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Informativo da Secretaria de Estado de Cultura
novembro 2013 N. 023 - Ano II - Belém/Pará
MUIRAQUITÃS DO ESTADO EM EXPOSIÇÃO E CATÁLOGO. Págs. 02 a 05.
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PUBLICAÇÃO REVELA COLEÇÃO DE MUIRAQUITÃS DO ESTADO
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ara comemorar o Dia Nacional da Cultura, no dia 5 de novembro, será lançado em Belém o catálogo “Coleção de Muiraquitãs do Governo do Pará – Considerações Genéticas, Científicas e Culturais”. O trabalho foi editado pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult-PA) e revela ao público a coleção completa desses objetos arqueológicos hoje reunidos pelo governo paraense. Na ocasião, a Secult também abre exposição permanente com parte desse acervo (ver pág. 4.). A obra de 120 páginas tem pesquisa e texto do estudioso Taylor Collyer, apresentação do secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves Fernandes, fotos de João Ramid e Elza Lima e traz informações sobre as 101 peças que compõem a coleção do Estado. Em seu texto de apresentação, o secretário de Cultura descreve a importância dessas peças para a cultura paraense e mundial. “Este catálogo que agora vem à estampa contribui, por um lado, com muitas informações culturais e científicas sobre os muiraquitãs, colaborando para a controvérsia e as dúvidas que sempre suscitaram e, por outro, ao identificar cada uma das peças com as suas dimensões e as características próprias e únicas de cada uma delas, assegura uma maior proteção a esse acervo dos paraenses”, ressalta. A apresentação também faz referência ao interesse comercial por essas peças que, por
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lei, não podem ser vendidas. “A mística em torno desses objetos, cujo verdadeiro significado permanece um enigma que dificilmente será desvendado, valoriza o seu valor mercadológico, sendo disputadíssimos no câmbio negro – considerando-se que, de acordo com a legislação vigente, não podem ser negociados por serem encontrados no subsolo do país e, assim, estão obrigatoriamente acautelados pelo patrimônio nacional –, tanto por colecionadores particulares, quanto por instituições museológicas de grande prestígio, no Brasil e no exterior, mesmo em se tratando de um comércio sabidamente clandestino”, conclui. Serviço Lançamento do catálogo “Coleção de Muiraquitãs do Governo do Pará – Considerações Genéticas, Científicas e Culturais” Dia 5 de novembro de 2013, às 19h. Museu de Arte Sacra – Galeria Fidanza Praça Frei Caetano Brandão, s/n – Cidade Velha
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EXPOSIÇÃO VAI APROXIMAR O PÚBLICO DAS ANTIGAS PEÇAS
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arte da coleção hoje formada por 101 muiraquitãs vai compor a exposição “Coleção de Muiraquitãs do Governo do Pará”, que também será aberta no dia 5 de novembro. O público vai poder contemplar, ainda, uma coleção de 25 líticos de cerca de 11.500 anos, formada por utensílios, além de um ídolo raro em pedra. Os amuletos conhecidos como muiraquitãs são peças plenas de simbolismo. Confeccionadas normalmente em materiais duráveis, a elas eram atribuídas qualidades místicas, o que levava seus portadores a acreditarem nos seus poderes de proteção e de fertilidade. Segundo o geólogo Taylor Collyer, “elas têm importante papel cultural e arqueológico, pois representam a presença de antigos povos que, muito mais do que simples caçadores e coletores, foram exímios ceramistas”. Mas a história do surgimento dos muiraquitãs também sobrevive envolta em lendas e crendices,
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associadas à lendária tribo das mulheres guerreiras, as Amazonas, que presenteavam seus eleitos com o objeto retirado do fundo do lago conhecido como Espelho da Lua. Ainda na década de 1970, o trabalho de Taylor Collyer voltouse para a mineralogia e arqueologia em sítios arqueológicos encontrados no Pará, como no município de Alter do Chão, Oriximiná, Alenquer e Óbidos. Entre os objetos encontrados em maior quantidade pelo pesquisador estão os muiraquitãs. As peças que compõem hoje a coleção foram resgatadas pelo Governo do Estado, por intermédio da Secult-PA, com o devido conhecimento do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), numa tentativa de conter o contrabando que vai, pouco a pouco, fazendo desaparecer um testemunho tão importante do delicado e original artesanato ancestral. “A exposição exibe cerca de 70% dessa coleção”, explica a diretora do Sistema Integrado de Museus (SIM), Carmem Cal. Serviço Exposição “Coleção de Muiraquitãs do Governo do Pará” Dia 5 de novembro de 2013, às 19h. Museu de Arte Sacra – Galeria Fidanza Praça Frei Caetano Brandão, s/n – Cidade Velha Visitação de terça a sexta-feira, de 10h às 18h. Sábados, domingos e feriados, de 10h às 14h. Entrada franca.
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SALÃO DO LIVRO, EM SUA SEXTA EDIÇÃO, MOVIMENTA SANTARÉM
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XVII Feira Pan-Amazônica do Livro está com ampla programação este mês nos municípios. Uma delas é o 6 o Salão Regional do Livro da Região do Baixo Amazonas, em Santarém, de 1o a 10 de novembro. Outra agenda é a Pan no Município com o objetivo de aproximar o aluno da leitura e dos autores, desta vez em Altamira, no dia 27 deste mês. Assim como na XVII Feira Pan-Amazônica do Livro, em maio deste ano, a sexta edição do Salão do Livro terá como homenageados o Estado do Pará e o escritor Ruy Barata. A coordenadora do evento, Andressa Malcher, explica que o Salão Regional é uma versão local da Feira Pan-Amazônica e conta com uma programação acadêmica e literária semelhante ao evento realizado na capital paraense, com Contação
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de História, Papo-Cabeça, Encontro Literário, entre outras. Este ano, o evento vai contar com a presença dos escritores nacionais Ignácio de Loyola Brandão, Stella Maris Rezende e Guilherme Fiúza. Entre os escritores locais estão Maciste Costa, Amaury Dantas, Daniel Leite, entre outros. “Teremos escritores da região do baixo Amazonas e a apresentação do Grupo Teatral Companhia do Tijolo, de São Paulo”, completa a coordenadora. Já a Pan do Município terá, como convidado especial, o escritor e jornalista Walcyr Monteiro. A coordenadora da Feira do Livro ressalta que a dinâmica desse projeto consiste nos alunos estudarem as obras dos autores convidados para, posteriormente, produzir trabalhos sobre o tema, na forma de peças de teatro, música, recitais, etc. Serviço 6o Salão Regional do Livro da Região do Baixo Amazonas De 1o a 10 de novembro de 2013 – De segunda a sexta, de 9h às 22h. Sábados e domingos, de 15h às 23h. Município de Santarém – Parque da Cidade Av. Bartolomeu Gusmão, s/n. Pan no Município de Altamira – Dia 27 de novembro de 2013
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ORQUESTRA SINFÔNICA EM NOITE DA MÚSICA PARAENSE
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ob a regência do maestro Miguel Campos Neto, a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) apresenta, no dia 28 de novembro, às 20h, o concerto “Noite da Música Paraense”. A apresentação, no próprio TP, faz parte do projeto que busca recuperar e divulgar a música produzida no Estado, uma das diretrizes da orquestra mantida pelo Governo do Pará, por meio da Secult-PA, com o apoio da Academia Paraense de Música. No concerto, a OSTP fará a estreia contemporânea, em Belém, de duas obras de compositores paraenses, o Concerto para Piano e Orquestra em Lá Maior, de Meneleu Campos (1872-1927), e a Sinfonia em Mi Menor, de Paulino Chaves (18831948). O concerto de Campos terá, como solista, a jovem pianista paulista Juliana d´Agostini, em sua estreia em palco paraense. Para que a sinfonia de Paulino Chaves voltasse a ganhar vida, foi imprescindível o trabalho de pesquisa, revisão e editoração encabeçado por Lúcia Maria Chaves Tourinho, sobrinha neta do compositor. No caso do concerto para piano de Meneleu Campos, a recuperação foi feita com base em microfilme encomendado
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à Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, onde se encontra o manuscrito da obra, a partir do qual se realizou a editoração e a revisão. A pianista Juliana D’Agostini iniciou seus estudos de piano aos cinco anos. Fez especializações na França, na Académies Internationales d’Été du Grand Nancy e Strasbourg National Conservatoire, e nos Estados Unidos, sob a regência de Wha Kyung Byun, em Boston; de Caio Pagano, no Arizona, e de Max Barros, em Nova York. Além de ter conquistado diversos prêmios, solou com importantes orquestras como Orchestra Femminile Italiana, Curitiba Sinfônica, Orquestra Sinfônica da Bahia, Filarmônica Vera Cruz, Orquestra Sinfônica Heliópolis, entre outras. Serviço OSTP – Noite da Música Paraense Dia 28 de outubro, às 20h. Theatro da Paz – Av. da Paz, s/n – Campina Entrada franca, com distribuição de ingressos na bilheteria do teatro, a partir das 9h do dia do evento.
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ESPAÇOS SECULT NO CIRCUITO DO 32o SALÃO ARTE PARÁ 2013
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spaços como o Museu do Estado do Pará, Museu de Arte Sacra e Casa das Onze Janelas, que integram o Sistema de Museus da Secult-PA, fazem parte do circuito de exposições da 32a edição do Salão Arte Pará. Sob a supervisão e coordenação do curador Paulo Herkenhoff, a edição 2013 do evento celebra um momento de consolidação na relação entre o público e a arte. O salão é realizado anualmente pela Fundação Romulo Maiorana e tem apoio do Governo do Pará, por meio das secretarias de Estado de Cultura, de Obras, de Transporte e de Educação. A diretora do SIM, Carmen Cal, ressalta que a parceria com o evento ajuda a agregar público para os museus e as
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visitas de estudantes às exposições têm a função de fomentar a formação de novos apreciadores das artes em geral. “Essa é uma ferramenta de complementação da educação formal e de geração de público. É exatamente na infância que se vai criando o hábito de visitar museus e entender o que é arte em suas diversas manifestações”, afirma. O Arte Pará teve início em 1980 e é uma das principais mostras de arte contemporânea na Amazônia. Este ano o salão completa 32 anos de atividade. Serviço 32o Salão Arte Pará 2013 Museu do Estado do Pará (Galerias Pastana e Parreiras e Sala das Artes) – Museu de Arte Sacra (Galeria Fidanza) – Espaço Cultural Casa das Onze Janelas (Sala Gratuliano Bibas) Até 10 de dezembro de 2013 De terça a sexta-feira, de 10h às 18h, e aos sábados, domingos e feriados, de 10h às 14h.
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FORTE DO PRESÉPIO REALIZA OFICINA GRATUITA DE PINTURA
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técnica conhecida como “pastel seco”, em referência ao material usado para pintura ou desenho em forma de bastões ou lápis, será pela primeira vez abordada durante oficina que acontece este mês no Museu do Forte do Presépio. Direcionada ao público em geral, a oficina “Pintura com Pastel Seco” será ministrada pelos arte-educadores Georgina Lobato, Saint-Clair Dias e Carolina Pinheiro. A oficina tem como objetivo despertar e capacitar o público para o manuseio do “pastel seco” e das diversas possibilidades de exploração desse material na produção artística, tendo como aporte de reflexão o acervo do próprio Museu do Forte a partir da iconografia marajoara e tapajônica. “Vamos utilizar projetores, por meio dos quais os alunos terão
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imagens do próprio acervo do Museu e escolherão aquela a ser desenhada com a técnica em questão”, explica Carolina Pinheiro, uma das ministrantes da oficina. O “pastel seco” foi referido pela primeira vez pelo pintor Leonardo Da Vinci como um material elegante para “pintar a seco”, podendo ser utilizado em quase todas as superfícies de papel. Ao todo, serão ofertadas 15 vagas. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas por telefone ou no próprio local. Serviço Oficina “Pintura com Pastel Seco” Dias 26 e 29 de novembro de 2013, de 10h às 12h. Museu do Forte do Presépio Praça Frei Caetano Brandão, s/n – Cidade Velha Maiores informações pelo fone (91) 4009-8826/8828.
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O AMOR E AS PERDAS PELO VIÉS INTIMISTA DE TERRENCE MALICK “Amor Pleno”, do diretor americano Terrence Malick, entra em cartaz no Cine Estação das Docas no dia 13 de novembro (quarta-feira), em sessões noturnas às 18h e às 20h30. Na trama, um homem (Ben Affleck) viaja a Paris e inicia uma profunda relação amorosa com uma europeia (Olga Kurylenko). Ele volta para os Estados Unidos e se casa com a mulher, para ajudá-la a ter a permissão de estadia americana. Mas após o casamento, a relação dos dois se degrada. Neste momento, ele encontra uma antiga namorada (Rachel McAdams), com quem inicia um novo romance. No elenco, ainda, a presença do ator espanhol Javier Barden. Quando a produção começou e o filme ainda não tinha um título, Christian Bale tinha sido cogitado para o papel que mais tarde seria de Ben Affleck. O diretor Terrence Malick e a equipe adotaram uma abordagem experimental, com os atores trabalhando sem um roteiro previamente definido e apenas com luz natural. O diretor de fotografia Emmanuel Lubezki, ao final do filme, descreveu o último trabalho de Malick como “abstrato”, distante das convenções e ao mesmo tempo mais dramático do que as obras
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anteriores do diretor. Os amantes de cinema reconhecem a obra de Malick em títulos fortes como “Terra de Ninguém”, com Martin Sheen e Sissy Spacek; “Cinzas no Paraíso” (Oscar de melhor fotografia e prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes), em que o diretor experimenta técnicas não convencionais de edição e narração; “Além da Linha Vermelha” (Urso de Ouro no Festival de Berlim); “O Novo Mundo”, uma interpretação romântica da história de John Smith e Pocahontas; e “A Árvore da Vida” (Palma de Ouro em Cannes), obra-prima sobre o amor, a misericórdia e a beleza. Primeiro filme do diretor inteiramente situado nos dias atuais, “Amor Pleno” é um mergulho em imagens que meditam sobre o amor incondicional, sobre o que se passa na cabeça de quem amamos e a dúvida eterna que instiga a certeza de que realmente somos amados. “Amor Pleno” ganhou o prêmio Signis Award e foi indicado ao Leão de Ouro no Festival de Veneza. Serviço Amor Pleno (To the Wonder), de Terrence Malick. Com Ben Affleck, Rachel McAdams e Javier Barden. 113 min. Cor. 14 anos.
Ingressos: R$ 8,00 (com meiaentrada para estudantes). Realização: OS Pará 2000, Secretaria de Estado de Cultura – Secult e Governo do Estado.
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13 (quarta), às 18h e às 20h30 20 (quarta), às 18h e às 20h30 21 (quinta), às 18h e às 20h30 24 (domingo), às 10h, às 18h e às 20h30 27 (quarta), às 18h e às 20h30
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Governo do Estado do Pará Simão Jatene Secretaria Especial de Estado de Promoção Social Alex Fiúza de Mello Secretaria de Estado de Cultura Paulo Chaves Fernandes Secretaria Adjunta Ana Cristina Klautau Leite Chaves Pará Cultural - Informativo mensal da Secult-PA Assessoria de Comunicação Social Equipe: Alexandra Cavalcanti/Elza Lima/Leila Rocha/ Nilton Guedes/Rita Lima Estagiárias: Camille Nascimento/Marília Jardim Fotos: Elza Lima/Arquivo Secult/Tamara Saré Departamento de Editoração e Memória Projeto gráfico: Paulo Afonso Campos de Melo Edição: Lorena Souza/Editoração Eletrônica: Paulo Maurício
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