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A Pele da Cobra
No princípio, a morte não existia. A morte vivia com Deus, e Deus não queria que a morte entrasse no mundo, mas a morte tanto pediu que Deus acabou concordando em deixála partir.
Ao mesmo tempo, fez Deus uma promessa ao homem: apesar de a morte ter recebido permissão para entrar no mundo, o Homem não morreria. Além disso, Deus prometeu enviar ao homem peles novas, que ele e sua família poderiam vestir quando seus corpos envelhecessem.
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Pôs Deus as peles novas num cesto e pediu ao cachorro para levá-las ao homem e sua família. No caminho, o cachorro começou a sentir fome. Felizmente, encontrou outros animais que estavam dando uma festa. Muito satisfeito com sua boa sorte, pode assim matar a fome.
Depois de haver comido fartamente, dirigiu-se a uma sombra e deitou-se para descansar. Então a esperta cobra aproximou-se dele e perguntou o que é que havia no cesto.
O cachorro lhe disse o que havia no cesto e por que o estava levando para o homem. Minutos depois, o cachorro caiu no sono. Então a cobra, que ficara por perto a espreitá-lo, apanhou o cesto de peles novas e fugiu silenciosamente para o bosque.
Ao despertar, vendo que a cobra lhe roubara o cesto de peles, o cachorro correu até o homem e
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contou-lhe o que acontecera. O homem dirigiu-se a Deus e contou-lhe o ocorrido, exigindo que ele obrigasse a cobra a devolver-lhe as peles. Deus, porém, respondeu que não tomaria as peles da cobra e, por isso, o homem passou a ter um ódio mortal à cobra, e sempre que a vê, procura matá-la.
A cobra, por seu turno, sempre evitou o homem e sempre viveu sozinha. E, como ainda possui o cesto de peles fornecido por Deus, pode trocar a pele velha por outra nova.