ARROMBADORES DE PORTAS E JANELAS S/A Arte e Literatura
Publicação Independente
Material feito para leitura e download gratuito.
Ilustrações e poemas contidos neste trabalho foram cedidos pelos seus autores. Os direitos sobre os poemas e ilustrações pertecem aos seus respectivos autores.
Diagramação e organização: Paulo Monteiro
2016
Paulo Monteiro Paulo Monteiro, nascido em Manaus, em 1991. Considera a escrita como forma de bruxismo e n達o acredita quem a usa como forma de escape
PAULO MONTEIRO
Deus silêncio Minhas orações são escritas na madrugada Versos rabiscados plagiando os salmos da bíblia Na solidão me faço poeta Na solidão exponho meus pecados Na solidão encontro Deus Deus é o silêncio
David Beat David Beat é um artista underground. Sua arte é um mesclar de subconsciente e surrealismo. Submergindo algumas vezes no imaginário fantástico. Um olhar mais atento perceberá uma imagética/simbólica sendo transmitida em cada ilustração. Suas referências são as mais variadas: quadrinho, manga (quadrinho japonês), simbologia, literatura; M.C Escher, Jean Giraud e outros. O Autor distribui suas ilustrações através do zine de nome homônimo e também responde pelos zines: Artistas do Underground, Grito Marginal (apenas on line), Imagine. Contato: facebook.com/davidbeatzines Issuu.com/David_beat.zines
DAVID BEAT
Imensidões Vazias Eu tento vê no sorriso da tarde Alguma esperança que se despediu Vejo o ar cinza corroendo meus olhos Na imensidão do vazio e flores mortas Dissabores no meu paladar ferido Tendo resgatar na memória A delicadeza de momentos idos E tudo é um fim sem retorno E tudo fica mais distante! Sentado aqui na mesma de ontem Perdendo mais uns segundos Vejo o sol irrefletido no caminho Tento o prazer esquecido Tento lento e calmo e cansado É doentio o ar que se respira!
DAVID BEAT
Ana Flรกvia Me chamo Ana Flรกvia, tenho 21 anos e sou de Manaus. Desenho desde quase sempre, e nem sempre foi simples mostrar minha arte para outras pessoas, em 2014 decidi finalmente criar uma pรกgina no facebook para divulgar um pouco dos sentimentos que coloco no papel.
Contato Facebook: facebook.com/QuaseNulo E-mail: ana.matos.188@hotmail.com
ANA FLÁVIA
ANA FLÁVIA
ANA FLÁVIA
ANA FLÁVIA
ANA FLÁVIA
HENRIQUE COSTA Tenho 19 anos e nasci em Brasília. Comecei a escrever e publicar os meus poemas desde o início de 2015, é tudo muito recente. Acredito que um poema bem escrito pode justificar todas as coisas e esse é o meu maior motivo para escrever.
HENRIQUE COSTA
Razões para escrever. Pela vontade de ser amado e entendido Pela vontade de descrever superfícies e contornos Curvas e lábios... Pelo medo do erro e confusões das palavras Pela necessidade da ação e do movimento dos astros Linhas azuis e escrituras sagradas... Pelo ruído das sirenes correndo pelos becos Pela prisão do desejo carnal e vontade de ser livre Sexo e fardos... Pela desintegração da memória e perda Pela criação de quadros e das realocações de momentos Museus e arte do tempo. Pelo som do toque celestial e asas douradas Pelo amigo imaginário e do sussurro esquecido Anjos e vozes Pelo medo da noite e desejo da noite Pela arte vista em madrugadas internas e consagradas Velas e olhos dilatados Pelo mínimo e único desejo da carne Pela ignorância de acreditar em espelhos e da loucura em criar Começos e pontos finais.
HENRIQUE COSTA
Platônico. Você é, sob a lente dos meus olhos Toda poesia que existe no mundo. A boca vermelha que conta todas as histórias Maiores e melhores que todos os livros. Bilócas pretas, inseridas no lugar dos olhos Me ensinam que a escuridão não é nada disso. Estrela negra Guiando para o caminho a ser seguido. Nessa valsa dos ponteiros, A gente segue. Um pouco mais distante com decorrer da música. Algumas palpitações quando você aparece, Pois o ritmo acelera. O toque suave de um piano quando você se expressa. E aquele beijo, que eu nunca provei Sempre ilustrado na mente e na tela. Com a delicadeza de um Amor platônico. Com a intensidade de um romancista. Pincelado com o drama latino que corre nas nossas veias. Destacando essa vontade de reunir nossos corpos, o mesmo sexo, o mesmo olhar. A sincronia perfeita das nossas ondas. Eu poderia ganhar um prêmio por esse quadro. Vindo De Pessoas Que colecionam Amores que não Vingaram.
HENRIQUE COSTA
Suor Teus espinhos riscam na minha pele o nome de todos os meus medos. Marcando com tinta e esse veneno que não mata, mas causa dependência. Pois sirvo a todos que sabem dos meus segredos. 7 passos Você me leva da sala ao quarto. Esse encontro das nossas mãos me guia à cama na qual me deito. Você deita sobre o meu corpo com o peso do seu passado. Seu corpo agora, embrulhado pela minha compaixão, não quer descansar em paz. Insistência em me ferir. A lanterna desse mundo só ilumina você. Suas intensões refletem nas paredes. Os móveis do quarto assistem o meu auge. Nada de imagens meramente ilustrativas. A verdade tem mesmo esse gosto estranho? Eu nego. Eu levanto e me visto. Mas nunca vou esquecer o gosto que tinha o seu suor.
HENRIQUE COSTA
Platéia de amantes. Mais uma vez, eles não vieram. As cortinas foram abertas, os ornamentos encaixados, mas eles não vieram. Meu rosto se petrificou na espera daqueles que deveriam me amar. Vindo à cavalo ou montados em seus próprios egos, meu exército [ nunca chegou. Estive esperando por amantes medíocres e cheios de vitalidade, dezenas deles. Tive tempo pra juntar novas feridas. Para que pisassem nos meus calos. Tempo pra prescrever tragédias. Alimentando bem o meu caos. Na dor da espera, até o resto da minha rima se foi. Restando apenas o exagero para a dor que é o meu trunfo. Escrevi até o sentimento se atrofiar. Acreditando na beleza que posso ter, até meu corpo do avesso, eu deixei. Corpo vivo e cheio de vontade, que ninguém quis enxergar. Mas o desejo, sempre firme, ainda aguarda. Por todos aqueles que não enxergaram em mim, algo que os fizesse querer vir e ficar por alguns segundos. A minha lágrima que preenche o lugar dos aplausos há de finalizar, o meu espetáculo que ninguém assistiu.
HENRIQUE COSTA
A nova rainha. Um poema precisa de organização e adornos, Eu preciso fazer isso rápido. Criar essa nova forma E a tal origem É Rápida demais para esses neurônios. Eles tentam escapar Batendo contra as paredes Luzes neon e restos de forças Espalhados pela minha cabeça . Um poema precisa de atenção. Então eu sou a criação inversa A total desilusão. Nada de ervas ou líquidos ou bênçãos. Eu vou fazer tudo isso Jogando as cartas no mapa dos universos E bagunçando. Jogando vidas para cima Trilhadeiras de uma nova história. Desta nova criação Não importa quem entenderá. Basta apenas que eu retire as secreções presas na garganta. Terei força o suficiente pra mover Remover ou criar novos ciclos naturais. Palavras soltas pelo espaço da minha mente também são estrelas. Total absence of lucidity Quem precisa de mais uma quando se pode ser a única?
HENRIQUE COSTA
Todas os versos são planetas balançando no meu córtex. Não é mais a dor que cria a poesia, Mas a cegueira do sol. A surdez de estar girando na escuridão do nada. Pálpebras se tornaram inúteis, Até mesmo a língua perdeu sua utilidade. Deixando de ser esse para ser aquilo Ou Coisa Ou Ser. Não ser nada parecido com o que já foi visto antes. Apporter le seins alimentaire des générations futures mon lait Apportera les idéaux des jeunes hommes Homme-poète Le nouveau siècle Venha, passe tinta em minhas bochechas E sinta como as minhocas dentro da sua cabeça saem e explodem Ao me ver desfilando e assumindo o único posto que existe no universo. Eu sou a nova rainha.
JOY Uma menina que resolveu fazer o que gosta independente da pressão da sociedade. Ela sente de mais e foi na arte que encontro um jeito de se expressar, de ser quem é! Ainda está aprendendo as técnicas, e se iniciando nesse campo, por isso peguem leve com ela, mas tenham a certeza de que tudo que ela faz é carregado de sentimentos e emoções. Joy quer te convidar a viver o melhor da vida, a se descobrir e amar. Amar de verdade, " como se não houvesse o amanhã ", pois ela tem certeza que o Amor tem poder para transformar absolutamente tudo. Contatos E mail: joycejps@outlook.com Blog: oncemeninajoy.blogspot.com Facebook page: JOY. Instagram: @meninajoy_
JOY
"Difícil se libertar “ Quantos rótulos, como se libertar de tantos julgamentos estabelecidos? Pessoas te cobrando e ditando coisas sobre você. O que fazer? Como ser quem você realmente é ? Assim que nascemos é derramado um monte de expectativas sobre nossas vidas, feito mágica! Nossos país projetam seus planos sobre nossa pequena vida, e a sociedade nos aponta direções, parece que o mundo inteiro fez um super desejo sobre a sua vida. Desejos esses, de uma forma tão prematura e leviana. Vamos crescendo, sofrendo, errando e aprendendo. Nossa personalidade e caráter estão em formação, mas os desejos alheios continuam a nos cercar, apertar, sufocar. Todos querem nos ver " vencer na vida " segundo o conceito deles de vitória. E daí eis a questão, como se libertar ? Agora você sabe quem é, ou ao menos sabe quem quer ser, mas e essa barreira enorme sobre você, e esses pesos desnecessários que te obrigam a carregar, como ser feliz sendo você? Por anos me senti assim, acorrentada a coisas que não eram minhas, a coisas que eu nunca gostei de fato. E mesmo querendo me libertar ainda rola aquela insegurança, porque afinal, se libertar significa frustar a maioria das pessoas ao seu redor, significa aquela cara de desapontamento dos seus pais. Honestamente eu não sei como ser forte em relação a tudo isso, mas tudo que é novo assusta, e sinto que se não correr esse risco agora não terei mais chances. Escolho frustrar algumas pessoas e me fazer feliz, porque aliás essa é a minha vida, e eu só tenho uma. Não sei se posso desperdiça-la com os sonhos não realizados de outras pessoas. Isso não quer dizer que eu não vá fazer o bem, ou que eu despreze a sabedoria dos sábios. Nem que eu vou sair por ai fazendo um monte de besteiras. É apenas meu momento, meu, só meu. Minha hora de ser quem eu sou, ou não devo ser ?
JOY
JOY