Esse projeto foi desenvolvido na disciplina Oficina de Projeto III, e tinha como definição preliminar, o sistema estrutural, nesse caso a alvenaria estrutural. A partir desse condicionante foi definido o partido que seria adotado. Compreendendo que esse elemento estrutural é bidimensional, a ideia foi criar grandes painéis paralelos entre si, permitindo assim a alocação dos módulos habitacionais e garantindo a maior permeabilidade da edificação para receber o sol e a ventilação cruzada. Cada uma dessas paredes estruturais extrapolavam os limites da edificção e de maneira alternada ganhavam diferentes dimensões, garantindo uma menor estaticidade na percepção visual.
Render por Pedro Assis
O formato em “L” se encaixava perfeitamente no terreno de esquina, mantendo uma única circulação horizontal voltada para o poente e garantiundo com que todos os 60 apartamentos tivessem suas varandas voltadas para o nascente. Além dos módulos habitacionais, o edifício também conta com uma garagem no subsolo, academia, salão de jogos, área infantil, piscina e área gourmet.
Também, foi pensado todo o programa infraestrutural, como os reservatórios superior e inferior, casa de bombas, subestação, casa de lixo, entre outros. Os apartamentos seguem todos a mesma tipologia, possuindo 55,87 m² que comportam uma suíte, sala de estar/jantar, cozinha, área de serviço e varanda.
Desenho por Pedro Assis
PLANTA BAIXA PAVIMENTO TIPO
O conforto ambiental foi um ponto determinante para diversas decisões projetuais, sendo elas, o posicionamento dos apartamentos; as paredes estruturais, que avançam e tornam-se barreiras de proteção solar; a escolha dos brises como elemento de proteção e somado a isso a vegetação também ganha caráter notório do edifício. No pavimento térreo uma barreira verde foi criada, visando a proteção dos ambientes sociais localizados nesse pavimento.
Render por Pedro Assis
Render por Pedro Assis
Além disso a piscina também ganha uma posição privilegiada para sua utilização, visto a necessidade de maior incidência solar para o seu melhor aproveitamento durante o dia. Marcado por uma estética onde foi preservada a natureza real dos materiais, como a madeira nos brises e os blocos de concreto aparentes nas alvenarias, o projeto explora o potencial estético original de cada um dos elementos.
Render por Pedro Assis
COWORKING
8 X 8
Tipo: Acadêmico
Local: Stella Maris, Salvador - BA
Ano: 2021
Área Construída: 828,61 m²
O projeto a seguir fez parte de um trabalho luminotécnico da disciplina Conforto do Ambiente Construído II, a intenção era pensar na ilulinação desde a concepção do edifício. Por isso adotou-se uma metodologia de desenvolvimento da forma, visando a maior permeabilidade da edificação em sua quinta fachada, possibilitando a entrada de luz natural em todo o espaço interno. Como o terreno era bastante grande para o programa necessário, a estratégia para maior otimização do espaço foi manter a edificação térrea e aumentar ao máximo sua área de ocupação dentro daquele espaço.
Render por Pedro Assis
Partiu-se então de um bloco com dimensões de 32 x 24 m, para em seguida criar um “grid” de 8 x 8 m. Despois de estabelecer essa modulação a ideia foi trabalhar com as alturas, buscando chegar na intenção inicial do projeto, de que a iluminação natural invadisse o edificio pela parte superior. O primeiro movimento foi criar três pátios internos e o segundo, aumentar o pé direito dos demais módulos em alturas diversas permitindo a surgimento de desníveis na forma.
Diagrama por Pedro Assis
Com esse resultado em mãos, a opção adotada para as fachadas visíveis foi manter uma uniformidade de coloração, sendo toda branca e quase completamento cega, apenas em um múdulo de cada fachada é inserido um brise de concreto também branco. A intenção foi sempre priorizar o jogo de luz e sombra, por isso as texturas, elementos vazados e um pano branco eram a solução ideal para esse projeto.
Render por Pedro Assis
Render por Pedro Assis
Seu espaço interno conta com um salão principal e duas salas versáteis que podem somar a esse salão ou serem fechadas para criar espaços de reunião e/ou estudo. Além disso possui uma recepção, sanitários, sala de administração, depósito de materiais de limpeza, copa e vestiário para funcionários. Em sua área externa, além de um paisagismo que cria uma atmosfera de parque urabano, ainda conta com um estacionamento para 50 veículos.
Desenho por Pedro Assis
PLANTA BAIXA TÉRREO
CO - MAR.
Tipo: Acadêmico
Local: Comércio, Salvador - BA
Ano: 2022
Área de Projeto: 6000,00 m²
Esse projeto foi o resultado final de uma densa análise a respeito do bairro do Comércio em Salavador. Primeiro foi feito um estudo urbano do espaço, depois foi realizada uma proposta de masterplan para a área hoje ocupada pelo exército no bairro, e por fim foi escolhida uma área, desse mesmo masterplan, para desenvolver um projeto que chegasse ao nível de detalhamento dos mobiliários.
E assim foi feito, o grupo optou por realizar o projeto em uma das alamedas que haviam sido criadas, marcada por uma ciclovia bastante orgânica que interligava o bairro.
Render por João Lucas Sobral
A ideia da utilização de formas amebóides na contrução da identidade do projeto, surgiu a partir do entendimento da sua fuidez, marcado pela ciclovia que cortava a alameda. A partir desse desenho sinuoso criou-se uma rede de conteiros ao longo de toda a ciclovia. Assim, eles proporcionam a delimitação do fluxo, bem como o surgimento de pequenos espaços que se relacionam com o andar térreo dos edifícios adjacentes. Os espaços resultantes tornaram-se espaços recreativos/infantis, bares/restaurantes e lojas/ comércios diversos, proporcionando bastante atividade ao longo do dia e da noite.
Desenho por Pedro Assis
PLANTA BAIXA HUMANIZADA ALAMEDA
Enquanto estratégia projetual os canteiros foram criados em três diferentes escalas, comportando assim três diferentes espécies de vegetações baixas, além das árvores que garantem sombra a alameda. Esse conjunto de canteiros foi responsável por criar um espaço com maior densidade vegetativa e conquentemente visual, com o intuito de explorar mais o design do projeto e manter a linguagem, o piso também foi pensado de forma estratégica. Visando compesar a densidade do eixo interno, a paginação também adotou formas amebóides, que quanto mais se afastavam da ciclovia menores eram suas dimenções, estabelecendo uma espécie de desintegração do espaço.
Render por João Lucas Sobral
O resultado, foi um projeto que privilegiava o pedestre e porporcionava espaços diversos, abarcando diferentes tipos de usos, esses que foram norteadores do desenvolvimento projetual. Funciona como um espaço para circulação dentro do bairro, além de compreender um edifício educacional, portanto, responde as necessidades da população infantojuvenil. Cria também locais de alimentação e ainda gera uma movimentação do comércio local, consequentemente um espaço que é democrático e com muita “vida”.
Render por João Lucas Sobral
Render por João Lucas Sobral
Tipo: Acadêmico
Local: Boa Vista, São Gonçalo - RJ
Ano: 2024
Área Construída: 2495,36 m²
O THSG - Terminal Hidroviário de São Gonçalo, foi o resultado do projeto final de graduação e tinha como intenção inicial, responder as duas principais esferas projetuais abordadas pelo trabalho. Uma diz respeito a uma necessidade urbana da população gonçalense e adjacente, uma vez que foi identificado um claro cenário de desvalorização do modal hidroviário na baía de Guanabara. Os trabalhadores ficam reféns do transporte rodoviário e sem alternativas de deslocamento, agravando o cenário de trânsito diário, que impacta de forma muito negativa na qualidade de vida da populção. Por outro lado o projeto também visava explorar conceitos e técnicas de plasticidade e estética da arquitetura comtemporânea, através, principalmente, do design paramétrico e da biomimética.
Render por Pedro Assis
O desenho do projeto teve início em sua estrutura, que baseado nos conceitos da biomimética - área da ciência que estuda os princípios criativos e estratégias da natureza, visando a criação de soluções para os problemas atuais - teve inspiração na vegetação de mangue, característica da região. As árvores desse ecossitema apresentam caules/raízes ramificadas, que buscam garantir mais estabilidade para a planta e maior respiração celular em terrenos
lodosos. O projeto, portanto, assumiu a mesma estratégia, com a utilização de uma estrutura em madeira lamida colada que foi pensada em módulos triangulares, com elementos de sustentação primária e secundária. Já para a cobertura dessa trama, foi utilizado um algoritmo que respondesse as nessidades formais desses elementos, simulando uma superfície tensionada que sofre influência da gravidade em sua geração.
Diagrama por Pedro Assis
Algoritmo por Pedro Assis
O formato em “L” busca responder as caraterísticas existentes do próprio terreno, que apresentava o trecho de implementação do projeto, já pavimento, enquanto o restante era completamente vegetado. Seu funcionamento interno se dá a partir de uma lógica de corredor, através de uma entrada e uma saída em lados opostos, explorando a ideia de fluxo, marcante em projetos de terminais. Ao longo do corredor principal foram dispostos diferentes grupamentos de usos, que estavam posicionados em locais estratégicos, como a sede de uma ONG, para administração e proteção de zonas costeiras de mangue, um volume para ambientes de serviço, um para os sanitários, um para o café/bar, que também teria utilização do público externo em horários alternativos e um volume técnico. Por último, no trecho do edifício que avança sobre a baía, é possivel fazer a conexão com as barcas.
Desenho por Pedro Assis PLANTA BAIXA TÉRREO
A fachada da edificação disposta em aletas, com afastamentos entre si, visando melhorar os condicionates de conforto ambiental interno, também permitiram a exploração do design paramétrico. Através da técnica de pontos atratores, foram criadas perfurações em formato triangular, que assumiam maiores dimensões ao se aproximarem do arco superior e reduziam sua dimensão/frequência ao se aproximarem do solo. Como resultado, foi obtido um padrão dinâmido estético para a fachada e que é refletido automaticamente no ambiente interno, através da iluminação solar.
Render por Pedro Assis
Render por Pedro Assis
Internamente, os demais elementos que compunham o edifício tomaram formas para se adaptar a estética criada pela volumetria. O piso é um grande exemplo disso, pois também, através da parametrização, foi possível construir um algoritmo, no qual foram estabelidos nós, nos pontos em que a estrutura tocava o solo. Esses eram responsáveis por atrair as linhas paralelas desenhas no chão, criando essas curvaturas leves e ritmadas, que acompanham o movimento da edificação e dos passageiros. Por último, os bancos fixos, em concreto e madeira, emergem do solo, alinhados com as curvaturas do piso, trazendo maior unidade para o espaço.