Coleção 20 janelas by SevenStreet

coleção

20 JANELAS

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20 JANELAS

2012

Nota biográfica Patrícia Cardoso nasceu em Faro, Portugal, a 15 de junho de 1986. Quando era pequena descobriu as Artes, onde se destacou desde cedo, principalmente no desenho. Em 2008 licenciou-se em Design de Comunicação pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Portalegre (Pre-Bolonha). Atualmente reside em Vila Real de Santo António onde trabalha com crianças e jovens no projeto Escolhas Vivas (Programa Escolhas, ACIDI). Paralelamente trabalha como freelancer e desenvolve projetos pessoais, dos quais podemos destacar os diários gráficos, assim como vários trabalhos na área da fotorreportagem de viagem. Nos tempos livres dedica-se à fotografia, à ilustração e ao desporto. A presente coleção é fruto dessas mesmas paixões. Em 2011 ganhou um 3º lugar no concurso de fotografia Vive PCI - Património e Cultura Imaterial, promovido pela Direção Regional da Cultura do Algarve. Em 2010 ganhou um 3º lugar no concurso de fotografia Pela Arte Contra a Pobreza, no âmbito do ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social, promovido pela Associação In Loco em parceria com a AMAL. Venceu o concurso para a criação de um cartaz 11ºMarcha LGBT. E ganhou uma menção honrosa no concurso Cria a 1ª Página do Jornal de Leiria.

Inspiração A inspiração para esta coleção surgiu-me numa sexta-feira à noite, quando já estava deitada e prestes a adormecer. Idealizei o conceito assim como a sua forma de execução e passei a noite toda ansiosa para poder jogar mãos à obra. Inicialmente o objetivo era criar algo para oferecer à minha irmã e decorar uma das paredes da sua nova casa. No entanto o que era para ser um conjunto de quatro peças transformou-se numa coleção de 20 peças das quais ela teria a difícil tarefa de escolher apenas quatro.

Conceito Não inventei a pólvora, apenas usei os mesmos ingredientes para uma nova receita. A ideia central deste trabalho veio de influências tão distantes como Rothko e Gonçalo Cadilhe. O primeiro pela simplicidade e o poder das suas pinturas, a fascinação que exercem e a emoção que transmitem. O segundo pela constante vontade de viajar que dissemina em cada um dos seus livros, contanto as suas aventuras. Esta coleção resume-se a isso, cada uma das obras é uma janela aberta para o horizonte, um lugar onde nos é possível abstrair. A primeira fotografia que escolhi é de um campo verde de pinheiros mansos, cheio de trilhos. Foi tirada em Monsanto, no Alto da Ajuda, casualmente um dia antes de todas as peças do puzzle se encaixarem na minha cabeça. A calma, o silêncio e o ar puro que se respira neste lugar são a verdadeira essência desta fotografia e essa mesma essência é transversal a todas as outras. Cada horizonte é um lugar onde podemos descansar, recarregar energias e mais importante que isso imaginar novos lugares. Onde nos levará cada um desses caminhos? O que estará para lá de cada linha reta? Onde poderemos chegar se seguirmos por aquele caminho de ferro? Se levantarmos as âncoras e nos lançarmos no mar? Se entrarmos no carro, dermos meia volta e seguirmos uma estrada qualquer? Em que portos já atracou aquele barco? E quem o abandonou ali? Ofereço vinte janelas, abram-às e viagem por milhares de histórias

Técnica Metade aguarela e metade fotografia. Tão equilibrada é a mistura que fico sempre na dúvida sobre que nome lhe devo dar. Se pintura ou se fotografia?! As fotografias foram escolhidas entre o meu espolio pessoal, realizadas quase todas em território nacional, nos últimos cinco anos. A titulo de curiosidade, devo dizer que todas elas foram tiradas com maquinas digitais à exceção de uma. A fotografia que representa a igreja de Marvão é a única que foi tirada com maquina fotografia analógica. Após escolhidas e tratadas todas paisagens, pintei as respetivas aguarelas e editei posteriormente com recurso a software. No Youtube está disponível um vídeo que ilustra parte do processo.

SAFARI 4x4