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ESPAÇO SANTO CRISTO PAULA F. PAMPILLON . USU . 2018



ESPAÇO SANTO CRISTO PAULA FRANCIS PAMPILLON ORIENTAÇÃO: GABRIEL SCHVARSBERG TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO UNIVERSIDADE SANTA ÚRSULA



“a obrigação de produzir aliena a paixão de criar.” RAOUL VANEIGEM



aos meus pais, Roberto e Julieta, por todo o apoio, por todas as oportunidades, por sempre acreditarem e confiarem em mim. Por tudo e mais um pouco. à minha irmã, Júlia, por dividir seu espaço comigo e me incentivar à cada etapa deste projeto e da vida. Por sempre se fazer presente. ao professor Gabriel, por aceitar fazer parte deste trabalho. Por toda ajuda, idéias e paciência. Por toda a atenção que me foi dada. à família, aos amigos de infância e a todos que passaram pela minha vida acadêmica, professores e amigos, que compartilharam de angustias e conquitas. Sou um pedaço de cada um.

obrigada, obrigada, obrigada!


Praรงa Santo Cristo Fonte: Arquivo Pessoal, 2018


sumário

01 introdução

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02 santo cristo

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03 terreno

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04 inserção urbana

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05 referências

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06 partido e programa

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07 projeto

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01 INTRODUÇÃO Define-se espaço como uma extensão ideal, sem limites, que contém todas as extensões finitas e todos os corpos ou objetos existentes ou possíveis, já multicultural é a convivência pacífica de diversas culturas em um mesmo ambiente com o objetivo de trocas de conhecimentos, informações, saberes adquiridos e que ilustram (individuo, grupo social, sociedade), segundo uma perspectiva evolutiva. A justificativa para a escolha do tema desde Trabalho Final de Graduação parte da constatação da necessidade que a população do Rio de Janeiro apresenta na junção destes dois conceitos. O bairro de Santo Cristo foi escolhido como área de intervenção deste projeto, partindo-se da premissa de ser uma área rica em história, porém carente de áreas culturais, de lazer e convívio; e que está passando por uma transformação: antes um bairro de passagem e agora, graças à aproximação física da Zona Portuária carioca, Santo Cristo começa a sofrer consequências do processo de gentrificação da área. Com a especulação da região, o bairro tende cada vez mais a se perder dentro da própria história. Dessa forma, a instalação de um equipamento cultural de referência para a comunidade se mostra de extrema relevância para conservar e ajudar a resistência e para atender a população local. Este trabalho tem como finalidade a criação de um Espaço Multicultural, com o objetivo de abrir um leque de oportunidades e de soluções para problemas de pequeno e –futuramente– grande porte. A cultura é um recurso direto para o avanço da educação e por consequência, o avanço para uma sociedade melhor e mais justa. Sendo assim, este será um centro de suporte ao cidadão, onde haja além do conforto, meios de sabedoria social.

Vista da Rua Ladeira do Mendonça para dentro do Terreno Fonte: Arquivo Pessoal, 2018

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02 SANTO CRISTO O bairro de Santo Cristo faz parte da Região Administrativa da Zona Portuária, junto com os bairros do Caju, Gamboa e Saúde. Possui uma população residente de 12.330 habitantes (IBGE 2010) distribuídos em uma área de 168,47 hectares (IBGE 2010) . O local foi inicialmente povoado por portugueses que desembarcavam no cais do porto carioca, formando um bairro tanto residencial como comercial. Fato este que deu origem aos sobrados duplex característicos da área e existentes até os dias atuais, consistindo em residência nos pavimentos superiores e comércio no térreo, promovendo uma área de movimento quase que constante. Seu traçado urbano consegue traduzir mais de 400 anos de história através de escadas, becos, ruelas e ladeiras, além de todo o patrimônio preservado existente no bairro. Santo Cristo possui uma identidade cultural muito forte, marcada principalmente pela história da escravatura e pelo catolicismo. O primeiro Hospital da Cidade -Hospital Nossa Senhora da Saúde, que hoje é um dos patrimônios preservados do bairro-, teve sua inauguração influenciada graças ao grande número de escravos pobres e doentes que viviam na região. Já o nome do bairro, provém da igreja localizada na Praça Santo Cristo, chamada Santo Cristo dos Milagres - Padroeiro dos Açores em Portugal. Envolto por história, tradição e resistência, Santo Cristo possui um potencial cultural ainda pouco amparado, que corre grande risco de se confundir e até mesmo de se perder junto ao processo de crescimento da Zona Portuária. O projeto do Espaço Multicultural apontado por este trabalho, propõem um local de amparo para a população, não apenas do bairro, como da cidade em um todo. Além de toda cultura da zona, o terreno foi premeditadamente escolhido por oferecer a abrangência de diversos outros bairros da cidade carioca.

Vista Aérea de Santo Cristo, com marcação do Terreno Fonte: Google Earth Pro

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mobilidade urbana 0

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300m

ESTAÇÃO VLT

equipamentos municipais 0

TERMINAL DE ÔNIBUS

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ESPORTE

SAÚDE

EDUCAÇÃO

CENTRAL DO BRASIL O mapa de mobilidade Urbana contém as estações de VLT presentes em Santo Cristo, assim como os terminais rodoviários Novo Rio e Padre Henrique Otte. Para melhorar e facilitar ainda mais o acesso, foi também marcado no mapa a estação Central do Brasil, que está localizada a cerca de 15-20 minutos a pé do terreno.

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De acordo com o mapa dos equipamentos municipais do bairro, pode-se perceber um grande défice de aparelhos destinados à cultura. O Rio de Janeiro possui atualmente 14 centros culturais espalhados pelo município, nenhum deles em Santo Cristo. Entre os equipamentos listados pode-se encontrar a Vila Olimpica, hospital particular, INCA, posto de saúde, 2 escolas municipais e um espaço de desenvolvimento infantil.


patrimônio preservado 0

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300m

PATRIMÔNIO PRESERVADO

O mapa acima comprova mais uma vez a riqueza histórica presente em Santo Cristo. O bairro possui no total 12 patrimônios preservados, entre eles se encontram Vilas, Galpão, Hospital, Cemitério, Igreja, Imóveis Residenciais, etc. A memória ainda viva e presente do bairro é papel fundamental para a identidade cultural e história popular da cidade do Rio de Janeiro.

cultura 0

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POPULAR

300m

CULTURA

O fato de não existirem Equipamentos Culturais Municipais no bairro forçou a população a criar espaços populares de lazer e cultura, entre os principais se encontram a Fábrica Bhering, Armazém Arte Cultural entre outras expressões artísticas através de galerias, cinemas e escolas de arte. É interessante observar a necessidade da população quanto a novas manifestações culturais. Em um local miscigenado como o Brasil, a divergência entre costumes é gigantesca, por isso, existirá sempre uma urgência da organização das mesmas.

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03 TERRENO

PRAÇA SANTO CRISTO LADEIRA DO MENDONÇA

RUA SANTO CRISTO

Vista Aérea de Santo Cristo, com marcação do Terreno Fonte: Google Earth Pro

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A escolha do terreno foi feita considerando sua localização central no bairro e suas características morfológicas. Situado entre a Praça Santo Cristo, Rua Santo Cristo e Ladeira do Mendonça, o terreno oferece, através do projeto, a possibilidade de abertura da quadra. Existe na região uma forte presença de pequenos comércios situados no pavimento térreo de construções residenciais baixas, incluindo padarias, oficinas de carro, restaurantes locais, etc. Além disto, ao lado do terreno está a sede do CML (Comando Militar do Leste) e à frente a Igreja de Santo Cristo e a Secretaria de Estado de Educação. Além da praça Santo Cristo, a região não oferece nenhum outro lugar público de convívio e lazer para a população, e ainda assim, durante visitas à campo, pode-se perceber a predominância do público masculino na faixa etária de 45-50 anos no local.

Visada do terreno Rua Santo Cristo Fonte: Arquivo Pessoal, 2018

Não existe nenhum tipo de construção ou vegetação no terreno, este possui uma área aproximada de 2.000 m² e está inserido na área de zoneamento ZR3 - subsetor C5, onde:

ZR3 - C5 aproveitamento

TERRENO

GABARITO

TAXA DE OCUPAÇÃO

COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO BÁSICO

COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO MÁXIMO

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11 m (3 pav.)

70%

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2.000 m²

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1.400 m²

2.000 m²

4.200 m²

ÁREA TOTAL

Visada do terreno Praça Santo Cristo Fonte: Arquivo Pessoal, 2018

É válido ressaltar que cerca de 90% dos prédios da região são de pequeno porte, infelizmente, algumas novas construções destoam em muito da paisagem local, isso se deve ao fato de Santo Cristo estar subdividido em 9 diferentes áreas de zoneamento, onde, nas zonas mais próximas ao Porto, a taxa de gabarito pode atingir até 150 metros de altura. Nas fotos ao lado, foram selecionadas e destacadas as principais visadas do terreno. O projeto a ser apresentado procurará ao máximo se encaixar ao contexto urbano, seguindo uma linha de raciocínio da escala humana e não apenas da legislação. Visada do terreno Ladeira do Mendonça Fonte: Arquivo Pessoal, 2018

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04 INSERÇÃO URBANA Considerando o que foi descrito até esta etapa do trabalho, pode-se chegar a conclusão que o bairro de Santo Cristo necessita de um espaço que vá além da arquitetura construída. Para isso, foram consultados conceitos urbanísticos baseados em Christian de Portzamparc e Jane Jacobs , pensadores da arquitetura e do urbanismo que prezam pelo espaço da cidade como um todo, priorizando sempre a sensação da escala humana em relação à arquitetura. Segundo Portzamparc, a ideologia da quadra aberta é uma solução para o problema dos grandes aglomerados urbanos, criando uma nova possibilidade de reprodução do “espaço rua”.

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64m

Já Jacobs defende a ideia de como o planejamento de espaços públicos influenciam na vida da comunidade local, e da mesma forma, como a comunidade local pode e deve transformar o espaço público. É uma linha tênue onde um depende do outro para funcionar perfeitamente. Jacobs cria a noção de que os espaços abertos devem ser acomodados pelos edifícios, e não simplesmente formados a partir dos resquícios deixados pelas configurações dos espaços fechados. Ambos ambientes devem receber o mesmo valor na hora de serem projetados e utilizados.

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“ a quadra aberta permite reinventar a rua: legível e ao mesmo tempo realçada por aberturas visuais e pela luz do sol. Os objetos continuam sempre autônomos, mas ligados entre eles por regras que impõem vazios e alinhamentos parciais. Formas individuais e formas coletivas coexistem. Uma arquitetura moderna, isto é, uma arquitetura relativamente livre de convenção, de volumetria, modenatura, pode desabrochar sem ser contida por um exercício de fachadas imposto entre duas paredes contínuas. ” (PORTZAMPARC, 1997) O princípio básico é não tomar completamente o quarteirão, criando uma relação de cheios e vazios; interior, exterior; arquitetura, pessoa.

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Os mapas acima apresentam variações de volumetrias e mostram também como estas já podem interferir na escala urbana. A primeira imagem retrata o vazio atualmente existente; a segunda foi feita seguindo todos os parâmetros máximos permitidos pela legislação vigente no local. Já a terceira, é um começo do processo da volumetria através de todas as análises e estudos apresentados até agora, o projeto parte da intenção de assimilar no interior da construção a vida urbana que a cerca, transformando a edificação numa extensão do tecido urbano de Santo Cristo.


05 REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS DE PROJETOS

REFERÊNCIAS DE CONCEITOS

Espaço Miguel Torga Arquiteto: Eduardo Souto de Moura

Espaço para Mulheres em Massai Arquiteto: C-re-aid

Sabrosa, Portugal

Quênia, Tanzânia

Residência em Alcácer do Sal Arquiteto: Aires Mateus

Biblioteca São Paulo Arquiteto: Aflalo/Gasperini

Alcácer do Sal, Portugal

São Paulo, Brasil

Centro Cultural de Belém Arquiteto: Vittorio Gregotti e Manuel Salgado Lisboa, Portugal

Casa do Jongo Arquiteto: RUA Arquitetos Rio de Janeiro, Brasil

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06 PARTIDO E PROGRAMA A fim de diversificar o projeto e torná-lo mais interessante, é proposto o desmembramento da construção em 4 partes, com diferentes tamanhos e alturas (sempre respeitando e se integrando ao contexto urbano existente). Sendo assim, era necessário um elo de ligação entre estas, que, ao mesmo tempo que servisse como uma conexão, não atrapalhasse a permeabilidade do pavimento térreo. Para tanto foi-se criada a Fita. Um elemento arquitetônico que vai além da função de objeto de passagem. Começando na parte 01 e se integrando a todos os ambientes elevados, a Fita termina como uma grande casca em formato de auditório, direcionado para a área livre central do projeto. Transformando partes separadas em um todo: o Espaço Santo Cristo. Após a melhor análise da inserção do projeto na comunidade, ficaram claros quais partidos deveriam ser seguidos: - Permeabilidade Espacial; - Quadra aberta; - Unificação dos blocos; - Espaços públicos de permanência; - Enriquecer o espaço urbano através da diversidade de usos. Para começar a pensar no programa foi preciso mapear e analisar as necessidades da população local como um todo. Concluindo que: - Espaços de lazer e convivência; - Áreas diversificadas para aprendizagem; - Áreas de Exposição - fixas e temporárias; - Espaços que promovam a cultura junto à comunidade - Flexibilidade e adaptabilidade dos espaços Já na espacialidade do programa, foi necessário mapear e priorizar a combinação de funções de cada parte do projeto. Assim sendo, este foi subdividido em Intro-

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Etapas projetuais e inserção da Fita no bloco Final

Diagrama de disposição espacial do programa


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07 PROJETO A construçao está inserida em um terreno de aproximadamente 2.000 m2, este por sua vez, possui frente para 3 diferentes ruas, sendo todas portas de entrada para o Espaço Santo Cristo. O projeto parte da premissa da criaçao de um espaço equitativo, permeável e flexível, para tanto, foram projetadas 4 diferentes partes iniciais que conseguem se transformar em um todo graças ao elemento da Fita. A partir de entao, a Fita deixa de ser um local de passagem e passa a ganhar um signidicado de atravessamento e transversalidade. Começando na primeira parte e emoldurando a experiência do percurso, a Fita consegue cruzar e integrar todos os ambientes pertencentes ao segundo pavimento. Já no pavimento térreo, essa funçao foi designada ao grande pátio central projetado seguindo a linha de raciocínio da quadra aberta. Os dois elos acabam por se encontrar em formato de uma grande casca laranja que toma a forma e funçao do auditório. Oferencendo espaços de lazer, cultura e educaçao, cada parte do projeto pode ser considerada como um campo de conhecimento único, construindo, fortalecendo e difundindo todo e qualquer tipo de saber.

Perspectiva Aérea do Espaço Santo Cristo

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planta de situação

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10m

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01 - BANHEIRO P.N.E. 02 - CAFÉ 03 - ÁREA DE EXPOSIÇÃO 04 - HALL DE ENTRADA PRÉDIO 01 05 - SALA DE AULA MODULAR 06 - BANHEIRO 07 - HALL DE ENTRADA PRÉDIO 03 08 - HALL DE ENTRADA PRÉDIO 04 09 - COZINHA 10 - SALA DE REUNIÃO MODULAR 11 - ÁREA PARA FUNCIONÁRIOS 12 - ÁREA PARA ADMINISTRAÇÃO 13 - ALMOXARIFADO 14 - ESTACIONAMENTO 15 - AUDITÓRIO 16 - PÁTIO


planta de arquitetura

pavimento tĂŠrreo

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02 01 - ÁREA DE PESQUISA/ ESTUDO 02 - ÁREA DE EXPOSIÇÃO/ FITA SUSPENSA 03 - BIBLIOTECA INTERATIVA 04 - ÁREA PARA CONVÍVIO 05 - TERRAÇO 06 - HORTA COMUNITÁRIA 07 - AUDITÓRIO 08 - PÁTIO


planta de arquitetura

2o pavimento

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02 02

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01 - TERRAÇO 02 - HORTA COMUNITÁRIA

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planta de arquitetura

cobertura

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corte 01 0

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corte 02 0

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corte 03 0

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corte 04 0

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PARTE 01

A primeira parte do projeto possui entrada principal voltada pra a Praça Santo Cristo, assim sendo, este pode ser considerado o ponto de boas-vindas ao usuário. É o elemento que apresentará a idéia do Centro Multicultural, possuindo em pequenos pedaços um exemplo de tudo o que o Centro tem a oferecer. Indo além da edificação, o prédio dispõe de percursos interativos com espaços tanto de permanência como de transição. Esta parte é composta por três pavimentos diferenciados em suas funções. É também aqui que o usuário tem o primeiro contato com a experiência da Fita, podendo ser acessada através de um elevador ou da escada principal. Esta última está integrada à uma arquibancada disposta logo na entrada do prédio, com o intuito de local de permanência e convívio.

Existe também um ambiente destinado a exposições, está área é formada por um espaço livre e de pé direto duplo, facilitando e abrindo ainda mais um leque de oportunidades para diversificadas manifestações artísticas e culturais. Neste mesmo espaço foi implantado um Café, um ideal simples com o propósito de trazer ainda mais conforto ao ambiente. Assim como, dois banheiros P.N.E. O segundo pavimento é formado por um mezanino e oferece de um lado a primeira entrada para a Fita e do outro um local de estudos e pesquisas. O acesso ao terraço se dá através de uma escada localizada no exterior do prédio.

Perspectiva Externa

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1o PAVIMENTO, 2o PAVIMENTO

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COBERTURA

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01 - BANHEIRO P.N.E. 02 - CAFÉ 03 - ELEVADOR 04 - ÁREA DE EXPOSIÇÃO 05 - ESCADA 2o PAV. 06 - HALL DE ENTRADA PRÉDIO 01 07 - ÁREA DE ESTUDO/ PESQUISA 08 - ESCADA COBERTURA 09 - INÍCIO FITA 10 - TERRAÇO

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Perspectiva interna Hall de Entrada 1o Pavimento

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Perspectiva interna Ă rea de Estudo/ Pesquisa 2o Pavimento

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PARTE 02 É nesta parte do projeto que mais se evidência a idéia de atravessamento da Fita. Não à toa, este é também o único prédio que foge da materialidade externa pré-estabelecida para o restante da construção. O objetivo é de engrandecer a diversidade de cultura, arte e conhecimento que o prédio está aberto á receber. Envolto à uma camada de ripas verticais em madeira, a construção se transforma em um ponto focal do projeto como o intuito de enaltecer a pluralidade. Arquitetonicamente, o prédio foi projetado em um único espaço, livre e flexível com a possibilidade de abrigar diferentes tipos de exposições, tanto visuais quanto interativas, dando a oportunidade de se espalharem ao decorrer do pé direito duplo com a Fita suspensa ao ar. O acesso ao terraço se dá através de uma escada localizada no exterior do prédio.

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Perspectiva Externa


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1o PAVIMENTO, 2o PAVIMENTO

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COBERTURA

05 01 - ÁREA DE EXPOSIÇÃO 02 - ESCADA 2o PAV. 03 - ESCADA COBERTURA 04 - ÁREA DE EXPOSIÇÃO/ FITA SUSPENSA 05 - TERRAÇO

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Perspectiva interna Área de Exposição - Mobiliário opcional e Modular 1o Pavimento


Perspectiva interna Área de Exposição/ Fita Suspensa 2o Pavimento

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PARTE 03

A terceira parte do projeto pode ser identificada como a principal para equipamentos educacionais. Seu primeiro pavimento é composto por 03 salas de aula, estas por sua vez, possuem paredes modulares e mobiliário deslocável, adequando-se a todos os tipos de necessidades. Cria-se então o conceito da adaptação da arquitetura para com o homem, e não o oposto. No primeiro andar encontra-se também a maior das áreas molhadas, composta por 08 diferentes sanitários. Vale ressaltar que é um espaço aberto a diversidade e por isso não foi especificado ou dividido entre masculino e feminino, a ideia é a de oferecer os mesmos direitos e espaços a todos, evitando assim, qualquer tipo de segregação.

No segundo pavimento está a biblioteca principal, um espaço completamente integrado à Fita. Neste ambiente, o tradicional espaço formado por estantes de livros, mesas e cadeiras se transforma em uma nova experiência para o usuário. Seguindo o conceito de Biblioteca Parque, procurou-se formar um espaço integrado de cultura, criação e lazer, através de cores e diferente formas geométricas, instigando a criatividade e, ao mesmo tempo, valorizando o conforto. O acesso ao terraço se dá através de uma escada localizada no exterior do prédio.

Perspectiva Externa - Fachada Frontal

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Perspectiva Externa - Fachada Posterior

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1o PAVIMENTO

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01 - HALL DE ENTRADA PR’ÉDIO 03 02 - BANHEIROS UNISEX 03 - SALA DE AULA MODULAR 04 - ESCADA 2o PAVIMENTO

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2o PAVIMENTO

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01 - BIBLIOTECA INTERATIVA 02 - ESCADA COBERTURA 03 - FITA INTEGRADA

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COBERTURA

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01 - TERRAÇO

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Perspectiva Interna Biblioteca Interativa 2o Pavimento

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Perspectiva Interna Biblioteca Interativa 2o Pavimento

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PARTE 04

A quarta parte do projeto consiste em ambientes de uso misto. É aqui que se encontra a área de depósito e administração do Centro, assim como uma área reservada para funcionários, composta por uma copa, banheiros e uma área específica para convívio e descanso. Possui também duas salas modulares voltadas para reuniões de menores portes e outros 02 banheiros P.N.E. O hall de entrada é formado por uma área livre e de pé direito duplo, este, por sua vez, foi “coberto” por uma rede, criando, no segundo pavimento, outro ambiente -integrado à Fita- de lazer e permanência para o público. Este prédio abriga também a horta comunitária, que, para maior proveito do sol, foi dividida entre o segundo pavimento e a cobertura. Foi projetada também uma sala de aula em formato

com o intuito de criar a continuação do aproveitamento dos produtos retirados horta. Do lado de fora do prédio se encontram 04 vagas de estacionamento e um local para carga e descarga, com entradas exclusiva para o almoxarifado e área de funcionários. O pequeno número de vagas se dá ao fato de na frente do Centro já existir uma rua sem saída utilizada para estacionamento, fora isso, foram dispostos pela construção diversos bicicletários, influenciando a utilização do meio de transporte limpo. É neste quarto prédio que se finaliza a experiência da Fita, onde ela deixa de exercer a função de passarela para se transformar no auditório, criando uma ligação direta entre o interno e o externo, e então, possibilitando a iniciação de um novo ciclo.

Perspectiva Externa

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Perspectiva Interna Hall de Entrada 1o Pavimento

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01 - HALL DE ENTRADA PR’ÉDIO 04 02 - ESCADA 2o PAVIMENTO 03 - COZINHA 04 - BANHEIRO P.N.E. 05 - SALA DE REUNIÃO MODULAR 06 - BANHEIRO FUNCIONÁRIO 07 - ÁREA PARA FUNCIONÁRIOS 08 - COPA PARA FUNCIONÁRIOS 09 - ÁREA DE ESPERA 10 - ALMOXARIFADO 11 - ÁREA PARA ADMINISTRAÇÃO

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Perspectiva Interna Área para Convívio 2o Pavimento

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03 01 - FITA INTEGRADA 02 - ÁREA PARA CONVÍVIO 03 - ESCADA COBERTURA 04 - TERRAÇO 05 - HORTA COMUNITÁRIA 06 - FITA INTEGRADA AO AUDITÓRIIO

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Perspectiva Externa Horta Comunitรกria/ Terraรงo 2o Pavimento

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01 01 - HORTA COMUNITÁRIA

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PÁTIO

Enquanto a Fita funciona como um elo suspenso entre as 4 partes do projeto, o Pátio exerce a mesma função no pavimento térreo. A implantação dos elementos construtivos foi pensada para que a configuração final do Pátio resultasse em uma forma geométrica perfeita, trazendo maior conforto visual ao público e melhor aproveitamento do espaço. Como dito anteriormente, o final da Fita se resulta em uma casca laranja voltada para o centro do projeto e se transformando em uma grande arquibancada. Seguindo o conceito da Quadra Aberta, foi de extrema importância deixar o ambiente livre de qualquer elemento fixo, para tanto, era necessário criar uma estrutura que suprisse as necessidades de um auditório. De forma discreta, foi feito, através de duas rampas, um rebaixo de 40 centímetros do

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nível 0 da construção, resultando em um espaço plano para a realização de apresentações. Foi também pensada uma cobertura retrátil, que suportasse todo o equipamento necessário para shows e eventos, assim como, variações climáticas. Esta também abre um leque de opções e possibilidades para a criação de novas propostas para usos do pátio. Possuindo entradas paras as três diferentes ruas que cercam a construção, a ideia do pátio é a de inserir/unificar ainda mais o projeto a Santo Cristo, criando um lugar público e convidativo de lazer e permanência para a população.


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Perspectiva Externa - Pรกtio aberto

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Perspectiva Externa - Pรกtio aberto

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Perspectiva Externa - Pรกtio fechado

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Perspectiva Externa - Pรกtio fechado

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