AS FÉRIAS DE DEUS Com o final do Ano pastoral a sucederse um pouco em todas as paróquias do país, é tempo das merecidas férias e descanso para as crianças. Em muitas paróquias, não é incomum ouvir da boca dos sacerdotes o aviso prudente. «Meninos, só porque estão de férias da catequese, não se esqueçam de vir à missa, ou de rezar a Jesus, pois a fé não mete férias», ouve-se por todo o lado. A preocupação é real: durante as férias, as igrejas esvaziam-se de pessoas, principalmente das crianças da catequese e seus pais. Desaparecem sem rasto para voltarem, religiosamente, para o início do ano pastoral em setembro. Cumprem a rotina da catequese, mas esquecem a rotina do espírito. O alimento espiritual que a eucaristia proporciona e que nós, enquanto católicos, afirmamos querer receber, não "mete férias". Tal como o corpo, que precisa de alimento constante, também o espírito necessita de tal alimento. Na paróquia ou no local de veraneio, as igrejas continuam abertas e a eucaristia continua a celebrar-se, mas sem crianças. E porquê? Porque os pais não vão com os filhos à eucaristia. Muitas vezes, porque os próprios catequistas também deixaram de ir, e os pais, que nunca ficavam com os seus filhos na eucaristia, não têm onde os deixar.
afirma que acredita, mas que não professa? Pode uma mãe exigir ao seu filho que vá à missa, que comungue, que se confesse, quando ela fica fora da igreja na conversa, ou não frequenta a eucaristia dominical? Com que propósito? A sociedade encontra-se num ponto de viragem. Somos ensinados hoje a agir sem levantar ondas, sem darmos testemunho, sem nos fazermos notar. E o mesmo se passa com a religião. Os pais têm a fé suficiente para porem os seus filhos na catequese, na esperança de que os catequistas os eduquem, mas esquecem-se que a primeira catequese é em casa, e que é lá que se deve dar a verdadeira educação na fé, principalmente através do exemplo. É tempo dos pais decidirem o que querem que o futuro dos seus filhos seja. Se querem que Deus tenha uma oportunidade de entrar na vida dos seus filhos, como parecem dizer ao coloca-los na catequese, então precisam de tornar Deus presente nas suas próprias vidas também. Este verão, não ponha férias de Deus. Leve os seus filhos à igreja, reze com eles em casa. A fé cresce onde é alimentada, não onde passa fome...
De que serve a um pai querer que o Ricardo Perna seu filho seja educado numa fé na qual ele Horário de Atendimento no Mosteiro de Refojos 3ª, 5ª feiras das 16h às 17h30 > 2ª, 4ª, 6ª feiras e Sábados das 09h às 13h. Pároco [Pe Baptista]: 969419605 Cartório Paroquial [Eduarda Catarina]:969419606 paroquiascbc@hotmail.com facebook.com/paroquiascbc
L1|Zac 9,9-10
" Eis o teu Rei, justo e salvador, que vem ao teu encontro."
L2|Rom 8,9.11-13 "Se pelo Espírito fizerdes morrer as obras da carne, vivereis."
Ev| Mt 11,25-30 " Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim,que sou manso e humilde de coração."
Mensagem interparoquial de Refojos, Outeiro e Painzela
PALAVRA e Vida Domingo XIV do Tempo Comum
Nº184
06 julho de 2014
Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei A liturgia deste domingo ensina-nos onde encontrar Deus. Garante-nos que Deus não Se revela na arrogância, no orgulho, na prepotência, mas sim na simplicidade, na humildade, na pobreza, na pequenez. A primeira leitura apresenta-nos um enviado de Deus que vem ao encontro dos homens na pobreza, na humildade, na simplicidade; e é dessa forma que elimina os instrumentos de guerra e de morte e instaura a paz definitiva. No Evangelho, Jesus louva o Pai porque a proposta de salvação que Deus faz aos homens (e que foi rejeitada pelos “sábios e inteligentes”) encontrou acolhimento no coração dos “pequeninos”. Os “grandes”, instalados no seu orgulho e autosuficiência, não têm tempo nem disponibilidade para os desafios de Deus; mas os “pequenos”, na sua pobreza e simplicidade, estão sempre disponíveis para acolher a
novidade libertadora de Deus. Na segunda leitura, Paulo convida os crentes – comprometidos com Jesus desde o dia do Baptismo – a viverem “segundo o Espírito” e não “segundo a carne”. A vida “segundo a carne” é a vida daqueles que se instalam no egoísmo, orgulho e auto-suficiência; a vida “segundo o Espírito” é a vida daqueles que aceitam acolher as propostas de Deus.