“Um Deus Que Ri”, James Martin O encontro com Deus, revelador da Fé, passa, umas vezes por momentos de sofrimento intensos e desmedidos, outras de alegria e gratidão inesperadas. Simplesmente pode haver a recusa do encontro com Deus, renegando a sua existência, ou mesmo a negação da responsabilidade por cada irmão, colocando a dúvida sobre se ganha vida a nossa Fé nas obras. Esta Quaresma, foi especialmente reveladora quando me fizeram experimentar o livro "Um Deus que Ri", pelas mãos do escritor James Martin, um jesuíta particularmente bem-disposto. O livro conta várias anedotas, recomendadas para alegrar os espíritos e partir à descoberta de uma Igreja afastada de pensamentos tristes e enfadonhos para ser erguida sobre a pedra angular da Felicidade. Aquilo que parece sublinhar, é que podemos contar com Deus Nosso Pai a rir-se connosco nas mais variadas ocasiões. E isso é relativamente fácil de entender: todos os pais gostam de ver os seus filhos brincar e se deliciam com as primeiras palavras ou os primeiros passos. Todas as conquistas durante o seus percursos de vida são celebradas com alegria. Quando Sara, mulher de Abrãao, recebeu a notícia de que iria ser mãe, ela não fez mais nada se não rir-se repetidamente. Então com aquela idade seria lógico que ainda viesse a
conceber um filho e a dar a tão desejada descendência de Abraão? O Papa Bom, João XXIII, agora Santo, tem uma das intervenções mais famosas intitulado "Discurso da Lua", quando se apercebe que uma multidão de fiéis se aproxima da Praça de São Pedro e, de improviso e arrebatado pelas emoções, começa: "meus queridos filhinhos" para prosseguir a saudar a lua e espalhar amor paternal no resto das suas palavras. Sabia que ali se fazia História arrebatadora para a Igreja de Cristo - O Concílio Vaticano II. Devemos escandalizar-nos pelo humor que os santos demonstram? Faz sentido permitirmo-nos essa mesma alegria na Quaresma? Se a Quaresma for apenas marcada pela Paixão e Morte de um Homem ela é apenas reveladora de sofrimento e termina na Cruz. Mas ela culmina na Ressureição de Cristo, o que nos permite pensar na maior bondade que o Pai concede, pelo seu Filho, a todos nós - o Perdão e a Ressureição final trazidos pela Páscoa a todos os filhos de Deus. E se quisermos contagiar o irmão com a Boa Nova, o rosto da Nova Evangelização tem de ser o da Alegria, Sorriso, Felicidade e, quem sabe, umas gargalhadas. Basta pensar com Anthony de Melo: " Olha Deus a olhar para ti... e a sorrir". Conseguimos não devolver com um sorriso? Eduarda Bernardo
Horário de Atendimento no Mosteiro de Refojos 3ª, 5ª feiras e Sábados das 16h às 17h30 > 2ª, 4ª e 6ª feiras das 09h às 13h. Pároco [Pe Baptista]: 969419605 Cartório Paroquial [Eduarda Catarina]:969419606 paroquiascbc@hotmail.com facebook.com/paroquiascbc
L1|Act 2, 14a. 36-41 L2|1Pedro 2, 20b-25 Ev|Jo 10, 1-10 "Naquele dia juntaram-se aos discípulos cerca de três mil pessoas."
"Vós éreis como ovelhas desgarradas, mas agora voltastes para o pastor."
"Eu vim para que as minhas ovelhas tenham vida e a tenham em abundância"
Mensagem interparoquial de Refojos, Outeiro e Painzela
PALAVRA e Vida Domingo IV da Páscoa
Nº176
11 maio de 2014
Com o Bom Pastor vamos até à vida plena O 4º Domingo da Páscoa é o “Domingo do Bom Pastor”, pois todos os anos a liturgia propõe, neste domingo, um trecho do capítulo 10 do Evangelho segundo João, no qual Jesus é apresentado como “Bom Pastor”. É, portanto, este o tema central que a Palavra de Deus põe hoje à nossa reflexão. O Evangelho apresenta Cristo como “o Pastor”, cuja missão é libertar o rebanho de Deus do domínio da escravidão e levá-lo ao encontro das pastagens verdejantes onde há vida em plenitude (ao contrário dos falsos pastores, cujo objectivo é só aproveitar-se do rebanho em benefício próprio). Jesus vai cumprir com amor essa missão, no respeito absoluto pela identidade, individualidade e liberdade das ovelhas. A segunda leitura apresenta-nos também Cristo como “o Pastor” que guarda e conduz as suas ovelhas. O catequista que escreve este texto insiste, sobretudo, em que os crentes devem seguir esse “Pastor”. No contexto
concreto em que a leitura nos coloca, seguir “o Pastor” é responder à injustiça com o amor, ao mal com o bem. A primeira leitura traça, de forma bastante completa, o percurso que Cristo, “o Pastor”, desafia os homens a percorrer: é preciso converterse (isto é, deixar os esquemas de escravidão), ser baptizado (isto é, aderir a Jesus e segui-l’O) e receber o Espírito Santo (acolher no coração a vida de Deus e deixar-se recriar, vivificar e transformar por ela).