Música Instrumental Brasileira Felipe Coelho (Violonista) Gustavo Fontes (Regente) Participações especiais: Silvio Mansani (Cantor) Luiz Gustavo Zago (Pianista)
Teatro Ademir Rosa (CIC), 08 de agosto de 2013, 21h Entrada franca
Música Instrumental Brasileira Felipe Coelho (violão, todas as músicas de Felipe Coelho) I - Hawa II - Eco dos Anjos III - Choro Fantasiado IV - Cartagena Silvio Mansani (voz) e Luiz Gustavo Zago (piano) I - Ali, Alice (música e letra: Silvio Mansani, arranjo: André Mehmari) II - Izabel (música: Joaquim Callado, letra: Silvio Mansani, arranjo: André Mehmari) III - Outra Aurora (música e letra: Silvio Mansani, arranjo: André Mehmari) Intervalo Felipe Coelho (violão, todas as músicas de Felipe Coelho) I - Penumbra y Luz II - Nascente III - Antigos Caminhos - Choro Valsa IV - Três Melodias Silvio Mansani (voz) e Luiz Gustavo Zago (piano) I - Clara (música e arranjo: André Mehmari, letra: Silvio Mansani) II - Agora com Você (música e arranjo: Luiz Gustavo Zago, letra: Silvio Mansani) III - Joaquim (música: Chico Saraiva, letra: Silvio Mansani, arranjo: André Mehmari)
Felipe Coelho Hawa (hauá): palavra que significa “vento” em árabe, mais especificamente “vento que leva sabedoria”. Esta composição traz fortes aspectos orientais, como o compasso composto de 7/8 e a exploração do aspecto cíclico e meditativo da música, sugerindo tranquilidade e incitando o ouvinte ao transe. Apresenta momentos fortes e passagens com rápidas linhas melódicas no modo frígio, sugerindo sonoridades da música indiana. Eco dos Anjos: composição criada a partir da linguagem melódica brasileira e também erudita, porém apontando para uma estética contemporânea. Aparições singulares de compassos de ritmos compostos e constantes mudanças de tonalidades sugerem imprevisibilidade e soltura de andamento, trazendo à composição aspecto orgânico. Suspensões de aspecto coralístico sugerem a sonoridade sacra, fantasiada pelo compositor como ecos de sons angelicais produzidos acima das nuvens. Choro Fantasiado: Composição de estilo livre, tomando algumas caracterís-
ticas da música popular instrumental brasileira como o suingue do samba, contra pontos na voz dos baixos, e mudança de tonalidades. Por não tratar-se de um “choro” em seus mais puros fundamentos e por abraçar uma instrumentação orquestral abrindo mão dos instrumentos tradicionais do estilo, a composição é denominada de Choro “Fantasiado”. Cartagena: Inspirada em viagem à Cartagena espanhola, a composição abraça fortes aspectos do violão flamenco, utilizando técnicas como o resgueado, o picado, a alzapua, e toques percussivos no corpo do instrumento. Toma-se também como inspiração aqui a obra de Joaquim Rodrigo e o toque de Paco de Lucia e Vicente Amigo. Tratando-se de uma composição livre, sem compromisso com a pureza da música flamenca em sua identidade, o compositor permite um flerte do compasso ternário flamenco com o ternário sul brasileiro em curta passagem, onde percebe-se nuances da música gaúcha.
Penumbra y Luz: Tango composto por forte influência da obra de Astor Piazzolla e do toque violonístico do uruguaio Juanjo Dominguez. Sua melodia marcante trabalha apenas dois motivos por toda a peça, passeando por diferentes andamentos e tonalidades. Ainda reverenciando a linguagem sul americana, a composição sugere momento com nuances do bolero tradicional, justificando seu título pelo contraste entre o aspecto escuro e melancólico do tango e o diálogo com o bolero, mais alegre. Nascente: composição paisagística inspirada no nascimento do Rio Amazonas, pelo derretimento gota a gota das geleiras andinas. Com linguagem melódica brasileira, sugestivamente mineira, inicia-se com uma única nota de um único instrumento, até completar-se na junção de toda a orquestra, representando a plenitude do rio. Um ritmo lento, dinâmica crescente, que evoca emoção de amor e ligação com a natureza. Antigos Caminhos (Choro Valsa): valsa que abraça de forma mais fiel os aspectos do estilo do choro, tanto na estruturação da composição, apre-
sentando partes A, B e C, cada uma com sua tonalidade própria, assim como na construção harmônica utilizando-se dos caminhos mais tradicionais do estilo, daí seu título Antigos Caminhos. Não permitindo encaixar-se completamente nos moldes do tradicional, com o intuito de manter algumas portas abertas à criatividade do compositor, a peça por ora impõe acentos de 2/4 sobre o 3/4, sugerindo ilusões rítmicas menos comuns na linguagem e também apresenta curtas passagens melódicas, que flertam com o jazz cigano. Três melodias: música de estilo livre em que o violão por sua maior parte apenas acompanha a orquestra. A obra usa contrapontos rítmicos entre as vozes, lembrando em tempos a linguagem melódica do tango, marcada, e em tempos com a erudita, trabalhando mais harmonizações em tríades. Dividida em três “capítulos” melódicos, a segunda parte difere drasticamente da primeira, abordando linguagem melódica brasileira, harmonias e tétrades, convidando também demais extensões de acordes. Por fim, o terceiro “movimento” retoma o motivo do primeiro, com mais energia.
Silvio Mansani Ali, Alice: Com um acentuado sabor jazzístico, essa canção mistura religião, existencialismo e sensualidade, sem qualquer pudor e muito lirismo. Izabel: Antiga polca de Joaquim Callado, flautista carioca precursor do choro no século XIX. O arranjo de André Mehmari contribui ativamente com a narrativa poética construída por Mansani. Outra Aurora: A letra homenageia nomes próprios femininos que ao mesmo tempo também são poderosos substantivos abstratos. Destaque para a delicadeza do arranjo orquestral, que em determinados compassos remete às texturas pós-renascentistas.
Clara: Aqui a canção popular brasileira flerta com o lied clássico. Na turbulenta terceira parte da canção, a letra constrói uma bonita metáfora sobre a criação musical e a propagação sonora no “espaço-tempo”. Agora com Você: Arranjo inédito que não faz parte da suíte Outras Pessoas e que integrará o próximo trabalho de Silvio Mansani. Destaque para a introdução quase impressionista, que traz uma atmosfera onírica que gera efeito e contraste à canção. Joaquim: Outra brincadeira bem humorada a partir de nomes próprios, mas que guarda uma melancolia típica da tradição do samba brasileiro.
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Gustavo Fontes – Regente Violino I Débora Remor (Spalla) Alisson Unglaub Tammy Soares Talita Limas Violino II Ricardo Müller* Gilson Becker Fernando Bresolin Tales de Oliveira Custódio Alisson Berbert Viola Marcos Origuela* Martinez Galimberti Nunes Estela Kolrausch
Violoncelo Tácio Cesar Vieira* Victor Hugo Ruiz Érico Schmitt Contrabaixo André Beck* Samuel Pasqualetto
*Líderes de Naipe
FELIPE COELHO
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Solista
Compositor, arranjador e violonista. Construiu sua identidade musical na mescla de tendências brasileiras, eruditas e populares, com a música flamenca, a música oriental e a linguagem jazzística. Aos 16 anos recebeu prêmio de Solista Destaque do Grissom State Jazz Festival, tendo a oportunidade de cursar o Jamey Aebersold National Jazz Workshop, na Elmhurst University, Chicago, Illinois - EUA. Graduou-se Mestre em Jazz como bolsista integral aos 23 anos, pela Georgia State University. Compondo e arranjando para diversas formações, produziu as obras autorais Raízes Trançadas (2007), Cata-Vento (2009) e Musadiversa (2012). Recebeu elogios da crítica especializada, como das revistas Guitar Player e Violão Pro, de críticos como André Mehmari, e teve sua música tocada em rede nacional de TV, pelo programa Manhattan Connection, em janeiro de 2009. A partir de 2010 recebe importantes premiações, realizando desde então cinco turnês com seu trabalho autoral e recebendo convites para inúmeros festivais no sul do Brasil. Nos dois últimos anos apresentou-se também nos Estados Unidos e na China.
Participações especiais
Antonio Rossa
silvio mansani Paranaense radicado em Santa Catarina, o cantor e compositor Silvio Mansani lançou os discos Minérios combustíveis da alegria (2001) e Boa pessoa (2010). Educador musical formado pela Universidade do Estado de Santa Catarina, é um dos criadores do grupo musical No dorso do rinoceronte, que em 2013 lança o segundo CD, Outras viagens, com canções para o público infantil. Em 2011, com produção e arranjos de André Mehmari, lançou gratuitamente o EP digital Outras pessoas, acompanhado do Quinteto de Cordas Catarinense, do pianista Luiz Gustavo Zago e com as participações especiais de Chico Saraiva, Daniel Murray e Rodrigo Paiva.
Antonio Rossa
LUIZ GUSTAVO ZAGO O pianista, arranjador e compositor Luiz Gustavo Zago, natural de Lages-SC, iniciou seus estudos na música aos 11 anos e graduou-se no Bacharelado em Piano pela Universidade do Estado de Santa Catarina em 2004. Suas principais referências são os brasileiros Tom Jobim, Chico Buarque e Villa-Lobos, os jazzistas Keith Jarret e Bill Evans, e a música de Bach, Brahms e Debussy, o que atesta sua conexão entre o popular e o erudito sem cerimônias. Seu primeiro CD, Até Amanhã (2011), busca um conceito sonoro de “canção instrumental”, aliando a MPB ao jazz e à música erudita. Grande apreciador do gênero canção, concilia o tratamento privilegiado da melodia, que caracteriza a canção brasileira, com a sofisticação harmônica e improvisos típicos do jazz, aliado a um touch cuidadoso que marca os pianistas clássicos. Recebeu em 2011 o prêmio Edino Krieger da Academia Catarinense de Letras e Artes, como “Personalidade Musical do Ano” e, em 2009, o prêmio Franklin Cascaes, pela direção musical do espetáculo “50 anos de Bossa-Nova”.
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Orquestra Composta por 21 músicos profissionais, a Orquestra Filarmonia Santa Catarina prima pela excelência artística em suas performances, fruto de um trabalho intenso e da reunião de alguns dos melhores instrumentistas de Santa Catarina. Em seus concertos, a orquestra tem apresentado ao público um repertório de altíssimo nível técnico que muitas vezes inclui peças nunca antes executadas no Estado — sobretudo por orquestras catarinenses — com a
participação regular de solistas convidados de nível internacional. A Temporada 2013 da Orquestra Filarmonia Santa Catarina apresenta um repertório diversificado, que inclui grandes mestres da música clássica e compositores catarinenses como Edino Krieger e Gustavo Fontes, regente da orquestra com destaque para a participação de renomados solistas, como o pianista Paulo Álvares e o violoncelista Alberto Kanji, entre outros.
Gustavo Fontes
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Regente
Diplomou-se em Música pela Universidade de São Paulo (USP), tendo recebido Láurea por Excelência Universitária das mãos de seu reitor. É duplamente pós-graduado na Alemanha (Mannheim, como bolsista da Fundação Vitae, e Colônia) nos cursos Exame de Solista, sob orientação de Christoph Schmidt, e Exame de Orquestra, sob orientação de Veit-Peter Schuessler — ambos em contrabaixo, instrumento de sua especialidade. Na Europa, atuou em diversas orquestras, como a Orquestra Sinfônica do Baixo-Reno (Solo-Contrabaixo), Orquestra Filarmônica
de Stuttgart, Orquestra Sinfônica da Rádio de Colônia, Orquestra de Câmara de Hannover (Solo-Contrabaixo), dentre outras. Fontes dedica-se com a mesma intensidade à regência e à composição, e tem sido orientado de modo paralelo a sua formação instrumental por importantes professores, como Pablo Assante (Staatskapelle Dresden) em regência e Willi Corrêa de Oliveira (USP) em composição. Desde 2009 é Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Filarmonia Santa Catarina, e vem colaborando com importantes solistas nacionais e internacionais, chamando especial atenção seu empenho na execução de música contemporânea. Em 2012 foi o representante da região Sul do Brasil no festival Música de Agora, do Instituto Itaú Cultural (São Paulo), onde obras suas foram discutidas e executadas. Em julho de 2012 foi nomeado também Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Cidade de Joinville. Para 2013 está previsto o lançamento do primeiro CD dedicado exclusivamente à sua obra.
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Equipe Técnica: Gustavo Fontes – Diretor Artístico Diogo Thumé – Produtor Executivo Fernando Bresolin – Coordenador de Produção Dilmo Nunes – Assistente de Produção Paulo Eduardo Antunes – Assessor de Imprensa Paula Albuquerque – Designer Realização: Associação Cultural Filarmonia Santa Catarina (48) 3204-9512 contato@filarmonia.art.br www.filarmonia.art.br Produção: Sonorità Espaço Musical (48) 3204-9512 producao@sonorita.com.br www.sonorita.com.br
Próximo Concerto Música Contemporânea em Diálogo Data: 12 de setembro de 2013, 21h Local: Teatro Álvaro de Carvalho (TAC) Entrada franca Solista: Paulo Álvares (Piano) Programa: Arthur Honegger, Igor Stravinsky e
Eduardo Guimarães Álvares Produção
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