.kO XV - SERIF III
MAIO 19.!
PREçO, SO - N.°
MAIS UMA ViTIRIA DOS CARRSCOS D\ POLtWA OE INFORMAçOES
V.101.1.1 VIrf'114.1 1"IN111E, ailtigo fflulitante ferroviàri, foibarbara-mfAb illadU pe1a vrdugo icsta Madura hoinlcida! J,4 depok de ter cidi pub'icadoo primeiro ndmero de k BaLIha', rec biarnos a dolorosa inforrnaçnu de que êste carnarada haia sdo infarnemeute Assassinado p&a P. Ucia PolItica Simoltanearntnte e para desviar a atencOes do antro de rniséraveis, i rua iN de Outubro, onde se corneteni s maiores brtaridades contra os prerande irnprensadava apdbiisos, a Cu a notIcia de que o nosso desditoso caniarada Manual Vieira Tome se tnba suickado' no All be! Não sabenios que mais admirar: se a in:: dai auroidnd's s o desca ramento, a auddcia d6ssen jorr.ais qua representarn, atthal, o mass haix . o mais gafado escol da a Iual socedade port'iuesa. Aldrn de tudu iroVar que 0 nosso camarada fôra vItima durn crime. tanto mais neiando quanto C certo o seas autores continuarern, imptinernente, na sua sanha feros, massacrando os inilitantes operdrins qua tern a infelicidade de lhes cair nas garrs sangaindrias, hC isto, que nâo pode sofrer contestaco cia qualqcer especie: no segredo do Aijube, onda Manuel Tome estava cacerrado, amguem pide suicidar-se, pela sirapes a cloquente razan cia nto ter corn qué! o mais insignificame cinto C tirado ao prCso que all dd entrada. No tern, podemos afirmd-lo. ima Cnica possibilidade de suicidar-se a, por isso. 0 t1OSSO camarada Tome no se snicidon - SUICIDARAM-NO!!! E so quern nao pOde verificer o estado em qua se encontrava antes de ser sepultado, como nOs verificamos, é que iio reterd na mente espectLculo tao hedioudo a terrificante. a cabeça corn pletamente deformada e corn vincos profundos, notando se, fdcii men te, as torturas verdadeiramente inquisitoriais a que Os carrascos da Policia cia InforrnaçOes o sujeitaram: os braços e os dedos das mãos estayam partidos em VOrios sitios e os pulbos queimados, evidentemente em consequCncia de ligacao da electricidade as algemas! Simplesmente horripilante! 0 nosso martirizado carnarada Manuel Vieira Tome fol urn dos operdrios que mais combateu a ardorosamente contra a poderosa e omnipotente Companhia dos Caminhos de
F rro Por iiee-. Deiiitido em rsnlral • de re olabarad, na qrpv 1 de 1920. nao mak tleixou de c atribur coat, a sui acç*o -'Ci- ca, dccl (Ida. cntra 0 potantado 4Ue. dêutru dCste pals, a urn autC:ito-o dc,,'u!co is- ado que ao prupr)o E'tad' se imp6e a cia ordeis. Sc a Companhia Portu'juesa persue .empre a m tudasaconu turas us ele;nentos qua na S tCat p(sto a mi as sums attutits t!Ld!gfla a descaroávis para coin o pessoal qi:e a serve e tern servido, certo C tanibCm qua a sna . esptoraçao 4 0 SCi' conoio corn toda- as fOrca reacciondrus e capitalistas vai ate uo ponto de prerniar (cm o dinheiro que txrorqne aos Irebaihadores!), iarga a gererusanunra. os crimes da classe do que fil vitinia o nosso irforinraclo camaraoa Neste moniento C dacer noso - -cue comoyida, sincera, leat e desasnrnbradamente cumprirnos— prestar homena'ern ao iufeliz arnarada. Todavia outt-o dever, tambCri. su aos impOe: C apelar para a unián consci€nte. sindical a revoluciondra do proletariado nacionri. para que Sc inicie urn protesto enCnJico, viok-otu mesmo, qne seja a resposta exigida e merecida ao, crimes exccutados pea Polfcia de InforrnaçOes!
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irabahadores de Portugal! Wão é esta a ünica vitima dos famigerados inquisidores da antiga. histótica e tristernne ode(we rua da Leva da Wilt ! Outros elemento, dos mais acrificads ao odio da difadura 16m sucumbido, aos marlirios dos sicários, cambora pouco tempo depois de os terern sofrido Outros camaradas, muitos outros, tern ficado fIsicamente inutilisados—e Para sempre! inilmeros sao os exemplos e as proVas VisiVeis do qua fica escrito. Devererno consentir que o bando de miserdveis torp s e tOrvos continuem cevando os seus injustificciveis Odios, os seus naturais instintos de feras nos corpos e nas vidas dos eletnentos destacados da organizacao sindical operOria?
Ii çn tç -
No. De maneira ne liuma! Traaa'hadores do Portugal! Gritai hem alto, por todas as formas en qualquer lugar, o vosso brado do protesto contra os processos torqu.n'adecos de que tern sido e esto arriscadus a cuntinuar sendo obfrcivo o5 no-so camaradas mais dediTadus a preslimncsos Procurai toruar di cuihecirnenlo de t(da a semite - canaralas, amigos a conhcdos - os c lies da repugnaite e horn cda Policia de InformaçOes, o mais hcroico batucirte desla monstruosa dtaitura de isporas e hissope! Enviai ete jot na; para es ponto.- da proviucia onde tcnhais famIlia ou amios •, pos-lvo mente, ate para o estragero: Amer caz; Franca, Espaama. Entim, pa a tOda a parte onde Vt" 5:- ta pos I. bcrei para os vOrios pontos da Africa e i-efen o.- barbarismos cia qua imrn0s vitimna-! E' necessOrio que se saiha em t d's os recantos do clobo cumo '-so tratados em Portugal Os presos da uta o.nal. E conveniente qua se tornem clanose pdblicos os chamados •afanOes.... do Salazar. qua sAu os espai:camentos, as aeins, o cavalo marinho, os choqurs eI&tricos, o espicacar e c!O1])ear dos corpos, depois de obrigarern o préso a aespir i6da a roupa qua 1he tape as ca ties, corn lOrnirmas de canivetes. E', em sümla. a requinrda, a mais aperfeiçoad to'tura —moral e fisicade todos &z camaradas que para 10 arrasmamn. Os que mao morremn, fiam arruiriad s Temos de iniciar an protesto que dave ser o mais amplo a a mais vibrante que as nossas consciencia e fC revolitciondrias o per inhlam.
Em defesa da vicla dos militant3s da Orqanizaçao Operãria Revoucionàia Contra os processos refinadamanta inqu!sibriais da Policia de lnformaoes Contra a major das tiranias Reagi, trabalbadores de Portugal!
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A Bataiha
a--NA TRAFARIA
aIIm
süciais da Easa de Reclusao suptos ime tlgshIIfflaIIu, ini'quo 0 intoleravel I
o govCrno da ditadura, na sun ensia de perseguir e castigir o proletariado rebelde as suas escuras monobras de absorço dos organismosindicais, nao podia escolher para os seus designios melhor Ical para encarcerar os mplicados na tiltima tentativa de greve geral do que a Casa de Rec1uso na Trafaria. Os nossos camaradas au presos estAo sujeitos a urn regime absol utamente intol erdwel e absurdo, que nâo pode cc.ntinuar, sob pena de graves prejuizos para a sadde da maioria. A Casa de Recusão não possui as condiçOes uecessdrias para alojarnento das duas centenas de lionieni que all se encontrarn. E hürnida, fria e a sua constrncâo obedeceu no barbaro e antiqtiado entCnio do sistema celular e penitencidrio. Os üttirnos dois mesas do rigoroso inverno que parece eternizar-se, foram au sofridos pelos nossos comaradas. Dorniem no chão, cm cima cle enxergas que deixam repassar a homidade do solo a tal ponto que, grande parte delas, es, do pOdres. Para se cobrirem tern apenas duas iniundas e cocadas mantas, qudsi completarnente esburacadas e prenhes de vermes. As celas são peqoenissimas e obrigam trés homens a alojarem-se em cada e all permarecern respirando, constanemenLte, a viciada atmosfera da horrenda prisão. A higiene mais rudimentar e all descnnhcida. Ate o simples banho e neg do aos reciusos,salvu aos que preTerem afrontar os riscos dunia pneumonia on duni resfriamento na desmanteladIssima ca a de banho, onde existe uma espdcie de chuveiro de Cgna g lada e o vento frio, cortante enira por todos os lados. Os presos cujo estado de sadde ezija hospitalizacäo, reconhecida pelo próprio medico, nCo baixam ao hopital agravando-se, por isso, a doenca,• corno sucede corn urn camarada nosso, tubérculoso em grau adiaiitadIssimo, que he longo tempo espera a sua rernoção para o hospital e que todos os dias definha mais e mais, agravanido-se o seu sofrirnento e ezpondo Os companheiros de cela a urn nocivo e fatal contCgio. Urn outro, atacado de grave infecçCo na vista, doenca adquirida jC na pnisCo, esperou, dias irifindos, a sua ida para o hospital. ApOs inCrneras instCncias, mandaram-no ao hospital do Destêrro, de onde regressou sem estar compietarnenle curado! A assistCncia clinica e farmacêutica e mais que deficiente. 0 posto de socorros nCo posui Os medicanientos necessCrios e apenas he, para o tratamento de tanta gente, urn Unico cabo enfermeiro que os Cnicos conhecimentos que possui rCo vão àlCrn das rudimentarissi mlls friccOes para -xtratamento do reumdtico e a miraculosa tintura fodo aplicada nara quasi todas as outras enfermiades. A alimentaçCo e péssima. Consta dam rancho mal confeccionado corn generos avariados e servido em marinitas nojerttas. Pode dizer-se, sern receio de
contestaçCo, que os nossos caniaradas sofrem all, diem de outros horrores, o da fome. A melhor testemunha do que deixamos descito seria o governador militar de Lisbon. Nema visita que au fez, nCO he inuito ainda, pôde veriticar a angustiosa situacão dos presos. Viu bern e rnanifestou a sua estranheza por etareu encurralados --e o termo —em cada cela tres hoinens! Viu bern as enxergas - duas para cada grupo de trés homens!apodre idas pela humidade do solo. Via bern a repugnante niistela do rancho, detendo-se diante duma marmta indeciso na classificacão a dar As .iquarias*, soconrendo-o o of!cial de dia corn a traducCo. ate au mdccifrCvel, da reles e ignObil porcaria: dobrada corn feijãobranco... Seria, pois, o governador ruilitar Ca capital a melhor testemunha do que relalareguiamos—se quizesse falar. mento interito é severfssimo. 0 silCncio é norma da casa e quem a riCo observe C ujeito a castigos ge yes. Os reclusos muito dificilmento podern cornunicar entre si. A diseiplina de caserna, fCrrea, brutal, C imposta por urn pessoal que oem sempre prima pela curreccCo, produzindo esta circunstCncia contirno mal.estar e IrritacCo latante. ernbota Murda. Osistema de visitas C in .io defeituoso. Aos doniirtgos, dia de rnaior afluencia, tCm as fainilias de esracionar hras seguidas junto do portCo do presidio, muitas vezes C chuva, para conseguirem estar, junto dos presos que Ihes são queridos, ntis escassos dez minutos, quando nCo sucede terem de reti mr-se por ter passado a hora perrniti Ca pelo regulamento. Neste ponto estão ainda em piores condicOes que us presos militares. E-tes tern vsiras duas vezes pot semana e durante duas hires. Eis, em sfntese, a situaçCo dos nosSOS carnaradas enterrados na prisCo Ca Trafaria. Na prOpria simplicidade desta oarmacCo reside a sua eloquencia. Que o proletariado con.scente veja a forma impiedosa como a ditadura bunguesa Se vinga de todos nOs na,,; pesSerC jossots dequeles a ,maradas. to, serC. humano que o ovêmn exceda o rigor do Tribunal Miiitar Especial. stijeitando Os presos a urn regime celular em que nCo forarri condenados? E' esta a mansi'dCo dos melfilnos sacristas Ca coorte do Salazar, que - hipOcritamente préam a paz e abregacCo cristCs para melhor iludirern . 0 povo ingenuo? 0 proletariado que responda.
Os presos são barbaramente espancados e feridos por protestarem contra o regime de fome
Ja depois de composta a local que se refere ao regime infarne a que estao sujeitos os camaradas presos i-ia Trafaria, fomos infnrmadbs de que se produziram all incidentes graves que
CONFEDERACAO GERAL DO TRABALHO NOTA OFICIOSA 0 Comité Confederal e o Comitd Nacional tern, numa accCoconjunta, desenvolvido intensa propaganda no sentido de os sindicatos considerados ilegais pela ditadura mantarem os seas ervicos de cobrançae activarem a sua accCo clandetira. Este trabaiho tern sido moroso em consequencia das perseguicoes feitas pela ditadura aos trabalhadores revolucionCnios. Todavia e apesar disso constatamos, corn agrado, que nalgunias localidades jC existem organismos corn a sua ac,çCo normalizada. Nestes trabaihos tCm colaborado grupos anarquistas e a FederaçCo Anarquista da Regao Portuguesa. Em resaitado Ca normalizaçCo Ca Vida clandestina de alguns sindica os, vCo reaparecendo os seus OrgCos de imprensa. Todos os militantes devem contribuir para cine o esfôrço das respectivas classes se faca sentir na detesa dos seus prOpnios interesses e nurn cornbate cntante C ditad ura e aos sindicatos fascistas.
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Comités Federal e Nacional sO devido C grande prudecia daquelas virimas C que oCo foram revestidos de aspectos trCgicos. Deu-se o que era inevitável. A revolter e o mal-estar eram lateiites. A situaçCo, descrita acima, agrayou-se dia a dia, em vez de melhorar. As entidades que governam no prisidio, em vez de procurarem melhorar as condiçOes dos presos requisitam antes ui-na força de infantaria, armada de metralhado'as, para reforcar a guarniçCo. No dia22 de Abril, a maioia dos presos, negase a levanrar o rancho intragavel que Ihe dCo por conilda. Ha gritos, ouve-se fortes prorestos, cCnticos revolucionCrios. E nada mais porque Os presos nCo poe-utanl out-a aria ofensiva aléni da si-ia voz ch. ia de razCo. Fot o prCtexto pa a que a horda avançasse heroicaruente, de baioneta Caiaia, para dntro das ceias e af are disse brutalmeute. C coronhada. algi-ins dos manifestantes. numa sanha tao ferós que ate eles pnOpnios se fei-irarn. Neta avançada tiero1ca é justo que se destaque on tal tenente Aimsida, catOlico fervorot-o e temente a Datis, para que a ditadura posa premiar o sen zélo. Trés hornens onsuruenta dos, moIdos pela brutal agressCo: dezasseis transfenid" urgentemente para os calaboncos do Govt ri'o Civil, em riçoro-a incomuinicabilidade; urn apa' ato bélico ridfculo, para demonstraçCo de ftrça e... fiararnutdestrutiveis os princIpios, a rdern e a sec!uranca do EstadoNovo! Todavia a stu,t cCo dos cetnaradas presos agrava se, em vez de melliorar. Espera-se, talvez, pelt me- rudesciniento do en exaspéro. para que a tropa da ditadura p0 sa saciar niellior os seus instintos singuinolent..
OUTRO CAMARADA QUE BAQUEIA
SOLIDARIEDHE!
MAIS UM CRIME DA FOLICIA DE IXFORMA ~ OES
No dia 16 de Fevereiro realizou-se na sede do Sport Club Portuguez-65 Madison Street--(América do Norte), uma festa em benefIcio das farnilias dos operário& presos por questOes sociais. promovida pela Comissäo Soci al em Newark A colOnia portuguesa acorreu, patentando assim a sua soli dariedade m.terial e simpatia espiritual para corn as vitinias do Capitalisino. A Cornissão Prornotora não se poupou a esforços para proprcionar urn espectáculo atraente, a avaliar pelo programa que está em nosso p0der e que a absoluta falta de espaço nos inibe de publicar. E digna do nosso reconhecimento por se terem lembrado das vItimas da ditadura militar fascista que nos vilipéndia e asfixia. Enviou a Federacão de Solidariedade 11925 dolares, que renderam 2.549855 A' Corn issão e a todos que contribuiram para o êxito da festa enviamos, em nome dos presos e de suas familias, a mais significativa gratidão. 0 gesto da ComissAo Social de Nevark deve ser secundado por todos Os IiOSSOS camaradas que residam no estrangeiro. Apelamos para êles, cOnscios de que nâo negarão a sua solidariedade aos preso-4 e pers-uidos em consequencia da luta social.
Esta campanha que estamos dispostos a sustentar, através de tudo, contra urn sistema politico que ha-de afogar-se no sangue dos que são imolalos aos seus tôrpes designio.i de escravidao e de mentira, tern de produzir salutares efeitos no espirito déste povo que anseia libertar-se duma das maiores tiranias que ate hoje o tern sacrificado. Se ha ainda quem ignore a maneira coma são tratados as chamados presos politicos e sociais, os cas s que cA Batalha ira relatando serão os suficientes para se poder avaliar do prestigio duma situacAo politica que desce aos mais canibalescos processos de opressäo para conservar-se no poder. 0 caso que vamos descreer, ràpidamente, confirms o que dizemos no artigo que noutra pagina déste jornal e publicado àcerca da morte do nosso inditoso camarada Manuel Torné: 'os que não morrem imediatamente, em consequencia das agressOes corn que os atingern, ficam fisicaniente arruinados para o resto da existencia. E o que representa isto? Representa que são poucos os individuos principalmente operérios que depois de terem caido nas garras dos algoze.s da Policia de lnformacOes, consigam gosar saüde. As vitimas morrern prematuramente, pois os males produz'dos agravam-se todos as dias, durante a clausura nas prisOes, wide nCo ha a mais rudimentar higiene, onde a alimentaçãø é insuficiente e sempre mal manipulada; onde est&o sujeitos a urn regime de tortui-a moral que não Ihes concede nem sequer o direito de esbocarem a mais simples reclarnacão, par mais justa e razodvel que seja; onde se definha, em sümula, vertiginosamente. Pois e urn dCsses casos que vamos tornar ptthlico: como muiVitor da ConceiçAo, a vitima, foi urn Iutaior contra a ditadura Préso em 1930, sofreu os maiores tormentos, as mais infarnes tottos outros. pezas morais e fisicas. iEspancaram no. selvãticamente! Não satisfeitos corn isso, atiraram-no para Timor. Daqui partiu, já profundamente abalado. A vtagem dolorosa e o clima mortificante em que o forçaram a viver durante alguns meses, cavaram mais fundo o sea sofrimento. Quando regressou, era apenas urn espectro. Pois apesar disso, pouc tempo a deixaram em liberdade. Préso mais uma vez, recomecararn os verdugos o sea cheroico afan. E para coroarem KmagnAnimamente, a sua obra, as irnparcialissirnas' esporas que nos tribunais especiais tstào sabujantemente ao serviço da ditadura reaccionaria, condenaram-no a cinco anos de destèrro!!! Estava ha meses na Cadeia do Aijube, sujeito a urn rancho insuficiente e irnpossfvel de digerir. Rogou, algumas vezes, que the consentissem a entrada de mais aigurna alimentacão, que pagaria do seu bôlso, a fim db melhorar o rancho, que quasi sempre não cornia. iNem isso consentiram! E' evidente que o sofrirnento se agravaga, implacdvelmente. i Rquisitava a asistência do iharnanfssimo medico e éste dizla-lhe que não tinha doença alguma.! Como se visse despresado, escarnecidotorturado e quasi cadaver, pedia autorizacAo para adquirir e beber .
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Na vila de Montijo efectuou-se, em beneficio dos camaradas presos, uma festa de solidariedade. 0 produto, 507$00, foi entregue ao Conseiho Juridico e a FederaçAo de Sofldariedade
ES C bARE CJMENTO A firmamos no nosso Boietim que a delegado da C. I. S. nào tinha aparecido no local comoinado. Essa atirmaçAo era baseada em informes do delegado dos autOnomos, Por dever de lealdade esciarecemos que a qua ête camarada no.s disse foi cque se não tinham encontrado, pois retirara do local a determinada hora e, por êsse motivo, não podia afirmar se delegado aludido ali tinha estado ou não. Todavia sabemos qua, de facto, o delegado da C. I. S. não compareceu no local combinado, ignorando quais os motivos que originaram a sua falta. E estC fejto a esclarecimento que supornos suficiente.
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Era, pois, inevitavel o que se den. No dia 8 do corrente morria Vitor da ConceicAo, rodeado apenas dos seas camaradas de prisão, sem assistência médica, que urgentemente requerida, apOs 1 os graves sintornas duma indisposicAo, que 0 aniquilaria para sempre, nunca mais chegou. A pesssoa que o acaso ns fez encontrar preguntava, ao relatar-nos a tragedia: —Pode permitir-se, camarada, a continuacâo dêste estado de coisas? I NAO PODE ! Ihe respondemos convictamente, certos deque o proletaI riado saberá unir-se para dar a resposta condigna ao bando de tacinoras que tern servido de estelos da ditadura! i NAO! 0 contrario seria a morte de todoA os homens dignos que não querem ser esCraVOs! i NA0! 0 pôvo portugues exigira, no momento prOprio, a cessacâo cornpleta e irressurgente de tanto banditismo, de tanta deshumanidade! I -
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NO, não e nâo!
MOcO que acabas de salt do circulo vasto das grandes ilusOes, que é a infância; qua te encontras chocado pela dureza triste das realidades; qua comecas a viver a dOr;
Juventude ! _______________
JOVEM que labutas na oficir.a, num trababho duro e infrene, sem esperança de conquistares urn trabalbo livre e nobilitante; sujeito aos vexames do patrão boçal e autoritario; vergado ao peso do mundo veiho dos dogmas e das ideas feitas;
ESTUDANTE- que aprendes yeIharias; qua não tens o direito sagrado de critica a de anãlise; qua nào podes compulsar a vibracão do mando que desperta;
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SOLDADO que deves castigar o insurrecto; fasilar o sublevado; submeter-ta ao oficial, cegamente, indiscutivelmente: que és came de canhäo, sem sentirnentos e sem personalidade;
JUVENTUDE! reage, desperta, luta!
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Vem somarte conOsco, j6vem como tü, ao grande movimento da libertacão humana. Vem proclarnar: que a guerra é urn crime contra a hurnanidade
que a decadencia capitalista e a evoluçao moral da humanidade impoem a socializcäo de tOdas as riquezas e bens sociais; ue it luta fratricida do dia a dia preferes a luta vibrantedurna sableVacão geral --- a I'eVoluço Social,
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para ser instaurado urn regime econOmicamerite igualitarlo a politicainente livre. 0 Cotnuiisrno (principio econOrnico) a a Liberdade (sentimento humario e conceito filosOfico) são as nossas duas grandes aspiraçOes. 0 comunismo bibertario é o nosso ideal, a da juveritude! A Anarquia o resolve! Por ela lutemos, corn ânimo, coin persistência! Alvaro Catarino
ABataiha
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0 (macionalismo)) dos farsantes 1I. Em Portugal, irltimamete, mercê da violéncia corn que a ditadura tern conseguido sufocar as aspiraçOes de Liberdade dêste pOvo, cada vez mais na miséria e dia a dia mais escavizado, alguns senhores bern tratados jalgam-se no direito- sem admitir contestacão de nos impingiruma lenga-lenga nacionalista capaz de nos lever ao paraiso dos regimes descobertos ate agora para a nossa felicidade... Porém, 0 nacionalismo é urn sistema politico dos mais antigos e sob o qual tern imperado os maiores tiranos que a histOria regista em paginas tintas de sangue. SalvaguardanclO o tempo decorrido e, por consequência a mentalidade dos povos e sues correspoudentes necessidades materials, tôda a acção do antigo cesarismo foi enverriisada dum acentuado nacionalismo. Napoleâo foi urn dos mais furiosos nacionalistas; Bismark como nacionalista se apresentou e hoje temos, para não falar nôutros, como nacionalista f rrenhos e violentos, Mussolini, Hitter, Dolfuss e Salazar. 0 que nos diz a histOria dCsses interregnoS sangrentos, onde a vaidade de qualquer tirano se opouha a mais simples rnanifestacão popular? Diz-nos que a exa1tação nacionalista- näo d mais new menus do que a guerra iminente, 0 esmagawento do fraco, a escraidão dos que trabaIham. Nos perfodos do major opressâo nacionalista e que foi possivel desencadear as mais tremendas guerras e se corneteram is mais dolorosas rspressOes das masses pruduoras. E, daf, as grandes convulsOes socisis. 0 eemp10 de ontern d a realidade de hoje. Nacionalista era a Franca de 69, de que resultou a Grande Revolucão. Nacionalista era o imperialismo russo que originou a Revoluçdo Proletdria de 917. l-loje os casos madam apenas de aparéncia pela razão de o factor ecunómico ter provocado em todo o mundo urna verdadeira revolueão. Porém, no fundo e em espIrilo o panorama é 0 mesmO. Corn rnaior 00 menor transigência, visto ter de se atender urn pouco as necessidades materials dos povos. em resultado do sea permanente irrequletismo, os nacionalisrnos de hoje são idénticos aos des eras passada, pois a luta de agora sO yarn prover: corn a maior nitidez, que apenas eciste urn conflito etern 1 entre estes dois principios: 0 autotitàrio e o .libertã ro*. Na Itélia, desde a saudaçAo a romana ate a imposicäo duma imprena obrigatariamente fascista, duma advocacia fascists, doma Universidade a duma magistratura facista o que e aquilo senão o major atentado contra o pensarnento humano, nas sues trials elevadas manifestaçOes cientificas, filosOficas e artisticas? Na Alemanha o 6dio de raça que o
nacionalismo ,ncarna, a expuisAo do sea territOri.o de todos que nao descendarn directarnente do seu sangue, a destruicão de obras literdrias e centificas dam valor incontestdvel, a fogueira de milhOes e milhOes de volumes, o que e aquilo senão a • con'equên cia d*ma educação reacciondria, militarists, que em tudo ceva o seti Odio para impOr principios perdadeiramente draconianos, atentados contra a prOpria natureza, como a lei de esterilidade? For cd, a fingida e hipOcrita hurnanidade para corn os edesherdado'-, o processo de arrancar, pela fOrça, ccein, para depois, generosamente', der apenas ccincoenta. a subordinacâO ao catecismo; o srlêncio imposto a rnaioria o que é isto senão o probongarnento da escola jesuitica que aqui tern a sua expressão mddma ties calculadas atitudes do clitador? Contra nOs, que somos internacionalistas; contra o ri sso principi de urn entetidimento fraterno entrs us povos; contra a idea de econOmica e reciprocarnente nos auxiliarmos levantam-se. era grito tifliSOflO, tOdOSOS expboradores di proletariado. quer Os que se éncontrarri no campo desicndamer.te capitalists, quer us que dC tes recebew as prebeddas e os dogios. 1f entãi d urn desairar de infOmias e de insultos a prOpria inteligeucia e dignidade humanas. Q que queremos rids? Eles o dizem: o amor livre, a sodalizaçãi des mu1here. e a queda da civilizacäo. Mas eles sabern que nO ndo quereremos o amor livre to sentido ba antico e desrnorilizador que lhe 'atribuem. 0 qua nós queremos d que a muiher tenha a liberdade de escoiher como coinpanheiro o homem qua mais ihe agrade e não obedeça e reseite os preconceitos que a moal>i 'lesta sociedacle egoista, devassa e animalizada ihe impde e qua a obriiain a
"A BATALHA" 0 reaparecimento do porta-voz da Organjzacão Sindicat Revoluciocdra produzu grande eritusiasmo entre a massa pro1etdria de t' dos s ponto do pals. Aumentanios a tira&m do presente ndmero, a fini d± podermos sat sfazer todos os pedi AO.;. Assini afirmarn us produtores a sua concurdãncia espiritual corn a C. G. T, qua jámais desaparecerA. A Batalha tern recebido inchamentos e cornoventes Proves de o1idariedad- da parte de camaralas anarqustas que não se 'em poupado a estorçcs para d vuiga Is. E' jasto - e por dever de lealdade e nruitni gostosarnente 0 tornamos pdblicosalientar que da mesrna f\rma tern procedido alguns carnaradas da tendencia marxista. A todos agradece a solidariedade prestada A REDAccA0 1
desposar, por convenjéncias familiares e, na niaioria des vezes, despresando, odiando ate, o companheiro que ]he destinam. 0 que rids queremos e abolir o interCsse na iigação; é elevar o acto ao major aperfeiçoamento morel e espiriival. 0 que rids pretendemos é estabelecer a juncäo voluntdria de dois entes de sexo dlferente e não pela convencão ou palo dogma e que a muiher não tenha -- como agora tantas vezes acontece ! - que v-nder ou alugar o sea corpo para poder aunietitar-se. E us iracionalistas que no cuerem o am' r livre não sO pretendem justificar a prostituiçâo como a regulahmeniani e exploram! Nâo querem o amor livre e séo eles que concorrt,m, directs e indite, tamente, para o adultéro, para a prostituição, para a incompatibilidade de étiios e para ausencia absolute de afinicades sentimentais, morals e intelectuais entre Os Lftjuges. Farsantes! E as bonibas do proletariado, os seus moVimentos revolucionários, as sues vitirnas inocentes? Como se a grande guerra, consequencia lOgica e fatal do seu vidrio nacionalista, dos interesses nacionalisras de todos us paises que procureyam a suprernacia comercial, econOmica e politica do mundo não tivesse produzido major nümero de yltimas qua todos os moviineutos e gestos revoluciondrios efectivados, ate hoje, pelo proletariado internacional! Como se as granadas de mao usedes ties trincheiras e ate na sufocaçao de protestos dos trabaihadores não sejarn mais daninhas, mais traicoeiras que as ombas dos grevistas! Como se as bornbas lançadas dos aeroplanos em 7 de Fevereiro e por ocasião do movinien o da Mad Ira não tivessern sido mais mortffei as! Como se no soubesenios ue amda ha poucos dies a revolução austriaca foi esmagaGa pelas bombas arr, me skids,.; dos aeroplanos! E Os gases asfix antes e tôda a -6tie de combiriacOes quimicas que tern trazido e contjnuarão trazerido a loticura, o delirlo e a morte duma grande parte da Hrirnanidade o que são senão produto da lmaginaca() doentia dos nacionalistas, da sua rna gndnima cjvilização? Poderéo negar estas verdades os coracOes de pomba' dos salazares, dos roides, dos nuninhos e dos... 4erros? Não podern. E, de resto, o proletariado jã desde ha muito que sabe o que qnece e para ondE se encaminha a luta eConOmicO-social tmvada em todo o mundo e nao ha, portanto. Vigarice nacionalista, pattiOti ca, fascists que o iluda ou envenene. E também não esqueceu on jdmais esquecerã a dnica verdade subl'me que tern de set, empre, o sea objeclivo: cA emancipaçào dos trabalhadores tern de set obra dos rnesmostrabalhadores! E. fora corn os farsantes!