A Voz da Glória Ano 6 Edição 26

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Boletim semanal - Ano VI - Edição 26 - Ascenção do Senhor

Enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi levado para o céu

Eles o adoraram. Em seguida, voltaram para Jerusalém com grande alegria

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA

LARGO DO MACHADO - RIO DE JANEIRO - RJ


Pascom Nossa Senhora da Glória Pároco - Padre Geovane Ferreira da Silva Dirigente espiritual - Diácono Jorge Coordenação - Elydia Sérgio Fadul Jr

Missa em honra a São Pio de Pieltrecina Quarta-feira dia 01/06 às 20 h. Novena de Pentecostes Com o grupo de oração nos dias 27/05 até o dia 04/06 após as missas das 19 h. Pastoral do Catecumenato Convida a todos, a partir de 14 anos, que buscam os Sacramentos do Batismo, Eucaristia e/ou Crisma a participar dos encontros que começam Às 17 h com a Santa missa aos domingos.

Agentes - André Pessôa Flávia Mascarenhas Maria das Graças Luciana Gonçalves

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA

LARGO DO MACHADO - RIO DE JANEIRO - RJ

Capa - Imagem - A Ascensão do Senhor artista desconhecido

Dízimo Todo 2º domingo do mês. Seja um cristão comprometido, ajude sua Paróquia, seja um dizimista!!!! Pastoral do Turismo Convidam a todos para a Romaria para Aparecida – SP 2022 Embarque dia 26/08 - Santa Missa com Cardeal Dom Orani no dia 27/08 No caminho de volta haverá visita ao Santuário Nossa Senhora de Santa Cabeça em Cachoeira Paulista – SP com Missa às 16:00. Mais informações na secretaria.

Jesus, nosso Deus, nosso Porto Seguro, se faz irmão nosso, trazendo a segurança da ação Nele, com Ele e por Ele. Mas, chega a hora em que devemos entender que o amor se manifesta no coração de forma espontânea, não por que Ele está do nosso lado, nos vendo, nos apoiando. Ele ainda está, mas dentro de nós, agindo em nós. Por isso, se permita agir, para que o Espírito Santo seja transformador combustível da nossa alma. “Escutai!” Essa simples palavra, mas de significado profundo, é o tema escolhido pelo papa Francisco para o 56º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que a Igreja celebra neste domingo da Ascensão do Senhor. Na sua mensagem para este dia, o papa evidencia a “escuta” como uma das atitudes fundamentais para boa comunicação. De fato, todo diálogo e toda relação humana têm seu início e desenrolar com a escuta, que nasce da acolhida ao outro. Muitos conflitos nas relações humanas seriam evitados se a escuta fosse cultivada. Até para crescer profissionalmente como comunicadores é preciso reaprender a escutar, porque ouvir é fundamental para uma informação que deseja estar a serviço da verdade. A escuta é também importante no caminho da evangelização. A Igreja existe para evangelizar, e evangelizar é comunicar. Para comunicar o Evangelho, porém, é necessário, primeiramente, “escutar” a voz de Jesus, a fim de poder anunciá-lo, e também escutar atentamente a voz do povo, a fim de conhecer seus anseios e consolá-lo – especialmente os mais sofridos, que clamam por amor, justiça e paz. A escuta é igualmente essencial no caminho da Igreja que deseja crescer na sinodalidade. O sínodo, palavra que significa “caminhar juntos”, é sempre um processo de comunicação e de partilha que não pode ser eficaz sem a escuta. Somos convidados a crescer sempre mais nesta direção: na escuta uns dos outros, e todos, juntos, escutando o que diz o Espírito, para assim respondermos, de forma fecunda, aos desafios da evangelização hoje. Pe. Valdir José de Castro, ssp


29 - Angela Maria Mangione Graça Maria Pereira 31 - Maria Rosangela Teles Sérgio Karl 01 - Antonia de Jesus Cristina Helena Gonçalvez Marlene Leal

02 - Miriam Vivaqua Sonia Maria 03 - Marlene Caldas 04 - Aciléa Gonzales Boretti Janete Maria da Silva Marta Alencar 05 - Valda Uchoa

3579 7968 000175 OBITO

Como é que você reage às quedas que sofre na vida? Como é que você administra os fracassos? Não há receitas mágicas que nos façam vencer os obstáculos. Mas ouso dizer que há um jeito interessante de olhar para as quedas que sofremos. É só não permitir que elas sejam definitivas. É só não perder de vista a primavera que o outono prepara. Administre bem os problemas que você tem, não permita que o contrário aconteça. Se você não administrá-los, eles administrarão você. Deus lhe quer vencedor, a vitória já está preparada feito o presente que está embrulhado e que precisa ser aberto. Não perca tempo!

Já começou a vencer aquele que se levantou para recomeçar o caminho.... Padre Fábio de Melo


29 - São Maximino de Trèvis São Paulo VI 30 - Santa Joana D´Arc São Fernando de Leão e Castela 31 - Visitação de Nossa Senhora 01/06 - São Justino 02 - São Marcelino e São Pedro 03 - Santa Clotilde de Borgonha São Carlos Lwanga 04 - São Crispim de Viterbo 05 - São Francisco Caracciolo São Bonifácio de Mogúncia


Origens Joana nasceu em 1412, no vilarejo de Domrémy, pertencente ao Ducado de Lorena, na França. Filha de camponeses trabalhadores e honrados, ela viveu ali sua infância, como qualquer outra menina de sua idade. Ocupava-se de trabalhos domésticos e, às vezes, pastoreava rebanhos de ovelhas do pai. Chamada desde criança Desde a infância Joana demonstrava uma piedade singular. Sentia-se atraída à contemplação, gostava de subir a lugares elevados para contemplar o panorama. Gostava muito de participar das celebrações na igreja e teve grande interesse em aprender o catecismo e a doutrina católica. Um anjo guiando nos caminhos de Deus Aos treze anos Joana começou a ouvir uma voz, que lhe orientava no caminho de Deus. Veja como ela mesma narrou esses fatos com muita simplicidade: "Quando eu tinha mais ou menos 13 anos, ouvi a voz de Deus que veio ajudar-me a me governar. Eu ouvi a voz do lado direito, quando ia para a Igreja. Depois que ouvi esta voz três vezes, percebi que era a voz de um anjo. Ela me ensinou a me conduzir bem e a frequentar a

igreja". Há um detalhe muito importante nessa fala: segundo ela mesma afirma, a voz veio para ajudá-la a governar a si mesma, ou seja, o anjo de Deus ensina a adolescente Joana a ter autodomínio, um fruto do Espírito Santo. Mais tarde ela descobriu que era São Miguel Arcanjo quem falava com ela e que ela deveria partir em socorro do rei da França. A França em grande sofrimento Há setenta e cinco anos a França sofria demasiadamente vivendo a chamada “Guerra dos cem anos”. Tal guerra se dava contra a Inglaterra. A França, então um dos grandes países católicos, sofria a tentativa de invasão por parte dos ingleses desde 1337. A França, por sua vez, vinha dividida por discórdias internas e queda na moral e na religião. Em 1420 o rei francês perdeu o trono para o rei inglês e a França corria o risco de deixar de existir como país. A hora de Santa Joana D’Arc Ao completar 17 anos, a voz vinda do céu avisou a Joana que sua hora de agir tinha chegado. Então, ela saiu da casa de seus pais e conseguiu convencer um Capitão francês chamado Roberto de Baudricourt a leva-la até o rei “não empossado” da França, Carlos VII, que estava em Chinon. Joana dizia ser da vontade de Deus que Carlos recebesse a coroa e que ela, Joana, tinha sido chamada para liderar os exércitos da França na expulsão dos ingleses. Comprovação na corte real Depois de superar grandes dificuldades, Santa Joana chegou à corte real. Era o dia 6 de março de 1429. Para testar a veracidade do que ouvira dizer sobre Joana, o rei disfarçou-se na sala e colocou um falso rei no trono. Quando Santa Joana foi apresentada ao falso rei, não deu a ele nenhuma importância. Imediatamente passou a procurar entre os presentes no recinto até encontrar Carlos, que estava escondendo-se em um canto. Fixando nele o olhar, fez-lhe a devida reverência e disse: "Muito nobre senhor Delfim (rei), aqui estou. Fui enviada por Deus para trazer socorro a vós e vosso reino". Todos os presentes ficaram assombrados e aclamaram calorosamente a jovem e santa Joana.


À frente dos exércitos Depois de ouvir atentamente a Joana, Carlos VII colocou os exércitos franceses à disposição dela. E ela partiu liderando os guerreiros para as batalhas decisivas. A presença de Santa Joana, virgem, cheia de inocência, sabedoria e força, impunha grande respeito e dava novo ânimo aos soldados. Como medida de união, ela proibiu a bebida alcoólica e os jogos entre os soldados. Além disso, convenceu os soldados a se confessarem e comungarem para enfrentar os ingleses com o poder de Deus. Grandes vitórias Os conselhos de guerra de Santa Joana nunca falharam, deixando grandes generais cheios de admiração. Sob sua liderança, os exércitos franceses acumularam vitórias importantíssimas. Em meio às batalhas, ela sempre portava um estandarte com a imagem de Cristo e os nomes: Jesus e Maria. Graças a Santa Joana D’Arc o ideal de unificação renasceu na França, bem como a esperança de reconquistar o que tinha sido perdido para os ingleses. Por isso, o povo não se cansava de manifestar gratidão e apoio a Santa Joana. O rei francês é coroado Graças à liderança de Santa Joana D’Arc, Carlos foi coroado em 17 de julho de 1429. Ela estava lá, a seu lado, portando seu estandarte. Embora alguns territórios estivessem ainda sob o domínio inglês, o reino da França tinha sido restaurado graças a Santa Joana D’Arc.

Ingratidão Carlos VII, sentindo-se firme e poderoso no trono, esqueceu-se da gratidão que devia a Santa Joana D’Arc e abandonou-a. Ela, por sua vez, continuou a luta, por amor a seu país e para ver seu povo livre dos sofrimentos impostos pelos ingleses. Assim, na tentativa de salvar a cidade de Compiègne da mão dos ingleses, ela acabou presa e levada a um falso tribunal de Inquisição, chefiado por um bispo corrupto, que recebera grande soma para condenar a santa. Assim, apesar da defesa feita assombrosa pela própria Joana, inspirada por Deus, sem um defensor do Estado a que tinha direito, ela foi condenada por bruxaria e heresia. Morte Assim, Santa Joana D’Arc recebeu a pena de ser queimada em praça pública. Aconteceu no dia 30 de maio de 1431, quando ela tinha apenas dezenove anos. Amarrada, no meio das chamas, com os olhos fixos em seu crucifixo, ela entregou sua vida sem esmorecer, cumprindo sua missão e afirmando crer naquela voz do anjo que guiou seus passos e libertou a França através dela. Oração a Santa Joana D’Arc “Ó Deus, que nos alegrais com a comemoração de Santa Joana d'Arc, concedei que sejamos ajudados pelos seus méritos e iluminados pelos seus exemplos de castidade e fortaleza. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”


Ninguém subiu ao céu a não ser aquele que de lá desceu Hoje nosso Senhor Jesus Cristo subiu ao céu; suba também com ele o nosso coração. Ouçamos as palavras do Apóstolo: Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres (Cl 3, 1-2). E assim como ele subiu sem se afastar de nós, também nós subimos com ele, embora não se tenha ainda realizado em nosso corpo o que nos está prometido. Cristo já foi elevado ao mais alto dos céus; contudo, continua sofrendo na terra através das tribulações que nós experimentamos como seus membros. Deu testemunho desta verdade quando se fez ouvir lá do céu: Saulo, Saulo, por que me persegues (At 9, 4). E ainda: Eu estava com fome e me destes de comer (Mt 25, 35). Por que razão nós também não trabalhamos aqui na terra de tal modo que, pela fé, esperança e caridade que nos unem a nosso Salvador, já descansemos com ele no céu? Cristo está no céu, mas também está conosco; e nós, permanecendo na terra, estamos também com ele. Por sua divindade, por seu poder e por seu amor ele está conosco; nós, embora não possamos realizar isso pela divindade, como ele, ao menos podemos realizar pelo amor que temos para com ele. O Senhor Jesus Cristo não deixou o céu quando de lá desceu até nós; também não se afastou de nós quando subiu novamente ao céu. Ele mesmo afirma que se encontrava no céu quando vivia na terra, ao dizer: Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho

do homem, que está no céu (cf. Jo 3, 13). Isto foi dito para significar a unidade que existe entre ele, nossa cabeça, e nós, seu corpo. E Ninguém senão ele podia realizar esta unidade que nos identifica com ele mesmo, pois tornou-se Filho do homem por nossa causa, e nós por meio dele nos tornamos filhos de Deus. Neste sentido diz o Apóstolo: Como o corpo é um só, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo (1 Cor 12, 12). Ele não diz: “assim é Cristo”, mas: assim também acontece com Cristo. Portanto, Cristo é um só, formado por muitos membros. Desceu do céu por sua misericórdia e ninguém mais subiu senão ele; mas nele, pela graça, também nós subimos. Portanto, ninguém mais desceu senão Cristo e ninguém mais subiu além de Cristo. Isto não quer dizer que a dignidade da cabeça se confunde com a do corpo, mas que a unidade do corpo não se separa da cabeça. Santo Agostinho Sermão da Ascensão do Senhor - Séc.V


A Igreja conhece duas vidas, que lhe foram anunciadas por Deus; uma é vivida na fé; a outra, na visão. Uma, no tempo da caminhada; outra, na mansão eterna. Uma, no trabalho; outra, no descanso. Uma no exílio; outra, na pátria. Uma, no esforço da atividade; outra, no prêmio da contemplação. A primeira é representada pelo apóstolo Pedro; a segunda, pelo apóstolo João. A primeira desenvolve-se completamente sobre a terra até que o mundo acabe, e então encontrará o fim; a outra prolongase para além do fim dos tempos, e nunca acabará no mundo que há de vir. Por isso foi dito a Pedro: Segue-me (Jo 21, 19); mas a João diz-se: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, o que te importa isso? Tu, segue-me! (Jo 21, 22). “Segue-me tu, imitando minha paciência em suportar os males temporais. E ele permaneça até que eu venha, para conceder os bens eternos”. Ou ainda mais claramente: “Siga-me a atividade que, a exemplo de minha paixão, já terminou. Mas a contemplação, que apenas começou, permaneça assim até que eu venha para levá-la à perfeição”. Portanto, quem segue a Cristo, acompanha-o na santa plenitude da paciência, até à morte. Permanece até a vinda de Cristo, para lhe manifestar a plenitude da ciência. Agora suportam-se os males deste mundo, na terra dos mortais. Depois, contemplaremos os bens do Senhor, na terra dos vivos. As palavras de Cristo: Quero que ele permaneça até que eu venha, não devem ser interpretadas como se quisesse dizer: “permanece até o fim” ou “fica assim para sempre”, mas “permanece na esperança”; pois o que João representa não atinge

agora a sua plenitude, mas apenas quando Cristo vier. Pelo contrário, o que Pedro representa, a quem o Senhor disse: Segue-me, deve cumprir-se agora, para podermos alcançar o que esperamos. Contudo, ninguém ouse separar estes dois insignes apóstolos. Ambos se encontravam na situação representada por Pedro e ambos haviam de se encontrar na situação representada por João. No plano do símbolo, Pedro seguiu e João ficava; mas no plano da fé, ambos suportavam os males da vida presente, ambos esperavam os bens da felicidade futura. O que sucedeu com eles, sucede com toda a santa Igreja, esposa de Cristo: também ela lutará no meio das tentações do mundo para alcançar a felicidade futura. Pedro e João representavam as duas vidas, cada um simbolizando uma delas; mas ambos viveram esta vida temporal, animados pela fé, e agora já se alegram eternamente na outra vida, pela contemplação. Pedro, o primeiro apóstolo, recebeu as chaves do reino dos céus, com o poder de ligar e desligar os pecados, para que fosse timoneiro de todos os santos, unidos inseparavelmente ao corpo de Cristo, em meio às tempestades desta vida. E João, o evangelista, reclinou a cabeça sobre o peito de Cristo, para exemplo dos mesmos santos, a fim de lhes indicar o porto seguro daquela vida divinamente tranquila e feliz. Todavia, não é somente Pedro, mas a Igreja universal, que liga e desliga os pecados. E não é só João que bebe da fonte do coração do Senhor, para ensinar com sua pregação que, no princípio, a Palavra era Deus junto de Deus, e outros ensinamentos profundos a respeito da divindade de Cristo, da Trindade e da Unidade de Deus. No reino dos céus, estas verdades serão por nós contempladas face a face, mas na terra nos limitamos a vê-las, obscuramente, como num espelho e até que o Senhor venha. Não foi só ele que descobriu estes tesouros do coração de Cristo, mas a todos foi aberta pelo mesmo Senhor a fonte do evangelho, a fim de que por toda a face da terra todos bebessem dele, cada um segundo sua capacidade. Santo Agostinho Dos Tratados do Evangelho de São João - Séc.V


Estimados irmãos e irmãs, bom dia! Na nossa reflexão sobre a velhice – continuamos a refletir sobre a velhice – hoje confrontamo-nos com o Livro do Eclesiastes, outra joia encastoada na Bíblia. Numa primeira leitura, este pequeno livro surpreende e desorienta pelo seu célebre refrão: «Tudo é vaidade», tudo é vaidade: o refrão que vai e vem; tudo é vaidade, tudo é “neblina”, tudo é “fumaça”, tudo é “vazio”. É surpreendente encontrar estas expressões, que questionam o significado da existência, dentro da Sagrada Escritura. Na realidade, a oscilação contínua do Eclesiastes entre o sentido e o não-sentido é a representação irónica de um conhecimento da vida que se desprende da paixão pela justiça, da qual é garante o juízo de Deus. E a conclusão do Livro indica a saída da provação: «Teme a Deus e observa os seus preceitos, porque este é o dever de todo o homem» (12, 13). Este é o conselho para resolver este problema. Face a uma realidade que, em certos momentos, parece que acomoda todos os opostos, reservando para eles o mesmo destino, que é acabar no nada, o caminho da indiferença pode parecer-nos também o único remédio para uma desilusão dolorosa. Surgem em nós perguntas como estas: Porventura os nossos esforços mudaram o mundo? Porventura alguém será capaz de impor a diferença entre o justo e o injusto? Parece que tudo isto é inútil: por que fazer tantos esforços? É uma espécie de intuição negativa que pode surgir em qualquer época da vida, mas não há dúvida de que a velhice torna este encontro com o desencanto quase inevitável. Na velhice o desencanto vem. E assim a resistência da velhice aos efeitos desmoralizantes deste desencanto é decisiva: se os idosos, que já viram tudo, conservam intacta a sua paixão pela justiça, então há esperança para o amor, e também para a fé.

E para o mundo contemporâneo, tornou-se crucial a passagem através desta crise, crise saudável, porquê? Porque uma cultura que presume medir tudo e manipular tudo também acaba por produzir uma desmoralização coletiva do sentido, uma desmoralização do amor, uma desmoralização até do bem. Esta desmoralização tira-nos a vontade de fazer. Uma suposta “verdade”, que se limita a registar o mundo, também regista a sua indiferença para com os opostos e remete-os, sem redenção, para o fluxo do tempo e para o destino do nada. Nesta sua forma – camuflada em cientificidade, mas também muito insensível e muito amoral – a moderna busca da verdade tem sido tentada a abandonar por completo a sua paixão pela justiça. Já não acredita no seu destino, na sua promessa, na sua redenção. Para a nossa cultura moderna, que gostaria de entregar praticamente tudo ao conhecimento exato das coisas, o aparecimento desta nova razão cínica – que soma conhecimento e irresponsabilidade – é uma reação duríssima. De facto, o conhecimento que nos isenta da moralidade parece, no início, uma fonte de liberdade, de energia, mas depressa se transforma numa paralisia da alma. Eclesiastes, com a sua ironia, já desmascara esta tentação fatal de uma omnipotência de conhecimento – um “delírio de omnisciência” – que gera uma impotência da vontade. Os monges da mais antiga tradição cristã identificaram com exatidão esta doença da alma, que improvisamente descobre a vaidade do conhecimento sem fé e sem moral, a ilusão da verdade sem justiça. Chamavam-na “acedia”. E esta é uma das tentações de todos, também dos idosos, de todos. Não é simplesmente preguiça: não, é mais do que isso. Não se trata apenas de depressão: não. Pelo contrário, a acedia é a rendição ao conhecimento do mundo, sem mais paixão pela justiça e pela consequente ação. O vazio de sentido e força aberto por este saber, que rejeita toda a responsabilidade ética e todo o afeto pelo bem real, não é inócuo. Não se limita a retirar as forças da vontade do bem: por reação, abre a porta à agressividade das forças do mal. São as forças de uma razão enlouquecida, tornada cínica por um excesso de ideologia. Na verdade, com todo o nosso progresso, e com todo o nosso bem-estar, tornámo-nos deveras uma “sociedade do cansaço”. Pensai nisto: somos a


sociedade do cansaço! Devíamos produzir uma prosperidade generalizada e toleramos um mercado cientificamente seletivo da saúde. Devíamos colocar um limite intransponível à paz, e vemos uma série de guerras cada vez mais impiedosas contra pessoas indefesas. A ciência avança, naturalmente, e é um bem. Mas a sabedoria da vida é outra coisa completamente diferente, e parece estar num impasse. Por fim, esta razão inafetiva e irresponsável tira sentido e energias também ao conhecimento da verdade. Não é por acaso que a nossa é a época das fake news, das superstições coletivas e das verdades pseudocientíficas. É curioso: nesta cultura do saber, do conhecimento de todas as coisas, inclusive da exatidão do saber, difundiram-se muitas feitiçarias, mas feitiçarias cultas. É bruxaria com uma certa cultura, que nos leva a uma vida de superstição: por um lado, para ir em frente com inteligência no conhecimento das coisas até às raízes; por outro lado, a alma que precisa de algo mais e empreende o caminho das superstições e acaba em bruxarias. A velhice pode aprender com a sabedoria irónica do Eclesiastes a arte de trazer à luz o engano escondido no delírio de uma verdade da mente desprovida de afeto pela justiça. Os idosos ricos de sabedoria e de humorismo fazem tanto bem aos jovens! Salvam-nos da tentação de um conhecimento do mundo triste e sem sabedoria da vida. E também, estes anciãos trazem os jovens de volta à promessa de Jesus: «Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados» (Mt 5, 6). Serão eles que semeiam fome e sede de justiça nos jovens. Coragem, todos nós, idosos: coragem e avante! Temos uma missão muito grande no mundo. Mas, por favor, não devemos procurar refúgio neste idealismo um pouco não concreto, não real, sem raízes – digamo-lo claramente: nas bruxarias da vida. Saudações: Queridos fiéis de língua portuguesa, saúdo-vos a todos e de modo particular aos paroquianos de São Camilo de Lélis, cidade de Natal, e aos membros da associação Regina fidei de São Paulo. Quando o Filho de Deus veio entre nós, encontrou disponível o coração da Virgem Imaculada. Ela vivia como todas as mulheres do seu tempo, mas, na vida simples de cada dia, estava à disposição do Senhor. Peçamos ao Espírito Santo o dom da docilidade à vontade de Deus. Sobre todos desça a bênção do Senhor!

Resumo da catequese do Santo Padre: Diante duma realidade que às vezes parece abrigar todos os opostos, reservando-lhes o mesmo destino, ou seja, cada um deles resulta em nada, o ser humano experimenta o desencanto, sentindo-se tentado a viver na indiferença: tudo vale o mesmo! Ao princípio, o conhecimento que nos isenta da moralidade parece fonte de liberdade, de energia, mas não tarda a transformar-se em paralisia da alma. Qohélet, com a sua ironia, desmascara este delírio de omnisciência que gera uma impotência da vontade, fazendo-lhe perder a paixão pela justiça e consequente luta pelo seu triunfo. A contínua oscilação entre o sentido e a falta do mesmo na existência é a representação irónica dum conhecimento da vida que se desligou da paixão pela justiça e caiu na indiferença, chegando ao desencanto de Qohélet: «Vaidade das vaidades, tudo é vaidade»! Tudo é nevoeiro, fumaça, vazio... No mundo atual, a passagem por esta crise – uma crise saudável – tornou-se crucial, pois uma cultura que pretenda ser a medida de tudo e manipular tudo, acaba produzindo uma desmoralização coletiva na busca do sentido da vida. O livro de Qohélet oferecenos uma espécie de intuição negativa, que pode surgir em qualquer época da vida, mas não há dúvida de que a velhice torna quase inevitável o encontro com este desencanto. É, pois, decisiva a resistência dos idosos aos efeitos desmoralizadores deste desencanto: se os idosos, que já viram tudo, mantêm intacta a sua paixão pela justiça, então há esperança de amor e também de fé. Idosos cheios de sabedoria e humor fazem muito bem aos jovens. Salvam-nos dum conhecimento triste e sem sabedoria e reconduzem-nos à promessa de Jesus: «Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados». Papa Francisco Audiência Geral Praça São Pedro Quarta-feira, 25 de maio de 2022


ESPAÇO DAS CRIANÇAS JESUS DIZ QUE AO CÉU SUBIRÁ PARA COM O PAI SE JUNTAR MAS QUE O ESPÍRITO SANTO VIRÁ PARA OS QUE CRÊEM AJUDAR (SCFJ)

PENSE E RESPONDA POR QUE JESUS TINHA QUE VOLTAR AO CÉU? VOCÊ SABE DIZER QUEM É O ESPÍRITO SANTO? POR QUE OS DISCÍPULOS FICARAM OLHANDO PARA O CÉU? QUAL A DIFERENÇA ENTRE ASCENSÃO E ASSUNÇÃO?

VAMOS PINTAR?

DECIFRE A MENSAGEM A

B C

D

E

F

G

H

I

J

K

L

M

N

O

P

Q

R

S

T

U

V W X

Y

Z

A B C D E F G HIJ K L M N O P Q R S T U V W XY Z

SEREIS REVESTIDOS DA FORÇA DO ALTO


SEGUIR O EXEMPLO Houve um grande desafio para o povo de Deus. Um povo que tinha uma muralha gigante e difícil de passar. Mas eles rezaram por 7 dias e as muralhas desmoronaram. E você, tem rezado? Encontrem os 7 erros.

APRENDENDO COM O YOUCAT

(Catecismo para crianças) A ascensão de Jesus não significa que Ele desapareceu, mas sim que vive junto do Pai e sempre nos abençoa.

A solenidade da Ascensão nos recorda que, depois de ter realizado sua missão neste mundo, Jesus voltou para junto de Deus, de onde nos abençoa para sermos continuadores da sua obra. Revestidos pela força que vem do alto, somos convidados nesta Eucaristia a perseverar com alegria no caminho do Senhor. Hoje celebramos também o Dia Mundial das Comunicações – que neste ano traz o tema: “Escutar com os ouvidos do coração” – e iniciamos a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.


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