Livro das Palavras Andantes
Era uma vez‌
… um livro que estava sozinho numa estante. Vivia muito triste, porque há muito tempo que ninguém o lia. Um dia, estava muito vento, a janela abriu-se e (Biblioteca) ele viu que, lá fora, estava o mar. As ondas eram altas e desfaziam-se espuma na areia. Era mesmo bonito! Foi então que o dono do livro, o João, reparou que o mesmo falava sobre uma história no mar. O João começou a ler a história: Era uma vez um menino, o guarda da praia de areia dourada! Todos os dias ele falava com as conchas, as estrelas-do-mar, os golfinhos, as baleias e também os tubarões, que nesta história eram bons! Um dia recebeu um pedido de ajuda dos habitantes do mar, porque o mar e a praia estavam sujos, cheias de lixo e outras porcarias que os humanos deixavam espalhados sem vergonha nenhuma! Devia ser feita alguma coisa especial para reparar o mal que estava a ser feito. Então o guarda da praia, as estrelas-do-mar, as conchas, as baleias, os golfinhos, os peixes e os tubarões juntaram-se e (jardim de infância de Comenda) foram limpar o mar. Pediram ao guarda da praia para ir buscar uma rede grande para apanhar o lixo que estava no fundo do mar. O menino foi também buscar um barco para segurar a rede e dentro do barco seguiu para o mar. Os golfinhos e os tubarões iam ao fundo e traziam o lixo: -Olha! Encontrei um sapato velho! Que porcaria – disse um dos golfinhos. - E eu encontrei uma garrafa de vidro - disse o tubarão- Que vergonha, as pessoas são mesmo porcalhonas… Apanhavam o lixo e metiam na rede. O guarda do mar separava o lixo para depois reciclar e ir para a Valnor. No fim, quando se juntaram todos ficaram muito contentes: - Que lindo, o nosso mar está mesmo limpinho!
De repente, veio uma onda muito grande e o lixo foi arrastado novamente para dentro do mar. Estava tudo sujo de novo. Todos se sentiam muito tristes. E agora? (jardim de infância de Gavião) ….
Os animais ficaram tristes mas não desistiram. Era mesmo preciso limpar a água do mar para os seus habitantes viverem felizes. Voltaram a limpar o lixo que estava na água. De noite punham a rede para apanhar o lixo. De dia tiravam a rede para as pessoas puderem nadar. Mas as pessoas tinham que evitar deitar o lixo na praia. O guarda da Praia da areia Dourada também ensinava as pessoas que a frequentavam, a deitar o lixo nos respetivos contentores. As revistas e os jornais que já não queriam iam para o contentor azul, o “Papelão”. As embalagens dos iogurtes, as latas dos sumos, as garrafas da água e os sacos de plástico iam para o contentor amarelo, o “Embalão”. Mas se as garrafas forem de vidro, claro, têm de ir para o “Vidrão”, que é o verde. E quando as pilhas das máquinas fotográficas já estão gastas? Vão para o contentor vermelho, o “Pilhão”, evidentemente! Afinal, as pessoas perceberem que não era assim tão difícil manter a praia limpa e ela ainda ficava com as areias mais douradas.
- Agora sim! Que casa tão limpinha! – Disse a Tartaruga Beluga, com as suas patas que pareciam asas. Até parece que voa no mar! Os animais marinhos andavam muito, muito felizes e até gostavam de mostrar a sua casa aos humanos. (Jardim de Infância de Vale de Gaviões) Havia pessoas que iam ver a casa dos peixinhos com uma prancha. As baleias compraram um submarino, abriam as portas e as pessoas e os meninos iam lá dentro. - Olha! - Dizia o João- o fundo do mar é tão lindo! E está tudo tão limpinho… - E as algas são tão bonitas! – Disse o Raúl- Olha, estão ali dois peixes a namorar…E repara, está ali um tubarão! Estavam felizes porque o mar estava muito limpinho. Também havia pessoas com fatos de mergulhador que iam lá abaixo ver os peixes, porque com aquelas roupas eles conseguiam respirar. - O mar parece que está a brilhar! – Admirou-se a Leonor. As pessoas sentiam-se muito contentes porque a praia estava limpinha e já podiam nadar e deitar-se nas toalhas. - Vamos comer uns caracóis ao bar da praia? – Sugeriu a Madalena.
- Vamos! – Respondeu a Leonor – Vocês não sentem a praia mais feliz? (Jardim de Infância de Gavião).