Portfolio Arquitectura

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PORTFOLIO

Patrick Monteiro

2002-2008


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NOME Patrick Daniel Monteiro da Conceição NASCIMENTO 18 de Agosto 1984, Bayonne, França CONTACTOS Rua do Aleixo 256, hab. 409, 4150-042 Porto MORADA TELEMÓVEL @MAIL

936339615 patrickmonteiro@live.com.pt // patrick_ch18@hotmail.com

FORMAÇÃO ACEDÉMICA Licenciado em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto em 2008 EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL JULHO 2003 A SETEMBRO 2003 MARÇO 2007 A AGOSTO 2007 NOVEMBRO 2007 A ABRIL 2008

Colaboração com Arquitecto Gonçalo Furtado Colaboração com Arquitecto Lorenzo Felder (Suiça) Estágio curricular com Arquitecto Carlos Nuno Lacerda Lopes

SOFTWARE AutoCAD 2d/3d (avançado), Revit (bom), 3DsMAX/3DsVIZ (bom), Photoshop (avançado), InDesign (bom), Corel (avançado), conhecimentos globais em Office APRESENTAÇÃO Durante o meu período de formação académica existiram alguns aspectos que eu hoje acredito me tenham conferido, de certo modo, uma “personalidade arquitectónica” com algumas particularidades. Não fazendo desta observação um juizo de valores nem um termo de comparação, o objectivo é salientar alguns pontos do meu percurso académico que me mercaram profundamente, quer como pessoa, quer como arquitecto. Fruto de alguma ansiedade por conhecer o mundo profissional da Arquitectura, a minha primeira experiência profissional surgiu relativamente cedo, no final do primeiro ano fiz uma pequena colaboração com o Arquitecto Gonçalo Furtado, meu professor de Projecto I. Mais tarde, no quinto ano, e durante uma experiência de Erasmus em Mendrisio (Suiça), surge uma outra possibilidade de colaboração, desta vez com um professor da academia de Mendrisio, o Arquitecto Lorenzo Felder. Esta última demonstrou-se uma experiência muito mais madura, à qual atribuo especial valor pela possibilidade de ter travado alguns conhecimentos em relação à prática arquitectónica noutro país. Neste seguimento, no final do ano de Erasmus surgiu uma nova proposta profissional, desta feita em Basileia. O convite apareceu pelos arquitectos Miller & Maranta, na sequência de uma óptima prestação académica durante o segundo semestre, período no qual foram meus professores. Infelizmente, por razões pessoais, esta oportunidade não pode ir além de uma belíssima proposta, num atelier que deveras admiro, fruto de empatia que surgiu pelo tipo de arquitectura aí praticada. De volta a Portugal o meu estágio curricular foi então realizado no atelier do Arquitecto Carlos Nuno Lacerda Lopes, docente na FAUP e meu professor durante o IV ano. Além de uma grande curiosidade pela prática da arquitectura, a comunicação da Arquitectura, essencialmente Fotografia de Arquitectura e a modelação tridimensional foram alguns dos campos em que sempre empreguei grande esforço. A primeira é uma grande paixão que me tem acompanhado ao longo de todo o curso e que foi sucessivamente ganhando importância como forma de registo em várias visitas a obras, assim como na participação em alguns concursos de fotografia, quer relacionados com Arquitectura, quer de temáticas mais variadas. Por outro lado, a modelação digital foi um campo ao qual dediquei alguma pesquisa durante os últimos anos do curso e que aprofundei de uma forma mais completa durante o estágio curricular, com a aprendizagem do programa informático Revit, aliado a alguns outros de conhecimentos anteriores. Por último, outra particularidade a destacar durante a minha formação: o período de Erasmus realizado em Mendrisio; onde tive a oportunidade de contactar uma cultura arquitectónica Suíça, que admiro profundamente e que relaciono em vários aspectos com a portuguesa, embora com algumas características evidentemente distintas. A possibilidade de conhecer arquitectos como Peter Zunthor e Quintus Miller (de Miller & Maranta) influenciou de um modo muito particular a minha forma de olhar a arquitectura. A arquitectura Suíça induziu-me a uma relação mais sensorial e empírica com a arquitectura e palavras como “atmosfera”, “sentimento”, ou “sensacção” passaram a fazer directamente parte do meu vocabulário de arquitectura, assim como do meu pensamento arquitectónico. Uma experiência pessoal e profissional extremamente enriquecedora que foi capaz de acrescentar mais um ponto de vista à minha percepção da arquitectura, complementando a visão adquirida na FAUP. Se todo o conhecimento a que tive acesso na FAUP foi de um valor extremo e criou as bases pelas quais me guio, os ensinamentos do ano de Erasmus foram uma lufada de ar fresco em todo o meu processo de aprendizagem, que culminaram algumas das lacunas que a FAUP possa ter na sua estrutura de ensino.


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CIDADE UTÓPICA / RESIDÊNCIA PARA ESTUDANTES

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RESIDÊNCIA PARA ESTUDANTES

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HABITAÇÃO COLECTIVA

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BIBLIOTECA MUNICIPAL DE ESPINHO

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REABILITAÇÃO DO PORTO DE BASILEIA

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ESCOLA DE MÚSICA IMPROVISADA

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EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

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EXTRAS

FAUP Projecto I - Prof. Gonçalo Furtado

FAUP Projecto II - Prof. Alberto Lage

FAUP Projecto III - Prof. Àlvaro Andrade

FAUP Projecto IV - Prof. Nuno Lacerda

Erasmus (Mendrisio) 1º semestre - Atelier Zumthor

Erasmus (Mendrisio) 2º semestre - Atelier Miller & Maranta

Colaborações com Arq.º Gonçalo Furtado e Arq.º Lorenzo Felder (Suiça) Estágio curricular com Arq.º Carlos Nuno Lacerda Lopes

Fotografia de arquitectura


CIDADE UTÓPICA Dado um terreno imaginário com um relevo que cruza toda a sua largura, este exercício tem como objectivo a criação de uma cidade que possa responder àquela que é a imagem de uma cidade utópica, ou “ideal”. As directizes são poucas, já para não dizer inexistentes, a única forma que é capaz de ancorar esta ideia de cidade, e ao mesmo tempo introduzir algumas complexidades no projecto, é o tal desnível que nos é fornecido à partida. Uma das exigências do programa, além de um volume mínimo construído, é aquela da existência de uma zona de características naturais (um rio, lago, mar, bosque, etc.) que pudesse criar relações e/ou tensões com a ideia de construído. As principais directrizes tomadas ao longo do exercício foram a criação de um corpo central da cidade que funciona como uma praça a uma cota elevada, contínua e pontuada por elementos verticais. Essa linha de descompressão faz de ligação entre uma parte da cidade compacta, por um lado e uma zona que se relaciona directamente com o meio natural escolhido (uma zona verde de vegetação pouco densa) pela outra.

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RESIDÊNCIA PARA ESTUDANTES Agora já com um terreno real, o programa deste exercício pretende criar uma residência onde possam habitar cinco estudantes de Arquitectura. O terreno, situado na encosta Norte do rio Douro, a uma cota bastante superior em relação à sua foz, localiza-se em zona urbana de baixa densidade e, pela sua localização, goza de uma vista privilegiada em relação a toda a foz do rio. O terreno divide-se em duas parcelas pelo atravessamento de um caminho muito estreito, o que fornece desde logo algumas directizes ao desenvolvimento do projecto. As principais opções foram aquelas de colocar na parcela de cota mais elevada, aquela com acessos mais facilitados, as zonas comuns de convívio e na parcela inferior, com vista mais privilegiada, as células individuais e a zona de estudo comum. A ligação entre as duas parcelas faz-se sobre o caminho, procurando minimizar o impacto sobre este. Deste modo tenta-se expor à cidade as zonas mais sociais da residência e fazer entrar a fortíssima paisagem do leito do Douro de uma forma mais presente nas zona mais íntimas das habitações.


RESIDÊNCIA PARA ESTUDANTES No segundo ano de faculdade tanto o programa, como o terreno do projecto, complicam-se consideravelmente. O programa é também aqui uma residência para estudantes, mas agora com capacidade de cerca 80 pessoas e um conjunto de serviços de apoio às habitações muito mais complexo. O terreno é marcado principalmente pelo contexto de cidade histórica em que se insere. Devido ao acentuado declive do terreno ao longo da rua, a primeira decisão tomada no decurso do projecto foi aquela de compartimentar o programa em blocos que pudessem variar a sua cota de uma forma gradual, acompanhando a forma do terreno. Nesta compartimentação, os dois volumes da entrada, em “V”, mostram um carácter formalmente mais elaborado, reflectindo o programa que abrigam; essencialmente todos os apoios e espaços comuns e públicos do edificado. Os dois volumes abaixo são os módulos de habitação, estruturados em triplex, com entrada pelo piso intermédio, onde se encontram as zonas sociais dos fogos. Nos pisos superior e inferior encontram-se um total de quatro quartos para um total de oito estudantes.

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HABITAÇÃO COLECTIVA O terceiro projecto da formação curricular tem como tema aquele que é o principal tema da Arquitectura: a habitação, neste caso, habitação colectiva. O terreno é uma zona urbana densa, situada na primeira linha de acesso à cidade histórica, faixa onde predominam edifícios de habitação. Os objectivos do projecto são progressivos, iniciando a abordagem numa escala de urbana, entre 1:1000 e 1:2000 e terminando com o estudo de determinados detalhes construtivos à escala 1:1 ou 1:2. Em termos de relacionamento urbano as principais características atribuídas ao projecto focam-se em três aspectos: em primeiro lugar a resolução de uma série do logradouros nas traseiras do terreno, encerrando o quarteirão inacabado com um bloco de habitação contínuo; em segundo a construção de quatro edifícios associados dois a dois de forma a partilhar um espaço colectivo cada par; por último, a criação de um espaço para a cidade através de um edifício onde a habitação coexiste com alguns escritórios que remata a composição dos outros quatro blocos e se afasta o suficiente para criar uma edifício de excepção para a praça. As opções espaciais dos fogos assentam essencialmente na criação de um espaço social, composto por sala e cozinha, traversante a todo o fogo, de forma que este se possa apropriar dos espaços de circulação para criar um espaço versátil conforme as necessidades instantâneas dos habitantes.

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planta piso 0

planta tipo


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planta m贸dulo tipo


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alรงado voltado para o arruamento


alรงado voltado para o pรกtio comum


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detalhes construtivos


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BIBLIOTECA MUNICIPAL DE ESPINHO No último projecto curricular na FAUP, o programa escolhido foi uma biblioteca, neste caso a Biblioteca Municipal de Espinho. O terreno apresentase quase completamente plano e situa-se em primeira linha em relação ao Oceano Atlântico. As referências da envolvente não são numerosas, à excepção do Centro de Arte e Cultura de Espinho que completa a restante área da quadrícula onde se situa o terreno do projecto. Utilizando estas condicionantes, o edifício encontra a sua implantação procurando complementar o posicionamento do C.A.C.E. na quadricula e estabelecendo uma relação posicional com ele, ao mesmo tempo procura uma permeabilidade visual praticamente constante em relação ao horizonte marítimo. Em frente ao edifício, do outro lado da estrada, surge uma plataforma que marca um ponto de paragem no percurso do passeio da marginal e possibilita que o espaço em frente à biblioteca se aproxime da água. Na distribuição dos espaços interiores, a forma do edifício entra em relação directa com a organização do esquema de funcionamento. O edifício divide-se em três volumes principais, cujo programa se subdivide pelas suas características de funcionamento da biblioteca. O primeiro volume, mais próximo do mar, abriga as funções mais públicas do edifício, podendo funcionar isoladamente dos restantes dois. O volume central é o corpo propriamente dito da biblioteca, onde se encontram as salas de leitura e material bibliotecário. No terceiro volume encontramos os serviços e deposito de livros. Estes volumes funcionam como três grandes contentores amplos, cujos espaços se encontram divididos por pequenos volumes que surgem no seu interior, estes últimos abrigam funções mais íntimas ou que necessitem uma maior privacidade.

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planta


vista da estrutura espacial e mobiliรกrio

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alรงado principal

corte transversal

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alรงado lateral

corte longitudinal

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pormenores construtivos


sala polivalente

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REABILITAÇÃO DO PORTO DE BASILEIA Este projecto, realizado no primeiro semestre de Erasmus em Mendrisio (Suiça), tem como objectivo a reorganização de um território relativo a um porto abandonado em Basileia, criando uma nova centralidade para a cidade. A ideia principal do projecto passa por, utilizando a forma do terreno existente, propor uma linha de torres que nascem no rio, servidas por uma linha de comunicações que as interliga. Entre elas e a cidade consolidada aparece uma espaço dedicado às actividades de massa da cidade: um estacionamento que ocupa toda a sua área subterrânea e um arranjo da superfície que possibilite acolher eventos tais como feiras, concertos, e outras actividades urbanas de grande escala. Este semestre, mais que pelo projecto em si teve valor pela possibilidade de entrar em contacto com outras formas de pensar, muito distintas da escola do Porto. No atelier Zumthor, palavras como “fluxos”, “tensões”, “dimâmicas” e outras palavras com sentidos ambíguos são trocadas por palavras que expressam a verdadeira essência da arquitectura: o material, a cor, a textura, a dimensão, e o mais importante, que tudo isto conjugado se transforma em “atmosfera”, e essência de magia presente na arquitectura e palavra de ordem nas conversas deste atelier. O trabalho dos materiais e da sua expressão sensorial vai além da concepção no papel e aqui experimenta-se constantemente através da maqueta e das possibilidades que ela é capaz de conceder à expressão da ideia de projecto.

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máqueta em técnica mista

maqueta em madeira

maqueta em gesso esculpido


fotomontagem ilustrativa da atmosfera intervenção

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detalhe da maqueta final

maqueta final de uma secção de estudo

detalhe da zona de intervenção

detalhe da maqueta final


ESCOLA DE MÚSICA IMPROVISADA No segundo semestre da experiência Erasmus o terreno de intervenção volta a ser Basileia, mas agora num contexto urbano mais delineado. O terreno confronta com duas cotas diferentes da cidade e encontra-se no limite entre a zona medieval e a primeira linha de expansão contemporânea da cidade. A intervenção é feita sobre uma série de edifícios pré-existentes, cuja conservação é subordinada à ideia de projecto O programa do projecto é uma escola de música improvisada, um programa extremamente complexo, cujos principais espaços são: a escola propriamente dita, uma zona residencial para professores, uma zona administrativa, três auditórios, uma biblioteca e um bar com possibilidade de abrigar pequenos concertos. Formalmente, o edifício subdivide-se em cinco volumes que correspondem à residência, escola, administração, recepção, bar e auditórios, e por fim, num edifício completamente recuperado, devido ao seu valor histórico, a biblioteca. Interligando estas diferentes realidades programáticas, no piso -1 (em relação à rua superior, cota de entrada da escola e piso 0) encontra-se um corredor que faz a articulação entre os vários espaços da escola. A solução tenta assim fragmentar a grande massa de construção em várias parcelas que respondam aos vários problemas que se colocam nas várias zonas do terreno de intervenção.

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piso -4


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piso -3


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piso -1


fotografias de maquetas que ilustram a atmosfera intervenção


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piso 0


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piso 1


corte ilustrativo dos pequenos auditórios

alçado Este da intervenção

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corte longitudinal da intervenção


EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL A procura de uma experiência ligada à prática profissional de arquitectura foi um objectivo desde muito cedo. No final do primeiro ano de faculdade surgiu a primeira oportunidade com o Arquitecto Gonçalo Furtado, realizando entre Julho e Setembro de 2003, dois estudos prévios para dois lofts em Bruxelas. Durante o quinto ano e em Erasmus na Suíça, surgiu a oportunidade de colaborar com um docente da escola de Mendrisio, o Arquitecto Lorenzo Felder. Com uma maturidade muito maior que na experiência anterior, o trabalho realizado foi muito mais independente e produtivo, quer para a minha experiência, quer para o atelier, numa colaboração que se alargou a praticamente todas as obras do atelier. De regresso de Erasmus, seguiu-se um estágio curricular no atelier do Arquitecto Carlos Nuno Lacerda Lopes, uma participação intensa que exigiu grande envolvimento e empenho nos trabalhos realizados. A participação também foi alargada a vários projectos em curso; vários estudos prévios, desde apartamentos, bares, lojas e escolas, licenciamento de um bar em Espinho, e a destacar também o concurso do projecto para a superfície resultante do enterramento da linha ferroviária em Espinho.

loja de bijuteria

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bar/esplanada


loft em Bruxelas

loft em Bruxelas

armazém para uma loja de antiguidades em Locarno (Suiça)

loft em Bruxelas


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA A fotografia é uma paixão que vem desde há alguns anos e que se foi intensificando ao longo do curso. Como não podia deixar de ser, foi sofrendo algumas influências provenientes da Arquitectura, acabando por dedicar algum do meu tempo à fotografia de alguns espaços arquitectónicos de maior relevo.

Museu de Arte Contemporânea de Serralves - Arqo Álvaro Siza Vieira

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EdifĂ­cio Burgo - Arqo Eduardo Souto Moura

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EdifĂ­cio em Miragaia - Arqo Adalberto Dias

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Casa da Música (Porto 2001) - Arqo Rem Koolhaas

43 Museu de Arte Contemporânea de Leon - Arqos Mansilla y Tuñon


Clube Fluivial de Coimbra

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Galeria Mário Sequeira - Arqo Carvalho e Araújo

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PORTFOLIO

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