Portfólio - Matéria-Prima 22

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PRODUTO > pág. 11

Aço pré- pintado conquista novos mercados

RESPONSABILIDADE SOCIAL > pág. 13

Jovens do Garoto Cidadão participam de oficinas de vídeo

matéria-prima

jornal da csn

Nº 22 k ano 4 k julho | 2013 k www.csn.com.br

100

anos de mineração

Conheça a história da mina, cada vez mais ligada à vida dos moradores de Congonhas (MG) e um dos principais negócios da CSN® pág. 4 Conheça a história da mina de ferro da CSN, a mais antiga em operação no Brasil® pág. 4

Casa de Pedra


editorial A mina de Casa de Pedra é um marco para a CSN.

História e Desenvolvimento A CSN comemora em 2013 uma marca histórica: os 100 anos de atividade da mina Casa de Pedra, em Congonhas, na região central de Minas Gerais. É a mina de ferro mais antiga em operação no Brasil e um dos principais negócios da Companhia, que traz enorme sinergia para a produção siderúrgica. Mas muito além da importância econômica para a CSN e seus investidores, a mineração trouxe nas últimas décadas enormes ganhos sociais para a comunidade de Congonhas e região. A produção gera milhares de empregos e eleva a arrecadação de impostos da Prefeitura, possibilitando uma melhoria significativa da oferta de saúde e educação aos moradores da cidade. Já a Fundação CSN, responsável pelas ações sociais da Companhia, desenvolve diversos programas em Congonhas. O Garoto Cidadão atende hoje cerca de 400 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, oferecendo aulas de teatro, dança, artes visuais e canto. Outro projeto da Fundação, o Centro de Educação Tecnológica (CET), primeiro colocado no Enem em 2012 entre as escolas do Alto Paraopeba, e que oferece cursos do setor minero-metalúrgico, é o principal formador de mão-de-obra. Na área de urbanismo destaca-se o bairro Plataforma, que está em construção e, quando concluído, será um dos melhores para se viver em Congonhas, com casas de até 160 m2 e totalmente estruturado com rede de esgoto, calçamento e iluminação. Todas essas ações comprovam a determinação da CSN em transformar minério em desenvolvimento para Congonhas, para Minas Gerais e para o Brasil. É uma história singular, transmitida de geração a geração, fortemente ligada à história de Minas Gerais e à vida de milhares de profissionais que transformaram o antigo abrigo dos romeiros do início do século passado numa das principais minerações do Brasil. Um marco para a história da CSN e para o desenvolvimento do país.

Benjamin Steinbruch Diretor-Presidente da CSN

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CASA DE PEDRA FAZ 100 ANOS

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4 gente a vitrine dos nossos talentos

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sumário Produtividade e competitividade Tecar e Tecon ganham novo sistema de gestão......................................3

Mais vantagens Aço pré-pintado conquista os mercados de caminhões-baú e decoração....................11

Eficiência em alta Programa Gestão do Conhecimento preserva inteligência estratégica................12

Formação audiovisual Jovens do Garoto Cidadão frequentam oficinas de vídeo.......................13

Manutenção ferroviária

Participantes ©3

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do Jovem Aprendiz têm destaque em empresas da CSN

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Transnordestina Logística fabrica novos autos de linha.........................................14

Aprenda brincando Saiba como é produzido o cimento, um dos cinco negócios da CSN.....................15

Diretor-Presidente: Benjamin Steinbruch Diretores-Executivos: David Salama, Enéas Garcia Diniz, Juarez Saliba, Luis Fernando Martinez e Tufi Daher Filho

matéria-prima jornal da csn

Nº 22 • Ano 4 • Julho • 2013 Direção Editorial: Marcelo Behar e Fabio Schivartche Editor: Helton Fraga heltonfraga@csn.com.br Coordenação Editorial Stefan Gan Editor Adjunto: Alexandre Agabiti Fernandez Projeto Gráfico: Fabio Silveira Direção de Arte: Lúcia de Menezes Farias Reportagem: Paulo Talarico e Simone Freire Revisão: Roberto Alves Conselho Editorial: Adriana Costa, Alexandre Campbell, Angélica Vilela de Morais, Caio Ferrari, Carlos Lima, Cristiano Alves da Silva, Eglantine Cavalcante Pearce, Flávia Rodrigues, Graciela Wang, Márcio Lins, Marx Fernandes, Raphael Koch Turri, Rafael Lara, Ricardo Costa, Roberto Germano, Rodrigo Uchoa, Rosana Lovato e Thaís Amoedo. Jornalista Responsável: Stefan Gan ( MTB 35401) Preparação e Impressão: Ipsis Tiragem desta edição: 25.000 exemplares fale com a redação jornalmateriaprima@csn.com.br O jornal matéria-prima é produzido pela editora

www.yupik.com.br

Online Você já pode ler o jornal Matéria-Prima no computador, em versão PDF. Na intranet, clique em Notícias e, em seguida, em Jornal Matéria-Prima. Na home da intranet, também é possível acessar a versão on line do jornal, com outras notícias referentes ao universo CSN. www.csn.com.br

© fotos: capa e 2 raoni maddalena; 1 – divulgação; 3 – WALLACE FEITOSA


EMPRESA Empregados dos terminais portuários participam de capacitação.

Porto eficaz

Sistema de Gestão Portuária em implantação no Tecon e no Tecar padroniza funções e rotinas para garantir resultados sustentáveis

É

com foco em “Integração, União e Trabalho em Equipe” que os terminais portuários da CSN entram em uma nova fase. Situados em Itaguaí (RJ), o Tecar (Terminal de Granéis Sólidos) e o Tecon (Terminal de Contêineres) terão sua capacidade multiplicada nos próximos anos, o que aumentará a competitividade e a produtividade. Mas isto também trará novos desafios. Um deles é capacitar a equipe e unificar as estratégias e o método de trabalho para garantir a produtividade de forma segura e sustentável. Por isso, em março a Diretoria de Portos lançou o novo Sistema de Gestão Portuária (SGP). A necessidade do novo sistema foi constatada junto ao aumento da demanda dos terminais, nos quais a equipe é nova – cerca de 70% dela foi contratada nos últimos três anos. No Tecar, são carregadas cerca de 30 milhões de toneladas anualmente, com projetos de ampliação de capacidade para 60 milhões nos próximos anos. O Tecon movimenta atualmente 216 mil contêineres por ano, com potencial para chegar a 600 mil. “Quando olho um processo de crescimento forte, vejo que é preciso criar um modelo de gestão que garanta resultados sustentáveis”, explica o diretor de Portos, Cristiano Cobo, ressaltando a importância da sinergia. “Precisamos atingir e padronizar esses patamares de produção e aju-

dar as pessoas a entenderem nosso método, disseminando o conhecimento técnico dos mais experientes aos mais novos”. Ao todo, 185 pessoas participam da disseminação do projeto.

sistema padronizado

O SGP busca alinhar os valores que valem para toda a CSN. A primeira fase do projeto tratou da análise estratégica e nela foi definida a equipe responsável pelas áreas de Saúde e Segurança, Qualidade, Projetos, Meio Ambiente e Recursos Humanos. Na área de Qualidade, o grande objetivo é melhorar o atendimento aos clientes. “Com um sistema padronizado que todos conheçam é mais fácil trabalharmos melhor”, explica Thais Amoedo, assessora da Diretoria. Ela ressalta que, anteriormente, cada nova equipe que passava pela direção fazia modificações que podiam trazer impactos ao sistema. “Com um modelo único, a gente tem de se adequar ao sistema, e não o sistema à pessoa.” A segunda fase foi o planejamento, que identificou boas práticas que servem de parâmetro para toda empresa. Ainda foi feito um diagnóstico da situação atual para estabelecer metas e planos. “As boas práticas estão inseridas em todas as operações do terminal”, comenta Paulo Milleu, gerente do projeto de implantação do SGP. Segundo ele, os gerentes-gerais trouxe-

valorizamos a gestão integrada e o trabalho em equipe ram diversas iniciativas e soluções de seus setores, como ações para aumentar o comprometimento com as condicionantes ambientais no Tecar e melhoria na gestão de pessoal no Tecon, por exemplo. “O SGP reativou o nível de comprometimento e de credibilidade nos processos. Hoje as pessoas entendem que existe foco para resolução de problemas”, enfatiza Milleu. Neste momento, o sistema está na fase de implantação. “Fizemos a divulgação, explicando os objetivos, e iniciamos um processo de capacitação interna e alinhamento de conhecimentos para trabalhar de forma integrada”, destaca Cobo. A ideia é que as novas práticas sejam adotadas no Tecar e no Tecon e, assim, assimiladas ao dia a dia. A previsão inicial é que o projeto dure dois anos, mas a cada seis meses o cronograma será reavaliado.

“Método de Cumbuca”

Uma das preocupações do projeto está na comunicação e em como traduzir para o dia a dia a missão e os valores da empresa a toda a equipe. Para isso, a implantação está sendo desenvolvida em duas frentes. Uma delas é o treinamento dos coordenadores, supervisores e facilitadores em cursos de excel, power point e comunicação – para aperfeiçoar as apresentações aos liderados. A outra é o estudo do livro “O Verdadeiro Poder – Práticas de Gestão que Conduzem a Resultados Revolucionários”, de Vicente Falconi. “O livro fala bastante de sistemas de gestão, métodos e formas de enxergar e trabalhar problemas”, explica Paulo Milleu. O estudo acontece a cada 15 dias. Um dos ensinamentos é o “método de cumbuca”: todos estudam o capítulo e uma pessoa é sorteada para explicar o tema ao grupo. De acordo com Milleu, o processo facilita a integração: “A pessoa se desenvolve, diz o que tem de comum com a área dela e o representante da equipe de gestão participa como um anotador e mediador para crescimento do grupo.”

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Solidez centenár A mineração Casa de Pedra completa um século de operação com uma história de dinamismo, crescimento e compromisso com a região 4

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N

o início do século passado, um grupo de romeiros foi à Freguesia de Congonhas do Campo para assistir às comemorações do jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Depois de atravessar matas, seguir trilhas e subir serras, sob forte calor, os romeiros encontraram abrigo em uma caverna milenar: no interior dela havia água pura e cristalina, formando uma bacia no solo. Como muitos moravam em casebres de pau a pique, o local passou a ser chamado de “casa”. Assim surgia Casa de Pedra, uma das maiores mineradoras do mundo, origem de um dos principais negócios da CSN. Com produção anual de 26 milhões de toneladas, a mina completa 100 anos de existência. Uma história singular, transmitida de geração a geração, fortemente ligada ao município de Congonhas (MG) e à vida de milhares de profissionais que transformaram o abrigo dos romeiros numa das principais minerações do Brasil. Um marco para a história da CSN e para o desenvolvimento do país.

Narrativas sobre as transformações por que passou a mineração constam do livro “Casa de Pedra – Sua História, Suas Histórias”, de Cecílio Caetano Rodrigues. Professor de eletrotécnica e eletrônica mecânica, Rodrigues, de 62 anos, prestou serviços à mina e é filho de um ex-empregado. “A ideia de escrever o livro surgiu porque Casa de Pedra se tornou uma comunidade diferente, um modelo único”, recorda.

A Vila

Em 1913, o dinamarquês Arn Thun – conhecido como “alemão” por ter a pele muito clara – iniciou as operações na mina no terreno adquirido do Barão de Paraopeba. Para abrigar os empregados, o industrial começou a construir uma vila em 1938. A mina passou a integrar a CSN desde a criação da companhia, em 1946, para abastecer a Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda (RJ). “A Vila Casa de Pedra era muito agradável. As ruas e calçadas eram largas, não faltava nada nas casas”, afirma Rodrigues, que estima o número de


Consideramos a cultura CSN o alicerce da nossa atuação

ria

Empregados no pátio de estocagem e carregamento de Casa de Pedra.

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moradores em 3 mil. Cada residência acomodava dez pessoas em média. A Vila existiu até o começo da década de 1980, quando deu lugar às obras de expansão. Os moradores se recordam que não precisavam sair dela para ter acesso aos serviços do município. “Tínhamos toda a estrutura de uma cidade, com hospital, açougue, quadra esportiva e até cinema”, destaca Sérgio Luiz Moreira, de 54 anos, engenheiro de Desenvolvimento da Gerência de Planejamento de Mina.

raldo mantém a tradição familiar trabalhando como operador de máquinas. “Casa de Pedra foi importante em todos os sentidos, pois nos deu um caminho na nossa vida. Fico muito feliz que meu filho dê continuidade a isto”. Paulo Santiago, 57 anos, coordenador de Segurança Lógica da CSN em Volta Redonda, também cresceu na Vila, pois o pai trabalhava na mina. “Como a Vila ficava um pouco afastada, o tráfego de veículos era

Você sabia? O livro “Casa de Pedra– Sua História, Suas Histórias”, de Cecílio Caetano Rodrigues, está recheado de curiosidades sobre a mina. Conheça algumas delas. O cantor Wando, que morreu no ano passado, começou a carreira com apresentações no Recreio do Trabalhador, onde cantava para empregados de Casa de Pedra. Ele fazia parte do conjunto “Os Escaravelhos” que se apresentava nos bailes oficiais e nas “horas dançantes” do espaço. O livro traz mais de mil apelidos de empregados que trabalharam na mina. Preocupado com eventuais reclamações de quem teve o apelido relembrado, o autor ficou surpreso quando foi procurado pelo motivo contrário. Muitos reclamaram por não terem visto seus apelidos no livro. Entre os mais curiosos estão Tião Cachorro, Zé Meio Quilo, Vicente Carijó, Cuspido e Fucinhada. O futebol teve muita importância durante os 50 anos de existência da Vila Casa de Pedra. Vários times surgiram na vila, como o Volante, Siderfolga, Primavera, Nacional, Montanhês, Casa de Pedra Esporte Clube e Flamengo Esporte Clube. O Casa de Pedra era o principal time e seu maior rival era o Flamengo, com o qual disputava acirrados clássicos. Mais tarde, o Casa de Pedra chegou a participar da segunda divisão do Campeonato Mineiro. Posteriormente, o Casa de Pedra fundiu-se com o Flamengo, dando origem ao Ferrominas.

Sérgio participa de um grupo no Facebook chamado Casa de PedraMemórias, em que mais de 450 empregados e ex-empregados compartilham fotos e lembranças. “Só tenho boas recordações, dá uma nostalgia danada”, brinca. Quando completou 30 anos de companhia, o engenheiro discursou para os empregados sobre a importância de fazer parte dessa trajetória, destacando o que viveu na CSN. “É importante olhar o passado para vislumbrar e compreender os desafios que a atual geração deve enfrentar para manter a CSN como uma referência de empresa de sucesso”. Outro protagonista destes 100 anos é o instrutor de máquinas móveis José Geraldo Barretos, de 55 anos. O avô foi empregado da Arn Thun & Cia. Ltda. como feitor de ferraria, enquanto o pai trabalhou como motorista. O filho de José Ge-

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pequeno. A gente estudava e brincava, não tinha coisa melhor. A rotina era marcada pela sirene da mineração: a gente sabia as horas das explosões da mina, a hora do almoço, a hora de ir para escola. Essa liberdade criou um grande companheirismo entre as crianças, independente do cargo que os pais ocupavam na companhia.” A eficiência de Casa de Pedra deve muito à sua localização e também à logística, dotada de um sistema integrado de distribuição que liga a mina, a usina e o porto por meio de uma ferrovia. “A economia da nossa cidade gira em torno da mineração, principalmente porque a CSN está dentro do nosso município”, avalia o vereador de Congonhas Carlos Afonso Magalhães, o Carlos da Associação dos Aposentados, Pensionistas e Idosos.

O desenvolvimento da região foi influenciado diretamente pelo crescimento da mina, que teve impacto positivo no mercado de trabalho e na arrecadação de tributos, sem falar no trabalho social realizado pela CSN em prol da comunidade. “Além da geração de empregos diretos e indiretos de qualidade, a mineração impulsiona o desenvolvimento de fornecedores locais nas mais diversas áreas, que passam a atender demandas de outras empresas e também geram demandas próprias, criando-se um círculo virtuoso”, ressalta Paulo Sérgio Machado Ribeiro, subsecretário de Política Mineral e Energética da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais. Ribeiro destaca ainda que o governo estadual atua para que os mineradores consigam desenvolver os projetos, por meio do Instituto de Desenvolvimento Integrado, responsável por viabilizar empreendimentos. Após a apresentação dos planos à secretaria, esta oferece apoio e acompanhamento à implantação do sistema. Para os próximos anos, ele diz acreditar que é possível avançar mais. “Os principais desafios serão continuar promovendo a mineração de forma sustentável, ambiental e socialmente, contribuindo assim para o desenvolvimento dos municípios e do Estado.”

Compromisso com a região

Para Márcio Melillo, gerente-geral de Administração e Controle da Mineração Casa de Pedra, os vínculos com a região seguirão em alta. “A mineração tem sua história ligada a Congonhas”, diz. “Sempre fomos grandes, utilizando intensamente a mão de obra regional”, explica, enfatizando que, no futuro, o desafio da CSN é concluir os projetos em andamento e trabalhar na relação com as comunidades ao redor de Casa de Pedra. “Estamos em uma fase de crescimento.” A CSN segue fortemente em busca dessa evolução. No ano passado, a empresa investiu R$ 381 milhões na expansão da mina Casa de Pedra e do Porto de Itaguaí (RJ), fundamental para garantir a exportação. Atualmente, mais de 6.300 pessoas, entre empregados terceirizados e fixos, atuam na produção destinada à UPV e ao mercado estrangeiro. “Vamos qualificar o nosso time para atender cada vez mais a expansão da mineração”, conclui Melillo, que recentemente completou 34 anos de Casa de Pedra.

Datas marcantes

1911 >> O industrial

dinamarquês Arn Thun compra os terrenos de Casa de Pedra do Barão de Paraopeba (família Monteiro de Barros)

1913 >> Começam as

operações da mineração

1938 >> Início da construção da Vila Casa de Pedra

1946 >> Casa de Pedra passa a fazer parte da CSN

1993 >> Privatização da CSN 2005 >> Início da expansão em Casa de Pedra

2007 >> Início das

exportações de minério de ferro

2013 >> Centenário da

operação de Casa de Pedra © fotos: WALLACE FEITOSA e arquivo CSN


produto buscamos a satisfação e o reconhecimento dos clientes

Novas possibilidades do aço O

Aço pré-pintado da CSN conquista espaço nos segmentos de caminhões-baú e decoração

s baús para caminhões fabricados pela Furgões Camuzi, do Espírito Santo, eram tradicionalmente feitos de alumínio. Mas a empresa aceitou testar uma novidade apresentada pela CSN: portas traseiras construídas com aço pré-pintado. Pouco a pouco, as vantagens ficaram evidentes e, em um trabalho conjunto com a CSN, a Camuzi passou a usar aço para produzir todo o baú. Isto abriu um novo mercado ao aço pré-pintado da companhia. O novo baú está sendo muito bem aceito pelo cliente. “Uma grande vantagem do aço é a facilidade para adesivar. E fica mais bonito”, diz Marcelo Camuzi, diretor da Furgões Camuzi. No caso do alumínio, o metal vem corrugado, o que implica em irregularidades na superfície, prejudicando a aderência da película adesiva.

Vantagens

“Os clientes perceberam a diferença e encomendam baús de aço, pois são muito melhores para colocar as propagandas. O corrugado solta o adesivo, o liso não”, destaca Camuzi. Atualmente, os baús feitos de aço já correspondem a 50% da produção da empresa. Em março, a equipe da CSN que desenvolveu o produto visitou o cliente para ver de perto os resultados do projeto e se surpreendeu ao constatar ainda mais vantagens. Dentre elas, está a maior rapidez na hora de lavar o baú. No caso dos baús de alumínio, após a lavagem é necessário usar um produto especial pa-

ra evitar a corrosão do metal, já para os baús de aço, tal produto não é necessário. Para entrar no mercado, a CSN fez um trabalho conjunto com a Prada Distribuição, a CSN Paraná (produtora do Galvalume®) e o Centro de Pesquisas de Volta Redonda (RJ). “Identificamos que nesse segmento havia uma busca por um uso mais eficiente do baú”, diz Jorge Luís Santana, gerente de Desenvolvimento de Novos Produtos da Prada Distribuição. Um dos grandes desafios enfrentados foi o peso, muito relevante para os fabricantes de caminhões-baú. Foi usada uma chapa de aço com apenas 0,65 mm de espessura. A entrada da CSN em mercados em que o aço não é usual é parte de uma estratégia para demonstrar as vantagens do produto. O objetivo agora é levar aço a outros fabricantes desse tipo de veículo. A próxima empresa que deve aderir ao baú de aço pré-pintado CSN é a Bertolini Transportes, de Manaus (AM), que já utiliza o aço em alguns componentes. “A nossa ideia é fazer com que o cliente que já fabrica a parte traseira ou a frontal do caminhão com aço passe a fazer todo o baú com aço pré-pintado”, ressalta Santana.

Aço decorativo

Aço com aparência de madeira, inox, mármore ou cortén (como é conhecido pelos arquitetos). Estas são as características do novo CSN Steelcolors Decorativos. Desde 2009, a Companhia trabalha em um novo modelo de aço para diversas aplicações. O projeto começou

quando a CSN desenvolvia um produto padrão inox para o mercado de refrigeração. Durante o trabalho, descobriu com o fornecedor diversos padrões de filme que imitavam madeira para o mercado de arquitetura e decoração, o que fez com que se ampliassem os padrões do Steelcolors.

novos produtos

Depois de dois anos, a companhia chegou ao Steelcolors Decorativos Madeira nos padrões Cerejeira e Nogueira, lançados na Feira Internacional da Construção (Feicon). No ano passado, foi a vez do padrão COR – que imita o aço cortén – ser lançado no mesmo evento. “Temos um retorno muito positivo por parte de alguns clientes e arquitetos”, comenta Eneida Jardim, gerente Comercial de Desenvolvimento de Mercado. O CSN Steelcolors Decorativos é feito de aço base Galvalume® ou aço zincado com uma película de PVC/PET termoaplicada na superfície externa que mantém o aspecto visual de outros produtos. O material é 100% reciclável, tem propriedades refletivas à radiação, além dos benefícios da resistência e maleabilidade do aço. As espessuras variam de 0,43mm a 0,65mm. “Lançamos o produto pensando na aplicação em fachadas de prédios, pois era um mercado em que o alumínio já estava presente”, diz Eneida. “Entretanto, por ser um produto em aço de fácil perfilação e conformabilidade, o material foi bastante bem aceito em outras aplicações como portas, portão de garagem e brises.”

© ilustração: bruno algarve

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