ANO LII • N. 302 • JAN/FEV/MAR • 2017
INFORMATIVO SÃO VICENTE PROVÍNCIA BRASILEIRA DA CONGREGAÇÃO DA MISSÃO
CARINHANHA 36 anos da presença missionária da PBCM pag. 15 no Sertão da Bahia
ARTIGO
OBRA DA PBCM
SAVV
Irmãos na Congregação: Um triplo aggionamento Genolé Fegang pag. 07
Relato Sobre Carinhanha Pe. Getúlio Grossi pag. 16
Informe Vocacional: Novos Seminaristas Pe. Denilson pag. 20
SUMÁRIO
EDITORIAL
Palavra do Visitador ......4 CM Global .....6 Et ocurreret concludaturque qui, in recteque efficiantur quo, cu eum facete dicunt. Te eros falli congue has.Sit menandri reprimique exi.
Voz da Igreja.....7 Sumo hendrerit id vim, fastidii albucius ei has.
Sea legendos antiopam te .....10 Elitr nullam .....14 Volutpat inciderint pro ei. Nec no intellegat adversarium, sit nonumy legimus tincidunt in, mei eruditi eloquentiam id.
Sed labore menandri …..15 Cu sea aperiri .....15 Pri ne debet nihil animal, cu ius nulla feugait.
Prompta erroribus .....20 Erat temporibus in has, ius deserunt similique id.
Ex mei nostrud detraxit .....24
EXPEDIENTE Informativo São Vicente www.pbcm.com.br/informativosv / informativosv@pbcm.com.br Telefone: (21) 32352900 / Rua Cosme Velho, 241 Rio de Janeiro RJ Impresso na Gráfica Fulana de Tal | Tiragem: 300 exemplares Conselho Editorial: Pe. Geraldo Mól, Ir. Adriano Ferreira e Cristina Vellaco | Editoração: Adriano Ferreira | Jornalista Responsável: Sacha Leite | Colaboraram nesta edição: Pe. Genolé Feugang, Pe. Vandeir Barbosa, Ramon Aurélio, Cleber Fabio, Pe. Denilson Matias, Pe. Getulio Mota Grossi, Pe. Alexandre Nahass Franco
Após 40 anos o Informativo São Vicente está de cara nova! Editado no antigo formato desde os tempos da saudosa Editora São Vicente, nossa revista provincial tornou-se oscilante nos últimos anos. Não convém aqui especular sobre os fatores que causaram a quase extinção do ISV, é tempo voltar os olhos para o futuro e pensarmos e maneiras de melhorar os processos de comunicação na PBCM. A reformulação do ISV é uma delas. Ao longo da quase bicentenária história da PBCM, o ISV, em outras épocas também chamado “Ecos de São Vicente”, “São Vicente” e “Revista São Vicente”, tem cumprido valoroso papel na comunicação cotidiana, animação e no registro histórico sobre os acontecimentos de nossa província. Vindo à Sede Provincial, tire parte do seu tempo para visitar o nosso arquivo e revistar edições antigas do Informativo, é possível aprender muito sobre a Província fazendo esse valoroso exercício. Nesta nova edição, que ainda circulará como um piloto, fizemos uma reforma gráfica e editorial. Tentamos reduzir o numero de páginas por edição, em contrapartida aumentamos o tamanho da página. Mudamos a logo, padronizamos as fontes e cabeçalhos de seções, além de revisar todo o projeto de diagramação, pensando em estilo mais moderno e confortável para leitura. Na parte editorial, pensamos em envolver mais os coirmãos na construção do ISV, seja com textos, fotos, depoimentos e opiniões em geral. Agora, além de artigos e notícias, o informativo também trará matérias sobre a província, seus coirmãos e suas obras. Para contribuir nessa tarefa foi contratada uma jornalista, que já está trabalhando conosco na sede provincial. Seu nome é Sacha Manfeitta Leite, e ela irá colaborar para a melhoria da comunicão da PBCM , tanto dos veículos que já temos, como nos ajudando a pensar coisas novas. Já nesta edição contamos com a colaboração de vários coirmãos.
PA L AV R A D O V I S I T A D 0 R
PELA SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA O ano de 2018 já está em pleno andamento. Janeiro já se passou e estamos iniciando o mês de fevereiro com renovadas esperanças de um ano cheio de bênçãos e muitas graças que, esperamos, sejam concedidas pelo nosso bom Deus. Nossos calendários estão cheios. Tanto o calendário Provincial quanto o civil. Ânimo! Coragem! Vamos em frente! Iniciamos bem o ano com a realização das Santas Missões Populares em Campo Grande – Rio de Janeiro – Paróquia Nossa Senhora da Conceição do Monteiro, com um grupo significativo de missionários e missionárias cheios de ânimo e vigor.
dadeira advertência de que a violência não se constitui uma resposta justa às graves questões sociais que enfrentamos no nosso dia-a-dia. Devemos proclamar, com toda a Igreja, de maneira convicta e com consciência de nossa missão que a violência é um mal, é inaceitável como solução para os nossos graves problemas e não é digna do ser humano. Procurar soluções alternativas à violência para resolver os conflitos assume um caráter de grande urgência. Assim, torna-se essencial a elucidação das causas que originam a violência, principalmente as que se ligam a situações estruturais de injustiça, de miséria, de exploração...
A Igreja nos convida, no ano de 2018, a refletirmos sobre a importância do LaicaO lema “Vós sois todos to na Igreja. Penso que as irmãos”, quer nos alertar Santas Missões Populares Vipara a importância da convicentinas, realizadas em janeivência fraterna entre todos Cartaz do Ano Nacional do Laicato ro, nos ajudam a descobrir os povos, todos irmãos, filhos essa presença tão importante de irmãos e irmãs do mesmo Pai. Que as palavras do Santo Evangebatizados que assumem a sua missão evangelizalho nos iluminem e nos ajude a todos a trabalhardora na Igreja e no mundo. “Sal e luz da terra”. Da mos incansavelmente pela não violência e nos ajumesma maneira como é facilmente perceptível a dem a construir a paz que não seja somente audiminuição do número de vocações para a Vida sência de violência ou dias tranquilos, mais consConsagrada e o envelhecimento dos nossos quatruir sociedades onde todos tenham suas necessidros é igualmente fácil de se perceber o crescidades satisfeitas e as relações tenham por base a mento do número de Missionários Leigos generojustiça e vida digna para todos. sos e do voluntariado na Igreja e nas sociedades Fica o convite a todas as pessoas de boa vontade civis. Um verdadeiro sinal dos tempos! a buscar caminhos de superação da violência, asO tempo da quaresma está chegando e a CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil nos propõe outro importante tema para a nossa reflexão e ação: “FRATERNIDADE E SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA” e o lema: “VÓS SOIS TODOS IRMÃOS (Mt 23,8). O tema se constitui numa ver-
sustadoramente crescente em todos os níveis. Eis o nosso programa e tamanho desafio!
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CM GLOBAL
Propostas do Superior Geral para o quinto século do carisma vicentino O começo do quinto século do carisma vicentino oferece uma nova oportunidade para intensificar os esforços, em favor de uma cultura vocacional. Esta iniciativa está em sintonia com o Sínodo dos Bispos, que acontecerá em outubro de 2018, em Roma, com o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”.
A “cultura vocacional”, por sua vez, refere-se a um ambiente onde todas as pessoas podem descobrir e redescobrir o motivo de estarem nesta terra, o sentido da vida, a missão a qual são chamadas a realizar, o chamado ao qual são convidadas a responder. A “cultura vocacional” coloca Jesus em primeiro lugar, independentemente do estado da vocação, seja ela laical ou para a vida consagrada.
Nesse contexto, em carta à família vicentina, o Superior Geral da Congregação da Missão e da Quando se busca uma explicação para o declínio Companhia das Filhas da Caridade, Tomaž Mavrič, das vocações à vida consagrada, para a participapropõe duas iniciativas para o desenvolvimento da ção ativa dos jovens e adultos na vida da Igreja e espiritualidade e do carisma vicentino: Renovar e da fé em algumas regiões do mundo, frequenteaprofundar a relação com os santos, bem-aventumente são destacadas as seguintes razões: a socirados e servos de Deus da edade de consumo, o maFamília Vicentina do mundo “Devemos trabalhar juntos em vistas terialismo, o individualisinteiro, bem como, renovar mo, o egoísmo e o seculade uma cultura vocacional renovada. e aprofundar a “cultura vorismo sistemático da sociNossa vocação remonta à fonte da cacional”. Para tal, ele suedade. É possível falar, gere algumas medidas es- nossa existência, pois Deus pensava portanto, de uma “anticulpecíficas: reanimar a venetura vocacional”. em nós antes da fundação do munração, organizar encontros Tomaž Mavrič convida a do” Tomaž Mavrič e rezar incessantemente. todos para unirem forças O primeiro ponto deve ser executado através da renovação de intimidade e invocação da intercessão dos santos, bem-aventurados e servos de Deus, primeiramente, em seus lugares de origem, onde nasceram, viveram ou realizaram o seu serviço, onde morreram, foram enterrados ou onde suas relíquias são conservadas. Os encontros devem ser realizados com a finalidade de divulgação dos trabalhos àqueles que não os conhecem ou conhecem pouco; organizar peregrinações; preparar celebrações; publicar novos livros; elaborar apresentações; utilizar os diferentes meios de comunicação. Já a comunicação com Jesus deve ser efetuada de modo a comprometer-se no processo de reconhecimento oficial da Igreja, dentro da Família Vicentina local e global. Trata-se de unir, o máximo possível, vida, esforços, serviços, projetos, iniciativas, planos e ambições comuns aos antecessores da humanidade que estão agora no céu, intercedendo por quem permanece na terra.
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no sentido de apresentar às crianças, jovens e adultos de hoje, sob a influência de uma “anticultura vocacional”, a beleza, o encanto e o sentido pleno de vida de dizer um “sim” ressoante ao chamado de Jesus.
VOZ DA IGREJA
O Papa Francisco cobrou, em carta aberta aos participantes do 48º Fórum Econômico Mundial, realizado na cidade suíça de Davos, em janeiro de 2018, que o ser humano seja colocado "no centro da economia", de acordo com notícias veiculadas pela imprensa internacional. A correspondência do pontífice foi enviada a Klaus Schwab, presidente-executivo do fórum, que recebeu os principais líderes políticos globais.No documento, Papa Francisco cita as recorrentes crises financeiras ao redor do planeta e os problemas que afligem vários países, como o "crescimento do desemprego, o aumento das diversas formas de pobreza, a ampliação da desigualdade socioeconômica e as novas formas de escravidão". A carta chegou após um relatório da ONG britânica Oxfam divulgar que 1% mais rico da população mundial concentrou 82% das riquezas geradas em todo o planeta em 2017. "É fundamental salvaguardar a dignidade da pessoa humana, oferecendo verdadeiras oportunidades para um desenvolvimento humano integral e através de políticas econômicas que favoreçam a família", acrescentou Francisco. Em sua visão, os modelos econômicos devem "observar uma ética de desenvolvimento sustentável e integral, baseada em valores que coloquem no centro o ser humano e seus direitos". "Até a inteligência artificial, a robótica e outras inovações tecnológicas devem ser empregadas para contribuir a serviço da humanidade e para a proteção de nossa casa comum", disse. Jorge Bergoglio encerrou a carta explicando que “não se pode permanecer em silêncio perante o sofrimento de milhões de pessoas com a dignidade ferida". Em edições passadas, Francisco já havia enviado mensagens ao Fórum de Davos, que reúne os governantes e empresários responsáveis por definir os rumos da economia global. ★
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COTIDIANO PROVINCIAL
Foto: Sacha Leite
Texto e fotos por Sacha Leite
Uma Província que Estuda Como realizar tarefas pastorais e acadêmicas tornouse o desafio de alguns coirmãos Historicamente, os coirmãos da PBCM se destacaram dentro do contexto da Igreja no Brasil por sua dedicada atuação missionária, bem como por uma sólida formação acadêmica e pastoral. Por causa dessas características, os padres e irmãos lazaristas contribuíram de forma muito marcante para a formação intelectual de uma significativa parcela do clero brasileiro, nos séculos XIX e XX, e também de grandes nomes do cenário político, científico e humanístico em Minas Gerais e em várias outras partes do Brasil. Com o passar dos anos, a Província foi tomando rumos que a encaminharam para uma maior atuação missionária. Isso fez com que os coirmãos passassem a dirigir sua formação permanente para este campo, tendo maior foco nos estudos teológicos e missionários. Dessa forma, nas últimas décadas, houve um número relativamente baixo de
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coirmãos que se dedicaram a estudos formais além dos exigidos na formação inicial. No entanto, esse cenário está modificado. Observa-se a crescente presença de coirmãos nas salas de aula. Segundo informações do ecônomo provincial Pe. Emanuel Bedê, há no momento sete coirmãos aprofundando seus estudos teológicos ou realizando estudos nas mais diversas áreas do conhecimento. Conversamos com os padres Alexandre Nahass e Erik de Carvalho Gonçalves, que estão desenvolvendo estudos em Psicologia e Direito e compartilham nesta matéria suas respectivas trajetórias e algumas reflexões pertinentes. O porquê de estarem estudando, a motivação para a escolha do curso em questão e as múltiplas formas de contribuição para o trabalho pastoral e missionário a partir do conhecimento adquirido via estudos não convencionais são um dos temas abordados.
Trajetórias distintas, motivações semelhantes Há 23 anos Alexandre Nahass Franco entrou para a Congregação da Missão, como seminarista. Nesta época, o mineiro natural de Campina Verde já havia concluído sua primeira graduação, em Odontologia. Ordenou-se padre em 2002. 14 anos depois decidiu retomar os estudos, comunicando ao Visitador Provincial e seu conselho que gostaria de ingressar na graduação de Psicologia. “A aprovação foi imediata: fiquei feliz com a acolhida e aceitei o desafio de conciliar as atividades”. Em julho do mesmo ano ingressou na Universidade Veiga de Almeida (UVA), no Rio de Janeiro: “A aplicabilidade pastoral do curso é excelente. O trabalho pastoral está muito relacionado à escuta e o estudo de Psicologia contribui muito nesse sentido”, revela Pe. Alexandre. Além do seu ofício como diretor das Filhas da Caridade do Rio de Janeiro, Pe. Alexandre trabalha também com pessoas em vulnerabilidade social, detentos, população de rua e famílias carentes na periferia do estado do Rio de Janeiro. Nesse contexto, ele conta que busca na Psicologia instrumentos teóricos para a percepção e o entendimento da dor alheia: “Não vou trabalhar com um detento o sentimento da resignação, todavia posso abordar maneiras de redimensionar a sua dor e como a situação em que se encontra pode contribuir para uma outra compreensão dele próprio enquanto sujeito. Já para as pessoas que estão em situação de invisibilidade social, a escuta valoriza e ativa a autoestima”, explica o padre.
“Não é transformar tudo em Psicologia, mas fazer da Psicologia um dos caminhos para melhor servir aos pobres. É o que procuro fazer” Alexandre Nahass
Lições aprendidas em sala de aula De acordo com Alexandre, a UVA confere à formação dos psicólogos uma ênfase no aspecto social: “Há uma preocupação muito voltada para as minorias. Um colega meu é espírita e está fazendo Psicologia para ajudar as comunidades carentes da periferia do Rio que são assistidas por casas espíritas”. Pe. Alexandre vê a dinâmica em sala de aula como um desafio: “Hoje vejo que como padre conquistei um espaço de respeito e amizade fraterna entre meus colegas. Nesse sentido, o testemunho de integração da nossa vocação é muito importante”. Alexandre diz que pretende aplicar o curso de Psicologia a serviço da Congregação da Missão em todas as atividades que desenvolver. Segundo ele, a aplicabilidade da Psicologia no serviço pastoral do padre teria a função de expandir os horizontes culturais. E cita o exemplo da confissão, que, com a Psicologia, ajudaria a refinar a escuta do sofrimento alheio: “Não é transformar tudo em Psicologia, mas fazer da Psicologia um dos caminhos para melhor servir aos pobres. É o que procuro fazer”.
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“Muitos pobres são roubados ou sofrem de alguma forma com o desamparo. Faço Direito pensando em assessorar essas pessoas.” Pe. Erik O padre Erik de Carvalho Gonçalves diz que sempre teve afinidade com assuntos relacionados à filosofia do Direito e por esse motivo teria escrito sobre Direito Canônico na Faculdade de Teologia. Ele observou que a opção pelos pobres estaria presente no próprio código de Direito Canônico de 1983. Pe. Erik conta que sentiu o chamado para ser um operador do Direito quando conheceu Dona Maria, de 89 anos, moradora de Serra do Ramalho (BA). Esta senhora não existia formalmente, já que não possuía registro civil. Ele contou que a acompanhou ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais, ao CRAS e à advogada do município de Serra do Ramalho, no entanto, ninguém soube indicar uma solução para o caso de Dona Maria. Daí ela seguiu o seu caminho e foi morar em outra cidade sem a sua identificação civil: “Esse caso me motivou a estudar Direito. Muitos pobres são roubados ou sofrem de alguma forma com o desamparo. Faço Direito pensando em assessorar essas pessoas”, esclarece Erik. O padre que segue agora para o quarto período da Universidade Católica de Brasília (UCB) conta que em Brasília diversos casos já passaram por ele: “Quando conhecemos os nossos direitos as coisas acontecem. Os pobres ficam muito à mercê da sorte por não conhecê-los. Em qualquer lugar há
desigualdade e injustiça. É preciso romper as relações de dependência. Não é fazer favor. É o que chamamos de libertação: tomar consciência de que não há dependência, porque somos sujeitos de Direito. A libertação passa pela consciência. Ser livre é desafiador”. Pe. Erik pretende realizar seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dentro da área de Direito Trabalhista. Sobre a experiência de cursar Direito na UCB Erik afirma que nunca se sentiu tão “coroa”, já que possui colegas de turma muito mais jovens do que ele: “Apesar de ser meu terceiro nível superior, esta é uma relação muito original. Descobriram que sou padre pelas redes sociais. Procuro estar junto aos colegas fazendo os trabalhos. Esta é a minha primeira faculdade fora do ambiente eclesiástico”. Erik, que entrou em 2005 no seminário em Belo Horizonte, com 19 anos, ressalta que os padres não devem ficar apenas dentro das paredes da Igreja: “O nosso carisma é assustadoramente amplo. O serviço aos mais pobres, em qualquer época da história, será diversificado. É preciso buscar um pouco mais do que os saberes internos de nossa vida eclesiástica. Então temos que aproveitar esse momento histórico atual e nos agarrar nele”.
Além de Erik e Alexandre, confira os demais coirmãos que continuaram seus estudos formais:*
Coirmão > Curso > Instituição . Pe Alex > Sociologia > UNIP DF . Pe. Denilson > Especialização em Teologia > ISTA MG . Pe. Eli Chaves > Especialização Pastoral > FAJE MG . Pe. Juarez > Especialização Pastoral > FAJE MG . Pe. Luiz Carlos > MBA em Gestão Hoteleira > SENAC MG . Pe. Raimundo > Graduação em Psicologia > PUC MG . Pe. Vandeir > Mestrado em Cristologia > Universidade Católica de Paris FR *Até dezembro de 2017
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ARTIGO Texto por Genolé Feugang
Um Triplo Aggiornamento para a Vocação do Irmão na CM Pistas para repensar a vocação do Irmão nos tempos atuais
O quadro da reflexão Talvez seja impertinente e pretensioso que um padre fale sobre os irmãos, membros leigos da Congregação da Missão, porque eu não sou um irmão e eu pessoalmente não experimento sua identidade, sua vocação, seu ministério, sua vida quotidiana, sua alegria e sua tristeza. Foi durante uma reflexão sobre a identidade do "irmão" durante uma sessão de formação permanente para irmãos na Vice-Província dos Camarões que eu pude trabalhar esta questão. A experiência dos irmãos daqui e de outros lugares, a leitura dos documentos oficiais da Companhia, Estatutos, Constituições e Regras Comuns, levou-me a apresentar a hipótese de um triplo aggiornamento sobre os Irmãos. Trata-se, aqui, de ser fiel ao espírito fundador, de voltar às fontes levando em consideração as novidades que nos oferecem a atualidade da “Chétive”, a da Igreja, o do Mundo e os dos estudos bíblicos, teológicos e históricos. Rumo a um aggiornamento histórico A identidade do irmão na Companhia merece ser abordada sem perder de vista a distância histórica: entre o século XVII e o século XXI, passaram-se 400 anos. Isso não levou necessariamente a uma atualização à altura da natureza e do fim da Congregação da Missão. No entanto, as mudanças históricas na Igreja e no mundo exigem esse trabalho de atualização em fidelidade às intuições fundadoras essenciais. Os primeiros companheiros de São Vicente eram todos clérigos. Mesmo no momento da fundação, os irmãos ainda não faziam parte da Congregação da Missão. Os irmãos não estavam no
projeto inicial. É mais tarde, com as exigências da Missão e graças às reviravoltas dos acontecimentos que os irmãos serão gradualmente admitidos junto a São Vicente e nas casas. Alguns nomes famosos são bem conhecidos ao nível do secretariado: Bertrand Ducournau e Louis Robineau, irmãos e secretários particulares do Superior Geral, São Vicente. O que seria a Companhia hoje se o Irmão Durcournau não tivesse tido a graça, a inteligência e o zelo para tomar notas e propor aos padres que anotassem as palavras de São Vicente? Os irmãos da Companhia tinham essencialmente o papel de colocar os clérigos longe de preocupações materiais, logísticas e técnicas para que se dedicassem plenamente à evangelização dos pobres. Os clérigos estavam, portanto, na vanguarda da missão, enquanto os irmãos estavam frequentemente em posição desvantajosa ou desempenhavam os "papéis de apoio", o papel de coadjutor. Durante uma repetição de oração em outubro de 1643 sobre os estudos, São Vicente falava que todos os padres tinham o dever de ser sábios, e os membros eclesiásticos da Companhia deviam ser ainda mais, em razão do ofício deles. Não se trata aqui da questão da pregação da parte dos irmãos, uma vez que esta atividade não lhes é proposta; trata-se do fato de que adquirir ciência não dizia respeito aos irmãos. Esta situação era conjuntural, uma vez que era inimaginável que leigos pudessem ensinar. Isto era reservado aos eclesiásticos. Na conferência de 1 de outubro de 1649, sobre as virtudes do irmão Simon Busson, que entrou na Companhia em 1648, São Vicente provavelmente sugere que este jovem não tinha erudição, porém apresentava virtudes acima da média: humildade, obediência, mortificação, mansidão, piedade, fervor.
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Ir. Miguel Maria Generoso, Petrópolis, anos 1950.
Em uma conferência de 27 de abril de 1657, São Vicente evoca as virtudes do irmão Jourdain, professor de crianças, escudeiro, mordomo, antes de ser recebido como irmão coadjutor. Após sua entrada na Companhia, o irmão foi incumbido de tarefas “convenientes” ao seu estado: cozinha, intendente e ecônomo. Ele também foi levado para as missões. Em resumo, o que importa para São Vicente e para a Companhia é a cordialidade e a humildade do Irmão Jourdain. O ambiente social, cultural e eclesial de São Vicente no século XVII não é mais o nosso hoje, do século XXI. O irmão não pode mais viver o fim da Congregação no passado, nem desempenhando papéis de apoio. No passado recente, a “diferença” sugeria a hierarquização e a superioridade, enquanto hoje sugere muito mais a comunhão e a igualdade. Chegou o momento de ampliar o espectro de atividade dos irmãos na Companhia e de não se privar mais de tantas potencialidades, uma vez que os paradigmas sociais, culturais e eclesiais mudaram. Rumo a um aggiornamento nas Constituições e nos Estatutos
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Há diferenças notáveis no tratamento da identidade e do lugar dos irmãos na Companhia do ponto de vista jurídico. Se nas generalidades tudo parece concordar, nem sempre é o caso quando os textos se concentram nos irmãos. Esta lacuna na integração dos irmãos na Companhia é identificável nas Constituições. Estas afirmam claramente que "a Congregação da Missão é uma sociedade clerical" (C 3, § 1). No entanto, as Constituições estipulam que a Congregação da Missão é composta de clérigos e de leigos. Isso sugere que os membros clérigos estão mais no lugar deles na Companhia do que os membros leigos. De acordo com as Constituições C 52, §1, todos os membros da CM, tanto clérigos como leigos, são chamados de "Missionários". No entanto, o segundo parágrafo (C 52, §1, n ° 2) permanece muito vago quanto às modalidades do apostolado dos irmãos: “eles o exercem em trabalhos apropriados à sua condição”. Quais são esses trabalhos? O texto não é mais explícito. Provavelmente, isto é para permitir uma interpretação e uma aplicação segundo o discernimento das províncias, dos visitadores e de seus conselhos, e dos próprios irmãos. De acordo com as Regras Comuns (RC 2), a CM é composta de "eclesiásticos" e de "leigos". Aqui também, o tratamento da vocação do irmão apresenta uma disparidade em relação à dos padres. Eles participam do apostolado da Igreja e da Congregação como "ajudantes" do clero, de acordo com as prescrições do Superior, com suas orações, suas lágrimas, suas mortificações e seus bons exemplos. Isso dá a impressão de que os irmãos estão em uma situação de subordinação. Daí o uso do termo "irmão coadjutor”. Nos Estatutos (E 48), o que é dito sobre a formação dos irmãos é surpreendente. Na verdade, afirma-se que o irmão terá uma educação especial nas áreas "cultural" e "técnica". É impossível não se perguntar se esta formação não passa de um reducionismo. Bem mais, subsiste uma mentalidade cultural e teórica generalizada segundo a qual as pessoas deficitárias sobre o plano “intelectual” sendo incapazes de fazer certos estudos de humanidades, literários e científicos, devem ser orientadas para os estudos técnicos, práticos; parece haver, neste sentido, uma postura que relega os irmãos na CM à um estatuto de sub-membro.
científicos, devem ser orientadas para os estudos técnicos, práticos; parece haver, neste sentido, uma postura que relega os irmãos na CM à um estatuto de sub-membro. Tudo isto possui um grande impacto na percepção que o irmão possui de si mesmo, na percepção que os outros têm do irmão, bem como representa um impacto na formação do irmão, além de uma consequência em seu relacionamento com o apostolado da CM e da Igreja. Rumo a um aggiornamento em hermenêutica bíblica
anúncio da Palavra e não a refeição oferecida e compartilhada entre os moradores da casa com o missionário. Isto quer dizer que os preparativos de uma refeição, por mais importantes que sejam, não podem prevalecer sobre a necessidade de escutar a Palavra. A segunda e a terceira linhas explicativas oferecem-nos luzes para compreender o que deveria ser o lugar justo do irmão na CM e que o mesmo não pode ser reduzido a tarefas práticas, materiais, técnicas e culturais.
As Regras Comuns herdadas de São Vicente dizem que os irmãos exercem na CM o ofício de Marta. Há aqui uma referência clara e direta para a Lc 10, 38-42. Este texto recebeu várias linhas interpretativas muito contextuais. A primeira delas sublinha que Marta é ativa e Maria, contemplativa. Esta interpretação pressupõe uma preferência clara e mesmo uma preeminência dos contemplativos sobre os de vida ativa na Igreja, porque aqueles seriam mais meditativos e silenciosos que estes. A segunda linha estabelece uma relação entre Lc 10, 38-42 e Lc 8, 1-3 e Atos 6, 2-4 que trata da dialética e mesmo da oposição entre o serviço da Palavra e o serviço da Mesa em uma perspectiva eclesial. Enquanto os textos de Lc 8, 1-3 e dos Atos 6, 2-4 mostram a preeminência do serviço da Palavra sobre o serviço da Mesa entre os Apóstolos, portanto, entre homens. O texto de Lc 10, 3842 estende essa preeminência às mulheres, recusando-se a reservar-lhes apenas o serviço da Mesa, de ajuda material, que é um serviço importante, mas secundário e menos necessário. Lucas sugere ao leitor que o serviço da Palavra (Lc 1, 1-4), isto é, a escuta e a proclamação, não são domínios reservados aos homens. A Ressurreição virá confirmar que a proclamação da Boa Nova é antes de tudo obra das mulheres, enquanto que até agora elas estavam reduzidas a tarefas materiais (Lc 24, 1-11 e Lc 8, 2-3). É a figura de Maria Madalena que fez esta passagem do serviço da Mesa de Marta ao serviço da Palavra de Maria. A terceira linha de interpretação é resolutamente missionária. No contexto da evangelização nas casas, no ambiente familiar (Lc 9, 4; 10, 7; 14, 1), a questão da refeição, da Mesa e da Palavra sempre surgiu. É uma questão de saber o que é necessário: a Mesa oferecida ou a Palavra que o missionário anuncia. Lucas afirma, ao longo de sua macro-narrativa, que o necessário é a escuta e o
Rumo a um lugar mais ajustado do irmão na CM Os irmãos na CM são chamados de "Missionários" da mesma forma que os clérigos. Como todos os membros clérigos da Companhia, são convidados, em geral, a seguir Cristo evangelizador dos Pobres e, em particular, a trabalhar para a sua própria santificação pessoal, evangelizar os mais pobres e formar o clero e os leigos. A realização desses fins, mesmo que seja feita de acordo com os estados de vida, na sua diferença essencial e não só de grau, é o trabalho de todos os coirmãos e de todas as comunidades. Excetuando as funções reservadas aos clérigos em razão da ordenação sacerdotal ou diaconal, e salvaguardando a natureza clerical da Companhia, todas as outras formas de participação na consecução dos fins da CM devem ser abertas e sugeridas aos membros leigos da “Chétive” que possuem capacidades e talento para tal. Trata-se, entre outros, de fazer especialização em Filosofia, Teologia, Bíblia, Ensino Social da Igreja e Espiritualidade Vicentina. Estas áreas de formação ou de estudos não são reservadas para clérigos. Nada desqualifica os irmãos na pregação e na catequese, no convite à confissão e na mediação durante os conflitos, no estabelecimento de confrarias e nos Seminários, nos exercícios espirituais e conferências. Considerar tais apostolados como domínios reservados aos clérigos seria cair no clericalismo.
É então possível obter todas as conclusões sobre o discernimento vocacional dos irmãos, quanto à formação dos mesmos e quanto ao lugar deles nas comunidades e nas missões. Essa reflexão propicia uma correspondência mais verdadeira ao presente histórico da Congregação da Missão, à visão global das Constituições e aos resultados atuais da exegese bíblica.
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Evento Missões Populares
MISSÕES POUL ARES VICENTINAS
Texto e fotos: Sacha Leite
Para revigorar a crença no ser humano Missionários realizam mais de 2 mil visitas renovando a fé de moradores de Campo Grande
Pela segunda vez consecutiva Campo Grande (RJ) recebeu as Missões Populares Vicentinas. Dez comunidades eclesiásticas relacionadas à Paróquia Nossa Senhora da Conceição do Monteiro foram contempladas, encerrando o ciclo na região. Padre Agnaldo, da Congregação da Missão e coordenador das Missões Populares Vicentinas informou que, este módulo de 2018 contou com a participação de 158 missionários: “o grupo foi composto por seis padres e dois irmãos da Província Brasileira da Congregação da Missão, 10 irmãs de caridade, dois frateres da misericórdia, 10 seminaristas, 50 missionários voluntários leigos, e 78 missionários externos provenientes dos estados de BH, RJ, PR, SP, ES, Moçambique e Timor Leste”, explica Pe. Agnaldo. O pároco André Luiz Teixeira de Lima afirma que a ação tem o mérito de despertar o lado cristão das pessoas: “durante as missões tomamos contato com uma realidade que até então ignorávamos. Ao conhecermos essas realidades fazemos encaminhamentos junto à paróquia. Ainda há mui-
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ta falta de informação e muito o que incluir. A nossa espiritualidade é muito esmerada na dimensão sócio-política. Durante as Missões há um revigoramento das pastorais e da vida em comunidade, com jovens e adultos”. Os desafios apontados pelos missionários dizem respeito sobretudo ao acesso às casas e a sentimentos como medo, desconfiança, intolerância, e desconforto físico causado pelo clima ou pelo excesso de esforço físico durante as caminhadas. Os padres contam que missionários de Porto Alegre, por exemplo, estranharam o calor. Mesmo idosos participaram, apesar das intempéries: “Para quem tem espírito de missionário a parte física é superada. Pessoas leigas, avôs, avós dedicam as suas férias aqui. Seminaristas também”, conta Pe. Luiz. As caminhadas e visitas domiciliares tem o intuito de sensibilizar os católicos que estão afastados por motivos diversos, como também despertar a fé naqueles que passam por dificuldades ou
transtornos de ordem psíquica ou social. Pe. Luiz afirma que tem acesso a belos relatos no momento em que as portas se abrem: “Primeiro a pessoa conversa no portão e depois abre a porta. Há casos de famílias de evangélicos que fazem atendimentos bons. Há pessoas que estão em casa deprimidas e, vendo outras realidades, resolvem caminhar com as missões, veem gente de fora e comentam: renovei, ganhei ânimo! Há católicos que estão afastados da comunidade e se engajam, reanimam”. A opção religiosa de cada um não é abordada pelos missionários, a fim de contribuir na construção de um ambiente de tolerância, onde o foco está em acender o sentimento cristão: “não importa se é católico, evangélico ou espírita. Tem católico que não acolhe e evangélico que nos recebe melhor do que católico. As visitas ocorrem na gratuidade, queremos viver como irmãos. O que nos une é muito maior. É o respeito às pessoas, a Deus e à vida”, explicam os padres Luiz e Agnado. Os missionários ouviram, por exemplo, o testemunho de uma mulher que passa por dificuldades variadas e está amparada pela Lei Maria da Penha. Garantiram o sigilo da visita e a apoiaram, oferecendo escuta e acolhimento. Também foram identificadas muitas pessoas acomodadas em um mesmo cômodo, sem conforto mínimo, limpeza adequada ou alimentação básica. Muitas delas viram nas missões uma oportunidade de desabafo e redenção. Segundo os padres Luiz e Agnaldo trata-se de um trabalho intensivo, um mutirão, composto por mais de 70 pessoas batendo de porta em porta de manhã e outras 70 fazendo o mesmo na parte da tarde. O comprometimento dos missionários voluntários é intenso: “Em 2001 perdi o casamento do meu filho porque já tinha confirmado presença. Organizo minhas férias pensando nas missões. Me leva a valorizar mais a vida. É uma experiência muito rica, onde nos fortalecemos. Nas visitas domiciliares observamos que por mais que tenham pouco as pessoas dividem seus alimentos com a gente”, conta D. Irene, missionária voluntária de MG. “Melhor do que isso só no céu. A gente aprende muito com esse povo, no que se refere à doação e à partilha”, resume a missionária Severina. A missionária voluntária Benedita Lourdes da Silva declara que o que há de essencial nas missões é A valorização e o respeito ao ser humano. Professora de educação física, ela trabalha com educação especial na APAE de Prudentópolis (PR) e vê nas Missões uma sequência de práticas relevantes de fé e doação: “por aqui vemos Cristo, Deus, no ser humano. Ele é a Igreja e a Igreja somos nós. Há uma grande quantidade de evangélicos nesta comunidade e percebi as pessoas surpresas com o trabalho missionário. Muitos não sabiam que a Igrja Católica realiza esse tipo de trabalho. Para mim a Missão é para o mundo, é levar o evangelho para todos”, diz a missionária. Rubens Compoy, coordenador das missões da paróquia São João Batista, de Prudentópolis (PR), é agente de saúde pública e organiza as suas férias para participar das missões: “Tenho a consciência de que é preciso fazer algo se queremos que algo mude. Fui muito bem recebido aqui no Rio de Janeiro. Cada dia é uma surpresa diferente dentro das Missões. Onde nos chamarem estaremos presentes”. Pe. Agnaldo afirma que missionar em ambientes urbanos ou em comunidades rurais traz desafios distintos e revela que o próximo destino a ser missionado pela Comunidade Vicentina provavelmente será o norte do estado de Minas Gerais. Além disso, o padre acrescenta que pretende divulgar a programação das Missões com antecedência para que os missionários possam se programar com calma e que possam garantir presença e engajamento nas Missões. ★ ★ ★
“ Tudo isso por conta das bênçãos das missões naquela água
Ano passado eu estava desempregada havia seis meses. Eu e meu esposo, Louis. Recebemos as Missões. Fizeram uma oração na nossa casa. Havia um copo d’água que foi benzido durante essa oração. Pedi abertura de caminhos, já que as contas chegavam, os aluguéis estavam vencendo e não tínhamos de onde tirar. Na hora de ir embora meu esposo perguntou se estavam precisando de gente para trabalhar. No mesmo dia entraram em contato. Falaram que seria um emprego temporário. Quando entrei sabia que isso não era por acaso. Conversei muito com Deus. Agora eu, meu esposo, meu filho, meu genro, minha nora, todos nós estamos trabalhando. Tudo isso por causa da bênção das missões naquela água.
Testemunho de Rosana Mendes de Brito, agente de limpeza da Escola Rural São Vicente
AÇ ÃO SOCIAL Texto e fotos por Sacha Leite
Construindo e Preparando o Futuro realiza 5ª etapa em Rondônia Projeto CPF leva formação para professores da rede pública em Itapuã do Oeste Entre os dias 23 e 26 de janeiro de 2018 a cidade de Itapuã do Oeste, no interior de Rondônia, recebeu representantes do projeto Construindo e Preparando o Futuro para mais um ciclo de conversas sobre Educação. Uma iniciativa da Província Brasileira da Congregação da Missão por meio do Colégio São Vicente de Paulo, há 12 anos o CPF leva capacitação e atualização para professores no interior de estados brasileiros carentes em recursos e investimentos. No estado de Rondônia, o CPF conta com a parceria da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes (SEMECE) de Itapuã do Oeste e capacita semestralmente cerca de 100 professores de escolas públicas locais. Nesta edição, os conteúdos foram elaborados pelos voluntários Liliane Santos e Cláudia Frias (Educação Infantil), Cristina Cravo (Ensino Fundamental – 1º ao 3º), Petronília Pereira Santos (Ensino Fundamental - 4º e 5º), Luís Gauí (Gestão), Gerson Vellaco Júnior (Corpo e Movimento) e Marisa Domingos (Relações Integradas) e coordenados pela assistente social Flávia Almeida. Dentre os profissionais de Educação que assistiram às aulas do CPF estava Terezinha de Jesus Silva de Oliveira, de 61 anos. Mãe de quatro filhos, ela conta que estudou na mesma turma dos dois filhos mais novos: “nesta época eu estudava e trabalhava na limpeza da Escola Doutor Custódio. Depois, ingressei na Universidade de Tocantins e fiz Pedagogia. Em seguida me pós-graduei em Gestão Escolar no Seminário Maior Diocesano da Faculdade Católica de Rondônia”, conta a professora, que compareceu a todas as edições do CPF realizadas na região. O CPF acontece semestralmente desde 2006, nos meses de janeiro e julho, e já passou por di-
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Voluntários do Projeto CPF na casa paroquial, Itapuã do Oeste
Professores da Rede Municipal, participantes da etapa de janeiro/2018
versos estados brasileiros. Gerson Vellaco Júnior, professor de Educação Física do Colégio São Vicente e um dos voluntários do projeto, conta que começou a atuar no CPF em Cocos, na Bahia, com Pe. Maurício. Na edição seguinte, fez parte do time de formação em Serra do Ramalho (BA). Para ele, um dos pontos altos desse trabalho é a união da equipe: “a integração com os colegas de trabalho propiciada pela convivência durante o CPF melhora o nosso dia a dia. Isso repercute dentro da própria escola”, avalia.
O professor lembra como tudo começou, no interior da Bahia: “Foram aparecendo professores, amigos de amigos se agregaram e o projeto foi se ampliando”. De acordo com Gerson, o cerne do CPF está na doação: “Doar para promover a transformação. Doar-se para pessoas carentes de conhecimento que desejam se aprimorar. Estamos aqui porque desejamos uma mudança e esperamos que, a partir desta ação, aconteça uma melhora no quadro geral da Educação”. Dentro da oficina de Gestão a professora Liliane Santos, coordenadora de Ensino Médio do Colégio São Vicente e voluntária do CPF, compartilhou sua visão de qual perfil de aluno os profissionais de Educação devem ajudar a construir: “temos que lutar por um aluno pesquisador, por um aluno responsável que busque ferramentas para adquirir o próprio conhecimento”. Luís Gauí participou pela terceira vez do projeto em Itapuã do Oeste e há dez anos leciona como professor voluntário do CPF. “Fui um menino da Zona Sul do Rio de Janeiro. Meu horizonte sempre foi muito restrito. Pessoalmente, posso dizer que algumas coisas me marcaram muito como ser humano. A experiência como coordenador da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e atuar no CPF pelo Sertão da Bahia, no Vale do Jequitinhonha e em Rondônia são algumas delas”. Gauí afirma que se mantém no CPF e na EJA a fim de sair da zona de conforto, estar sempre em reciclagem de conceitos, e não perder de vista a diversidade social. Apesar de contundente, o professor vê o CPF como um projeto despretensioso e com benefícios facilmente identificáveis: “Podemos não mudar a realidade da região, mas mudamos a realidade de indivíduos. Motivamos claramente as pessoas a estudarem e quererem mais”. Para Luís Gauí observar profissionais com realidades complexas conseguindo realizar seus projetos profissionais e pessoais é inspirador: “a partir desse contato redimensionamos os nossos próprios problemas”. Ele falou também sobre sua preocupação com o legado do projeto: “Eu passo, as pessoas morrem. Algo precisa ficar. Gostaria que eles tivessem um projeto político-pedagógico atualizado, um documento formal para registrarem, acompanharem e se avaliarem. Não sei ao certo o que farão com isso, mas estou fazendo a minha parte”, concluiu Gauí.
Em prol de uma cultura que ensine a pensar “Temos que valorizar o professor. Os professores aderem por acreditarem no potencial do aluno. Precisamos investir numa sabedoria sapiencial e conjugar a ciência com a sabedoria da vida. Muitos alunos não querem pensar, hoje em dia. Precisamos investir em aprender a pensar. O projeto ajuda neste quesito de aprender a raciocinar, dialogar. Lembrando que dialogar é ouvir o outro, o outro te ouvir e chegarem juntos a uma conclusão. A adesão dos voluntários é muito bonita. Abrir mão de uma semana de férias é um sinal de vocação e não somente de profissão." Diac. Gustavo Alivino, vigorio da Paróquia N. S. De Lourdes, em Itapuã do Oeste.
OBRA DA PROVÍNCIA
Carinhanha 36 anos da presença missionária da PBCM no Sertão da Bahia
Carta do Pe. Getúlio Mota Grossi, C. M.
Prezado Irmão Adriano, Você me pediu um pequeno artigo (informação) de duas páginas sobre a história de nossa presença missionária em Carinhanha, Bahia, Diocese de Bom Jesus da Lapa. As cartas relativas à nossa presença missionária naqueles rincões se encontram, quase todas, no arquivo da Província. E eu tenho as cópias comigo. Infelizmente, faltaram algumas cartas, e inclusive as duas primeiras, do então Bispo da Diocese da Barra, Dom Tiago Cloin, e uma das últimas de Dom José Nicomedes Grossi, dirigidas a mim pessoalmente. Assunto complexo, onde não faltaram equivocados julgamentos: (coisa minha e do Padre Argemiro), impossível de resumirse em duas páginas. Oportunamente, se Deus nos der saúde física e mental, tentaríamos um esclarecimento de maior fôlego. No momento, focalizo apenas dois pontos (vou “pontuar”, como se diz hoje), “duas questões”: Por quê a Bahia? Por quê Carinhanha? Omito a história da Missão de Jeribatuba. Onde entram nisto o Padre Getúlio e o santo Padre Argemiro? Para o primeiro ponto, “Por quê a Bahia?”: Acabávamos de entregar, por volta de 1967, a direção de todos os seminários diocesanos em que trabalhávamos na formação do clero do Brasil. Inclusive, partimos para uma nova experiência na formação dos nossos, em Belo Horizonte, para
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onde nossos seminaristas foram transferidos sob a direção do Padre Argemiro. Aflorou, então, com vigor, a consciência de que somos, antes de tudo, missionários dos pobres. Já conhecia a Bahia, onde estive durante um mês, em janeiro de 1965, para um giro-desobriga, a pedido do Monsenhor André Berénos, nosso exaluno em Diamantina e Mariana. Nós dois completávamos 10 anos de sacerdócio naquele ano, e ele desejava fazer, como ação de graças a Deus, os exercícios espirituais inacianos. Para lá fui eu e verifiquei o abandono do oeste seco da Bahia e suas carências em todo sentido, no espiritual e no material. A carta de 28 de outubro de 1967, do grande e saudoso Bispo da Barra, Dom Tiago Cloin, CSSR, dirigida ao então Visitador Padre José Paulo Sales, é esclarecedora. Cito apenas o seu início e o pós-escrito: “Acabo de receber uma carta (de 14 do corrente) do Revmo. Padre Getúlio Grossi CM. Ele me afirma, explicitamente, que está escrevendo exclusivamente em nome próprio, e não em nome de outrem, muito menos em nome de sua Comunidade ou Província. Ele me comunica que, na sua Província há certos Padres que espontaneamente se ofereceriam para assumir, em equipe, um trabalho missionário, apostólico e promocional, em uma região abandonada no interior. Ele me sugere que escreva, sem tardar, ao senhor etc.”.
O pós-escrito da carta: “Em tempo: O Padre Argemiro Moreira Neves acrescenta em um ‘postscriptum’ à carta do Padre Getúlio Grossi: Sou um dos voluntários para o trabalho de evangelização e promoção humana, em regiões pobres e abandonadas”. A partir de então, o assunto e as tratativas correram todos, por meio de várias cartas, entre os Visitadores e os “senhores Bispos”, sem mais intervenção alguma nossa. Para o segundo ponto, “Por quê Carinhanha?”: A razão se deduz das palavras “senhores Bispos”, acima citadas. Com efeito, Dom José Nicomedes Grossi, meu estimado primo, Bispo da Diocese de Bom Jesus da Lapa, à qual pertence Carinhanha, entrou em cena, sobretudo depois do falecimento precoce de Dom Tiago Cloin. “As águas vão rolar” por alguns anos. Os dois coirmãos idealistas conceberam a hipótese de um curso de engenharia (Padre Argemiro), e de medicina (Padre Getúlio), em função de uma ação evangelizadora integral, missão espírito-corpo, evangelho efetivo. O santo Padre Argemiro, pesando bem suas forças e condições de saúde, fez depois o sacrifício do curso de engenharia e partiu logo para a nossa saudosa Missão de Jeribatuba, no recôncavo baiano. Eu, após longos, trabalhosos, ansiosos e sofridos anos, sempre amparado pela autorização e obediência dos superiores – Deus seja louvado! – cheguei, com a permissão do Padre Alpheu Custódio Ferreira, então Visitador da Província, à Paróquia de Carinhanha, por indicação e acompanhado pelo senhor Bispo Dom José Grossi, na Terça-feira da Semana Santa de 1981. O pároco da Paróquia São José de Carinhanha solicitara redução ao estado leigo, no ano anterior. Nem por isso deixou de liderar e participar generosamente da festiva recepção ao seu sucessor. No ano seguinte, o Padre Maurício, ainda diácono, optou por trabalhar em Carinhanha e, dois anos após, o falecido Padre José Evangelista de Sousa fez a mesma opção, nas mesmas condições. Ficou, assim, oficialmente fundada a Missão de Carinhanha, “Ad Instar Domus” (À Semelhança de Casa). Quanta coisa a evocar, antes e depois desta data! Quantas reflexões a tecer! Mas fico por aqui. A Missão de Carinhanha foi entregue ao atual senhor Bispo de Bom Jesus da Lapa em julho de 2017, após 36 anos! Hora de Deus? Hora dos homens? Com o coração confrangido, mas com serenidade de espírito, a exemplo do santo Argemiro, quando da entrega da Missão de Jeribatuba, após 25 anos
Lavadeiras em Carinhanha, 2009
de abnegado trabalho missionário, acolhi a notícia. Deus seja louvado em seus desígnios, por nós desconhecidos! Padre Getúlio. Pós-escrito: Irmão Adriano, eu tinha acrescentado as reflexões seguintes, mas depois as suprimi, porque as julguei desnecessárias e fora do contexto do que me foi pedido. Deixo a seu critério: Fica-me a convicção de que “restava ainda longo caminho a percorrer” (1 Rs 19,5), em termos de itinerância geográfica e sobretudo apostólica, dada a ocasional descontinuidade do processo, e a eventuais recuos. “Missões ad gentes”, com todas as suas exigências, supõem realmente um “longum iter” (longo caminho!). Não são como as tradicionais missões populares ocasionais: outra dinâmica, totalmente outra, sem deixar, contudo, de serem, também, e com maior razão, missões populares. Muito mais do que criar ou preencher paróquias, supõem criar comunidades vivas e atuantes, criar um “povo novo”, preencher os espaços ainda vazios de autêntica evangelização, despertar e estimular o protagonismo dos leigos e suscitar sua participação efetiva, consciente e responsável na construção do Reino: “Longum iter”!
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E S PA Ç O D O S S E M I N A R I S TA S
Sem. Ramon Aurélio Jr. da Cunha
A experiência da Filosofia Interprovincial em Curitiba, PR “Nossa vocação consiste em ir não somente a uma paróquia, nem só a uma diocese, mas por toda a terra” (XII, 262) O Seminário Interprovincial de Filosofia da Congregação da Missão - CM do Brasil completou seu primeiro ciclo em dezembro de 2017, na cidade de Curitiba (PR), cheio de alegria e de vigor missionário, na característica do discipulado vicentino. Os estudantes, padres e as pessoas que fizeram e fazem parte deste processo rendem louvores a Deus pela iniciativa formativa das províncias e por toda experiência ao longo de três anos de eficácia desta etapa. O sonho de longa data tornou-se real domingo, 1º de fevereiro de 2015, quando se implantou o referido seminário com uma missa “presidida” pelos Visitadores das três províncias, a saber: Pe. Evaldo Carvalho, CM, Província de Fortaleza (PFCM), Pe. Fabiano Spisla, CM, Província do Sul (CMPS) e Pe. Geraldo Eustáquio Mol Santos, CM, Província Brasileira (PBCM). A integração de mais uma etapa formativa (o Seminário Interno já estava em curso) faz parte do processo de reconfiguração da Congregação da missão no Brasil. O seminário funcionou nas instalações onde a CMPS tem seu Seminário Vicentino Nossa Senhora das Graças, situado à Rua da Pedreira, 250, Bairro Orleans, Curitiba (PR). Nessa mesma casa encontra-se a sede da Pastoral Rodoviária, Casa de Formação Permanentes da Província, e Teologado da CMPS até o ano de 2016. Durante esses três anos, formadores e estudantes, apoiados no documento Ratio Formationis - RF, procuraram viver de forma concreta a formação vicentina adaptando-se a circunstancias e as realidades culturais que cada um oferecia a partir de sua história pessoal de forma que pudéssemos integrar toda a nossa vida a comunidade de filosofia. O processo formativo ao qual participamos nesse período estabeleceu profundos laços de amizades e projetos futuros que visam a missão da Congregação da Missão, onde queremos participar definitivamente doando nossa vida pela missão na evangelização dos Pobres. Certamente, foi
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preciso superar os desafios culturais e alguns conceitos pré-estabelecidos, vencendo as barreiras existentes e adaptando-nos às diversas personalidades, maneiras de pensamento que há entre as regiões que fizeram parte do processo. A experiência nos tornou ainda mais forte em nosso chamado, de forma que pudemos “fortalecer nosso compromisso batismal e discernir com maior profundidade nossa vocação à vida vicentina” (RF, p. 62). Acreditamos que o período de 2015 a 2017, pode ser definido como uma experiência muito rica, que contribuiu de forma eficaz para nossa formação pessoal, comunitária, vicentina e interprovincial. Foram três anos de aprendizado e de doação que levaremos para toda a vida. Acreditamos que todos os momentos vividos de forma verdadeira, são positivos pois ressaltam as qualidades de cada um. A acolhida dos padres e irmãos da CMPS, bem como as motivações e os estudos na Província do Sul foram superiores a qualquer dificuldade encontrada. Ainda que se tenha suspendido por tempo indeterminado a Filosofia Interprovincial, entendemos que a providência de Deus tudo sabe e nos guia, e que no tempo oportuno este processo retornará trazendo na bagagem maiores riquezas a partir dessas experiências. Somos gratos a Deus e à Congregação da Missão, sobretudo a Província Brasileira da Congregação da Missão (PBCM) pela oportunidade de termos vividos estes três anos de estudos na etapa do Seminário Interprovincial de Filosofia em CuritibaPR. Resta-se apenas agradecer a Deus, por chamar; aos provinciais, por proverem; aos formadores, por executarem, e a todos que de uma forma ou de outra colaboraram e continuam empenhados na realização desse significante projeto que se converterá em bem para os Pobres, Congregação da Missão e para o Reino. Obrigado e orações.
PA S T O R A L V O C A C I O N A L
Queridos Coirmãos, membros da PBCM! Que o Senhor os abençoe hoje e sempre! O dono da obra é o Senhor, somos apenas instrumentos nas mãos dele. Depois de mais um ano frente o Serviço de Animação Vocacional Provincial, venho com alegria trazer-lhes algumas notícias. Tivemos três encontros vocacionais de primeira etapa e um encontro vocacional pré-seminário durante o ano de 2017. Graças a Deus e graças ao trabalho em equipe, concluímos o terceiro ano de atividades com o encontro Pré-seminário acontecido durante os dias 29 a 30 de novembro e 1º a 3 de dezembro, no Instituto São Vicente de Paulo. Encontro no qual contamos com a participação de 9 candidatos, dos quais 7 foram aprovados para o ingresso na etapa do propedêutico, com data de entrada para o dia 5 de março. Nossos futuros propedeutas são: 1. Leonardo Paredes de Almeida, natural de Campo Grande – MS. Reside em Curitiba. Tem 23 anos. 2. Marcos André Soares da Silva, natural de Espinosa – MG. Reside em São Paulo. Tem 27 anos. 3. Mário César de Barros Gonche, natural de Resende – RJ. Tem 19 anos. 4. Ramon Leite da Silva, natural de São Paulo – Reside em Chapadão do Sul. Tem 27 anos. 5. Renato Ferreira de Araújo, natural de Vazante – MG. Tem 26 anos. 6. Renan Alves Dantas, natural do Rio de Janeiro – RJ. Tem 23 anos. 7. Yuri César Silva de Jesus, natural de Santa Bárbara – MG. Reside em Santana do Morro. Tem 17 anos (Completará 18 no dia 4 de março de 2018).
A nossa lista de acompanhados para o ano de 2018 é positiva e tende a crescer. De uma lista apresentada anteriormente ao Conselho, muitos estão em fase de conclusão do ensino médio e outros em fase de conclusão de cursos superiores, o que resulta a maioria. Este trabalho tem sido o trabalho da paciência. Particularmente, gostaria de encher o seminário, mas nem sempre as coisas acontecem conforme queremos. Para o encontro final de 2017, tínhamos convidado a 16 jovens dos quais 7 desistiram no último momento, por vários motivos. Tenho aprendido a lidar com este tipo de frustração. Parto da proposta do Superior Geral, que nos motiva a que cada Coirmão possa acompanhar e enviar, pelo menos, um candidato para o SAVV por ano. Por favor, façam sua parte, peço-lhes com muito carinho e fraternidade que cada um se encarregue em enviar um jovem para o SAVV. Acompanhar e enviar. Sei que serão generosos. Concluímos 2017 com o coração cheio de esperanças para 2018. A animação vocacional não sou eu, enquanto Diretor, não é a equipe do SAVV; a animação vocacional é toda a Província. Teremos vocações e jovens se os contagiarmos com o nosso testemunho carismático. Não viso fazer um trabalho de manutenção da província enquanto instituição; tenho a esperança de que sejamos mais e melhores para dar continuidade ao carisma do nosso fundador. Vivemos tempos difíceis no sentindo de animar e de promover as vocações. Insisto em manter a fé em que é o Senhor que chama e que ele não o deixou de fazer. Confiante neste ministério, agradeço a PBCM pelo suporte que me dá e peço desculpas pelas minhas muitas falhas. Conto com a colaboração dos Coirmãos. Não pergunte quantos entrarão para o Seminário; apenas fique feliz porque você enviou um candidato. Conto com as suas orações e apoio e afirmo constantemente: “Até aqui o Senhor nos ajudou.” (1Sm 7,12). Despeço-me com fraternura e orações! Pe. Denilson Matias da Silva, CM Diretor de Vocações “O resto virá no seu devido tempo. A graça tem seu tempo. Abandonemo-nos à Providência de Deus e tomemos cuidado para não irmos adiante dela. Se Deus me deu algum consolo em minha vocação foi este: creio, parece-me, que tenho seguido em tudo a sua Providência...” (SVP, carta a Bernardo Codoing – Pierre Coste II,381)
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PERFIL (IN MEMORIAM)
Texto: Pe. Getúlio Mota Grossi, CM
Saudades do Pe. Gomes Andou por toda parte fazendo o bem”, porque Jesus estava com o Padre Gomes, como “Deus estava com Jesus” (At 10,38).
Dia 14 de dezembro de 2017, às 22:00 horas, no Hospital Madre Tereza, em Belo Horizonte, onde há dias estava internado, nosso querido coirmão Padre Gomes nos dava o adeus definitivo e partia para a Casa do Pai. É difícil resumir com justiça a riqueza e fecundidade de sua vida e do seu ministério sacerdotal, de sua fidelidade ao carisma da caridade missionária, evangelizadora dos pobres. Nascido em Mariana em 7 de julho de 1932, depois dos estudos primários em sua terra natal, cursou humanidades em nossa Escola Apostólica Nossa Senhora Mãe dos Homens, no Caraça, de 1946 a 1950. Ingressou na Companhia no dia 17 de janeiro de 1951, em Petrópolis, onde fez o Seminário Interno de dois anos, segundo a tradição vicentina, e os cursos de Filosofia e Teologia. Foi ordenado sacerdote por Dom Helder Câmara em 28 de setembro de 1958. Tive a felicidade de conviver com ele em Petrópolis, onde comecei a descobrir a profundidade
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de suas intuições, não só teológicas, mas sobretudo pastorais e missionárias. Lembro-me de nossa preocupação sobre como pregar a Palavra em nosso futuro ministério. Desse idealismo juvenil, nasceu o projeto de organizarmos “esboços” de sermões para o povo. Não sei como coube-me a responsabilidade da coordenação deste plano. Não me lembro mais quais foram os participantes desta iniciativa, impregnada de ideal missionário vicentino. Em meu imaginário, porém, guardo a nítida lembrança e a admiração pelos “esboços” assumidos pelo Irmão Gomes: um primor de simplicidade, clareza, profundidade, inspiração e unção, prenhes de conteúdo bíblico e patrístico. Diziam que o Padre Gomes não era brilhante no Caraça e que “acordara” em Petrópolis. Acredito que sua discrição e humildade, alheias a qualquer mesquinha competição humana, ocultava o brilho de sua inteligência peregrina e fulgurante memória. Foi sobretudo em Petrópolis, no início do curso de teologia, de modo especial quando da iniciativa dos “esboços”, que despontou, sem nenhum atentado à sua modéstia, a capacidade intelectual, e os dons do Espírito ao futuro missionário e formador do clero. Por onde passou, Padre Gomes irradiava sabedoria e cativava respeito e amizade. Data de sua primeira colocação, como prefeito de estudos e professor de Filosofia no Seminário Maior de Fortaleza, de 1959 a 1964, a admiração e a amizade que lhe devotava o grande Pastor, que ainda está vivo, Dom Miguel Fenelon, Arcebispo emérito de Teresina, naquela ocasião, simples colaborador nosso na formação dos seminaristas. Todos os anos, Dom Miguel lhe escrevia uma atenciosa cartinha.Tive a ocasião de ler, aqui na Casa Dom Viçoso, as últimas delas para o Padre Gomes, a essa altura já visitado pela provação da cegueira total que ameaçava ultrapassar o limiar de sua resistência psíquica e imergi-lo no mundo de alucinações frequentes e gritos de socorro, dirigidos sobretudo a sua mamãe.
Guardadas as proporções, é evidente, poderíamos dizer do Padre Gomes o que os Atos dos Apóstolos falam de Jesus: “Andou por toda parte fazendo o bem”, porque Jesus estava com o Padre Gomes, como “Deus estava com Jesus” (At 10,38). Diamantina, Seminário Maior (1964), Mariana, Seminário Maior (1965-1966), Rio de Janeiro, Casa Central, como professor do Instituto Superior de Pastoral Catequética (ISPAC), fundado pelo saudoso ex-coirmão Padre Hugo V. Paiva (1967-1968), México – CELAM, reflexão e experiência missionária junto ao povo pobre das periferias da grande metrópole (1969-1972), Campina Verde, como missionário (1973-1975), Brasília, Paróquia Nossa Senhora das Graças, como Vigário Paroquial e para aprimoramento dos estudos, Casa Central, (1978-1982), Secretariado da Província, Petrópolis e São Paulo (1983-1987), formador dos teólogos, Belo Horizonte - Trevo (1987-1990), formador dos filósofos. Detenho-me aqui, na enumeração de sua longa jornada, “longum iter” (1 Rs 19,70). Em todas essas colocações, o Padre Gomes era o mesmo. Transbordava virtudes e sabedoria. Convivência fraterna, agradável e enriquecedora. Cheguei ao Instituto São Vicente, após os primeiros nove anos no sertão baiano, para assumir a direção da Casa, em substituição ao Padre Gomes. Assustei-me logo no primeiro encontro com ele, ao ver-lhe a palidez do rosto, mais do que evidente e bastante estranha. Na minha modesta intuição médica, recomendei logo que o levassem a um cardiologista: Padre Gomes sofrera, há 3 dias, um infarto sem dor (entidade nosológica possível) e já ultrapassara o limite do período crítico. O diagnóstico acertado e a sábia conduta do Doutor João Mendes Álvares salvaram nosso querido Padre Gomes: um ano de tratamento e acompanhamento em Belo Horizonte. Consolava-nos vê-lo, alguns meses depois, já bem corado, enxada à mão, capinando a área do jardim e da horta da casa: exercício orientado e regenerador. Padre Gomes ainda trabalhou muito. Em São Paulo, no teologado, na Santa Casa do Rio, como Capelão (1992-1994), na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Contagem, como Vigário Paroquial (1995-1999) e, sobretudo, em Mariana, sua terra natal, onde atendia mensalmente os seminaristas da Filosofia (1997-2001), e ainda colaborava, em 1999, com o Seminário Maior São José. Vol-
tou ao Trevo como residente (1999-2002). Tornou a passar por Brasília, auxiliando na Paróquia Nossa Senhora das Graças (2002). Veio depois residir e tratar-se, na Casa Dom Viçoso (2003-2004), de um insidioso e avançado glaucoma. Novamente colocado no Instituto São Vicente, foi solicitado outra vez para ensino e ministério pastoral em Mariana (2005). Finalmente, recolheu-se à Casa Dom Viçoso (2009), onde passou, no sofrimento e na oração, os seus últimos anos de Vida. Quase completamente cego, enquanto conservou plena lucidez, Padre Gomes ajudava os jovens coirmãos e seminaristas, e também outras pessoas que o solicitavam, como as Filhas da Caridade, esclarecendo-lhes as dúvidas. Pedia, por seu lado, já prestes a imergir na cegueira total, que lessem para ele bons livros e, sobretudo, documentos da Igreja. Li para ele toda a “Evangelii Gaudium” e me surpreendia quando, ao julgá-lo dormindo e “fora do ar”, lhe perguntava se havia escutado e entendido, Padre Gomes respondia prontamente que sim, trocava ideias comigo, demonstrando assimilação perfeita do que fora lido. Aliás, fui testemunha do seu apreço, em toda a sua vida, pela leitura dos melhores livros de literatura religiosa e teológica, e da sua capacidade de memorização e síntese dos conteúdos. O que guardo porém com mais afeto e admiração é a lembrança de sua disponibilidade para servir, do seu respeito para com a vida alheia, que nunca o vi criticar ou desfazer e, sobretudo, do seu carinho e amor para com as pessoas simples e humildes. Cumpriu sua missão neste mundo!
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N OT Í C I A S DA P ROV Í N C I A 1. O Padre Vandeir Barbosa de Oliveira, CM, que estava estudando em Paris, regressou ao Brasil no dia 22 de dezembro de 2017. No momento, ele está fazendo alguns tratamentos de saúde e se preparando para assumir sua nova função na PBCM. Ele irá compor equipe com o Padre Wilson Alzate García, CM como auxiliar na formação dos nossos estudantes de Filosofia e Propedêutas no ISVP – TREVO, que será reaberto como Casa de Formação. Irão residir na casa, além dos dois Coirmãos, dois estudantes de Filosofia e mais seis Propedêutas. 2. O Irmão Paulo César da Silva, CM será transferido para Riacho Fundo II onde, depois de ter recebido os Ministérios de Leitor e Acólito, irá se preparar, de forma mais imediata, para receber a Ordenação Presbiteral, no grau do Diaconato, acompanhado pelos missionários locais, já com a aprovação do Visitador e seu Conselho, após realização das consultas, conforme prevê o Código de Direito Canônico. 3. Os Coirmãos Hugo Silva Barcelos, CM e Allyson Giovanni Garcia, CM emitiram os Conselhos Evangélicos no dia 03 de dezembro de 2017, tornando-se, assim, Coirmãos Incorporados. No dia 10 de fevereiro de 2018 irão receber as Ordens Menores, Leitorato e Acolitato, no Seminário São Justino de Jacobis, com a aprovação do Conselho Provincial. Ambos já receberam suas primeiras colocações: Irmão Hugo, Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Contagem e Irmão Allyson, na Paróquia Pai Misericordioso, Paulo VI. 4. No dia 10 de fevereiro de 2018 teremos a abertura oficial dos trabalhos do Seminário de Teologia São Justino de Jacobis e a renovação do Bom Propósito dos nossos jovens que já realizaram o Seminário Interno no ano de 2016: Ezequiel Alves de Oliveira e Louis Francescon Costa Ferreira. Irão emitir o Bom Propósito pela primeira vez os nossos Coirmãos Admitidos: Túlio Silva Medeiros (PBCM); André Carvalho de Morais (PBCM); Daniel Alberto Nhomkué (Moçambique) e Minês João Taruma (Moçambique). Irão residir na Casa nossos Coirmãos Formadores Padre Eli Chaves dos Santos, CM, (Superior e Formador); Padre Denílson Matias da Silva, CM, (Auxiliar na Formação e Promotor Vocacional) e mais quatro estudantes ainda não admitidos.
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5. Nos alegramos com a Ordenação do nosso Coirmão Incorporado Gustavo Alivino Silva, CM, ordenado no dia 25 de novembro de 2017 pela imposição das mãos de Dom Roque Paloschi, Arcebispo da Arquidiocese de Porto Velho – RO. 6. Entre os dias 19 a 24 de fevereiro de 2017 teremos mais um Encontro de Coirmãos Jovens. Após um momento de formação permanente em Belo Horizonte, eles seguirão para Angra dos Reis – Rio de Janeiro, onde devem estreitar laços de convivência fraterna, amizade e aproveitar o tempo para um bom descanso. 7. Alguns eventos, em nível Provincial, já estão marcados e o calendário já foi encaminhado pela Secretaria Provincial a todos os Coirmãos. Fiquem atentos! 8. Parabéns ao Padre Evilásio Amaral Júnior que está completando 25 anos de Ordenação Sacerdotal. A celebração está marcada para o dia 03 de fevereiro às 19:30 h no Santuário Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa em Campina Verde – MG, seguida de um jantar por adesão. Nosso desejo de perseverança e muito vigor missionário. 9. O Pe. Alex Sandro Reis será transferido para o Santuário da Medalha Milagrosa, no Matoso, Rio de Janeiro onde será Reitor. 10. O 9º Encontro da Família Vicentina dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri já está marcado. Será realizado no dia 03 de março em Itinga e já temos 196 pessoas inscritas. Parabéns pela iniciativa!
C U LT U R A
Dica de Filme: Extraordinário Direção: Steve Chobsky Lançamento: 2017
Extraordinário é um filme de longa metragem baseado no livro da escritora R. J. Palacio. O filme não tem como foco a exploração de uma doença ou condição física (má formação do rosto de uma criança), mas sim a partilha de sentimentos comuns de um personagem que se sente diferente dos outros. A questão não é a doença em si, ou como isso torna o personagem diferente, mas sim como isso pode ser presente no íntimo da leitura de cada espectador. Mesmo trazendo o bullying como principal tema, o filme é marcado por uma sincera afetividade e acolhimento das diferenças. Não é porque na trama existe uma doença que todo o filme deve ser carregado de um drama exagerado, por isso que há momentos divertidos e outros um pouco mais tensos. Para Auggie, o adolescente com uma má formação no rosto, o primeiro ano numa escola nova é extremamente amedrontador. É claro que por sua condição e por ter sido sempre educado pela sua mãe, ir para a escola tem um ar inédito, fazendo com que todas suas sensações sejam ainda mais afloradas. Isso é contornado com a imaginação e com o humor, situações estas que mais enriquecem o filme. A jornada de Auggie é contada de vários pontos de vista diferentes: de sua mãe, que teve um choque quando descobriu que seu filho havia nascido com um problema congênito, de sua irmã, que nunca teve muita atenção de sua família por causa do irmão, e a do próprio garoto, que nos primeiros minutos na escola descobre quão maldosas as pessoas podem ser. É interessante perceber que o filme também não quer despertar o senso de piedade em relação ao adolescente, mas sim evidenciar o tanto que a infância é importante para Auggie. A visão da pré-adolescência pelo ponto de vista do personagem sempre tratado como um estranho, humaniza essa causa e faz com que essa construção do personagem
seja feita de dentro para fora, evitando uma construção estereotipada. Mais interessante ainda é como o filme utiliza outros pontos de vista para tratar do personagem principal. Além disso, essa estratégia faz com que a obra evidencie que essa fase não é complicada apenas para Auggie que tem sua diferença estampada na pele, mas também para outras pessoas, como sua irmã Via, ou como a antiga companheira da família, Miranda, ou ainda o melhor amigo de Auggie. O filme acaba se aprofundando nos sentimentos, conflitos e conquistas de toda uma geração. Há também um destaque no filme para as amizades que se originam num ambiente hostil, a família como alicerce para o cotidiano de uma criança e os sentimentos envoltos da mãe em relação ao seu filho. Tratando-se de crianças, prevalece um espírito de esperança concreta e uma mensagem de superação diante da situação de exclusão, exprimindo todas as dores carregadas por um menino tão frágil quanto forte. Mas são nos pequenos momentos, na postura cabisbaixa, no olhar sereno e nas atitudes puras de Auggie, que encontramos um retrato verdadeiramente doce da infância, inabalável apesar dos desafios mundanos tão exigentes. Portanto, Extraordinário é um filme que trás o retrato de uma criança, que com suas diferenças, enfrenta um mundo hostil. É claro que pela importância de sua mensagem há um aglomerado de frases de efeitos que surgem como puros ensinamentos. Mas por tratar de forma tão sensível seu tema e seus personagens, torna-se um filme que acaba desgrudando de algo com simples desejos comerciais, fazendo a composição de uma nova imagem adolescente com suas virtudes e problemas, com uma linda mensagem de superação e inclusão! Pe. Alexandre Nahass Franco, CM
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Memória da Província Há 80 anos… O Informativo São Vicente passava por uma grande reformulação
O Informativo São Vicente já passou por algumas mudanças ao longo de suas mais de trezentas edições. Na edição de número três, ano VIII, referente aos meses julho, agosto e setembro de 1939 o principal veículo de comunicação da Província passava por uma importante transição de título, de Ecos da Província passou a simplesmente, São Vicente. Além disso, o informativo, que na época era destinado tanto à Congregação da Missão quanto às Filhas da Caridade, comemorava mudanças na redação, na confecção, como também a adesão a um modelo de assinaturas.
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MURAL DA PROVÍNCIA
Missões Populares Vicentinas, Campo Grande, Rio de Janeiro, janeiro de 2018
Encontro Vocacional, Belo Horizonte, dezembro de 2017
Abetura do Seminário Interno Interprovincial, Belo Horizonte, janeiro de 2018
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