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EDITORIAL Olá leitores! Bem vindos à Revista Prática Empreendedora! O significado de empreender segundo o dicionário Michaelis é: “(em2+lat prehendere) vtd 1 Resolver-se a praticar (algo laborioso e difícil); tentar, delinear: Empreender o domínio de si mesmo.”
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ealmente empreender no Brasil é um grande desafio, segundo estatísticas do SEBRAE 24% das micro e pequenas empresas não sobrevivem ao primeiro ano de vida e 48% não passam do terceiro ano. Na jornada dos negócios os empreendedores encontram diversas dificuldades, onde a sua atitude diante delas pode ser determinante para o sucesso ou fracasso da empresa. A revista Prática Empreendedora foi criada justamente para dar sua contribução aos empreendedores nesse caminho de superação diária, disponibilizando informações adicionais que possam ser empregadas em seus negócios de forma prática e efetiva. Nosso objetivo é promover um espaço para troca de informações e formação de uma rede de empreendedores visando o sucesso mútuo. Pois apesar das dificuldades somos entusiastas e acreditamos no empreendedorismo, acreditamos que empreender é uma boa escolha e merece atenção. Empreender além de representar desenvolvimento econômico e social para o Brasil, envolve também a realização de sonhos, realização pessoal e sustento familiar. Existem pessoas que passaram anos sonhando com um negócio próprio, investindo todas as suas economias ou em muitos outros casos assumindo dívidas para criar a sua própria empresa, onde diversos funcionários, familiares de funcionários e incluindo seus familiares, dependem de que este negócio obtenha sucesso. Segundo estudos a gestão empresarial é fator fundamental para aumentar a expectativa de vida das empresas. Pensando nisso nosso conteúdo está estruturado nos 6 eixos principais presentes em todo negócio: 1) Pessoas, 2) Marketing e Vendas, 3)Estratégia e Gestão, 4) Legal e Tributos, 5) Finanças e Operações e 6) Tecnologia. Nossos conteúdos foram desenvolvidos por especialistas em suas áreas e também empreendedores, selecionando sempre temas que afligem a maioria das empresas. Pretendemos contribuir efetivamente para o aumento da longevidade das empresas e, além disso, seus lucros e o impacto positivo que promovem na sociedade. Nesta edição o destaque é para o crescimento do chamado segmento café gourmet. Apresentaremos 3 cafeterias que vislumbraram esta tendência e quais foram suas estratégias de negócio: Inverno D´ itália, Mr. Black Gourmet e Suplicy Cafés Especiais. Você pode conferir também a matéria com o especialista em franquias Marcus Rizzo, discorrendo sobre o mercado brasileiro para as franquias e suas perspectivas para os próximos anos. Além de muitos outros conteúdos interessantes. Desejamos uma ótima leitura e acima de tudo que os conhecimentos adquiridos possam ser empregados com sucesso em seus negócios! Gostaríamos de sua participação na Prática Emprendedora. Ficaremos muito felizes em receber seu e-mail dizendo o que achou de nossos conteúdos, com opiniões, comentários e até mesmo pautas que gostaria de ver nas próximas edições. Para isso escreva para leitor@praticaempreendedora.com.br que estaremos ansiosos aguardando seu contato!
Equipe Prática Empreendedora,
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Prática Empreendedora - Jan/Fev 2015
EXPE DIENTE A Prática Empreendedora é um veículo de comunicação do Grupo Piedade. CPNJ: 07309554/0001-01, é uma publicação bi-mestral. A publicação não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial, sendo este último de inteira responsabilidade dos anunciantes. FALE CONOSCO Direto com a redação Releases, sugestões de pautas ou colaboradores
redacao@praticaempreendedora.com.br
Para Anunciar comercial@praticaempreendedora.com.br (15) 3342-9642/ (15) 99614-8991 Jornalista Responsável Patrícia Suzuki - MTB: 70.713 Editora Patrícia Suzuki ps@praticaempreendedora.com.br Redação Fernando Matos MTB: 47.866 Patrícia Suzuki MTB: 70.713 Estratégia e Marketing Lucas Marangoni Xavier Matheus Rodrigues de Oliveira Patrícia Suzuki Wladimir Teles de Oliveira Colaboradores: Allex Rodrigues, Ângelo Agulha, Camilo Coutinho, Marcus Rizzo, Pedro Carneiro, Valéria Cruz, Viviane Olival, Viviane Vasques e Camila Mendes. Design da capa Crislaine Art Design, Arte e Diagramação Vinícius Amarante contato@viamarante.com Acesse: praticaempreendedora.com.br facebook.com/praticaempreendedora
Sumário
Prática Empreendedora - Segundo estudos a gestão empresarial é fator fundamental para aumentar a expectativa de vida das empresas. Pensando nisso nosso conteúdo está estruturado nos 6 eixos principais presentes em todo negócio e determinantes para o sucesso.
Pessoas
Operações e Tecnologias
06 Todos podem ser empreendedores?
Big Data oportunidade para o 32 micro e pequeno varejista
08 Dicas para contratar colaboradores
Você está preparado para atender o 36 seu cliente por diferentes canais?
12 Estresse no trabalho
Finanças
Marketing e Vendas 14 Como começar seu trabalho nas redes sociais
Como anda a gestão financeira da 38 sua empresa?
17 Você está presente no dia a dia do seu cliente? 27 Como escolher em qual franquia investir
Como ter sucesso em seu processo de 40 captação de recursos nas intituições financeiras
Legal e Tributos
Estratégia e Gestão 28
Franquias no Brasil, desafios para os próximos anos
As micros e pequenas empresas na atualidade 42 brasileira e os benefícios legais
Marcas e Patentes 45
Matéria de Capa 20 O fenomenal crescimento das cafeterias gourmet Acesse as plataformas on-line da Revista Prática Empreendedora Acesse o Portal Prática Empreendedora: praticaempreendedora.com.br
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Prática Empreendedora Inovação_Outubro_2014 - Jan/Fev 2015
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PESSOAS
Todos podem ser
empreendedores?
EMPREENDEDOR: a pessoa de quem vem o primeiro impulso de energia, para a ideia da criação de um novo negócio, ideia esta posteriormente combinada a um conjunto de ações para transforma-la em negócio. O empreendedor é aquele que tenta reunir e organizar os recursos materiais, humanos e financeiros para transformar ideias em negócios viáveis, rentáveis e por consequência sustentáveis. Por Patrícia Suzuki I Imagem shutterstock
A cultura de empreendedorismo vem sendo bastante disseminada no Brasil nos últimos anos gerando um expressivo crescimento no nascimento de micro e pequenas empresas no país. Segundo o SEBRAE 90% das empresas brasileiras são de micro e pequeno porte e 50% delas são do segmento de varejo. Porém com a mesma expressividade e velocidade que nascem as micro e pequenas empresas estão morrendo, 48% fecham em menos de 3 anos e 70% em até 5 anos. A pergunta é, quais são as causas destas altas taxas de mortalidade? O que determina o sucesso de um empreendedor e o fracasso de outro? Pesquisas demonstram que na maioria dos casos a mortalidade das empresas está associada às falhas gerenciais e mau preparo dos empreendedores intelectualmente e emocionalmente. Muitas vezes um negócio é criado levando em consideração apenas a análise de seu produto e/ou mercado, esquecendo-se de levar em consideração o perfil do empreendedor. O sucesso de um negócio não esta apenas restrito ao domínio das técnicas gerenciais, tão importante e complementar a isso é lapidar o perfil empreendedor através da identificação e do desenvolvimento das competências necessárias para se empreender com sucesso.
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Prática Empreendedora - Jan/Fev 2015
O desenvolvimento de habilidades empreendedoras Por muito tempo acreditou-se que nascia ou não para ser empreendedor, mas estudos posteriores demonstram que é possível desenvolver as competências ideais para o empreendedor. Pesquisas feitas com empresários de sucesso identificaram competências pessoais comuns a todos eles demonstrando que existe um padrão de conduta, atitude e comportamento empreendedor orientado para o sucesso. A partir deste estudo foram elencadas 10 competências comportamentais do empreendedor que devem ser identificadas e podem ser desenvolvidas.
1. Busca de oportunidade e iniciativa:
2. Correr riscos calculados:
Prestar atenção ao que acontece ao seu redor para perceber oportunidades. É comum aos empreendedores serem pessoas focadas no lado positivo das coisas e capazes de ver além do que as pessoas comuns enxergam. Assim como um mesmo ideograma chinês representa “Crise” também significa “Oportunidade” sendo apenas uma questão de percepção.
Empreendedor é aquele que aceita o risco da operação. E para isso tem capacidade para avaliar alternativas e agir para minimizar estes riscos e controlar os resultados na medida do possível.
4. Persistência:
5. Comprometimento:
A trajetória de quem decide empreender é repleta de desafios em todas as áreas do negócio e manter-se focado e persistente em seu propósito é uma característica dos empreendedores de sucesso.
Estar disposto a tornar o impossível possível é estar comprometido com o sucesso do negócio. Envolver-se em algo e comprometer-se com algo são definições muito diferentes.
8. Planejamento e monitoramento sistemático: Planeja a longo prazo e estabelece ações para realização em blocos no curto e médio prazo, mantém registros de suas operações e utiliza-os para as tomadas de decisão.
3. Exigência de qualidade e eficiência: Buscar fazer as coisas da melhor maneira possível, estar comprometido em desenvolver novos processos que ofereçam a melhor entrega para o cliente.
6. Busca de informações:
7. Estabelecimento de metas:
Ávida vontade de aprender todos os detalhes que envolvem o seu negócio. Atento ao que constantemente possa aprender com clientes, fornecedores e concorrentes.
Tem uma visão clara e objetiva de suas metas e desenvolve métricas para mensuração do sucesso de seu negócio.
9. Persuasão e rede de contatos: Consegue vender a sua ideia e motivar outras pessoas a compartilharem de seu sonho. Cria redes de contatos fortes e sabe como utilizá-las para benefícios mútuos.
10. Independência e autoconfiança: Desenvolve o autoconhecimento e mantém seu ponto de vista mesmo diante da oposição ou de resultados inicialmente desanimadores.
Quais são as competências comportamentais empreendedoras que consegue identificar em você? Se você não conhecia estas características o primeiro passo já foi dado, agora é preciso buscar formas para sempre melhorar a sua performance empreendedora.
Inovação_Novembro_2014 Prática Empreendedora - Jan/Fev 2015
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PESSOAS
Dicas para contratar colaboradores para sua empresa Contratar o funcionário ideal com o perfil desejado por sua empresa exige ter em mãos uma série de considerações. Um bom candidato deve aliar experiência, conhecimento e profissionalismo com características de personalidade para desempenhar as funções propostas e contribuir com seu negócio.
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Prática Empreendedora - Jan/Fev Dez/Jan2015 2015
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as a escolha de um novo integrante para o seu time nem sempre é uma tarefa simples e rápida. Ela se torna ainda mais árdua no cenário atual por causa do mercado competitivo e que oferece diversos tipos de benefícios aos contratados. Para te ajudar a reconhecer os bons profissionais, vamos dar algumas dicas para minimizar os erros durante uma seleção e contratar o funcionário que mais combina com o sistema de trabalho de sua organização e com o ambiente de trabalho oferecido.
O que os candidatos procuram Toda e qualquer empresa busca no mercado um colaborador dedicado, flexível, que saiba trabalhar em equipe e que agregue valor ao grupo de trabalho. Em contrapartida, quem está à procura de novas oportunidades ou experiências, busca muito mais do que um bom salário, almeja benefícios para compensar todo o esforço do dia-adia. Antes de tudo, a empresa que abre uma vaga precisa traçar o perfil do candidato ideal para aquela determinada função com relação aquilo que ela
tem a oferecer. Depois, alinhar seu modelo de trabalho aos deveres e expectativas com relação ao futuro funcionário. Feito isso, sua empresa precisa oferecer possibilidades que atraiam bons profissionais. Um salário compatível com o mercado é apenas um dos itens procurados, principalmente pelos mais jovens. Um ambiente agradável e saudável, colegas motivados, reconhecimento e oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional também são fatores preponderantes ao escolher ingressar em um novo emprego. Afinal, a maioria das pessoas passa grande parte do tempo no ambiente de trabalho. Portanto, invista nos bons funcionários para reter os melhores da área em sua empresa.
O perfil que sua empresa busca Um bom currículo com diversas experiências e cursos, sem dúvida, é muito importante e sempre levado em consideração na escolha dos possíveis colaboradores. Entretanto, se aquele excelente candidato à vaga não tiver um perfil psicológico adequado e que combine com o esperado pela empresa, talvez ele não se sinta apto a lidar com certas situações. Alguns traços de personalidade que devem ser levados em consideração são a criatividade, disciplina, honestidade, otimismo, motivação, companheirismo e estabilidade emocional. Todas essas características são essenciais para uma maior produtividade, minimizar erros e para desempenhar corretamente as tarefas impostas, sejam individuais ou em equipe. Funcionários problemáticos, relaxados e desinteressados são o que as empresa menos desejam em seu quadro. Mas ao procurar por novos funcionários, lembre-se que não é somente a experiência que conta, mas a capacidade de adaptação a um novo trabalho. Algum dia você terá que contratar estagiários ou recém-formados e deve observar características como atitude, responsabilidade e trabalho em sintonia com uma equipe.
Como contratar o profissional certo? Apesar de ser um método utilizado há muito tempo, as entrevistas presenciais continuam sendo a melhor forma de conhecer potenciais colaboradores e analisar suas características. Conversar com o candidato e ouvir suas experiências e expectativas pode servir como uma boa base para a tomada de decisão. Durante a conversa individual é possível avaliar o comportamento do candidato, seu planejamento, como suas ideias são organizadas, forma de agir e gerenciar tarefas, além de traços pessoais como sinceridade, otimismo, introversão, extroversão e bom humor, por exemplo. Um estudo de caso ou uma dinâmica de grupo são outras ferramentas que podem dizer muito sobre aqueles que estão sendo avaliados, como seus métodos de trabalho, formas de agir, trabalho em equipe, habilidades e atitudes. Pesquisar as referências dos melhores candidatos também pode ajudar na escolha do colaborador ideal. E, neste momento, nada melhor do que conversar com o ex-chefe do indivíduo, afinal ele conviveu tempo suficiente com o funcionário e pode lhe dar dicas preciosas sobre o modo de agir, o comportamento e a personalidade do antigo empregado. Mas para isso é preciso fazer os questionamentos certos e claros, mesmo que possam parecer inconvenientes. É preciso cuidado no momento de realizar uma contratação. É melhor realizar uma seleção minuciosa que leve certo tempo e acertar, ao invés de gastar recursos financeiros e tempo com treinamento de um funcionário escolhido às pressas e que não esteja adequado à política da empresa e ao ambiente de trabalho.
Funcionários satisfeitos produzem mais e trabalham melhor. Com isso, atingem resultados com maior facilidade, o que alavanca a produtividade da empresa e gera lucros. Pense nisso ao escolher um novo colaborador! E se você tiver alguma outra dica para contratar, compartilhe com nossa rede de empreendedores. praticaempreendedora.com.br/leitor
Prática PráticaEmpreendedora Empreendedora--Dez/Jan Jan/Fev 2015
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PESSOAS
Estresse no trabalho,
você sofre desse mal? Por Allex Rodrigues I imagem Shutterstock
Como começa sua semana de trabalho? Você acorda cedo empolgado pelos desafios e tarefas, ou cansado e irritado, sentindo ansiedade pela dura batalha que terá pela frente? Pior ainda, quando esses sintomas aparecem no domingo, quando a noite vai se aproximando. Se você leitor se identifica com esse quadro, pode estar passando por um momento de estresse, saiba que não é uma reação pontual e sim um processo que se acumula com o passar do tempo.
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efine-se o termo estresse como a pressão exercida sobre um indivíduo, em forma de carga ou energia superior à sua capacidade de resistência emocional. Dessa forma, vários fatores vivenciados podem ser considerados de natureza estressante, não possuindo uma característica isolada. É o resultado de uma somatória de fenômenos e ocorrências, se manifestando como prejuízo ou defesa.
os fatores e situações que contribuem para o que denominamos de estresse ocupacional, ou seja, situações desestabilizadoras, que possuem suas ligações nas relações interpessoais. Exemplo disso; são ambientes onde os funcionários estão em constante conflito, desperdiçando tempo com discussões inúteis, pouca cooperação e competição não saudável. Não fechamos aqui os olhos para as relações e conflitos diários no ambiente de trabalho, pois são realmente desgastantes. O maior problema, é que se trata de um sistema onde não há vencedores!
Numa sociedade competitiva como a atual, o fenômeno do estresse generaliza-se em razão do volume de compromissos aliada a escassez de tempo para cumpri-los, ou ainda a necessidade de realizar muitas tarefas diferentes ao mesmo tempo. Nas organizações vem se tornando um problema com dimensões cada vez maiores, impactando na saúde dos colaboradores e consequentemente nos resultados das equipes. No ambiente de trabalho, vários são
A empresa perde, pois seu colaborador produz abaixo do esperado, falta por motivo de doença, ocorrem acidentes de trabalho e muitas equipes experimentam grande rotatividade de pessoas; por sua vez o fator humano apresenta-se desmotivado, com falta de apetite, taquicardia, problemas estomacais e desestabilização emocional.
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Prática Empreendedora - Jan/Fev 2015
Fica fácil perceber, que o excessivo esforço que realizamos para a convivência e adaptação nas situações laborais e cotidianas, se manifestam como problemas da saúde física e emocional, Alterando os comportamentos e reações nos vários ambientes que frequentamos. Nossas experiências no ambiente de trabalho e também como indivíduos de uma sociedade, juntamente com todo o conjunto de desafios, dificuldades e desacertos não deveriam constituir força estressante, e sim nos trazer amadurecimento emocional. Viver pressupõe estar em condições nas quais inevitavelmente o estresse se manifestará, analisando cada situação para encaixá-la dentro de limites toleráveis, convertendo cada experiência em crescimento pessoal e realização interior. Torna-se impossível, dentro do ambiente de trabalho, determinar todos os fatores que possam impactar nos colaboradores, pois estamos fazendo referências às pessoas, que reagem de maneira diferente ao processo de estresse, tanto em sua parte biológica como psicológica. Entra em cena, a importante figura do gestor de pessoas! Avaliando e monitorando o fator humano, suas relações e resultados; incluindo as lideranças, que podem também estar em forte estado de estresse, sendo por outro lado, de forma até involuntária, causadores do mesmo em suas equipes. A percepção e o reconhecimento do quadro de estresse, instalado dentro do ambiente corporativo, é o primeiro passo para a mudança! Pois começa a busca por ferramentas, para se investir em relações mais saudáveis, valorizando as pessoas, mostrando o significado e importância de cada função, bem como clareza na comunicação e transparência com responsabilidade dentro das equipes.
O colaborador também necessita fazer sua parte, afastando a ideia de ser uma super máquina, pois inevitavelmente passará por situações estressantes; precisa dessa forma, recarregar suas energias, revitalizando seu sistema físico e psicológico que podem estar momentaneamente afetados. Soluções como: alimentação regular e balanceada, exercícios físicos, técnicas de relaxamento, repouso, administração do tempo livre e lazer, devem ter espaço obrigatório em sua agenda. Sair da situação de estresse é um exercício diário, modificando em primeiro lugar a maneira de pensar e agir, trabalhando com reflexões saudáveis e otimistas. Proponho a você o seguinte exercício: faça uma lista de todos os fatores que você identifica como: dificuldade em seu trabalho pode estender também para outros campos: pessoal, financeiro, saúde. Acorde quinze minutos mais cedo que seu horário habitual, coloque uma música, de preferência relaxante, e ponha-se a pensar em cada situação de forma isolada. Buscando soluções, perceba qual o sentimento que aparece quando cada situação, no plano mental está resolvida, agora é colocar em prática esse plano de ação, para buscar essa sensação positiva no futuro. Você obterá resultados positivos em menos de uma semana, pois começará a administração do processo de ansiedade, dentro de limites naturais e próprios de cada ocorrência, percebendo que todo processo exige um tempo próprio para se realizado. A educação mental e a identificação das estruturas e sentimentos é o primeiro passo para superação de qualquer mecanismo estressante; Sucesso para você!
ALLEX RODRIGUES Bacharel e Mestre em Engenharia – Unicamp | Diretor da Fokus Desenvolvimento Humano | Formação em PNL Sistêmica, Integração de Métodos, e Mudanças Comportamentais com Bernd Isert e Metodologia Ericksoniana de Acesso com Stephen Paul Adler | Trainer e Master Practitioner International, Certificado pela The Global Institute for Trauma Resolution e Metaforum International | Treinador Especialista em Coaching Comportamental e Liderança e Inteligência Emocional.
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MARKETING
E VENDAS
Como começar seu trabalho
nas redes sociais O grande desafio das empresas atuais - de micros a grandes - com certeza continua sendo cativar novos clientes a cada dia. O desafio se torna cada vez mais difícil com um consumo em uma velocidade cada vez maior. Por Camilo Coutinho I Imagem shutterstock
O
grande desafio das empresas atuais - de micros a grandes - com certeza continua sendo cativar novos clientes a cada dia. O desafio se torna cada vez mais difícil com um consumo em uma velocidade cada vez maior.
Lembro com carinho das manhãs de domingo de minha infância, quando acordava cedo com meu pai e íamos comprar o famoso jornal de domingo. Voltávamos com um calhamaço de papel - com seguramente mais de 200 páginas - embaixo do braço e que seria devorado ao longo de todo o domingo. Hoje é quase impossível se pensar nessa “demora” em ter conteúdo. Os smartphones - que até pouco tempo ainda eram chamados de celulares - trazem não somente o jornal de domingo, mas uma biblioteca inteira para nossos bolsos. É nesse mundo constantemente em beta, que as marcas e empresas precisam se estar para atingir seus objetivos e conseguir “conversar” com o seu futuro cliente. E tudo isso sem esperar pelo jornal de domingo, que se tornou apenas mais uma lembranças de tempos de outrora.
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Um grande erro é pensar que a internet, seja no seu site ou em redes sociais vai salvar o seu negócio. Isso é mentira! “Não existe rede social boa o bastante para salvar um produto ou serviço ruim.” É preciso primeiro fazer a lição de casa no mundo físico, para entrar tranquilamente no mundo digital. Gosto muito de um pensamento da Martha Gabriel, uma profissional inspiradora, que diz que não existe a divisão do mundo offline e online, o que existe é apenas o oneline, ou seja, um caminho único para seguir sem distinção de atendimento, qualidade e entrega. O seu cliente quer ser bem atendido seja no seu quiosque no shopping, na sua loja de rua, no seu site e nas redes sociais que a marca está presente. E você é inteiramente responsável pela presença online da sua marca seja
Prática Empreendedora - Jan/Fev 2015
de qualidade e extremamente atenciosa com o cliente. As redes sociais começam com um bom planejamento da sua marca, para que você possa entender o que é a sua marca, o que ela tem para oferecer e principalmente, qual a personalidade da sua marca.
Não existe a divisão do mundo offline e online, o que existe é apenas o oneline, ou seja, um caminho único para seguir sem distinção de atendimento, qualidade e entrega. Definir o que é a marca hoje, é um trabalho que parece simples, mas de extrema importância para o projeto como um todo. Uma ótima ideia é fazer um brainstorm, uma reunião de ideias com os envolvidos no projeto para levantar esses dados e como cada um tem a visão da marca. Os diferenciais da marca devem aparecer nessa mesma reunião, mas a grosso modo é a razão do cliente comprar com você e não com a concorrência. Qual a experiência inesquecível que o cliente terá comprando de você? Talvez o item mais difícil dessa tríade seja a personalidade da marca. Vemos todos os dias matérias exaltando marcas que conversam entre si, ações de marketing de oportunidade, e tudo isso só é possível devido a personalidade que essas marcas construíram. Sua marca pode ser, por exemplo, uma marca motivadora, e enviar mensagens para seus clientes; uma marca formadora, gerando conteúdo técnico para formação; entre outras milhares de personalidades existentes. Tudo isso deve ser estudado e pensado
muito bem, pois irá influenciar a forma de escrever os textos e as artes criadas para suas redes sociais. Nesse ponto comece a dividir o seu conteúdo em categorias. Entenda o conteúdo que a sua marca pode produzir - como usar o seu produto, como é a sua categoria de produtos pelo mundo, matérias relacionadas ao ‘mundo’ do seu produto/serviço, etc…- e elencar os formatos - textos, fotos, vídeos, etc… Ao final desse processo você já deve ter uma lista com 6 a 7 editorias (uma média que uso para meus clientes) para que possa produzir conteúdo específico. Por exemplo um restaurante de comida mexicana, com um bom atendimento e o diferencial de música mexicana ao vivo todas as noites. Na busca por editorias de conteúdo podemos chegar em: gastronomia, educando o cliente para novos paladares; música, ressaltando o diferencial e até com dicas musicais; história, dos astecas aos cozinheiros; curiosidades, conteúdo mais divertido e interessante; jogos, quadrinhos, perguntas, quiz, etc..; e claro a editoria institucional, com o que é o restaurante, promoções e tudo o que o cliente irá encontrar. Invista um bom tempo nisso, pois o seu conteúdo é fator primordial para um boa rede social. As pessoas querem interagir com páginas de conteúdo, e não com catálogo de produtos ou serviços online. Cruze o conteúdo com os formatos, quanto mais diversificado o conteúdo da sua página melhor. Todo mês nasce uma rede social que irá matar o facebook. Assim foi o Google+, o Elo e agora com o Tsu. O mais importante é planejar grande, mas começar pequeno. Não adianta começar o seu trabalho online em 82 redes sociais e depois não dar conta de produzir conteúdo para tudo isso.
Comece com o clássico Facebook, criando a sua fanpage para seu negócio. Uma boa fanpage é capaz de converter bons acessos ao seu site e até mesmo bons resultados de vendas. O que é mais importante no Facebook - e em qualquer rede social - é que você tenha o seu canal completo, com todos os dados de contato, fotos e capas bem feitas e preenchidas corretamente para que o cliente possa entrar em contato com você sempre que ele quiser, pois é assim que funciona a compra: no momento e na plataforma que seu cliente decide. Com o “be-a-bá” feito, é hora de programar o conteúdo para rodar. Com as editorias definidas, basta identificar os melhores dias para postar o conteúdo, sempre mesclando com chamadas para conversão como “clique aqui” ou “saiba mais”, que direcionam o usuário para o site, afinal não devemos buscar apenas os likes, mas conversão. A frequência deve ser um ponto importante também. As pessoas esperam o seu conteúdo assim como eu esperava o jornal de domingo. A diferença é que agora essa espera é infinitamente menor: eu quero agora. Existem inúmeras estratégias e ações que podem ser utilizadas, mas não existe tecnologia nenhuma que supere um bom conteúdo. E mesmo não visitando mais a banca com meu pai aos domingos de manhã, eu - e seu cliente - tem todos os dias um calhamaço de informação “embaixo dos dedos”. CAMILO COUTINHO - Idea Generator da Agência Caju Digital.
Prática Empreendedora - Jan/Fev 2015
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Leitura ESTRATÉGIA
E GESTÃO
FINANÇAS
Joaquim Castanheira Endeavor Bob Fifer A obra foi baseada no conhecimento adquirido por Bob Fifer ao analisar mais de 100 das 500 maiores empresas americanas da revista Fortune.
Dobre
seus lucros “Dobre seus lucros” foi escrito há 21 anos e traz ensinamentos considerados importantes e aplicáveis a realidade das empresas atuais dos diferentes segmentos e tamanhos. Escrito pelo americano Bob Fifer e indicado como livro de cabeceira de Marcel Telles, fundador da AMBEV. O livro é formado por 78 dicas divididas em três pilares: cortar custos, aumentar as vendas e maximizar os lucros. Alguns exemplos dessas dicas são: Como diminuir os desperdícios, lidar com os fornecedores, motivar os vendedores, aumentar a produtividade e o preço dos produtos sem perder o cliente ou deixá-lo insatisfeito. Os capítulos são curtos e as dicas práticas e diretas. O autor utiliza uma linguagem sem rodeios, e não se sente intimidado em fazer críticas a processos e práticas empresariais. Promete trazer resultados e dobrar os lucros no curto prazo de seis meses ou menos.
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Prática Empreendedora - Jan/Fev 2015
“Vai que dá” é uma rica fonte de inspiração e motivação aos empreendedores para nunca deixarem de acreditar que “vai que dá”.
#VQD
Vai que dá! O livro “Vai que dá” conta a história de 10 empreendedores em suas trajetórias de negócios, relatando quais foram as suas dificuldades e o que fizeram para superá-las e conseguir transformar suas empresas em negócios de alto impacto. São exemplos práticos de empreendedores que tiveram trajetórias totalmente diferentes, desde o ramo de atuação, porte da empresa, idade dos fundadores, modelos de gestão e as dificuldades enfrentadas. Mostrando que não existe receita pronta para empreender, mas existe em comum em todas as histórias a garra e a vontade de seus fundadores em conseguir realizar seus sonhos de serem empreendedores de sucesso. As histórias são comentadas por mentores da Endeavor que acompanharam de perto os desafios e superação destes empreendedores que estão transformando o Brasil com seus negócios de alto impacto. O livro ainda é coroado com prefácios de Beto Sicupira e Jorge Paulo Lemann que juntos são sócios de um império de marcas globais e são considerados personalidades referência em empreendedorismo.
MARKETING
E VENDAS
Você está presente no dia a dia do seu cliente?
Você sabe o que faz um cliente mudar de fornecedor? Na maioria dos casos a perda de um cliente não é causada por algum problema ou porque o produto e/ou serviço é ruim, e sim pela ausência da prestação de atendimento pós venda.
Por Viviane Olival I Imagem Shutterstock
O
processo de conquista do cliente deve ser em todas as etapas da venda, desde a prospecção até o pós-venda, processo que possibilita novas compras de produtos ou serviços. Para isso é fundamental estabelecer uma relação de contato e comunicação com o cliente. A visita periódica ajuda a desenvolver um relacionamento muito importante para a conquista, pois vender não é o suficiente, é preciso relacionar-se para que ocorra recorrência de compra e a fidelização. Estar presente no cliente além de gerar um relacionamento e confiança, gera também a retenção do mesmo, já que o relacionamento com os clientes é a base para o fechamento de uma venda. Quanto mais conhecemos o seu negócio, mais se intensifica a relação. Conhecer e participar do dia-a-dia do cliente é fundamental para construir uma parceria sólida
e duradoura. Mostrar-se pró-ativo, visitá-lo com frequência para identificar e entender as suas reais necessidades, demonstra o interesse em em conhecer o seu negócio em profundidade. Descobrir quais são os desafios e os problemas pelos quais os clientes passam, é fundamental para saber como ajudá-los. Essas atitudes fazem com que o cliente tenha certeza que poderá contar com sua empresa, quando precisar. Estar presente fisicamente no cliente requer tempo e custo, porém, é um investimento necessário. Mesmo que ele esteja localizado distante, é muito importante estabelecer essa relação. Gerar economia em relação às visitas e viagens corporativas não requer a suspenção delas, mas sim o planejamento, organização e definição de políticas de compras de viagens. Por isso, o sugerido é planejar os deslocamentos com antecedência e evitar despesas desnecessárias.
Planejar um calendário e criar um cronograma de atividades e visitas auxilia tanto na organização quanto na redução de custos, pois haverá tempo para analisar os orçamentos e alternativas para os deslocamentos. Além de ajudar a controlar e programar, uma agenda bem elaborada é útil para não se esquecer de realizar uma tarefa importante, inclusive manter a periodicidade das visitas. A proximidade consequentemente poderá levar a novas oportunidades de negócios. Lembrando que manter um cliente custa cerca de 5 vezes mais barato que prospectar um novo.
Viviane Olival Turismóloga com MBA em Marketing Gerente Comercial na GVTN Viagens.
Prática Empreendedora - Jan/Fev Dez/Jan2015 2015
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PENDENTE CONTEÚDO
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ANÚNCIO GVTN TURISMO
CAPA
Café Gourmet O poder de agregar valor ao produto Confira como empresas que apostaram na diferenciação do café, estão colhendo bons frutos”
Por Patrícia Suzuki e Fernando Matos
O
s consumidores estão cada vez mais exigentes, não é nenhuma novidade. O que podemos perceber de novo é o nível de exigência dos consumidores mesmo em produtos de menos valor agregado. E o consumidor do século XXI não se satisfaz apenas com o produto ou serviços, ele quer mais. Quer usufruir de experiências que o aproximem de suas marcas de preferência.
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Estas experiências se traduzem em ambientes aconchegantes, com variedade de opções de produtos e/ ou serviços, facilidades tecnológicas (wi-fi, internet banda larga, pontos para alimentação de tomadas para notebooks, tablets e celulares), música de qualidade, qualidade em produtos e serviços e, ainda sugestão de harmonizações de bebidas e comidas (no caso das empresas do segmento alimentação/bebidas).
Prática Empreendedora - Dez/Jan 2015
O principal motivador de consumo de café continua sendo o hábito adquirido pela tradição familiar, sendo o café a segunda bebida mais consumida no país, perdendo apenas para a água mineral.
Rapidamente estas experiências de consumos tem se revelado, ao mesmo tempo, uma estratégia das empresas, como também um desejo dos consumidores. Nesta matéria procuramos revelar o crescimento do consumo de cafés no Brasil (em especial os gourmets), como também o fenômeno da expansão das redes de cafeterias no País. O principal motivador de consumo de café continua sendo o hábito adquirido pela tradição familiar, sendo o café a segunda bebida mais consumida no país, perdendo apenas para a água mineral. As mudanças de
padrões de consumo do café vem ocorrendo nos últimos 10 anos, o aumento do consumo fora do lar e, o paladar dos consumidores de café está se tornando mais aguçado, em boa parte pelo acesso dos brasileiros a viagens ao exterior onde tem oportunidade de provar cafés de melhor qualidade, e também devido ao crescimento e expansão do número de cafeterias no país. É muitas vezes nessas cafeterias que o consumidor tem seu primeiro contato com o chamado Café Gourmet, aguçando seu paladar e elevando seu patamar de exigência.
O que são os Cafés Gourmet Os cafés gourmet são diferenciados desde a sua plantação e colheita até o seu preparo final para consumo. Segundo Amanda Aliperti proprietária da Inverno D’itália Coffee Company “recebem o nome de gourmet os cafés de alta qualidade, a planta Arábica produz cafés de melhor qualidade, mais finos e requintados. Tem grãos de cor esverdeada, é cultivado em regiões com altitude acima de 800m e originário do Oriente, resultado de seu nome. Portanto o Café Arábica é o melhor café. O Brasil é responsável por 1/3 da produção mundial de café, produzindo
22,5 milhões de sacas por ano. Deste total, 5% são de cafés especiais, os cafés tipo Gourmet. Atualmente o consumo dos cafés gourmet cresce cerca de 15% à 20% ao ano, 6 vezes mais do que os cafés tradicionais que apresentam um crescimento de 3% ano (ABIC). Segundo informações da Mintel, empresa britânica fornecedora global de inteligência de mídia, consumidor e produto, no que diz respeito à previsão de valor na categoria, a perspectiva continua ascendente no varejo. As receitas do varejo devem alcancar o patamar de mais R$ 8 bilhões em 2017.
O consumidor de café gourmet Com o desenvolvimento da cultura do consumo de café, a demanda por produtos com posicionamento premium é cada vez maior no país. A diversidade de blends, já começa a ser percebida e reconhecida pelos consumidores de café, que se tornam mais exigentes em busca de um café de qualidade superior. Conforme demonstra o relatório da Mintel de Cafés–Brasil, fevereiro de 2013, aproximadamente um quarto dos consumidores de cafés brasileiros preferem marcas premium, aumentando para 29% entre os grupos socioeconômicos AB. As mulheres são mais propensas do que os homens a concordar que preferem café premium.
Prática Empreendedora - Dez/Jan 2015
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CAPA - Café Gourmet O poder de agregar valor ao produto
Figura: Concordância com a afirmação “Eu prefiro café premium às marcas comuns”, por grupo socioeconômico, novembro 2012 100
“Quais são suas atitudes quando está comprando café?”
Eu prefiro café premium às marcas comuns
40 20
29% AB
0
23% C
23% DE
Fonte: Ipsos Observer Brasil/Mintel l Base: 1.261 adultos com idade 16+ que bebem café.
Cafeterias Diante deste novo padrão de consumo as cafeterias estão se tornando nichos de mercado interessantes para empreender. Segundo estimativas da ABIC (2010), existem aproximadamente 3,5 mil cafeterias espalhadas pelo Brasil que são responsáveis por 50% do consumo de café fora do lar. Destas, aproximadamente 1,3 mil unidades são de grandes redes, as demais são de empreendedores individuais. Segundo dados do Sebrae quanto ao perfil dos consumidores de cafés gourmet no Brasil, assim como os conhecedores de vinhos e outros produtos de qualidade diferenciada, os apreciadores sempre querem novidades, novas misturas, lançamentos da indústria que prometem inovações ou até mesmo uma gastronomia nova base-
ada no produto café. Entre os frequentadores de cafeterias, a maioria pertence a um nível sociocultural e econômico médio e alto (classes A e B), tem entre 25 e 60 anos e costumam ir frequentemente a esses ambientes. Os frequentadores de cafeterias estão em busca de uma experiência de consumo, querem conhecer mais sobre a origem dos grãos de café, as características da bebida, e suas variações. Além de sentirem-se bem nestes ambientes que, normalmente são locais aconchegantes e agradáveis para conversar, ler, acessar a internet, ou realizar reuniões de negócios. Experiências internacionais mostram que o desenvolvimento do segmento de cafeterias representa um dos principais pilares para
evolução da cultura do cafés especiais ou gourmet entre os consumidores de um país. É exatamente nestes pontos comerciais que os consumidores terão o primeiro acesso aos diferenciais de um produto que por muitos é considerado com pouco ou sem nenhum diferencial entres os mais diversos tipos de café existentes. Neste contexto, evidências nos indicam que o Brasil sinaliza para a mesma direção afirma a Mintel. A Mintel realizou uma pesquisa em novembro de 2012, afim de saber onde as pessoas costumam consumir cafés premium, perguntou a consumidores que afirmaram consumir cafés premium onde era feito o consumo: 32% das pessoas responderam cafeterias, 30% em padarias, 28% no local de trabalho, caindo para 27% em restaurantes e bares e 25% em casa.
35
27%
25% Em casa
27%
No bar/ restaurante
0
28%
No restaurante
05
30%
No trabalho/ local de trabalho
15
32%
No bar ou padaria
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Em um café ou loja de café
Eu prefiro café premium às marcas comuns, por canal de consumo, novembro 2012
Fonte: Ipsos Observer Brasil/Mintel l Base: 1.261 adultos com idade 16+ que bebem café.
Diante de um mercado tão aquecido, e recheado de concorrentes, algumas cafeterias tem se mostrado mestres em inovação, gerenciamento e fidelização de seus clientes, merecendo total atenção dos empreendedores de todos os segmentos. Afinal se eles conseguiram com um produto por muitos anos considerado comum e diante de um mercado tão exigente, é altamente possível aprender com eles e inovar também no seu ramo de atuação. Entrevistamos os fundadores de 3 redes diferentes de cafeterias para descobrir como esses empreendedores vem conseguindo se destacar num mercado em que os níveis de exigência do consumidor e os números de concorrentes só aumentam. É curioso ressaltar que são três redes que nasceram em regiões diferentes, com localização de lojas distintas e, que mesmo assim estão conseguindo crescer em número de lojas e de clientes. Confira agora essas 3 histórias, reflita e inove também em seu setor. Deguste de boas histórias e de cafés que só de ler a matéria já dão água na boca e, além disso, nessas três cafeterias você ainda encontra um serviço impecável que vale por uma grande aula de atendimento ao cliente.
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Prática Empreendedora - Jan/Fev 2015
inovação no treinamento de baristas
descafeinado, e microlote), os grãos são plantados, colhidos e selecionados criteriosamente em fazendas espalhadas no interior de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo e tudo isso para oferecer aos clientes um café cada vez mais saboroso e qualificado, seja para o consumidor final, escritórios, hotéis restaurantes, bares, cafeterias e até mesmo eventos.
prios colaboradores ganham a possibilidade de crescer na empresa por meio de plano de carreira que pode oferecer até a possibilidade de gerenciamento de uma das lojas.
Um café fresquinho, quentinho e gostoso!
A empresa foi pioneira no segmento a formar, treinar e capacitar este profissional do café. Em 10 anos, a Suplicy formou baristas inclusive para defender o Brasil em mundiais da categoria disputados nos Estados Unidos, Inglaterra e Itália, país da profissão. E não apenas os baristas que formulam o sabor da marca. Os 32 profissionais (entre diretos e indiretos) da Suplicy Cafés, passam constantemente por treinamento, o que se torna um dos pilares para sustentação da empresa. Depois de qualificados, os pró-
Imagem Shutterstock.
Difícil encontrar alguém que não goste de um não é mesmo?! Pois é, mas entre gostar de um bom cafezinho e fazer dele um negócio, existe uma distância considerável. Distância essa, que ficou pequena diante do sonho de um empreendimento que nasceu de uma paixão de família. Assim começou a trajetória construída grão a grão da Suplicy Cafés Especiais, criada há pouco mais de 10 anos em São Paulo. A concretização do projeto veio com a primeira cafeteria de alta qualidade no bairro Jardins, na capital paulista. Mais do que preparar e servir um bom café gourmet, a essência da Suplicy Café Especiais foi investir e acreditar no profissional do segmento conhecido como Barista - colaborador capacitado para o correto preparo das bebidas de cafés especiais, e habilitado também para explicar os conceitos de uma boa degustação.
Meta ambiciosa: “Dobrar o número de franquias até 2017” – Marco Suplicy – CEO da Suplicy Cafés Especiais.
O que é um Barista? É uma velha profissão de origem italiana. Pode ser comparado a um “garçom de uma cafeteria”. É a pessoa que prepara o café e, como tal, pode ser considerado um artesão, um artista que pode extrair todo o potencial do café. Ah! E claro, precisa ser apaixonado por café! Atualmente, a rede de cafés gourmets, conta com uma loja própria e 10 franquias localizadas no estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal. Com a qualidade dos profissionais, os produtos também não poderiam deixar de seguir a excelência no aroma e sabor. Com um line-up divido em 6 tipos de cafés em pó, sachês e cápsulas (torra clara, torra média, torra escura, orgânico,
Investimento: 300 mil reais.
Aroma e sabor para empreender Desde 2011, a Suplicy Cafés Especiais iniciou um processo de expansão nacional e abriu as portas para interessados em franquias de todo o país. Com R$ 300 mil reais de investimento o futuro franqueado tem acesso a toda estrutura oferecida pela marca.
Foto: Arquivo Suplicy Cafés Especiais.
Suplicy Cafés Especiais
O que oferece:
Franquia Suplicy Cafés Especiais
• Portfólio completo de cafés e microlotes exclusivos da marca. • Treinamento realizado por baristas desenvolvido de forma direcionada para o modelo de negócio. • Suporte na operação (consultoria, marketing, produtos, gestão etc.). • Apoio no desenvolvimento do projeto de arquitetura.
Retorno do investimento: 2 à 5 anos.
Fonte: Suplicy Cafés Especiais
Prática Empreendedora - Jan/Fev 2015
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CAPA - Café Gourmet O poder de agregar valor ao produto
Inverno D’Itália Coffe Company Negócio em família Pai, mãe, e três filhos. O que parece apenas o retrato de uma família brasileira foi muito além do que se poderia imaginar. Seu Horácio Ferreira da Silva Neto, dona Maria Estela, e os filhos Horácio, Carlos e Amanda decidiram que a família poderia fazer muito mais do que passeios e programas juntos. Resolveram abrir um negócio voltado ao café.
Horácio, a esposa e os três filhos decidiram comprar e reformar o imóvel localizado na rua Sete de Abril. Nascia aí, a Inverno D’Italia Coffe Company fundada há 15 anos, com o seguinte objetivo: reunir pessoas que sentem o prazer de degustar um bom café. A primeira loja iniciou as atividades justamente com a venda dos cafés especiais, chocolates e cappuccinos servidos quentes ou gelados. Mas, a inovação sempre foi parte integrante da família empreendedora e logo, surgiu a criação que impulsionou a marca e que até hoje, segue como o principal produto; o Frozen – bebida batida à base de café com leite e gelo.
Foto: Arquivo Inverno D’Itália.
Foto: Arquivo Inverno D’Itália.
A história da família da cidade Espírito Santo do Pinhal, interior de São Paulo sempre esteve ligada ao grão. Seu Horácio foi corretor de café além de ter uma torrefação. Inicialmente, os cafés especiais, chocolates e cappuccinos eram vendidos apenas para os supermercados, restaurantes, hotéis e cafeterias. Mas, o que era pra ser a venda de atacado de produtos relacionados ao café começou a ganhar proporções diferentes quando a família Ferreira da Silva certa vez, precisou ir a capital paulista visitar uma cliente, dona de uma cafeteria no centro da cidade e que na ocasião, precisava seguir para a Europa e logo se desfazer do negócio. Foi então que
Frozen: o carro chefe da Inverno D’Itália Coffe Company conta com 30 sabores à disposição.
Seu Horácio (pai), Maria Estela (mãe) e os três filhos: Horário, Carlos e Amanda proprietários da Inverno D’Itália Coffee Company.
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meçou a produzir os próprios produtos na fábrica em Espírito Santo do Pinhal, que hoje passam de centenas de itens. Ligados ao café de forma direta e indireta como os salgados que são comercializados nas unidades. Com o sucesso da loja de São Paulo e cada vez mais elogios dos clientes sobre os produtos oferecidos a família decidiu expandir o negócio, e o que era algo apenas familiar, se tornou “business” de verdade. Há 4 anos, veio a expansão de lojas distribuídas nos estados de São Paulo e Minas Gerais. Atualmente são 16 estabelecimentos que levam a marca da Inverno D’Italia, sendo 5 próprias e as demais no sistema de franquia.
Inicialmente, a bebida era oferecida em 6 sabores, com o passar do tempo, ouvindo sugestões e pedidos dos próprios clientes, o Frozen ganhou novos sabores e hoje já são 30 à disposição. Com o objetivo de otimizar receita e diminuir custos, a Inverno D’Itália co-
Prática Empreendedora - Jan/Fev 2015
“O equilíbrio para a harmonia de nossa sociedade é, primeiro de tudo, a admiração que sentimos entre nós. Depois o respeito, seguido de lealdade e verdade. Sempre buscamos melhorar e trabalhamos incansavelmente todos os dias querendo crescer e nos aperfeiçoar.”, esclarece Amanda Aliperti, filha e diretora da Inverno D’Itália Coffe Company. Para manter uma estrutura como essa, a rede conta com 200 funcionários entre diretos e indiretos e, cada um deles passa criteriosamente por treinamentos oferecidos nas próprias unidades da Inverno D’Itália e quem entra no quadro de colaboradores da rede, tem grandes possibilidades de crescer junto com ela. Os cargos gerenciais são sempre preenchidos pelos próprios funcionários. “Juntos, conseguimos formar uma equipe espetacular formada de pessoas fantásticas para estabelecer uma marca querida. Tínhamos um sonho e batalhamos por ele. Queríamos fazer diferença na vida das pessoas.”, ressalta Amanda.
Foto: Arquivo Inverno D’Itália.
Inverno D’Itália: Meta é inaugurar 500 lojas em 10 anos.
E este sonho promete ser ainda maior se levar em consideração à expectativa de crescimento e expansão da Inverno D’Itália Coffe Company. A meta da família empreendedora é ousada, abrir aproximadamente 50 lojas por ano para que em uma década, a rede some 500 unidades.
Como se tornar um franqueado? Para iniciar a abertura de uma franquia Inverno D’Italia Coffee Company, inicialmente a empresa busca conhecer o perfil de quem irá tocar o negócio, uma vez que o envolvimento
do futuro franqueado na operação é fundamental para o sucesso do empreendimento. Para ser proprietário de uma loja da Inverno D’Italia Coffe Company, o interessado precisa dispor de R$ 120 a R$ 150 mil reais.
Custo de franquia: R$ 120 a R$ 150 mil reais. A Inverno D’Italia Coffe Company oferece:
Franquia Inverno D’Itália Coffe Company
• • • • • • • • • • • •
Avaliação e aprovação do ponto comercial. Fornecimento do projeto arquitetônico e do layout interno e externo da loja. Indicação dos fornecedores para montagemda loja. Equipe de consultoria e apoio técnico / operacional na abertura e manutenção da loja. Fornecimentos de insumos, produtos, embalagens e indicação de softwares. Suporte Operacional na inauguração da loja. Assessoria de Marketing e acompanhamento das ações regionais. Desenvolvimento de novas tecnologias, serviços e principalmente produtos. Portal Exclusivo para Franqueados. Serviço de Atendimento ao Franqueado (SAF). Centro de treinamento; Consultoria Comercial Permanente.
Retorno: 15 à 24 meses.
Fonte: Inverno D’itália Coffe Company.
Prática Empreendedora - Jan/Fev 2015
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CAPA - Café Gourmet O poder de agregar valor ao produto
Mr. Black Café Gourmet O café com gostinho especial de Minas Gerais
Franquia Mr. Black Café Gourmet Opção de investimento: Quiosque ou Loja.
Que o estado de Minas Gerais é conhecido pelo famoso pão de queijo isso ninguém duvida. Mas, tem outro produto que faz muito sucesso a partir das terras de Tiradentes, e é amado por quase todo brasileiro: o café. Pensando em aproveitar este território favorável ao grão e o pão de queijo que Cristian Soares Figueiredo criou há 8 anos a Mr.Black Café Gourmet em Belo Horizonte. A rede de cafés gourmets hoje conta com 3 lojas próprias e 9 franqueadas, localizadas além de Belo Horizonte, em cidades como; Betim e Contagem (MG) Vila Velha (ES) e Cascavel (PR), Cuiabá (MT) e Goiânia (GO). Todos os dias, os 80 funcionários que constantemente recebem treinamento e benefícios para seguirem carreira na empresa, ficam alocados em cada uma das unidades que tornam a Mr. Black Café, uma rede de cafés especiais com um conceito diferenciado de cafeteria. “Nós surgimos para atrair, satisfazer e manter clientes com um atendimento cordial e simpático, fazendo do nosso ambiente, um lugar agradável de modo que, clientes e funcionários sintam conforto e acolhimento ao serem recebidos.”, garante Cristian Figueiredo, proprietário da Mr. Black Café Gourmet. Os produtos e serviços vão muito além de servir um bom café. Em todas as lojas da marca, o cliente encontra qualidade em forma de variedades de cafés quentes e gelados, chás gourmets, comidinhas, sanduíches, caldos, massas, tortas, sucos e até mesmo um chopp geladinho e refrescante. O destaque fica por conta do
26
Adequação civil, mobiliários e equipamentos: entre R$120.000,00
a R$250.000,00*. *Variável de acordo com tamanho da loja e estrutura pré-existente, não inclui valores do ponto comercial - Luvas ou CDU.
Taxa de Franquia: R$ 45.000,00 (Quarenta e Cinco Mil Reais). Faturamento Médio Mensal: em torno de R$ 65.000,00. Lucro líquido médio mensal: 15% a 20% do faturamento. Royalty: 5% sobre a receita bruta mensal. Serviços prestados pela Mr. Black Café Gourmet (franqueador): • Orientação na escolha de pontos comerciais; • Assessoramento quanto a montagem da unidade Franqueada através do fornecimento de projeto arquitetônico básico padrão; • Determinação do estoque inicial de produtos; • Treinamento inicial; • Assistência no início das operações; • Treinamento e reciclagem de funcionários; • Sistemas de administração, gestão e controle; • Negociação centralizada com fornecedores utilizando força de Rede; • Elaboração de políticas de marketing, propaganda e promoções; • Visitas de supervisão de campo; • Pesquisa e Desenvolvimento de novos produtos e serviços.
Prazo de retorno do investimento: 2 à 3 anos.
Fonte: Mr. Black Café Gourmet.
mineiríssimo pão de queijo feito com queijo canastra. “Atendemos a um público que valoriza os cafés especiais e que busca mais do que um simples lanche.” ressalta ele. Mas, para quem pensa que foi fácil para a Mr. Black faturar aproximadamente R$ 6 milhões de reais por ano e chegar a este patamar de referência no segmento de café gourmet, se engana. De acordo com Figueiredo, foram muitas dificuldades e erros
Prática Empreendedora - Jan/Fev 2015
até encontrar a formatação ideal do negócio. Para isso, a consultoria de especialistas da área de empreendedorismo e troca de experiências foi fundamental para manter saudáveis os pilares de sustentação para o crescimento da empresa. E por falar em crescer, a Mr. Black Café Gourmet não deve parar por aqui. Até 2017, a rede pretende crescer aproximadamente 200% com a abertura de mais 18 lojas em todo o país que cada vez mais aprecia este tipo de café e principalmente de negócio.
MARKETING
E VENDAS
Como escolher
em qual franquia investir Por Ângelo Agulha
O mercado de franquias a despeito do fraco desempenho da economia nacional ainda cresce com taxas superiores aos índices médios apresentados pelo governo. Isto é uma prova de que o espírito empreendedor existente em boa parte dos brasileiros ainda continua vivo. Na hora de empreender sempre vem a mente do investidor, uma série de dúvidas sobre onde, quanto e como investir suas economias.
A
s franquias, dentre uma série de opções, ainda atraem muitos destes investidores. Seguem, portanto, algumas sugestões cruciais para este tão decisivo momento:
1
Pesquisar, acompanhar e estudar o segmento em que se deseja investir por pelo menos um ano;
2
Verificar se o empreendedor se vê atrás do balcão da franquia pelos próximos dez anos pelo menos, com dedicação integral;
7
Investigar junto a outros franqueados da rede sobre o dia a dia e o relacionamento com a franquia, mas não aqueles que franquia indica, mas sim aqueles que você escolher para conversar;
8
Fazer projeções financeiras e um bom plano de negócios seu, mesmo que a franquia forneça um, pois é o empreendedor que conhece seu fluxo real de caixa;
9
Não deixar seduzir-se por nichos novos de mercado;
10
Entender que na relação entre a franquia e o franqueado deve sobrepor o respeito mútuo de dois empresários interdependentes em importância e valor um para o outro.
3
Pesquisar a legislação (Lei 8.955/94) para poder negociar com bases sólidas juntamente à franquia;
4
Buscar o sindicato de classe (Sindifranqueados-SP), para se associar e obter todas as informações idôneas sobre os segmentos e as franquias;
5
Analisar criteriosamente a Circular de Oferta de Franquia (COF);
Se estas orientações forem seguidas com toda a frieza e o raciocínio lógico, sem deixar que o fator emocional e a ansiedade atrapalhem, as possibilidades de fracasso serão bem reduzidas.
6
Não se deixar influenciar por promessas milagrosas de certas franquias quanto ao prazo de retorno sobre o investimento, assim como das margens apresentadas;
Ângelo Agulha é Administrador, Especialista em Marketing, Mestre em Gestão Estratégica, Professor do MBA ESAMC, Consultor e Diretor Sindical Patronal.
Prática Empreendedora - Jan/Fev 2015
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ESTRATÉGIA
E GESTÃO
Franquias no Brasil desafios para os próximos anos
Por Marcus Rizzo I Imagem Shutterstock
Impacto do franchising na economia O mercado de franquias no Brasil é definitivamente promissor e com muito vigor continuará crescendo. Atualmente são inauguradas 3 unidades franqueadas por hora no Brasil, totalizando quase mil novas por mês. Novas franquias são lançadas no mercado, sem parar. Temos hoje quase três mil franqueadores que atuam em 24 diferentes setores da economia com quase 140 ramos de atividade. As franquias promoveram uma revolução no varejo onde até alguns anos eram apenas os supermercados e magazines o sinônimo de varejo no país, agora pode-se afirmar que são as franquias, que já representam mais de 35% do faturamento varejista. Com enorme mobilidade, facilidade de instalação as franquias estão atingindo todos os mercados, pequenos e grandes. Das Lotéricas, Correios, Postos de Combustíveis, Concessionárias de Veículos de outrora agora lojas de Conveniências, Utilidades, Escolas Profissionalizantes, Saúde, Beleza, Vestuário, Acessórios e Alimentação tomam conta dos mais variados lugares mesmo com as distâncias mais remotas. Esta enorme e variada oferta de produtos e serviços oferecidos pelas franquias tem cativado os quase 140 milhões de consumidores ativos que deixam em média R$0,45 por dia no caixa de cada unidade franqueada todos os dias.
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Prática Empreendedora - Jan/Fev 2015
O crescimento das franqueadoras Mais e mais franquias serão lançadas no mercado e até 2.018 chegaremos a incrível marca de mais de 4 mil diferentes ofertas de negócios com uma taxa média anual de crescimento de 8%.
Projeção crescimento de franqueadores no Brasil 2018
4.272
2017
3.934
2016
3.624
2015
3.329
2014
3.073
2013
2.835
2012
2.579
2011
2.417
2010
2.226
2009
1.945
2008
1.690
2007
1.517
2006
1.263
2005
1.164
2004
1.109
2003
979
2002
898
2001
995
2000
1.012
1999
1.005
1998
1.006
1997
1.102
1996
1.035
Franqueadores
Franqueadores
Franqueadores
Franqueadores
Franqueadores
Acompanhado do crescimento haverá a consolidação das redes que pressionadas por consumidores/franqueados mais informados deverão buscar negócios com maior nível de estruturação e com experiência operacional efetiva. 31% das franquias atualmente ofertadas (quase 2.800) não possuem nenhuma experiência no negócio que oferecem para franqueados.
Franqueadores
Franqueadores
Franqueadores
Franqueadores
Franqueadores
Franqueadores
Franqueadores
Franqueadores
Experiência do franqueador no negócio Esta acirrada concorrência entre marcas deverá gerar consumidores/franqueados mais indagativos e pesquisadores que deverão tomar muito cuidado com a investigação sobre o negócio antes de realizarem o investimento. Crescerão as franquias que apresentarem o melhor nível de profissionalização e especialização de suas operações, pois, ainda temos baixo nível de experiência no mercado.
Franqueadores
Franqueadores
Franqueadores
Franqueadores
Franqueadores
Franqueadores
Franqueadores
Franqueadores
Franqueadores
Franqueadores
Franchise College 2013
Prática Empreendedora - Jan/Fev 2015
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ESTRATÉGIA E GESTÃO
O crescimento da rede franqueada A rede continuará crescendo e especialmente deverá melhorar o índice de produtividade que ainda é muito baixo no Brasil com apenas 76 franquias médias por franqueador. No mercado americano, que possui 1.500 franqueadores, o índice médio é de 670 franquias quase dez vezes mais do que o nosso.
Projeção crescimento da rede de franquias e próprias no Brasil 122.877
2007
111.144
2006
102.432
2005
97.592
2004
86.152
2003
79.024
2002
87.560
2001
89.056
2000
88.440
1999
88.528
1998
96.976
1997
91.080
1996
2018
307.385
2017
284.333
2016
262.756
2015
242.479
2014
225.041
2013
207.366
2012
190.568
2011
179.937
2010
162.327
2009
147.991
2008
133.709
Apesar das mais de 200.000 franquias em operação no Brasil temos que aumentar a produtividade por franqueador que significa ganhar escala no negócio. Com o ganho de escala melhoraremos as compras cooperadas reduzindo drasticamente o CMV (custo da mercadoria vendida) aumentando a lucratividade do franqueado e simultaneamente reduzindo também os investimentos na instalação destes negócios.
E dentro do seu negócio novas exigências do consumidor Nada de novo, apenas mais do mesmo! O consumidor será mais e mais seletivo isto exigirá a atenção redobrada de franqueadores e dos franqueados. Mas onde:
Menos variedade mais especialização O conceito de variedade oferecido pelos grandes estabelecimentos ou mesmo extensos cardápios que desejam atender a todos vão perder espaço para negócios especializados fortemente identificados pelo conceito e marca ofertada ao cliente. Consumidores desejam menos opções nos pontos de venda, desde que sejam bem selecionadas e estejam de acordo com suas necessidades e desejos.
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Localização conveniente
Experiência de consumo
Pressionado pelo estresse cotidiano com muitas horas úteis perdidas em trânsito o consumidor começa a buscar negócios próximos de sua casa e que apresentem comodidade e conveniência.
Cada vez mais o atendimento vai fazer a diferença entre negócios que estão se tornando iguais. Autenticidade e experiência são algumas das principais reivindicações do novo consumidor e isto vai ocorrer através do atendimento de qualidade que é um dos fatores mais desejados pelos consumidores em relação às empresas. Treinamento de pessoal buscando a profissionalização no atendimento é a ordem!
Experimentação da marca Com o tempo e paciência cada vez mais escassos consumidores vão optar por negócios que transformem a simples compra por uma experiência agradável de consumo. E isto não vai acontecer com manobristas, café e outros mimos, mas com a melhoria do ambiente onde ocorre a experiência. Lojas bem sinalizadas que orientam o consumidor, exposição conveniente e informação preparada para facilitar o acesso e atendimento.
Prática Empreendedora - Jan/Fev 2015
MARCUS RIZZO é especialista em franchising, autor de vários livros, fundador da ABF e da Revista PEGN, Franchise College e sócio da RIZZO FRANCHISE empresa especializada em estruturação de organizações franqueadoras.
OPERAÇÕES
E TECNOLOGIA
Big Data Oportunidade para o micro e pequeno varejista
Sobreviver, Crescer e se Perpetuar são ambições e, ao mesmo tempo desafios para aqueles que buscam a iniciativa empreendedora. seja como meio de colocar em prática uma vida de conhecimentos, provar que podem fazer acontecer ou simplesmente para aqueles que precisam sobreviver.
O
nde estabelecer o seu negócio? que produtos ou serviços vender? qual o perfil de público-alvo? quais os seus hábitos de consumo? Qual sua frequência de compras? Qual o seu gasto nestes produtos ou serviços? São alguns exemplos de perguntas que todo empreendedor precisa responder. Mas, negócio aberto, funcionários para treinar, clientes para atender, fornecedores para negociar, contas para pagar, meios para divulgar… São tantas as frentes onde o micro e pequeno empreendedor precisa liderar que, literalmente, falta condições para satisfazê-las. Neste complexo contexto, se aprofundar sobre o comportamento do consumidor e do seu cliente é uma das principais iniciativas para qualquer empreendedor que atue no varejo. Com a diversidade de canais para atingir o consumidor e o número ainda maior de dados disponíveis não estruturados, o desafio do varejo está em saber analisar corretamente todas as informações, definir e executar as melhores estraté-
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gias para um determinado negócio e seu público; Seja na loja física, internet, via mobile ou ainda nas redes sociais.
O BIG DATA como oportunidade para o micro e pequeno varejista Antes disponível apenas para grandes empresas, atualmente os softwares e serviços de Big Data agora estão ao alcance dos micro e pequenos empreendedores, que com seu uso podem fazer a diferença entre crescer, sobreviver ou estagnar. Big Data é um termo popular usado para descrever o crescimento, a disponibilidade e o uso exponencial de informações estruturadas e não estruturadas. Muito se tem falado e escrito sobre o Big Data e como ele pode ajudar as empresas a inovarem, se diferenciarem e crescerem. O software de Big Data recolhe todos os dados que a sua empresa gera e permite que os administradores e ana-
Prática Empreendedora - Jan/Fev 2015
listas definam como usá-los para uma melhor tomada de decisão, seja a abertura de mais uma unidade de negócios, seja para uma campanha de marketing, uma promoção ou liquidação. Basicamente, para entender o que é Big Data, é necessário pensar nas informações em forma de milhões de dados, chegando a toda velocidade, em grande quantidade e de todas as direções. Com o Big Data, se pararmos para pensar de forma isolada, cada dado pode sugerir uma informação, que somada a outras, sugeririam uma linha racional e perfeitamente possível de resultados. Assim, o Big Data consegue chegar a estatísticas e resultados muito próximos aos que acontecerão no futuro. Mas, pensemos nisso de forma muito mais ampla e abrangente, e poderemos perceber que diversos setores poderiam economizar recursos e aperfeiçoar as suas produções, para atender os campos específicos ou nichos onde os investimentos serão compensatórios ou indispensáveis.
São várias as oportunidades de utilização do Big Data para o micro e pequeno varejista.
Com o Big Data é possível conhecer o comportamento do consumidor e as tendências dos clientes em relação a um determinado assunto, produto ou serviço. Já pensou em antecipar necessidades do mercado? Ferramenta sensacional para o varejo, não é mesmo? E isto é apenas uma das utilizações do Big Data, que pode ainda otimizar tarefas e pesquisar, por meio da análise de uma quantidade significativa de dados, informações precisas e sugerir ou indicar estratégias para atrair ou fidelizar clientes.
BIG DATA na prática O conceito de Big Data pode ser perfeitamente aplicável e com sucesso enorme nos micro e pequenos varejistas. O grande desafio é saber como usar a tecnologia de forma inteligente, pois é preciso armazenar um volume de dados muito grande, processar a informação quantitativa transformando-a em qualitativa e automatizar pro-
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OPERAÇÕES E TECNOLOGIA cessos de oferta de conteúdo personalizado por perfil de usuário e de geração de cenários analíticos para auxiliar a tomada de decisão da empresa. São várias as oportunidades de utilização do Big Data para o micro e pequeno varejista. Vamos a elas:
No marketing O uso do Big Data, com a análise de dados múltiplos, permite que o varejo conheça o comportamento do consumidor, descubra qual produto ou serviço ele procura e o alcance no momento certo com ofertas nos canais de compra mais indicados para aquele indivíduo. Ou seja, o uso do Big Data permite aos micros e pequenos varejistas criarem campanhas segmentadas e personalizadas a cada tipo de consumidor. As informações do Big Data analisadas mostram com precisão onde o consumidor prefere ser atendido e onde ele adquire os produtos, ou ainda se ele costuma consultar um produto via internet e depois adquiri-lo na loja física. Com isso, o varejo pode integrar canais de comercialização da marca que ele prefere, fornecendo conteúdo personalizado e segmentado. Seu cliente irá achar ótimo ter suas ofertas e informações de produtos no canal que ele mais acessa, da maneira que ele mais gosta e no momento que ele precisa.
Em breve mais simples e no Brasil No Brasil, uma empresa de telefonia, que ainda não teve seu nome revelado, já está realizando testes para facilitar o uso do Big Data pelas empresas. Uma plataforma voltada para varejistas irá fornecer dados demográficos sobre as pessoas que passam por um determinado local e horário. Assim, é possível saber quantas pessoas transitam na área, a proporção de homens e mulheres, a distribuição por idade, algumas preferências de compra, entre outras informações. Com isso, talvez, em breve, a incansável busca tenha sucesso e o varejo, os consumidores!
Na fidelização Já pensou em seu cliente recebendo conteúdo e promoções personalizadas da sua empresa? Com certeza ele passará a sentir a empresa mais próxima de sua vida, reconhecendo a marca e se fidelizando a ela. O interesse e o engajamento são os primeiros itens para a decisão de compra. Uma pesquisa recente revelou que 52% dos executivos que participaram da pesquisa realizada pelo The Economist Intelligence Unit em parceria com a
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Wipro, afirmaram que o uso do Big Data para fidelização alavancou as vendas da empresa em até 38%.
Nas estratégias A análise minuciosa dos dados do Big Data permite que os micros e pequenos varejistas planejem e otimizem a sua estratégia da maneira mais racional. Um dos melhores usos do Big Data é para tomada de decisão de investimento, pois seus resultados apontam para onde será melhor aplicar ou não determinado investimento. Para exemplificar isto, imagine uma rede de lojas com muitas filiais e, em determinado momento, uma das filiais passa a receber muitos clientes de certa região. Analisando os dados do Big Data para obter o comportamento desses consumidores, será possível identificar a região destes clientes e verificar se existe uma loja física mais próxima deles e, se existir, o motivo destes consumidores não a frequentarem. Esta análise pode resultar na abertura de nova loja ou até na reestruturação completa nas estratégias de uma loja existente. E você micro e pequeno varejista também pode usufruir do Big Data. Ao reproduzir muitas vezes diversas análises cruzando dados múltiplos do Big Data ao longo do tempo, sua empresa irá criar relacionamento duradouro com seu consumidor e conseguirá atingir os seus potenciais clientes de uma maneira mais efetiva. Menor custo e maior lucro para suas ações de marketing para venda. Mas, a verdadeira questão não é que sua empresa está coletando grandes quantidades de dados, mas sim o que ela está fazendo com estes dados. As organizações terão que ser capazes de aproveitar os dados relevantes e usá-los para tomar as melhores decisões. As Tecnologias não só apoiam a coleta e o armazenamento de grandes volumes de dados, elas fornecem a capacidade de compreender e obter valor, o que ajuda as organizações a operar de forma mais eficiente e rentável.
OPERAÇÕES E TECNOLOGIA
Você está preparado para atender o seu cliente por diferentes canais? Por Patrícia Suzuki l Imagem Shutterstock A difusão do acesso a internet com acesso por diferentes plataformas impactou diretamente nos hábitos de consumo das pessoas e suas formas de relacionamento com as marcas, fazendo surgir um novo perfil de consumidores. O termo para se referir a estes consumidores é omni-channel. Omni vem do latim e significa todos, channel do inglês canal, traduzindo para: “todos os canais”. Consumidor omni-channel é aquele consumidor que está conectado e faz interações com as marcas sem distinção do meio que esta utilizando, fazendo uso de todos os meios de compras e interação disponíveis, sejam eles físicos ou digitais.
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ão pessoas que estão a todo o tempo conectadas e acham perfeitamente normal acessar os amigos por diferentes plataformas. Seja através do envio de mensagem no Whatsapp, conferência no Skype, Facebook, e-mail ou pessoalmente, e o canal utilizado não representa distinção alguma, apenas depende do que é mais conveniente para o momento. Por isso, estas mesmas pessoas/consumidores consideram igualmente normal que a interação com as marcas sejam feitas através de diferentes canais como: loja física, site, plataforma versão mobile , televendas ou qualquer outro canal também sem distinção. A questão é, todas as empresas estão preparadas para isso? O cliente pode ter visto um doce que foi compartilhado por um amigo no Facebook, acessa oo site da empresa para verificar as opções, envia uma mensagem
por whatsapp para fazer a encomenda e pede para entregar no seu trabalho. Na cabeça do cliente parece simples, mas para que isso seja possível, a empresa deve ter desenvolvido previamente toda estrutura de atendimento para que em meio a movimentação da loja física, tenha o produto disponível, embalagem adequada para o transporte, sistema logístico para fazer a entrega, veículo e motorista disponíveis e um sistema de cobrança por cartão, pois provavelmente o cliente pagará no débito, pois não costuma andar com dinheiro na carteira. Além de tudo que isso seja feito de forma rápida, pois o cliente sempre tem pressa.
Benefícios de adotar a estratégia OmniChannel Pesquisas mostram que este tipo de consumidor gasta de 15% à 30% a mais do que consu-
midores de um único canal, são mais fidelizados as marcas e mais influenciadores de outros consumidores.
O que é necessário para atendê-los? A empresa precisa desenvolver uma experiência de marca única. É necessária uma integração de diversas áreas dentro da empresa, desde a comunicação, venda à entrega final. Para isso são necessários sistemas que ofereçam atualização de informações em tempo real, atualização dos canais de comunicação, treinamento e sistema logístico, o que demanda investimentos financeiros e humanos.
“
As empresas que querem atingir a este perfil de consumidor precisam se adaptar à mobilidade, não só dispositivos móveis, mas ao usuário que começa a buscar no almoço via mobile, olha o vídeo do produto no desktop do escritório e compra pelo tablete em casa. A experiência é igual ao elo mais fraco, se um desses quebrar o concorrente está a um clique de distância. Ele deve ter o máximo de informações possíveis do produto de maneira rápida e que agreguem confiança, uma imagem de produto ruim pode simplesmente fazer o consumidor desistir da compra. Uma página que demora carregar pode fazer o usuário pular fora e tentar outro link” completa Richard.” ressalta Richard Jesus – User Experience Designer na IBM.
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OPERAÇÕES
E TECNOLOGIA
Dicas de
aplicativos T
oda empresa, mesmo as pequenas, contam com um volume muito grande de informações que precisam estar armazenadas de forma segura e organizada. Aos poucos, com o crescimento da empresa, é possível que algum tipo de informação se perca caso o empresário não tenha se preparado desde o início. Por isso separamos alguns aplicativos em nuvem para ajudar na organização de sua empresa.
Organização
Comunicação
Evernote
Highrise
Neotriad
Indicado para empresas que lidam com dados sigilosos ou informações que são constantemente atualizadas. Além de manter tudo no mesmo ambiente, ele permite a inclusão de notas, áudio, video e documentos. É possível criar hierarquias e compartilhar os documentos entre os membros do time. Além de possuir versão mobile iOs e Android.
Para manter organizada a sua carteira de clientes e fornecedores. O Funcionando como uma agenda profissional, é possível cadastrar até 250 contatos gratuitamente e associar diversas informações para cada um. Se precisar, é possível incluir até o histórico de e-mails trocados entre você e o contato.
Através dele é possível distribuir tarefas e delegar prioridades, também oferece gráficos sobre quanto tempo seu funcionário leva para cumprir cada tarefa.
Custo: A partir de U$ 24 dólares ao mês (plano para 6 usuários).
Custo: U$ 10 mensais por usuário.
Finanças
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Custo: A partir de R$ 22 por mês.
Diminuir Custos
ContaAzul
Qual Operadora?
É um dos melhores para acompanhar as finanças da sua empresa. Através dele você gerencia estoques, fluxo de caixa e gera relatórios financeiros. Você pode incluir vários usuários simultâneos sem se preocupar com a sobreposição de informações.
O aplicativo identifica a operadora do telefone fixo ou celular e agrupa os contatos por operadora. Dessa forma, você pode aproveitar os descontos que sua operadora oferece.
Custo: a partir de R$ 24,90 por mês.
Grátis.
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ANÚNCIO CRUZ ADVOGADOS
FINANÇAS
Como anda a gestão financeira da sua empresa? Veja como mensurar e melhorar os resultados do seu negócio
Dificuldades com a administração do capital de giro, controle de operações de contas a pagar e receber, determinação de recursos financeiros, controle de custos fixos e variáveis, entre tantas outras, são enfrentadas diariamente por diversas empresas. Essa realidade é mais dura para as empresas de pequeno e médio porte, que ainda estão tentando se destacar no mercado e buscam ampliar os negócios.
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or serem relativamente novos no mercado, é comum ver os gestores financeiros e os proprietários dos negócios passando por dificuldades nos momentos de tomada de decisão devido à falta de informação concreta. As escolhas dos gestores podem ser responsáveis pelo sucesso ou pelo fracasso do negócio, por isso tomar decisões que influenciarão no capital da empresa é algo que deve ser encarado com seriedade. Saber apenas se o negócio vai bem ou mal não é suficiente para planejar os passos futuros.
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Tratando da saúde financeira Uma empresa funciona como o organismo de uma pessoa, por isso é essencial cuidar da saúde dela. Você sabe dizer como anda o processo financeiro do seu negócio? Possui um diagnóstico da empresa? Se não sabe responder a estas duas perguntas está na hora de procurar ajuda. O diagnóstico irá apresentar uma mensuração de resultados, com base no histórico da empresa e em projeções para o futuro. Ele é realizado através da análise de informações contábeis, do planejamento estratégico, registros diversos, entre outras ferramentas. Através desse diagnóstico você
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poderá definir o valor de mercado da sua empresa, criar um simulador de resultados, definir investimentos a serem realizados, entre diversas outras possibilidades. O diagnóstico será a bússola para todos os seus passos dentro da empresa e do mercado em que atua. Muitas vezes, o empresário conta apenas com a visão interna da empresa, tendo em mente seus gastos e ganhos, mas deixando de lado uma análise aprofundada sobre o
ramo com o qual trabalha. Nestas horas, vale a pena contar com uma consultoria para saber como está a demanda e a concorrência do seu produto ou serviço.
Como anda o controle dos lucros e despesas? Os controles financeiros de sua empresa são realizados de forma padronizada e objetiva? Eles contemplam todas as informações necessárias para a sua tomada de decisão? Você usa softwares personalizados como auxílio na contabilidade da sua empresa? Controles bem feitos e organizados agilizam os processos e tornam as decisões mais assertivas. Você pode planejar e acompanhar as rotinas do departamento financeiro de forma eficaz, analisar as consequências de suas decisões e prever possíveis problemas futuros se tiver todas as informações em mãos. Se a sua empresa gasta mais do que o previsto, se você não sabe aonde investir ou se não identifica os gastos, você preci-
sa aprender mais sobre controle de finanças e até mesmo sobre o próprio negócio.
Trabalhando com indicadores Quais indicadores financeiros são utilizados na gestão da sua empresa? Se você ainda não trabalha com indicadores, está ultrapassado. A função deles é apontar como vai a sua empresa ou o seu setor em relação a uma determinada situação. Os indicadores são importantes par a dar suporte ao gestor na tomada de decisão. Na área financeira, podemos destacar alguns indicadores básicos para as empresas, como:
- Rentabilidade: Sua empresa é rentável? Esse indicador aponta o retorno das operações em relação ao patrimônio da empresa. - Liquidez: Sua empresa é capaz de liquidar as próprias dívidas? O indicador de liquidez aponta se sua empresa possui condições para quitar suas dívidas atuais e de investimentos futuros com seu próprio capital. - Atividade: mostra como se dá a atividade operacional da empresa.
A lista dos indicadores vai além dos itens citados. Portanto, é fácil perceber como são muitas as formas de saber como anda o desempenho interno e externo do seu negócio. Esteja atento a eles para conhecer e aperfeiçoar seus processos.
Optar pela consultoria não significa que você não é apto para cuidar da sua empresa, muito pelo contrário! Utilizar essa ferramenta demonstra comprometimento, vontade de aprender mais sobre o mercado, busca pela especialização e ganho de experiência.
Passando por crises Sua empresa está passando por uma situação econômica difícil e você não sabe o que fazer, sabe apenas que precisa de ajuda com urgência! O primeiro passo é realizar o diagnóstico do negócio e descobrir o que está trazendo prejuízos: investimentos errados, aumento dos custos fixos e variáveis, despesas não planejadas, juros, dentre outros. Você precisa identificar o problema, através da realização do diagnóstico de sua empresa para depois direcioná-la para o caminho correto, a fim de recuperar o prejuízo. Se você está com problemas ou dúvidas em alguns dos itens citados acima, sua empresa precisa de ajuda para melhorar os processos e obter análises do mercado e soluções que você ainda desconhece. Ser gestor de uma empresa de pequeno ou médio porte em expansão não é nada fácil, por isso as informações precisam estar claras para a tomada de decisão. Uma dica é a contratação de uma consultoria financeira. A consultoria vai ajudar você a controlar as rédeas do seu negócio, conhecendo-o melhor, facilitando seus processos e direcionando o seu trabalho e da equipe.
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FINANÇAS
Como ter sucesso em seu processo de captação de recursos nas instituições financeiras
Muitos já devem ter ouvido a expressão: “Banco bom é aquele que o gerente me atende”, pois é, e a mesma tem um fundo de verdade. Mas o que faz o gerente “atender” sua empresa é fruto de um processo imprescindível para o sucesso deste atendimento: a construção de um Relacionamento Bancário. Por Camila Mendes I Imagem Shutterstock
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ntigamente era muito comum a existência da figura do médico de família. Era aquele profissional em quem você confiava e, a quem sempre recorria ao primeiro sintoma de que algo não ia bem com sua saúde. Ele acumulou anos de interação com você, conhecia seu histórico, resultados e evoluções de exames e, normalmente, acertava nas recomendações e prescrições. O Relacionamento Bancário em muito se assemelha com o trabalho do médico de família, é preciso ser construído com base na confiança, na ética e, na transparência.
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Afinal, toda empresa tem como objetivo se desenvolver, colocar sonhos e novas idéias em prática e, dificilmente conseguirá fazê-lo sem contar com recursos financeiros para suportar as diferentes fases da existência de um negócio. As instituições financeiras, em especial os bancos, são imprescindíveis ao bom funcionamento das empresas. Sem eles, como as empresas poderiam emitir boletos de suas faturas? Receber e realizar transferências eletrônicas? Conseguir disponibilizar diferentes meios de pagamentos para seus clientes? dentre várias outras facilidades que os dias atuais exigem das empresas que querem participar do mercado.
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Além disso, raras são as empresas que para crescer não necessitam realizar investimentos. Recursos estes que nem sempre o empreendedor tem disponível. A saída é buscar dentre as opções do mercado. A busca de investimentos pelas pequenas e médias empresas é notória, assim como a vontade de liberar recursos pelas instituições financeiras - afinal, este é o negócio delas.
Fique de olho! Atualmente as instituições procuram especializar-se em determinado ramo oferecendo programas de crédito específicos com taxas de juros diferenciadas como, por exemplo, o segmento de franquias. Nestes programas é realizada parceria entre o banco e a franqueadora para que sejam disponibilizadas condições especiais, facilitadas e diferenciadas às unidades franqueadas da rede. Ao iniciar um processo de concessão de crédito a instituição busca entender o funcionamento do negócio como um todo – sua origem, seus sócios, metas, objetivos, operações e finanças -, como será a aplicação dos recursos solicitados e o retorno esperado com o mesmo e, é neste momento que se iniciam as dificuldades de concessão.
Além destes documentos básicos as instituições analisam as restrições da empresa, dos sócios, das empresas que compõe o grupo econômico e o tempo de constituição da empresa. O tempo de constituição da empresa é um fator de suma importância na analise de concessão de crédito, o índice de fechamento de empresas no país é muito alto, inviabilizando concessões de crédito via instituições financeiras para empresa recém constituída. É muito importante que as empresas tenham as informações solicitadas, demonstrando o conhecimento do empreendedor
É comum que algumas das pequenas e médias empresas não tenham ou não queiram disponibilizar as informações básicas para análise de crédito, muita das vezes por não terem as informações ou por não entenderem qual a finalidade do documento solicitado, abaixo segue alguns documentos comuns para concessão: Última alteração contratual: a ultima alteração contratual serve para a instituição entender quem são os responsáveis pela empresa, participação de cada sócio e realizar possível análise de avalistas de possíveis operações que não exijam garantia. Lembrando também que geralmente as instituições financeiras trabalham com conceito de grupo econômico, que basicamente o limite das empresas é composto conforme as pessoas, físicas ou jurídicas, que compõe o grupo econômico, ou seja, composto pela empresa, proprietário da empresas e outras empresas e sócios que tenham alguma ligação contratual com a empresa que terá a concessão do crédito.
pelo seu negocio. Todas as informações enviadas às instituições financeiras são restritas as instituições e, são mantidas em sigilo bancária, sendo assim os empresários podem fornecer a informação sem receio de que a informação “saia” da instituição, viabilizando a análise e concessão do crédito. Além das instituições financeiras há outras formas de conseguir recursos financeiros para as micro e pequenas empresas: Investidores Anjos – pouco utilizados no país devido a legislação brasileira não favorecer os investidores, Private Equity, dentre outras. Sobre estas e outras formas, falaremos em nosso próximo artigo e concessão do crédito.
IRPF – Imposto de Renda Pessoa Física: A analise do imposto de renda pessoa física ocorre para visualizar a vida financeira dos sócios, bem como, a capacidade de pagamento em uma operação onde o sócio venha a ser avalista. IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica, Faturamento e DRE (Demonstração dos Resultados do Exercício): no IRPJ analisa-se a movimentação da empresa como um todo e sua legalidade junto à receita federal. A relação de faturamento é composta pelos últimos meses de faturamento da empresa e, a DRE (Demonstração dos Resultados do Exercício) basicamente mostra os ganhos, formas de recebimentos, pagamentos e custos da empresa visualizando a receita liquida do exercício. Normalmente não é exigida uma DRE para liberação de crédito, mas questiona-se o quanto à empresa compra, gasta, tem de comprometimento, e o resultado que a empresa apresenta no período, estas informações permitem que a instituição análise se as parcelas do crédito solicitado serão absorvidas pelo fluxo de caixa da empresa.
Antecipação de recebíveis. As vendas a prazo da sua empresa também podem ser tornar dinheiro no caixa da sua empresa por meio da antecipação de recebíveis (cheques pré-datados, duplicadas e cartões de crédito) a empresa recebe o dinheiro adiantado no banco. Inclusive as vendas que ainda não foram feitas podem ser recebidas adiantadas, neste caso o crédito é calculado com base no histórico das vendas com cartões de crédito nos últimos 12 meses e feito o adiantamento com base na projeção de vendas com cartões de crédito.
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LEGAL E TRIBUTOS
As micros e pequenas empresas na atualidade brasileira e os benefícios legais Apesar da crescente importância econômica e social das micros e pequenas empresas brasileiras, ainda é alto o índice de mortalidade das mesmas, sendo que um dos principais fatores citados para essa ocorrência diz respeito à falta de um planejamento formal, melhor orientação quanto a legislação a ser aplicada e ainda, implicação ao regime tributário simplificado. Por Valéria Cruz I Imagem Shutterstock
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ontudo, as pequenas e microempresas têm grande importância sócio-econômica no Brasil no que diz respeito à distribuição de empregos e renda. Talvez, o que muitos não saibam é que nossa Constituição Federal vigente foi à primeira constituição a dispor em texto o tratamento diferenciado e favorecido à Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP). Através do artigo 170, a Constituição Federal vigente, fundada no princípio da ordem econômica, impõe o tratamento diferenciado e favorecido para a ME e EPP. Sendo assim, fora editada a Lei Complementar n. 123/06, e as alterações, a fim de atender tal comando constitucional, a qual trouxe benefícios à microempresa e empresa de pequeno porte. Isto para garantir ao homem um trabalho humano digno e valorizado.
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No entanto, não basta apenas à empresa ser classificada como “Microempresa e Empresa de pequeno porte”, para ter a diferenciação, as mesmas devem ter a sede de administração no País e a constituição da empresa ter sido regida pelas leis brasileiras, para usufruírem dos privilégios concedidos pela Constituição Federal. No entanto, segundo à legislação vigente sobre o assunto para a tão sonhada simplificação das obrigações pertencentes às Micros e Pequenas empresas, ainda precisa de uma melhor preparação para assim, alcançarmos a solidez empresarial, tão almejada pelos novos empreendedores. Nesse espirito, o SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio as Micros e Pequenas Empresas, entidade privada sem
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fins lucrativos, tem a missão de promover o auxilio e a competitividade das micro e pequenas empresas e ainda, desenvolvimento e fomento ao empreendedorismo, dentre outras ações. Para o devido enquadramento utiliza-se o critério da receita bruta anual não podendo ultrapassar o valor de R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) para a micro empresa e, R$ 3.600.000,00 (três milhões de reais) para a empresa de pequeno porte. Com os benefícios citados, e a introdução no mundo juridico da Lei Complementar 147/2014, citamos de antemão que o direito maior foi aquele que estabeleceu que o critério para o enquadramento no referido regime diferenciado não será mais o tipo de atividade e sim o porte e faturamento da micro ou empresa de pequeno porte.
A legislação das micros e pequenas empresas traz vários benefícios que merecem destaque, como: 2 - Os impostos federais são substituídos por um único recolhimento mensal sobre o faturamento, observadas as diversas faixas de alíquotas prevista nos Anexos da legislação especifica; os impostos estaduais e municipais também poderão ser substituídos por um único recolhimento;
1 - Redução de burocracia para abertura e fechamento dos empreendimentos;
3 - Novos setores de serviço foram incorporados ao regime, trazidos pela Lei Complementar nº 147/2014;
4 - Incentivos por meio de compras governamentais; refinanciamento de dívida; e simplificação das obrigações trabalhistas, dentre outras vantagens.
“Ainda é alto o índice
de mortalidade das micro e pequenas empresas, sendo que um dos principais fatores citados para essa ocorrência diz respeito à falta de um planejamento formal
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LEGAL E TRIBUTOS
Assim, outras atividades que não eram contempladas por este regime diferenciado de recolhimento, passaram a enquadrar-se no Simples Nacional, tais como atividades de natureza intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, beneficiando com isso, profissionais como; médico, advogado, consultor, dentista, representante comercial e outras atividades do setor de serviços. A Lei Complementar nº 147, que passa a valer a partir de janeiro de 2015, possibilitou também que a abertura e o fechamento da microempresa e empresa de pequeno porte seja feito de forma mais eficiente e rápido. Foi criado ainda um cadastro único por CNPJ, dispensando os demais cadastros estaduais e municipais. Além disso, levando em consideração a gama de benefícios trazidos, podemos destacar o de incentivo as compras juntos aos órgãos governamentais, visto que, a Lei Complementar 123/06 trouxe regramento diferenciado para a microempresa e empresa de pequeno porte e, nas licitações, elas não precisam necessariamente optar pelo Simples Nacional. O argumento acima, aliado à inexistência de lei que obrigue à micro e pequena empresa a optar pelo Simples Nacional, nos leva a sustentar a tese de que a obtenção de benefícios nas licitações não está vinculada a inscrição no Simples e sim à declaração do empresário perante à Junta Comercial Estadual sobre o enquadramento em ME/EPP, constando que cumpre todos os requisitos da legislação para apresentar a condição jurídica de enquadramento. Esta declaração será arquivada e, sempre que requerida, a Junta Comercial expedirá certidão atestando aquela condição, que será apresentada nas respectivas licitações. Sendo assim, para fins de obtenção de benefícios nas licitações, deverá ser exigido dos licitantes uma declaração, sob as penas da lei, de que cumprem os requisitos legais para a qualificação como micros e pequenas empresas, estando aptos a usufruir o tratamento favorecido estabelecido na Lei Complementar nº 123/06.
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Sendo assim, para fins de obtenção de benefícios nas licitações, deverá ser exigido dos licitantes uma declaração, sob as penas da lei, de que cumprem os requisitos legais para a qualificação como micros e pequenas empresas, estando aptos a usufruir o tratamento favorecido estabelecido na Lei Complementar nº 123/06. Iniciados os trabalhos relacionados ao processamento da fase externa da concorrência, é aconselhável que o órgão julgador da entidade licitadora proceda, desde logo, à verificação da condição jurídica de micros e pequenas empresas dos licitantes, bem como da inexistência de impedimentos ao desenvolvimento dos benefícios previstos na Lei Complementar nº 123/2006, uma vez que o favorecimento previsto na lei terá reflexos tanto na habilitação como no julgamento das propostas dos benefícios. Ao realizar a verificação anteriormente referida, caberá ao órgão julgador manifestar-se positiva ou negativamente, reconhecendo ou não o status jurídico de micro e pequena empresa do licitante. Este ato, que apresenta natureza decisória, poderá ser concretizado com a utilização da via recursal. Portanto, concede-se preferência nas aquisições de bens e serviços pelo Poder Público as microempresas e empresas de pequeno porte pelo fato de constituir tratamento diferenciado e favorecido a elas.
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Em outra direção, a introdução da obrigatoriedade do programa e-Social prevista pelo governo federal para inicio de 2015, ainda não atingirá de imediato as micros e pequenas empresas, visto que o Comitê Gestor do e-Social informou que o prazo de implantação será feito por grupos e, primeiramente, testado em empresas de grandes e médio porte, ou seja, com faturamento anual superior à R$ 3.600.000,00 (três milhões de reais) para após, seguir atingindo os demais grupos, inclusive, os profissionais liberais. Conforme previsto no site www.receita. fazenda.gov.br, o eSocial abrangerá todos aqueles que contratam trabalhadores, sejam empresas de diversos portes, produtores rurais, profissionais liberais, empregadores domésticos, que utilizarão o sistema para registrar os eventos relativos às relações de trabalho. De forma simplificada, dados referentes à admissão, licenças, aviso prévio, desligamentos, remunerações e pagamentos, informações que já são obrigatoriamente prestadas por meio de diversos sistemas, passarão a ser encaminhadas por um canal único: o eSocial. O sistema vai simplificar e racionalizar o cumprimento das obrigações previstas na legislação trabalhista, previdenciária e tributária, eliminando declarações e formulários exigidos pela Previdência Social, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, pela Caixa Econômica Federal e pela Receita Federal, tais como GFIP, RAIS, Caged, entre outros.
VALERIA CRUZ, especialista em Direito Empresarial pela PUC-SP e Docente das Faculdades FKB Curso de Graduação em Direito. Advogada sócia da Cruz Advogados Advocacia Empresarial.
LEGAL E
TRIBUTOS
A importância da garantia da Propriedade Intelectual nos negócios
um investimento que vale a pena
Imagine um mundo no qual não existissem grandes ícones do consumo como Nike, Mcdonalds, Nestlé, Natura ou mesmo os gigantes do mundo digital como Facebook, Google, Microsoft, Apple entre outros. Imaginou? É difícil conceber a inexistência desses nomes que orientam a vida moderna e o padrão de consumo de produtos alimentícios, de lazer e esportes, tecnologia entre outros.
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ogicamente, os produtos e serviços similares prestados por essas empresas podem ser prestados por outras, mas o que os diferenciam dos demais é a sua identidade e apelo de consumo no mercado. Afinal, quem consome um Alpino da Nestlé, ou adquire um IPhone da Apple, está adquirindo mais que um simples chocolate ou gadget, mas sim um ícone que traduz toda a inovação, qualidade, segurança, reputação e outros atributos que identificam a experiência e expectativas do consumidor. Não é por menos que essas empresas são titulares de algumas das mais valiosas marcas do mundo, cujo valor de mercado ultrapassa, em muito, o valor de todos os seus ativos físicos somados, tais como plantas industriais, equipamentos e maquinários. Para que se tenha uma ideia, a marca “Apple” é atualmente a mais valiosa do mundo, estimada em mais de US$ 118 bilhões. Contudo, não pensem que tais marcas já começaram grandes e famosas, ou alguém desconhece a história da lendária garagem de Steve Jobs e Steve Wozniak em Los Altos Califórnia? E mais, alguma dessas empresas inves-
tiria em inovação caso não pudesse assegurar o retorno desse investimento, mediante a garantia legal da possibilidade de patenteamento da tecnologia desenvolvida e exclusividade de exploração? Por meio dessas indagações, temos o objetivo de desmistificar a falsa crença que a proteção à Propriedade Intelectual é somente destinada às empresas grandes ou multinacionais. O que é comum a todas é a existência de uma política efetiva, desde a concepção do primeiro produto ou serviço lançado no mercado, em criar e proteger uma marca forte que identificasse e traduzisse todos os conceitos ligados ao negócio. Afinal o que seria do Facebook caso todas as redes sociais utilizassem nomes idênticos ou muito parecidos ou o Windows pudesse ser livremente copiado? No Brasil, a proteção das marcas e patentes e proteção contra atos de concorrência desleal é garantida por Lei e obtida por registros nos órgãos competentes, especialmente o Instituto Nacional a Propriedade Industrial – INPI. Assim, aquele que deseja se destacar frente aos seus concorrentes e criar valor ao seu negócio deve, já desde a concepção do business plan, buscar e compreender os mecanismos e formas de proteção à Propriedade
Intelectual de deles tirar o devido proveito. A efetiva proteção da Propriedade Intelectual é um dos requisitos mais observados pelos investidores de capital de risco nas start-ups e que, infelizmente, é muitas vezes deixado em segundo plano pelos empreendedores. Tal circunstância pode ser fatal para modelos de negócio baseados na Internet, nos quais a tecnologia, criatividade e inovação fazem parte da regra do jogo. Comparado às vantagens que o empreendedor terá com a garantia da exclusividade e reconhecimento dos seus produtos e serviços no mercado, o investimento na proteção à Propriedade Intelectual é altamente vantajoso e, no fim do dia, pode ser determinante para a existência de mais um case de sucesso no mundo dos negócios.
Pedro Szajnferber De Franco Carneiro Sócio da área de Propriedade Intelectual de Trigueiro Fontes Advogados - 27/11/2014
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Dica Prática! Como funciona o e-marcas:
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Para registrar a sua marca ou patente você pode buscar uma consultoria especializada em marcas e patentes para cuidar de todo o processo ou fazer o pedido por conta própria. Existem 2 formas de se encaminhar o pedido de registro de marca ao INPI. Pela internet através do sistema e-marcas ou por formulário em papel entregue presencialmente na sede do INPI no Rio de Janeiro, ou na unidade do Instituto em outros estados.
Acesse o sistema e-Marcas no Portal do INPI e faça sua busca para verificar se alguém já fez o pedido de registro da mesma marca na mesma classe de produto ou serviço. Se já constar um pedido você pode entrar com um pedido de oposição ou processo administrativo de nulidade para contestar e impedir o registro por outra empresa;
Se não houver registro da marca desejada você pode deve se cadastrar no Portal do INPI, criando login e senha e gerar uma Guia de Recolhimento da União (GRU) (R$ 355,00 para pessoa jurídica ou R$ 142,00 para pessoas físicas, microempresas, entidades sem fins lucrativos, dentre outros especificados no rodapé da tabela de retribuições, para marcas nominativas, figurativas, mistas e tridimensionais);
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Após o pagamento da taxa inicial, acesse o e-Marcas para o preenchimento e o envio do formulário eletrônic;
Acompanhe a publicação do seu pedido e demais andamentos por meio da Revista da Propriedade Industrial (RPI);
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Caso haja alguma exigência formal, a mesma será publicada na RPI. O usuário terá até 5 (cinco) dias para cumpri-la, contados a partir do primeiro dia útilsubseqüente à data da referida publicação, sob pena do pedido de registro vir a ser considerado inexistente. Também é possível acompanhar o andamento do pedido por meio do sistema Push-INPI. Ele permite que o usuário faça um cadastro para receber, via e-mail, as principais informações do seu processo;
Aguarde a publicação do seu pedido e de eventuais oposições.
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Todos os procedimentos têm um custo e formulários próprios a serem preenchidos. Caso sua marca seja deferida, você deverá pagar as taxas relativas à expedição do certificado de registro e à proteção ao primeiro decênio. Para maiores informações acesse o Portal do INPI e confira o manual do usuário Sistema e-marcas.
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Prática Empreendedora - Jan/Fev 2015
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