RELATÓRIO DO PASTOR SINODAL S
Em março de 2020 fomos surpreendidos pela informação de que a distante COVID-19 desembarcara no Brasil. As incertezas de então em torno da proliferação, contágio, gravidade e letalidade da pandemia forçaram o isolamento social, marcando a sociedade e com esta, a igreja. Nas Paróquias e Comunidades do Sínodo Centro-Sul Catarinense não foi diferente. Num primeiro momento fomos informados de que a pandemia faria uma curva de contágio e mortes, para então se estabilizar e retroceder. Julgávamos, naquele momento, que a curva de contágio se daria de abril a junho e depois uma queda constante a partir de agosto de 2020. Previsões tanto dos mais otimistas, como dos pessimistas se mostraram equivocadas. Como que numa dança, em ondas, a curva teve altos e baixos, gerando ao mesmo tempo incertezas e uma compreensão maior da doença, que agora nos chega a ser familiar. Num primeiro momento, todas as Paróquias e Comunidades migraram para cultos, celebrações, formação, estudos e Pequenos Grupos em atividades que ocorriam de forma remota. A partir do segundo semestre de 2020 as Comunidades começaram a retornar com atividades presenciais, com mais ou menos restrições, de acordo com a curva de contágio e orientações das autoridades regionais. Contudo, como a pandemia permaneceu, foi necessária a manutenção das atividades, pastoreio, encontros e formação de forma remota. Caminhando para o fim de maio de 2021, quando este relatório é produzido, continuamos com incertezas sobre o impacto da pandemia em nossa sociedade e vida comunitária, de quando será o final dela e como se dará o recomeço social e comunitário, dentro e fora da igreja. Esse é o contexto do Sínodo e das Comunidades cristãs neste momento. Contudo, mesmo que diante de tais incertezas, e fazendo ajustes no planejamento e na agenda Sinodal quase que semanalmente, não podemos nos furtar da missão que Deus nos deu para este momento histórico, bem como ficar atentos ao planejamento para o póspandemia. Na história, mesmo em meio às
pandemias, guerras, desastres naturais e fomes, a missão do Criador e Redentor, que tenciona restaurar o mundo não mudou, como aponta o Evangelho de Jesus Cristo, a boa notícia da Salvação. Firmados nessa convicção, fomos lembrados de que as comunidades, corpo de Cristo, mantém sua missão de ser testemunho e encarnar esse Evangelho no momento histórico em que vivemos. Ainda mais agora a luz de Cristo deve brilhar através de nós, e como arautos proclamamos a todo pulmão que Cristo Jesus, encarnado na história deste, morreu na cruz pelos nossos pecados, e ressurgiu dos mortos inaugurando uma viva esperança. A partir desse contexto e dessa convicção, olhamos para nosso planejamento. As bases colocadas ali refletem o plano de Deus para a missão de nossas comunidades: Ser um grupo de comunidades missionais comprometidas com o processo de revitalização e plantação de novas comunidades . Tal convicção em nada mudou no planejamento de atividades deste ano pandêmico, nem para o pós-pandemia. O contexto, agora em meio à pandemia, nos forçou a um replanejamento de atividades e formatos para que a missão que Deus nos deu continuasse a acontecer. Ministros e lideranças, entendendo que Deus dá a Igreja uma missão neste tempo, refletiram e agiram para ser igreja agora. No entanto, não podemos deixar de planejar a igreja para o pós-pandemia. Enquanto a missão a partir do Evangelho não muda, o modelo certamente irá mudar. Não retornaremos para o mesmo modelo que tínhamos em 17 de março de 2020. Aceitar o fim de um modelo é a oportunidade que é dada para um novo começo. O planejamento necessariamente precisa contemplar isso. A partir do exposto, apresentaremos a seguir como se deu o planejamento e nosso envolvimento nas atividades realizadas das áreas estratégicas, dos setores e das instâncias administrativas que estão dentro da estrutura eclesiástica do Sínodo.
XXV Assembleia Sinodal - Sínodo Centro-Sul Catarinense
P. J
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