GESTÃO COMPARTILHADA E HABITAÇÃO SOCIAL

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GESTÃO COMPARTILHADA E HABITAÇÃO SOCIAL Panorama e dificuldades na produção habitacional em parceria com organizações populares – um olhar sobre o programa Crédito Solidário, de 2003 a atualidade.

convênio abril 2009 - outubro de 2010

Peabiru Trabalhos Comunitários e Ambientais Oxfam GB


PREMISSAS DA PESQUISA • Convênio com a OXFAM-Grã Bretanha - abril de 2009 a outubro de 2010 • Parceria com os quatro movimentos de moradia de abrangência nacional: CMP (Central de Movimentos Populares) CONAM (Confederação Nacional de Associações de Moradores) MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia) UNMP (União Nacional por Moradia Popular) • Recorte temporal: Governo Lula (2003 - 2010) • Objetivos: investigar os processos, as dificuldades e os avanços na produção habitacional onde organizações locais articuladas e apoiadas pelos movimentos nacionais, figurassem efetivamente como “operadores”, como gestores diretos dos programas e da política habitacional empreendida com recursos vinculados a fundos federais; • Hipóteses iniciais: política operada com participação popular seria “melhorada” em relação a outros modos tecnocráticos de operação; a máquina estatal seria sensibilizada para atender de forma mais efetiva as demandas reais da população; e também os produtos dessa política seriam mais adequados às necessidades dos beneficiários.


ETAPAS DE TRABALHO DA PESQUISA 1) articulações iniciais e montagem da equipe de pesquisa 2) elaboração e capacitação da equipe - instrumental de coleta de dados primários, e coleta e sistematização de dados secundários (MinCidades e CEF), particularmente do PCS 3) atividade de formação e capacitação da equipe 4) identificação da produção dos movimentos nacionais no universo de dados secundários 5) seleção de casos e viagens de campo – quatro primeiros destinos:

UNMP: Alfenas (MG) – região SE – tipo F [visita realizada de 5 a 9 de abril de 2010]

MNLM: Palmas (TO) – região N – tipo C [visita realizada de 19 a 23 de abril de 2010]

CMP: Recife (PE) – região NE – tipo C [8 a 13 de maio de 2010]

CONAM: Belém (PA) – região N – tipo E [visita realizada de 23 a 27 de agosto de 2010]

+ Rio Grande do Sul – região S [visita realizada em setembro de 2010]

+ São Paulo – região SE [visita realizada em setembro de 2010]

6) sistematização final dos dados empíricos e elaboração do relatório final


EIXOS DE ANÁLISE 1) ACESSO À TERRA – a localização, as lutas, negociações, valores e instrumentos utilizados para sua aquisição; 2) ASSISTÊNCIA TÉCNICA – o acesso dos grupos organizados ao serviço de elaboração de projeto, de acompanhamento das obras, de formação e de trabalhos sócio-organizativos das famílias; 3) ASPECTOS PRODUTIVOS – relação entre projeto e obra, opções tecnológicas de materiais e processos construtivos, relações de trabalho estabelecidas nos canteiros, em especial as referentes à execução em mutirão, com doação de mão-de-obra pelas famílias beneficiárias; 4) AUTOGESTÃO – atuação dos movimentos e organizações locais, seleção e mecanismos de formação e organização das famílias beneficiárias, mecanismos de acompanhamento e gestão das obras; 5) PÓS-OCUPAÇÃO – trabalhos visando identificação e luta por melhorias a serem implantadas depois das obras (infraestrutura, equipamentos públicos, áreas de lazer, etc.), atividades visando à convivência entre as famílias e estratégias para manutenção das obras depois de concluídas.


Empreendimentos Habitacionais Empreendimentos Habitacionais

movimento: INFORMAÇÕES INFORMAÇÕES BÁSICAS Ç BÁSICAS

Nome do Empreendimento: d d Entidade Organizadora: LOCALIZAÇÃO Ã End. Completo: Município:

UF:

FINANCIAMENTO Programa:

Progr Crédito Solidário Progr. Crédito Solidário

Data de Contratação: Data de Contratação:

Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social

Operações Coletivas Operações Coletivas

Nº de UH: Nº de UH: Valor do financiamento: Valor do financiamento: Valor de contrapartida famílias: Valor de contrapartida famílias: Valor outras contrapartida: Valor outras contrapartida:

Fonte:

Valor total do empreendimento: Valor total do empreendimento: CONDIÇÕES DO FINANCIAMENTO CONDIÇÕES DO FINANCIAMENTO Ç P Prazo de amortização: d ti çã V l Valor aproximado da parcela do financiamento ‐ p i d d p l d fi i

máximo: á i

mínimo: í i

ESTÁGIO DO EMPREENDIMENTO S ÁG O O O em contratação

início da obra

meio da obra

PARCERIA Teve parceiros?

sim

não

Quais foram os parceiros? Quais foram as atividades em parceria?

obs:

obra concluída

com habite com habite‐se se


NĂšMERO DE CONTRATOS PCS 336 contratos ao total

89 DEMAIS ENTIDADES

247

QUATRO MOVIMENTOS NACIONAIS

mistos 4 contratos 2 conjuntos

UNMP 26 contratos 21 conjuntos

MNLM 18 contratos 10 conjuntos

CMP 25 contratos 8 conjuntos

CONAM 16 contratos 13 conjuntos


VISITAS FEITAS PELA PESQUISA

20 empreendimentos PCS [ 44 contratos ] + 1 empreendimentos MCMV Empresa [ 1 contrato ]

QUATRO MOVIMENTOS NACIONAIS 17 empreendimentos PCS [ 37 contratos ] DEMAIS ENTIDADES 3 empreendimentos PCS [ 7 contratos ]


O PROGRAMA CRÉDITO SOLIDÁRIO [consultoria contrata de Fernanda Accioly Moreira]

Visa responder à reivindicação das quatro entidades nacionais de movimentos de luta por moradia (UNMP, MNLM, CONAM e CMP), que pleiteavam um programa habitacional que atendesse as famílias com renda inferior a três salários mínimos e que estivesse apoiado nas bases do cooperativismo e associativismo com o propósito de fortalecer as práticas autogestionárias e da organização popular. criação

abril de 2004

criação da lei

Resolução nº 93 do CCFDS de abril de 2004 e a Instrução Normativa nº 11 de maio de 2004 do Ministério das Cidades

órgão gestor

Ministério das Cidades

órgão operador

Caixa Econômica Federal (CEF)

agente proponente

entidade organizadora ( movimentos)

agente facilitador

prefeitura, estado, concessionárias de serviços urbanos...

fonte de recursos

Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) - criado em 1991 no Governo Itamar Franco para financiar, ao setor privado, projetos de investimentos de interesse social. Seus recursos vem da aquisição compulsória de 3% das cotas de sua emissão pelos Fundos de Aplicação Financeira (FAFs). Como estes foram extintos em 1995, o FDS é um fundo em processo de extinção.

modalidades

(1) aquisição de material de construção, (2) aquisição de terreno e construção, (3) construção em terreno próprio, (4) conclusão, ampliação ou reforma da casa


FDS CCFDS

MinCidades

CEF

equipe técnica GIDUR’s

FUNDO GARANTIDOR

agente gestor

proprietário de terra

agente operador

entidade organizadora

agente facilitador

[agente proponente]

assitência técnica

beneficiário final

beneficiário final

beneficiário final

(...)


Distribuição dos contratos entre 2004 e 2009 MARÇO - 2004 1a sistemática de valor financiado [R$7.500 a R$20.000]

FEVEREIRO - 2005 criação do Fundo Garantidor

DEZEMBRO - 2005 2a sistemática de valor financiado [R$10.00 a R$25.000]

FEVEREIRO - 2007 3a sistemática de valor financiado [R$12.00 a R$30.000]

JANEIRO - 2008 criação da Conta Equalizadora


Distribuição dos percentuais da produção do PCS, por regiões do país


Distribuição dos CONTRATOS do PCS, por estados

Distribuição de UNIDADES por estados

HABITACIONAIS do PCS,


PRODUÇÃO DOS QUATRO MOVIMENTOS NACIONAIS

Produção total do PCS versus Produção dos movimentos

NÚMERO DE CONTRATOS

Produção total do PCS versus Produção dos movimentos

UNIDADES HABITACIONAIS

Produção total do PCS versus Produção dos movimentos

VALOR DE FINANCIAMENTO



Produção do PCS pelos movimentos -

ATENDIMENTOS HABITACIONAIS,

por estado


Distribuição dos contratos com destaque para produção dos 4 movimentos, entre 2004 e 2009

abr-07

mai-07

jun-07

ago-07

set-07

ago-08

set-08

dez-08

jan-09

fev-09

mar-09

abr-09

150

140

39

100

187

22

136

55

50

100

22

20

30

200

42

30

68

25

60

20

13

100

96

52

70

176

170

100

100

50

33

23

32

50

37

20

20

34

30

113

20

33

108

40

60

87

23

70

100

200

16

180

113

30

50

30

100

3

100

100

43

20

68

160

4

36

5

59

30

7

54

80

25

24

72

9

151

50

137

6

80

11

66

55

70

35

70

22

23

100

23

200

25

46

32

30

34

27

120

22

27

96

25

25

36

98

100

16

63

100

312

100

100

25

50

100

26

70

21

42

23

21

26

30

32

48

40

44

100

20

100

100

23

100

13

48

19

27

100

162

17

168

20

100

40

21

26

472

25

21

22

108

200

34

38

144

150

127

100

50

23

154

26

100

128

20

100

96

65

15

20

77

28

20

43

100

26

38

21

100

50

40

57

40

56

10

200

20

74

18

25

73

20

100

20

32

32

92

95

65

20

24

40

4

96

23

22

30

100

98

21

20

91

131

20

8

160

57

150 284

1

2

62

8

84

22

30

20

7

120

97

64

100

9

20

8

100

60

20

16

24

9

140

150

61

40

100

206

20

26

100

20

22

180

63

60

24

50

20

150

50

28

21

48

23

61

9

10

9

100

34

200

10

150

20

39

11

90

15

32

22

60

100

21

94

26

9

65

20

12

50

15

20

140

37

70

32

100

64

200

100

18

13

20

30

36

200

39

14

20

22 20

12 30

40 100

16 empreendimentos por movimento

6

CMP

34

1

CONAM

1

3

4

2

1

1 1

1

1 1

1

CMP 100

3

1

UNMP

49

200

200

CMP CONAM MNLM UNMP mistos

25

70

65

100

60 100 112

192

1

2

1

2

1

2

2

1

6 1

1

1

1 1

6 1

1

1

1

2

1

1

1

65

57

2

1

1

2

1

38

250

1 1

2

1

27

1 3

3

137

100

MISTOS

1

2.187

120

CONAM

3 1

707

unidades por movimento

16

1

2

MISTOS

3

1

1

UNMP

MNLM

200

50

15

MNLM

59

25

6

jun-09

mar-07

150

200

mai-09

fev-07

60

70

nov-08

jan-07

60

30

out-08

dez-06

60

8

jul-08

nov-06

7

20

jun-08

set-06

out-06

74

20

mai-08

ago-06

20

66

abr-08

jul-06

34

20

fev-08

jun-06

39

200

jan-08

mai-06

192

20

dez-07

abr-06

112

21

nov-07

mar-06

23

76

out-07

fev-06

20

72

24

jul-07

jan-06

70

60

1

ago-05

100

2

Nº CONTRATOS

jul-05

nov-05

2009

dez-05

2008

out-05

2007

set-05

2006

mar-08

2005

DATA

1.234

60

100

280

150

25 contratos 16 contratos 18 contratos 26 contratos 4 contratos

102 140

154

92 100

150

127

150

84

2.649

20

1.226 UHs 1.315 UHs 1.533 UHs 2.948 UHs 528 UHs

60

100

138

120

356

100

108

456 42

61

95 200

70

200

60

180

773 176

70 63

340

113

96

30 408

159


ANÁLISE DOS EMPREENDIMENTOS estudo de casos

Belém | PA

município tipo E . região N

Recife | PE

município tipo C . região NE

Palmas | TO

município tipo C . região N

Alfenas | MG

município tipo F . região SE

RM SP e CAMPINAS | SP região SE

RM POA| RS região S


Alfenas . MG visita realizada de 5 a 9 de abril de 2010 SÃO CARLOS • • • •

JARDIM PRIMAVERA • • • •

UNMP - Ass. Hab. Alfenas maio/2006 54 UHs - lote 135 m2 área total - 8.620,00 m2

UNMP - Ass. Hab. Alfenas maio/2006 66 UHs - lote 153 m2 área total - 13.770,00 m2

BAIRRO ESTAÇÃO

SANTA CLARA • • • •

UNMP - Ass. Hab. Alfenas janeiro/2009 96 UHs - lote 135 m2 área total - s/i.

• • • •

UNMP - Ass. Hab. Alfenas maio/2006 30 UHs - lote 135 m2 área total - 5.225,00 m2


Palmas . TO visita realizada de 19 a 23 de abril de 2010

CONSTRUINDO JUNTOS • • • •

MNLM - SAM abril/2006 820 UHs - lote 200 a 225 m2 área total - 387.122,00 m2


Recife . PE visita realizada de 8 a 13 de maio de 2010

DOM HÉLDER CÂMARA • • • •

CMP - MLB novembro/2006 200 UHs - lote 72 m2 área total - 27.578,00 m2


Belém . PA visita realizada de 23 a 27 de agosto de 2010

PORTO LARANJEIRAS • • • •

CONAM - COMTETO, AMOB, MLMNH, FEMECAM, UMB dezembro/2006 837 UHs - lote 72 m2 área total - 95.000,00 m2


Ivoti

Dois Nova Hartz Sapiranga Irmãos

Região Metropolitana de Porto Alegre . RS Estância Velha

visita realizada em setembro de 2010

Capela de Santana

[PORTÃO] PARQUE DAS HORTÊNSIAS Montenegro • MNLM - COOPERNOVA • janeiro/2008 • 108 UHs

Triunfo

dos Ratos

Portão

São Leopoldo

Charqueadas Porto Alegre

• MNLM - COOPSUL do E COOPERNOVA Eldorado Sul • fevereiro/2008 • 42 UHs - apto de 26 ou 34 m2

Guaíba

[CAMPO BOM] BEM VIVER

Taquara

• MNLM - COOHABEV Novo • junho/2008 Hamburgo• 70 UHs - lote 200 m2

Sapucaia [SÃO LEOPOLDO] - MCMV Nova Santa Rita do Sul CERÂMICA ANITA RENASCER Esteio • MNLM - COOPERNOVA • 309 UHs Gravataí - lote de 117 ou 134 m2 Canoas

[PORTO ALEGRE] UTOPIA E LUTA

Campo Bom

Araricá Parobé

• área total - 83.000,00 m2

Glorinha

[ALVORADA] PORTO VERDE/JD APARECIDA

• CONAM - UAMA • julho/2006 - agosto/2008 • 60 UHs - lote 175 m2 / 120 UHs - lote 210 m2

[VIAMÃO] Viamão VIVENDAS DE SÃO TOMÉ • CMP - COOHRREIOS • fevereiro/2006 • 204 UHs - lote 143 m2

Sa da


Região Metropolitana de Campinas . SP visita realizada em setembro de 2010 [AMERICANA] NOVO HORIZONTE

• UNMP - COOPERTETO • dezembro/2006 • 25 UHs - lote 75m2

[CAMPINAS] NOVA BANDEIRANTE

• CMP - COOP. HAB. ARARAS • setembro/2006 • 120 UHs - lote 125m2

[CAMPINAS] NOVO MUNDO

• CMP - COOP. HAB. ARARAS • agosto/2008 • 65 UHs - lote 125m2


Região Metropolitana de São Paulo . SP visita realizada em setembro de 2010

[SÃO PAULO] VIVER JUNTOS

• (-) - COOPAMARE • novembro/2008 • 90 UHs - apto 35 ou 45m2

[SÃO PAULO] ALVORADA

• MNLM - SAM • dezembro/2007 • 120 UHs - apto 47m2

[SÃO PAULO] VILA PATRIMONIAL

• UNMP - MOHAS • dezembro/2008 • 96 UHs - apto 49m2


CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES POR EIXO

ACESSO À TERRA • papel fundamental dos movimentos > ocupações com novo caráter na aquisição da terra • negociação com órgãos públicos é estratégia fundamental: recursos disponibilizados eram insuficientes • negociações com proprietários privados prevalecem • não utilização de instrumentos urbanísticos de indução do uso social da propriedade: “ZEIS” servem apenas à regularização fundiária • empreendimentos em áreas centrais são exceção absoluta (apesar da relatividade de “próximo ao centro” ou “no limite da mancha urbana”) • presença de alguns “vazios especulativos” e algumas “cidades-dormitórios” • consolidação dos espaços no entorno dos conjuntos, muito mais que invertendo vetores de crescimento da cidade


PORTO ALEGRE Edifício Utopia e Luta MNLM 42 aptos

RECIFE Conj. Dom Hélder Câmara CMP 200 uh´s

PALMAS Quadra 1306 - Construindo Juntos MNLM 820 uh´s

[edifício ocupado no FSM e depois adquirido pelo financiamento]

[terreno ocupado e depois doado pelo Correios]

[quadra ocupada e depois doada pelo Governo do Estado]


ALFENAS - Conjuntos Primavera e São Carlos (UNMP) - 66 + 54 uh´s [terra doada pela Prefeitura - dívida de proprietários]

CAMPINAS - Conjunto Novo Mundo (CMP) - 65 uh´s [terra adquirida com recursos do financiamento de proprietário particular]


CENTRO DE SÃO PAULO Conjuntos Viver Juntos - 90 uh´s - terra doada pela SPU (mediação do presidente Lula)

CENTRO DE PORTO ALEGRE Edifício Utopia e Luta - 42 aptos - edifício ocupado, e depois adquirido com recursos do financiamento


condomínio vizinho VIAMÃO - RS - Vivendas de São Tomé (CMP) - 207 uh´s [terra adquirida com recursos do financiamento de proprietário particular (“parceiro”)]

CAMPO BOM - RS - Residencial Bem Viver (MNLM) - 70 uh´s [terra adquirida com recursos do financiamento de proprietário particular]


CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES POR EIXO

ASSISTÊNCIA TÉCNICA • serviços técnicos são oferecidos através de: 1. rede de entidades com relação de mais de 20 anos com os movimentos [RMSP] 2. profissionais “isolados” “viabilizadores”, terceirizam projeto e acompanhamento de obra [RMPOA] 3. “felizes coincidências” com apoio de gestores públicos mas com absoluto interesse público [Recife, Alfenas, Palmas, Americana] 4. esquemas de empreitada global, construtora incorpora o projeto, obra e terreno [Campinas, Alvorada, Belém] • inexistência de ações ligadas à recém-aprovada “Lei de Assistência Técnica” (lei federal 11.888/2008) • o trabalho social, quando não vinculado às equipes técnicas “físicas”, tem sido prestado como algo a parte, diretamente por apoios dos movimentos - remuneração do trabalho por família é inadequada para mensurar o trabalho


CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES POR EIXO

ASPECTOS PRODUTIVOS • tipos habitacionais: 1. conjuntos horizontais com unidades térreas em lotes individuais, isoladas ou geminadas 2. casas assobradadas 3. solução verticalizada 4. reforma de prédio • programa de necessidades convencional: sala, cozinha, 2 quartos, banheiro e área de serviço • volumetria e arquitetura das unidades são “pobres”: telhado 2 águas • desenho urbano dos loteamentos convencional: lotes unifamiliares, traçado viário reticulado e sem hierarquia, com pouca ou nenhuma relação com o entorno, topografia, elementos naturais • processos construtivos convencionais: alvenarias em blocos cerâmicos, estrutura moldada in loco. Obras não têm planejamento específico, nem estabelecem relações com o universo da produção • mutirão (doação de trabalho) aparecem em casos isolados: São Paulo, Americana - SP, Alfenas MG, Palmas - TO (limitado a 900 horas) • relações de trabalho precarizadas, nos mutirões e nas contratações diretas


UNIDADES ISOLADAS

ALFENAS - Santa Clara (UNMP) 96 uh´s

PALMAS - Construindo Juntos (MNLM) 400 uh´s

BELÉM - Porto Laranjeiras (CONAM) 837 uh´s

PORTÃO - Parque das Hortênsias (MNLM) 108 uh´s


UNIDADES GEMINADAS 2 A 2

ALFENAS - Primavera (UNMP) 54 uh´s

ALFENAS - Bairro Estação (UNMP) 30 uh´s

CAMPO BOM - Bem Viver (MNLM) 70 uh´s

ALVORADA - Jardim Aparecida (CONAM) 120 uh´s


UNIDADES GEMINADAS 2 A 2

VIAMÃO - Vivendas de São Tomé (CMP) 207 uh´s

ALVORADA - Porto Verde (CONAM) 60 uh´s

CAMPINAS - Nova Bandeirante (CMP) 120 uh´s


UNIDADES GEMINADAS RENQUE

RECIFE - Dom Hélder Câmara (CMP) 200 uh´s

UNIDADES ASSOBRADADAS

SÃO LEOPOLDO - Cerâmica Anita (MNLM) 309 uh´s

“casas de passagem”

AMERICANA - Novo Horizonte (UNMP) 25 uh´s


UNIDADES VERTICALIZADAS

SÃO PAULO - Viver Juntos/Brig. Tob. (COOPAMARE) 90* uh´s

SÃO PAULO - Viver Juntos/Vitória (COOPAMARE) 90* uh´s

SÃO PAULO - Alvorada (MNLM) 120 uh´s

SÃO PAULO - Vila Patrimonial (UNMP) 96 uh´s

PORTO ALEGRE - Utopia e Luta (MNLM) 42 uh´s


modelo de produção - ABCP Palmas/MNLM

modelo de produção - JET CASAS Americana/UNMP


CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES POR EIXO

AUTOGESTÃO • a produção habitacional em autogestão ganhou escala nacional (apesar das dificuldades, o programa representa um ponto de inflexão importante para os padrões de financiamento habitacional > transformações pessoais) • entidades organizadoras, que estabelecem diferentes graus de vinculação e relação com os movimentos nacionais, assumem papel fundamental na composição da demanda • relações e articulações políticas das entidades organizadoras (através dos movimentos nacionais) parecem mais determinantes à viabilização dos empreendimento que propriamente a representatividade política junto às demandas por habitação • o programa ainda é incapaz de atender às demandas mais vulneráveis, às famílias de menor renda, seja por causa das restrições da Caixa ou pela “clientela” mobilizada pelas EOs • dificuldades técnicas na gestão do empreendimento


Ass. Habitacional - Alfenas [UNMP]

escrit贸rio no canteiro - S茫o Leopoldo [MNLM]

sede SALM e Kolping - Palmas [MNLM]

sede UAMA - Alvorada [CONAM]


CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES POR EIXO

PÓS-OCUPAÇÃO • tema ainda é bastante árido e se constitui como uma lacuna na política habitacional • substituição de demanda ao longo do processo de obra por famílias com renda maior • oferta de equipamentos públicos no entorno é regular > essa presença dos equipamentos dificulta mobilizações por tais melhorias • há previsões, articuladas pelos movimentos e entidades organizadoras, para construção de novos equipamentos públicos no interior dos parcelamentos de construção de novos equipamentos públicos • centros comunitários: não têm sido encarados como algo prioritário para as entidades organizadoras • mutirão ainda é mote para a mobilização e para a convivência das famílias, e como preparação para o momento posterior à ocupação


EdifĂ­cio Utopia e Luta - Porto Alegre [MNLM]


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