Fanzine NEAA - Enegrecer!

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NEAA

Por Pedro Dall’Agnol e

por Pedro Dall’Agnol Ribeiro Bia Pimentel


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Trabalhando a dois meses na unicentro como zeladora eu ja ouvi e aguentei bastante coisa, a Universidade é publica para qualquer pessoa de qualquer cor porem nao se ve muitos alunos negros nem funcionarios nem professores.

‘‘

L. S., funcionária


ar g a p a s a cont - água - luz net - inlutegruel - a mentação - aliise - cr


pai,

afasta de mim

esse

pai,

calice

afasta de mim esse

cale-se


Mesmo calada a boca,

resta

peito o

Silencio na universidade nao se

escuta


Entrar, permanecer e enegrecer a Unicentro! É necessário e urgente que as universidades Brasil a fora se pintem de povo. Infelizmente as polí cas de ação afirma va não tem sido suficientemente implementadas nas universidades e centros de ensino, mantendo a margem uma importante parcela da população, em sua grande maioria negra e pobre. Temos que reverter esta situação! É necessário enegrecer as universidades e é urgente o inves mento em Assistência Estudan l, garan ndo o direito a permanência para todas e todos que necessitam. Em Guarapuava quase 1/4 da população é negra, entretanto apenas 11,3% dos alunos e ingressos na Unicentro em 2015 eram negros e negras. Temos que corrigir isto, temos que exigir Cotas Raciais Já! Que o povo negro possa estudar! Que o povo pobre possa estudar! COTAS RACIAIS NA UNICENTRO JÁ! ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL JÁ!


VOCĂŠe

SABIA?

Segundo o IBGE(2010), 22,5% da populacao de Guarapuava e negra.

22,5 77,5

Negros (Pretos e pardos)

Nao Negros (Brancos, amarelos e indigenas)

Entretanto...

Segundo a propria Unicentro, apenas 11,3% dos ingressos na universidade em 2015 eram negros.

Negros 11,3

88,7

(Pretos e pardos)

Nao Negros

(Brancos, amarelos, nao declarados e indigenas)


SOBRE O USO DA TÉCNICA BLACKFACE Por: Bia Pimentel O uso do blackface contribui para uma imagética negativa sobre a população negra com efeitos sociais. Está técnica era utilizada no âmbito teatral, pois antigamente não haviam negros em elencos, e quando raramente havia. Os papeis destinados não era dos melhores, desta forma, a representação neste âmbito sempre esteve comprometida. Em termo de Brasil, podemos assinalar o Teatro Experimental do Negro (TEN) que lutou contra esta técnica e tantas outras formas racistas. O racismo está entranhado em nossa sociedade. A transição do período escravocrata deixou marcas sociais ainda presentes, pois se sustenta uma estrutura social similar por meio de práticas racistas “roman zadas”. O quilombo virou favela. A nega não é maluca! Sabe por que? Por que há algo de errado na sociedade e não nela. Muitas mulheres negras não se aceitam como tal, devido ao preconceito esté co sofrido por ter cabelos crespos e cachedos, muitos homens negros são estereo pados, ou seja, somos sujeitos exó cos. O incômodo que esta prá ca traz só corrobora para discursos que legi mam comentários racistas, que de uma maneira acabam sendo naturalizados. A naturalização do racismo tornou-se “agora não pode mais brincar” em meio a uma sociedade ocidental, em um país colonizado, saqueado por europeus e que escravizou negros por 400 anos. Manifestamos nossa oposição a esta situação. Estamos fartos de discursos como estes, de representações sarcás cas, da falta de representa vidade nos programas de TV, de mulher negra ser empregada domés ca ou “Globeleza”. Nossa cor não é algo para diver mento alheio.


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