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EMPREGOS, CONCURSOS & NEGÓCIOS
SALVADOR DOMINGO 16/3/2014
EMPREENDEDORISMO Pequenos empreendedores baianos investem nos quitutes e, menos de um ano depois, multiplicam as vendas
Fabricação de bolos caseiros vira negócio lucrativo PAULA MORAIS
Investir em alimentação é uma alternativa para quem deseja ter o próprio negócio. O último dado divulgado pela Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) demonstra que o faturamento do setor somou nada menos que R$ 353,9 bilhões, em 2012. O investimento que Daniela Veloso, 38, Geórgia Cirilo, 35, e Danielli Guimarães, 34, fizeram para abrir o negócio Bolo de Meninas foi cerca de R$ 5 mil em cursos, ingredientes e equipamentos necessários. Hoje, oito meses depois, as três sócias faturam R$ 1 mil diariamente com a venda dos quitutes caseiros. São mais de dez sabores que custam entre R$ 10 e R$ 16. Além dos tradicionais, como chocolate e laranja, as sócias criaram sabores da casa: nutella e sertanejo, bolo salgado com textura de pão de queijo, recheado com carne de sol desfiada, banana-da-terra e provolone. “Hoje, investimos 60% do que recebemos no Bolo de Meninas e vendemos 100 bolos por dia. É um mercado que vem valendo a pena investir”, conta Daniela Veloso. As sócias vendem os quitutes em um ponto comercial no bairro do Jardim Esperança, mas por pouco tempo. Em breve, a Bolo de Meninas vai ter uma loja fixa no bairro da Pituba. Daniela conta que a ideia do empreendimento é “comprar o bolo e levar para casa”, mas com a loja inaugurada, os clientes poderão degustar os quitutes caseiros com chá e café, servidos por cortesia. O cardápio de Virgínia Rodrigues, 28, varia entre tortas, doces e bolos, e a cozinha de casa é o ponto de partida. A empreendedora individual trabalha somente com encomendas e está há um ano no ramo.
Geórgia e a sócia investiram R$ 5 mil para criar a Bolo de Meninas
gestor de projeto de comércio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o microempreendedor há pouco tempo nesse setor precisa avaliar primeiramente a necessidade de pedir produtos em grandes quantidades. “É preciso perguntar qual o tamanho do seu negócio: quanto você está vendendo? Vale a pena comprar mais produtos? O ideal é que você compre em grandes quantidades ingredientes que mais são usados, a compra em varejo só deve ser realizada quando o negócio tiver uma margem de lucro que supere os gastos e ainda sobre”. Embora os microempreendedores individuais sintam o rápido retorno com a venda de bolos caseiros, Barreto ressalta que nenhum negócio demora mais de um ano quando não há planejamento e organização empresarial.
Além de treinamentos e oficinas de gestão de venda e marketing, o gestor aconselha a todo microempreendedor fazer cálculos para cada demanda que vender. “Por quanto você vende cada bolo? Quantos você deseja vender? Faça metas para cada vendagem e tente alcançá-las. Há algum problema com o comércio quando essas metas não são atingidas” , diz. Foi dessa forma que a Casa de Bolos tornou-se um negócio expansivo na área dos quitutes caseiros. O surgimento da loja começou de forma singela e para mudar a necessidade financeira da família Ramos.
Expansão como franquia
Na época, Sônia Maria Napoleão Ramos, 67, conhecida como Dona Sônia, era boleira da casa e decidiu juntar os dotes culinários com a experiência de negócio dos três filhos. Todo diFotos Mila Cordeiro / Ag. A TARDE
COMO INVESTIR EM BOLOS CASEIROS PLANEJAMENTO Entenda de qual forma o negócio funciona. Se é melhor trabalhar só por encomenda ou atender os clientes em uma loja fixa. A quantidade de produtos a serem feitos irá depender dessa informação PERFIL DO CLIENTE Pergunte para quem você está vendendo. Caso a demanda seja maior, vale a pena contratar alguém para auxiliar com as vendas e começar a comprar produtos em grandes quantidades MARKETING DE RECRUTAMENTO Utilizar as redes sociais para divulgar o produto é o primeiro passo para quem está apenas no início. Essa pode ser uma forma de começar a consolidar a sua marca no mercado
Planejamento necessário
Virgínia conta que o lucro compensa os gastos com investimentos, mas que ainda precisa se organizar para atender melhor à demanda. “Ainda compro os produtos no mercado e não na mão de fornecedores, às vezes isso se torna um pouco mais caro para mim”. Segundo Fabrício Barreto,
nheiro foi captado entre a família, e, em abril de 2009, a primeira loja foi fundada. “Com a primeira loja, muitos interessados surgira, então começamos a expandir. Foi aí que aconteceu a oportunidade de nos estruturarmos como franquia”, diz Luís Eduardo Ramos, 46, filho de Sônia. Hoje, a Casa de Bolos tem 85 unidades abertas e um cardápio com 39 sabores com preços entre R$ 6 e R$ 22. Ramos fala que há uma oscilação natural em relação às vendas, mas, em média, toda a rede de franquias vende cerca de 20 mil bolos diariamente. Abrir uma franquia, no entanto, é um processo que deve ser amadurecido, segundo Barreto. “Tem que registrar a marca e aperfeiçoar todo o processo de marketing, industrialização, organização e segurança. Em um ano, dá para sentir o retorno”.
Produzindo tortas, doces e bolos por encomenda, Virgínia começou na cozinha de casa há cerca de um ano: “Lucro compensa os gastos”
PONTO DE EQUILÍBRIO Calcule o faturamento do seu negócio para compreender se o lucro vem superando os gastos. O ideal é que supra os investimentos e ainda sobrem recursos
Empresário pode transferir empregados Ruy João Ribeiro Advogado duvidas-trab@grupoatarde.com.br @ruyjoao
Sou dona de uma empresa de cosméticos e vendo produtos de beleza para salões de beleza e lojas de revenda dos produtos. A empresa está em expansão e abri uma filial em outro município do estado da Bahia. Posso transferir os empregados da capital para o interior? ALICE
MARIA M. DE CARVALHO Resposta: A transferência do local de trabalho dos empregados de uma empresa é possível. Ocorre, no entanto, que segundo a legislação é vedado ao empregador transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio. Compreendem-se na exceção à regra geral os empregados que exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência, quando
esta decorra de real necessidade de serviço ou quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado, de modo que ocorrendo a transferência provisória será devido um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado recebia na localidade originária. Pode-se dizer que a regra geral e condição para a transferência do local de trabalho para localidade diversa da que resultar do contrato é a concordância do empregado, especialmente por força do princípio da Imodificabilidade e Inalterabilidade Contratual (art.
468 da CLT). Deve-se registrar que os empregados que exerçam cargos de confiança são pessoas que possuem poder de mando e gestão na empresa, fazendo-se substituir por seu empregador e a condição implícita ou explícita de transferência constante do contrato são situações em que o empregado desde o início da formalização do contrato tem ciência de que poderá ser transferido em razão da própria essência do contrato. Há, doutrinária e jurisprudencialmente, uma discussão acerca da provisoriedade ou definitividade da transferência para se definir o direito ao adicional,
notadamente em face da OJ nº 113, segundo o qual “o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória”. Não há, no entanto, na legislação qualquer dispositivo que fixe o limite temporal da provisoriedade da transferência, de modo que é imperioso conjugar o fator tempo – cuja variação para alguns é dois anos, para outros três anos – com outros elementos que caracterizem a provisoriedade da
mudança de domicílio, tais como contrato de aluguel de imóvel residencial por prazo determinado e aluguel de carro. Também há possibilidade de transferência do empregado, como exceção à regra geral, quando há extinção do estabelecimento. Conclui-se, pois, que é possível transferir o empregado da capital para o interior e se for transferido provisoriamente para localidade diversa da contratada originariamente, com mudança de domicílio, o empregador ficará obrigado a pagar-lhe um adicional de, no mínimo, 25% de seu salário, enquanto durar a transferência.
Aberta inscrição para prêmio de estágio
Secretaria da Saúde seleciona estagiários
Empresas públicas ou privadas, de pequeno, médio ou grande porte de todo o estado podem participar do Prêmio Melhores Práticas de Estágio, que tem como objetivo reconhecer as boas práticas de estágio desenvolvidas por empresas baianas e auxiliar as organizações a aprimorarem seus programas de treinamento e formação profissional. O período de inscrições vai até 30 de maio. Inscrições no site www.fieb.org.br/iel, onde os interessados encontram também o novo regulamento do concurso.
Estudantes de graduação em saúde podem se inscrever para estágio não obrigatório da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). A carga horária é de 20h semanais, com bolsa-auxílio de R$ 400. São 296 vagas para os programas Cotidiano SUS e Centro Antiveneno da Bahia (Ciave). Os programas Permanecersus e de Atenção Integral à Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador da Sesab (Paist) ofertam 160 vagas. As inscrições vão até hoje pelo site www.noroesteconcursos.com.br.
CURTAS Irecê vai ganhar unidades do Sesc e Senac Irecê é uma das próximas cidades baianas a contar com unidades do Sesc e Senac, do Sistema Fecomércio-Bahia. Um decreto municipal publicado no final de fevereiro autorizou a criação do loteamento onde serão construídas as unidades. Segundo o presidente da Fecomércio, Carlos Amaral, serão elaborados projetos arquitetônicos e complementares, para depois ser realizada a concorrência pública para a obra. A previsão é que o evento de lançamento aconteça até abril. A previsão de conclusão das obras no município de Ire-
cê, que tem 72 mil habitantes e que está localizada a 478 quilômetros de Salvador, é para o ano de 2016.
As unidades do Sesc e Senac no município de Irecê devem ser concluídas até o ano de 2016
Curso ensina a publicar e administrar sites O Senac oferece curso de web designer com carga horária de 180 horas, ministrado na unidade do bairro da Pituba. As aulas vão acontecer de segunda a sexta-feira, entre os dias 24 e 30 de maio, das 8h às 12h. O valor do curso é de R$ 1.080, que pode ser dividido em até três vezes. Os participantes aprenderão a construir, estruturar, desenvolver, publicar e administrar web sites, utilizando os programas Dreamweaver, Fireworks e Flash. Para participar, é preciso ser maior de 16 anos, ter conhecimento
em Windows e internet, além de ter ensino fundamental. Mais informações no site www.ba.senac.br.
R$ 1.080
é o valor do curso de web designer oferecido pelo Senac. O custo pode ser dividido em 3 vezes. Para participar, é necessário ser maior de 16 anos e ter ensino fundamental completo