECADADOS DE 16 E SETEMBRO A 21 DE OUTUBRO DE 2018 NA 8ª GINCANA: Nesta Gincana somos todos vencedores, pois vencemos o comodismo, a indiferença, o egoísmo, a preguiça e encontramos tempo para juntar e lavar latinhas, comprar e pedir doações, carregar até a sala da Catequese, entregar garrafas Pets e produtos de higiene na Casa de Betânia. No Céu receberemos o troféu, “Então Jesus dirá: ‘vinde benditos de meu Pai tomai posse do Reino que vos está preparado. Porque tive fome e me deste de comer, tive sede e me deste de beber... ” (cf. Mt 25, 34-35)
SABONETES GARRAFA S PET LATA S DE ALUMINIO TOALHAS DE MÃO CAIXAS DE MAIZENA GARRAFA S DE ÓLEO LATAS DE LEITE EM PÓ PASTA DE DENTE E ESCOVA PRENDAS LENÇOS UMEDECIDOS FRALDAS GERIÁTRICAS
409 4.620 10.097 19 44 41 147 508 323 333 258
A COORDENAÇÃO DA INICIAÇÃO CRISTÃ DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES, AGRADECE A TODOS OS QUE COLABORARAM PARA A RELIZAÇÃO E O BOM ÊXITO DO ENCONTRÃO DA CATEQUESE - 2018.
“A gratidão é a mais bela flor do Cristianismo.” (Me. Mª Helena Cavalcanti)
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O Mensageiro
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Festa da Padroeira – 2018
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10/12 (Segunda-feira) DIA DA PADROEIRA – NOSSA SENHORA DE LORETO “LORETO BERÇO DO LAICATO” SANTUÁRIO ABERTO 07h – Solenidade no Santuário 08h – Alvorada e Santo Rosário 10h – Terço de Nossa Senhora de Loreto 12h – Ângelus no Santuário com bênção 15h – Hora da Misericórdia 18:30h – Santo Terço 19:30h – Solenidade de Nossa Senhora de Loreto presidida pelo Cardeal Arcebispo Dom Orani (com apresentação do Coral Nossa Senhora de Loreto) Bênção: Chaves de casa e Famílias Pastorais: Capelas / Religiosos e Religiosas Ø Ø Ø Ø Ø Ø Ø Ø
Programação Social FESTA EXTERNA – 08 e 09 DE DEZEMBRO Quermesse, diversas barracas com variedades de comidas e bebidas, além de várias atividades, tudo em um clima familiar de muita alegria e paz.
DESTAQUES: 08/12 – Logo após a Carreata, apresentação da Banda da Aeronáutica e início da festa externa com encerramento às 23h. 09/12 – Início a partir das 08:00h e encerramento às 21h. Às 12h Almoço Dançante - Convites na Secretaria Paroquial
Paróquia e Santuário Nossa Senhora de Loreto Ladeira da Freguesia, 375 – Freguesia – Jacarepaguá – RJ Tel.: (21) 3392-4402 www.loreto.org.br
NOVENA DE NOSSA SRA. DE LORETO 01/12 (Sábado)
TEMA: VIRGEM DE LORETO, A LEIGA FIEL.
“A IGREJA PRECISA DE VOCÊS (JOVENS), DO ENTUSIASMO, DA CRIATIVIDADE E DA ALEGRIA QUE LHES CARACTERIZAM! ” (Papa Francisco) 09:15h – Santo Terço Bênção: Enfermos Pastorais: Past. Da Saúde
10h – Missa dos Enfermos
TEMA: MARIA, PRESENÇA NAS HORAS DIFÍCEIS 17:30h – Santo Terço com Louvor 18:30h – Santa Missa e Novena Bênção: Jovens Pastorais: Setor Juventude / EAC / EJC / JUZ / ICJA / Coroinhas / Cerimoniários / PJ SOCIAL: Após a Missa - Show do Ministério de Música com o Lançamento das Músicas Litúrgicas de Nossa Senhora de Loreto
02/12 (Domingo) TEMA: MARIA, MÃE DA ESPERANÇA 08h – 11h – Café da Padroeira – Valor de R$ 10,00 (venda de ingressos no local) 18h – Santo Terço com Louvor 19h – Santa Missa e Novena Bênção EM TODAS AS MISSAS (7h, 8h30, 10h30): Crianças Pastorais: Fé e Dons / Círculos Bíblicos / Batismo
03/12 (Segunda-feira) TEMA: MARIA, A SERVA HUMILDE 18:30h – Santo Terço com Louvor 19:30h – Santa Missa e Novena Bênção: Idosos Pastorais: Past. 3ª Idade / Liga Católica / Apostolado da Oração / Grupos de Oração / Pastoral da Consolação
04/12 (Terça-feira) TEMA: MARIA, SUSTENTO DOS CRISTÃOS 18:30h – Santo Terço com Louvor 19:30h – Santa Missa e Novena Bênção: Pais Pastorais: Terço dos Homens / Cong. Mariana / Comissão de Eventos
05/12 (Quarta-feira)
TEMA: MARIA, MÃE QUE SOCORRE 18:30h – Santo Terço com Louvor Bênção: Mães Pastorais: MOF / Mov. N. Sra. de Schoenstatt
19:30h – Santa Missa e Novena
06/12 (Quinta-feira) TEMA: MARIA, MODELO DE FIDELIDADE A DEUS E AO EVANGELHO! 18:30h – Santo Terço com Louvor 19:30h – Santa Missa e Novena Bênção: Catequistas Pastorais: Catequistas / Curso da Palavra / EESA / Grupo do Teatro
07/12 (Sexta-feira) TEMA: MARIA, PASSA NA FRENTE 18:30h – Santo Terço com Louvor 19:30h – Santa Missa e Novena Bênção: Casais casados, noivos e namorados Pastorais: ECC / EPVM / Eq. de Nossa Senhora
08/12 (Sábado) TEMA: NO ESPAÇO SIMPLES DE UMA CASA DE FAMÍLIA, ENTRE LEIGOS, A PLENITUDE DIVINA VEIO HABITAR 15:30h – Carreata (com Bênção dos carros e motos) 17:30h – Santo Terço Luminoso com Louvor 18:30h – Santa Missa e Novena Bênção: Grávidas e bebês Pastorais: Liturgia / Acolhimento / MESC / Coral / PASCOM
09/12 (Domingo) TEMA: MARIA, PRESENÇA NA COMUNIDADE, PREPARANDO O CAMINHO DO SENHOR 10:30h – Missa das Capelinhas 17h – Santo Terço com Louvor 18h – Santa Missa e Novena Bênção EM TODAS AS MISSAS (7h, 8h30, 10h30): Famílias Pastorais: Pastoral Familiar / Ação Social / Dízimo
SĂŁo Martinho de Lima