HISTÓRIA de PEDRO CAFFÉ M. ROTEIRO de GUSTAVO DIAS ARTE de PEDRO CAFFÉ M.
Na virada do século, a humanidade se viu afogada em incertezas, medos e relacionamentos instáveis. A imprevisibilidade do futuro, as guerras e as intensas crises políticas e econômicas fizeram com que o índice de suicídios aumentasse exorbitantemente. Na ausência de esperança, os principais afetados foram os jovens, que se sentiam vulneráveis e incapazes de mudar seu destino. A situação fez com que o mundo entrasse em uma crise nunca antes vista. Devido às catástrofes sociais profundas, houve um desinvestimento nos espaços coletivos. A compra de armas foi liberada em várias partes do mundo por causa da insegurança nas cidades. Com a falta de jovens para o mercado de trabalho e até mesmo para procriar e preservar a raça humana, as cidades ficaram caóticas e a fome se alastrou. A crise assumiu proporções planetárias. Alguns fazendeiros se aproveitaram da situação: como possuíam os meios de produção, uma nova máfia de alimentos cresceu e fez o papel de governo na distribuição de alimentos, já que tudo estava menos fiscalizado e o governo incapaz de suprir as necessidades básicas. Com isso, as máfias foram vistas como um governo paralelo e passaram a ser solicitadas pela população no fornecimento dos alimentos. Os Estados Unidos propuseram uma tríplice aliança com Brasil e Cuba, com o objetivo de criar novas organizações de elite: as custódias. As custódias são unidades militares de inteligência e estratégia. Essas organizações haviam sido feitas com a intenção de ser uma espécie de polícia contra as máfias, elas vigiavam para que o mercado de alimentos ocorresse dentro de parâmetros legais e impediam o comércio clandestino. A população foi dividida entre aqueles que apoiavam a vigilância das custódias sobre o mercado e quem as viam como um obstáculo para sua subsistência. A situação colocou em xeque tanto o poder das máfias quanto o das custódias, abrindo espaço para uma possível guerra civil. Este foi o caso das Américas.