terminologia urbana do recife Participantes Cristiane Alves Lourdinha Campos Ana Cristina Cavalcanti Ideia original Betânia Corrêa Pau Faus Eva Duarte Vera Freire Realização no Recife Duda Freyre Pau Faus Juliana Guanais Diogo Todë Julien Ineichen Cyane Pacheco Daianne Rafael Josivan Rodrigues
T.U. Recife
Narrando a pé a cidade
Pensar e agir sobre a trama urbana que configura a cidade do Recife. Eis operações que sempre estiveram presentes no SPA das Artes do Recife, e que mobilizaram os integrantes do Workshop que deu origem a essa publicação.
“Terminologia Urbana do Recife” é o resultado de uma série de explorações a pé pela cidade do Recife. Um dos resultados do trabalho é apresentado neste dicionário. Nós nos apropriamos assim de um formato de narração habitualmente acadêmico e genérico, para mostrar e contrapor um olhar cotidiano e mutante.
Ao longo de sua trajetória, o SPA vem se consolidando como o maior evento voltado para o Campo de Artes Visuais no Recife, repercutindo suas realizações para outros territórios. Antecipando a programação do SPA das Artes do Recife 2009, o Centro de Formação em Artes Visuais – CFAV realizou o Workshop Terminologia Urbana Recife, orientado pelo artista catalão Pau Faus e o artista recifense Diogo Todë entre os dias 24 de agosto e 02 de setembro. Durante o workshop, a cidade serviu de campo para expedições exploratórias e proposições artísticas, sendo inventariada e “dicionarizada”.
Freqüentemente, a cidade é interpretada por vozes que a observam à distância, de modo fugaz ou levando em consideração os interesses político-econômicos, gerando e promovendo assim interpretações manipuladas sobre o espaço público. Como resposta a essa leitura urbana equivocada, nós nos propusemos a narrar aqui a cidade a partir da proximidade e da presença.
Com essa iniciativa, o CFAV fomenta a investigação e os intercâmbios artísticos, ao mesmo tempo em que contribui para a apropriação e re-cognição da cidade e de suas redes de significado durante a realização de tais investigações.
Entendemos que é necessário conhecer o território urbano através de uma experiência direta e pessoal, que supere o imaginário imposto e a leitura bidimensional do mapa. É necessário para isso “caminhar o mapa” para poder perceber e narrar a cidade tendo como ponto de partida a escala humana, física e emocional, pois esta é, afinal de contas, a base de interpretação mais rica e genuína que possuímos.
André Aquino Gerente do Centro de Formação em Artes Visuais Coordenação do SPA das Artes do Recife 2009
Pau Faus e Diogo Todë Realizadores do Workshop Terminologia Urbana do Recife
T.U. Recife
Narrando a pé a cidade
Pensar e agir sobre a trama urbana que configura a cidade do Recife. Eis operações que sempre estiveram presentes no SPA das Artes do Recife, e que mobilizaram os integrantes do Workshop que deu origem a essa publicação.
“Terminologia Urbana do Recife” é o resultado de uma série de explorações a pé pela cidade do Recife. Um dos resultados do trabalho é apresentado neste dicionário. Nós nos apropriamos assim de um formato de narração habitualmente acadêmico e genérico, para mostrar e contrapor um olhar cotidiano e mutante.
Ao longo de sua trajetória, o SPA vem se consolidando como o maior evento voltado para o Campo de Artes Visuais no Recife, repercutindo suas realizações para outros territórios. Antecipando a programação do SPA das Artes do Recife 2009, o Centro de Formação em Artes Visuais – CFAV realizou o Workshop Terminologia Urbana Recife, orientado pelo artista catalão Pau Faus e o artista recifense Diogo Todë entre os dias 24 de agosto e 02 de setembro. Durante o workshop, a cidade serviu de campo para expedições exploratórias e proposições artísticas, sendo inventariada e “dicionarizada”.
Freqüentemente, a cidade é interpretada por vozes que a observam à distância, de modo fugaz ou levando em consideração os interesses político-econômicos, gerando e promovendo assim interpretações manipuladas sobre o espaço público. Como resposta a essa leitura urbana equivocada, nós nos propusemos a narrar aqui a cidade a partir da proximidade e da presença.
Com essa iniciativa, o CFAV fomenta a investigação e os intercâmbios artísticos, ao mesmo tempo em que contribui para a apropriação e re-cognição da cidade e de suas redes de significado durante a realização de tais investigações.
Entendemos que é necessário conhecer o território urbano através de uma experiência direta e pessoal, que supere o imaginário imposto e a leitura bidimensional do mapa. É necessário para isso “caminhar o mapa” para poder perceber e narrar a cidade tendo como ponto de partida a escala humana, física e emocional, pois esta é, afinal de contas, a base de interpretação mais rica e genuína que possuímos.
André Aquino Gerente do Centro de Formação em Artes Visuais Coordenação do SPA das Artes do Recife 2009
Pau Faus e Diogo Todë Realizadores do Workshop Terminologia Urbana do Recife
terminologia urbana do recife
terminologia urbana do recife
Ab
Abandono 1 Ato ou efeito de deixar algo ou alguém entregue à propria sorte. 2 Circuntância que sugere sobre o que se deve sentir pena; sobre o que encontra-se sem amor; sobre aquilo a que se dá as costas; sobre aquilo a que se vira a cara. 3 Condição em que se encontra algo ou alguém à espera de valorização. 4 Sentimento de inferiorizarão causado por atitude de descaso por parte do poder público. Abandonou o edifício até deixálo cair em Casa Amarela. O abandono pelo poder público gera favelas. Vide “Sem teto”. Acesso 1 Lugar «entre» o fora e o dentro. Caminho para se chegar a algum lugar. O que determina um lugar visitado a medida em que se inicia a visita. O «onde» se anda: ladeira, rua, calçada, ponte, rio, pontilhão, escadaria, rua de marisco, etc. 2 Aquilo que falta a quem é privado de cultura, educação, saúde, etc. Água 1 A origem do Recife e sua morfologia. 2 Luta e negociação entre espaço urbano e leitos naturais. 3 Substância encontrada em diversos estados: mormaço, lama, chuva,
Ar
maré, oceano, maresia, Capibaribe, botijões de água mineral, esgotamento sanitário, obstáculo, caminho, jacaré. 4 Água que passarinho não bebe, aguardente Vide “Pitú”. Para pagar menos a conta d´água enfiou a mão na lama e instalou um jacaré. Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Anjos do asfalto Recente profissão no Recife, cuja origem associa-se à aplicação da lei seca no trânsito. Comboio de apoio, com utilização de motocicletas, para a condução de veículos cujos donos encontram-se embriagados. Anuncicleta 1 Meio de transporte e de publicidade realizado pela/na/com bicicleta. 2 Provocadores ilegais de ruídos que não sentem medo de serem vistos. 3 “Veiculadores” das paradas de sucesso, “pioradores” da poluição sonora. Árvore 1 Refúgio do sol. Lugar para descanso e encontro sob a sua sombra. 2 Estacionamento. 3 Mictório público masculino. 4 Marco arqueológico espacial. 5 Mobiliário urbano em extinção. 6 Obstáculo
Água
Ab
Abandono 1 Ato ou efeito de deixar algo ou alguém entregue à propria sorte. 2 Circuntância que sugere sobre o que se deve sentir pena; sobre o que encontra-se sem amor; sobre aquilo a que se dá as costas; sobre aquilo a que se vira a cara. 3 Condição em que se encontra algo ou alguém à espera de valorização. 4 Sentimento de inferiorizarão causado por atitude de descaso por parte do poder público. Abandonou o edifício até deixálo cair em Casa Amarela. O abandono pelo poder público gera favelas. Vide “Sem teto”. Acesso 1 Lugar «entre» o fora e o dentro. Caminho para se chegar a algum lugar. O que determina um lugar visitado a medida em que se inicia a visita. O «onde» se anda: ladeira, rua, calçada, ponte, rio, pontilhão, escadaria, rua de marisco, etc. 2 Aquilo que falta a quem é privado de cultura, educação, saúde, etc. Água 1 A origem do Recife e sua morfologia. 2 Luta e negociação entre espaço urbano e leitos naturais. 3 Substância encontrada em diversos estados: mormaço, lama, chuva,
Ar
maré, oceano, maresia, Capibaribe, botijões de água mineral, esgotamento sanitário, obstáculo, caminho, jacaré. 4 Água que passarinho não bebe, aguardente Vide “Pitú”. Para pagar menos a conta d´água enfiou a mão na lama e instalou um jacaré. Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Anjos do asfalto Recente profissão no Recife, cuja origem associa-se à aplicação da lei seca no trânsito. Comboio de apoio, com utilização de motocicletas, para a condução de veículos cujos donos encontram-se embriagados. Anuncicleta 1 Meio de transporte e de publicidade realizado pela/na/com bicicleta. 2 Provocadores ilegais de ruídos que não sentem medo de serem vistos. 3 “Veiculadores” das paradas de sucesso, “pioradores” da poluição sonora. Árvore 1 Refúgio do sol. Lugar para descanso e encontro sob a sua sombra. 2 Estacionamento. 3 Mictório público masculino. 4 Marco arqueológico espacial. 5 Mobiliário urbano em extinção. 6 Obstáculo
Água
At
nas calçadas. Atlântico, Oceano Porção d´água que banha quatro continentes e várias ilhas. Constituído em Recife a partir do encontro das águas dos rios Capibaribe e Beberibe. Exemplo da completa ausência de modéstia dos recifenses. Avião Aquele que transporta pequenas quantidades de droga. Distribuidor de entorpecentes entre o boqueiro e o viciado. Azulejos 1 Revestimento cerâmico de casas, banheiros e cozinhas, podendo ser liso ou estampado. Aplicado de diversas formas, valoriza e protege a casa. 2 Ornamento cuja riqueza tipográfica é proporcional ao poder aquisitivo dos que o utilizam. Tendem a ser azuis e brancos, por questões econômicas, quando aplicados em grandes fachadas de prédios de luxo. Bacurau 1 Aquele ônibus que nunca vem, exatamente quando você está na rua, tarde da noite, em alguma roubada. Ônibus que só anda em bandos de outros ônibus, e que tardará a us
Bi
passar novamente caso você o perca. 2 Espécie de ônibus que se assemelha ao pássaro, de mesmo nome, que só trafega madrugada a dentro. Bar 1 Cerveja, caldinho, idéias, música e amigos. Local de alegria e abstração alcoólica ao redor de pessoas queridas. Contém mobiliário que estimula a aproximação das pessoas. 2 Lugar que lembra uma farmácia, com líquidos que para dissolver problemas. Barco 1 Transporte usado para se ir de um lado a outro de um rio. Aquilo que aproxima margens. 2 Equipamento essencial para a atividade econômica de extração marítimoalimentar. 3 Objeto flutuante que suporta uma diversidade “daquilos”. 4 Objeto usado como gangorra por crianças. Pode não haver um barco em alguma margem em que tu precises cruzar. Bicicleta 1 Principal meio de transporte da população de baixa renda, odiado por motoristas de carros ou ônibus. 2 Um veículo de baixo custo, ecológico, utilizado
Árvore
At
nas calçadas. Atlântico, Oceano Porção d´água que banha quatro continentes e várias ilhas. Constituído em Recife a partir do encontro das águas dos rios Capibaribe e Beberibe. Exemplo da completa ausência de modéstia dos recifenses. Avião Aquele que transporta pequenas quantidades de droga. Distribuidor de entorpecentes entre o boqueiro e o viciado. Azulejos 1 Revestimento cerâmico de casas, banheiros e cozinhas, podendo ser liso ou estampado. Aplicado de diversas formas, valoriza e protege a casa. 2 Ornamento cuja riqueza tipográfica é proporcional ao poder aquisitivo dos que o utilizam. Tendem a ser azuis e brancos, por questões econômicas, quando aplicados em grandes fachadas de prédios de luxo. Bacurau 1 Aquele ônibus que nunca vem, exatamente quando você está na rua, tarde da noite, em alguma roubada. Ônibus que só anda em bandos de outros ônibus, e que tardará a us
Bi
passar novamente caso você o perca. 2 Espécie de ônibus que se assemelha ao pássaro, de mesmo nome, que só trafega madrugada a dentro. Bar 1 Cerveja, caldinho, idéias, música e amigos. Local de alegria e abstração alcoólica ao redor de pessoas queridas. Contém mobiliário que estimula a aproximação das pessoas. 2 Lugar que lembra uma farmácia, com líquidos que para dissolver problemas. Barco 1 Transporte usado para se ir de um lado a outro de um rio. Aquilo que aproxima margens. 2 Equipamento essencial para a atividade econômica de extração marítimoalimentar. 3 Objeto flutuante que suporta uma diversidade “daquilos”. 4 Objeto usado como gangorra por crianças. Pode não haver um barco em alguma margem em que tu precises cruzar. Bicicleta 1 Principal meio de transporte da população de baixa renda, odiado por motoristas de carros ou ônibus. 2 Um veículo de baixo custo, ecológico, utilizado
Árvore
Bi
principalmente nas áreas planas do Recife. 3 Veículo para venda de diversos produtos. Vide “Anuncicleta”. Bingo Atividade de lazer de dez em cada dez grávidas na Beirinha. Brega Música incidental de todas as ruas e ônibus. Aquilo que se toca em alto e bom som. Cabanga, Ponte do Limite geográfico do Recife que separa dois mundos: a zona sul e o resto da cidade. Existem habitantes dos dois mundos que não frequentam o ambiente oposto. Diz-se que o mundo sul assemelha-se ao Rio de Janeiro, enquanto que o mundo oposto aproxima-se de São Paulo. Cachorro 1 Mamífero de fidelidade incondicional. 2 Ex-namorado sacana. 3 Habitante das ruas, dos rios, dos lixões, dos casebres, das sombras das árvores, dos puxadinhos, das sarjetas, de um poema de João Cabral de Melo Neto, de toda água que escorre, do sorriso da criança, do “auau” do bebê. Vive junto a porcos, galinhas, gatos, pombos, baratas, ratos, bodes e, por vezes,
Ca
até caranguejos. Quem não tem cão caça com gatos. Calçada 1 Local por onde não se anda, ou se anda com dificuldade. 2 Espaço público utilizado tal qual espaço privado. 3 Local para comércio, secagem de roupa, oficina. 4 Local para dormir. Vide “Sem teto” 5 Extensão da casa. 6 Mobiliário urbano. 7 Mostruário de material para pavimento 8 Local para onde se deve olhar ao caminhar por Recife, a fim de esquivar-se dos obstáculos. 9 Terra de ninguém. 10 Dentro do mar: Arrecife (do árabe “calçada que margeia a costa”). Caldinho Sustância alimentícia líquida, instantânea e barata. Camarão 1 Crustáceo do rio ou do mar, presente e apreciado em vários pratos. 2 Nome de castelo em Brasília Teimosa. 3 Tira gosto preferido pelos recifenses, acompanhado de cachaça Pitú ou de cerveja. Pode-se consumir com casca ou descascado, mas sempre rejeitando-se a cabeça, por ser ela preenchida de fezes. 4 Fonte de
Bar
Bi
principalmente nas áreas planas do Recife. 3 Veículo para venda de diversos produtos. Vide “Anuncicleta”. Bingo Atividade de lazer de dez em cada dez grávidas na Beirinha. Brega Música incidental de todas as ruas e ônibus. Aquilo que se toca em alto e bom som. Cabanga, Ponte do Limite geográfico do Recife que separa dois mundos: a zona sul e o resto da cidade. Existem habitantes dos dois mundos que não frequentam o ambiente oposto. Diz-se que o mundo sul assemelha-se ao Rio de Janeiro, enquanto que o mundo oposto aproxima-se de São Paulo. Cachorro 1 Mamífero de fidelidade incondicional. 2 Ex-namorado sacana. 3 Habitante das ruas, dos rios, dos lixões, dos casebres, das sombras das árvores, dos puxadinhos, das sarjetas, de um poema de João Cabral de Melo Neto, de toda água que escorre, do sorriso da criança, do “auau” do bebê. Vive junto a porcos, galinhas, gatos, pombos, baratas, ratos, bodes e, por vezes,
Ca
até caranguejos. Quem não tem cão caça com gatos. Calçada 1 Local por onde não se anda, ou se anda com dificuldade. 2 Espaço público utilizado tal qual espaço privado. 3 Local para comércio, secagem de roupa, oficina. 4 Local para dormir. Vide “Sem teto” 5 Extensão da casa. 6 Mobiliário urbano. 7 Mostruário de material para pavimento 8 Local para onde se deve olhar ao caminhar por Recife, a fim de esquivar-se dos obstáculos. 9 Terra de ninguém. 10 Dentro do mar: Arrecife (do árabe “calçada que margeia a costa”). Caldinho Sustância alimentícia líquida, instantânea e barata. Camarão 1 Crustáceo do rio ou do mar, presente e apreciado em vários pratos. 2 Nome de castelo em Brasília Teimosa. 3 Tira gosto preferido pelos recifenses, acompanhado de cachaça Pitú ou de cerveja. Pode-se consumir com casca ou descascado, mas sempre rejeitando-se a cabeça, por ser ela preenchida de fezes. 4 Fonte de
Bar
Ca
sobrevivência na Ilha de Deus. 5 Apelido da plantinha mágica que se fuma, encontrada no sertão pernambucano. Camelô Vendedor ambulante de rua. Presente em todas as ruas dos centros urbanos subdesenvolvidos. Esta categoria está sempre sendo perseguida ou “oficializada” pelo poder público. Ações para a regulamentação da atividade aparentemente não demonstram surtir efeito. Um exemplo recente foi o fracasso do “camelódromo”. Desde os antigos mascates, pouca coisa mudou. Vide “Dantas Barreto, Avenida”. Caminhar 1 Deslocar-se entre dois pontos de forma lenta ou rápida, só ou em grupo. 2 Maneira de conhecer um lugar. Na cidade é possível empreender vários caminhos. 3 Estar vulnerável a topadas ou assaltos. Cansaço Sensação de incapacidade para fazer alguma atividade. Estado de desânimo físico ou mental. Asma, puxadas, falta de ar. Quem corre sente cansaço na Avenida Norte ao meio dia.
Co
Carro 1 Cidadão mais importante da cidade. A cidade está “orientada” em sua função. Ele é o patrão, a medida e a escala. 2 Sonho de consumo. 3 Aquele que domina grandes espaços na cidade. Promotor da indiferença das calçadas. Na cidade não se anda a pé, mas de carro. 4 Anúncio móvel. 5 Bunker móvel. 6 Refúgio privativo na cidade. Chuva 1 Parte de um ciclo frequente no Recife: lugar mal drenado, saneado e urbanizado acaba coberto de água. 2 Água na vertical ou em ângulo (quando de vento). Queda d´água. Fraca ou toró. 3 Aquela que pode ser amiga, torna-se inimiga quando causa inundações. 4 Com o calor que nos cerca é a geradora do mormaço. Vide “Água”. Cozinhar 1 Preparar a energia vital que transforma alguém em si mesmo. 2 Enfatizar sabores, construir texturas. Para si, ou para a venda. 3 Forma de gerar prazer, felicidades, aromas, e o encontro de afetos sociais. Celebração. 4 Tudo que se vende em barracas de rua. Enquanto construíam uma palafita, a
Bingo
Ca
sobrevivência na Ilha de Deus. 5 Apelido da plantinha mágica que se fuma, encontrada no sertão pernambucano. Camelô Vendedor ambulante de rua. Presente em todas as ruas dos centros urbanos subdesenvolvidos. Esta categoria está sempre sendo perseguida ou “oficializada” pelo poder público. Ações para a regulamentação da atividade aparentemente não demonstram surtir efeito. Um exemplo recente foi o fracasso do “camelódromo”. Desde os antigos mascates, pouca coisa mudou. Vide “Dantas Barreto, Avenida”. Caminhar 1 Deslocar-se entre dois pontos de forma lenta ou rápida, só ou em grupo. 2 Maneira de conhecer um lugar. Na cidade é possível empreender vários caminhos. 3 Estar vulnerável a topadas ou assaltos. Cansaço Sensação de incapacidade para fazer alguma atividade. Estado de desânimo físico ou mental. Asma, puxadas, falta de ar. Quem corre sente cansaço na Avenida Norte ao meio dia.
Co
Carro 1 Cidadão mais importante da cidade. A cidade está “orientada” em sua função. Ele é o patrão, a medida e a escala. 2 Sonho de consumo. 3 Aquele que domina grandes espaços na cidade. Promotor da indiferença das calçadas. Na cidade não se anda a pé, mas de carro. 4 Anúncio móvel. 5 Bunker móvel. 6 Refúgio privativo na cidade. Chuva 1 Parte de um ciclo frequente no Recife: lugar mal drenado, saneado e urbanizado acaba coberto de água. 2 Água na vertical ou em ângulo (quando de vento). Queda d´água. Fraca ou toró. 3 Aquela que pode ser amiga, torna-se inimiga quando causa inundações. 4 Com o calor que nos cerca é a geradora do mormaço. Vide “Água”. Cozinhar 1 Preparar a energia vital que transforma alguém em si mesmo. 2 Enfatizar sabores, construir texturas. Para si, ou para a venda. 3 Forma de gerar prazer, felicidades, aromas, e o encontro de afetos sociais. Celebração. 4 Tudo que se vende em barracas de rua. Enquanto construíam uma palafita, a
Bingo
Co
galinha guisada cosinhava para ser “agasalhada” ao final do trabalho. Coxinha de Aquário Composto alimentício feito de porções de galináceas desfiadas acomodadas internamente em uma massa frita em óleo velho. A modalidade de aquário encontra-se em um caixote de vidro. Criança 1 Ser cheio de idéias. Pode ser encontrada em praças, escolas, playgrounds, ou centros de compras. 2 Vista em bandos nas ruas de toda cidade Vide “Abandono”. Gosta de doces, pipocas, bombons, salgadinhos, dudus. 3 É sincera e por vezes chora. 4 Adora ser fotografada. Dantas Barreto, Avenida Via pública que liga nada a lugar nenhum. Instalou-se nela um inútil camelódromo. Vide “Camelô” Desapego 1 Aquilo que se espera de um cigano ou ambulante. 2 Compreensão de que não é preciso nem ter nem ser, apenas viver e evoluir a cidade. Quietude da completude do agora caótico. 3 Desprender-se. Concentrarse em si. 4 Considerar o que realmente é
De
importante. 5 Deslocamento, descolamento. 6 Desfazer-se do que se tem. 7 Algo necessário para caminhar. 8 Algo a que se atribui culpa ao não se intervir por não se sentir pertencente ao local. Descalço 1 Pessoa com os pés descobertos. Couro grosso, primitivo, em contato direto com qualquer superfície. Pessoa que por falta de dinheiro não possui calçados, geralmente verminosa e com grosso solado dos pés. 2 Mecanismo de distinção social. Desemprego 1 Termômetro da economia. Causa de desconforto e depressão de boa parte da população. Provoca o crescimento da violência. 2 Bom mote para novos investimentos públicos. 3 Liberdade? 4 Segundas livres. 5 Ausência de função social. 6 Obstáculo à capitalização e à transformação da condição de vida. Deus 1 Deus é fiel. 2 Presença constante e onipresente marcada em muros, portas, carros, bicicletas, fachadas de residências, comércios, e igrejas. 3 Personagem citado em
Cozinhar
Co
galinha guisada cosinhava para ser “agasalhada” ao final do trabalho. Coxinha de Aquário Composto alimentício feito de porções de galináceas desfiadas acomodadas internamente em uma massa frita em óleo velho. A modalidade de aquário encontra-se em um caixote de vidro. Criança 1 Ser cheio de idéias. Pode ser encontrada em praças, escolas, playgrounds, ou centros de compras. 2 Vista em bandos nas ruas de toda cidade Vide “Abandono”. Gosta de doces, pipocas, bombons, salgadinhos, dudus. 3 É sincera e por vezes chora. 4 Adora ser fotografada. Dantas Barreto, Avenida Via pública que liga nada a lugar nenhum. Instalou-se nela um inútil camelódromo. Vide “Camelô” Desapego 1 Aquilo que se espera de um cigano ou ambulante. 2 Compreensão de que não é preciso nem ter nem ser, apenas viver e evoluir a cidade. Quietude da completude do agora caótico. 3 Desprender-se. Concentrarse em si. 4 Considerar o que realmente é
De
importante. 5 Deslocamento, descolamento. 6 Desfazer-se do que se tem. 7 Algo necessário para caminhar. 8 Algo a que se atribui culpa ao não se intervir por não se sentir pertencente ao local. Descalço 1 Pessoa com os pés descobertos. Couro grosso, primitivo, em contato direto com qualquer superfície. Pessoa que por falta de dinheiro não possui calçados, geralmente verminosa e com grosso solado dos pés. 2 Mecanismo de distinção social. Desemprego 1 Termômetro da economia. Causa de desconforto e depressão de boa parte da população. Provoca o crescimento da violência. 2 Bom mote para novos investimentos públicos. 3 Liberdade? 4 Segundas livres. 5 Ausência de função social. 6 Obstáculo à capitalização e à transformação da condição de vida. Deus 1 Deus é fiel. 2 Presença constante e onipresente marcada em muros, portas, carros, bicicletas, fachadas de residências, comércios, e igrejas. 3 Personagem citado em
Cozinhar
De
agradecimentos, recomendações e praguejos. 4 Uma força que indica o caminho ou a postura a se seguir. 5 Atenuador de sofrimentos. 6 Ele tem uma ilha em Recife (antes cohecida como ilha sem Deus). 7 Se deus quiser... Deus é fiel Vide “Deus” Dominó 1 Jogo de salão com peças de madeira, plástico ou marfim. 2 No Recife, o dominó é um território de socialização para seus moradores, em calçadas, próximos às ruas. 3 Sua queda é efeito em cadeia, em rede, e suas conseqüências são as que se notam no caos de Recife. Ebó Oferenda feita aos orixás em encruzilhadas da cidade. A depender da entidade que se trata, esta reverência alterna de cenário. Escada 1 Elemento essencial construído para descer ou subir. Pode ser coletiva ou privada. Muito vista em casas dos morros. Podem ser feitas de pedra, concreto, madeira ou ferro. 2 Inicialmente construídas por moradores, logo
Fa
foram requalificadas para serem utilizadas como moeda de troca em alguma eleição. 3 Seus degraus também são usados como assentos e tornam-se áreas de encontro e lazer. Esperar 1 Aguardar por algo que vai a c o n t e c e r. E s p e r a - s e p o r u m desenvolvimento, por reconhecimento, por uma vida melhor, por ser gente, por ser cidadão. 2 Atitude paciente e contemplativa de utilizar o espaço público. 3 Tempo entre um ônibus e outro, quando é possível a socialização. 4 Oportunidade de se gerar um potencial lucro comercial em um local de grande concentração. Quem espera sempre alcança, quando não se cansa. Favela 1 Nome de habitações militares na guerra de Canudos, aplicado a um morro no Rio de Janeiro, e aplicado para todos os conjuntos de habitações subnormais do Brasil, incluindo estas áreas no Recife. 2 Assentamento humano espontâneo em constante crescimento e transformação que
Esperar
De
agradecimentos, recomendações e praguejos. 4 Uma força que indica o caminho ou a postura a se seguir. 5 Atenuador de sofrimentos. 6 Ele tem uma ilha em Recife (antes cohecida como ilha sem Deus). 7 Se deus quiser... Deus é fiel Vide “Deus” Dominó 1 Jogo de salão com peças de madeira, plástico ou marfim. 2 No Recife, o dominó é um território de socialização para seus moradores, em calçadas, próximos às ruas. 3 Sua queda é efeito em cadeia, em rede, e suas conseqüências são as que se notam no caos de Recife. Ebó Oferenda feita aos orixás em encruzilhadas da cidade. A depender da entidade que se trata, esta reverência alterna de cenário. Escada 1 Elemento essencial construído para descer ou subir. Pode ser coletiva ou privada. Muito vista em casas dos morros. Podem ser feitas de pedra, concreto, madeira ou ferro. 2 Inicialmente construídas por moradores, logo
Fa
foram requalificadas para serem utilizadas como moeda de troca em alguma eleição. 3 Seus degraus também são usados como assentos e tornam-se áreas de encontro e lazer. Esperar 1 Aguardar por algo que vai a c o n t e c e r. E s p e r a - s e p o r u m desenvolvimento, por reconhecimento, por uma vida melhor, por ser gente, por ser cidadão. 2 Atitude paciente e contemplativa de utilizar o espaço público. 3 Tempo entre um ônibus e outro, quando é possível a socialização. 4 Oportunidade de se gerar um potencial lucro comercial em um local de grande concentração. Quem espera sempre alcança, quando não se cansa. Favela 1 Nome de habitações militares na guerra de Canudos, aplicado a um morro no Rio de Janeiro, e aplicado para todos os conjuntos de habitações subnormais do Brasil, incluindo estas áreas no Recife. 2 Assentamento humano espontâneo em constante crescimento e transformação que
Esperar
Fe
lembra o aspecto desumano relativo ao subdesenvolvimento. 3 Comunidade informal em permanente estado efêmero. 4 Lugar de sobrevivência e invenção, com caminhos e surpresas. Fé 1 Escapismo ao se crer que tudo poderá dar certo para sobreviver a momentos difíceis e situações precárias. 2 Aquilo que move montanhas, por vezes de dinheiro, em templos ou morros. 3 Auto-advertência para se reconhecer entre o mau e o bom caminho. Futebol Esporte realizado em ruas, calçadas, campos, praças, várzeas, casas... Praticado por homens, mulheres e crianças que constroem suas barras com paus, pedras, camisas, objetos diversos, portas, janelas etc. Gambiarra 1 Arranjo criativo para soluções temporárias que se tornam permanentes. Adaptação. 2 Costume freqüente de adotar códigos abertos não patenteados. 3 Solução para a minimização orçamentária de cobranças. Garagem 1 Espaço essencial para a guarda
Gr
segura dos automóveis. Muitas vezes é vista na frente da casa ocupando o lugar dos terraços. 2 Elemento de distinção social na periferia. 3 Antigo bar do Recife que agregava boêmios. Gelo baiano Obstáculos de concreto e tinta lumirreflexiva. Limítrofe urbano utilizados na rolagem das ruas para disciplinar o trânsito. Em áreas de fluxo intenso pode assumir dimensões maiores, tornando-se um iceberg baiano. Guarda chuva 1 Objeto essencial para a proteção do sol, geralmente usado por senhoras, que também serve para se proteger das chuvas. 2 Objeto utilizado para gerar espaços privados em pontos informais de comércio. Vide “Sombra” Guarda do Apito Serviço de segurança informal presente nos subúrbios do Recife, que apita por toda a noite avisando aos ladrões que naquele momento não devem assaltar. Grade 1 Muro furado. 2 Objeto usado nas prisões para isolar seres humanos da
Janela
Fe
lembra o aspecto desumano relativo ao subdesenvolvimento. 3 Comunidade informal em permanente estado efêmero. 4 Lugar de sobrevivência e invenção, com caminhos e surpresas. Fé 1 Escapismo ao se crer que tudo poderá dar certo para sobreviver a momentos difíceis e situações precárias. 2 Aquilo que move montanhas, por vezes de dinheiro, em templos ou morros. 3 Auto-advertência para se reconhecer entre o mau e o bom caminho. Futebol Esporte realizado em ruas, calçadas, campos, praças, várzeas, casas... Praticado por homens, mulheres e crianças que constroem suas barras com paus, pedras, camisas, objetos diversos, portas, janelas etc. Gambiarra 1 Arranjo criativo para soluções temporárias que se tornam permanentes. Adaptação. 2 Costume freqüente de adotar códigos abertos não patenteados. 3 Solução para a minimização orçamentária de cobranças. Garagem 1 Espaço essencial para a guarda
Gr
segura dos automóveis. Muitas vezes é vista na frente da casa ocupando o lugar dos terraços. 2 Elemento de distinção social na periferia. 3 Antigo bar do Recife que agregava boêmios. Gelo baiano Obstáculos de concreto e tinta lumirreflexiva. Limítrofe urbano utilizados na rolagem das ruas para disciplinar o trânsito. Em áreas de fluxo intenso pode assumir dimensões maiores, tornando-se um iceberg baiano. Guarda chuva 1 Objeto essencial para a proteção do sol, geralmente usado por senhoras, que também serve para se proteger das chuvas. 2 Objeto utilizado para gerar espaços privados em pontos informais de comércio. Vide “Sombra” Guarda do Apito Serviço de segurança informal presente nos subúrbios do Recife, que apita por toda a noite avisando aos ladrões que naquele momento não devem assaltar. Grade 1 Muro furado. 2 Objeto usado nas prisões para isolar seres humanos da
Janela
Ig
sociedade. Objetos usados nas casas para isolar os seres humanos que deveriam estar nas prisões. 3 Tradição artesanal herdada dos mouros espanhóis e portugueses 4 Limite. 5 Controle de entrada e saída. 6 Local para secar roupas. 7 PROTEÇÃO!!! Igreja 1 Lugar para práticas sagradas. 2 São muitas no Recife, católicas, batistas, universais, todas do reino de Deus. 3 Ícones urbanos, referência visual e espacial. 4 Historicamente, são epicentros do crescimento urbano. 5 Lote com torre, padre e sacristia. Espaço pertencente à Santa Igreja Católica do Vaticano, onde o padre, representante de Deus, estabelece mecanismos de controle. 6 Muitas casas vazias do Recife pertencem à Igreja, mesmo que ela não o saiba. 7 Assistencialimo. Moradores de rua são assistidos por católicos e evangélicos. Há muitos templos evangélicos em Recife. Jackson, Michael 1 Trilha sonora recente nas ruas do Recife. 2 Futuro ídolo das novas
La
gerações. 3 Sugestão de nome para recémnascidos. 4 Imagem da moda post mortem. Janela 1 Através dela muitos cidadãos olham a cidade fugazmente, seja da casa, do carro, do trem, do ônibus... 2 Abertura para abrir ou fechar, olhar ou não olhar. 3 Ponto frágil, por onde entram os não quistos. 4 Elemento que se abre para o mundo. Labirinto 1 Caminho consolidado de ordem espontânea, integrado à cidade formal. 2 Caminho onde o usuário perde o referencial, podendo ser estreito ou largo, tortuoso ou cartesiano. 3 Traçado da cidade medieval e das favelas. 4 O labirinto da mesma forma que protege, facilita a fuga. Quem não for minotauro se perde. Lama 1 Mistura de terra e água. Presente em ruas, praças, rios, lagoas etc. Praticamente todo o solo original do Recife. 2 Diz-se de quem está sem dinheiro ou em desgraça pessoal: Fulano está na lama. Largura Parâmetro de classe social. Quanto mais largo, mais rico, quanto mais estreito,
Largura
Ig
sociedade. Objetos usados nas casas para isolar os seres humanos que deveriam estar nas prisões. 3 Tradição artesanal herdada dos mouros espanhóis e portugueses 4 Limite. 5 Controle de entrada e saída. 6 Local para secar roupas. 7 PROTEÇÃO!!! Igreja 1 Lugar para práticas sagradas. 2 São muitas no Recife, católicas, batistas, universais, todas do reino de Deus. 3 Ícones urbanos, referência visual e espacial. 4 Historicamente, são epicentros do crescimento urbano. 5 Lote com torre, padre e sacristia. Espaço pertencente à Santa Igreja Católica do Vaticano, onde o padre, representante de Deus, estabelece mecanismos de controle. 6 Muitas casas vazias do Recife pertencem à Igreja, mesmo que ela não o saiba. 7 Assistencialimo. Moradores de rua são assistidos por católicos e evangélicos. Há muitos templos evangélicos em Recife. Jackson, Michael 1 Trilha sonora recente nas ruas do Recife. 2 Futuro ídolo das novas
La
gerações. 3 Sugestão de nome para recémnascidos. 4 Imagem da moda post mortem. Janela 1 Através dela muitos cidadãos olham a cidade fugazmente, seja da casa, do carro, do trem, do ônibus... 2 Abertura para abrir ou fechar, olhar ou não olhar. 3 Ponto frágil, por onde entram os não quistos. 4 Elemento que se abre para o mundo. Labirinto 1 Caminho consolidado de ordem espontânea, integrado à cidade formal. 2 Caminho onde o usuário perde o referencial, podendo ser estreito ou largo, tortuoso ou cartesiano. 3 Traçado da cidade medieval e das favelas. 4 O labirinto da mesma forma que protege, facilita a fuga. Quem não for minotauro se perde. Lama 1 Mistura de terra e água. Presente em ruas, praças, rios, lagoas etc. Praticamente todo o solo original do Recife. 2 Diz-se de quem está sem dinheiro ou em desgraça pessoal: Fulano está na lama. Largura Parâmetro de classe social. Quanto mais largo, mais rico, quanto mais estreito,
Largura
Li
mais pobre. Dimensão transversal, definidora da escala urbana. Liberdade, Avenida Nela estão o cemitério Parque das Flores, o Presídio Professor Aníbal Bruno e duas delegacias. Não há muitos espaços livres na avenida Liberdade. Limite 1 Linhas invisíveis, ocorrem em geral nos mapas, e determinam um território. 2 Linhas visíveis, impostas ao traçado urbano a exemplo das linhas de metrô, que propõem rupturas da cidade, de um bairro, de uma comunidade. 3 Os limites não são lineares e às vezes tornam-se áreas sem reconhecimento legal. 4 Só a Celpe sabe que a gente existe... 5 Onde começa e ou acaba alguma coisa ou território. 6 Limite de transição. 7 Linha física ou imaginária que separa. Lixo 1 Resíduo natural ou artificial. 2 Material para reciclar e construir; 3 Habitante usual de ruas, matas e rios. 4 Possibilidade de revelação de uso e costume local, sinal de status social. 5 Fonte de renda para catadores e partidos políticos.
Ma
Lona Presente em toda área elevada do Recife. Usa-se para proteger as barreiras de inundações no período das chuvas e o conseqüente desabamento de casas. Macaxeira 1 Tubérculo extremamente consumido em todo nordeste brasileiro. Presente em quase todas as mesas de bares acompanhada de elementos protéicos guisados, fritos e assados. 2 Nome de um grande terminal de transporte do Recife. Mangue 1 Fonte riquíssima e natural de vida. 2 Principal elemento natural do território estuarino que é Recife, onde impera a lama, o caos, o caranguejo, e Chico Science. 3 Massa orgânica fétida. Berçário de vida. 4 Elemento venerado pelo IBAMA e o CPRH, odiado pelos incorporadores, e apreciado pelo turista como elemento de paisagem. Mapa 1 Desenho cartográfico que tenta definir um território. 2 Através dele podemos nos desorientar. Mapa Mundi, Mapa astral, Mapa rodoviário, mapa do céu. Maré 1 Movimento dos níveis fluviais da
Lixo
Li
mais pobre. Dimensão transversal, definidora da escala urbana. Liberdade, Avenida Nela estão o cemitério Parque das Flores, o Presídio Professor Aníbal Bruno e duas delegacias. Não há muitos espaços livres na avenida Liberdade. Limite 1 Linhas invisíveis, ocorrem em geral nos mapas, e determinam um território. 2 Linhas visíveis, impostas ao traçado urbano a exemplo das linhas de metrô, que propõem rupturas da cidade, de um bairro, de uma comunidade. 3 Os limites não são lineares e às vezes tornam-se áreas sem reconhecimento legal. 4 Só a Celpe sabe que a gente existe... 5 Onde começa e ou acaba alguma coisa ou território. 6 Limite de transição. 7 Linha física ou imaginária que separa. Lixo 1 Resíduo natural ou artificial. 2 Material para reciclar e construir; 3 Habitante usual de ruas, matas e rios. 4 Possibilidade de revelação de uso e costume local, sinal de status social. 5 Fonte de renda para catadores e partidos políticos.
Ma
Lona Presente em toda área elevada do Recife. Usa-se para proteger as barreiras de inundações no período das chuvas e o conseqüente desabamento de casas. Macaxeira 1 Tubérculo extremamente consumido em todo nordeste brasileiro. Presente em quase todas as mesas de bares acompanhada de elementos protéicos guisados, fritos e assados. 2 Nome de um grande terminal de transporte do Recife. Mangue 1 Fonte riquíssima e natural de vida. 2 Principal elemento natural do território estuarino que é Recife, onde impera a lama, o caos, o caranguejo, e Chico Science. 3 Massa orgânica fétida. Berçário de vida. 4 Elemento venerado pelo IBAMA e o CPRH, odiado pelos incorporadores, e apreciado pelo turista como elemento de paisagem. Mapa 1 Desenho cartográfico que tenta definir um território. 2 Através dele podemos nos desorientar. Mapa Mundi, Mapa astral, Mapa rodoviário, mapa do céu. Maré 1 Movimento dos níveis fluviais da
Lixo
Ma
cidade regulados pela lua. Modificação da vida, paisagem, cor, cheiro. 2 Determinante do trabalho dos pescadores. 3 Toma-se banho de canal quando a maré enche. 4 Renovação das águas. 5 Típica gíria: a maré não está pra peixe. Maresia 1 Cheiro ou atmosfera marítima. Geralmente úmida e com grande quantidade de sais marinhos. 2 O que corrói peças metálicas de uma casa à beira mar. 3 Cheiro de maconha no ar ou efeito de quem acaba de fumar. Medo 1 Betânia não sente medo andando. Betânia sente medo em Boa Viagem no seu carro. 2 Boa desculpa para não pagar multa ao cruzar um sinal vermelho. 3 A polícia impõe mais medo que os bandidos. 4 Há medo na solidão. Mercado 1 Equipamento público ou privado que congrega pessoas que compram e vendem, que comem e bebem, que se encontram e desencontram. 2 Lugar multicompartimentado que abriga em de
Mo
comercializa pessoas, coisas e animais, além de oferecer a prestação de serviços. 3 Lugar onde se encontra mais facilmente tudo o que é produzido com rótulo de cultura popular e pessoas peculiares da cidade. 4 Na cidade do Recife, existem muitos formais ou informais. 5 O mercado organiza a feira. Metrô 1 De superfície. 2 Serve para entrar e sair do centro urbano. 3 Principal gerador de muros e isolamento. Ruptura da malha urbana. 4 Estação do metrô: local para transposição de seus trilhos e mirante artificial. 5 O Recife tem um metrô que nem parece com Recife. Mormaço 1 Efeito climático de drástica sensação de calor, causado pela aliança do sol escaldante com a alta umidade. 2 Causa direta da instalação de climatizadores de ambiente. Morro 1 Elemento natural, sempre em movimento, erosivo ou explosivo (culturalmente), que cerca a cidade formal com suas ocupações espontâneas. 2 Local em processo contínuo de concretização (do o
Mormaço
Ma
cidade regulados pela lua. Modificação da vida, paisagem, cor, cheiro. 2 Determinante do trabalho dos pescadores. 3 Toma-se banho de canal quando a maré enche. 4 Renovação das águas. 5 Típica gíria: a maré não está pra peixe. Maresia 1 Cheiro ou atmosfera marítima. Geralmente úmida e com grande quantidade de sais marinhos. 2 O que corrói peças metálicas de uma casa à beira mar. 3 Cheiro de maconha no ar ou efeito de quem acaba de fumar. Medo 1 Betânia não sente medo andando. Betânia sente medo em Boa Viagem no seu carro. 2 Boa desculpa para não pagar multa ao cruzar um sinal vermelho. 3 A polícia impõe mais medo que os bandidos. 4 Há medo na solidão. Mercado 1 Equipamento público ou privado que congrega pessoas que compram e vendem, que comem e bebem, que se encontram e desencontram. 2 Lugar multicompartimentado que abriga em de
Mo
comercializa pessoas, coisas e animais, além de oferecer a prestação de serviços. 3 Lugar onde se encontra mais facilmente tudo o que é produzido com rótulo de cultura popular e pessoas peculiares da cidade. 4 Na cidade do Recife, existem muitos formais ou informais. 5 O mercado organiza a feira. Metrô 1 De superfície. 2 Serve para entrar e sair do centro urbano. 3 Principal gerador de muros e isolamento. Ruptura da malha urbana. 4 Estação do metrô: local para transposição de seus trilhos e mirante artificial. 5 O Recife tem um metrô que nem parece com Recife. Mormaço 1 Efeito climático de drástica sensação de calor, causado pela aliança do sol escaldante com a alta umidade. 2 Causa direta da instalação de climatizadores de ambiente. Morro 1 Elemento natural, sempre em movimento, erosivo ou explosivo (culturalmente), que cerca a cidade formal com suas ocupações espontâneas. 2 Local em processo contínuo de concretização (do o
Mormaço
Mu
concretizar até ao passar ao concreto). 3 Lugar privilegiado pela natureza e desprestigiado pela sociedade do Recife. 4 O que provoca cansaço ao percorrer, medo ao cair da chuva, esperança e desconfiança quando se aproximam as eleições. Quando derem vez ao morro todo o universo vai sambar. Muro 1 Obstáculo artificial construído pelo homem para o isolar de algo ou alguém. 2 Artifício utilizado para demarcar propriedade, definir fronteiras. 3 Espaço publicitário. 4 Elemento essencial para grafiteiros. 5 Elemento gerador de sombra. Nômade 1 Aquele que entra e sai a todo instante, em constante mudança de habitat. 2 Cidadão trabalhador que habita e usa toda a cidade. 3 O oposto de sedentário, que habita e usa uma mínima parte da cidade. Obstáculo 1 Ponto de mutação. 2 O que tem que ser superado para crescer. Algo que impede e limita. 3 É inevitável quando se anda pelas calçadas. 4 Equipamentos urbanos também são osbtáculos: orelhões, placas,
Pa
paradas de ônibus, lixeiras. Odores 1 Cheiros. 2 Podem ser bom ou ruins, fortes ou suaves. 3 Cheiro do corpo é inhaca, do pé é chulé. 4 Vem de várias fontes, dos dejetos, da comida que se prepara, do desodorante do operário de construção liberado às 17h, do animal que cria, do combustível. 5 Recifede, Recifezes. Olhar 1 Observar, analisar de modo particular, ação para a descoberta. 2 Olhar suspeito, olhar doce, olho grande, olho da rua. Olha o Ovo! Típico mecanismo de comercialização de ovos ou de leguminosas. Utiliza-se um carro avariado e um mecanismo sonoro de ampliação da voz com baixa qualidade. Herança dos feirantes e mascates: ganha-se o freguês no grito. Vai amolar? Vide “Camelô” Palafita A primeira técnica de construção humana para abrigar-se em leitos de rios ainda presente na cidade do Recife. Técnica empírica e bela, porém miserável. Construtora de elementos criativos com percursos lúdicos.
Muro
Mu
concretizar até ao passar ao concreto). 3 Lugar privilegiado pela natureza e desprestigiado pela sociedade do Recife. 4 O que provoca cansaço ao percorrer, medo ao cair da chuva, esperança e desconfiança quando se aproximam as eleições. Quando derem vez ao morro todo o universo vai sambar. Muro 1 Obstáculo artificial construído pelo homem para o isolar de algo ou alguém. 2 Artifício utilizado para demarcar propriedade, definir fronteiras. 3 Espaço publicitário. 4 Elemento essencial para grafiteiros. 5 Elemento gerador de sombra. Nômade 1 Aquele que entra e sai a todo instante, em constante mudança de habitat. 2 Cidadão trabalhador que habita e usa toda a cidade. 3 O oposto de sedentário, que habita e usa uma mínima parte da cidade. Obstáculo 1 Ponto de mutação. 2 O que tem que ser superado para crescer. Algo que impede e limita. 3 É inevitável quando se anda pelas calçadas. 4 Equipamentos urbanos também são osbtáculos: orelhões, placas,
Pa
paradas de ônibus, lixeiras. Odores 1 Cheiros. 2 Podem ser bom ou ruins, fortes ou suaves. 3 Cheiro do corpo é inhaca, do pé é chulé. 4 Vem de várias fontes, dos dejetos, da comida que se prepara, do desodorante do operário de construção liberado às 17h, do animal que cria, do combustível. 5 Recifede, Recifezes. Olhar 1 Observar, analisar de modo particular, ação para a descoberta. 2 Olhar suspeito, olhar doce, olho grande, olho da rua. Olha o Ovo! Típico mecanismo de comercialização de ovos ou de leguminosas. Utiliza-se um carro avariado e um mecanismo sonoro de ampliação da voz com baixa qualidade. Herança dos feirantes e mascates: ganha-se o freguês no grito. Vai amolar? Vide “Camelô” Palafita A primeira técnica de construção humana para abrigar-se em leitos de rios ainda presente na cidade do Recife. Técnica empírica e bela, porém miserável. Construtora de elementos criativos com percursos lúdicos.
Muro
Pe
Pentagrama 1 Conjunto de cinco linhas onde se escrevem as notas, uma alegoria. 2 A cidade física é um pentagrama rígido. 3 A música sempre é presente na cidade, na rua, nos quintais, nos carros. Perigo 1 Aproximação da morte. 2 Instabilidade. 3 Sentimento próprio que nem sempre está presente na cidade. 4 O perigo está no imaginário da pessoa. Pitú 1 Espécie de crustáceo de rio apreciado nas refeições ou como petiscos. Aparenta-se ao camarão sendo maior. 2 Marca afamada de aguardente de cana, extremamente barata, consumida aos tubos na maioria dos bares mais populares. E vendida no exterior do país como especiaria de luxo. Pirataria 1 Difusão de informação humana sem CPF ou CNPJ. 2 Direito da não propriedade intelectual. 3 Do imaginário pirata, aquele que rouba. 4 Pode ser vista em pontos comerciais ilegais por toda a cidade, incluindo próximos a policiais. Polícia Em muitos casos, bandidos fardados
Pr
que agridem a quem deveriam defender e protegem quem deveriam Ra tá tá tá! Praça 1 Local público e democrático onde pessoas de todos os sexos e idades se encontram, param, pensam, descansam, são felizes ou infelizes... Ponto de táxi. 2 Nascem da história da cidade, eram cemitérios, mercados. Vide “Dominó” Prato Feito Forma de comer diária da grande parte da população. Formato reduzido do prato comercial. Conhecido pela sigla PF. Em um único prato é servido uma base de feijão coberta por arroz branco e uma porção de carne da preferência do cliente. Duas fatias de tomate, um pedaço de cebola e uma singela fatia de alface complementam a decoração e fingem ser salada. Proteção 1 Pseudo manto de imunidade. 2 Energia externa para fortalecimento aplicada às grades. 3 Aquilo que se aplica para preservação do amor, do carinho, da família. 4 O grande negócio da insegurança, do imaginário do perigo.
Rua
Pe
Pentagrama 1 Conjunto de cinco linhas onde se escrevem as notas, uma alegoria. 2 A cidade física é um pentagrama rígido. 3 A música sempre é presente na cidade, na rua, nos quintais, nos carros. Perigo 1 Aproximação da morte. 2 Instabilidade. 3 Sentimento próprio que nem sempre está presente na cidade. 4 O perigo está no imaginário da pessoa. Pitú 1 Espécie de crustáceo de rio apreciado nas refeições ou como petiscos. Aparenta-se ao camarão sendo maior. 2 Marca afamada de aguardente de cana, extremamente barata, consumida aos tubos na maioria dos bares mais populares. E vendida no exterior do país como especiaria de luxo. Pirataria 1 Difusão de informação humana sem CPF ou CNPJ. 2 Direito da não propriedade intelectual. 3 Do imaginário pirata, aquele que rouba. 4 Pode ser vista em pontos comerciais ilegais por toda a cidade, incluindo próximos a policiais. Polícia Em muitos casos, bandidos fardados
Pr
que agridem a quem deveriam defender e protegem quem deveriam Ra tá tá tá! Praça 1 Local público e democrático onde pessoas de todos os sexos e idades se encontram, param, pensam, descansam, são felizes ou infelizes... Ponto de táxi. 2 Nascem da história da cidade, eram cemitérios, mercados. Vide “Dominó” Prato Feito Forma de comer diária da grande parte da população. Formato reduzido do prato comercial. Conhecido pela sigla PF. Em um único prato é servido uma base de feijão coberta por arroz branco e uma porção de carne da preferência do cliente. Duas fatias de tomate, um pedaço de cebola e uma singela fatia de alface complementam a decoração e fingem ser salada. Proteção 1 Pseudo manto de imunidade. 2 Energia externa para fortalecimento aplicada às grades. 3 Aquilo que se aplica para preservação do amor, do carinho, da família. 4 O grande negócio da insegurança, do imaginário do perigo.
Rua
Pu
Puxadinho Edícula erguida precariamente em qualquer espaço que sobre do pequeno lote urbano. Refúgio 1 Lugar escondido, caverna. 2 O mesmo que casa em um bairro rico. 3 Espaço livre, independente de ser urbanizado, como uma praça. Nem sempre sombreado por árvores ou cobertas construídas. 4 Local para descanso comumente tomado por carros. Resífilis A venérea brasileira. Rio No início tudo era rio. Uma referência de localização ao andar pelo Recife. Vide “Atlântico, Oceano” Rua 1 Elemento multiuso. 2 Quando privado é igual a um mau lugar. 3 Podem-se criar eventos de rua por seu caráter de múltipla atividade. 4 Local de circulação de pessoas e mercadorias. Pequena extensão da casa. Ruído 1 Sonoridade caótica provocada por vários sons e autores: automóveis, comerciante, músicas, conversas, buzinas, sirenes, gritos, amoladores de alicate. Vide “Anuncicleta” 2 Diretamente ligada à vida e à
So
atividade comercial móvel e estética. Schevchenko Jovem pixador que escolheu a enorme alcunha (raro entre pixadores) para marcar toda a zona norte da cidade. Sedimento 1 Material natural ou artificial constituinte de grande parte do solo do Recife. 2 O lixo sedimentado 3 Matéria orgânica observada na Ilha de Deus. 4 Desamparado, solto ao mundo. 5 Carente de sua terceira pele. 6 Habitante das ruas que as utiliza para fazer todas as atividades domésticas. Sem teto Seres humanos visíveis ou invisíveis que habitam as ruas da cidade. Podem-se notar vários deles sob as marquises, escadas, cobertas, barracas e outros infindáveis abrigos urbanos. Por incrível que pareça ele não são notados pelas autoridades competentes. Sol 1 É quente!!! 2 Inclemente para caminhar. 3 O sol é deus, deus é fiel: serve para demarcação dos horários. 4 Atração turística. 5 Gerador de cadeia produtiva. 6 Promove a sombra. 7 Carne de sol. 8 Elemento secar
Sombra
Pu
Puxadinho Edícula erguida precariamente em qualquer espaço que sobre do pequeno lote urbano. Refúgio 1 Lugar escondido, caverna. 2 O mesmo que casa em um bairro rico. 3 Espaço livre, independente de ser urbanizado, como uma praça. Nem sempre sombreado por árvores ou cobertas construídas. 4 Local para descanso comumente tomado por carros. Resífilis A venérea brasileira. Rio No início tudo era rio. Uma referência de localização ao andar pelo Recife. Vide “Atlântico, Oceano” Rua 1 Elemento multiuso. 2 Quando privado é igual a um mau lugar. 3 Podem-se criar eventos de rua por seu caráter de múltipla atividade. 4 Local de circulação de pessoas e mercadorias. Pequena extensão da casa. Ruído 1 Sonoridade caótica provocada por vários sons e autores: automóveis, comerciante, músicas, conversas, buzinas, sirenes, gritos, amoladores de alicate. Vide “Anuncicleta” 2 Diretamente ligada à vida e à
So
atividade comercial móvel e estética. Schevchenko Jovem pixador que escolheu a enorme alcunha (raro entre pixadores) para marcar toda a zona norte da cidade. Sedimento 1 Material natural ou artificial constituinte de grande parte do solo do Recife. 2 O lixo sedimentado 3 Matéria orgânica observada na Ilha de Deus. 4 Desamparado, solto ao mundo. 5 Carente de sua terceira pele. 6 Habitante das ruas que as utiliza para fazer todas as atividades domésticas. Sem teto Seres humanos visíveis ou invisíveis que habitam as ruas da cidade. Podem-se notar vários deles sob as marquises, escadas, cobertas, barracas e outros infindáveis abrigos urbanos. Por incrível que pareça ele não são notados pelas autoridades competentes. Sol 1 É quente!!! 2 Inclemente para caminhar. 3 O sol é deus, deus é fiel: serve para demarcação dos horários. 4 Atração turística. 5 Gerador de cadeia produtiva. 6 Promove a sombra. 7 Carne de sol. 8 Elemento secar
Sombra
So
fundamental para secar roupas. O sol de Recife está de rachar. Sombra 1 Refúgio natural e/ou artificial; local para esperar o ônibus, quando há. 2 Aluga-se nas praias. 3 Sombrinhas Vide “Sol” 4 Fumase nela. 5 Espaço urbano extremamente disputado. 6 Tesouro caríssimo do Recife. Sujeira 1 O mesmo que policial quando se está em atitude suspeita. Apaga esse baseado que lá vem os homens. Olha a sujeira! Olha a sujeira! 2 Aquele que não é boa companhia. 3 Resíduos espaciais frutos do mau planejamento. 4 Fim de feira. 5 Diz-se das ruas, dos rios. 6 Status das zonas urbanas. 7 Resultadodos usos humanos. 8 Resto de maconha nos bolsos de alguém. Skyline Lugar onde se evidenciam as diferenças entre classes sociais. Arranha-céu versus telhados das favelas. A altura como dialética do poder. Teimosia 1 O mesmo que resistência. 2 Aquilo que se teve em Brasília Teimosa no início de sua ocupação popular. Aquela que tem
Tr
se podia ouvir: Daqui não saio / Daqui ninguém me tira. (bis) / Onde é que eu vou morar / O senhor tem paciência de esperar / Ainda mais com quatro filhos / Aonde é que vou parar (bis) / Sei que o senhor tem razão / Pra querer a casa pra morar / Mas aonde eu vou ficar / No mundo ninguém perde por esperar / Mas já dizem por aí / Que a vida vai melhorar. Vide “Sem Teto” Trabalho 1 Para alguns uma tortura, obrigação, fruto da herança escravagista de nossa sociedade. 2 Cumprimento de prazos ou o que a elite se nega a fazer. 3 No caminho místico ou social: o bom caminho a seguir. Melhor trabalhar que roubar. Vide “Deus é fiel” Tração animal Mecanismo de transporte medieval encontrado até hoje nas ruas do Recife. Diz-se que Recife não possui área rural, porém pode-se ver movimentação de animais de grande porte pela cidade. Traficante 1 Indivíduo que comercializa drogas, pessoas ou objetos ilegais. 2 O que arma a “defesa” de um território, que desafia a
Skyline
So
fundamental para secar roupas. O sol de Recife está de rachar. Sombra 1 Refúgio natural e/ou artificial; local para esperar o ônibus, quando há. 2 Aluga-se nas praias. 3 Sombrinhas Vide “Sol” 4 Fumase nela. 5 Espaço urbano extremamente disputado. 6 Tesouro caríssimo do Recife. Sujeira 1 O mesmo que policial quando se está em atitude suspeita. Apaga esse baseado que lá vem os homens. Olha a sujeira! Olha a sujeira! 2 Aquele que não é boa companhia. 3 Resíduos espaciais frutos do mau planejamento. 4 Fim de feira. 5 Diz-se das ruas, dos rios. 6 Status das zonas urbanas. 7 Resultadodos usos humanos. 8 Resto de maconha nos bolsos de alguém. Skyline Lugar onde se evidenciam as diferenças entre classes sociais. Arranha-céu versus telhados das favelas. A altura como dialética do poder. Teimosia 1 O mesmo que resistência. 2 Aquilo que se teve em Brasília Teimosa no início de sua ocupação popular. Aquela que tem
Tr
se podia ouvir: Daqui não saio / Daqui ninguém me tira. (bis) / Onde é que eu vou morar / O senhor tem paciência de esperar / Ainda mais com quatro filhos / Aonde é que vou parar (bis) / Sei que o senhor tem razão / Pra querer a casa pra morar / Mas aonde eu vou ficar / No mundo ninguém perde por esperar / Mas já dizem por aí / Que a vida vai melhorar. Vide “Sem Teto” Trabalho 1 Para alguns uma tortura, obrigação, fruto da herança escravagista de nossa sociedade. 2 Cumprimento de prazos ou o que a elite se nega a fazer. 3 No caminho místico ou social: o bom caminho a seguir. Melhor trabalhar que roubar. Vide “Deus é fiel” Tração animal Mecanismo de transporte medieval encontrado até hoje nas ruas do Recife. Diz-se que Recife não possui área rural, porém pode-se ver movimentação de animais de grande porte pela cidade. Traficante 1 Indivíduo que comercializa drogas, pessoas ou objetos ilegais. 2 O que arma a “defesa” de um território, que desafia a
Skyline
Tr
lei, que questiona o poder instituído. 3 Aquele que possui o poder de limitar acessos. 4 Aquele que modifica o uso da cidade, que gera uma mudança social e de relações humanas. Transporte 1 Aquilo que nos faz ir e vir. 2 O meio. 3 O que transporta espacialmente a localização de algo. 4 Aquilo que permite várias leituras de um mesmo sítio ao se locomover de carro, ônibus, a pé, trem ou bicicleta. 5 Aquilo que o homem adapta para transpor a geografia urbana. 6 Aquilo que transporta, guarda e comercializa: cachorroquente, coxinha, pastéis, caldo de cana... 7 Também conhecido como espera, lentidão, ineficiência. Tubarão Habitante mítico das praias do Recife. Gosta muito de surfistas. Uso múltiplo 1 Lugar, objeto, espaço ou pessoas aptos a abrigar ou desempenhar várias funções. 2 Aquilo que não tem o uso definido uso. 3 Prédio que se destina à múltipla sobrevivência e que por sua variante usual se assemelha à versatilidade de um circo.
Vi
Vende-se 1 Tudo. Absolutamente tudo está à venda: prédios quase destruídos na Mirueira. 2 O trator que se troca por um punhado de seu dinheiro na Dr. José Rufino. 3 Permanente estado de compra e venda nas ruas do Recife. 4 Aquilo que se aplica a placas para vendas de uma barraca de cachorro-quente na Rua da Saudade. Vitória das Mulheres, Ponte Pequeno pontilhão para pedestres (também utilizado por motocicletas) que liga o continente à Ilha de Deus. O nome é uma homenagem à organização das mulheres da ilha que articulou a construção desta. Vizinhança 1 Espaço de intimidade ou estranhamento. 2 Vizinhos do lado, de cima, da frente e de trás. 3 O vizinho a quem se deve ou a quem se dá. 4 Relação de convivência e solidariedade não institucionalizada frequente nos em alguns bairros, onde as ruas são extensões de uma casa. Um bom muro faz um bom vizinho. O perigo mora ao lado.
Uso múltiplo
Tr
lei, que questiona o poder instituído. 3 Aquele que possui o poder de limitar acessos. 4 Aquele que modifica o uso da cidade, que gera uma mudança social e de relações humanas. Transporte 1 Aquilo que nos faz ir e vir. 2 O meio. 3 O que transporta espacialmente a localização de algo. 4 Aquilo que permite várias leituras de um mesmo sítio ao se locomover de carro, ônibus, a pé, trem ou bicicleta. 5 Aquilo que o homem adapta para transpor a geografia urbana. 6 Aquilo que transporta, guarda e comercializa: cachorroquente, coxinha, pastéis, caldo de cana... 7 Também conhecido como espera, lentidão, ineficiência. Tubarão Habitante mítico das praias do Recife. Gosta muito de surfistas. Uso múltiplo 1 Lugar, objeto, espaço ou pessoas aptos a abrigar ou desempenhar várias funções. 2 Aquilo que não tem o uso definido uso. 3 Prédio que se destina à múltipla sobrevivência e que por sua variante usual se assemelha à versatilidade de um circo.
Vi
Vende-se 1 Tudo. Absolutamente tudo está à venda: prédios quase destruídos na Mirueira. 2 O trator que se troca por um punhado de seu dinheiro na Dr. José Rufino. 3 Permanente estado de compra e venda nas ruas do Recife. 4 Aquilo que se aplica a placas para vendas de uma barraca de cachorro-quente na Rua da Saudade. Vitória das Mulheres, Ponte Pequeno pontilhão para pedestres (também utilizado por motocicletas) que liga o continente à Ilha de Deus. O nome é uma homenagem à organização das mulheres da ilha que articulou a construção desta. Vizinhança 1 Espaço de intimidade ou estranhamento. 2 Vizinhos do lado, de cima, da frente e de trás. 3 O vizinho a quem se deve ou a quem se dá. 4 Relação de convivência e solidariedade não institucionalizada frequente nos em alguns bairros, onde as ruas são extensões de uma casa. Um bom muro faz um bom vizinho. O perigo mora ao lado.
Uso múltiplo
terminologia urbana do recife Prefeito João da Costa Vice-Prefeito Milton Coelho Secretário de Cultura Renato Lins Presidente da Fundação de Cultura Luciana Félix Diretor de Gestão de Equipamentos Culturais Beto Rezende Gerência de Museus Carmem Lúcia Piquet Diretor do Espaço Cultural Pátio de São Pedro Fernando Augusto Gerente do CFAV André Aquino Coordinador geral do Spa das Artes Márcio Almeida Coordenadora da oficina Maria Eduarda Belém
Agradecimentos Luciana Soares Pessoal do CFAV Pessoal do Museu Murillo LaGreca Romero da Ilha de Deus O barqueiro que nos atravessou ao Pina O Barqueiro anônimo que nos salvou Luciano, motorista do Multicultural Todos os garçons que nos atenderam Carol Azevedo e seu fusquinha Lia Menezes Fred Ayres Hugo Livrinho de papel finíssimo Pessoal do Branco do Olho Centre d’Art Can Xalant A todos das ruas A cidade do Recife
www.tu-recife.net
terminologia urbana do recife Prefeito João da Costa Vice-Prefeito Milton Coelho Secretário de Cultura Renato Lins Presidente da Fundação de Cultura Luciana Félix Diretor de Gestão de Equipamentos Culturais Beto Rezende Gerência de Museus Carmem Lúcia Piquet Diretor do Espaço Cultural Pátio de São Pedro Fernando Augusto Gerente do CFAV André Aquino Coordinador geral do Spa das Artes Márcio Almeida Coordenadora da oficina Maria Eduarda Belém
Agradecimentos Luciana Soares Pessoal do CFAV Pessoal do Museu Murillo LaGreca Romero da Ilha de Deus O barqueiro que nos atravessou ao Pina O Barqueiro anônimo que nos salvou Luciano, motorista do Multicultural Todos os garçons que nos atenderam Carol Azevedo e seu fusquinha Lia Menezes Fred Ayres Hugo Livrinho de papel finíssimo Pessoal do Branco do Olho Centre d’Art Can Xalant A todos das ruas A cidade do Recife
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terminologia urbana do recife Participantes Cristiane Alves Lourdinha Campos Ana Cristina Cavalcanti Ideia original Betânia Corrêa Pau Faus Eva Duarte Vera Freire Realização no Recife Duda Freyre Pau Faus Juliana Guanais Diogo Todë Julien Ineichen Cyane Pacheco Daianne Rafael Josivan Rodrigues