RioInfo Magazine 2011

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M AGAZINE

Rio Inf o 2011 Ne g贸cios, t end 锚ncias e conhecim en t o d e pon t a no m aior e v en t o d e TI do Brasil



Auditorias do tipo Teste de invasão têm por objetivo avaliar a resistência de redes, sistemas ou aplicações em relação aos atuais métodos de ataque e ferramentas disponíveis. Diariamente são descobertas novas falhas nos mais variados sistemas, sendo assim, é de fundamental importância auditorias preventivas, mais especificamente, auditorias do tipo Testes de Invasão, que fornecem um diagnóstico real sobre a segurança dos ativos em questão.

Bruno Salg a do

Embora uma auditoria deste tipo seja de total importância para se garantir a segurança de informações sensíveis dentro de uma organização, algumas vezes é difícil justificar o ROI de um teste de invasão para os tomadores de decisão. É preciso mostrar os custos resultantes de um ataque bem sucedido (por exemplo, o prejuízo causado pela indisponibilidade de um site comercialmente ativo ou por uma desfiguração do site principal de uma empresa – ou até do roubo de informações críticas ao negócio) e compará-los ao custo de um teste de invasão, que pode indicar quão protegido o Cliente está deste risco. Além disso, cada vez mais normas nacionais e internacionais estão recomendando testes de invasão periódicos a todos que querem entrar em conformidade com as mesmas. A metodologia de um teste de invasão segue modelos cuidadosamente estruturados em passos bem definidos. Afinal, apesar das óbvias semelhanças, há uma série de diferenças entre um ataque simulado contratado e um ataque malicioso real. Por exemplo, antes do início de uma auditoria do tipo Teste de Invasão, é executado um levantamento inicial de informações para planejamento e modelagem dos testes. Detalhes da infra-estrutura contemplada, sistemas, equipamentos e recursos que serão necessários durante os testes, bem como os tipos de ataque a compor a simulação real, constituem algumas das informações definidas nesta etapa. Antes de qualquer atividade intrusiva é necessária a assinatura de um termo de confidencialidade onde fica salvaguardada a confidencialidade das informações que eventualmente serão acessadas pelo analista responsável pelos testes. É preciso estabelecer também prazos, janelas de tempo para execução dos testes e também pontos de contato para tratamento de questões especiais. Um Teste de Invasão pode ser definido de acordo com o nível de informações que serão passadas sobre o ambiente, o teste pode ser classificado como caixa preta, caixa branca ou caixa cinza. Em um teste caixa preta, há pouco ou nenhum conhecimento sobre o ambiente a ser avaliado, e tudo deve ser descoberto pelo analista. Em testes caixa branca, analogamente, o avaliador tem acesso irrestrito a qualquer informação que possa ser relevante ao teste. Testes caixa cinza envolvem conhecimento limitado sobre o alvo, muitas vezes sendo o mínimo necessário para conduzir o teste da forma desejável.

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EDITORIAL

ARTIGO/TENDÊNCIAS

Se gurança

Mom en t o crucial Iniciamos o RIO INFO num momento crucial. A economia mundial em crise, aparentemente quebrando os domínios consolidados no pósguerra. Os emergentes, como nós, assumindo novos papeis. Mas quais? Simples fornecedores de commodities sem valor agregado ou parceiros de uma nova economia em que o conhecimento é a principal moeda? Benit o Pare t Recentemente o presidente Obama convidou grandes empresários para um jantar na Casa Branca para discutir a realidade econômica. Em outros tempos quem seriam os convidados? Os presidentes das grandes indústrias, certamente. Desta vez os comensais foram os dirigentes das empresas da nova economia – Apple, Google, Facebook, Yahoo, Oracle, Twitter, dentre outros. O Google comprou a Motorola, não pelas suas indústrias – aliás, ambas fora dos Estados Unidos - mas por possuírem centenas de patentes. Ficou claro que o futuro está no conhecimento. O debate nacional, em geral, tende a reduzir o que se entende por patrimônio nacional a um conjunto de ativos reais óbvios: a Amazônia, o subsolo, prédios históricos, obras de arte, monumentos etc. Mas esquece, com frequência, de exaltar o patrimônio mais estratégico e só visível pelos resultados: o capital intelectual, o ativo intangível construído em muitos anos de estudos e pesquisas que levaram à descoberta do primeiro. Sem o capital intelectual acumulado em décadas, não descobriríamos o pré-sal, não exportaríamos aviões e softwares, nem teríamos safras agrícolas recordes. São ativos intangíveis, patrimônios nacionais que precisam ser preservados e protegidos contra a exploração predatória. O Brasil chegará, em breve, a 200 milhões de celulares e mais de 100 milhões de consumidores conectados interativamente às grandes redes de comunicação, ainda que, mais de 80% daqueles sejam pré-pagos. Com o avanço da convergência digital, se abre mercado para um número incalculável de serviços. Mas, é preciso que, assim como faz com o pré-sal e a indústria naval, o governo garanta, também, um quinhão desse novo mercado às indústrias nacionais de software, fortalecendo o mercado interno hoje dominado pelas grandes multinacionais. É preciso que estas oportunidades geradas não se esgotem na transitoriedade dos negócios gerados. Reservas de petróleo, por maiores que sejam, um dia acabam. Copas do mundo e Olimpíadas passam. O conhecimento permanece. Temos como exemplos recentes, a Noruega – com o petróleo, e Barcelona – com as Olimpíadas.

Entenda mais sobre as fases de um Teste de Invasão – Planejamento, Preparação e Execução em http://www.seginfo.com.br/auditoriateste-de-invasaopentest-planejamento-preparacao-e-execucao/

Neste RIO INFO, teremos a oportunidade de discutir os desafios que o momento que vivemos nos apresenta. Aproveitemos a oportunidade que um evento com tanta diversidade de opiniões e experiências nos proporciona.

Bruno Salgado é sócio da Clávis e da Green Hat Segurança da Informação.

Benito Paret é Coordenador Geral do RIO INFO2011 3


ÍNDICE

EDITORIAL .............................................................................................3 HISTÓRICO .............................................................................................6 ENTREVISTA: Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro .............................................................................................8 APRESENTAÇÃ O DO RIO INFO ............................................................................................11 ARTIGO/TENDÊNCIAS - Redes Sociais e o futuro da internet ............................................................................................13 OPORTUNIDADES - O Rio de Janeiro e os mega eventos ............................................................................................17 ARTIGO/TENDÊNCIAS - A computação em nuvem ............................................................................................21 CADERNO PROGRA M AÇÃ O ............................................................................................23 ARTIGO/TENDÊNCIAS - Portal do Software Público ............................................................................................27 ARTIGO/TENDÊNCIAS - Convergência digital ............................................................................................31 ENTREVISTA - Cézar Vasques, superintendente do Sebrae/RJ ............................................................................................34 ARTIGO/TENDÊNCIAS - ISO/IEC JTC 1 ............................................................................................37 ARTIGO/TENDÊNCIAS - Banda Larga - p´ra fazer chover ............................................................................................39 ARTIGO/TENDÊNCIAS - Olhos virados para a ordem e o progresso ............................................................................................41 ARTIGO/TENDÊNCIAS - As infinitas possibilidades da Inovação ............................................................................................44 ARTIGO/TENDÊNCIAS - Segurança ............................................................................................46

EXPEDIENTE: Coordenador geral do Rio Info 2011 – Benito Paret Editor: Ivan Accioly (MTb 18.248) Textos: Ivan Accioly e Raquel Belém Fotografias: Raul Moreira e Dhani Borges Tiragem: 2 mil exemplares 4

Coordenador adjunto do Rio Info 2011- Alberto Blois Projeto Gráfico e design: Paulo Braga Prado Secretaria Rio Info: Graça Jacques Impressão: Gráfica COP Editora


ARTIGO/TENDÊNCIAS 44

As infini t as possibilid a d es d a Ino v açã o A inovação é chave para infinitas possibilidades. É a grande aliada de empresas, que, independente de seu porte, buscam diferenciar-se no mercado. Não basta ser mais um. A inovação pode ser entendida como novidade, invenção ou renovação. Ela ocorre tanto em atividades técnicas, quanto na concepção, desenvolvimento, gestão e produção. A inovação objetiva Ercilia d e St e f ano aumentar a competitividade, a qualidade, a praticidade, a economia e CEO da Mestres e Doutores tempo de resposta, enfim, é fundamental para o crescimento econômico de uma empresa. Atualmente novos produtos apresentam uma velocidade de propagação nunca antes imaginada. Na área de informática, um novo software é lançado a cada 8 minutos no mercado mundial. Ao mesmo tempo, uma evolução tecnológica darwinista ocorre em uma velocidade nunca imaginada pela nossa sociedade. Produtos não inovadores são rapidamente rejeitados pelos consumidores, que hoje determinam as necessidades e tendências de mudança. O monitoramento das novas tendências deve ser incorporado como rotina nas empresas. Parafraseando Chiavenato, “vencer nos negócios requer inovação. As organizações que inovam colhem todas as vantagens de quem chega primeiro”. É necessária uma atuação diferenciada para se obter resultados inovadores. Inovar é condição sine qua non para se integrar ao atual cenário globalizado e competitivo. Albert Einstein foi muito hábil em sua afirmação, que "nenhum problema novo pode ser resolvido pelo mesmo raciocínio velho que o criou". A inovação é uma atitude fundamental para a sustentabilidade e sobrevivência de empresas, como também para a expansão de mercados, clientes e parcerias, objetivando o aumento da lucratividade e valoração da marca. Jack Welch afirmou que “quando a taxa de mudança dentro da empresa é superada pela taxa de mudança fora da empresa, o fim está próximo”. Em poucas palavras, ele deixa claro a importância da constante auto re-criação das empresas. Para que uma ideia inovadora se torne realidade em uma empresa, é necessário que ela encontre uma estrutura organizada, planejada, com processos mapeados e bem definidos. Uma empresa organizada deve possuir um plano de negócios bem elaborado, objetivo e constantemente revisado e reavaliado. Deve também elaborar seu planejamento estratégico, abrangendo os três níveis: estratégico, tático e operacional. Tão importante quanto aos dois pontos anteriores, o mapeamento de processos vem ganhando destaque. Ele foi incluído como um dos fundamentos da ISO 9001/2000 e tem sido implantado em um número crescente de organizações, apresentando excelentes resultados. O mapeamento de processos consiste em registrar o desenho sistêmico do fluxo de atividades que permeia a organização, os stakeholders envolvidos, os diversos departamentos, áreas e funções que interagem com essa atividade; identificam-se também gargalos e duplicidades. A partir deste levantamento, denominado AS-IS, nasce o TO-BE: novos processos remodelados, com a proposta de otimização, economia, ganho de tempo e qualidade na realização de todas as atividades da empresa. Na área de TI, as ISO 20000 e ISO 29110 encontram facilidade de serem implementadas em empresas onde seus processos encontram-se bem descritos e mapeados. Para inovar, faça diferente! Ouse! Seja criativo! Quebre paradigmas. Acompanhe as tendências. Faça pesquisas, mantenha-se atualizado e informado. Contrate empresas especializadas na área. A inovação deve surpreender. Para concluir, cita-se novamente Einstein, um grande inventor e inovador que transformou a física "Se, na sua formulação inicial, uma ideia nova não parecer absurda, ela provavelmente não é uma ideia inovadora".

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HISTÓRICO

A nona e diçã o do m aior e v en t o nacional d e TI Realizado anualmente desde 2003, o Rio Info chega a 2011 consolidado como o maior evento de TI do Brasil. Reúne empresas de diferentes continentes e, do Brasil, diversos estados, que têm a oportunidade de realizar negócios e adquirir conhecimentos. São oficinas, workshops, mesas redondas, exposições de empresas e produtos inovadores, concursos focados em TI, rodadas de negócios e muitos momentos para network. Sempre com a colaboração de um conjunto de entidades e empresas parceiras unidas com o objetivo de apoiar o desenvolvimento da TI nacional. O pontapé inicial foi dado por um conjunto de entidades ligadas à TI, como o Sindicato das Empresas de Informática (Seprorj), a Riosoft, a Assespro e o Sebrae/RJ. Em seu primeiro ano o Rio Info foi realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). No decorrer dos anos parceiros como o Ministério da Ciência e Tecnologia, Governo do Estado, a Prefeitura Municipal do Rio, Proderj, Serpro, Caixa, Cobra, BNDES, Apex, Sistema Firjan,CGI.Br, NIC.Br entre outros, contribuíram para a construção do evento. Nos dois anos seguintes à estreia o Rio Info foi para a Marina da Glória, onde, a exemplo da primeira edição, além das palestras, as empresas tinham estandes para realização de negócios. De 2006 a 2008 aconteceu no Hotel Glória, onde permaneceu até o fechamento do espaço para reformas. Em 2009 foi para o Hotel Intercontinental, em São Conrado, e, desde o ano passado, está no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca. A consolidação do Rio Info como o principal evento da TI brasileira em seu formato se reflete no prestígio que as entidades do setor têm conferido, com a realização de seus encontros anuais durante o evento, como é o caso da reunião anual Fenainfo e da assembleia da Assespro Nacional. Também a presença das principais autoridades ligadas ao setor a cada ano demonstra a importância do evento no calendário anual da TI brasileira. O pioneirismo da pauta de discussões do evento e seu olhar crítico é uma marca que o acompanha. Temas inovadores como a implantação da tv digital, as oportunidades para as empresas de TI frente aos grandes eventos esportivos, as oportunidades no setor de petróleo e gás, a inclusão digital, software livre, a web 2.0, o e-commerce, as redes sociais, a computação em nuvem, integração e convergência digital, a mobilidade e a transversalidade na TI estiveram presentes sempre antes de se tornarem familiares de parte da sociedade.

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ARTIGO/TENDÊNCIAS Olhos vira dos p ara a Ord e m e o Progresso

Dicas B!T p ara um a m elhor in t ernacionalizaçã o - Para que a internacionalização seja bem sucedida, é fundamental que haja um conhecimento prévio e aprofundado sobre o mercado local. - Desenvolver uma rede de contatos locais e saber quais são os movimentos certos que a empresa deve tomar são imprescindíveis para que tudo corra bem.

Outro destaque são as Rodadas de Negócios, que permitem o encontro de empresários de diferentes partes do país e do mundo, com geração de negócios. Este ano participarão empresas de 19 estados brasileiros e onze países. Números recordes. Como também é o de palestrantes, que chegam a 158. O Rio Info também se caracteriza por ser o espaço de reconhecimento dos talentos da TI nacional. O Prêmio Solução destacou ao longo dos anos as soluções desenvolvidas com aplicação comprovada pelos clientes. Além dele os prêmios de literatura de TI e o de algoritmo atraem as atenções. O Centro de Convivência Café MajesTIC – um ambiente para encontros informais entre participantes com cybercafé surgiu em 2010 e já se consolidou como o espaço de integração e negócios do Rio Info. Este ano outra inovação são as empresas âncora, que se inscreveram e participam do evento em condições especiais. Cada um delas conta com offices de apoio para realização de seus negócios.

- Depois de estar no país que escolheu faça algumas adaptações de marketing. Um pequeno ajuste no produto ou na forma de comunicação pode estar na origem do sucesso. - Seja exigente. Escolha profissionais qualificados para enfrentar os desafios do processo de internacionalização. Por detrás de uma grande empresa, tem de haver uma grande equipa. - É importante que os europeus encontrem parceiros que assegurem o negócio no Brasil. O sucesso deste processo está na vontade dos empresários brasileiros encontrarem nesse parceiro o mesmo interesse na colocação dos seus negócios na Europa. Para o sucesso ser mais fácil de alcançar, deve existir esta espécie de intercâmbio de ideias e uma grande vontade de ambas as partes. O Brasil tem um enorme mercado doméstico e, no futuro, irá desempenhar um papel cada vez mais importante na economia global. Neste sentido será um forte impulsionador na salvação da crise. Pode existir melhor parceiro para as empresas europeias?

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RioInfo Magazine - Até 2016, o Rio sediará alguns dos principais eventos mundiais. Que ações estruturais no campo da TI podemos destacar como essenciais para dar suporte a estes eventos e como o governo o está atuando neste sentido? Sérgio Cabral – Em breve, vamos inaugurar o nosso Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), onde teremos um moderno sistema de monitoramento que vai nos permitir acompanhar o que acontece em todo o estado. Atuando nas suas áreas de competência ou em conjunto, quando necessário, teremos oito órgãos das três esferas de governo, estadual, federal e municipal: Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal, CET-Rio, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Samu. Serão 260 postos de teleatendimento, dinamizando a comunicação. Mais do que garantir a imediata resposta diante de qualquer eventualidade, poderemos antecipar soluções e minimizar ocorrências. A agilidade no atendimento à população e aos visitantes é um dos principais objetivos. Esse é um investimento de R$ 36 milhões. Na área da Saúde, para melhorar a qualidade do atendimento médico, informatizamos as 45 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em todo o estado. Até 2013, também vamos instalar o nosso novo Data Center, com todos os requisitos de segurança, atendendo às melhores práticas internacionais. Na reforma do Maracanã, destaco a implementação de recursos de automação que vão atender à Copa e as Olimpíadas e que farão do estádio, historicamente um dos mais importantes do mundo, também um dos mais modernos.

ARTIGO/TENDÊNCIAS

ENTREVISTA 8

Sergio Ca bral: “ O nosso compromisso é t ransf orm ar o Rio no prim eiro est a do digi t al do Brasil.”

Olhos vira dos p ara a Ord e m e o Progresso Internacionalizar uma empresa é muito mais do que exportar. A decisão da internacionalização implica o contato com novos métodos de trabalho, novos contextos económicos e políticos. Para não falar de novos aspetos culturais.

Jo ã o Miguel M esquit a Filip a Teix eira B!T magazine – Portugal

O Brasil, como país BRIC, deve ser pensado como um destino de excelência para o desenvolvimento de negócios de qualquer empresa europeia. A capacidade de produção e a dinâmica característica dos empresários e dos developers brasileiros assumem um papel fundamental no desenvolvimento de novas tecnologias e softwares. O mercado brasileiro oferece uma abordagem muito avançada de software livre, constituindo-se como um parceiro de excelência para qualquer empresa que se queira expandir para terras brasileiras. Ao contrário do que atualmente se pode pensar, a Europa deposita uma grande confiança no mercado brasileiro. Mas é ele que tem a palavra final – está nas mãos dos empresários brasileiros receberem as propostas daqueles que querem entrar no país.

Se está a pensar internacionalizar a sua empresa e investir no mercado europeu nomeadamente em Portugal a AICEP pode servir de grande ajuda. Resultado da fusão, em 2007, entre a API (Agência Portuguesa para o Investimento) e o ICEP (Instituto do Comércio Externo de Portugal), a AICEP tem como objetivo promover a internacionalização das empresas portuguesas e apoiar a sua atividade exportadora, assim como captar investimento estruturante internacional. É a instituição certa para quem procura um parceiro de negócios na europa. A importância de participar e dar a conhecer eventos como o Rio Info 2011 – nona edição do evento – prende-se com o fato de neste evento participarem empresários, empreendedores e developers que lhe podem ser bastante úteis na busca de parceiros estratégicos para a implementação de um negócio nas áreas tecnológicas. Neste evento pode quebrar algumas barreiras físicas, lidar com as pessoas certas e perceber como funciona o mercado da América Latina. No Rio Info 2011 incentivamos o debate, para que empresários e utilizadores entendam melhor o universo da informática e saibam definir as oportunidades para os seus investimentos e expansão de negócios, quer no Brasil quer na Europa. Os debates e os contatos que se desenvolvem nas rodadas de negócio permitem aos empresários avaliarem em conjunto todos os detalhes para colocar em prática o caminho da internacionalização. O Brasil é um parceiro apetecível para as empresas europeias pois nos últimos anos amadureceu e fez crescer o seu potencial tanto económico como intelectual, acrescentando a tudo isto a proximidade com os Estados Unidos da América e o Mercosul faz do brasil um parceiro de excelência. O caminho é abrir as portas, analisar caso a caso e caminhar em conjunto sem desconfianças e com base na capacidade empresarial. As empresas brasileiras conhecem melhor que ninguém o seu mercado e o mercado sul americano em geral, por isso tem de tomar uma posição de abertura ao conhecimento da escola europeia que pode complementar na perfeição o pouco que ainda falta para encurtar o caminho do êxito e virar para fora o talento criativo e empresarial dos brasileiros.

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RioInfo Magazine - O setor de TI no Rio é formado essencialmente por microempresas, numa base que chega a 14 mil afiliadas ao sindicato empresarial do estado. Uma das principais reivindicações que essas empresas fazem é de incremento das compras governamentais estaduais. Há alguma perspectiva de que se ampliem? Sérgio Cabral – Aumentar a participação de todas as micro e pequenas empresas nas compras públicas é muito importante para o nosso estado. Com esse objetivo, lançamos recentemente o Programa Compra Mais, que será levado a oito regiões do estado, além da capital. Em parceria com o Sebrae-RJ, vamos promover seminários regionais para aproximar compradores e vendedores. Gestores públicos vão conhecer as vantagens de comprar dos pequenos negócios, enquanto os empresários serão orientados sobre como oferecer seus serviços e produtos por meio do sistema de compras públicas. Não tenho dúvida de que fortalecer essas empresas é estimular o nosso crescimento econômico.

Cerca d e 32% d as e mpresas que con t ra t a mos p ara f ornecer b ens e serviços sã o micro e p e quenas e mpresas, m as elas só f ornece m 5% do v olum e financeiro que o Est a do inv est e nas suas a quisiçõ es. O nosso maior desafio é aumentar essa participação. O programa busca ainda que micro e pequenas empresas passem a fornecer serviços e produtos para as prefeituras, que poderão utilizar o sistema de aquisição do estado sem qualquer custo. RioInfo Magazine - A oferta de acesso à internet é um dos principais compromissos do Governo do Estado. Concretamente, quando o estado do Rio de Janeiro terá seu território totalmente iluminado e com velocidade de acesso que permita aos usuários a utilização efetiva do serviço? Sérgio Cabral – Até 2016, esperamos ter um avanço bastante significativo. É importante dizer que, mais do que o acesso à internet, nosso governo busca também a inclusão digital como um todo. O programa Rio Estado Digital promove a democratização do conhecimento, com cursos profissionalizantes à distância, canais de acesso rápido a serviços governamentais, informações de empreendedorismo e sites para cadastramento de currículos. A nossa prioridade são as áreas carentes, mas sem deixar de lado as outras regiões. O programa já está presente em diversas comunidades: Santa Marta; Cidade de Deus; Pavão-Pavãozinho/Cantagalo; Rocinha; Providência; no condomínio do PAC de Manguinhos; na Av. Presidente Vargas; na Av. Sernambetiba; na orla de Copacabana, Ipanema, Leblon e Leme; na região do Porto Maravilha; e na Vila Militar. Seis cidades da Baixada Fluminense também contam parcialmente com o serviço. O Complexo do Alemão, onde o projeto está em fase final de detalhamento para a instalação dos equipamentos, será a próxima área a receber o sinal. Esse é um programa muito importante para o nosso governo e conta com parcerias da UFRJ, da UERJ, da UFF e da PUC-RJ, além do Instituto Militar de Engenharia (IME), que cuidam da implantação da rede e do gerenciamento inicial. Aos poucos, estamos promovendo uma verdadeira revolução digital no nosso estado. RioInfo Magazine - Qual a sua mensagem para os participantes do Rio Info 2011? Sérgio Cabral – Tem sido sempre uma alegria para o Rio de Janeiro receber o RioInfo e ter a presença dos principais nomes da Tecnologia da Informação, que fazem deste o maior evento do setor no país. Temos orgulho de ser um estado onde os 92 municípios são cobertos por rede de banda larga e temos trabalhado constantemente para a expansão do acesso da população à tecnologia e ao conhecimento.

O nosso compromisso é transformar o Rio no primeiro est ado digit al do Brasil. Eventos como o RioInfo são muito importantes porque dão visibilidade e trazem à pauta discussões de grande relevância para o desenvolvimento da Tecnologia da Informação. 9


ARTIGO/TENDÊNCIAS

Band a Larg a – p'ra f azer cho v er A popularização de computadores pessoais e o uso da Internet em residências são fenômenos relativamente recentes, de meados da década de 90. A "Sociedade da Informação" trouxe inúmeros benefícios aos cidadãos, como o acesso à informação, à cultura digital e a serviços de governo, mas gerou uma nova categoria de Sérgio Rosa exclusão social, a digital, devido primeiro ao alto custo dos Diretor da Cobra Tecnologia equipamentos e atualmente ao alto custo de conexão. Várias iniciativas têm sido realizadas para minimizar esse novo processo de exclusão, como os Telecentros baseados em Software Livre, permitindo a apropriação do conhecimento aos cidadãos, o não aprisionamento tecnológico e a racionalização de custos. Porém o problema da inclusão digital está longe de ser resolvido. Depois de 10 anos do lançamento do primeiro telecentro na cidade de São Paulo, os centros de acesso coletivo continuam sendo o principal meio de acesso à internet para a maior parte da população. Os 100 mil empreendimentos no setor (Lan houses e outros) representam 45% do total de acessos. A proposição do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), mais do que concretizar acordos de atuação das Empresas de Telecomunicações, em geral abaixo do esperado pelos atores da sociedade civil, provocou um debate concreto com perspectivas de avanços a serem negociados. Lembro aqui que o programa Computador para Todos, organizado pelo governo federal em 2006 nasceu como Computador Conectado mas, por não ter havido acordo com as empresas de telecomunicações, mudou de nome, assim um primeiro acordo operacional já é uma vitória. A parceria com as operadoras é necessária mas não suficiente e a concretização dessa parte do PNBL necessita de metas bem definidas e mensuráveis e que o governo e sociedade possam efetivamente acompanhar e cobrar a sua execução, através de Conselhos na forma do que é o SUS. O momento propicia também a rediscussão do marco regulatório, considerando o acesso à internet como um direito fundamental da população brasileira prestado como regime público, permitindo que o Fundo de Universalização de Serviços de Telecomunicação possa ser utilizado para promover efetivamente o aumento da população conectada à internet. Neste contexto, é estratégico que o país fortaleça o desenvolvimento nacional de tecnologia da informação e comunicação por meio do uso do poder de compra do Estado na implantação e expansão das redes de alta capacidade e da reserva de parte do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações – FUNTTEL, para projetos tecnológicos de conectividade. Dentre as vantagens no uso de uma rede de banda larga robusta e com capilaridade estão as parcerias entre as empresas nacionais de software com as que provêm infraestrutura de nuvem com software básico livre – menos custos e mais facilidade para o usuário. A universalização da banda larga também tem de ser vista como um mecanismo de inclusão da pequena e média empresa de todo o país nessa rede possibilitando melhores negócios com infraestrutura adequada reduzindo a perda de competitividade com as grandes corporações e permitindo que os sistemas e informações disponíveis nas atuais ditas nuvens levem chuva para todos. 39


O caso mais relevante diz respeito ao SC 7 que hoje possui 6 CEs no Brasil sem considerar devidamente alguma estratégia de integração. No seu escopo está a normalização de assuntos de extrema importância para o cenário de TI. Implementação, Avaliação e Certificação de Processos de Softwares, Testes, Ergonomia de Software, Serviços de TI, Qualidade de Produtos, Engenharia de Software e Sistemas são apenas alguns exemplos tratados por este subcomitê. Definir uma estratégia de normalização de TI é essencial para uma boa negociação da posição brasileira nos processos decisórios dos fóruns internacionais. A ABNT tem se mostrado preocupada com o assunto e promete ações em busca do estabelecimento de um fórum adequado para tratar o tema, onde se espera a participação efetiva de empresas, academia, Governo Federal, associações da indústria de TI, órgãos de fomento à indústria e associações de usuários.

APRESENTAÇÃ O DO EVENTO

ISO/IEC JTC 1

ARTIGO/TENDÊNCIAS

Organizadas de forma independente entre si, as CEs brasileiras, em alguns casos, acompanham WGs de um mesmo subcomitê. A integração entre as comissões brasileiras e o entendimento dos movimentos em torno do ISO/IEC JTC1 faz-se necessária já que vários trabalhos estão acontecendo de modo integrado em âmbito internacional. Como exemplo, pode-se citar o trabalho conjunto envolvendo os WGs 24 e 25 que avalia a aplicação da ISO/IEC 20000 (serviços) para as micro-organizações que são tratadas pela série ISO/IEC 29110. Também trabalhos relacionados com Services Oriented Architecture e Cloud Computing que envolvem o SC 7 e SC 38 ou ainda, ações conjuntas internacionais envolvendo a CE-21:007.06 e a CEE-126. Em nenhum destes casos estamos acompanhando de forma integrada os trabalhos internacionais.

Rio Inf o 2011: ne gócios, t end ências e conhecim en t o no m aior e v en t o nacional d e TI O Rio Info 2011 – 9° Encontro Nacional de Tecnologia e Negócios- é o principal evento dedicado à Tecnologia da Informação do país. Nesta nona edição consecutiva desde 2003 a estimativa é de que cerca de 1.500 p esso as participem, entre elas 158 p alest ran t es brasileiros e estrangeiros. Acontece entre os dias 27 e 29 de setembro no Hotel Windsor Barra, no Rio de Janeiro. O evento está pautado pelos temas que definirão os rumos dos negócios da TI (tecnologia da informação) nos próximos anos, com a uma programação que apresentará as tendências às empresas. No Rio Info o debate é incentivado, para que empresários e usuários entendam melhor o universo da informática e saibam definir as oportunidades para seus investimentos e expansão de negócios ou suas compras de serviços. Simultaneamente é fomentada a realização de negócios, com a presença de empresas vindas de 19 est a dos brasileiros e d e 11 p aíses. A Rodada de Negócios com empresas brasileiras e internacionais tem em sua abertura com o workshop “Negócios no Brasil”. Já o Salão da Inovação será um espaço para exposição de projetos selecionados nacionalmente a uma banca composta por investidores, empresários e executivos. Também ocorrerão palestras sobre casos de sucesso, empreendedorismo e inovação.

Encon t ros t e m á t icos com a abordagem sobre a TI nos setores de petróleo e esportes, a convergência digital e o software público aproximarão as empresas das demandas de mercado com apresentações de oportunidades de negócios. Haverá, ainda, a entrega de prêmios para os vencedores do “War Games”, da Olimpíada de Algoritmos, para o projeto mais inovador do Salão da Inovação e para a empresa que articular o maior número de negócios durante as rodadas. O Café MajesTIC será um espaço informal onde os participantes poderão tomar um “café de negócios”. Será também o ambiente de maior circulação e onde estarão localizadas as empresas âncora do Rio Info. Giosafatte Gazzanneo, diretor da Riosoft e coordenador do Fórum de Negócios do Rio Info 2011, afirma que será um espaço privilegiado para troca de experiências e geração de oportunidades por meio das rodadas de negócios, nacional e internacional, e encontros temáticos. O objetivo é fortalecer modelos de atuação inter empresas e trocas de experiências, consolidando o Rio Info como um marco na g eraçã o d e ne gócios. Os Encon t ros Técnicos, estimularão a reflexão com informações atualizadas sobre tecnologias emergentes. O ambiente terá um mix de palestras curtas, oficinas e debates. Entre os temas estão: “As novas tendências da engenharia de software”; o relacionamento/conflito “engenharia x arquitetura de software” (sistemas 2.0, modelos de desenvolvimento compartilhado, ferramentas rápidas para “leigos” etc.). Haverá, ainda, a discussão sobre o “desenvolvimento rápido x modelos de qualidade”. 11


Outro ponto a ser abordado será a “In t erne t do Fu t uro ”, incluindo a “Internet das Coisas”; “Web Semântica (3.0)”, “HTML 5”; as redes sociais e as empresas, com a provocação: existe vida além do marketing? E a questão das “grandes massas de dados – defendendo-se delas e explorando-as”. Serão analisados ainda os novos ambientes e ferramentas e a “Data Science”; a computação em nuvem; o Business Analytics/Business Intelligence e o que existe de novo no segmento. No campo da conv erg ência digi t al estarão em pauta as questões PNBL x TV Digital e a mobilidade por meio dos tablets. Na área da segurança: SegInfo CSO; guerra cibernética e o impacto nas empresas; auditagem de redes corporativas – objetivos e métricas e o mercado de segurança da informação no Brasil. Haverá ainda a final do SegInfo War Games. Integração O Encon t ro d e M ark e t ing e Com ercializaçã o d e So f t w are e Serviços terá três painéis que analisarão como as mudanças tecnológicas têm influído nos produtos e serviços de software e nas estratégias de marketing necessárias às suas comercializações. A evolução do software “produto de prateleira” contratado por meio de licença por usuário para o “serviço”, seja com instalação nos usuários ou com uso nos servidores dos próprios fornecedores dos produtos estará em pauta, assim como a expansão do uso da internet e o surgimento das redes sociais, que influem significativamente na divulgação das soluções junto aos mercados consumidores. O painel “O Software como Serviço” apresentará as mudanças na comercialização de soluções. A computação em nuvem e sua influência nas práticas comerciais, as diversas modalidades de cobrança e os tipos de serviços cobrados na implantação e manutenção. No painel sobre as lojas de aplicativos (“Application Stores”) será debatido o papel que desempenham, assim como o papel dos grandes fabricantes. Será levantada a questão sobre se no futuro haverá espaço para pequenas empresas e fornecedores individuais. Também estarão em pauta as influências das plataformas de desenvolvimento nestes softwares e como serão as formas de cobrança. A Brazil App Store será foco da abordagem sobre as experiências de abordagens de mercado. O painel Marketing Digital vai explorar as tendências e seu impacto nas empresas de TI de diferentes portes. Uma das questões que incrementará o debate é se uma empresa de pequeno porte é capaz de criar uma estratégia de marketing social com poucos recursos. Também será buscada a resposta para como uma micro ou pequena empresa pode se beneficiar do marketing de guerrilha. As re d es sociais e a sofisticação das ferramentas de interação disponíveis, que permitem novas fórmulas de relacionamento pessoal, ainda pouco exploradas no contexto profissional e nas relações entre clientes e fornecedores será outra das abordagens. Ferramentas como banners, blogs e e-mail estarão no centro da polêmica, assim como o surgimento dos mecanismos de “compras coletivas”.

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ARTIGO/TENDÊNCIAS

APRESENTAÇÃ O DO EVENTO Rio Inf o 2011

Internet em pauta

ISO/IEC JTC 1 e a norm alizaçã o mundial p ara TI Normas Militares e Normas de Qualidade de países como Canadá, França, Alemanha e Reino Unido foram duas importantes fontes de inspiração para o surgimento das normas ISO.

Gisele Villas Bo as Coordenadora RIOSOFT

A ISO (International Organization for Standardization), criada em 1947, é responsável pelo desenvolvimento de normas que tem como objetivo definir, com base em consenso mundial, padrões de qualidade para produtos e serviços que sejam entendidos e reconhecidos de forma global. 163 países, que possuem status O de “observador” ou status P de “participante”, são membros da ISO. A diferença entre os status está relacionada ao nível de participação. Um país com status de “observador” acompanha os trabalhos em andamento. Pode participar do desenvolvimento das normas, porém, sem direito a voto nas resoluções formais. Já países que possuem status de “participante”, normalmente, participam mais ativamente dos trabalhos de desenvolvimento das normas e, além disso, têm direito a votar nas resoluções formais.

A IEC (International Electrotechical Comission), criada em 1906, precedeu a ISO e realizou trabalhos pioneiros no desenvolvimento de normas para área de engenharia eletrotécnica. Em 1987, estas duas organizações ápice em normalização internacional uniram-se e criaram o que é hoje o maior comitê da ISO: ISO/IEC Joint Committee 1 (ISO/IEC JTC1) com o objetivo de desenvolver, manter, promover e facilitar a normalização para as áreas de domínio relacionadas com Tecnologia da Informação, e detém cerca de 15% do acervo ISO que possui mais de 18.000 documentos publicados. Entretanto, se consideramos o poder econômico da indústria afetada, sua importância aumenta significativamente. O desenvolvimento das normas ISO de TI tem o envolvimento de 90 países que representam seus organismos de normalização nacionais. Também outros comitês da ISO e da IEC e organizações como a European Comission, a Ecma International e a International Telecommunication Union participam como liason prestando apoio técnico. Distribuídos entre 5 grupos de trabalho e 18 subcomitês, os membros do ISO/IEC JTC 1 tratam temas como Acessibilidade, Planejamento, Governança Corporativa, Telecomunicações e Intercâmbio de Dados, Engenharia de Software e Sistemas, Segurança, Interfaces de Usuário, Biométrica, Aplicações Distribuídas, entre muitas outras. No Brasil, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) acompanha os trabalhos do ISO/IEC JTC 1 pelas comissões de estudo (CE) sob o ABNT/CB-21 (Comitê Brasileiro de Computadores e Processamento de Dados). Temos status de “observador” do ISO/IEC JTC 1 e de “participante” nos SCs e WGs espelhados pelas CEs que tratam Avaliação e requisitos de produtos de software; Gerenciamento do ciclo de vida de software; Avaliação de processo de software, Perfis de ciclo de vida para micro-organizações; Operações de tecnologia da informação; Teste de software; Técnicas de segurança; Identificação automática e captura de dados; Descrição de documentos e processos de linguagem; Plataformas e serviços de aplicativos distribuídos, além das CEs Especiais que tratam Informática e Saúde e Ergonomia da Interação Humano-Sistema. 37


ARTIGO/TENDÊNCIAS

Re d es Sociais e o fu t uro d a in t erne t Ao imaginarmos a evolução de um processo, costumamos supor que seu futuro será uma extrapolação, por assim dizer, do passado, e que não haverá rupturas. A Internet e seus desdobramentos socioeconômicos têm contrariado essas duas hipóteses. Por quê? De um lado, por causa da própria evolução tecnológica, que torna exponencial a oferta de produtos e serviços, e de outro, devido ao fato de que redes — físicas, biológicas ou sociotécnicas — são incubadoras naturais de inevitáveis e imprevisíveis rupturas. Mas, se não é possível prever, podemos analisar algumas forças e contraforças que afetarão o processo.

Luiz Carlos d e Sá Carv alho Diretor SEPRORJ Prof. PUC-RJ

As tecnologias hard constituem o primeiro grupo de forças positivas: optrônica, spintrônica, eletrônica de carbono, supercomputadores, dispositivos móveis e de baixo consumo de energia, novas memórias e sensores, 3D, novas tecnologias de transmissão de dados etc. Algumas contraforças são a crise econômica dos países mais desenvolvidos, a própria infraestrutura existente, que impede a adoção mais rápida de certas inovações, e o gigantismo dos players desse mercado, que buscam ferozmente o monopólio, inclusive via propriedade intelectual — vide a atual guerra de patentes entre Google, Microsoft, Apple etc. Dentre as tecnologias soft que influirão positivamente na evolução da Internet, podemos citar, entre outras, os modelos e ferramentas para análise do gigantesco e extraordinário acervo de dados existentes na rede (big-data), a web semântica e os sistemas “inteligentes”. Contraforças poderão ser também as dificuldades econômicas, limitando investimentos, e a possível frustração ou efeitos colaterais das promessas não cumpridas das soluções “inteligentes”, vendidas hoje como garantidas e irrefutáveis. A “nuvem”, mais uma forma de distribuir processos, dados e gestão do que uma tecnologia radicalmente nova, também ajudará a moldar a Internet do futuro, tanto positivamente — reduzindo custos para os usuários — quanto negativamente — ao se contrapor a um dos princípios fundamentais da Internet, que é ser essencialmente descentralizada — uma federação de subsistemas autônomos e iguais. O terceiro campo de forças que afetarão a Internet são, é claro, as aplicações e redes sociais. Talvez não apenas nos ambientes atuais — Facebook, Youtube, Google+ etc. — mas também em novas e expandidas formas de interação e produção/consumo de conteúdo: Internet das coisas, realidade aumentada, crescimento exponencial de produção e transmissão de conteúdo — e-books e sobretudo audiovisual —, generalização das aplicações móveis, crescente interatividade, expansão do crowdsourcing para produção, comercialização, pesquisa científica e inovação etc. 13


ARTIGO/TENDÊNCIAS Re d es Sociais e o fu t uro d a in t erne t

Esse campo de forças, de certo modo, mais do que as tecnologias, tem sido responsável por dar a forma da Internet que conhecemos hoje, além de transformar a si próprio apoiando-se nessas tecnologias — vide os recentes choques políticos e sociais no mundo inteiro. Dentre as contraforças envolvidas aí, a primeira é sem dúvida o próprio excesso: de informação, de velocidade, de demandas etc. e o decorrente esgotamento e desencanto — fenômenos que já começam a manifestar-se. Outras contraforças seriam a tendência à concentração e ao controle da rede, seja por governos — a pretexto de garantir a segurança — seja por empresas. A publicidade, que custeia boa parte da operação da rede, também não tem recursos infinitos, podendo isso ser fator limitante do crescimento da Internet. Finalmente, os abusos e a criminalidade são outras das possíveis forças negativas nesse processo evolutivo. Que espaço cabe ao Brasil nesse panorama? Provavelmente não será nas tecnologias “hard”, mas na produção e utilização de software e conteúdos nacionais, além de criativos experimentos sociais, espaço em que temos enorme potencial. Carências educacionais e de recursos humanos serão provavelmente as maiores contraforças locais. Desnecessário é enfatizar que, sem uma banda larga barata, disseminada e decente, estamos fora de qualquer possibilidade competitiva. Mas o mais importante, para tentar avançar na compreensão deste gigantesco fenômeno, é incorporar, ao atual repertório de conceitos e olhares compartimentados — tecnologia, de um lado, e sociedade, do outro — um pensamento efetivamente sistêmico. De fato, redes sociais e tecnologia moldam-se mutuamente e evoluem como um sistema único, dinâmico e sinérgico. Esse esforço de entendimento também permitirá escapar à superficialidade, à supersimplificação e ao triunfalismo (ou sua contrapartida, o negativismo), tão comuns em muitos foros de discussão atuais, permitindo à sociedade, empresas e profissionais posicionarem-se e influírem no processo mais conscientemente.

RioInfo Magazine: Como avalia a estratégia de fomento aos arranjos produtivos locais de TI em todo o país e como se dá a integração desses APLs nacionalmente? - A parceria com outros Sebrae estaduais se torna indispensável para o sucesso do evento. Com a colaboração e empenho dos gestores dos projetos de TI conseguimos trazer mais de uma dezena de missões empresariais. São mais de 150 empresas inscritas oriundas exclusivamente destas missões. Este trabalho começa bem cedo, no início do ano. Com visitas aos estados fazemos reuniões de apresentação e sensibilização do empresariado local sobre o Rio Info e as vantagens de estar ingressando nas missões. - Historicamente esta é uma experiência satisfatória. Ao longo das edições anteriores vemos um número crescente nas inscrições. - Tanto para os empresários fluminenses quanto para os empresários de outros estados é uma oportunidade ímpar, pois com o apoio do Sebrae podem participar de um grand e e v en t o d e TI com ele v a do nív el t écnico e com f oco e m ne gócios. RioInfo Magazine: As micro e pequenas empresas lidam com a realidade de poucos recursos, mas têm que atuar num mercado que exige cada vez mais compromissos com temas como sustentabilidade, inovação e responsabilidade social, por exemplo. Como o Sebrae/RJ as apoia nestas questões? - Para o Se bra e a ino v açã o e m MPEs é quest ã o b ásica . A ideia de que inovar é algo para grandes empresas com altos investimentos e horas de dedicação em pesquisa e desenvolvimento ficou no passado, hoje é questão de sobrevivência para as MPEs. Em especial as empresas de TI que são intensivas em gerar inovação em suas soluções. - Temos hoje o SebraeTec, programa que ajuda as MPEs a vencer barreiras tecnológicas. Com o empresário tendo uma demanda identificada podemos buscar em nossos parceiros estratégicos as soluções para suprir este gargalo tecnológico. É um programa subsidiado onde as empresas pagam apenas 10% dos custos. RioInfo Magazine: Qual a avaliação da entidade sobre a atuação nas comunidades pacificadas do município do Rio de Janeiro, especificamente sob a ótica da TI? - É muito importante que estejamos estrategicamente alinhados com as políticas públicas do estado e município do Rio de Janeiro. As comunidades que hoje estão pacificadas ficaram muito tempo afastadas dos serviços públicos e privados que estão disponíveis para a sociedade. O Sebrae vem atuando fortemente nestas comunidades com o objetivo de resgatar todo o potencial que existe nelas. São muitos empreendimentos informais e formais que precisam e merecem receber nossos serviços, em especial do segmento da TI, certamente temos lan houses, empresas de manutenção de equipamentos de informática, suprimentos e serviços em geral. Estamos surpresos com o potencial encontrado nestas comunidades. - Inclusive estamos desenvolvendo, junto com a RioSoft, um projeto para atender às lan houses de comunidades pacificadas. Atualmente estamos no Andaraí, mas a ideia é estender para outras UPP's.

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ENTREVISTA

Cézar Vasques, sup erin t end en t e do Se bra e/RJ Se t ores in t ensiv os e m t ecnologia e ino v açã o precisa m ser t ra t a dos d e f orm a dif erencia d a RioInfo Magazine: O Sebrae/RJ é parceiro na organização do Rio Info desde a primeira edição. Como a entidade avalia a importância da tecnologia da informação e do evento para as micro e pequenas empresas? - O setor de tecnologia da informação é fundamental para o Rio de Janeiro, temos instalados no estado milhares de pequenos empreendimentos voltados para esta cadeia produtiva. Mais de 90% deste setor é constituído de micro e pequenas empresas, sendo um forte gerador de emprego e renda no estado. - Os setores intensivos em tecnologia e inovação precisam ser tratados de forma diferenciada. É importante continuar apoiando os setores de base tradicional, mas serão com os setores de alta tecnologia que o Brasil conseguirá dar saltos em termos de liderança e competitividade mundial. - Com a chegada dos grandes eventos esportivos previstos para esta década, teremos fortes demandas para softwares e serviços. Por isso, faz-se necessário um apoio mais intenso na capacitação gerencial destas empresas, na melhoria do processo de desenvolvimento do software e principalmente na questão das parcerias entre empresas na busca de complementaridade de suas soluções para atender a estas demandas. - O Rio Inf o est á consolid a do como o e v en t o m ais impor t an t e d e TI no Brasil . É com satisfação que vemos esta conquista sendo realizada de forma planejada e estruturada. Com um comitê organizador, capitaneado pela Riosoft, onde o Sebrae é integrante junto com outras entidades e instituições, todas as decisões são tomadas de forma consensual e colaborativa. Com o Rio Info as MPEs fluminenses têm a possibilidade de estar, em apenas três dias, em contato e fazer negócios com centenas de outras micro e pequenas empresas nacionais e internacionais, além de participar das Rodadas de Negócios, palestras e oficinas. O seu grande diferencial de sucesso está na abordagem temática, infraestrutura e foco empresarial. RioInfo Magazine: O Sebrae/RJ tem atuado em parceria com o Sindicato das Empresas de Informática em diferentes projetos de apoio ao desenvolvimento do setor de TI, tais como os de equipamentos e suprimentos de informática na Região Médio Paraíba, o de reparação e manutenção de equipamentos de informática e de escritório e o de desenvolvimento das lan houses, ambos na cidade do Rio de Janeiro. Qual a avaliação desta experiência?

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- Toda parceria nos proporciona grandes aprendizados. Esta especificamente, nos possibilitou conhecer e atuar mais de perto em segmentos bastante carentes de informações. Em sua grande maioria são micro empresas que passam por todas as dificuldades inerentes a este porte. Pudemos fazer um trabalho onde levamos capacitação gerencial, possibilidade de abertura de novos mercados e também apoio e informações nas questões do empreendedorismo, crédito e acesso a inovação e tecnologia. Esta experiência nos deixou conhecimento suficiente e um caminho aberto para realizarmos novos trabalhos em prol destes segmentos. - A questão das lan houses é muito sensível, pois são em grande número e estão espalhadas por todo estado. Com um modelo de negócios bem planejado elas podem ser pontos de acesso a internet para novos empreendimentos recém formalizados, principalmente o EIEmpreendedor Individual. As lan houses sã o um grand e ala v anca dor d a inclusã o digi t al no p aís.



A possibilidade de interagir com estes conteúdos (?!) traz uma nova dimensão a ser explorada, especialmente quando esta interação for mediada por uma análise computacional dos antecedentes e preferencias de uma pessoa e refletidas nas informações emanadas de outros dispositivos semelhantes. A questão da proximidade será apenas mais um parâmetro a ser considerado, não um pré-requisito. Tanto a proximidade física como a proximidade no sentido de confiança que media nossas relações. Com que vamos querer compartilhar nossa agenda de compromissos, hábitos de consumo e até mesmo segredos ? É cada vez mais fácil transformar as informações do nosso mundo real em dados que podem ser processados e manipulados por um dispositivo computacional. Por conta disto a convergência digital é cada vez mais presente e complexa, tendo dado origem a termos como realidade virtual ou realidade aumentada, que são igualmente insuficientes para descrever esta nova realidade. Mas tudo o que é processado ou manipulado por um dispositivo computacional o é feito através de software. E se tudo isto é software, que esta em toda a parte, talvez estes novos tempos sejam mais bem caracterizados como tempos da “ubiquidade do software”.

OPORTUNIDADES

ARTIGO/TENDÊNCIAS Conv erg ência digi t al

movimentos e expressões faciais são na verdade o produto de complexos cálculos matemáticos traduzidos em imagens que simulam um ser humano. Num aeroporto europeu uma destas simulações, em 3D, é agora utilizada para esclarecer dúvidas e oferecer informações sobre os voos que chegam e partem – no idioma da preferencia de quem pergunta.

O Rio d e Janeiro e os m e g a e v en t os Com a realização dos mega eventos no Brasil, com destaque para Copa do Mundo de Futebol e Olimpíadas, muitos setores terão excelentes oportunidades de negócios.

Luiz Carlos Barboza Sócio da LCB Consultoria

Os diversos investimentos e o aumento do consumo de bens e serviços praticamente afetarão toda a economia. Os setores mais beneficiados serão: construção civil (devido aos investimentos em arenas esportivas, infraestrutura para melhorar os deslocamentos urbanos, as reformas de aeroportos, a construção e reformas de hotéis, etc.), turismo e hotelaria, tecnologia e serviços da informação e serviços às empresas. De acordo com o estudo realizado pela Ernest Young e FGV, contratado pelo Ministério do Turismo, a realização da Copa do Mundo FIFA 2014 terá um impacto total de R$ 113 bilhões, em todo o Brasil, no período de 2010 a 2014, dos quais cerca de 80% correspondem aos investimentos em infraestrutura e 20% no consumo adicional de bens e serviços. Alguns setores e o volume de investimentos projetados: indústria têxtil R$ 580,5 milhões, autopeças e acessórios R$ 469,2 milhões, eletrodomésticos R$ 429,4 milhões, materiais elétricos R$ 384,2 milhões, móveis R$ 267,6 milhões, calçados e acessórios de couro R$ 242,7 milhões, etc. Os turistas esperados, cerca de 700 mil, gastarão R$ 5,94 bilhões sendo em hotéis e outros meios de hospedagem R$ 2,1 bilhões, alimentação R$ 903 milhões, compras R$ 832 milhões, transporte interno R$ 529 milhões, entretenimento cultural e de lazer R$ 517 milhões, etc. Já em relação às Olimpíadas, um estudo da PWC Consultoria, calcula que o Rio de Janeiro se beneficiará com um total de R$ 53,2 bilhões, dos quais R$ 33,1 bilhões em infraestrutura, R$ 13,6 bilhões no turismo, R$ 4,5 milhões na indústria inovativa (telecomunicações e tecnologia da informação) e mais R$ 1,1 bilhão em serviços financeiros. Como cada um dos setores diretamente beneficiados aciona uma imensa cadeia de fornecedores de bens e serviços, pode-se assegurar que os impactos serão sentidos em toda a economia.

As oportunidades de empregos também tende a crescer tanto na indústria, como no comércio varejista e principalmente nos setores de serviços.No caso da Copa do Mundo em 2014 o estudo da Ernst Young/FGV estima a criação de 3,63 milhões de vagas em todos os setores, e em todo o Brasil. Já no caso das Olimpíadas, que foca exclusivamente o Rio de Janeiro, a estimativa da PWC é de 90 mil empregos. As vantagens da realização desses eventos no Brasil são várias, mas destaca-se duas principais: a) a melhoria da infraestrutura de mobilidade nas cidades repercutindo numa melhora permanente da 32

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Os principais desafios das empresas para capturar essas oportunidades são: a) estar suficientemente bem preparadas para atender as exigências; b) ter acesso às informações relevantes de oportunidades de negócios; e c) pertencer às redes de relacionamentos que realizam os negócios relacionados aos megaeventos esportivos.

ARTIGO/TENDÊNCIAS

OPORTUNIDADES O Rio d e Janeiro e os m e g a e v en t os

qualidade de vida da população; b) a enorme visibilidade que o Brasil terá em todo o mundo e o aumento do fluxo de turistas estrangeiros que passarão a visitar o Brasil. Estimativas da Embratur/Ministério do Turismo apontam que ao final da atual década o Brasil deverá estar recebendo cerca de 10 milhões de turistas estrangeiros por ano, contra os atuais 5 a 6 milhões que o Brasil vem registrando. Com esse incremento no turismo, toda a economia será beneficiada.

Conv erg ência digi t al Textos, som e imagens coloridas em alta definição são hoje lugar comum não apenas na tela de um computador como também em outros dispositivos, alguns deles móveis, que no caso dos telefones ganharam o adjetivo de “inteligentes”. Assim, um smartphone faz muito mais do que permitir conversas telefônicas, tal como os “tablets”, sensação do momento, fazem de tudo um pouco nestes tempos de convergência digital. Livros, música, filmes, notícias, jogos e outros aplicativos estão ao alcance de qualquer pessoa através destas engenhocas, deixando os mais velhos muitas vezes atônitos.

John L. Form an presidente do Conselho Deliberativo da Riosoft

Os mais jovens, por sua vez, já incorporaram estas tecnologias ao seu dia-a-dia e com naturalidade vão ampliando seus usos e moldando novos costumes. Contribuem para isto duas novidades recentes: O acesso à internet através de conexões sem fio em banda larga, e o fato de que cada vez mais engenhocas deixam de ser meros exibidores de conteúdo para se tornarem dispositivos que não apenas captam sons e imagens, como também permitem combinar estes conteúdos com outros recebidos de amigos ou conhecidos, enviando de volta o resultado para consumo de quem estiver interessado. A velocidade das transformações é enorme e não há indícios de qualquer desaceleração. Pelo contrário ! A revolução propiciada pela convergência digital esta longe de acabar, a ponto desta designação já não ser mais suficiente para descrever o que esta acontecendo. Os modelos de negócio em torno da distribuição de conteúdos digitais estão sendo reinventados a cada momento. As indústrias em torno da música, livros e jornais foram fortemente impactadas e a televisão parece ser a bola da vez. As fronteiras entre nichos até recentemente bem delimitados são cada vez mais tênues. As chamadas Tecnologias da Informação passaram a ser designadas pela sigla TIC, uma vez que a componente Comunicação passou a ser parte indissociável desta equação. Em um filme no cinema esta cada vez mais difícil distinguir um ator de carne e osso de um personagem cujos

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ARTIGO/TENDÊNCIAS

Por t al do So f t w are Público Brasileiro - PSPB No dia 23 de agosto desse ano, na mesa de abertura do Fórum TI Brasil, em Brasília, o representante do Secretário da SLTI do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Corinto Meffe, um dos idealizadores e principal evangelista do Portal do Software Público Brasileiro, num recado direto ao Secretário da SEPIN/MCT, M árcio Girã o Virgílio Almeida, ali presente, cobrou o que denominou a inversão por Pres. FENAINFO parte do Governo do privilegiamento atual ao “software proprietário” Empresário de Software por meio de investimentos específicos e rubricados ao Software Livre, em especial ao Software Público. Ao final, declarou: “... temos que deixar claro que essa inversão passa pelo setor privado e a nossa intenção continua firme em fazermos contratações de serviços”. Nessa pequena intervenção, ficou claro o propósito do PSPB nas palavras do próprio representante da SLTI: intermediar a substituição da contratação de “software proprietário” pela contratação de serviços. Como esses “serviços” de informatização ocorrem em torno de um software, aí é que entra o PSPB, onde se homologam e cadastram os produtos doados ao Governo e que, exclusivamente, serão utilizados através de licitações públicas para contratação de “serviços” para sua implementação. Como condição de homologação, o produto deve aderir aos mecanismos de propriedade intelectual do Software Livre e se transformar num Software Público Brasileiro - SPB. Antes de analisarmos essa questão, entendamos o significado dessas siglas SPB e PSPB. A Instrução Normativa No 1 de 17/01/2011, editada pela SLTI, em seus 39 artigos “dispõe sobre os procedimentos para o desenvolvimento, a disponibilização e o uso do SPB”. Resume-se no seguinte: ·Define o Software Livre - SL como aquele aderente aos preceitos de liberdade da Free Software Foundation (executar, estudar/adaptar, aperfeiçoar, redistribuir); ·Define “tecnologia proprietária” como aquela que não adere a pelo menos um dos itens dessa definição de SL; ·Define a Licença Pública da Marca – LPM, na qual o seu titular consente o seu uso público gratuito conforme as regras do SL; ·Define e especifica as características o PSPB como ambiente público oficial para a liberação, o compartilhamento e o desenvolvimento de SPB, bem como das “Comunidades Virtuais” criadas em torno dos SPB nele catalogados; ·Requisitos para a homologação de um software como SPB, incluindo o seu licenciamento no modelo GPL (General Public License) e a LPM, vedando-lhe o uso de qualquer componente ou código com “tecnologia proprietária” bem como operar apenas em “plataformas proprietárias” ou depender de um “único fornecedor”, além do registro no INPI; 27


pessoal (do usuário) por todos os riscos a ele relacionados (qualidade, desempenho, danos gerais ou pessoais, diretos, especiais, acidentais, indiretos ou consequenciais, perda de lucros ou de dados, interrupção nos negócios, perda de privacidade). Na tentativa inusitada para enquadrar o software como produto não licitável segundo a legislação brasileira, a referida Instrução Normativa, no seu preâmbulo, o enquadra na definição de que “um objeto de compartilhamento pode ser obtido na Teoria dos Bens Públicos, ... como aquele que apresenta características de indivisibilidade e de não rivalidade, ou seja, que pode ser usado por todos sem que com isto se estabeleça competição pelo bem entre os usuários”. Tal teoria, não identificada claramente no texto, refere-se a um livro de Richard Musgrave, The Theory of Public Finance (1959). Aliás, qualquer bem cultural poderia se enquadrar nessa definição. Voltando ao início desse artigo, a Fenainfo – Federação Nacional da Informática, publicou uma resposta que merece reflexão e desconstroi a argumentação do representante do Governo: “A Fenainfo tem grande respeito pelo movimento do Software Livre no seu sentido mais nobre de modelo de construção e disseminação de software e a discussão da propriedade intelectual envolvida no processo. ... Entretanto, não pode concordar com a transformação desse movimento em modelos de negócios com o governo, ainda mais em mecanismos de privilégios e até de inexigibilidades de licitações ou subterfúgios para descaracterizar o importante papel do desenvolvedor de software, levando-o a ser apenas prestador de serviços em produtos de terceiros com a chancela de software público; não pode concordar com regras que exijam de nossos empresários a adoção de modelos específicos de propriedade intelectual para se apresentarem a negócios com o Governo”. O fato é que o modelo do SPB confronta a realidade do país tanto de sua legislação que regula as relações de negócio entre governo e empresas quanto, e principalmente, o parque empresarial da TI brasileira composto de mais de 80.000 empresas de software operando, essencialmente, com tecnologia proprietária. Em recente estudo conduzido pela ABES, apenas cerca de 3% dos negócios de software no país podem ser classificados como de software livre. Pouco antes de Cristo, a Biblioteca de Serapeum herdou o que sobrou do incêndio da Biblioteca de Alexandria e recomeçou a armazenar a cultura dos povos. Quatrocentos anos depois, sob o argumento de que as sagradas escrituras continham toda a sabedoria que se deveria ler, os cristãos de então, apoiados por Roma, procederam a destruição desse reduto da cultura mundial com perdas irreparáveis para a humanidade. O software brasileiro tem sofrido duros golpes desde o final da reserva de mercado, mas tem se desenvolvido a taxas superiores às de outras tecnologias graças à perseverança de seus empresários. Espera-se que esses novos evangelistas, a exemplo dos antigos cristãos egípcios, não tenham sucesso em desmoronar o que já foi conquistado em nome de teorias particulares e motivações dogmatizadas.

ARTIGO/TENDÊNCIAS

ARTIGO/TENDÊNCIAS Por t al do So f t w are Público Brasileiro - PSPB

·Elenca as condições para o uso do SPB, incluindo a assunção expressa da responsabilidade

A compu t açã o e m nuv e m Quantas vezes você disse ao gerente de Tecnologia de Informação da sua empresa que seu negócio não é tecnologia, mas vender o produto para o qual ela foi criada ? E que você está gastando cada vez mais homens/hora e dinheiro em megabytes de memória, CPUs, aplicativos e manutenção de rede de computadores quando deveria estar aumentando o investimento em marketing e em vendas? Gastar menos em TI e mais no foco do próprio negócio é o sonho dos empresários. E é isso que alguém, lhe oferecerá, com o nome sofisticado de "cloud computing". Ou "computação em nuvem".

M arília Millan Consultora RIOSOFT

Se for um fornecedor agressivo lhe dirá para dizer adeus às preocupações com sistema operacional e hardware, licenças e atualizações de softwares. Prometerá, também, redução impensável de manutenção da infraestrutura física de redes e de instalação de softwares nos computadores corporativos. A infraestrutura para que sua empresa passe a operar com uma solução em nuvem é bem mais econômica do que a tradicional. Consome menos energia, refrigeração e espaço físico. E, se o vendedor for muito ousado, lhe dirá que em poucos anos você dará adeus, também, aos seus micros, porque ao operar numa solução em nuvem seus empregados não precisarão muito mais que um teclado, mouse e monitor. O resto estará na web. Tudo o que você hoje guarda em micros estará armazenado em computadores que poderão ser acessados de qualquer parte do mundo, a qualquer hora. Você não precisará comprar, instalar ou atualizar programas. Nem armazenar dados em sua empresa. O acesso será remoto. O PC torna-se apenas um chip ligado à internet, "a grande nuvem" de computadores. Seja uma empresa ou um usuário, em casa, precisará apenas dos dispositivos de entrada - teclado, (mouse?) - e saída - monitor. A nuvem de informação "é a nova fronteira". No trabalho corporativo a solução em nuvem facilita o compartilhamento de arquivos, já que as informações estão num mesmo "lugar". Na nuvem. A maioria das empresas que oferecem esse serviço fornece aplicativos gratuitos. Você paga apenas pelo tempo de uso. Não paga pela licença. Essa é uma tendência de mercado, principalmente pelo controle de custos. Grande parte das empresas não sabe exatamente quanto gasta de TI nem quanto pode economizar. Talvez venha a ser o melhor dos mundos. Mas atenção: embora a novidade venha ganhando espaço, ainda é cedo para dizer se dará certo ou não. E a arquitetura em nuvem está repleta de riscos sérios de segurança. Pesquisa recente detectou que quase metade (43%) dos responsáveis pela tomada de decisões em TI já registrou alguma falha ou problema de segurança com seu fornecedor de serviço em nuvem nos últimos 12 meses. E os recentes ataques a páginas públicas e privadas mostram como esse risco é real. O futuro pode estar na nuvem. Mas nuvens podem se tornar cúmulos-nimbos, carregadas de raios e trovoadas.

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PROGRA M AÇÃ O

Acomp anhe os div ersos encon t ros, p alest ras, m esas re dond as, o ficinas e f óruns que acon t ecerã o duran t e a Rio Inf o 2011. Dest a que essa progra m açã o d a re vist a.

27 DE SETEMBRO - M ANHÃ Sessão de Abertura do Rio Info 2011 9h - Credenciamento 10h - Sessão solene de abertura com a presença do Exmo. Sr. Governador Sérgio Cabral e de Autoridades Federais, Estaduais e Municipais e dirigentes das Entidades do Setor.

27 DE SETEMBRO - TARDE Mesas Redondas Tecnológicas

14h às 16h - Redes sociais e a empresa: existe vida além do marketing? Moderador: Nelson Vasconcelos - Jornalista econômico especializado em TI e escritor. Palestrantes: Flávio Mendes - IBM; Janaína Machado - Plano B Consultoria; João Miguel Mesquita - Revista BIT - Portugal; Lucilia Ferreira - Dataprev; Marcos Puccini - Totvs

14h às 17h30 - Talentos 2.0 14h às 15h - Palestra: Innovation in Education & Training: Using Technology for Transformation Palestrante: Kenneth Chapman - Diretor de Estratégia de Produtos da Desire2Learn 15h às 17h30 - Painel - Formação de Talentos para as empresas de Software e Serviços de TI Moderador: John L. Forman - SOFTEX Palestrantes: Andrea Ramal - ID Projetos Educacionais; Frederico Novaes - Infnet; Eduardo Morgado - UNESP/FC Bauru; Mirella M. Moro - Sociedade Brasileira de Computação; Virgínia Duarte - SOFTEX Oficinas

14h30 às 18h - Desenvolvimento Ágil e modelos de qualidade O paradigma ágil: Seus princípios e práticas. Desafios e oportunidades do desenvolvimento ágil. Aspectos gerenciais. Como conciliar as exigências dos modelos de qualidade e certificação com o desenvolvimento ágil. Palestrantes: Igor Macaubas - Globo.com; Rafael Nascimento - Infnet Fórum de Negócios

14h às 17h - Workshop Softex: Negócios no Brasil 14h - 15h30 - Novas Oportunidades para as Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação no Mercado Interno Moderador: Djalma Petit - Softex O Centro de Defesa Cibernética do Exército e a Interação com a Indústria de Software e Serviços de TI do Brasil Palestrante: General de Divisão José Carlos dos Santos - Chefe do Centro de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro A cadeia de Petróleo e Gás no Brasil e as Oportunidades para a Indústria de Software e Serviços de TI Palestrante: Otavio Mielnik - FGV Projetos de São Paulo A Informatização Eficiente da Micro e Pequena Empresa Brasileira – Fronteira Intransponível para a Indústria de TI? 15h30 - 16h - Apresentação da nova ferramenta autodiagnóstico de TI para MPEs Palestrante: Jorge Helder Freire Coutinho - Softex 16h30 - 17h30 - Como as Empresas Brasileiras de TI podem acessar o Mercado Internacional – Oportunidades e Obstáculos Moderador: Djalma Petit - Softex Debatedores: Fernando Gemi - HSB Ventures; Igor Brandão - Apex-Brasil; Rep.entidade setorial; Analista de mercado 17h30 - 18h - Apresentação das ferramentas de geração de negócios internacionais VBE – Virtual Business Environment e Brasil IT+ LatinPartners Palestrante: Glaucia Critter Chiliatto - Softex

14h às 18h - Encontro de Negócios com Software Livre 14h às 16h - Painel 1: Portal de Software Público: “Qual o espaço da iniciativa privada no Portal? Como a mesma pode gerar negócios com as soluções disponibilizadas?” Moderador: Arnaldo Bacha - Softex Palestrantes: Corinto Meffe - Portal de Software Público; Dayse Vianna - Proderj; Gérson Schimitt - ABES; Mario Guilherme Sebben - Datasys; Paulo Ricardo da Silva - e-cidade 16h às 18h - Painel 2: O software livre como alavancador de negócios na computação em nuvem. Computação em nuvem pública ou privada ? Quais as preocupações com a segurança das informações? Moderador: Paulo Coelho - Proderj Palestrantes: Arlindo Maluli - VMware; Kauê Linden - Hostnet; Marcos Mazoni - SERPRO; Raimundo Nonato da Costa - Microsoft Brasil Salão da Inovação

13h30 às 17h - Salão da Inovação O Salão da Inovação promoveu etapas regionais para seleção de projetos nos APLs de TI do Sebrae. A atividade tem como objetivo, apresentar a uma banca composta de investidores, executivos de mercado, empresários e especialistas em inovação. As apresentações dos projetos serão intercaladas com apresentações dos membros da banca para compartilhar experiências e apresentar casos de sucesso de empreendedorismo e inovação. Apresentador e Moderador: Edson Mackeenzy - Videolog Banca: Dia 27/09 - t ard e - 13h30 às 17h 13h30 às 13h45 - Thomas Nash - Xalles 13h45 às 14h15 - Pedro Henrique Lira - Alagoas 14h15 às 14h30 - Antonio Ventura - E.ai Corp. 14h30 às 15h00 - Carlos Artur Rocha - Ceará 15h00 às 15h15 - Seth Salkin - Astor Group 15h15 às 15h45 - Antonio Gontijo - Rio de Janeiro 15h45 às 16h00 - Leonardo Gonçalves - ConfraRio 16h00 às 16h30 - Franco Machado - Espírito Santo 16h30 às 17h00 - José Clemente Zanatta - Bahia

28 DE SETEMBRO - M ANHÃ Mesas Redondas Tecnológicas

9h às 12h - Internet do futuro Moderador: Alexandre Barbosa - CETIC.Br Palestrantes: Alexandre Hannud Abdo - USP; Antonio Ventura - E.ai Corporation; Bruno Magrani - FGV; Henrique Cukierman - Coppe-UFRJ; Vagner Diniz - W3C Brasil, Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br

9h às 12h - Convergência Digital - Plano Nacional de Banda Larga Moderador: Sergio Rosa - Cobra Tecnologia Palestrantes: Cezar Alvarez - Secretário Executivo do Ministério das Comunicações; Eduardo Levy - Sinditelebrasil; Ivo Vargas de Andrade Filho Parks; Marcello Miranda - Instituto Telecom; Marcio Patusco Lana Lobo - Clube de Engenharia Oficinas

9h às 12h30 - Business Intelligence/Business Analytics As demandas de informação complexa no ambiente complexo. Princípios e ferramentas para soluções de BI. Princípios e ferramentas para soluções de BA. Palestrante: Fernanda Baião - Unirio


Fórum de Negócios

09h às 13h - Rodada de Negócios Empresas âncoras: ADD Technologies - Algar Telecom - BIT - Portugal - Cobra Tecnologia S.A. - Digirati Informática Serviços e Telecom Ltda - Heurística Consultoria de Sistemas Ltda - Itautec S/A Grupo Itautec - Montreal Informática - Net Botanic Internet Inteligente Ltda - RP Net Serviços de Telecomunicações Ltda - Seagull Tecnologia Ltda - SENAC - SS IT Consulting Ltda - TICRED – Cooperativa de Crédito do Setor de Informática do Rio de Janeiro Top Down Consultoria e Projetos Ltda - Triumph Implementation Consulting Corporation / Canada - Xalles Limited - USA

9h às 13h - War Games Na etapa final do War Games, os participantes concluirão suas jogadas mostrando suas habilidades na segurança da informação.

09h30 às 13h - TI & Petróleo 9h30 às 10h30 - Painel 1: Petrobras Internacional - como geradora de oportunidades para a indústria de TIC no exterior Moderador: Duperron Maragon - PHD Palestrantes: Inyang Effiong - Arts in Sciencie; José Severino - Associação Industrial de Angola; Ricardo Iachan - Petrobras Internacional 10h45 às 12h - Painel 2: Oportunidades da indústria brasileira de TIC Moderador: Márcio Girão - MGB Palestrante: Guilherme de Oliveira Estrella - Petrobras 12h às 13h - Painel 3: TI apoiando a logística para o desenvolvimento econômico Moderador: Giosafatte Gazzaneo - Riosoft Palestrantes: Alberto Bastos - Módulo; Aldo Pires - Add Tech; João Manuel Bastos Veríssimo - Ano-Brasil; Marcos Gomes Pinto Ferreira - Senac-Rio Salão da Inovação

09h às 13h - Salão Inovação Apresentador e Moderador: Edson Mackeenzy - Videolog 09h15 às 09h45 - Giselle Roberta - Rio de Janeiro 10h00 às 10h30 - Pedro Siena Neto - Campinas 10h45 às 11h15 - Maurício Veras Fortes - Joinvile

Banca: Dia 28/09 - manhã - 9h15 às 12h 09h45 às 10h00 - Andre Diamand - VentureOne Startups 10h30 às 10h45 - Bill Elliot - Business Development for Canada's Technology Triangle 11h15 às 11h30 - André Mizrahi - SGR 11h30 às 12h00 - Fábio Santine - R.G. do Sul

28 DE SETEMBRO - TARDE Mesas Redondas Tecnológicas

14h às 16h - Convergência Digital - Tecnologia Ginga: Oportunidades na TV, IPTV e Web Moderador: Ricardo Saur - CECID Palestrantes: Carlos Afonso - CGI.Br; Carlos Fini - TV Globo; Marcelo Moreno - UFJF; Salustiano Fagundes - HXD

14h às 18h - Privacidade na Nuvem Abordagem Jurídica Moderador: Gilberto Martins de Almeida - Martins de Almeida Advogados Palestrante: Bruno Magrani - FGV; Silvia Gandelman - Dain Gandelman e Lacé Brandão Advogados Associados Abordagem técnica sobre segurança de dados Moderador: Lincoln Werneck - Consultor Palestrantes: Leonardo Goldim - Cloud Security Alliance-Brasil; Paulo Pagliusi - Arcon; Marco Sinhoreli - Globo.com

16h às 18h - Convergência Digital - Plataformas e conteúdo Moderador: Tito Ryff - Coordenador da Rede Rio Convergência Digital Palestrantes: Carlinhos Cecconi - W3C-Brasil; Fabio Nunes - Navita; João Paulo Bruder - IDC; Manoel Lemos - Abril Mídia; Samuel Vissotto - Samsung Oficinas

14h30 às 18h - HTML5 Principais características do HTML5. Tendências e problemas de compatibilidade. Práticas em HTML5. Palestrante: Ricardo Paiva - Consultor Fórum de Negócios

14h às 18h - Rodada de Negócios Continuação da Rodada de Negócios. Detalhes no horário de 09h às 13h. Salão da Inovação

13h30 às 17h30 - Salão Inovação Apresentador e Moderador: Edson Mackeenzy - Videolog 13h30 às 13h45 - Marcelo Almeida - Orango Ventures 14h15 às 14h30 - Andrew Chen - New York Ventures 15h00 às 15h15 - Aldo Pires - Add Tech 15h45 às 16h15 - Marcus Dratovsky - Sergipe 16h30 às 17h00 - Marivaldo do Vale - Amazonas

Banca: Dia 28/09 - tarde - 13h30 às 17h30 13h45 às 14h15 - Manoel Amorim Neto - Pernambuco 14h30 às 15h00 - Mauro Lara - Paraná 15h15 às 15h45 - Bruno Mota - Brasília 16h15 às 16h30 - Ted Rogers - Arpex 17h00 às 17h30 - Arnóbio Medeiros Neto - Rio Grande do Norte

29 DE SETEMBRO - M ANHÃ Mesas Redondas Tecnológicas

9h às 12h - Empresas 2.0 - Tecnologia da Informação e Telecomunicações Moderador: João Cassino - Cobra Tecnologia Palestrantes: Jayran Nascimento - Cobra Tecnologia; Gabriel Domingos - Telefônica Brasil; Luiz Fuzaro - Cobra Tecnologia; Marcello Miranda - Instituto Telecom; Ricardo Bimbo - Red Hat no Brasil Oficinas

9h às 12h30 - Arquitetura da informação em sistemas 2.0 Usabilidade e acessibilidade. Sistemas web interativos. Como projetar sistemas no ambiente 2.0. Palestrante: Carlos Alberto Ferreira - Consultor Fórum de Negócios

9h às 12h30 - TI Nacional e os Projetos do Ministério da Defesa 9h - Sessão de Abertura Com a presença Comandante do Exército, General de Exército Enzo Martins Peri, palestra do Engenheiro Luiz Alfredo Salomão 9h30 - Apoio ao desenvolvimento do Ecossitema Digital de Defesa e Segurança Cibernética Palestrante: Rafael Henrique Rodrigues Moreira – SEPIN/MCT

10h às 11h - Projetos do Ministério da Defesa envolvendo Simulação Palestrantes: General de Brigada Bráulio de Paula Machado - Diretor do Centro de Desenvolvimento de Sistemas; Contra-Almirante Antonio Reginaldo Pontes Lima Junior - Diretor do Centro de Análises de Sistemas Navais; Capitão- de- Corveta do Brasil Antonio Anddre Serpa da Silva; Brigadeiro do ar José Luiz Villaça Oliva 11h às 12h - Debates em torno do tema Simulação nas Forças Armadas

10h às 13h - TI Esportes 10h às 10h30 - Jogos Mundiais Militares: experiências e lições aprendidas Palestrante: Ulf Bergmann - Coordenador do Projeto de Comando e Controle da Fundação Ricardo Franco para os 5º Jogos Mundiais Militares – Rio 2011 10h30 às 12h - Transmissões esportivas: o uso da tecnologia Moderador: Mariucha Moneró - Agencia Ideal e Lance Palestrantes: Cris Dissat - @Fimdejogo; Fábio Medeiros - Esporte Interativo; Mário Jorge Alves - TV Globo; Ricardo Malkes – TV Bandeirantes; Ricardo Villaça - Radio Globo 12h às 13h - Legado de negócios dos eventos esportivos Moderador: Alberto Blois - Rede Rio TI Esportes - Riosoft Palestrante: Aldo Pires - Add Tech; Fernando Nery - Módulo Security; Luiz Felippe de Abreu - Algar Telecom; José Vidal Bellinetti - Rede TIC na Copa - ITS

9h às 13h - Encontro Cidades Inteligentes 9h - Abertura Palestrante: Franklin Coelho - Secretário de Ciência e Tecnologia da Cidade do Rio de Janeiro 9h15 - Cidades Inteligentes e Cidades | Sustentáveis A experiência de waterloo - Bill Elliot - Vice President, Business Development da região denominada CTT - Canada's Technology Triangle (cidades de Waterloo, Kitchener e Cambridge) Rio +20, Urbanismo e Tecnologia Sergio Besserman - Consultor 10h45 - O futuro do mundo é touch? Palestrante: Ruy Mendes - Smart Tecnologies 11h15 - Cidades Inteligentes e Cloud Computing Palestrantes: Luís Henrique Pessanha - EMC²; Tarcízio Fernandes - CPQD; Francisco Gioielli - Google

10h às 12h - Encontro de Marketing e Comercialização de Software e Serviços 10h às 12h - Software como Serviço Moderador: João Estebanez - Consultor Palestrantes: Kauê Linden - Hostnet; Pablo Gonçalves - Sidetech; Rafael Esberard - HubCom; Sergio Oehler - True Systems

29 DE SETEMBRO - TARDE Mesas Redondas Tecnológicas

14h às 18h - Gestão e desenvolvimento de SW: Paradigmas e mitos 14h às 16h - Gestão x Modelos de Qualidade: Paradigmas, mitos e conflitos Moderador: Marcelo Schneck de Paula Pessôa - Fundação Vanzolini, USP Palestrantes: Hanna Oktaba - UNAM, México; Fabio Reginaldo e Silva - AVANTI; Gisele Villas Bôas - RIOSOFT; Marcos Cavalcanti - CRIE/COPPE 16h às 18h - Ferramentas: A gestão por processos em busca de melhores resultados Moderador: José Antonio Antonioni - Softex Palestrantes: Breogan Gonda - Artech, Uruguai; Claude Y Laporte - ETS, Canadá; Carla Lima Reis - UFPA, Pará

14h às 18h - I SegInfo CSO - Workshop de segurança da informação Moderador: Bruno Salgado Guimarães - Clavis 14h às 14h40 - Guerra cibernética e o impacto nas empresas Palestrante: Valter Monteiro Junior - Chefe do Departamento de Segurança das Informações Digitais do DCTI da Marinha do Brasil 14h40 às 15h20 - Auditando Redes Corporativas – Importância da Auditoria Teste de Invasão em Redes, Sistemas e Aplicações Web. Palestrante: Rafael Soares Ferreira - Clavis. 15h20 às 16h10 - Segurança em um Planeta mais Inteligente Palestrante: Alexandre Freire - IBM Brasil 16h10 às 17h - Segurança Cibernética - Oportunidades e Desafios na Administração Pública Federal Palestrante: Raphael Mandarino - Diretor do DSIC 17h às 17h50 - As Empresas e os Principais Crimes Cinernéticos Palestrante: Helen Sardenberg - Delegada da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro Oficinas

14h30 às 18h - Introdução ao Desenvolvimento de Aplicações em NCL para o Middleware Ginga A linguagem NCL, a linguagem de script Lua, desenvolvimento de aplicações utilizando ferramentas de autoria textual, desenvolvimento de aplicações usando o Composer. Palestrante: Luiz Fernando Gomes Soares - Puc-RJ Fórum de Negócios

14h às 17h - TI Nacional e os Projetos do Ministério da Defesa 14h - Painel sobre os Projetos de Sistemas de Vigilância das Forças Armadas 14h às 14h30 - SISFRON - Sistema de Monitoramento e Vigilância Palestrantes: Gal-de-Brigada Antonino Santos Guerra - Comand. Centro Com. e Guerra Eletrônica 14h30 às 15h - SisGAAz - Sistema de Monitoramento Amazônia Azul Palestrante: Capitão-de-Mar-e-Guerra Edison Mendes de Oliveira Penna 15h ás 15h30 - SISDABRA - Sistema de Defesa Aeroespacial Palestrantes: Ten Cel Ricardo de Queiroz Veiga - Adjunto da Seção de Comando e Controle 15h45 ás 17h - Debates sobre os Sistemas de vigilância das Forças Armadas

14h às 18h - Encontro Cidades Inteligentes 14h - Arranjos institucionais e a infraestrutura de rede Palestrantes: Ricardo de Oliveira - Presidente do IPLAN RIO 15h - Inclusão digital, a web 2:0 e cidades comunicadoras Palestrantes: Claudio Prado - Coordenador Laboratório Brasileiro de Cultura Digital; Mayra Jucá Viva Favela 2.0 16h - Hub de inovação e parques tecnológicos Palestrante: Mario Borghini - Diretor de Desenvolvimento Econômico IPP RIO – Instituto Pereira Passos A Cidade do Rio de Janeiro e Parques Tecnológicos Empresariais Palestrante: George Elis - Fundador Ideiasnet S.A. - IDNT3 na Bovespa 17h15 - Territórios e comunidades inteligentes Palestrantes: Rodrigo Uchôa - CISCO; Augusto Carvalho - IBAM

14h às 17h30 - Encontro de Marketing e Comercialização de Software e Serviços 4h às 15h30 - Lojas de Aplicativos (Application Stores). Palestrantes: Bruno Valente - Punch!; Paulo Lima - iMusica; Tiago Baeta - iMasters 15h30 às 17h30 - Marketing Digital. Moderador: Gustavo Pereira - ABRADI-RJ Palestrantes: Ariel Alexandre - Videolog; Guilherme Caldeira - Kaus Midia; José Telmo - Consultor; Marcelo Velloso - Agencia Oslo Digital; Pedro Bittencourt - Tuiuiu; Victor Gonçalves - ADD Tech


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