Entre Linhas

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Entre Linhas Livro de

Breno Moroni Para Crianรงas de Todos os Tempos e Idades.

Editora

Petrรณpolis 2016



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APOIO CULTURAL

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Entre Linhas Livro de

Breno Moroni

para crianรงas de todos os tempos e idades. Fotografia - Roseni Kurรกnyi Grafismo - Paulo P. de Carvalho Editora

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Petrรณpolis 2016


Título original: Entre Linhas Copyright 2016 © Breno Moroni Fotografia Roseni Kurányi Capa, Projeto gráfico e Editoração eletrônica Paulo P. de Carvalho Revisão: Dra. Lorena Moroni Girão Barroso Josias A. de Andrade B869 Ficção e contos brasileiro Todos os direitos desta edição reservados à Breno Moroni Contatos: www.arpadeditora.com Blog - brenomoroni.blogspot.com.br E-mail - brenomoroni@yahoo.com.br Facebook - Breno Moroni Ator

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Dedico às crianças Lian Pedro Francisco João Joana Francisquinho e Maria.

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ra uma vez um gato xadrez, digo, era uma vez em um país não muito distante, na verdade era bem pertinho, muitos anos atrás... Um avô e um netinho. Ele estava brincando e o vovô, dormindo. Brincava de pescar no riozinho. Amarrava uma cordinha num galho qualquer, ai né, colocava um pedaço de pão na pontinha do barbante e os peixinhos vinham comer. E o vovô dormindo. O menino era vegetariano, não comia peixes, ele gostava de frutas, legumes, cereais e bola de futebol. E vovô dormindo. Não sei se foi a brisa fresca da tarde ou um inseto inofensivo e chato que fez o vovô finalmente acordar. O neto foi logo gritando: – Vô, vamos jogar xadrez? 7


O grito ecoou pelos corredores, quartos e a caixa craniana do avô. A cabeça dele mais parecia um jogo de cartas embaralhadas. O avô lavou o rosto, deu um “pum atômico”, e tomou uma xícara de café cheiroso e foi jogar xadrez com o netinho feliz. Feliz! – Começa você! Disse ele, ao que o outro respondeu: – Não, comece você. Retrucou: – Faço questão! Insistiu. – Nãããooooo! Você primeiro! Resolveram decidir no “par ou ímpar” embora o avô tenha insistido em disputar no “Uni Duni Tê”. O netinho sabia que seria enganado.

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Antes que eles terminassem aquela conversa que se repetia todas as tardes frescas com brisa, algo mágico aconteceu... No tabuleiro de xadrez um peão preto se moveu sozinho, sem que o avô ou o netinho movessem. Nada se movia naquela sala exceto as cortinas brancas e rendadas ao sabor da fresca brisa da tarde. O peão preto disse chamar-se João e andava pelo tabuleiro nervoso. De um lado pro outro, gritava! – Estou cansado dessa vida de peão! Por que tenho que andar entre as linhas? Preso entre quadrados? Dentro dos limites de um tabuleiro? Quero ser livre! Todos olharam para ele: o avô, o neto e todas as peças do xadrez. E completou: – Por que tenho que disputar, competir, lutar contra peões brancos? Não quero ter inimigos, só quero ter amigos. 9


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esse momento um peão branco avançou duas casas, o que é permitido nas regras do jogo, em linha reta em direção a João e sorriu. João, o peão preto, estimulado por aquele sorriso solidário, continuou... – E por que tenho que defender um rei e uma rainha? Afinal, para que servem os reis? Foi quando um pequeno peão branco, Joaquim, que estava no fim da fila, disse com sua voz tímida: – Afinal, o que é um xeque mate?

... Gostou? Quer saber mais? Então adquira já os seus exemplares e alegre o Natal de Vovôs, Vovós, Netinhos e Netinas de Totas as Idades! 10


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Agradecimentos

Caio Joppert Prof. Marcelo Leite Ferreira Rocha Marcos Abreu Clube de Xadrez de Petrรณpolis

Agosto 2016

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autor, diretor e ator Breno Moroni é petropolitano de nascido; viajado por muitas bandas de lá e de cá; fazedor de coisas de teatro e de circo e de cinema e de televisão desde o século passado....

e a Árvore” – adaptação do livro homônimo de Roseni Kurányi. Este é o primeiro livro de Breno Moroni, que já escreveu mais de trinta peças de teatro e

Durante esse tempo ele atravessou o Saara, visitou as Pirâmides do Egito, navegou pelo rio Nilo e foi até as florestas do Kenya. E viu a guerra, a fome... e o apartheid na África do Sul. Breno fez teatro na Grécia, em Roma, atravessou os Alpes europeus e comeu bolo e trabalhou no aniversário da rainha da Inglaterra. Na América do Sul atravessou a cordilheira dos Andes, navegou pelos rios Amazonas e São Francisco, e morou no Mato Grosso do Sul. Viajou por 36 países e conversou com cristãos, budistas, hebreus, muçulmanos e ateus. Filho de um médico e de uma enfermeira que geraram uma família feliz e revolucionária, Breno é papai de três filhos e uma filha, e também é vovô e tio-vovô! Já foi galã de TV, é amigo dos índios, e integra o Coletivo Terra Vermelha MS. Em Petrópolis, Breno Moroni atuou na Fundação de Cultura e Turismo entre os anos 2014 e 2015, com o cargo de Diretor de Cultura. Atualmente trabalha no projeto teatral “A Menina

roteiros para cinema e TV, atuou em mais de 75 filmes, adora lasanha e bolo, não sabe jogar xadrez, e nem falar francês.

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s fotos deste livro são da esrcritora petropolitana Roseni Kurányi, que mora em Stuttgart, Alemanha, desde 1997. Estudou Psicologia e Fotografia. Seus romances, livros infantis e contos, foram publicados no Brasil e na Eurora. A autora é premiada, nacional e internacionalmente por seus trabalhos literários. Em 2012, com outros autores brasileiros, residentes no exterior, recebeu da Brazilian International Press Awards em Londres, o reconhecimento especial por seus trabalhos litérários.

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jornalista e artista gráfico Paulo P. de Carvalho já desenhou muitos jornais, cartazes, livros, discos e CDs. Nascido carioca nas águas da Guanabara, viajou e nadou por muitas outras praias - de rio e de mar - até o Pará, que nem os índios tupinambás. Ele sabe jogar xadrez e também é vovô e tio-vovô. Veja mais sobre o trabalho do jornalista em www.marajoando.wix.com/portfolio e-mail - marajoando@gmail.com

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