Complexo da Moda

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complexo da da Moda moda Complexo

CENTRO DE CAPACITAÇÃO E DIVULGAÇÃO DA CONFECÇÃO DO VESTUÁRIO NO MUNICÍPIO DE ITAPURANGA - GOIÁS AUTOR: PAULO HENRIQUE SOUZA OLIVEIRA


Fig. 1 e 2: Fashion Fonte: Milos Milovanovic (2018) Editado: Paulo Oliveira (2019).

Trabalho de conclusão de curso II Uni-ANHANGUERA Centro Universitário de Goiás Arquitetura e Urbanismo

COMPLEXO DA MODA Centro de Capacitação e Divulgação da Confecção do Vestuário no Município de Itapuranga - Goiás

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário de Goiás, Uni – ANHANGUERA, sob a orientação da Professora Me. Adriana Figueiredo Carvalho como requisito parcial para obtenção do bacharelado em Arquitetura e Urbanismo.

Goiânia 2020


Paulo Henrique Souza Oliveira

COMPLEXO DA MODA Centro de Capacitação e Divulgação da Confecção do Vestuário no Município de Itapuranga - Goiás

Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora como requisito para obtenção do Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Goiás UNI-ANHANGUERA, defendido em 01 de junho de 2020, pela banca examinado abaixo descrita.

Me.ª Adriana Figueiredo Carvalho ORIENTADORA

Me.ª Daniele Severino de S. Godinho CONVIDADA INTERNA

Me.ª Grazielli Bruno Bellorio CONVIDADA EXTERNA


Dedico esse trabalho com muito amor e gratidão, a minha mãe de criação e bisavó Balbina Alves dos Santos, mulher que nunca mediu esforços para lutar por minha educação, essa vitória é nossa !

Paulo Henrique Souza Oliveira

Fig. 3: Mãesavó Fonte: Paulo Oliveira (2017) Editado: Paulo Oliveira (2019).


Agradecimentos Ahh, que bom que estamos chegando ao m desta trajetória. Eu não posso deixar de agradecer cada pessoa que fez parte desse percurso para que este momento acontecesse; Primeiramente gostaria de agradecer a Deus, que me permitiu estar em terras goianas e ter me dado forças diárias para seguir em frente com o curso. Agradecer aos meus familiares por todo o suporte emocional e nanceiro de todos estes anos. Em especial à minha Irmã Nathalya Macena e meu cunhado Carlos Marra, que me abrigaram em sua casa durantes estes anos. Muito obrigado ! Agradecer as minhas duas mães que uma é minha Tia Debora Machado e minha Mãe biológica Denise Faustino, que por mais que elas não puderam estar presentes sicamente na minha vida nunca deixaram faltar nada para que eu me tornasse a pessoa que eu sou hoje. Ao Talles Gustavo que além de me ensinar muito sobre arquitetura, sempre esteve disponível a me ajudar. Muito obrigado ! Ao meu amigo Arthur Rodrigues, que sempre se dispôs a conversar comigo nos momentos ruins e fez parte de muitos momentos felizes da minha vida. Ao Thiago Souza meu amigo/irmão de Barra do Garças - MT, que mesmo eu me mudando de cidade para fazer o curso sempre esteve comigo por celular ou em jogos online. A minha orientadora Analu Guimarães, que me acompanhou nestes meses sempre me incentivando e exigindo mais do meu potencial, acreditando na minha capacidade. Obrigado pela disponibilidade professora, sou grato eternamente pelo ensino proporcionado ! E por m e não menos importante a minha orientadora Adriana Figueiredo que mesmo me orientando no nalzinho desta reta nal, compôs para que meu trabalho tivesse este resultado. Obrigado professora pela tua disponibilidade!

Paulo Henrique Souza Oliveira

Sou feito de retalhos. Pedacinhos coloridos de cada vida que passa pela minha e que vou costurando na alma. Nem sempre bonitos, nem sempre felizes, mas me acrescentam e me fazem ser quem eu sou. Em cada encontro, em cada contato, vou cando maior... Em cada retalho, uma vida, uma lição, um carinho, uma saudade. Que me tornam mais pessoa, mais humilde mais humano, mais completo. E penso que é assim mesmo que a vida se faz: de pedaços de outras gentes que vão se tornando parte da gente também. E a melhor parte é que nunca estaremos prontos, nalizados... Haverá sempre um retalho novo para adicionar à alma. Portanto, obrigado a cada um de vocês, que fazem parte da minha vida e que me permitem engrandecer minha história com os retalhos deixados em mim. Que eu também possa deixar pedacinhos de mim pelos caminhos e que eles possam ser parte das suas histórias. E que assim, de retalho em retalho, possamos nos tornar cada dia, um imenso bordado de “NÓS”.

Cris Pizzimenti


Moda éé como Moda como arquitetura. arquitetura Puraquestão questãode deproporções. proporções Pura - Coco Chanel

Fig. 4: Coco Chanel Fonte: https://www.kisspng.com Acesso: 25 de Março de 2019


Resumo O objetivo deste trabalho é implantar um Complexo da Moda para atender a população do município de Itapuranga, Goiás. O projeto foi idealizado a m de oferecer um novo espaço de capacitação que atenda aos cursos já existentes além de propor novas atividades para incentivar o título de polo de confecção do vestuário. Assim, por meio de visitas e pesquisas, foram realizados estudos de casos, referenciais teóricos e análises no local de implantação, na expectativa de adaptar a proposta conforme a necessidade da população e a viabilidade de sua implantação. Portanto, esta iniciativa foi estruturada com cunho social, visando à contribuição para o crescimento econômico tanto do município quanto dos moradores, que tanto carecem de um espaço de qualidade voltado à produção. PALAVRAS-CHAVE: Capacitação; Moda ; Confecção do vestuário.

Abstract The objective of this work is to establish a Fashion Complex to attend to the population of the city of Itapuranga, Goiás. The project was designed to offer a new training space that will attend the already existing courses, besides proposing new activities to encourage the title of clothing polo shirt. Thus, through visits and researches, case studies, theoretical references and analyzes were carried out at the place of implantation, in the expectation of adapting the proposal according to the need of the population and the feasibility of its implementation. Therefore, this initiative was structured with a social character, aiming at contributing to the economic growth of both the municipality and the residents, who both lack a quality space focused on production. KEY WORDS: Training; Fashion; Manufacture of clothing.

Fig. 5: Fashion Fonte: Milos Milovanovic (2018) Editado: Paulo Oliveira (2019).


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abordagem temática

1.1 - A EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE NO BRASIL 1.2 - CONCEITO DE MODA 1.3 - PRODUÇÃO E CONSUMO DO VESTUÁRIO 1.3.1 - Confecção do vestuário no brasil 1.3.1.1 - Confecção em Goiás SUMÁRIO

TEMA OBJETIVOS JUSTIFICATIVA

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contexto em itapuranga

2.1 - MUNICÍPIO 2.2 - EDUCAÇÃO 2.2.1 - Centro Pro ssionalizante Alfaiate Lázaro Alves de Miranda

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referências projetuais

3.1 - ESCOLA TÉCNICA DE PELLA, CENTRO DE ENSINO, NEUMAN MANSON ARCHITECTS, ESTADOS UNIDOS, PELLA, 2015 3.1.2 Análise do programa do edifício 3.2 - YVES SAINT LAURENT MUSEUM, CENTRO DE EXPOSIÇÃO, STUDIO KO, MARRAKESH, MARROCOS, 2017 3.2.1 Análise formal e técnicas construtivas 3.3 - AMARO GUIDE SHOP, CENTRO COMERCIAL, SUPERLIMÃO STUDIO, SÃO PAULO, BRASIL, 2018 3.3.1 Análise Funcional e programa do espaço 3.4 - QUADRO DE APROVEITAMENTO

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estudo do lugar

4.1 - LOCALIZAÇÃO 4.2 - BREVE HISTÓRICO DO POLO INDUSTRIAL 4.2.1 - Legislação 4.3 - ESCOLHA PELA ÁREA DE INTERVENÇÃO 4.3.1 - Hierarquia Viária e Mobilidade 4.3.2 - Previsão de cheios e vazios 4.3.3 - Previsão dos usos do solo 4.3.4 - Aspectos físicos e naturais

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projeto

5.1 - PERFIL DE USUÁRIO 5.2 - QUADRO SÍNTESE 5.3 - EIXOS CONCEITUAIS 5.4 - DIRETRIZES DE PROJETO 5.5 - ORGANOFLUXOGRAMA 5.6 - A IMPLANTAÇÃO 5.7 - CORTES 5.8- VOLUMETRIA

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memorial explicativo referências


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1.1 TEMA: O presente trabalho propõe um edifício para capacitação de pro ssionais na confecção do vestuário. Oferecendo espaço que atende os diferentes nichos de produção, sendo eles: ensino, criação, elaboração, exposição e por m a comercialização das peças. 1.2 OBJETIVOS: Gerais: O trabalho tem como objetivo a criação de um edifício para quali car pro ssionalmente o indivíduo no ramo do vestuário, desde a produção até a comercialização das peças. Fortalecendo assim o título de polo de confecções, e incentivando micro e pequenas empresas.

1.3 JUSTIFICATIVA: O município de Itapuranga atualmente está classi cado entre os maiores produtores no segmento de vestuário do estado de Goiás, designado como polo de confecção. Conforme os anos foi notado que a população do município em busca de empregabilidade foi se deslocando para as cidades vizinhas, conforme o censo IBGE¹/2010 havia em torno de 26.695 habitantes, já no ano de 2018 se encontra em 25.856 habitantes, o seguimento de confecção é o maior responsável por gerar empregabilidade e renda ao município, segundo a APL² conta com mais de 350 empresas regulares e irregulares no segmento instaladas na cidade. Dessa forma vê se a necessidade de um centro pro ssionalizante capaz de atender as necessidades do indivíduo daquela região, buscando assim diminuir os efeitos negativos do desenvolvimento mercantil, promovendo assim com o apoio do SENAI³ e a Prefeitura de Itapuranga um espaço voltado para a Moda que irá proporcionar ensino e empregabilidade no setor da confecção.

Especí cos: Ÿ Requali car o espaço urbano onde será implantado o projeto promovendo atividades que estimulem a

vinda e permanência de pessoas no local; Ÿ Criar um edifício atrativo que dê destaque perante as construções próximas; Ÿ Propor uma Loja Colaborativa

Fig. 8: Model Fonte: Ennji (2018) Editado: Paulo Oliveira (2019). 1 2 3

IBGE (Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística) APL (Arranjo da Produção Local) SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial)


Fig.9: Elie Saab Fonte: https://www.eliesaab.com/en (2019) Editado: Paulo Oliveira (2019).

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abordagem temática


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2.1 A EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE NO BRASIL A educação é um método, e mesmo que ligado ao espaço físico vai muito além dessa compreensão. O educar está ligado nos costumes primitivos, onde as primeiras manifestações de ensino se originaram com atividades inconscientes, longe de sistema, estrutura formal e local edi cado. Eram transmitidos como herança cultural a cada geração (QUEIROZ, 2010). Segundo Vieira e Souza Junior (2016) a educação surge da forma de transmitir os ensinamentos de fabricação e ferramentas de caça, que possibilitassem o avanço da sociedade, garantindo a sobrevivência. No Brasil a formação do trabalhador se iniciou no período de colonização, tendo os primeiros aprendizes de ofício os índios e escravos 4 considerando que eram as classes mais baixas da sociedade. A elite estava destinada a educação acadêmica, preparatória para a continuidade dos estudos, considerando o trabalho manual como atividade indigna, onde repudiavam as atividades artesanais e manufatureiras como a carpintaria, tecelagem e construção ( gura 10).

Fig. 10: Escravos trabalhando na carpintaria Fonte: https://br.pinterest.com/ (2019) Acesso: 01 de março de 2019

Conforme Sales e Oliveira (2010) a discriminação contra esse tipo de atividade e contra aqueles que a desempenhavam levava muitos a rejeitarem determinadas pro ssões. Os ofícios eram ensinados aos jovens e às crianças que não tivessem opção como os garotos de rua e delinquentes. Em adição Fraga (2014) diz que a sociedade vive o re exo desse preconceito até os dias atuais, por dois fatores de ordem cultural como citado acima e por natureza econômica, que foi in uenciado pelo valor pago pela mão-de-obra ( gura 11). De acordo com o MEC (2009) em 1889, um ano após a abolição do trabalho escravo no país, o número de fábricas instaladas era de 636, com um total de 54 mil trabalhadores. A economia era acentuada como agrário-exportadora, com predominância de trabalho ruais. Portando conclui-se que devido a este acontecimento iniciou o ensino técnico no Brasil, onde se criaram as primeiras escolas pro ssionais destinadas ao ensino de ofícios e a industria agrícola.

Fig. 11: Toda Mafalda Fonte: https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/ (2019) Acesso: 01 de março de 2019 4

Aprendizes de Ofício eram associações, existentes no nal da Idade Média, que reuniam trabalhadores (artesãos) de uma mesma pro ssão. Existiram ofícios de diversos tipos como, por exemplo, carpinteiros, ferreiros e alfaiates. Estas associações serviam para defender os interesses trabalhistas.


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2.2 - CONCEITO DE MODA

enquanto a indústria do vestuário vende produtos, a indústria da moda não comercializa peças e sim signi cados, e é esta combinação que garante a satisfação dos consumidores.

A palavra moda originária do latim modus que signi ca maneira ou modo, é genericamente

Portanto a moda é essa relação entre o momento vivido, a construção da identidade, a

maneira de ser, de se comportar, viver e se vestir, estilo que caracteriza os móveis, objetos ou vestuário

diferenciação e identi cação do meio em que se insere ( gura 12). Svendsen (2010) diz “que ainda há muito o

(CONCEITO, 2013).

que ser explorado neste campo”. Então aos interessados em moda cabe propagarem de modo claro e decisivo a

Moda é um dos fenômenos mais in uentes desde o Renascimento. Está relacionada à diversas áreas

sua verdadeira posição.

da atividade do homem e nos parece ser “natural”. Uma percepção de moda poderia ser, portanto uma compreensão das pessoas e a forma como elas agem (SVENDSEN, 2010). Segundo Simmel (2008) a moda surge como manifestação constante na história, onde ao mesmo tempo que ela se baseiam em um modelo de igualdade, ela surge como um produto segregador. A nal a moda se faz a necessidade de distinção, tendência para a separação, assim as mudanças se tornam um ciclo onde o que se cria como moda hoje se classi ca como moda superior, direcionadas ao público de maior poder aquisitivo. A classe superior se diferencia da inferior e a partir do momento que a inferior começa a se apropriar acabam por

Fig. 12: Márcia Neurótica Fonte: http://www.marcianeurotica.com.br (2018) Acesso: 03 de março de 2019

surgir novas têndencias. Simmel (2008) também distingue moda de vestimenta, considera a moda um caso social dentre todas as arenas sociais, referindo o vestuário apenas um caso entre muitos. Assim, entende que o vestuário não é a moda, mas apenas um dos produtos produzidos pelo homem caracterizado nesse sistema.

3.2 - PRODUÇÃO E CONSUMO DO VESTUÁRIO. “A moda — e, de modo mais amplo, o consumo, que é inseparável da moda — mascara uma inércia social profunda”. J. Baudrillard, 1981

Já para Lipovetsky (2009) moda se trata de um mecanismo social sendo um fenômeno efêmero, onde abrange à todas as classes, responsáveis pela caracterização de si e ao consumo das novidades. O autor diz que o vestuário é a forma mais clara de manifestação do fenômeno, assim associado com as estações do ano reforça a proposta de oferecer algo novo sempre aos consumidores. Todavia, ressalta que a moda não se refere apenas ao vestuário mas sim uma das áreas que são afetadas por esse fenômeno. Hoeks e Post (2006) complementam que moda e vestuário está ligado com as estações do ano, para ser moda precisa estar em tendência, mas o que materializa as mudanças ca por meio das roupas. Em adição,

Devido a moda estar ligada diretamente ao efêmero, a sociedade a vê como algo super cial. Porém a moda está ligada a tudo, conscientemente ou não. Com isso da início ao movimento fast-fashion, ao qual surge da criatividade e a inovação em uxo contínuo, e consequentemente as empresas varejistas se adaptam desse sistema produzindo em grande escala conforme a necessidade do capitalismo moderno, tornando a moda acessível, por um baixo custo, resultando em um bem descartável (CALDAS, 1999).


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2.3 - CONFECÇÃO DO VESTUÁRIO NO BRASIL

Somando Caldas (1999) diz que as técnicas de produção do estilista podem se comparar ao arquiteto, no qual aliam a visão espacial, estética e ergonômica. A técnica é o que torna o croqui, em uma

O Brasil é a maior cadeia têxtil completa do Ocidente e um dos poucos países que possuem todas as

proposta de moda, sem o devido domínio da matéria-prima, o tecido, e das técnicas de modelagem, costura e

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etapas de produção bem desenvolvidas ( gura 14). Segundo o ABIT (2017) a produção é bastante fracionada

acabamento, não se pode concretizar um produto de qualidade. Segundo Lipovetsky e Serroy (2015) o processo criativo cada vez perde o seu valor, já que os

em número de empresas e conta com quase 200 anos no país, e se tornou referência. No segmento de vestuário,

consumidores não buscam sentido ao comprar um produto, eles apenas compram tentando satisfazer os

conta com 27,5 mil empresas formais em todo o país, produção média de 8,9 bilhões de peças sendo o 2º maior

desejos pessoais e quando não as convém, simplesmente descartam sem ter nenhum efeito emocional.

empregador na industria. A indústria de confecção se de ne como o conjunto de empresas que transformam tecido, fabricado

Para Carvalhal (2016) consumir de longe se torna o principal problema e sim os impactos negativos

a partir de bras, em peças do vestuário sendo pessoal, doméstico e decorativo (GOMES, 2002).

que a produção em grande escala ocasiona, a nal alinhar princípios sustentáveis e consumo consciente em um curto período de produção se torna um desa o.

CADEIA TÊXTIL

Com isso não se deve promover o fast-fashion, mas sim a sua reinterpretação de produção que seria o inverso: slow-fashion ( gura 13), no qual se tem sensibilidade pelo processo criativo e valoriza tanto as etapas

Máquinas e equipamentos

de produção, quanto o produto.

Naturais

Malharia

Exportação Linha Lar Varejo Físico

Fiação

Tecelagem

Beneciamento Confecção

Vestuário Vendas Eletrônica

Químicas

Aviamentos

Insumos químicos

Fig. 13: Marca chamada Emi-Beachwear que adere ao Slow-Fashion, produzindo peças em pequena escala, valorizando todos os envolvidos e promovendo um consumo consciente. Fonte: https://www.emibeachwear.com.br/ (2017) Acesso: 04 de março de 2019

Fig. 14: Cadeia têxtil. Fonte: https://www.gs1br.org Acesso: 05 de março de 2019 5

ABIT: Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção

Técnicos

nsumidor Co

Vendas Catálogo Fibras e Filamentos


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De acordo com Lima (1999) a análise sobre o setor de confecções se torna um conjunto de unidades

Catalão. Destacando os arranjos produtivos locais (APLs) de Goiânia, Jaraguá e Taquaral de Goiás. As industrias

produtivas, ao qual se trata do trabalho domiciliar de caráter manual até as grandes e modernas indústrias com

Goianas cam localizadas em um ponto estratégico, ao qual atendem todo o Brasil devido esta, estar na região

diversos operários. Estes grupos oferecem um mercado consumidor segmentado, que vai da produção em

centro-oeste do país. A indústria de confecção começou a se desenvolver em Goiás na década de 70, por conta da

massa até produtos individualizados e únicos. Conforme amorim (2003) o ciclo de produção de uma peça é constituído por seis etapas, sendo: a criação que é realizada pelo estilista, consiste em criar as tendências levando em consideração, gênero, época,

di culdade de comprar artigos de vestuário provindos do sul e sudeste, onde começaram com pequenas empresas familiares e logo passaram a desenvolver à grandes industrias (MODA, 2018).

estação e consumidor; modelagem que consiste na interpretação do modelo previamente criado e

O estado de Goiás atualmente tem em torno de 5 mil confecções formais e 4 mil informais, no qual

transformado em moldes, adequando proporções aos diversos tamanhos das roupas a serem fabricadas; risco

este ramo emprega aproximadamente 100 mil pessoas, direta e indiretamente. O algodão produzido em Goiás

que consiste separar os moldes e fazer um gabarito que servirá para orientação na hora de cortar; corte que

vai para a produção têxtil que ocorre no estado de São Paulo, e logo volta para entrar na confecção do vestuário.

após de enfestar o material, consiste em sobrepor diversos tecidos para que na hora de cortar, sejam obtidas

As peças produzidas em sua maior parte é enviada para outros estados, especi camente regiões Norte e

diversas partes de roupa; costura no qual envolve a participação de vários operadores, executando uma única

Nordeste e apenas 10% da produção local são vendidas nas lojas goianas (MODA, 2018).

tarefa, em diferentes máquinas; acabamento sendo a penúltima etapa da produção, que seria a limpeza das

O Brasil se destaca como o 2º maior produtor de jeanswear do mundo, perdendo apenas para a

peças e a inspeção para veri car os defeitos e passadoria que é a última etapa, onde a roupa é passada

China, produz cerca de 50 milhões de peças por mês. E a maior produção de jeans ca na cidade de Jaraguá,

geralmente com uso de ferro a vácuo, para logo ser empacotada.

antigamente conhecida por fabricar cópias de grandes marcas de jeanswear, agora se dedica às marcas

Portanto a in uência da arquitetura na cadeia produtiva é relevante, pois a preocupação com a

próprias e assim se tornando a principal exportadora do país (IEMI, 2016). Segundo ABIT (2014) a produção do vestuário tem aumentado ano após ano, com a intenção de

arquitetura envolvida no ambiente de trabalho, contribui com o local, criando espaços confortáveis e agradáveis no qual estimulam a criatividade de seus usuários e garante melhores condições de trabalho.

impulsionar a economia local, foram criados eventos como o GOFASHION, uma semana de moda que promove o papel da moda goiana autoral, marcas sustentáveis, conscientes quanto a identidade própria, voltadas para

2.3.1 - Confecção em Goiás

novos estilistas e grandes confecções goianas. Onde a principal função é divulgar a produção local para outras regiões do Brasil.

Em Goiás as indústrias de vestuário destacam-se como um dos principais polos confeccionistas do

Tendo em vista o crescimento dos polos de moda por todo estado, as industrias confeccionistas de

Brasil, ocupando a 6ª posição no ranking nacional dos maiores produtores de vestuário o que antes se

Goiás carecem de investimento em infra-estrutura e mão-de-obra especializada. Pois desta forma, melhoram

concentrava apenas na região sul e sudeste. A produção em Goiás há uma divisão por categoria em todo estado,

toda sua produtividade, passam a exportar continuamente e auxiliam no desenvolvimento da economia local e

fragmentando os polos por municípios, como Trindade, Jaraguá, Anápolis, Itapuranga, Jataí, Rio Verde e

nacional.


Fig. 15: Jardineira que fazia o transporte dos passageiros de Goiás para o Xixá. Fonte: Antônio Carlos

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contexto em Itapuranga


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3.1 - MUNICÍPIO

N

População - 25.856 (2018)

N

GO - 230

GO - 230

Área Territorial - 1.276,479 (2017)

ITAPURANGA

Renda Per Capita - 14.523,96 (2016)

Cidade de Goiás Distância: 52Km

Goiânia Distância: 160km

FONTE: GOOGLEEARTH

Índice de Des. Humano - 0,726% (2010)

ANTIGA CIDADE E NOVA CIDADE: Região antiga: conhecida como “Xixázão” Região atual: Itapuranga FONTE: PLANO DIRETOR (2007)

FONTE: IBGE

MAPA DE EVOLUÇÃO URBANA: período 1930 à 1966 período 1967 à 1979 período 1980 à 2001 período 2002 à 2019

área de invasão área industrial FONTE: PLANO DIRETOR (2007)

De acordo com IBGE (2010) a origem do povoado se deu por conta da religião, quando frades

euforia foi marcada por desajustes econômicos, no qual a empresa trabalhou por um período curto deixando

dominicanos, sediados na cidade de Goiás, requereram um título de posse de um lote em terras devolutas,

proprietários e trabalhadores em situações lamentáveis. A usina que se encontrava desativada, entrou em

situadas à margem esquerda do ribeirão canastra, para formação de um patrimônio, sob a invocação de São

processo de reativação, ao qual pretendiam iniciar o processo de produção de cana-de-açucar na região, mas

Sebastião. O povoado ali presente recebera o topônimo de “Xixá”, pela celebração da primeira missa à qual fazia

não durou mais do que três anos para que houvesse o desligamento geral. Portanto Itapuranga que contava com sua população crescente conforme os anos, teve uma queda

sombra de um enorme ”Xixazeiro“.

devido ao desligamento da industria o que fez com que a população se deslocasse para as cidades próximas em

Pinheiro e Silva (2010) acrescenta que as primeiras residências foram sendo estabelecidas próximas

busca de emprego.

à capela, sendo que as terras eram da própria igreja e os primeiros moradores edi caram suas casas nestas, apropriando-se da “bondade” de São Sebastião”. Logo após instalou-se a primeira escola pública e iniciou o

Atualmente o município de Itapuranga tem parte da sua base econômica apoiada em confecção do

plano de uma estrada ligando o povoado à cidade de Goiás (52 km), onde o transporte era feito por uma

vestuário. Segundo a entrevista concedida por Lindomar Rocha , o município conta com 350 confecções

jardineira, em 31 de dezembro de 1943, se torna um distrito subordinado ao município de Goiás e em 1954 pela

regulares e irregulares. As confecções não tinham como princípio produzir as peças, era terceirizado o trabalho

iniciativa da Câmara Municipal de Goiás, recebeu-se o nome de “Itapuranga” que signi ca “Pedras Bonitas”.

de costura, hoje migrou de polo de confecção, para polo de camisaria onde as micro e grandes empresas

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produzem para a região da rua 44 em Goiânia.

Segundo Silva (2007) após a emancipação política, Itapuranga teve um crescente momento econômico com medidas tomadas pelo governo federal, onde icentivaram a produção de álcool para suprir e baratear o custo da gasolina. Deu-se origem à Destilaria Pite S/A, que com toda euforia e desenvolvimento, atraíram um grande público vinda de cidades afora, sendo a maior parte da região nordeste. Contudo esta

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Lindomar Rocha é funcionario da prefeitura responsável pela máquina AUDACES, onde atende todo o município no corte das peças para confecção do vestuário. Entrevista concedida à Paulo Oliveira, em 10 de março de 2019. 7 Região da 44 é uma área comercial localizada no setor central de Goiânia, conta com 20 mil comerciantes, movimenta R$: 570 Milhões ao mês e recebe 600 mil pessoas por mês de todo o Brasil (AER44, 2017).


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3.2 - Educação A educação no município de Itapuranga - GO foi um elemento desenvolvedor da sociedade desde os

Miranda, que acontecem nos períodos da manhã e noite, atendendo em média 260 alunos por ano, devido a

primeiros momentos do povoado até os dias de hoje. No início, as escolas eram implantadas nas fazendas pelos

estrutura do centro pro ssionalizante não comportar a demanda solicitada pelo o ramo de confecção conforme

proprietários, sendo que a escola funcionava dentro da casa de um dos moradores. É possível perceber que

o estudo feito no local, a instituição deve ser implantada no Polo da Moda onde a área institucional é designada

nestes primeiros anos havia diferenças do que se ensinava para os meninos e as meninas; as meninas aprendiam

para o uso.

serviços domésticos e até artesanais, enquanto para os meninos ensinavam-se a escrever e a ler, para sua MAPA DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO

formação (SILVA E PINHEIRO, 2015). Conforme os anos foram implantadas as primeiras escolas na área urbana resultado do aumento da população, principalmente a partir da saída do meio rural para o meio urbano, na qual foi percebido a partir de 1970. No entanto, as famílias mais ricas encaminhavam seus lhos para estudar em Goiás, principalmente no Liceu de Goiás, enquanto que para as famílias menos favorecidas restava apenas um espaço para construir a escola para seus lhos. Após algumas lutas foi inaugurada a primeira escola no município de Itapuranga, o Grupo Escolar Coronel Virgílio José de Barros, que dava oportunidade aos lhos das pessoas que caram na região e não tinha condições de manter seus lhos estudando fora do município (SILVA E PINHEIRO, 2015). De acordo com o levantamento elaborado no município de Itapuranga, atualmente conta com um total de 12 escolas de Educação Básica, 03 Instituições de Ensino Superior e 1 Centro Cultural. As Instituições de Ensino Superior atendem acadêmicos de cidades vizinhas como: Morro Agudo de Goiás, Heitoraí, Uruana, Itaberaí, Guaraíta, Mozarlândia e Faina ( gura 16). Dentre as escolas de ensino básico o município de Itapuranga possui um centro pro ssionalizante onde a escola funciona em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Goiás. A ação

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N

Escola Estadual Coronel Virgílio José de Barros Escola Estadual Santana Creche Municipal Criança Cidadã Escola Estadual Zico Coelho Colégio Monteiro Lobato UNOPAR Escola Estadual Joaquim Da Silva Moreira UEG - Universidade Estadual de Goiás Colégio Estadual Da Polícia Militar Dep. J. A. Assis Creche Municipal Pinguinhos do Futuro Escola Estadual José Pereira de Farra Colégio Estadual de Itapuranga FAI - Faculdade de Itapuranga Escola Estadual Milton Camilo de Farra Escola Presbiteriana Diacono João Ferreira Simões Centro Cultural Cora Coralina Centro Prof. Alfaiate Lázaro Alves de Miranda

da prefeitura é um incentivo a formação de mão de obra na área de confecção do vestuário. O setor cresce em Itapuranga e tem movimentado de forma relevante a economia no município, os cursos de corte, costura e modelagem continuam atraindo dezenas de pessoas ao Centro Pro ssionalizante Alfaiate Lázaro Alves de

Fig. 16: Mapa das escolas de Itapuranga Fonte: Prefeitura de Itapuranga Editado: Paulo Oliveira (2019).

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3.2.1 - Centro Pro ssionalizante Alfaiate Lázaro Alves de Miranda No local destinado para o centro pro ssionalizante é possível notar que o espaço não foi projetado para suprir as demandas que recebe. O edifício em estudo está inserido em uma área residêncial, onde não há circulação de pessoas próxima à região, conta com iluminação pública insu ciente ( gura 17), sua fachada foi improvisada e se encontra degradada por conta do tempo junto ao descaso do poder público com o espaço em si ( gura 18), os passeios públicos não respeitam as normas de acessibilidade, di cultando a inclusão social no

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F. 23

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local. Segundo Lindomar Rocha, o curso pro ssionalizante além de capacitar os alunos para as máquinas de costura Reta e Overloque, também confeccionam lingerie e malha. O curso prepara 40 alunos por bimestre para o mercado de trabalho. Analisando o ambiente notou-se que o galpão destinado às atividades, atende todos os cursos juntos, onde não houve um estudo prévio de ergonomia, delimitando espaços mínimos para cada área de ensino, di cultando os educadores de aplicarem seus conteúdos. O espaço tem sua instalação elétrica não prevista em projeto ( gura 19 e 20), os mobiliários são velhos e ultrapassados ( gura 21 e 22), o espaço de ensino didático onde o professor ministra as aulas teóricas e a copa foram improvisados de forma a atender os alunos ( gura 23 e 24).

F. 17

F. 18

Fonte: Paulo Oliveira (2019)


página 19

Com relação à sala de arquivos ( gura 25), é um antigo lavabo, acima do armário que usam para guardar os documentos dos alunos cam os produtos de limpeza do local. O local onde seria o DML ( gura 26) ca no corredor que da acessso ao banheiro ( gura 27), um espaço que não foi projetado nas normas de acessiblidade. A forração do ambiente se encontra em péssimas condições ( gura 28) por conta dos problemas do telhado, o excesso de umidade dani cou as alvenarias, somado à falta de ventilação surgiram os mofos ( gura 29) o qual deveria ser evitado com alguma impermeabilização para assim evitar qualquer doença respiratória nas pessoas ali presente.

F. 26

F. 25

F. 27

A mesa de corte ( gura 30) não tem iluminação direta e todas as peças ali cortadas são separadas e deixadas acima da mesa para o uso dos alunos, pois não há espaço para guardar. Dentre estas observações com relação ao espaço, as máquinas que os alunos usam estão em boas condições ( gura 31) e passam por manutenção regularmente, além de todo o material utilizado ser fornecido pelo curso. Tendo em vista o diagnóstico do centro pro ssionalizante, a futura edi cação será levada em consideração todos estes pontos, além de implementar algumas observações propostas pelos alunos como; Ÿ Acervo Bibliográ co

F. 28

F. 29

F. 30

F. 31

Ÿ Espaço de Convivência Ÿ Recursos audiovisuais (computador, retroprojetor e datashow)

O Complexo da Moda é capaz de unir a região, reorganizar os espaços, potencializar o município e quali car a àrea onde será implantada. O espaço dará identidade, atraindo as pessoas das regiões adjascentes, alavancando a economia local. Fonte: Paulo Oliveira (2019)


Fig. 32: Interior do Museu YSL Fonte: http://www.archidatum.com/ (2019) Editado: Paulo Oliveira (2019).

.3

referências projetuais


página 21

4.1 - ESCOLA TÉCNICA DE PELLA, CENTRO DE ENSINO, NEUMAN MANSON ARCHITECTS, ESTADOS UNIDOS, PELLA, 2015

Fig. 33: Kevin Monson Fonte: http://neumannmonson.com (2017)

Fig. 34: Escola Técnica de Pella Fonte: http://neumannmonson.com (2015)

A edi cação foi projetada no ano de 2015 pelo escritório

criação de um espaço que fornecesse instruções, uma pedagogia

A cidade de Pella abriga o Central College, bem como

de arquitetura Neumann Monson Architects, composto por uma

interdisciplinar que integra ciência, tecnologia, engenharia e

várias empresas de manufatura, como a Pella Corporation e a Vermeer

grande equipe tendo como o fundador Kevin Monson ( gura 33).

matemática. Dentro de salas de aula e workshops exíveis, estudantes

Manufacturing Company. Sua forte presença local na indústria e no

de todas as idades podem adquirir habilidades para a economia local

ensino superior ancora toda sua economia (MONSON, 2016).

A escola técnica de Pella ( gura 34) localizada nos Estados Unidos, é um produto de uma colaboração entre o distrito escolar público, a faculdade comunitária regional, as escolas privadas locais e as indústrias da cidade (MONSON, 2016).

(MONSON, 2016). A edi cação conta com 2.137 m² ao qual oferece lojas adaptáveis e salas de aula. De acordo com Monson (2016) o

O conceito da Academia nasceu do planejamento geral de

envolvimento contínuo da comunidade signi cava que os usos podem

todo o distrito escolar que identi cou a alta demanda de pro ssionais,

variar amplamente; um espaço projetado como uma loja de

incluindo polícia, manufatura e saúde. Com isso foi necessário a

automóveis possuía uso de ensino de produção artística.


página 22

4.1.2 - Análise do programa do edifício N

LEGENDA

A localização do edifício perto da escola secundária (ver gura 35), mas com a sua própria entrada e

Acesso Veicular

parque de estacionamento, forneceu um meio para realçar a função do edifício, ao mesmo tempo que fortalecia o

Acesso Pedestres

ambiente geral de todo o campus. A equipe percebeu que, se a expansão futura pudesse ser acomodada ao norte,

Escola Técnica Pella (Edifício estudado) Pella High School (Escola secundaria) Estacionamento Índice solar

recuar o prédio em uma encosta reduziria o custo de terraplanagem e a altura geral ( gura 36). Os caminhos propostos para a implantação foram designados conforme a sua topogra a, onde o acesso principal se faz pelo norte, junto ao acesso de veículos. O estacionamento atrás do edi cío tira a sensação de um grande pátio vazio, dando prioridade à imponência da fachada. 1º

Fig. 35: Planta de Implantação Fonte: Archdaily (2015)

2º Divisão

Corredor Comércio Salas ensino com Pé-direito duplo Programa

4º Alvenaria de vedação Vidro

Contenção

Sólido

Transparência Fig. 37: Diagrama do Edifício Fonte: Paulo Oliveira (2019)

Diante dos estudos feitos a edi cação proposta pelo escritório se divide em quatro diagramas ( gura 37) onde: o 1º foi pensado como seria a distribuição dos espaços, o 2º a contenção que é a separação da área externa com a interna, a 3º onde se é pensado elementos sólidos como alvenaria de vedação e a 4º a transparência que é materializada com vidro dando a sensação de abertura e amplitude para a edi cação. Fig. 36: Acesso principal da edi cação Fonte: Archdaily (2015)


página 23

Portanto após a análise dos diagramas tem por objetivo entender a organização funcional do edifício,

N

a organização do programa tem como base a ligação dos ambientes por um corredor (ver gura 38), onde facilita o acesso horizontal quanto vertical. O acesso frontal direto na parte comercial da edi cação e o acesso lateral voltado para os alunos da instituição, foi uma idéia do arquiteto de propor uma setorização onde as lojas se tornam pontos estratégicos, que funcionam para atrair os usuários que circulam nas imediações para dentro do edifício, fazendo com que os transeuntes se interessem pela construção. Fig. 39: PAV. TÉRREO Fonte: Archdaily (2015)

Os usos de o cina como: mecânica de automóveis, loja de fabricação avançada e loja técnica industrial são ambientes com um núcleo de circulação de pé-direito duplo que organiza o programa ( gura 39), oferecendo

N

luz natural, vistas e dá acesso aos vários espaços de sala de aula. Estas o cinas tem acesso direto ao exterior da edi cação ( gura 40).

LEGENDA

Fig. 38: Interior da O cina Fonte: Archdaily (2015)

Fig. 40: PAV. SUPERIOR Fonte: Archdaily (2015)

Antecâmara

Sala de ciência da agricultura

Corredor

Loja tecnológica industrial

Circulação vertical

Sala de técnologia da informação

Sala de aula

Administração

Espaço de apoio

Banheiros e DML

Mecânica de Automóveis

Acesso Principal

Soldagem + Loja de fabricação avançada

Acesso direto às salas

Sala de reuniões


página 24

4.2 - YVES SAINT LAURENT MUSEUM, CENTRO DE EXPOSIÇÃO, STUDIO KO, MARRAKESH, MARROCOS, 2017

Fig. 41: KO Studio Fonte: http://www.studioko.fr/ (2017)

Fig. 42: Yves Saint Laurent Museum Fonte: https://www.museeyslmarrakech.com (2018)

Projetado pelo Estúdio KO ( gura 41) o

restrito à apenas dois pavimentos, com isso os

calçada, no qual são localmente produzidos por

placa de pedra marcada com o logotipo da Yves

museu de Yves Saint Laurent ( gura 42) é dedicado

arquitetos não tiveram escolha a não ser preencher

artesãos marroquinos (ver gura 46). A proposta é

Saint Laurent (YSL).

ao trabalho do costureiro, e está localizado em

todo o perímetro, sua estrutura é constituída em

que o edifício tivesse beleza e durabilidade, mas que

Embora essa composição de materiais

Marrakech próximo do Jardim Majorelle ( gura 43),

três camadas: a primeira camada é feito painéis de

não houvesse ostensividade, ao contrário das

seja concebida de um contexto local, sua forma

foi inaugurado em outubro de 2017 e conta com

concreto moldados in loco ou estrutura de pilar e

edi cações da cidade que ignoram a tradição.

também é in uenciada por croquis de moda

4.000 m2, o propósito do estudo é analisar o

viga, com uma camada de isolamento em lã

Os diversos volumes elementais de

encontrados nos arquivos do estilista, curvas suaves

processo formal e as técnicas construtivas

mineral; e a pele exterior, revestida em terrazo ou

alvenaria usando o tijolo terracota de nem o

são contrastadas com ângulos, estas junções

utilizadas. Os arquitetos trabalharam a tipologia

tijolo terracota (ver gura 45) . Fournier (2015) diz

desenho do edifício e às paredes que curvam-se pelo

atendem os detalhes. Os trabalho em terracota no

arquitetônica que demonstra a cultura local e, a

que “Pierre não queria um ícone arquitetônico e sim

terreno agregam valor arquitetônico (ver gura 47).

edifício remetem a uma trama e a urdidura de

vasta riqueza da industria da moda. Segundo KO

um edifício que era de seu tempo e lugar”.

O pátio central, um cubo do qual um

tecidos, com padrões delicados distribuídos pela

A sua fachada tem como principais

vazio circular foi esculpido, lembra os pátios em

edi cação (ver gura 48), e o uso de metais na

materiais o tijolo de terracota na parte superior e

torno dos quais muitas casas marroquinas estão

fachada na cor dourada simboliza a riqueza do

terrazo na parte inferior até a pavimentação da

dispostas, mas no projeto se concentra em uma

acervo ali presente (ver gura 49).

Studio (2016) o Museu é a combinação perfeita entre Marrocos e Moda. A edi cação teve seu planejamento


página 25

4.2.1 - Análise formal e técnicas construtivas N

Tijolinho Terracota LEGENDA: Museu YSL

Concreto Aparente

Jardim Majorelle Acesso Principal

Metal Terrazo

Fig. 43: Implantação do Museu YSL Fonte: Google Maps (2019)

Fig. 44: Fachada YSL Fonte: (2019) TRAMA E URDIDURA DO TECIDO COMO INSPIRAÇÃO PARA A FACHADA.

LEGENDA FACHADA:

Concreto Moldado in Loco

1° Camada Superior Terracota

Isolamento em Lã Mineral

LEGENDA: Contorno dos metais

LEGENDA:

2° Camada Concreto aparente

Pele externa; Parte inferior Terrazo ou Superior Tijolo Terracota

O uso de metais na fachada na cor dourada, simboliza a riqueza do acervo ali presente.

Contorno dos volumes

3° Camada Inferior Terrazo

Fig. 48: Trabalho no tijolo terracota Fonte: https://arcspace.com (2018)

Fig. 47: Contorno dos Volumes Fonte: https://arcspace.com (2018)

Fig. 46: Fachada YSL Fonte: https://arcspace.com (2018)

F. 05 01

Fig. 45: Camadas Alvenaria Fonte: Paulo Oliveira (2019)

Fachada com diferentes volumes

Fig. 49: Metais na fachada Fonte: https://arcspace.com (2018)

CAMADAS DAS PAREDES EM FORMA DE “SANDUÍCHE”:


página 26 N

Fig. 53: Auditório Fonte: https://arcspace.com (2018)

Fig. 54: Biblioteca Fonte: https://arcspace.com (2018)

Fig. 55: Espaço Exp. Permanentes Fonte: https://arcspace.com (2018)

Fig. 56: Espaço de Exp. Temporárias Fonte: https://arcspace.com (2018)

Fig. 57: Café e Restaurante Fonte: https://arcspace.com (2018)

Fig. 51: Fachada Museum YSL Fonte: https://www.museeyslmarrakech.com (2018)

Fig. 52: Pátio de Circulação Fonte: https://arcspace.com (2018)

Fig. 50: Planta Pav. Térreo Fonte: https://medium.com/ (2018)

LEGENDA Acessos Grande Hall

Espaço Exposições Temporárias

Pátio de circulação

Café e Restaurante

Galeria

Foyer

Espaço de exposições permanentes

Auditório

A planta em sua concepção formal possuí um pátio de circulação onde todos os ambientes tem seu acesso por ele, tornando uma planta centralizada com circulação linear (ver gura 50). A edi cação possui em suas fachadas a presença da assimetria, quebrando a monotonia da construção, essa volumetria assimétrica é constituída por formas geométricas causando assim um grande impacto visual, atraindo os olhares principalmente para a complexidade e contraste dos materiais em sua fronte (ver gura 51). O interior da edi cação remete à riqueza da alta costura, com ambientes so sticados e bem planejados (ver gura 52 à 57).


página 27

4.3 - AMARO GUIDE SHOP, CENTRO COMERCIAL, SUPERLIMÃO STUDIO, SÃO PAULO, BRASIL, 2018

Fig. 59: Loja Amaro Guide Shop Fonte: Archdaily (2018)

Fig. 58: Studio Superlimão Fonte: http://www.boomspdesign.com.br (2017)

mesma jornada de compra online.

O intuito do estudo sobre a Guide Shop Amaro na capital

A nova loja recebe uma série de tecnologias como câmeras

Paulista, que foi construída no ano de 2018, é de analisar o processo

de inteligência arti cial que captam o per l do consumidor, a idade

Higienópolis tem por sí a sua característica modernista dos

formal e o programa de necessidades utilizado pelos autores ( gura 58).

aproximada, as reações e respostas aos estímulos faciais; os provadores

anos 60, pensando nisso o escritório trouxe para o projeto o uso do

Por se tratar de um projeto contemporâneo a loja que antes só

têm iluminação especial e uma tela de fundo que funciona como uma

granilite na passarela, arquibancada e provador se tornando o elemento

trabalhava como e-commerce hoje tem sua primeira “loja conceito” ou

projeção cenográ ca. Ao se provar uma peça, esse fundo pode

principal do projeto (SUPERLIMÃO, 2018).

“showroom”, no caso esse projeto é possivel experimentar as peças,

transportar o cliente à um clima apropriado, permitindo uma

A preocupação com o bem estar dos usuários e também com

diferente de uma loja comum no varejo, as compras são feitas online por

experiência de consumo diferente (SUPERLIMÃO, 2018). A ideia é que o

o local onde a loja se encontra, são fatores excepcionais para a

meio de um dos computadores ou tablets disponíveis e a entrega vai

espaço permita a permanência longa do cliente, com mobiliários

elaboração do projeto.

diretamente para a casa do cliente.

confortáveis, tudo pensado para proporcionar experiências altamente

9

A amaro ( gura 59) está localizada em um shopping

compartilháveis em redes sociais.

chamado Pátio Higienópolis, tem sua área total de 240m² e o espaço teve

Projetado para ser o deslocamento da loja virtual para um

de respeitar a estrutura vigente ao qual seus pilares foram contornados

espaço físico exível, a Amaro pode se transformar de acordo com a

com marcenaria de forma a escondê-las (SUPERLIMÃO, 2018).

experiência de compra desejada. A navegação pelo seu interior segue a

9

E-commerce: Comércio eletrônico, e-commerce, comércio virtual ou venda não-presencial, é um tipo de transação comercial feita especialmente através de um equipamento eletrônico, como, por exemplo, computadores, tablets e smartphones.


página 28

4.3.1 Análise Funcional e programa do espaço LEGENDA Acesso Consumidor Percurso Passarela Área de Exposição Arquibancada Expositores Provadores Provador Acessível Fig. 60: Planta Pav. Térreo Fonte: Archdaily (2018)

Fig. 62: Interior da Loja Fonte: Archdaily (2018)

Fig. 63: Arquibancada Fonte: Archdaily (2018)

Pedidos Autopedido Circ. vertical para Depósito Pilares

Fig. 64: Provador Acessível Fonte: Archdaily (2018)

Fig. 61: Planta Isométrica da Loja Fonte: Archdaily (2018)

Fig. 65: Provador Convencional Fonte: Archdaily (2018)

A planta em sua concepção formal possuí um grande expositor retangular feito em granilite ao meio da loja, no qual tem uso de banco quando há eventos de des le (ver gura 62). O granilite cria no projeto um eixo de circulação entre os pilares e ao seu redor, criando uma passarela no interior da loja e uma arquibancada para receber eventos da AMARO (ver gura 63). Os arquitetos pensaram em percursos (ver gura 60) para que as modelos possam fazer e com isso usarem os próprios provadores como trocadores da coleção (ver gura 64 e 65). Todos os expositores foram desenhados pelo escritório em tons de cobre e a sua disposição foi pensada de forma exível para dar liberdade ao cliente de escolher seu caminho, fugindo do tradicional tour “obrigatório” (SUPERLIMÃO, 2018).


página 29

4.4 - QUADRO DE APROVEITAMENTO MUSEUM YVES SAINT LAURENT

ESCOLA TÉCNICA DE PELLA

Fig. 66: Escola Ténica de Pella Fonte: http://neumannmonson.com (2017)

O estudo de caso ( gura 66) teve como aproveitamento a forma como o autor trabalhou os acessos, distribuição dos espaços, os elementos arquitetônicos atraindo o indivíduo para acessar o edifício, usos exíveis e a insolação.

Fig. 67: Museum YSL Fonte: https://arcspace.com (2018)

AMARO GUIDE SHOP

Fig. 68: Amaro Guide Shop Fonte: Archdaily (2018)

Neste estudo de caso ( gura 67) teve como aproveitamento a forma como o autor trabalhou os materiais ao seu favor, levando em consideração os insumos presentes no local e sua monumentalidade

Já neste estudo de caso ( gura 68) foram observados os uxos o programa de necessidades e o conceito utilizado, de forma a atender o usuário.

Ÿ Conceito

Ÿ Conceito

Ÿ Circulação interna

Ÿ Composição formal

Ÿ Circulação interna

Distribuição dos ambientes Ÿ Usos exíveis

Ÿ Materiais utilizados

Ÿ Programa de necessidades

Ÿ

Ÿ Técnicas construtivas


Fig. 69: Área institucional do Polo da Moda Fonte: Paulo Oliveira (2019)

.4

estudo do lugar


página 31

5.2 - BREVE HISTÓRICO DO POLO INDUSTRIAL

5.1 - LOCALIZAÇÃO

Polo industrial de Itapuranga denominado de polo da Moda e Confecção tem uma área total de

O local de implantação do projeto localiza-se na cidade de Itapuranga, no estado de Goiás (GO), no

145.200,00² e foi projetado por Marcio Ferreira de Freitas, agrimensor. Fica localizado à margem esquerda da

polo da Moda e Confecção de Itapuranga ( gura 70).

Rodovia que liga Itapuranga - Heitoraí, e faz divisa com as terras de José de Araújo Parreira e Mesias Mota Paes. MAPA DE GOIÁS

A criação do polo tem por objetivo garantir o desenvolvimento econômico e avanço social da população, com novas oportunidades empresariais locais, tornando a cidade de Itapuranga um polo regional ITAPURANGA

de atividades econômicas no ramo de confecção e turismo de negócios na área da moda, gerando emprego e

160KM

MUNICÍPIO DE ITAPURANGA

GOIÂNIA

ITAPURANGA

renda. 5.2.1 - Legislação Com relação a sua legislação, o município de Itapuranga estabeleceu diretrizes gerais e parâmetros

PERÍMETRO URBANO DE ITAPURANGA N

urbanísticos para implantação das edi cações. A lei de nº 2.050 foi sancionada em 23 de novembro de 2018 institui que;

GO - 230

Art. 11. O parcelamento do solo do empreendimento por encontrar-se situado lindeiro a Rodovia GO 230 ca sujeiro à apresentação de Atestado de viabilidade Técnica do Órgão competente, no qual há de de nir a sua faixa de domínio.

N

Parágrafo único. A via a ser projetada ao longo da faixa de domínio descrita neste artigo deverá

POLO DA MODA

possuir largura mínica de 40,00m (quarenta metros), salvo maiores exigências da legislação especí ca estadual. Art. 13. Fica vedado o uso de atividades que não se enquadram no ramo da moda e confecção de Fig. 70: Mapas Fonte: Prefeitura de Itapuranga (2018) Editado: Paulo Oliveira (2019)

vestuários. 0

50

100

200


página 32

Art. 16. Fica estabelecido o índice de permeabilidade mínimo de 15% (quinze por

Art. 19. Será admitido para os usos previstos no empreendimento até 02 (dois)

cento) da área do terreno, com cobertura vegetal, admitindo-se que 50% do índice

pavimentos respeitados a taxa de ocupação máxima prevista para o térreo de 70%

mínimo seja utilizado com pisos permeáveis drenantes ou com poços de in ltração,

(setenta por cento) de ocupação do terreno.

desde que comprovada a capacidade de in ltração do solo.

Art. 20. 8º Os empreendedores cam responsáveis pela coleta e segregação dos resíduos sólidos nas vias internas do empreendimento e no acondicionamento

A preocupação com o usuário também deve ser respeitada e com isso se baseiam na norma;

adequado na área para tal m destinada, conforme normas pertinentes, para posterior coleta pelo serviço público de limpeza.

Art. 17. Na execução das calçadas há de se cumprir seu papel de deslocamento de qualquer pessoa, de favorecer as interações e valorizar o ambiente urbano

Os lotes destinados às industrias serão doados para os empreendedores locais, com seguintes critérios;

devendo, para tanto, serem acessíveis e sustentáveis, de modo a favorecer a mobilidade e acessibilidade, valorizando a permeabilidade do solo e a drenagem

Art. 34. Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a doar, aos empreendedores

urbana e promovendo a livre e segura circulação pelo empreendimento.

interessados e cadastrados pelo Município, os lotes do empreendimento Polo da Moda e Confecção respeitando-se a destinação indicada nesta lei.

Com relação o código de edi cações do polo da Moda que será relevante para implementação do projeto;

Art. 37. Os lotes recebidos em doação deverão ser destinados exclusivamente às edi cações das industrias da moda e confecções de vestuário, cama, mesa e banho,

Art. 18. Para edi cações industriais do empreendimento deverão ser obedecidas as

admitindo o exercício de atividades comercial de compra e venda de produtos

seguintes normas:

confeccionados no Polo, vedadas as atividades de comercialização de produtos

I - recuo frontal de 5m (cinco metros);

advindos de outros locais.

II - recuos laterais de 3m (três metros);

Art. 41. Tratando - se de doação de lote, a edi cação da construção nos padrões de

III - taxa de ocupação máxima de 70% (setenta por cento) no térreo;

indústria e comercio deverá ser concluída no prazo máximo de 02 (dois) anos,

IV - taxa de permeabilidade mínima de 15% (quinze por cento);

contados da lavratura da escritura pública de Doação.

V - passeios frontais de 3m (três metros) na via de acesso, na via principal e vias

Art. 45. O bene ciário da doação ca impedido de vender, ceder, doar, locar,

secundárias;

emprestar ou transferir à qualquer título o direito sobre o imóvel pelo prazo de 10

VI - previsão de estacionamento, carga e decarga internos.

anos, contados da data da instalação e funcionamento do empreendimento.


página 33

5.3 - ESCOLHA PELA ÁREA DE INTERVENÇÃO

Portanto a proposta de implantar um Complexo da Moda nessa área, deve-se ao incentivo do desenvolvimento do Polo. O local ca à 3km do município, porém será previsto alternativas se tratando de

A escolha da área de implantação foi planejada para atender não só o município de Itapuranga mas todos os municípios que compõem o Arranjo de Produção Local (APL) de forma a contribuir para o crescimento nanceiro do estado. Diante disso, há uma área pública institucional no Polo da Moda e Confecção do vestuário

mobilidade para que atenda à todos. De acordo com levantamento a área do polo não consta cursos d’água , nascentes ou áreas de preservação permanente.

LEGENDA Polo da Moda

Curso D’água

GO-230

Área de Preservação Permanente Lagos

Área de intervenção

N

500

Fig. 71: Vista superior do Polo da Moda e Confecção Fonte: Google Earth (2018) Editado: Paulo Oliveira (2019)

que conta com 6.422 m², localizada entre as Ruas: PI 03 e PI 04 (ver gura 71).


2º 4º

Fig. 72: Vista superior do Polo da Moda e Confecção Fonte: Google Earth (2018) Editado: Paulo Oliveira (2019)

página 34

5.3.1 - Hierarquia viária e mobilidade Em relação à hierarquia viária ( gura 77), o polo conta com vias coletoras onde elas possui 12m de largura, possui fácil acesso à área de intervenção devido à via expressa. Quanto à mobilidade, essa se encontra falha pois não possui transporte público na cidade, porém a população faz bastante o uso de bicicletas. A malha do polo é ortogonal, e todas as vias foram planejadas com duplo sentido. A cidade possuí apenas uma entrada que é a GO-230, a via que passa pela a área da intervenção. Portanto tem de se pensar na pós ocupação da área, o qual será proposto transporte público direto ao complexo de forma a garantir o uso contínuo da edi cação.

MAPA DE HIERARQUIA VIÁRIA F. 73

F. 74 N

F. 75

F. 76

Fonte: Paulo Oliveira (2019)

Com os estudos bibliográ cos junto da visita à área de intervenção ( gura 72) foi observado que o Polo ainda está em fase de instalações. O projeto de divisão dos lotes está de nido e a destinação dos mesmos também, porém no local ainda se encontram apenas asfalto em algumas das ruas, não há rede elétrica e distribuição de água. (ver gura 73 à 75).Em frente ao polo tem uma única construção que é o depósito de materiais de construção da loja ENCASA ( gura 76).

0 20

LEGENDA Via Expressa Coletora

50

Fig. 77: Mapas Hierarquia Viária Fonte: Prefeitura de Itapuranga (2018) Editado: Paulo Oliveira (2019)

100


página 35

5.3.2 - Previsão de cheios e vazios

5.3.3 - Previsão dos usos do solo

Percebe-se que a o Polo da Moda, tem suas construções bastante centralizadas ( gura 78). Portanto, com a implantação do Complexo da Moda, haverá uma maior valorização no Polo o que acarreta no aceleramento de sua ocupação.

De acordo com o levantamento elaborado (ver gura 79), o Polo da Moda conta com 84 lotes industriais, pode-se observar que estes lotes se encontram centralizados. Também possuí uma área Institucional onde ela se encontra no topo da gleba. As áreas verdes foram previstas, porém não possuí nenhuma vegetação vigente.

MAPA DE PREVISÃO DOS CHEIOS E VAZIOS

MAPA DE USO DOS SOLOS

N

0 20

N

50

Previsão de Cheios Áreas verdes

50

LEGENDA

LEGENDA Área de Intervenção

0 20

100

Fig. 78: Mapa previsão de Cheios e Vazios Fonte: Prefeitura de Itapuranga (2018) Editado: Paulo Oliveira (2019)

Área Institucional Área Industrial Áreas verdes

Fig. 79: Mapas de Usos Fonte: Prefeitura de Itapuranga (2018) Editado: Paulo Oliveira (2019)

100


página 36

de ser ocupada à 70%, não ocorre um sombreamento em parte alguma da área de intervenção. O polo de moda

5.3.4 - aspectos físicos e naturais

con gura uma região de superfície pouco acidentada com altitudes que variam entre, 644 metros e a mínima Quanto aos aspectos físicos e naturais ( gura 80), os meses de outubro à fevereiro expressam o

636m. Sendo que a área de intervenção tem um caimento de 2,43m.

período chuvoso que vem de Norte à Nordeste, entre março e setembro, o período é seco com a direção de Sul à Sudeste. Pelo fato do gabarito ser limitado à 2 pavimentos ainda que para ter o 2º pavimento a área do lote tem

644

636

LEGENDA Área Institucional

642

641

640

639

638

637

636

Previsão de Cheios

N

Áreas verdes

ESPÓLIO DE JOSÉ DE ARAÚJO PARREIRA

Insolação Nascente Insolação Poente

643

ESIA

DE M

ÁRIA GO 230

20

50

100

Fig. 80: Aspectos Físicos e Naturais Fonte: Prefeitura de Itapuranga (2018) Editado: Paulo Oliveira (2019)

ES

A TA P S MO

EIXO DA RODOVI

0

Sul/Sudeste (MAR - SET): Caracteriza o período de seca

LIO

644

ESPÓ

ESPÓLIO DE JOSÉ DE ARAÚJO PARREIRA

Norte/Nordeste (OUT - FEV): Ventos carregados de Umidade


.5

o projeto


página 38

6.1 - PERFIL DO USUÁRIO

ADMINISTRAÇÃO: 325m² + 20% = 390m² AMBIENTE

O Complexo da Moda a ser implantado é um espaço de uso público destinado à toda população de

FUNÇÃO

EQUIP.

USUÁRIO

USUÁRIOS VARIÁVEIS

ÁREA (M²)

Público em geral e funcionários.

10

30m²

RECEPÇÃO

Local de espera e Computador, mesa, cadeiras direcionamento do público. e armários.

60m²

SECRETARIA

Registro de atendimento Computador, mesas, cadeiras Público em geral e e armários. funcionários. ao público.

8

usos e tem estudantes como público alvo, porém cada setor dentro do programa tem seus diferentes per s como: autônomos, empresários, transeuntes, visitantes e funcionários. Assim todos os benefícios dentro do

Organização do Complexo Computador, mesas, cadeiras e armários. da Moda

Funcionários

8

60m²

COORDENAÇÃO

Responsável pelo Computador, mesas, cadeiras e armários. nanceiro do Complexo.

Funcionários

6

40m²

FINANCEIRO

Convivência e pesquisa. Computador, mesas, cadeiras e armários.

Funcionários

20

40m²

SALA DOS PROF.

Funcionários

2

25m²

Funcionários

4

40m²

14

70m²

Itapuranga e região, com foco na capacitação dos pro ssionais da área de confecção do vestuário. Conta com

complexo serão desfrutados independentes de gênero e condição social ( gura 81). 10%

40%

20%

5%

15%

10%

ARQUIVO

AUTÔNOMOS

ESTUDANTES

EMPRESÁRIOS

TRANSEUNTES

VISITANTES

FUNCIONÁRIOS

Fig. 81: Vetores Fonte: Pinterest (2019)

DIRETORIA SANITÁRIO

Armazenamento de documentos e dados.

Armários

Colégio Tecnolígico, Computador, mesa, cadeiras responsável pelos cursos. e armários.

Usos Masculino e Feminino. Conjunto de peças sanitárias Funcionários e público

COMERCIAL: 760m² + 20% = 912m²

6.2 - QUADRO SÍNTESE

AMBIENTE

A proposta foi dividida em cinco setores, para melhor organização dos ambientes. Sendo composto pelo Setor Administrativo, Comercial, Ensino, Serviço e Social. No esquema abaixo são representadas as

ADM ENSINO

SOCIAL COMERCIAL

USUÁRIOS VARIÁVEIS

ÁREA (M²)

Público em geral e funcionários.

30

50m²

LOJA COLABORATIVA

Expor os produtos de autônomos da cidade.

Caixa, expositores, prateleiras e lavabo.

Público em geral e funcionários.

20

130m²

OFICINA DE CORTE (AUDACES)

Cortar peças para as industrias.

Máquina audaces e mesa de apoio.

Empreendedores e funcionários

10

180m²

Autônomos e funcionários

30

180m²

Empreendedores e funcionários

15

50m²

Uso Masculino e Feminino. Conjunto de peças sanitárias Público em geral e funcionários

14

70m²

25

100m²

OFICINA COLABORATIVA ESTÚDIO DE FOTOGRAFIA SANITÁRIO

Fig. 82: Organograma Fonte: Paulo Oliveira (2019)

USUÁRIO

Balcão, caixa e prateleiras.

LEGENDA Ligações Acessos

EQUIP.

Venda de aviamentos.

LOJA DE AVIAMENTO

principais relação entre os setores ( gura 82). SERVIÇO

FUNÇÃO

CAFETERIA

Dispor de máquinas para Máquinas de costura, mesa de apoio e cadeiras. incentivo à produção. Editoriais de moda.

Local para lanchar e descansar.

Máquina, computador, softbox e fundo in nito.

Balcão, estufa, caixa, armários, mesas e cadeiras.

Público em geral e funcionários.


página 39

SERVIÇOS: 1.742m² + 20% = 2.090m²

ENSINO: 1.050m² + 20% = 1.260m² AMBIENTE

EQUIP.

FUNÇÃO

USUÁRIO

USUÁRIOS VARIÁVEIS

ÁREA (M²)

Local para aprendizado de Pranchetas individuais para desenho técnico. desenho técnico.

Público em geral e funcionários.

15

100m²

ATELIÊ DESENHO

Local para aprendizado de Máquinas de costura reta e overlock. costura.

Público em geral e funcionários.

45

100m²

ATELIÊ DE COSTURA

Local para aprendizado de Grandes pranchetas altas para modelagem de peças em modelagem e manequins para moulage. tecido.

Público em geral e funcionários.

15

Mesas individuais e quadro branco.

Público em geral e funcionários.

40

Local destinado à cursos. Pranchetas individuais ou Público em geral e coletivas com quadro branco. funcionários.

40

120m²

ATELIÊ DE MODELAGEM

Local para aprendizado SALAS DE AULA SALAS DE WORKSHOP

20

40m²

Local para aprendizado de corte de peças em tecido.

Pranchetas para corte manual

Estudantes e funcionários.

20

120m²

SALA DE CORTE

15

80m²

Local para pesquisa de tecidos e estudos.

Banco de tecidos, tecidos para reuso e retalhos.

Estudantes e funcionários.

25

120m²

TECIDOTECA

Local para pesquisa de livros e estudos.

Prateleiras e acervo colaborativo de moldes

Estudantes e funcionários.

25

120m²

BIBLIOTECA LIVROS

Uso masculino e feminino.

14

70m²

SANITÁRIOS

SOCIAL: 2.570m² + 20% = 3.084m² AMBIENTE

SANITÁRIO

Armário, mesa e cadeira.

Funcionários

2

50m²

Local de refeições

Mesa, cadeiras, armários, microondas e fogão.

Funcionários

5

30m²

Carga e descarga

Sinalização e placas

Indústrias e funcionários

2

100m²

Local de armazenamento de produtos

Prateleiras

Funcionários

5

50m²

Estacionar e manobrar

Sinalização e placas

Público em geral e funcionários.

54

1500m²

Manutenção de equipamentos

APOIO TÉCNICO

ALMOXARIFADO ESTACIONAMENTO

TOTAL: 7.519m² + 20% = 9.022m² PORCENTAGEM DE CADA SETOR DO COMPLEXO

4%

12%

14%

28%

41% Fig. 83: Porcentagem dos Ambientes Fonte: Paulo Oliveira (2019)

6.3 - EIXOS CONCEITUAIS USUÁRIOS VARIÁVEIS

ÁREA (M²)

Público em geral e funcionários.

200

300m²

Público em geral e funcionários.

-

2200m²

Uso masculino e feminino

14

70m²

FUNÇÃO

EQUIP.

USUÁRIO

Auditório para des les e demais eventos.

Poltronas, sala de som e camarim.

Local para apreciação e descanso.

bancos e iluminação

OBSOLESCÊNCIA

AUDITÓRIO ÁREA DE CONTEMPLAÇÃO

12m²

DOCAS

Empresários e funcionários.

Uso masculino e feminino. Uso masculino e feminino.

1

Armários

80m²

Sala para reunião com equipes ou clientes.

Local para aprendizado e Computador, mesa, cadeiras e Público em geral e pesquisa. quadro branco. funcionários.

Funcionários

Estoque e armazenamento de materiais de limpeza.

DML

COPA

Local para reuniões para empresas.

INFORMÁTICA

ÁREA (M²)

USUÁRIO

FUNÇÃO

100m²

SALAS DE REUNIÃO

LABORATÓRIO DE

USUÁRIOS VARIÁVEIS

EQUIP.

AMBIENTE

Uso masculino e feminino. Uso masculino e feminino.

+

DESALIENAÇÃO

+

=

COMPLEXO DA MODA

NATUREZA


página 40

6.4 - DIRETRIZES DE PROJETO O estudo preliminar do edifício tem início através da experimentação da relação do mesmo com a paisagem. O caminhar a nível do solo tem grande importância ao partido projetual, a busca por um térreo amplo e sem barreiras, que ofereça diferentes formas de caminhar. 1º

640

639

641

Os acessos do polo tanto do estacionamento quanto dos pedestres.

RUA PI 07

RUA PI 06

RUA PI 03

640

F. 85

639

638

639

N

ESPÓLIO DE JOSÉ DE ARAÚJO PARREIRA

641

O projeto acompanhando a linha de força do terreno,

RUA PI 04

criando o eixo central.

RUA PI 07

RUA PI 06

RUA PI 03

640

F. 86

639

638

639

N

ESPÓLIO DE JOSÉ DE ARAÚJO PARREIRA

641

Sobreposição de planos gerando movimento tanto na RUA PI 04

forma quanto na volumetria, junto da área de vegetação que conecta tanto o edifício, quanto com o polo gerando RUA PI 07

RUA PI 03 RUA PI 06

642

N

RUA PI 04

642

639

ESPÓLIO DE JOSÉ DE ARAÚJO PARREIRA RUA PI 05

642

638

ESPÓLIO DE JOSÉ DE ARAÚJO PARREIRA

ESPÓLIO DE JOSÉ DE ARAÚJO PARREIRA RUA PI 05

O primeiro conceito surge da obsolescência, tanto dos produtos de moda que se tornam descartáveis conforme a produção acelerada das industrias para os mercados, como da própria arquitetura que possuem edi cações com usos especí cos impossibilitando sua versatilidade, ou recon guração dos espaços para novas funções futuras. O que in uência na demolição das edi cações para que os terrenos sejam utilizados para outros ns. Portanto, o complexo da moda apresenta um espaço que valoriza todas as etapas da confecção do vestuário que existe por trás das indústrias, promovendo o slow-fashion. Oferece espaços compartilhados com o incentivo de novos micro-empreendedores da cidade e região, ao qual sempre promovendo novas atividades para prolongar a vida útil da edi cação, e que contemple diferentes momentos no decorrer dos anos. Tem de possuir uma regularidade estrutural para que permita uma recon guração espacial dos ambientes, para diferentes usos futuros que possam surgir como meio de fonte de renda e com isso reaproveitar a estrutura e peças da edi cação. O segundo conceito parte da desalienação no processo criativo e produção. Com o surgimento de novas tecnologias decorrente da produção frenética, os trabalhadores passaram a se especializar em uma área perdendo a noção de todo o processo criativo, e com isso passa a não ter conhecimento do produto nal gerado pelo seu trabalho. Estes trabalhadores passam a se tornar máquinas e com isso produzindo de forma automática uma única função o que é re exo da nossa sociedade de um modo geral onde somos afetados pela automação dos afazeres, fazendo que percamos a noção do tempo. Assim o complexo da moda irá expor os esforços do processo criativo e produtivo, sendo um espaço transparente e aberto a visualização por aqueles que desconhecem a área. Ao mesmo tempo, o edifício deverá permitir seus usuários o compartilhamento de idéias, a partir de espaços de convivência e interação que estimulem a criatividade de seus usuários. O terceiro e último conceito vem da natureza de forma a compor à edi cação e seu processo produtivo. A moda esta cada vez mais acessível por conta de sua produção acelerada, o que garante o seu segundo lugar como a indústria mais prejudicial à terra perdendo apenas para as petrolíferas. Infelizmente utilizar métodos e materiais sustentáveis signi ca em um aumento no custo nal do produto, a nal as tendências vem e vão em menos de um semestre e os compradores querem itens de moda cada vez mais sustentáveis. No entanto

existe uma grande parcela de consumidores conscientes que valorizam o produto e pensam em como suas escolhas afetam as pessoas e o planeta. Desta forma o complexo da moda irá conscientizar e utilizar de produtos que causem menor impacto ambiental, sem contar na composição estética que irá manter o diálogo da edi cação com seu entorno fortalecendo a sua intervenção, dando identidade e trazendo a memória de forma a atrair as pessoas das regiões adjascentes.

ESPÓLIO DE JOSÉ DE ARAÚJO PARREIRA RUA PI 05

Com o embasamento teórico estudado e escrito para este trabalho, junto ao estudo de caso da atual escola pro ssionalizante, foi possível identi car três conceitos básicos que problematizam o objeto de estudo. Além de possibilitar a de nição e compreensão das diretrizes projetuais necessárias para a intervenção do complexo da moda.

gentileza urbana. F. 87

Fonte: Paulo Oliveira (2019)


página 41

PRIMEIRO PAVIMENTO

6.5 - ORGANOFLUXOGRAMA GUARITA SALA DE DESC.

DOCA

FINANCEIRO

SALA DOS PROFESSORES

ALMOXARIFADO

CIRCULAÇÃO VERTICAL

SANITÁRIOS

ARQUIVO

CAFETERIA CONTEMPLAÇÃO

DML

SECRETARIA LOJA COLAB.

LOJA AVIAMENTOS

OFICINA COLAB.

EST. FOTOGRAFIA

RECEPÇÃO

SETOR COMERCIAL

SETOR ADM.

Fig. 85: Organograma Pav. Térreo Fonte: Paulo Oliveira (2019)

CORTE AUDACES

COPA

HALL SEGUNDO PAVIMENTO

Fig. 87: Organo uxograma Térreo Fonte: Paulo Oliveira (2019)

SETOR SERVIÇOS

SETORIZAÇÃO 1 PAV.

DIRETORIA

SETOR SOCIAL AUDITÓRIO

ESTACIONAMENTO

CIRCULAÇÃO VERTICAL

SETOR SERVIÇOS

SETOR ENSINO SALA DE MODELAGEM

ATELIÊ DE COSTURA

ATELIÊ DE COSTURA

SALA MICROEM.

BNH. FEMININO

SETOR ENSINO BNH. MASCULINO

HALL

DML

DEPÓSITO

ATELIÊ DE DESENHO

OFICINA DE CORTE

SALA DE WORKSHOP

SALA DE AULA

DEP. TECIDOS

BIBLIOTECA

SETORIZAÇÃO 2 PAV.

SALA DE MODELAGEM

ATELIÊ DE COSTURA

ATELIÊ DE COSTURA

LAB. DE INFORMÁTICA

RECEPÇÃO

SETOR ADM.

SALA DE ESPERA

Fig. 86: Organograma Pav. Superior Fonte: Paulo Oliveira (2019)

COORDENAÇÃO 01 COORDENAÇÃO 02 DIRETORIA

ARQUIVOS

SALA DE AULA

Fig. 88: Organo uxograma Superior Fonte: Paulo Oliveira (2019)

SETOR SOCIAL


página 42

6.6 - A IMPLANTAÇÃO 2,00

N

3,00

Rua PI03

Cota 3,00 equivale à 640 à nivel do mar Cota 2,00 equivale à 639 à nivel do mar

Fig. 89: Planta de implantação do Complexo da Moda Fonte: Paulo Oliveira (2020)

O acesso principal acontece na Rua PI03 pois é uma rua coletora e onde se prevê que haverá maior uxo de veículos automotores, a entrada secundária usada para serviços e doca localizada posteriormente na edi cação pela Rua Pi04 foi escolhida pois terá menor uxo diário. Foi optado por uma caixa d’água segregada da edi cação para fortalecer a horizontalizade da edi cação, trazendo uma arquitetura mais linear. Segundo Stock Caixas (2018) o modelo com coluna seca é utilizado em casos de incêndio, pois na falta de energia é possível retirar a água apenas com a pressão da gravidade, sem utilização da bomba.


página 43

2,00

N 23

24

25 26 25 27 25

23 25 10

35 20 3,00

18

21 22

19

10

8

9

11 12

7

28 34

6 4

5

13

29

3 17

16

15

2

14 1

32

30

31 33

Cota 3,00 equivale à 640 à nivel do mar Cota 2,00 equivale à 639 à nivel do mar

Rua PI03 Fig. 90: Planta de pav. térreo Complexo da Moda Fonte: Paulo Oliveira (2020) 1 - HALL 2 - RECEPÇÃO 3 - SECRETARIA 4 - ARQUIVO 5 - DML 6 - SALA DOS PROFESSORES 7 - COPA 8 - SALA DE DESCANSO

9 - DIRETORIA 10 - DEPÓSITO 11 - SALA DE REUNIÕES 12 - FINANCEIRO 13 - CIRCULAÇÃO VERTICAL 14 - OFICINA COLABORATIVA 15 - STUDIO DE FOTOGRAFIA 16 - LOJA DE AVIAMENTOS

17 - LOJA COLABORATIVA 18 - CAFETERIA 19 - SALA DE CORTE (AUDACES) 20 - DOCA 21 - BANHEIRO FEMININO 22 - BANHEIRO MASCULINO 23 - GUARITA 24 - LIXEIRAS

25 - LAVABOS 26 - SALA DE SEGURANÇA 27 - SALA DE MANUTENÇÃO 28 - CAMARIM 29 - AUDITÓRIO 30 - FOYER 31 - ÁUDIO E SOM 32 - BANHEIRO AUDITÓRIO

33 - ACESSO INDIVIDUAL AUDITÓRIO 34 - ESTACIONAMENTO 35- CAIXA D’ÁGUA


página 44

2,00

N

22

15 14

3,00

15 14 14

13 14

21 20 19 19 18 17

12 11

4

3 2

16

5

Rua PI03 Fig. 91: Planta de pav. superior Complexo da Moda Fonte: Paulo Oliveira (2020) 1 - CIRCULAÇÃO VERTICAL 2 - D.M.L 3 - DEPÓSITO 4 - HALL 5 - SALA DE AULA 6 - DEPÓSITO DE TECIDOS 7 - BIBLIOTECA DE LIVROS, TECIDOS E MOLDES 8 - SALA DE WORKSHOP

9 - OFICINA DE CORTE 10 - ATELIÊ DE DESENHO 11 - BANHEIRO MASCULINO 12 - BANHEIRO FEMININO 13 - SALA DO MICROEMPREENDEDOR 14 - ATELIÊ DE COSTURA 15 - SALA DE MODELAGEM E ALFAIATARIA 16 -LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

17 - RECEPÇÃO 18 - SALA DE ESPERA 19 - CORDENAÇÃO 20 - DIRETORIA 21 - ARQUIVO 22 - CAIXA D’ÁGUA

9

10

1

5

6

8

7

Cota 3,00 equivale à 640 à nivel do mar Cota 2,00 equivale à 639 à nivel do mar


página 45

6.7 - CORTES

Fig. 92: Planta de Corte AA Fonte: Paulo Oliveira (2020)

Fig. 93: Planta de Corte BB Fonte: Paulo Oliveira (2020)


página 46

6.8 - VOLUMETRIA

Fig. 94: Perspectiva Frontal Complexo da Moda Fonte: Paulo Oliveira (2020)


página 47

MATERIAIS UTILIZADOS

MADEIRA VIDRO

CONCRETO

Fig. 95: Perspectiva frontal Complexo da Moda Fonte: Paulo Oliveira (2020)


página 48

Fig. 96: Perspectiva Lateral Complexo da Moda Fonte: Paulo Oliveira (2020)


página 49

Fig. 97: Perspectiva da área contemplativa do Complexo da Moda Fonte: Paulo Oliveira (2020)


página 50

Fig. 98: Perspectiva Frontal do Complexo da Moda Fonte: Paulo Oliveira (2020)


página 51

Fig. 99: Perspectiva posterior do Complexo da Moda Fonte: Paulo Oliveira (2020)


página 52

.6 memorial explicativo O projeto se ordena através de dois elementos: o primeiro elemento sendo o térreo, linear que ocupa o terreno pela sua linha de eixo central e responsável pela área de serviços da edi cação; o segundo elemento é o 2 pavimento que con gura já a parte de ensino da edi cação, ao qual sobrepõe o térreo mas tem uma quebra na sua linearidade que proporciona conforto térmico, pois minimiza o impacto solar na fachada da planta abaixo. O acesso pela rua PI03 onde acompanha a topogra a do terreno, o piso se rebaixa e com isso chegase ao nível do platô central da edi cação à 2,50m, promovendo uma sutil transição do nível da rua até a construção. Essa estratégia cria uma ambiência acolhedora para a entrada do complexo, o mesmo acontece com a outra extremidade do terreno, só que no caso, o aclive da acesso à area de serviços: doca e a área de recebimentos. A vegetação proposta que tangenciam o lote são incorporadas a m de proporcionar gentileza urbana, elas funcionam como uma extensa faixa vegetal permeável, que gera sombra e direciona o transeunte à entrada da edi cação. A equação Complexo x Polo é dada pela permeabilidade visual: o complexo está para o polo, como o polo está para o complexo. As passarelas externas e internas são propostas a m de fazer com que o transeunte veja como tudo funciona e desperte o interesse em querer entrar, não é complemento, é uma forma de vivenciar o complexo. A medida em que a pessoa se desloca pelo entorno imeadiato a interação com o espaço interno é permanente. Quanto à estrutura, ela se organiza por pilares convencionais, sobre eles se apoiam as lajes de concreto, e o piso elevado onde passa toda a ação responsável pelo funcionamento das máquinas e equipamentos. No terréo são distribuídos linearmente o corredor que dá acesso ao foyer, banheiro para o auditório caso a edi cação não esteja funcionando mas tenha algum evento. O corredor da acesso à recepção, secretaria e todos os elementos que compõe a área do funcionário. Logo mais um corredor que dá acesso à circulação interna como estudio de fotogra a, sala de corte audaces, café, loja colaborativa, loja de aviamentos e sala colaborativa. As salas internas que não há janelas foram usadas divisórias de madeira com uma altura de 3m a m da iluminação e ventilação passar. O pé direito do térreo é de 5m o que proporciona amplitude nos espaços e uma grande entrada de iluminação natural. A doca ao fundo para receber os tecidos das empresas que cortam em grande volume na máquina

audaces, esta maquina atende 13 municípios de Goiás. Sala colaborativa é um espaço aberto que costureiros e costureias que não tem equipamentos podem produzir suas peças e vender na loja colaborativa para promover micro empreendedores que não querem investir em um espaço físico, o qual incentiva a produção local. Estúdio fotográ co atende tanto as micro quanto as grandes empresas para catálogos de coleção; e a loja de aviamentos para auxiliar quem produz no polo, pois é distante do centro da cidade. Um café para atender os transeuntes, estudantes e funcionários do local. Ao fundo tem uma área de recebimento de mercadorias da edi cação e também a entrada de pessoas que vão se apresentar no auditório e também há um local para lixeiras de coleta seletiva. No segundo pavimento está a parte de ensino onde é acessada pelos alunos e funcionários pela circulação vertical sendo elevador e escada. O pavimento consiste em salas de aula teórica; depósito de tecidos; biblioteca de livros, moldes e tecido; sala de workshop; o cina de corte; ateliê de desenho; diretoria; sala do microempreendedor; ateliês de costura e ateliê de modelagem e alfaiataria. As salas de aulas e os ateliês de costura são salas exíveis que podem se integrar, possibilitando a ampliação da turma para casos especí cos ou até mesmo alternar o usos. A disposição das salas foi feita pensando no usos dos espaços, como por exemplo: o ateliê de desenho e a o cina de corte são matérias que necessáriamente precisam de moldes e tecido e por isso próximas da biblioteca de tecido. As salas de aulas próximas da biblioteca, os ateliês de costura que são salas que possuem um uso constante de máquinas, por conta do ruído gerado cam localizadas na outra extremidade. Toda a parte de iluminação e ventilação é feita cruzada pelas aberturas nas paredes, o que proporciona um ambiente bastante iluminado e ventilado.


.6 referências AKMÉ.De onde vem o preconceito para com o trabalho manual?. [S. l.], GO, 2013. Disponível em: <http://imf-akm.blogspot.com/2014/08/de-onde-vem-o-preconceito-para-com-os.html>. Acesso em: 2 mar. 2019. ABIT. Economia confecções têxteis. Disponível em: <http://www.abit.org.br>. Acesso em: 5 mar. 2019. CÂMARA MUNICIPAL. Lei 2.050, de 23 de novembro de 2018. Institui o polo da moda e confecção de itapuranga, estabelece diretrizes gerais e parâmetros urbanísticos para sua implantação e dá outras providências. Brasil, Itapuranga, GO, 23 fev. 2018. Disponível em: <http://acessoainformacao.camaraitapuranga.go.gov.br/legislacao/lei/id=830>. Acesso em: 1 mar. 2019. CÂMARA MUNICIPAL. Lei 1.680, de 18 de dezembro de 2007. Dispõe sobre o plano diretor e o processo de planejamento do município de itapuranga e dá outras providências. Brasil, Itapuranga, GO, 18 dez. 2007. Disponível em: <http://acessoainformacao.camaraitapuranga.go.gov.br/legislacao/lei/id=376>. Acesso em: 1 mar. 2019. EDB.Empresas do Brasil. [S. l.], GO, 2013. Disponível em: <https://empresasdobrasil.com/empresas/itapuranga-go/confeccao-de-artigos-do-vestuario?pagina=1>. Acesso em: 2 mar. 2019. GOIÁS, Diário de. Goiás é um dos maiores produtores de vestuário do país. Disponível em: <https://diariodegoias.com.br/cidades/29848-goias-e-uma-dos-maiores-produtores-de-vestuario-do-pais>. Acesso em: 23 mar. 2019. GOULART, Miriam. Industria da Moda em Goiás: Goiás se destaca como polo confeccionista. Disponível em: <https://textileindustry.ning.com/pro les/blogs/industria-da-moda-em-goi-s-goi-s-se-destaca-comopolo>. Acesso em: 23 mar. 2019. Hoeks, H. & Post, J. Fashion and Five Fashion Theoriticians. In: Brand, J. & Teunissen, J. The Power of Fashion: about design and meaning. Terra ArtEZ Press IBGE.História de Itapuranga. Itapuranga, GO, 2017. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/itapuranga/historico. Acesso em: 28 fev. 2019. KSAR, Riad Al. Museu Yves Saint Laurent. Disponível em: <https://www.alksar.com/en/yves-saint-laurent-marrakech-museum-ysl-myslm/>. Acesso em: 18 mar. 2019. LIPOVETSKY, Gilles. O império do efêmero. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2008. MODA, Portais da. Pólo de confecções do estado de goiás. Disponível em: <https://www.portaisdamoda.com.br/noticiaInt~id~17977~n~polo+de+confeccoes+do+estado+de+goias.htm>. Acesso em: 23 mar. 2019. MONSON, Neumann. CAREER ACADEMY OF PELLA. Disponível em: <http://neumannmonson.com/career-academy-of-pella/>. Acesso em: 19 mar. 2019.

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