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Ano XXXI - nº 371 Outubro de 2015 Distribuição gratuita Informativo da Paróquia Nossa Senhora de Loreto Fundada em 6.3.1661 www.loreto.org.br


Índice Expediente Direção Espiritual

Pe Sebastião Coordenação

Hélia Fraga Equipe de Trabalho

Ana Clébia, Bira, Pascom Loreto, Badá, Corredeira, Thiago Santos Fotos Dennys Silva e David Capa: CORREDEIRA Diagramação

Lionel Mota Impressão

Gráfica Grafitto

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Editorial...............................................................................................................................3 Temas Bíblicos...................................................................................................................4 Profissão de Fé...................................................................................................................5 Loretando............................................................................................................................6 Escritos de Santo Antônio Maria Zaccaria ����������������������������������������������������������������7 Espaço teológico................................................................................................................8 Coluna Cultural.................................................................................................................9 Entrevista Pastoral - Dízimo �������������������������������������������������������������������������������������� 10 Missão Popular............................................................................................. 13 Ao encontro de Maria.................................................................................................... 14 Vocações........................................................................................................................... 16 Falando Francamente................................................................................................... 18 São Frei Galvão............................................................................................................... 19 Fé e Política...................................................................................................................... 20 Anote em sua Agenda.................................................................................................... 21 Loretinho.......................................................................................................................... 22

Expediente Paroquial MATRIZ PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE LORETO End.: Ladeira da Freguesia, 375 - Freguesia Jacarepaguá - RJ - CEP 22760-090 Tel.: 3392-4402 e 2425-0900 Emails: adm@loreto.org.br (Administração) secretaria@loreto.org.br (Secretaria) Site: www.loreto.org.br

NOSSA SENHORA DA PENNA: Dom.............................................................11h NOSSA SENHORA DO AMPARO Est. de Jacarepaguá, 6883 Anil - Tel: 2447-6802

4ª..................................................................18h Sáb..........................................16h (catequese) Dom.......................................................... 7h30 INSP Estr do Pau Ferro. 945 Freguesia - Tel:3392-2521

Dom...............................................................8h

HORÁRIO DA SECRETARIA Segunda a Domingo..............das 8h às 19h HORÁRIO DAS MISSAS Segunda a sexta.......................... 7h e 19h30. Sábado.......................................... 7h e 18h30. Dom...... 7h; 8h30 (crianças); 10h30 e 19h.

CONFISSÕES 3ª a 6ª.................de 9 às 11h e de 15às 17h 3ª a 6ª...................................... de 20h às 22h Sábado................. de 9 às 11h na secretaria EUCARISTIA para doentes Atendimento domiciliar e hospitalar. Marcar por telefone com a Secretaria. BATISMO Atendimento na Sacristia Inscrições - 5ª e Sábado................. 9h às 11

CAPELAS Endereços das Capelas e os Horários das Missas NOSSA SENHORA DE BELÉM

SANTO ANTONIO

Rua Edgard Werneck, 217 - Freguesia Tel: 2445-2146

Rua Edgard Werneck 431 Freguesia Tel: 3094-4139

Terças e Quintas..................................17h30 Dom........................................................16h30 SÃO JOSÉ (CARMELO) Rua Timboaçu, 421 Freguesia - Tel: 3392-0408

Seg. a Sábado.......................................... 7h30 Domingo......................................................9h

3ª feira................................................ 17:30hs 4ª a 6ª feira:....................................... 06:30hs Exceto a 1ª sexta............................... 18:00hs E última 4ª quarta do mês (Missa de Cura) .................................................. 20:00 hs Sábados ............................................. 18:00 hs Domingos ........................................ 09:00 hs


Missões

Se todo batizado é chamado a dar testemunho de Jesus, com muito mais força isso vale para a pessoa que se sente vocacionada a seguir mais de perto a Jesus

Editorial Pe. Sebastião Noronha Cintra*

Querido paroquiano, prezado leitor. O que marca o nosso mês de outubro é o “Dia Mundial das missões”. E a mensagem do papa para esse dia lembra ter coisas fundamentais. O primeiro ponto é a lembrança do cinquentenário do documento “Ad gentes” do Concílio Vaticano II sobre as missões. Lembrava o forte impulso missionário deixado na Igreja por Santa Terezinha do Menino Jesus, padroeira das missões, que de dentro do Carmelo assumiu a sua vocação de ir levar a palavra do Evangelho aos lugares mais distantes e mais necessitados. O segundo ponto é a ligação entre a vida consagrada e a Missão. Se todo batizado é chamado a dar testemunho de Jesus, proclamando a fé que recebeu como dom de Deus, com muito mais força isso vale para a pessoa que se sente vocacionada a seguir mais de perto a Jesus. O chamado do Concílio motivou em muitas congregações religiosas um impulso a procurar novos ambientes onde viver aonde levar a mensagem de Jesus. Percebeu-se nesse tempo a presença de diversas Congregações religiosas em novas terras, em terras distantes levando a proposta da vida consagrada a novas civilizações e recebendo nessas congregações pessoas de outros povos. O terceiro ponto destacado pelo papa é a presença dos fiéis leigos nessa missão. Os consagrados são chamados a promover a participação dos leigos na missão como testemunhas e instrumentos vivos. São irmãos e irmãs que compartilham essa vocação missionária que advém do próprio batismo. Acolhendo a solicitação da nossa Arquidiocese, começamos as visitas missionárias este mês visitando as casas da rua Tirol na sua parte mais alta. Faremos as 3 visitas propostas pela pastoral missionária, levando a vela com sua mensagem de luz da esperança; a água que lembra o batismo e a cruz que vai ser o sinal da adesão à comunidade cristã. A nossa revista deste mês traz também a entrevista com a pastoral do Dízimo, para conhecermos este grupo de paroquianos que se dedica a ajudar a comunidade a doar o seu dízimo. Temos também a continuação das entrevistas vocacionais com os seminaristas barnabitas que estão fazendo um estágio na nossa comunidade. Por último, quero destacar a matéria sobre nossa peregrinação pelos Santuários Marianos e Lisieux acontecida em julho e início de agosto. Deixamos um pouco da nossa experiência nessas visitas e da emoção que acompanhou o grupo de paroquianos que lá estiveram. Maria, nossa Senhora Aparecida e do Santo Rosário, rogai por nós. Outubro 2015

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Temas bíblicos

Carta aos Hebreus (2) Introdução (II)

Padre Fernando Capra

comentariosbiblicospadrefernandocapra.blogspot.com.br

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ara manter o fervor da caridade (6,11), manter “o senso moral exercitado para discernir o bem e o mal” (5,14) e “degustar a doutrina da justiça” (5,13), o autor da carta propõe a reflexão sobre o Filho eternamente perfeito (7,28b), o Sumo Sacerdote que entrou no céu como precursor (6,20), nosso Senhor Jesus, que “o Deus da Paz fez subir dentre os mortos, que se tornou, pelo sangue de uma Aliança eterna, o Grande Pastor das ovelhas” (13,20). Deus o levou à perfeição por meio do sofrimento (2,10). Se queremos participar da Glória de Nosso Senhor Jesus devemos passar pelo mesmo sofrimento, para sentarmos com ele à direita da Majestade. Além do mais, sua morte foi sofrida por ele para a nossa redenção. Portanto, tendo sido iluminados, tendo degustado o Espírito da Palavra, tendo participado dos sofrimentos dos santos, aceitado o despojamento dos bens, sabendo de possuir bens maiores, “não negligenciemos tamanha salvação” (2,3). Temos no céu, “em relação a Deus, um sumo sacerdote misericordioso e fiel para expiar os pecados do povo. Pois, tendo ele mesmo sofrido pela tentação, é capaz de socorrer os que são tentados” (2,18). Em segundo lugar, estamos no tempo definitivo; realizou-se a figura; “guardemos bem a graça do Reino inabalável que Deus nos anuncia pelo Filho glorificado” (12,28). Na sua argumentação, o autor utiliza uma contínua comparação entre a antiga aliança e a nova aliança. A superioridade desta última é motivo de grande segurança para os que crêem. Nos nossos dias que são os últimos, os prodígios que Israel viu, na verdade figuras didáticas, se realizaram. Fomos contemplados por uma Aliança no sangue de Jesus Cristo, conhecemos o verdadeiro Monte do Santo, caminhamos para a verdadeira pátria “que está para vir” (13,14). Nós é que estamos ouvindo aquilo que, em figura, Israel ouviu, porque Deus nos fala no Filho. Podemos distinguir (5,14) entre a vaidade da criação e o que é inabalável: a graça do Reino. Recebemos a graça da Salvação (2,3) e

o mistério do Reino (12,28). Sirvamos a Deus, observemos os ensinamentos do Senhor e dos Apóstolos “para não nos transviarmos”. Aceitemos as provações pelas quais Deus nos comunica a santidade (12,10); elas produzem frutos de paz e justiça (v.11). De fato, a vida cristã se desenvolve por etapas: conversão, batismo, Espírito, dons, caridade, perseverança na tribulação, esperança. A Igreja, à qual o autor da carta se dirige, viveu a iluminação, os dons, mas é “de perseverança que tem necessidade”, condição para agradar a Deus em tudo, sem esmorecer. A maneira para se animar é a assembleia dominical pela qual a Palavra habita em nós plenamente (Cl 3,16). Lá há quem, repleto de sabedoria, como Estevão, ensina e admoesta. A ação de graças é promovida (ibid.). Pelo Senhor Jesus, alcançamos toda graça (Jo 14,13;15,16). O Autor utiliza uma argumentação que sensibiliza os filhos de Abraão: Jesus é o Filho (Sl 2,7), o Rei que, pela sua imolação, desposa a Igreja (Sl 45). Nessa condição, é, também, nosso Sumo Sacerdote porque, Aquele que recebeu o nome de Senhor, Deus, por um juramento, chamou ao sacerdócio, como fez com Aarão (Sl 110,1.4). Aquele que é superior aos sacerdotes da terra, porque realiza em si a figura de Melquisedec e, por um juramento de Deus, é estabelecido Sumo Sacerdote para sempre, é de condição divina: “Resplendor de sua Glória e Expressão do seu Ser, sustenta o universo com o poder de sua palavra” (1,3). É nessa condição que realiza, com a sua Morte, a purificação dos pecados, abole a primeira tenda, entrando, uma vez por todas, no Santuário que está no céu, passando pelo véu da sua humanidade, e se torna Mediador de uma definitiva aliança. Embora sendo homem, senta à direita da Majestade, porque é Filho. A nossa herança é a Cidade celeste, da qual participaremos se formos perfeitos como os justos. Será Deus que nos julgará. Temos que proceder com temor e tremor porque ele é um “fogo abrasador (12,29).


Profissão de Fé Jane do Térsio

O Espírito de Cristo na plenitude do tempo

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oão, Precursor, Profeta e Batista A gravidez tardia de Isabel foi anunciada a Maria pelo Anjo Gabriel. Ela já se achava grávida, quando partiu em direção à casa de sua prima. O filho de Isabel, João, se movimenta de tal modo em seu ventre que ela repleta do Espírito Santo diz: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito e o fruto do teu ventre! Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite?” (Lc 1,42s). Deus visita o seu povo. João é “Elias que deve vir”(Cf. Mrt17,10-13). O Espírito Santo concluía a obra de “... preparar para o Senhor um povo bem disposto” (Lc 1,17). João encerra o ciclo de profetas inaugurado por Elias. Os demais profetas anunciavam o Messias, João se encontrou pessoalmente com Ele e dá o seu testemunho: “ ...Eis é o Cordeiro de Deus” (Jo 1,34) Lucas afirma em 7,26 “...e mais do que um profeta ”. O Batismo de João era para o arrependimento, o Batismo da água e no Espírito será um novo nascimento. “Alegra-te, cheia de graça” Podemos ver, em Maria, claramente a ação da Santíssima Trindade: O Pai (1ª Pessoa) encontra a Morada em que seu Filho (2ª Pessoa) e seu Espírito (3ª Pessoa) podem habitar entre os homens. Pela ação do Espírito Santo nela, o Pai dá ao mundo o Emanuel, o Deus conosco.

o Filho da Virgem. Repleta do Espírito Santo, ela mostra o Verbo na humildade de sua carne. Por Maria o Espírito Santo começa a pôr em Comunhão com Cristo os homens e faz dela Mãe do “Cristo total”, ou seja, de Jesus, Cabeça e a da Igreja, seu Corpo. No dia de Pentecostes Maria está reunida com os Apóstolos formando “um só coração, assíduos à oração” (Cf. At 1,14).

A Tradição da Igreja e a Liturgia representam Maria como o “trono da Sabedoria” ou como é cantada na Ladainha “ Sede da Sabedoria”. O Espírito Santo preparou Maria, com sua graça, dando cumprimento nela às expectativas e à preparação do Antigo Testamento para a vinda do Messias. Numa demonstração que sua fé é enorme ela diz o seu sim e aí começam a manifestar-se as maravilhas das maravilhas: a encarnação de Deus, que o Espírito vai realizar em Cristo e na Igreja. Era a plenitude dos tempos. Como traria em seu ventre o Filho Eterno convinha que fosse “cheia de graça” conforme anuncia o Anjo Gabriel. De maneira única sua virgindade torna-se fecunda para dar à luz o Filho de Deus encarnado,

O Cristo Jesus O Filho de Deus é consagrado Messias (Cristo) pela unção do Espírito Santo desde a sua Encarnação. Jesus, somente após sua Morte e Ressurreição vai revelar plenamente o Espírito Santo. Antes disso fez inúmeras sugestões inclusive prometendo a sua vinda. O Espírito de Verdade, o Paráclito, será dado pelo Pai a pedido de Jesus; Ele será enviado pelo Pai em nome de Jesus; Jesus o enviará de junto do Pai, pois ele procede do Pai. O Espírito Santo virá, nós o conheceremos, Ele estará conosco para sempre; Ele nos ensinará tudo e nos lembrará de tudo o que Cristo nos disse, e dele dará testemunho. Após a Ressurreição de Jesus ele dá imediatamente o Espírito Santo, soprando sobre os discípulos (Cf. Jo 20,22). A partir dessa Hora a missão de Cristo e do Espírito passa a ser a missão da Igreja. “Como o Pai me enviou, também eu vos envio “ (Jo 20,21).

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Loretando Paulo Sobrinho e Solange - loretando@oi.com.br

45 anos e muita força na peruca

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em amigos do Loreto, fim de ano chegando e as coisas acontecendo. Tivemos neste mês o quadragésimo quinto aniversário de ordenação do padre Sebastião, tempo pra caramba, uma vida, ou melhor, varias vidas. Não da pra ter ideia de quantos casamentos e batizados foram realizados por ele. Aqui em casa ele fez o meu casamento, batizou todas as crianças e celebrou a primeira comunhão de todos. É um caminhão de bagagens, livros e livros de historias contadas e ouvidas. Quem convive no Loreto sabe que ele não é e nunca teve a pretensão de ser unanimidade, sempre foi cercado de amigos e neste meio, seus críticos. Que bom isso, afinal, toda unanimidade é burra, já disse o escritor. Ele é e sempre será um ser humano que comete erros como todos nos, só que os deles são sempre amplificados, acho até que por causa do seu tamanho, sei lá, chama mais a atenção e também é um alvo fácil de acertar. Na verdade, estar à frente de uma paróquia como a nossa não é nada fácil. São correntes e mares, ondas e ventos e quem está com o leme tem que ser firme e essa firmeza significa agradar a alguns e desagradar a outros. Pra aliviar, pensemos que nem o Cristo conseguiu agradar a todos. Sua presença é nítida em cada família construída

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com suas bênçãos, não há como negar seu carisma, sua dedicação e seu tremendo esforço para manter as coisas em ordem. Vamos comemorar cada dia desses quarenta e cinco anos, vamos saborear cada momento que tivemos ao seu lado, vamos agradecer a Deus por tê-lo colocado em nosso caminho. Nosso sentimento será sempre de gratidão, estaremos sempre abertos aos seus ensinamentos, estaremos sempre agradecendo a Deus por tudo isso. Que Deus continue derramando suas bênçãos sobre nossa comunidade e que ela continue a ser terreno fértil para as vocações. Nossos padres são corajosos ao encarar uma paróquia tão grande e não esmorecerem. Rezemos por eles todos os dias. Rezemos por nossa comunidade. Rezemos por nossos frutos, nossas bênçãos. Ao padre Sebastião quero dizer: obrigado pela paciência que sempre teve comigo, pelo espaço reservado em seu coração para aqueles que discordam, apoiam, admiram, discutem, enfim, fazem parte dessa maquina louca que é o Loreto. P.S. Parabéns Pe. Sebastião, Jesus te ama e nos também. P.S. do P.S. Muita forca para encarar o resto do caminho, você não está nem na metade.


Escritos de Santo Antônio Maria Zaccaria

SAMZ Mestre de Discernimento – Primeira parte

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anto Antônio Maria Zaccaria, na 1ª Carta, dirige-se ao Frei Batista de Crema, frei dominicano, seu orientador espiritual, fundamental no seu itinerário espiritual, ao longo do qual muito o ajudou para crescer com mentalidade aberta às necessidades eclesiais do séc. XVI. Acompanhado por alguém experimentado no caminho ascético (“Deus costuma agir em um homem por meio de outro” 20420), o nosso Santo vinha descobrindo a vontade de Deus. Isto nos leva a deduzir que Antônio Maria, por sua vez, tinha o dom do discernimento porque sempre quis ser iluminado por um instrumento espiritual, e que soube, vigilante, escutar e discernir a ação do Espírito Santo. Como mestre no discernimento, pode nos oferecer a riqueza espiritual de que precisamos para viver o seguimento de Cristo. Antônio Maria, tendo procurado entender a linguagem da comunicação divina e, nisto, tendo-se exercitado, compreendeu, por experiência própria, que Deus se comunica com os homens. Como, então, saber distinguir a voz de Deus segundo a maneira da qual SAMZ foi capaz? A capacidade de saber distinguir entre a voz que procede do Pai e a voz que surge do nosso ego depende do espírito de discernimento. Na espiritualidade Zaccariana, verifica-se que o avanço na percepção da presença de Deus está ligado ao desenvolvimento do dom o Espírito que acabamos de mencionar. A sua vivência promove a experiência dinâmica que vai além da simples doutrina, formulação ideológica ou código moral. Para captar, para nos apercebermos da presença dinamizadora de Deus, pronto em promover em nós a sua vida, precisamos desenvolver os sentidos e o coração do homem espiritual (cf. 1cor 2,6-15). Desde o início da carta, podemos constatar que SAMZ estava convencido de que Deus sempre o abençoava porque, mesmo tendo falta de sensibilidade (10101), havia nele o desejo profundo de descobrir e fazer a vontade de Deus, com a qual estava em plena conformidade (10102). Dessa forma, nos ensina como ter uma meta e como definir objetivos a serem alcançados para promover o Reino, uma vez que a pessoa

com bons propósitos sabe como conduzir a sua vida. Não é coisa fácil saber discernir. O discernimento, contudo, no campo da cultura, por exemplo, é condição para nos contextualizar. O discernimento exige como de fato acontecia para Antônio Maria, que coloquemos diante de Jesus o nosso sentir e o nosso bom desejo. Dessa forma, nada escondemos, enquanto somos movidos a agir com normalidade e naturalidade. É o que lemos na carta: “Meus negócios caminham devagar e a minha negligência atrasa tudo ainda mais; mesmo assim, vou em frente” (10106). E continua dizendo: “Querido pai, não se esqueça de mim e seja meu intercessor junto a Deus, para que Ele me livre das minhas limitações, da minha moleza e do orgulho” (10109). A situação do Santo nos revela que todo cristão deve passar por crises e provações. Que venha a tormenta! Contudo, que sempre seja mantida uma atitude prudente e sensata diante das tensões e ambiguidades da vida, enquanto é vivenciada a tríade fundamental: fé, esperança e caridade. Autor: Cristóbal Ávalos Rojas, CRSP. Correção: Pe. Ferdinando Capra, CRSP. Outubro 2015

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Espaço teológico Michele Amaral - Bacharel em Teologia – PUC-Rio

Sínodos dos Bispos - Os desafios da Família

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este mês de outubro acontecerá a 14ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que durará três semanas (4 a 25 de outubro), com o tema “Os Desafios da Família no Contexto da Evangelização”. O trabalho desta assembleia é conduzido pelo documento preparatório Instrumentum Laboris, que salienta a necessidade de “comunicar a todos os homens a verdade do amor conjugal e da família, enfrentando os seus múltiplos desafios”. A grande preocupação do Papa é que o Sínodo não fique debatendo apenas sobre ideias “bonitas” ou que centralize apenas alguns aspectos da moral cristã, mas que seja abrangente, que fale de todas as realidades da vida familiar, para que possamos descobrir novos caminhos para uma evangelização eficaz. Por isso o documento “será discutido um capítulo por semana”, afirmou o Papa a rádio portuguesa Renascença. Lembrando-se sempre que o anúncio da mensagem cristã sobre esse tema implica na luta por “condições para que cada família seja como Deus quer e venha a ser socialmente reconhecida na sua dignidade e missão”. O documento está dividido em três partes: a primeira dedicada ao Evangelho da família, a segunda aborda os vários desafios e as situações difíceis da pastoral familiar e a terceira fala da abertura a vida e a responsabilidade educacional dos pais que caracteriza a vocação familiar. A todo tempo é reafirmado o matrimônio como um sacramento indissolúvel, lembrando que a Igreja deve olhar as situações de sofrimento com misericórdia, bem como as situações de nulidade matrimonial. Ele nos lembra que a instituição familiar se encontra em crise, onde o ideal de família é entendido como uma meta inatingível e frustrante, e não como um caminho possível, onde podemos aprender a viver a própria vocação e missão. Das pessoas que se encontram em segunda união devido a ‘falência matrimonial’, nos é colocado que “a Igreja não deve assumir a atitude de juiz que condena, mas a de uma mãe que acolhe sempre os seus filhos e cuida das suas feridas em vista da cura”, com isso a Igreja é chamada a encontrar maneiras de apoiar esses casais em “percurso de reconciliação”. 8

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O Instrumentum Laboris nos faz lembrar como é necessária uma atenção particular às mães ‘solteiras’ que cuidam de seus filhos sozinhas. Elas que com coragem acolhem “a vida concebida no seu ventre”, a comunidade cristã diante dessa situação deve “prestar-lhes uma solicitude que as leve a sentir a Igreja como uma verdadeira família dos filhos de Deus”. Com relação às uniões homossexuais, ele nos lembra das pessoas que se encontram nessa situação “devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Deve evitar-se, para com eles, qualquer atitude de injusta discriminação”. Diante desses problemas a maior preocupação demostrada no documento está relacionada aos filhos, que devem ter uma atenção especial, pois são o fundamento do amor conjugal entre um homem e uma mulher. A família encontra-se em um momento difícil, com realidades, histórias e sofrimentos complexos, que nos exige um olhar compassivo e compreensivo. É nela que aprendemos o que é bem comum, pois fazemos a experiência de vida em comum. Sem essa base o ser humano “não pode sair do seu individualismo, pois só nela se aprende a força do amor para apoiar a vida (...) é lugar privilegiado no qual se aprende a construir relações significativas, que ajudem o desenvolvimento da pessoa até à capacidade da doação de si”.


Coluna Cultural REVISTINHA EM QUADRINHOS Outubro, mês das Crianças. Outubro, mês de Nossa Senhora. E justamente nesse mês, porque não juntar as duas coisas e transformá-las em um momento de alegria, de união e de partilha? E foi justamente o que buscamos para trazer para vocês. Esse mês, queremos apresentar a vocês as histórias em quadrinhos religiosas da Turma da Mônica. Os livros, indicados para crianças e adultos, contam a história do local, como começou a devoção e como é, nos dias de hoje, a visita e a vivencia desses momentos. A primeira edição foi sobre Aparecida do Norte e abordou a devoção a Nossa Senhora; depois na revista sobre Trindade, eles apresentaram um pouquinho de Goiás e da devoção ao Pai Eterno. Na Bienal desse ano eles trouxeram a terceira edição desse projeto que levou a turminha até Belém para trazer toda a história e o conhecimento sobre o Círio de Nazaré. Como a revista é toda em desenho, é um ótimo presente para o dia das crianças e temos a certeza que os adultos também irão gostar pelo conhecimento que as mesmas trazem. Esperamos que venham novas histórias em breve, para que possamos, sem sair do local, conhecer um pouco mais as devoções que existem em nossa igreja, por todo o Brasil. Fica a nossa dica cultural que também é uma excelente dica de presente para a criançada.


ENTREVISTA PASTORAL

Dízimo

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a edição desse mês de O Mensageiro, viemos falar de um compromisso de todo cristão, com a Igreja e com Deus. O dízimo já foi um tema bastante polêmico entre os católicos, que por algum motivo, que não entendemos, se achava isento dessa obrigação. No entanto, na medida em que a sua importância para a manutenção da igreja, das suas obras e principalmente para a evangelização, foi ficando clara entre os fiéis, a postura até dos mais resistentes à generosidade da partilha, foi se modificando. Por isso, que nós cristãos, que frequentamos a paróquia, que participamos das missas, pastorais e movimentos, precisamos ter a consciência de o dízimo é, na verdade, para todos nós, que adentramos felizes na casa do Pai e nos ajoelhamos aos seus pés em oração. É preciso perceber que a nossa riqueza não está só nos bens materiais que possuímos, mas dentro da alma de cada um de nós, que tenta se tornar um ser humano melhor a cada dia, preocupando-se com o que fazer para somar. Inúmeras vezes pagamos caro por um bem material, gastamos dinheiro com bobagens e nem percebemos como gastamos tanto, mas contamos moedas na hora de partilhar, nos esquecendo de que a nossa paróquia é viva, ativa, movimenta diversas frentes e, portanto, precisa se manter dignamente. Através do dízimo estamos ofertando com o coração, praticando a partilha em comunidade, exercen10

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do a nossa alegria divina em viver na caridade, importantes virtudes cristãs. Existe uma maior e mais valiosa resposta para tudo isso, e ela vem de dentro de nós, da nossa fé em Deus. Um sentimento que não se mede com palavras, que transpõe qualquer matéria e simboliza a nossa GRATIDÃO sincera, por todas as bênçãos a nós honradas, mas, principalmente, pelo dom da nossa vida! Nessa edição, portanto, entrevistamos a Pastoral do Dízimo, que atualmente possui três coordenadores: Toninho Penido e Jorge Amaral, há quatro anos na pastoral, e Carlos Augusto, há dois anos. Eles nos contaram um pouco da forma como a pastoral vem atuando na comunidade, os seus maiores desafios e adversidades, bem como, a importância da arrecadação do dízimo para a sobrevivência da paróquia. E como escreve o Apóstolo Paulo, inquiete o seu coração e reflita: “Dê cada um conforme o impulso de seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama a quem dá com alegria (2 Cor 9,7).” Falem um pouco da pastoral do dízimo e de que forma ela atua na comunidade? No Antigo Testamento, o Dízimo era tratado meio que como um imposto, onde ao que se produzia, pagava-se 10%. As pessoas pagavam o dízimo com 10% das colheitas, ou do que tivessem, como uma forma de prevenção para elas mesmas. Após a crucificação de cristo começaram a se formar as primeiras co-

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munidades cristãs, e a partir daí o dízimo começou a se fazer presente, com as pessoas doando para difundir e ampliar a obra de Deus. Muitos eram mutilados das guerras, doentes de epidemias, viúvas, órfãos, enfim, naquela época a igreja custeava tudo isso e os 10% eram muito necessários. O Cristianismo muda tudo isso para a Partilha, conforme vemos em Atos 4, 32-35 que não havia dizimo, pois tudo era comum a todos e não se considerava nada exclusivo seu. Dízimo é a oferta do Coração, partilhado com a comunidade que você frequenta e usufrui. Onde, há quase 400 anos, são realizados batizados, comunhão, casamentos e etc. O que pedimos sempre, é que as pessoas exercitem a sua corresponsabilidade, que tenham comprometimento com a nossa casa de oração. Um momento de consciência, de que o que temos, nos é dado por Deus, e, portanto, devemos Partilhar. Deus não precisa de dinheiro, mas o sentimento da Partilha gera o Amor e a Caridade. Por mais que trabalhemos, quem cria e cuida é Deus. Se entendermos assim o Dízimo, sendo uma oferta do Coração, uma Partilha e uma Corresponsabilidade, pensamos que ele deve ser individual. Existem famílias que contribuem como “família”. Assim, por exemplo, uma família de três pessoas que doa R$ 150,00, deveria cada um dos seus membros doar R$ 50,00 ou mais, quando puderem doar mais. O importante é que seja uma atitude, uma iniciativa pessoal. Quantas pessoas tem hoje na equipe? E por que três coordenadores? São 25 missas mensais, e hoje nós contamos com 35 duplas. Dessa forma, conseguimos montar os


como uma forma de tentar voltar os olhos deles para a pastoral. E quem sabe, no futuro não teremos um plantão somente com os jovens, na missa de sábado, por exemplo, que é referência para eles, onde há uma concentração maior dos seus.

plantões com tranquilidade, inclusive, se houver algum imprevisto, como feriados prolongados, movimentos da paróquia, ou algum outro motivo pelo qual a dupla não possa estar presente, nós temos um casal coringa para cobrir essas ausências. Foi-nos proposto a ideia de mais de um coordenador, como um colegiado. Entre outras coisas, para facilitar quando um de nós precisar se ausentar por algum motivo. E, geralmente, dividimos algumas funções para uma melhor organização, mas, qualquer problema que surgir, podem se reportar a qualquer um de nós. Quais são hoje os maiores desafios da pastoral do dízimo? A consciência de que esse dinheiro é usado para evangelização, uma forma de AGRADECER A DEUS O QUE TEMOS. Outro desafio seria a conscientização dos jovens. O Amaral criou uma sigla chamada DJ, em analogia aos operadores de som, que dentro da paróquia são os dizimis-

tas jovens. Essa ideia tem como objetivo despertar neles o sentimento de solidariedade, abordando a questão do desprendimento, para a visão de que existe um lugar, uma necessidade, ou seja, plantar uma sementinha neles. O valor pode ser 3,00 ou 5,00 reais, que seja, pois na verdade a intenção maior é abrir o seu coração para a partilha, para a doação e corresponsabilidade. Seria muito importante esse incentivo jovem, e gostaríamos de unir ainda mais jovens ao movimento. A minha filha faz o EAC, e de vez em quando eu a trago para esse ambiente, para que seja inserida e veja pessoas contribuindo, podendo com isso atrair outros jovens, e dessa forma despertar neles o desejo de ajudar. Tivemos uma reunião uma vez e colocamos a possibilidade de tentar deixar ao menos um jovem no plantão, seja da crisma ou outro movimento qualquer, juntamente com uma dupla de adultos. De repente, alguém que seja mais engajado, que se destaque mais nos movimentos,

Estamos vivendo um momento em que o País passa por uma crise econômica. Vocês acham que isso está afetado a pastoral de alguma forma? Desde quando assumimos para cá, não notamos isso, ao contrário, houve um crescimento gradativo, e com a entrada dos cartões de crédito e débito, o resultado tem sido muito positivo. Temos a nossa reunião, toda segunda terça-feira de cada mês após a missa, onde refletimos passagens da bíblia e debatemos novas ideias. E as dificuldades? Elas existem? Não enxergamos como dificuldades, mas caminhos que devemos encontrar e trilhar, e novos desafios a conquistar. Hoje, nós já aceitamos cartões de débito e crédito, e no futuro, quem sabe novas possibilidades surjam para organizar melhor e modernizar todo o processo. Há quatro anos, nós tínhamos apenas uma mesinha que ficava no final da assembleia, dentro do Loretão, mas nós pedimos ao padre e hoje temos a nossa salinha. Então, fazemos questão de cuidar muito bem dela, mantendo-a sempre limpa e cheirosa, enfeitando-a, colocando balinhas; um capricho especial para receber as pessoas que vem até nós, para que se sintam aconchegadas. Vocês acham que poderia haver uma divulgação maior da pastoral?

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Sim. A revista é um excelente veículo, os Padres podem falar um pouco mais e não somente nos avisos finais, pois muitos não prestam atenção. Devemos criar um material que possa ser entregue à comunidade e também algo para apresentar nas demais Pastorais e Movimentos. É muito importante que as pessoas conheçam e entendam acerca das pastorais, e inclusive, seria importante haver um rodízio das pessoas que participam, para que pudessem conhecer um pouco de cada uma delas, e sua forma de atuação junto à comunidade. A divulgação nunca é demais e é sempre bem-vinda! Qual a importância do dízimo para a manutenção do Loreto? É total, sem ele tudo viraria uma ruína. Igual ao lar de muitas famílias, que se tivessem seus salários suprimidos, teriam dificuldades para a sobrevivência. Aqui na igreja não é diferente, temos muitos movimentos, pastorais, festivas e etc. E neste exato momento, por exemplo, as luzes do Cepar estão todas acesas por conta do EAC, tem também a crisma, a catequese, as missas e etc. Quando a comunidade chega, todas as luzes estão acesas, os microfones funcionando, os televisores ligados, banheiros limpos, boa iluminação nas missas, manutenção em dia e etc. E para que ela possa estar assim bem cuidada, e termos uma santa missa com aconchego, conforto e qualidade, como todos desejam e merecem, precisamos desse comprometimento. Nós, o povo de Deus, precisamos entender que isso é uma rua de mão dupla, para termos a paróquia a nossa disposição para tudo, para o momento que quisermos, precisamos ter essa responsabilidade, para que a obra de Deus possa permanecer. O dízimo e as demais ofertas deveriam 12

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ser capazes de custear as despesas totais da Igreja. Aqui não pensamos com fins lucrativos, pois não é uma empresa. Ninguém compra nada para vender nada. Mas, precisamos pensar em um custo, abrir frente de recursos para conseguirmos sempre dar um conforto mais adequado para a comunidade que frequenta a Paróquia. E para isso, precisamos aumentar o número de Dizimistas (que hoje não chega a 30% do Número de pessoas somando todas as idades e separando os Casais) que participam das Missas, e aumentar o valor de contribuição (quando a pessoa pode, pois, a melhor ajuda é aquela que a gente PODE dar, e deve vir do coração!). Existe algum tipo de divulgação dos resultados? Algum painel de crescimento das doações? Por questões de segurança nossa e da Igreja, nosso Pároco pede para não colocar e nem mencionar valores, mas é passado que com o Dizimo pagamos as despesas de luz, água, funcionários, e também realizamos algumas obras de manutenção. Quem quiser saber mais detalhes podem procurar o padre. Não importa quanto à pessoa dê, mas sim o desejo dela de ajudar sua paróquia de alguma forma. Existe um quadro na sala do dízimo que mostra mensalmente o crescimento em termos percentuais. Qual a orientação para quem deseja ajudar? Que procure a Pastoral na Sala do Dízimo, nos horários das missas e se sintam à vontade para ofertar com o coração. Existem duas frentes de ajuda. Uma, fazendo parte da equipe e a outra contribuindo com o dízimo. No momento, estamos com uma equipe de trabalho muito grande, portanto,

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a ajuda fundamental seria no dízimo. O cadastro é feito na hora, sempre temos em todas as missas uma dupla de plantão, que pode disponibilizar fichas para serem preenchidas. Outra informação importante é para aqueles que contribuíram e por algum motivo pararam de contribuir. Vocês são muito bem-vindos, podendo, caso seja necessário, reduzir sua contribuição e começar de novo sua Partilha. Não é necessário 10% do que ganha. Dar com o coração! Podem deixar aqui uma mensagem final para a comunidade? Gratidão, palavra que define melhor o sentimento que devemos ter em Deus, pois ele nos ama e cuida sem cobrar nada, somente por sua Misericórdia. Somos de verdade uma Paróquia muito grande e muito unida pelas diversas Pastorais e Movimentos. Temos uma multidão de Jovens espalhados pelo EAC, EJC, MEJ, MAC, Catequese e o Setor Juventude, e eles precisam da nossa Partilha para continuar encontrando em Cristo sua única opção de Vida. Sejamos um só povo, o Povo de Deus. A assiduidade no dízimo é muito importante também, pois dá tranquilidade para que possamos contar com ela. Aqui não pagamos impostos, pagamos de coração. E mesmo quem não pode ajudar que não deixe de vir à casa de Deus. Plantamos aqui também uma sementinha para o dizimista jovem, que ele deixe, ao menos um dia, de comprar o cachorro quente da tia, que ele só por um dia guarde os 15,00 reais e venha contribuir, para vivenciar o quanto é bom o sentimento da partilha.

Luciana Magalhães Pascom Loreto


Missão Popular

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missão popular – a visita de casa em casa – é o gesto concreto do Ano da Esperança que a Arquidiocese do Rio está vivenciando. Enquanto no Ano da Fé em 2013, os cristãos foram às ruas testemunhar publicamente a fé, e no Ano da Caridade em 2014, se partilhou com o irmão aquilo que se tem, no Ano da Esperança em 2015, o chamado é para “continuar caminhando”. Por isso que o gesto concreto do Ano da Esperança é o que chamamos, na linguagem do Rio, de missão popular: é um momento forte de visitas missionárias. Nos passos do 11º Plano Pastoral de Conjunto O 11º Plano de Pastoral de Conjunto exerce seu serviço de pedagogia pastoral: - “Uma Igreja que anuncia e re-anuncia Jesus Cristo, numa rede de comunidades, serviços e ministérios, em permanente estado de missão, a serviço da vida em todas as suas instâncias”. (Diretrizes do 11º PPC). Abrimos o ano de 2015, sob o “Sinal da Esperança” Ano da Esperança - Ano Missionário: “Trata-se de uma atitude em nível pessoal e em nível pastoral. Em nível pessoal, destacam-se o testemunho e o engajamento em alguma atividade evangelizadora. Em nível grupal, todas as pastorais, associações e demais entidades não podem ficar satisfeitas com o que já realizam. É preciso ir mais longe, chegando a ambientes e situações até então não atingidas. Esta é a grande passagem que o Documento de Aparecida nos interpela a fazer: passagem de uma pastoral de conservação ou manutenção para uma pastoral decididamente missionária” (11º Plano de Pastoral, 113). O documento ainda destaca: “Em nossos dias, a missionaridade não é mais atributo de uma pastoral específica, no caso, a pastoral missionária. Cresce, cada vez mais a consciência de que todas as pastorais, movimentos, associações e demais organismos são missionários e precisam assumir de modo mais intenso esta perspectiva missionária nas suas opções e prioridades...” (11º Plano de Pastoral,114). Deve fazer crescer a consciência e o exercício pastoral de uma Igreja toda Missionária que atravesse esta Cidade proclamando que Deus aqui habita. Esforcemo-nos para testemunhar a Esperança – e esta é Cristo, revelador do amor do Pai. Deixemo-nos transformar como Igreja missionária, convertendo-nos em Igreja de Saída (cf. EG 20-24). Igreja convertida, a partir do Coração do Evangelho (cf. EG 3439), para alcançar toda Igreja (cf. 46-49).

Como se dará as missões: Toda a Arquidiocese está sendo convocada a viver o Ano da Esperança sentindo o apelo missionário, conscientizando-nos de que a Missão vai muito além de um Ano Pastoral. Mas, é uma atitude permanente batismal. Para tal, toda Igreja, através de suas diversas Comunidades no Rio de Janeiro (Paróquias, Clero, Seminários, Comunidades de Vida e Aliança, Religiosos e Religiosas, Universidades, Escolas...) deverá renovar a iniciativa de ir ao encontro dos desafios e situações que clamam pelo anúncio da Esperança, que é Cristo. Em cada comunidade o “Discernimento Evangélico” nos fará enxergar onde devemos ir – ao encontro de quem devemos sair. As Paróquias e outros lugares pastorais orientados pelo senso pastoral de seus responsáveis deverão escolher os lugares desta presença missionária. Tendo discernido aonde ir e a quem ir: - Em nossa visitação reforçaremos os laços da fraternidade e do acolhimento convidando e propondo os visitados a participarem de três (pequenos) encontros celebrativos, orientados pelos temas: 1- Queremos ver Jesus, nossa Esperança – Símbolo: A Luz. 2- Dá-me de beber – Símbolo: A Água. 3- Amou-nos até o fim – Símbolo: A Cruz. Estes encontros servirão para fazer crescer os laços afetivos, criar espaço orante e de cuidado pastoral. Queremos com os irmãos que nos acolherem proclamar Jesus Cristo como nossa Esperança de Vida e Salvação. O testemunho da esperança se concretizará pelo acolhimento nas relações e pelo esforço de criar vínculos de fraternidade e de serviço. Depois, haverá um encontro celebrativo, de acolhimento e de confraternização na Paróquia. Os missionários convidarão as famílias visitadas para este Encontro Paroquial. Está também prevista uma grande festa no dia de Cristo Rei, onde será lançada a Novena de Natal: - O Menino Deus é nossa Esperança! E na Catedral, onde todos serão convidados a participar. Que a Virgem Maria, Virgem da Prontidão e Mãe do Evangelho vivente interceda por nós, para que sintamos a urgência da hora presente. E como ela mesma, “apressadamente”, coloquemo-nos disponíveis ao serviço do Evangelho. E que São Sebastião, nosso Padroeiro nos proteja para que em qualquer realidade de nossa Cidade, sejamos testemunhas da Esperança. Coordenação de Pastoral e COMIDI- Arqrio. Outubro 2015

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Ao Encontro de Maria

Peregrinação aos Santuários Marianos

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palavra “peregrinar” que vem do latim “peregre”, onde, per significa através de, e “egre” significa campos, nos remete à ideia de que sair em peregrinação é muito mais que conhecer lugares novos e fazer turismo. Peregrinar é ir ao encontro daquilo em que se acredita daquilo que se ama; é renovar a fé, a mente, o coração. Se tudo isso é bom, peregrinar ao encontro de Maria Santíssima é uma benção. E foi. Nosso querido pároco acompanhou um grupo da Paróquia Nossa Senhora de Loreto que, movido de imenso amor por Nossa Senhora, foi ao seu encontro em julho de 2015. Começando por Fátima, em Portugal, testemunhamos uma lindíssima devoção a Nossa Senhora que apareceu aos três pastorzinhos: Jacinta, Francisco e Lúcia, trazendo ao mundo sua mensagem de esperança. A oração do terço em várias línguas e a procissão das velas, com certeza, ainda ecoam na mente daqueles que delas participaram. Partindo de Fátima, a primeira parada foi Genebra, na Suíça. Como uma importante cidade global, Genebra é o centro mais importante da diplomacia e da cooperação internacional em razão da presença de inúmeras organizações intermacionais das

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O Mensageiro

Nações Unidas, como a Cruz Vermelha e a UNESCO. Genebra teve forte influência protestante: O líder protestante Calvino residiu em Genebra até sua morte e deixou na cidade marcas do protestantismo como a Catedral transformada em igreja protestante e o Muro da Reforma Protestante. Partindo de Genebra, a direção é Annecy, apelidada de “A Veneza dos Alpes”- linda por suas edificações à beira do lago de Annecy e a belíssima Basílica da Visitação, construída entre 1909-1930. Lá, estão os túmulos de São Francisco de Sales e Santa Joana de Chantal, que em 1610 fundaram a Ordem da Visitação. O relicário com o coração incorrupto do santo encontra-se nessa linda Basílica. Toda peregrinação traz muito conhecimento e ao mesmo tempo curiosidade: alguns fatos parecem ser inexplicáveis, mas, pela fé, Deus ilumina o entendimento. A Basílica de Nossa Senhora da Salete, nos Alpes Franceses é um exemplo vivo desse sentimento. Um lugar realmente de Deus. Que Paz e que cenário belíssimo! É difícil entender a construção de uma obra naquela montanha de tão difícil acesso. É de uma beleza indescritível! Foi nesse lugar exuberante que, em 19 de setembro de 1846, Nossa Senhora,

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chorando, falou a duas crianças que cuidavam do gado nas montanhas próximas à aldeia de La Sallete. Eram elas Maximino Giraud e Mélanie Calvat. Ninguém do nosso grupo até então, tinha visto a imagem de Maria sentada em uma pedra, chorando por causa dos pecados do mundo e da igreja. Na mensagem dada às crianças, ela pede ao mundo que não zombe do nome de seu filho e que respeite o dia do Senhor. A mensagem de Salete nos reporta aos eventos atuais das nossas sociedades e a maneira como o homem está conduzindo sua vida. É preciso estar atentos à mensagem de La Salete. É urgente que o mundo escute aquilo que Maria, ao longo do tempo, vem nos dizendo sobre estarmos próximos daquele que é o nosso caminho, verdade e vida. De Salete, o grupo parte para Avignon, cidade no sul da França que durante muitos anos foi a residência dos papas da Igreja Católica. Como é bom conhecer os fundamentos da fé e tudo que enriquece a história da Igreja, a nossa identidade. Parte o grupo para Lourdes, no sudoeste da França. Essa devoção começou em janeiro de 1858, quando a menina Bernadette Soubirous, de apenas 14 anos, alegou ter tido visões da


Helinho e Wania rezando um mistério do terço, no Santuário de Fátima-PT Virgem Maria em uma gruta rochosa. Lá, ergueu-se o Santuário de Lourdes que é um dos que mais populares, pois recebe anualmente cerca de seis milhões de peregrinos do mundo inteiro. É uma demonstração de fé que emociona qualquer pessoa. Os fiéis vão em busca de curas milagrosas para doenças e deficiências, e vão com muita devoção. Terminada a visita à Lourdes, todos levam para casa a água da fonte cavada por Bernadette a pedido de Maria. O que chamou a atenção de todos nesse lugar de tamanha devoção foi o número de jovens que vão como voluntários para acompanhar os doentes em suas peregrinações. Eles são vistos empurrando as cadeiras de rodas disponíveis para a participação no terço e a procissão das velas na frente da basílica. Sente-se a presença doce de Maria em tudo que se faz em Lourdes. Foi uma experiência tão

enriquecedora que certamente não se apagará das mentes e dos corações do nosso grupo peregrino. Rumo à cidade luz, Paris! Cidade que abriga o charmosíssimo bairro Montmatre. Lá, no alto da colina, exuberante, está a Basílica do Sagrado Coração de Jesus que guarda o Santíssimo Sacramento, em adoração perpétua, independentemente do número de turistas que entram e saem diariamente daquele belíssimo monumento. Foi um momento muito abençoado para o grupo participar de uma missa celebrada em uma das capelas internas da basílica. Estar em Paris e não ir à Capela da Medalha Milagrosa teria sido um erro irreparável, mas não. Nesse local de grande devoção mariana, participamos de uma missa celebrada com muitos fiéis de diferentes nacionalidades. Foram momentos emocionantes;

aliás, saber que Nossa Senhora tem muitas graças para dispensar àqueles que têm fé, nos coloca na posição de filhos que devem ouvir a mãe, devemos pedir sempre que ela rogue por nós, pois somos tão necessitados de suas graças. Fechando a peregrinação com chave de ouro, fomos à cidade de Lisieux ao encontro de Santa Teresinha do Menino Jesus. Lá, conhecemos a imagem de Nossa Senhora do Sorriso que está associada à vida de Teresa. Diz-se que certa noite, a imagem de Nossa Senhora a acolheu com um lindo sorriso, curando-a repentinamente. Por sua simplicidade e resignação na dor e no sofrimento, Teresa mostrou como viver uma vida de santidade. Em 1997, recebeu do Papa João Paulo II o título de doutora da Igreja e é reconhecida como Padroeira das Missões. Depois de tanto contato com Nossa Senhora, esperamos que ela interceda a Deus por tantos fiéis que também desejam conhecer esses lugares de devoção. Como é confortante estar com Maria ao lado. Como é providente a presença de Maria na vida de seus filhos! Ela que sempre deu testemunho de Cristo, possa nos inspirar e fortalecer para como ela, sermos firmes nas tribulações e nos eventos do dia a dia. Que como Maria, possamos experimentar a presença de Cristo Ressuscitado em nossas vidas, e assim através Dele, construir o Reino de Deus aqui na terra.

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Colaborou: Katia Souza

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Vocações D

ando continuidade as entrevistas sobre as vocações, em comemoração ao ano da vida consagrada “O Mensageiro” entrevistou os propedêuticos, hoje residentes em nosso seminário, no Loreto. Estão conosco três candidatos a ingressar na vida religiosa, são eles Rafael e Tiago vindos de São Paulo e Acácio vindo do Espirito Santo. O Mensageiro conversou com eles sobre alguns aspectos: Como surgiu a vocação? Tiago – Minha vocação surgiu ainda em criança pela admiração que tinha pelo sacerdócio e calou fundo no meu coração, brincava inclusive de celebrar as missas. Uma vez fui a uma vigília com o meu pai e me encantei e disse pra ele que queria ser coroinha. Fui acolito, passei por várias pastorais, conheci outras ordens religiosas e foi aprofundando o desejo de conhecer mais a vida religiosa. Em um dado momento esta vocação firma-se no nosso coração. O primeiro contato com os barnabitas foi pelo site, já tinha conhecido outras ordens, participei de um encontro vocacional com eles e o acolhimento na ordem foi preponderante. Com o conhecimento dos escritos de SAMZ esta decisão foi reforçada e o carisma do fundador foram decisivos. A grande figura do fundador da ordem tem sido um ponto de atração. Acácio – Venho de uma família religiosa, mas sofri algumas provações na infância com a separação dos meus pais, esta separação foi muito 16

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dolorosa pois a família foi privada de participar da comunidade religiosa. Esse afastamento durou cerca de dois anos. Ainda na adolescência surgiu na minha cidade um projeto da infância e adolescência missionaria (IAM), que foi uma oportunidade das crianças participarem das atividades da Igreja efetivamente e comecei a participar destas atividades. O objetivo do projeto é que uma criança evangelizasse outra criança, e assim tinha contato com a palavra de Deus se expressando da sua maneira. Hoje não é mais um projeto e sim uma realidade, e é muito atuante. O meu retorno a Igreja foi através deste grupo. A infância Missionaria desperta na criança o caráter evangelizador e missionário que é o que hoje o Papa Francisco pede aos católicos. Depois participei da Juventude Missionaria, o compromisso com a Igreja, em várias pastorais e uma maior participação na comunidade. A Diocese contribuiu também por incentivar o papel do leigo na Igreja. A descoberta da vocação foi à necessidade de buscar algo maior, pois já participava intensamente na Igreja. Fui em busca da vida religiosa, conversei com o padre da paroquia, fiz acompanhamento com os diocesanos e quis conhecer outras ordens e encontrei primeiramente os mercedários, fiquei com eles um ano e seis meses, mas não me identifiquei. Num encontro chamado NOVINTER, promovido pela CRB, em Brasília fiz contato com os barnabitas que mais tarde me encaminharam para o encontro vocacional.

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Rafael – A minha vocação também apareceu ainda na infância, venho de uma família religiosa, e já tinha desejo de me tornar padre. Eu via os sacerdotes e dizia para a minha mãe que desejava ser padre. O desejo pela vida religiosa foi despertado vendo os monges entrando para a celebração no mosteiro de Itapecerica. O aprofundamento da vocação foi a partir das conversas com o Abade e conhecendo a vida religiosa. Na adolescência houve um afastamento da Igreja por cerca de dois ou três anos. Conversei com um monge e ele me disse que o tempo da crise ajuda a crescer. A Jornada Mundial da Juventude foi o marco da reavaliação da vocação e a decisão do rumo que queria tomar na minha vida pois já estava me preparando para o vestibular e já tinha o meu emprego. Após a jornada voltei a falar com os monges e eles me aconselharam a fazer uma pesquisa sobre as ordens e em uma avaliação a que mais me atraiu foi a ordem dos barnabitas. Como é a evolução desta vocação? Tiago – A evolução dá-se através de dúvidas e crises, a participação em grupos jovens, O amor pela nossa religião reforça a vocação. A maior participação na Igreja vem amadurecendo a minha vocação. O contato com outras congregações também contribuíram para essa evolução da vocação enriquecendo-a. A riqueza de carisma com os quais eu tive contato também são responsáveis por esta evolução. O mesmo sentimento que havia em criança de admiração, permanece até hoje só que hoje mais adulto, em função da maior experiência, e torna-se como uma coluna sustentando o desejo de abraçar a vida religiosa.


Acácio – A vocação é como uma planta, para crescer necessita de cuidados para tornar-se saudável. Ela tem que ser cuidada, alimentada, podada, regada. Muitos foram os caminhos que apareceram na minha vida e foram importantes as escolhas que eu fiz, pois em função das dificuldades que passei poderia ter tomado outros caminhos. É importante sempre colocar na nossa vida a presença de Deus, pois mesmo nas piores situações essa presença nos encaminha para o melhor. A presença de Deus constante em minha vida despertou a minha vocação. A vocação é uma opção de vida que deve ser alimentada diariamente com orações e práticas cristãs. Rafael – Vejo a vocação com base na minha experiência de vida. Ela dá o sentido a minha escolha. Eu olhava o exemplo do sacerdote e dos vigários que o ajudavam e queira fazer alguma coisa na Igreja. Minha família nunca quis decidir o que eu seria mas sempre exigiu que eu tivesse caráter, quer na vida civil quer na vida

religiosa. Eu não conseguia definir o que eu queria ser na Igreja . O divisor de aguas foi a visão dos monges entrando para a celebração no mosteiro e então decidi que queria ser religioso. A minha decisão hoje é que eu quero ser irmão e não sacerdote. Quero ajudar a Igreja na atividade missionaria e dar um sentido na vida das pessoas. Elas diziam que eu podia ajudar mesmo não sendo um sacerdote uma vez que eu já tinha emprego, passado no vestibular, mas eu seguia firme na ideia de ser religioso. A partir dos instrumentos que Deus me deu e daquilo que ele me foi apontando eu fui descobrindo a minha vocação. Participei da fundação de uma comunidade católica chamada Luz e Paz na minha cidade, onde todos partilhavam os dons recebidos e dai levavam o evangelho a todos. Pelo meu dom da arte, do teatro, fui descobrindo a minha vocação. Eu digo sim todos os dias a minha vocação. Nossas atividades diárias exigem de nós compromissos, exigem vontade e o nosso sim. Uma ultima consideração seria que os jovens não tivessem medo do chamado que re-

cebem independente das opiniões dos amigos ou mesmo da família. Como é a rotina no Seminário? A rotina começa às 6:20 com as orações do dia na capela, algumas vezes com missa, depois meditação, e atividades pessoais (leitura, estudos , etc), às 9 hs começa a formação com o estudos dos escritos do fundador com o Pe. Luiz Antonio, após a formação novamente os estudos pessoais, as quartas também temos formação com o Pe. Miguel e entrevistas com uma psicóloga, às 18 hs, temos as vésperas, e as completas às 21:30. Cada um também trabalha em pastorais, catequese, EAC, Pastoral da Família. Na segunda é a folga, quando temos tempo para conhecer o Rio. Como foi a acolhida pela Comunidade? A recepção da comunidade sempre foi boa. Uma acolhida sempre carinhosa, tanto do lado social, quanto do lado espiritual, sempre fazendo sentir-nos parte da Comunidade.

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Entrevista: João Adauto O Mensageiro

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Falando Francamente Zamoura

Equipes de Nossa Senhora

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omo já dissemos repetidas vezes, somos integrantes das Equipes de Nossa Senhora e como tal, cumprimos as rotinas que o movimento requer. Saibam que temos uma publicação mensal intitulada CARTA MENSAL, cujos artigos são escritos pelos próprios equipistas e/ou pelos conselheiros espirituais os quais são eles: Padres, Diáconos, Religiosas e Religiosos, até mesmo seminaristas. Vale dizer que cada equipe tem seu conselheiro espiritual. Nosso movimento vem crescendo a cada dia, e hoje temos cerca de 5.500 equipes espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, num total de 30.500 casais integrantes e cerca de 3.300 conselheiros espirituais. Cada equipe tem em média cinco casais, que se reúnem mensalmente em reuniões denominadas FORMAIS e INFORMAIS. As reuniões formais são realizadas nas residências dos casais integrantes, que partilham um lanche e/ou jantar a combinar. Nestas reuniões são feitas orações e ofertório, quando é feita contribuição em dinheiro, cujo total arrecadado é enviado ao casal responsável pelas finanças do movimento. Nas reuniões formais, também são cumpridos alguns itens tais como: Escuta da palavra e reflexão com os devidos cânticos, regra de vida e demais itens dos pontos concretos de esforço, abreviadamente PCE. Os casais equipistas se propõem a comparecer regularmente á Santa Missa Dominical e ao trabalho pastoral, assim como aos eventos do movimento, tais como: Noites de oração de formação e retiro espiritual anual entre outros. Quanto às reuniões INFORMAIS, estas podem ser realizadas não só nas residências como em locais públicos inclusive restaurantes e com a presença dos familiares dos equipistas. Nossa equipe denominada Equipe N. Sra. De Loreto, é composta de cinco casais, são eles: Diva e Zamoura, Sônia e Aramis, Solange e Marcos Julien,

Cláudia e Dalmo e Zezé e Black. Nosso conselheiro espiritual e o Frei Emerson Carlos, pároco da paróquia N. Sra da Consolação e Correia. Em cada região existem diversas equipes, na nossa região de Jacarepaguá, usamos camisas na cor laranja. Permitam que lhes diga que em épocas bem distantes, as candinhas e os linguarudos, diziam que éramos elitizados e donos da verdade. Graças a Deus, este tempo passou e nos orgulhamos de pertencer a um movimento reconhecido e valorizado pela nossa Igreja e pelos queridos irmãos católicos. Nosso movimento foi fundado pelo Pe. Henri Caffarel, francês, nascido em 30 de julho de 1903 e falecido em 18 de setembro de 1996. A primeira etapa de sua canonização já foi concluída. Rezemos juntos a oração dos equipistas, ou seja, o MAGNIFICAT: O poderoso fez em mil maravilhas e Santo é seu nome! A minh’ alma engrandece o Senhor, exulta meu espírito em Deus, meu Salvador! Por que olhou para a humildade de sua serva, doravante as gerações hão de chamar-me de bendita! O Poderoso fez em mil maravilhas e Santo é seu nome! Seu amor para sempre se estende, sobre aqueles que o temem! Manifesta o poder de seu braço, dispersa os soberbos; derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes; sacia de bens os famintos, despede os ricos sem nada. Acolhe Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido a nossos pais em favor de Abraão e de seus filhos para sempre! Glória ao Pai, ao filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre Amém! O poderoso fez Em mim maravilhas e Santo é o seu nome!

Louvores e Glórias a Deus

Zamoura (da Diva) 15º ECC Zamouraediva@oi.com.br


São Frei Galvão - 25 de Outubro

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brasileiro Antônio de Sant’Anna Galvão nasceu em 1739, em Guaratinguetá, São Paulo. Seu pai era Antônio Galvão de França, capitão-mor da província e terciário franciscano. Sua mãe era Isabel Leite de Barros, filha de fazendeiros de Pindamonhangaba. O casal teve onze filhos. Eram cristãos caridosos, exemplares e transmitiram esse legado ao filho. Quando tinha treze anos, Antônio foi enviado para estudar com os jesuítas, ao lado do irmão José, que já estava no Seminário de Belém, na Bahia. Desse modo, na sua alma estava plantada a semente da vocação religiosa. Aos vinte e um anos, Antônio decidiu ingressar na Ordem franciscana, no Rio de Janeiro. Sua educação no seminário tinha sido tão esmerada que, após um ano, recebeu as ordens sacerdotais, em 1762. Uma deferência especial do papa, porque ele ainda não tinha completado a idade exigida. Em 1768, foi nomeado pregador e confessor do Convento das Recolhidas de Santa Teresa, ouvindo e aconselhando a todos. Entre suas penitentes encontrou irmã Helena Maria do Sacramento, figura que exerceu papel muito importante em sua obra posterior.

Em 1811, a pedido do bispo de São Paulo, fundou o Recolhimento de Santa Clara, em Sorocaba. Lá, permaneceu onze meses para organizar a comunidade e dirigir os trabalhos da construção da Casa. Nesse meio tempo, ele recebeu diversas nomeações, até a de guardião do Convento de São Francisco, em São Paulo. Com a saúde enfraquecida, recebeu autorização especial para residir no Recolhimento da Luz. Durante sua última enfermidade, frei Galvão foi morar num pequeno quarto, ajudado pelas religiosas que lhe prestavam algum alívio e conforto. Ele faleceu com fama de santidade em 23 de dezembro de 1822. Frei Galvão, a pedido das religiosas e do povo, foi sepultado na igreja do Recolhimento da Luz, que ele mesmo construíra. Depois, o Recolhimento do frei Galvão tornou-se o conhecido Mosteiro da Luz, local de constantes peregrinações dos fiéis, que pedem e agradecem graças por sua intercessão. Frei Galvão foi beatificado pelo papa João Paulo II em 25 de outubro de 1998, e canonizado em 11 de maio de 2007 pelo papa Bento XVI, em São Paulo, Brasil.

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Fé e Política Robson Leite

“Os desafios para o combate à violência no Rio de Janeiro...”

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o ultimo dia 29 de setembro, todos nós ficamos profundamente chocados com o assassinato do jovem Eduardo Felipe, 17 anos, morto pela polícia do Rio de Janeiro no morro da Providência. Se não fosse a coragem de um morador que filmou escondido a ação, os policiais que executaram o jovem e forjaram uma “ação de resistência” do mesmo ficariam impunes, pois não seriam investigados graças a uma triste herança da ditadura militar no Brasil, chamada de “auto de resistência”. Esse procedimento, onde o agente do estado apenas alega que a morte se deu em confronto e que a vítima resistiu à ação policial “trocando tiros” na operação, arquiva de imediato um possível inquérito investigativo que levaria a prisão e a responsabilização penal dos autores do homicídio. Lamentavelmente, esse procedimento do “auto de resistência” é praticamente uma licença para matar. As imagens, amplamente divulgadas nas redes sociais mostrando os policiais colocando a arma na mão do jovem para “forjar” uma reação manipulando, inclusive, a cena do crime, levantam fortes suspeitas sobre as outras 481 mortes não investigadas no Rio de Janeiro entre 2013 e 2014 sob as mesmas condições. Ou seja, mortes não investigadas em função de um “auto de resistência”. Quando fui Deputado Estadual, acompanhei de perto diversos desses casos e cheguei à conclusão de que o fim do auto de resistência é um passo importante, mas não definitivo, para melhorar o quadro da violência e, sobretudo, a triste marca do expressivo número de homicídios de jovens, em especial de pobres e negros, no Rio de Janeiro. Já tramita em Brasília um Projeto de Lei (PL 4471/12) que visa acabar com os “autos de resistência” obrigando, dessa forma, a investigação sobre todas as mortes que aconteçam em operações policiais. A aprovação desse projeto já seria um grande avanço, mas não é suficiente. É fundamental rever a estrutura de formação e atuação dos policiais. A polícia do Brasil está entre as que mais matam e que mais morrem no mundo superando, inclu20

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sive, países onde há guerra civil. Precisamos, conjuntamente, melhorar a formação dos policiais, humanizar a sua atuação valorizando a dignidade da pessoa humana ao mesmo tempo em que se constroem melhores condições de trabalho desses agentes do estado que vão muito além de melhores salários. Esse atual modelo de segurança pública também precisa ser repensado. Restringir a segurança pública à atuação policial é como tratar as consequências de uma doença grave sem observar a origem dela. O que leva um jovem ao tráfico de drogas? Será que ele é a causa do problema da violência ou a consequência de um modelo excludente e segregador? Será que esse jovem que está com um fuzil nas mãos não será também vítima desse sistema? Será que ele tem família? Será que ele algum dia foi à escola? Quais valores permearam a sua infância e juventude? São desafios importantes que precisamos enfrentar. Afinal, nunca é demais lembrar o que o Profeta Isaías dizia 7 séculos antes de Cristo: “não há paz sem justiça”. Vale muito a pena a sua leitura na íntegra... Leitura e reflexão da necessidade de irmos ao encontro do centro do Evangelho. De voltarmos as nossas atitudes para a construção da sociedade do bem viver e buscarmos, acima de tudo, a atitude da partilha e da solidariedade. Segue o discurso na íntegra: http://www.robsonleite. com.br/discurso-do-papa-aos-movimen…/ Acompanhe a nossa luta curtindo a nossa página no facebook em http://www.facebook.com.br/robsonleiteprofessor E vamos juntos construir um novo amanhã na política. (*) Robson Leite é professor, escritor, membro da nossa paróquia, funcionário concursado da Petrobras e foi Deputado Estadual de 2011 a Janeiro de 2014. Site: www.robsonleite.com.br Página do Facebook: www.facebook.com.br/robsonleiteprofessor


Anote em sua agenda

Agenda completa do mês em: www.loreto.org.br

Outubro

DATA

HORÁRIO

PASTORAL/MOVIMENTO

LOCAL

EVENTO

17/10

18:30h

TODAS

LORETÃO

MISSA 44 ANOS SACERDÓCIO Pe.LUIZ

17 , 18/10

09:00 às 17:00h

ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO

PLENÁRIO

CURSO EMAÚS

18/10

08:30h

TODAS

ALTO TIROL

INICIO DAS MISSÕES

18/10

10:30h

CORAL

LORETÃO

MISSA DA AERONÁUTICA

20/10

19:30h

ECC

CEPAR

MISSA DE ENTREGA

23, 24 e 25/10

07:00 às 19:00h

ECC

TODO CEPAR

ENCONTRO DE CASAIS COM CRISTO

25/10

07:00h

LIGA CATÓLICA

SANTUÁRIO

MISSA 91 ANOS DA LIGA LORETO

25/10

09:00 às 12:00h

AÇÃO SOCIAL

ZACCARIA

ENTREGA DAS CESTAS BÁSICAS

SETOR JUVENTUDE

ARQUIDIOCESE

DNJ

CATEQUESE

LORETÃO

ENCONTRÃO DA CATEQUESE

25/10 31/10 DATA

08:00 às 11:30h HORÁRIO

EVENTO

09/10

16:00hs

MISSA NO CATI

16/10

15:00hs

MISSA NA ESTANCIA SÃO JOSÉ

23/10

15:00hs

MISSA NO HOSPITAL RIO’S DOR


loretinho

Elaborado pelas Irmãs de Belém

Querido (a) amigo (a) outubro é o mês das Missões e do Rosário. Pelo Batismo nos tornamos cristãos, ungidos e como seguidores de Jesus Cristo, recebemos a missão de anunciar a BOA NOVA, o Evangelho a todas as pessoas. O verdadeiro cristão é missionário, é alguém que ama muito a Deus e deseja que todas as outras pessoas o conheçam e o amem. É alguém que pensa sempre em colaborar na construção do Reino dos céus, e sabe que esse Reino começa aqui na terra, sempre que cumprimos a vontade de Deus. O verdadeiro missionário é alguém que ou fala de Deus ou fala com Deus.Neste mês, somos convidados a rezar, especialmente, o rosário de Nossa Senhora meditando a vida de Jesus, o Evangelho, e assim caminhar em companhia do Divino Mestre, que nada fez sem a oração.

“Nosso senhor nos enviou para espalhar o amor. Somos missionários na cidade e no interior” Madre Maria Helena Cavalcanti Cruzadinhas

A Bíblia apresenta a vida de muitos missionários. A seguir, você vai encontrar afirmações importantes para a missão que eles receberam de Deus. Escreva na cruzadinha o nome a quem se refere cada uma destas afirmações: 1 – “Antes de formar você no ventre de sua mãe, eu o conheci ...” (Jr 1,5) 2 – “Fala, Senhor, que o teu servo escuta!.” (1Sm 3,10) 3 – “Saia da tua terra, e do meio dos seus parentes, e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei.” (Gn 12,1) 4- “Por isso, vá. Eu envio você ao Faraó, para tirar do Egito o meu povo, os filhos de Israel.” (Ex 3,10) 5- “Agora, levanta-te, entre na cidade, e aí dirão o que você deve fazer.” (At 9,6) 6- “Ouvi, então a voz, do senhor que dizia: Quem é que vou enviar? Eu respondi: Aqui estou. Envia-me!” (Is 6,8)

SANTA TEREZINHA –PADROEIRA DAS MISSÕES Próximo de completar 15 anos, em 1887, entrou para o Convento das carmelitas. Queria muito ir como missionária para a Indochina, mas a saúde debilitada, por causa da tuberculose, não lhe permitiu. Então oferecia suas dores e cansaços pelos missionários. Faleceu aos 24 anos de idade. Nunca foi para as missões, no entanto o Papa Pio XI a nomeou Padroeira das Missões e dos Missionários.

ENCONTRÃO DA CATEQUESE - 31 DE OUTUBRO DE 2015

Vamos preparar para as nossas crianças o Encontrão da catequese. Precisamos da colaboração de todos com a doação de doces. BOMBOM, BANANADA, BIS, BALA, DOCE DE LEITE, DOCE DE ABÓBORA, PAÇOCA, PIRULITO, ETC. Entregar na secretaria paroquial até o dia 29 DE OUTUBRO Desde já agradecemos sua generosidade.

PARTICIPE E TRAGA SUA FAMÍLIA!

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O Mensageiro

Outubro 2015




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