Universidade do minho desenvolve lentes inteligentes para daltónicos

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Universidade do Minho Desenvolve Lentes Inteligentes Para Daltónicos

O projeto é pioneiro e está a ser desenvolvido em Braga pelo Centro de Física da Universidade do Minho (CFUM), o único laboratório do país especializado em visão das cores. O CFMU, que estuda sobretudo o daltonismo, está a criar lentes coloridas ou iluminação adequada que melhorem a identificação correta das cores pelos daltónicos. São lentes que “convertem as cores que os daltónicos confundem em cores que não confundam”, diz Sérgio Nascimento, responsável pelo centro de investigação, Tome-se como exemplo o caso de um daltónico que trabalhe numa linha de montagem e que precise de verificar certas cores. “Se soubermos como ele vê, podemos determinar a iluminação que incide sobre as amostras que está a usar para que elas tenham a cor que possa distinguir ou então usar lentes coloridas adequadas que permitam alterar as cores aparentes dos objetos”, diz o investigador. Com soluções adaptadas a cada caso, esta investigação deverá estar concluída dentro de um ano, adianta Sérgio Nascimento, ele próprio um daltónico. Estima-se que haja 450 mil daltónicos em Portugal. Cerca de metade não sabe que tem daltonismo, uma perturbação da perceção visual sem cura. Interessante também é pensar que há outros tantos milhares que “andam às cegas” sem sequer se aperceberem, embora não tenham qualquer tipo de problema de visão ocular. Já diz o velho ditado: “Pior cego é aquele que não quer ver”. Mas isso já é tema de debate para um outro artigo.


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