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ELEIÇÕES 2018
Desembargador Yedo Simões de Oliveira, presidente eleito do TJAM, e desembargador João de Jesus Abdala Simões, novo presidente do TRE-AM
INTOLERÂNCIA CONTRA O MAU POLÍTICO
Novo presidente do TRE-AM ressalta a descrença do eleitor brasileiro no atual momento do País e a importância de combater políticos corruptos.
Raphael Alves/TJAM
“O político eleito por meio do voto secreto, livre e independente, e o eleitor consciente são os protagonistas da concretização da democracia plena. O que não queremos e o que devemos afastar do prélio são os maus políticos”. João Simões - presidente do TRE-AM
Em um ano que será decisivo para a democracia brasileira, o recém-empossado presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), João de Jesus Abdala Simões, que assumiu o cargo no dia 4 de maio, ressaltou em seu primeiro discurso a crise de representatividade e a descrença do eleitor brasileiro no futuro do país.
João Simões e Aristóteles Lima Thury foram empossados, respectivamente, como presidente e vicepresidente, do TRE-AM, em solenidade realizada, no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).
Simões exemplificou o alto índice de abstenção do pleito suplementar para o cargo de governador do Amazonas, em 2017. “O percentual de abstenção no segundo turno, se somado aos percentuais de votos brancos e nulos, representou aproximadamente 40% do eleitorado. Os números são um sintoma claro de um mal que, já há algum tempo, acomete a democracia brasileira”, alertou o presidente.
O desembargador citou uma frase de um expresidente norte-americano Abraham Lincoln para justificar a importância do voto. “Ninguém é suficiente competente para governar outra pessoa sem seu consentimento”.
João Simões disse que compreende a descrença dos eleitores brasileiros nos políticos, mas afirmou que o Estado Democrático de Direito é a única opção “viável” para superar a crise política instalada. E prometeu que não haverá tolerância ao mau político.
“O político eleito por meio do voto secreto, livre e independente, e o eleitor consciente são os protagonistas da concretização da democracia plena. O que não queremos e o que devemos afastar do prélio são os maus políticos. Aliás, o mau não é bem-vindo em qualquer atividade ou profissão”, afirmou Simões.
Por fim, João Simões disse que sua jornada na Corte seria movida por dois sentimentos: a felicidade e o entusiasmo. “A felicidade de quem concluiu um frutífero biênio à frente da Corregedoria Regional Eleitoral e o entusiasmo de quem pretende contribuir para que mais uma eleição limpa seja entregue ao povo amazonense”, concluiu.
O atual presidente do TER-AM aproveitou o momento para elogiar o trabalho desenvolvido pelo expresidente, desembargador, Yedo Simões, e também pelos magistrados e servidores do TRE-AM. “O Tribunal Eleitoral do Amazonas se encontra entre os seis melhores Tribunais Regionais Eleitorais do Brasil e esse resultado foi alcançado pelo trabalho abnegado de todos os servidores e Magistrados desta Corte”, elogiou Simões.
Economia | Finanças DÓLAR NAS ALTURAS
Entenda como a alta do dólar afeta a vida do brasileiro e quais são seus impactos reais.
Reprodução/Internet
Com o dólar operando em alta no mês de maio, a moeda americana já ultrapassou a casa dos R$ 3,70, a maior cotação em dois anos. Segundo a professora de economia da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio, Michelle Nunes, o sobe e desce do mercado de câmbio afeta diretamente a economia no país e a vida dos brasileiros.
De acordo com ela, para quem vai viajar para o exterior, a viagem vai acabar saindo mais cara. “Quem for ficar no Brasil também poderá sentir no bolso os efeitos do aumento do dólar. Os produtos importados ficam mais caros quando o dólar sobe. Mesmo que ele seja fabricado aqui no Brasil, pode ter matéria-prima ou peças importadas. Se o preço desses materiais subir, o preço final também vai ter diferença”, explica.
Além disso, tem produto que é fabricado aqui no Brasil e que segue uma referência de preços em dólares. É o caso do diesel e da gasolina que ficam mais caros quando o dólar sobe. Nesse sentido, o frete de mercadorias feito por transportadoras também vai sofrer reajuste, o que pode ser repassado para os produtos.
“Por outro lado, as empresas exportadoras saem ganhando quando o dólar sobe. Nesse caso, elas passam a ter mais dinheiro para investir e contratar mais”, afirma.
O economista Reinaldo Domingos, doutor em educação financeira e presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) explica os quatro principais impactos da alta do dólar para as finanças:
Competitividade entre as empresas
Os impactos tendem a ser positivos para empresas e indústrias nacionais, já que com a alta do dólar a competitividade das vendas é estimulada.
Já para as empresas importadoras, que compram seus produtos do exterior em dólar, há um encarecimento em todo o processo, o que, irremediavelmente, acaba sendo repassado para o consumidor final.
Aumento dos preços em geral
O aumento do dólar gera um aumento na inflação de modo geral, já que matérias-primas de produtos consumidos largamente no Brasil – como o trigo para o pãozinho, por exemplo – passam a custar mais caro.
Não se trata de um momento para pânico, mas é preciso considerar que a inflação e o desemprego também batem a porta.
Rentabilidade dos investimentos
Para quem tem investimentos atrelados ao dólar ou compra a moeda americana propriamente dita, a alta possibilita um aumento de ganhos. O mesmo vale para quem tem ações em grandes exportadoras.
Contudo, a instabilidade do governo Donald Trump (EUA) é um importante fator a ser considerado. Antes de tomar qualquer decisão, é válido buscar a assessoria de um especialista, evitando agir por impulso.
Viagens internacionais
O aumento nos gastos se dá já das despesas básicas, como com passagens, hospedagens e uso de cartões de créditos internacionais.
Caso a pessoa ou família não tenha feito um planejamento prévio, orçando todos os custos e poupando mês a mês para realizar este sonho com tranquilidade financeira, o ideal é deixar a viagem para outro momento.
Tiago Correa
Segundo o Deputado Federal Gedeão Amorim, (MDB-AM), existem institutos com tradição de pesquisas na Amazônia sem recursos até para comprar combustíveis