Vivacidade edição 117

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Ano 11 - n.º 117 - abril 2016

Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Pedro Santos Ferreira

Visite-nos em: www.vivacidade.org - E-mail: geral@vivacidade.org

25 de Abril de 1974: três histórias da Revolução dos Cravos

Reportagem Vivacidade Arco do Bojo: grupo de música tradicional portuguesa comemora bodas de prata no Auditório Municipal de Gondomar > Págs. 8 e 9

Sociedade Encontro Internacional de Marionetas: festival já tem cartaz fechado > Pág. 15

Política “Pulmão Verde”: municípios formalizaram Parque das Serras do Porto > Pág. 28

Desporto O Vivacidade ouviu as histórias de três exemplos de luta pela liberdade > Págs. 24 e 25

Hugo Santos: entrevista ao andebolista gondomarense do FC Porto > Pág. 33 PUB


2 VIVACIDADE ABRIL 2016

Editorial Foto DR

José Ângelo Pinto

Administrador da Vivacidade, S.A. Economista e Docente Universitário duas primeiras décadas da democracia existiram avanços civilizacionais significativos mas também é evidente que, nas duas últimas décadas, e por muitas vezes, fomos impedidos de melhorar o funcionamento do país por causa da existência de uma Constituição que é, em muitos pontos, retrógrada e que exprime opinião política própria e bem diferente da opinião do povo. Mais, não é uma Constituição conceptual mas sim uma Constituição programática, condicionando a vontade futura do povo. É por isto que o que é urgente não é a simples revisão da Constituição que muitos defendem mas sim a criação de uma nova Constituição que sirva de refundação ao Estado português e que nos possa dar um instrumento verdadeiramente estratégico para que possamos resolver de vez os nossos grandes problemas formais e estruturais. Só há duas formas de se vir a criar uma nova Constituição: 1 - fazer uma nova revolução; 2 - fazer um protocolo de entendimento entre a maior parte dos partidos para criar uma nova Assembleia Constitucional que possa criar um documento verdadeiramente digno do nosso país. E só haverá um facto que pode levar a que as pessoas ou os partidos venham a aceitar ou provocar uma destas formas: a completa falência e incapacidade do Estado de pagar as suas contas. ■

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org

Foto DR

Caros leitores, Com o 25 de Abril de 1974 o povo ganhou a possibilidade de intervir nas decisões e de expressar, através dos seus representantes, as suas vontades procurando-se que as tais decisões fossem producentes para o desenvolvimento de um país mais forte, em que as pessoas fossem mais defendidas. Um país em que, especialmente os mais fracos, pudessem ser apoiados e ajudados pela sociedade, de modo a não fazer depender a sobrevivência de ninguém de esmolas ou da boa vontade de entidades (a Igreja, por exemplo) ou de pessoas beneméritas. Passaram 42 anos. Este ano especialmente, o 25 de Abril é comemorado efusivamente, especialmente porque, em 2016, conquistaram-se quatro feriados, os funcionários públicos ganharam cinco horas de descanso semanal e vamos ter um cartão de cidadania! No dia 2 de abril também devíamos ter comemorado efusivamente os 40 anos da aprovação da constituição da República Portuguesa, em 1976, que foi aprovada por uma larga maioria de deputados que foram eleitos pelo povo especialmente para esse efeito. Esta data talvez até merecesse um feriado. Há 40 anos a realidade política, social e o conceito de bem estar das pessoas era completamente diferente da realidade de hoje. É evidente que, especialmente nas

A conceção arquitetónica do Basho Sushi House – da autoria do gabinete de Paulo Merlini – levou o espaço gondomarense à final do prémio Architizer A+, um galardão atribuído pelos cibernautas. O espaço não foi eleito vencedor mas merece nota positiva por marcar a diferença.

Não sabendo a quem recorrer vim, através deste meio, denunciar uma situação que está a tornar-se perigosa. Moro na Travessa Professor Egas Moniz, São Cosme, e, atualmente, os cabos de iluminação da rua encontram-se entrelaçados com os ramos das árvores. Se algum parte, não sei o que poderá acontecer. O leitor, Paulo Silva

SUMÁRIO:

FICHA TÉCNICA

Segurança, precisa-se

Breves

Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06

BISTURI | Henrique Villalva

Reportagem Vivacidade

Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873) Redação: Pedro Santos Ferreira (CP-10017) Departamento comercial: Serafim Ribeiro (Tel.: 910 600 079) Paginação: Carina Moreira

Página 4

Páginas 8 e 9

Sociedade

Páginas 6 a 18

Cultura

Páginas 20 a 22

Política

Páginas 23 a 32

Destaque

Páginas 24 e 25

Desporto

Páginas 33 a 38

Empresas & Negócios Página 39 e 40

Opinião

Páginas 41 a 43

Lazer

Páginas 44 e 45

Emprego Página 46

PRÓXIMA EDIÇÃO 19 de maio

Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Detentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda. Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Tel.: 919 275 934 Colaboradores: Ana Portela, André Campos, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Elisabete Castro, Germana Rocha, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, João Pedro Sousa, José António Ferreira, José Luís Ferreira, José Pedro Oliveira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Salomé Ferreira, Sandra Neves e Tiago Nogueira. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio: www.vivacidade.org Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar E-mail: geral@vivacidade.org Agenda: agenda@vivacidade.org

Um dos problemas mais comuns do tecido rodoviário do concelho de Gondomar é a falta de sinalização adequada do tráfego urbano. Todos sabemos que sobretudo as freguesias mais ocidentais do concelho, ou seja as que estão mais próximas do perímetro urbano da cidade do Porto, são também as mais populosas, e que, por isso mesmo, são responsáveis por um pesado fluxo de trânsito no acesso ao Porto. Se é verdade que as principais artérias de entrada e saída na cidade exercem funções de vias estruturantes, e, como tal, concentram o grosso do tráfego, não é menos verdade que a circulação no interior destes centros é também muito intensa, sobretudo nas horas de ponta, normalmente até como fuga ao congestionamento das vias principais. Ora, não é raro constatar

que se registam frequentes acidentes nesta malha urbana, ora atingindo transeuntes dentro e fora de passadeiras, ora apenas entre veículos que chocam. E a principal razão deste tipo de acidentes é quase sempre a deficiente ou mesmo a inexistência de sinalização para os automobilistas. Há uns meses atrás o executivo camarário investiu de forma bastante visível na sinalização de passadeiras, muitas delas até com indicadores luminosos. E ao nível da circulação de peões foi notória a melhoria da segurança. Infelizmente, o mesmo não se pode dizer com a disciplina nas regras de prioridade de passagem de veículos. Basta atravessar algumas urbanizações de maior densidade residencial para se constatar que faltam sinais de STOP em ruas secundárias, em relação a vias principais de circu-

lação. É por isso que a prioridade à direita é tantas vezes desrespeitada, pondo em causa a segurança de veículos e ocupantes. Torna-se, pois, necessário, proceder a um levantamento de observação directa do comportamento dos automobilistas, para se definir quais as vias a quem deve ser dada prioridade de circulação, em função dos fluxos de tráfego, e em função do próprio desenho ou conceção da malha urbanística. Umas dezenas de sinais de STOP criteriosamente instalados em artérias secundárias, no interior de muitas urbanizações, evitariam muitos danos em viaturas, e, quantas vezes, assegurariam de forma bem mais eficaz a segurança de pessoas e bens. Haja quem olhe para isto, em todo o concelho, mas, sobretudo, nas freguesias de Fânzeres, Valbom, Baguim do Monte e Rio Tinto. ■


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Breves Geoclube marcou presença na Bulgária Foto DR

Entre os dias 1 e 3 de abril o Geoclube – Associação Juvenil esteve representado em Plovdiv, Bulgária, na 6ª reunião do projeto “Joyneet: Job Opprtunities for Youth with the Network of European Towns”. O projeto prevê a mobilidade de jovens com o objetivo de fomentar a experiência, conhecimentos e rede de contactos para promover a empregabilidade dos jovens.

Ala Nun’Álvares de Gondomar é campeã nacional de equipas Foto DR

A Ala Nun’Álvares de Gondomar sagrou-se campeã nacional de equipas em ténis de mesa, no escalão de cadetes masculinos. O Campeonato Nacional de Equipas de iniciados, cadetes e sub-21, realizou-se entre os dias 3 e 4 de abril, em Leiria. Miguel Cunha, Zé Miguel Magalhães, João Silva e os treinadores Pedro Oliveira e Maria Nogueira foram os mais fortes da competição.

Atletas de Rio Tinto no Campeonato do Mundo de Artes Marciais Foto DR

A Associação Nacional de Kenpo e Disciplinas Associadas (ANKDA) levou três atletas riotintenses ao Campeonato do Mundo de Todos os Estilos (Artes Marciais). A prova decorreu nos dias 18, 19 e 20 de março nas Caldas da Rainha. Hugo Carvalho trouxe a medalha de bronze na categoria -57kg. A deslocação contou com o apoio da Junta de Rio Tinto.

Foto DR

O logótipo do Conselho Local de Juventude de Rio Tinto foi apresentado a 15 de abril, no salão nobre da Junta de Freguesia. A riotintense Cátia Morgado foi a autora da proposta vencedora do concurso.

“Conta-me um Conto” recebe 20 candidaturas Encerrado o prazo de entrega de trabalhos, a 2ª edição do concurso “Conta-me um Conto”, promovido pela União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, reuniu 20 contos de 20 autores, mais do dobro dos trabalhos entregues na 1ª edição. A lista de vencedores será publicada a 20 de maio.

Secretária de Estado visita Cruz Vermelha de Gondomar A Secretária de Estado da Cidadania e da Igualdade, Catarina Marcelino, visitou a Delegação de Gondomar da Cruz Vermelha Portuguesa a 16 de abril. Durante a visita à sede da instituição, em Baguim do Monte, a representante do Governo foi acompanhada por Cristina Louro, vice-presidente nacional da Cruz Vermelha Portuguesa.

A Câmara Municipal do Porto apresentou a 11 de abril a candidatura da região do Porto à classificação de Sítio de Referência Europeu na Área do Envelhecimento Ativo e Saudável, a atribuir pela Comissão Europeia. A Universidade Sénior de Rio Tinto é uma das 76 entidades parceiras do projeto Porto4Ageing e é, para já, a única na área das Universidades Seniores.

VIII Fidestreet Basket no Largo do Souto

Gondomar recebeu country manager do Facebook Foto DR

No dia 25 de abril o Largo do Souto recebe a 8ª edição do Fidestreet Basket. A competição de basquetebol 3x3 tem inscrições abertas até ao dia do evento e prevê a participação de atletas nascidos desde 1999. Os vencedores do torneio terão direito a prémios.

Jornalistas por um dia

EDC Gondomar garante presença na “final four” da Taça de Portugal Foto DR

A equipa sénior feminina de futsal da Escola Desportiva e Cultural de Gondomar garantiu lugar na “final four” da Taça de Portugal. O clube de Rio Tinto derrotou a equipa do União Atlético Povoense por 4-2 e assegurou a continuidade na prova. A “final four” realiza-se na Póvoa de Varzim entre 5 e 8 de maio.

Grupo Desportivo de Baguim pede apoio à autarquia Foto DR

No dia 1 de janeiro o edifício sede do Grupo Desportivo de Baguim do Monte ficou alagado após o rebentamento de um cano de água. Fernanda Pereira, presidente da direção da coletividade, pede agora o apoio da Câmara de Gondomar para recuperar os estragos causados.

O Multiusos de Gondomar vai receber entre os dias 15, 16 e 17 de abril do próximo ano o 4.º Encontro de Desportos Gímnicos. O evento vai contar com a participação de cerca de 350 atletas do distrito do Porto das diferentes disciplinas de ginástica, designadamente a acrobática, aeróbica, artística, de grupo, rítmica e trampolins.

Universidade Sénior de Rio Tinto integra Port4Ageing

Rio Tinto apresenta logótipo do Conselho Local de Juventude

Paulo Barreto marcou presença no seminário “Os novos desafios do comércio eletrónico”, iniciativa do Município de Gondomar, desenvolvida em parceria com a Associação Nacional de Jovens (ANJE), no Gondomar Gold Park. Paulo Barreto é desde o início de 2013 o country manager para Portugal do Facebook. A iniciativa realizou-se a 12 de abril.

4.º Encontro de Desportos Gímnicos

No dia 14 de abril, os alunos de Educação Especial do Colégio Paulo VI foram jornalistas por um dia. Os estudantes participaram na iniciativa do Jornal de Notícias e recordaram os 124 anos de história daquela instituição. Os alunos visitaram a redação e paginaram uma página impressa do conhecido jornal.

Mosteiro FC estreou novos equipamentos O Mosteiro FC estreou a 2 de abril os novos equipamentos oferecidos pela Junta de Rio Tinto à equipa de infantis de futsal. Os atletas ostentam agora o símbolo de Rio Tinto na camisola. A estreia ocorreu no pavilhão da Escola Secundária de Rio Tinto.

Rio Tinto em Festa já tem data A próxima edição do Rio Tinto em Festa já tem data marcada. Durante os dias 8 a 12 de junho há música e muita animação no espaço da antiga feira riotintense.

Associação Dignidade e Futuro festejou 6.º aniversário A Associação Dignidade e Futuro de Gondomar comemorou, no dia 9 de abril, o 6.º aniversário da coletividade. A ocasião serviu também para angariar fundos para a construção do lar São Francisco de Assis no terreno cedido pelos padres Capuchinhos. A obra orçada em um milhão de euros terá capacidade para 60 utentes.

Clube Gondomarense debate participação política da juventude O Clube Gondomarense realiza a 22 de abril um debate sobre o tema “Participação política e cívica da juventude”. A iniciativa contará com Daniel Vieira, presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, e José Miguel Bettencourt, jurista e investigador universitário. Magda Rocha, jornalista da RTP, será a moderadora do debate que vai decorrer no auditório da ACIG.

Rio Tinto comemorou Dia do Rio A Junta de Freguesia de Rio Tinto assinalou o Dia do rio Tinto com um conjunto de iniciativas, organizadas em parceria com o Movimento em Defesa do Rio Tinto. No dia 9 de abril realizou-se uma plantação de árvores na margem do rio Tinto e no dia 11 de abril foi inaugurado o lavadouro do rio da bica.

Lipor vence Prémio Excelência no Trabalho A Lipor venceu o Prémio Excelência no Trabalho, na categoria das médias empresas Sector Público. O prémio pretende galardoar as entidades que mais investem e apostam na área de clima organizacional e desenvolvimento do capital humano.

Clube Gondoclássicos de Portugal anuncia VIII Concentração O Clube Gondoclássicos de Portugal anunciou a VIII Concentração de Clássicos e Pré-clássicos de Gondomar. A iniciativa está marcada para o dia 19 de junho, no largo da Feira de São Cosme, junto à sede do clube. Durante a tarde realiza-se uma gincana no parque da feira.

Gondomar Futsal Clube apresenta nova imagem O Gondomar Futsal Clube apresentou a 10 de abril as novas camisolas para a secção de atletismo. A “cobaia” foi o atleta Bruno Vigário que recebeu de Telmo Viana, presidente da direção do clube, a primeira camisola com um design moderno e alusivo à filigrana de Gondomar.

Junta de Baguim alarga Rua Nova do Crasto A Junta de Freguesia de Baguim do Monte está a proceder ao arranjo total do piso da Rua Nova do Crasto. A empreitada prevê também a substituição da rede de drenagem das águas pluviais, novos passeios e um alargamento do percurso.


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Sociedade

Ourindústria: certame reuniu mais de 70 expositores em Gondomar

> Entrega do Troféu Originalidade

Foto PSF

A Ourindústria atingiu a maioridade. A 18ª edição foi considerada o “ano zero” do certame e trouxe uma “revolução total” ao evento. “Quero que a iniciativa, além de ter sucesso local, venha a ter relevância nacional e internacional”, disse

Foto PSF

A 18ª edição da Ourindústria realizou-se entre os dias 17 e 20 de março, no Multiusos de Gondomar. Ao Vivacidade, José Fernando Moreira, vereador do Município, considera que o certame “atingiu a idade adulta”.

> Entrega do Troféu Inovação / Criatividade

José Fernando Moreira, vereador das Feiras, Mercados e Eventos Promocionais na abertura da mais recente edição. “Os próximos anos serão de afirmação e mudança”, salientou, assumindo o compromisso de “melhorar e internacionalizar” a exposição. “Mais do que o sucesso que esta 18ª edição conseguiu, há que destacar que já se começou a trabalhar para a concretização do certame em 2017”, salientou José Fernando Moreira. A Ourindústria ocupou o Multiusos de Gondomar entre os dias 17 e 20 de março. O

evento foi organizado pela Câmara Municipal de Gondomar, em parceria com a AORP – Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal e o CINDOR – Centro de Formação Profissional da Indústria de Ourivesaria, entre outros parceiros ligados ao setor. Durante o evento foram entregues os prémios Troféu Originalidade (distingue a melhor montra/stand) e Trofeu Inovação/ Criatividade (distingue a melhor peça). Os prémios foram conquistados pela Incubadora de Joalheiros e Arlindo Moura Jewellery, respetivamente.

“Atingimos a idade adulta do evento” Ao Vivacidade, José Fernando Moreira mostra-se orgulhoso com a 18ª edição da Ourindústria. “Este ano implementamos as mudanças necessárias e julgo que a partir de agora a Ourindústria vai ser melhor. Vamos também apostar numa maior divulgação do evento e estamos já a trabalhar na próxima edição, conforme anunciei na inauguração”, clarifica o autarca. ■

Gabinete do Apoio ao Aluno e à Família conta com 60 voluntários Foto DR

Em 2001, surgia na Escola Básica de Santa Bárbara o GAAF, um projeto dedicado à integração de alunos problemáticos, com carências económicas e dificuldades académicas. Mais tarde, em 2006, o conceito do grupo foi reformulado. Hoje são mais de 60 alunos, do 7.º ao 9.º ano de escolaridade, integrados no GAAF. “É um gabinete onde os professores tutores, 10 no total, acompanham os alunos em regime de tutoria. Os alunos vêm para aqui encaminhados pelos diretores de turma e todos os anos há cada vez mais estudantes a querer participar neste projeto”, explica Eduarda Pontífice, fundadora e coordenadora do grupo. Durante o ano letivo, o GAAF desenvolve diversas iniciativas solidárias com impacto na freguesia. “A entrega de cabazes de Na-

Foto DR

Fundado em 2001, o Gabinete do Apoio ao Aluno e à Família (GAAF) da Escola Básica de Santa Bárbara, Fânzeres, conta já com 60 alunos voluntários envolvidos no projeto, orientados por 10 professores da escola.

Voluntárias aprovam o projeto

Ana Santos, aluna do 8.º ano: “Este projeto é importante para os alunos que participam e também para os que beneficiam dele. É importante sermos voluntários e trabalharmos com a diferença”

> Ação de Natal Solidário

> Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

tal aos mais carenciados foi a nossa primeira iniciativa. Apercebemo-nos também que alguns alunos vinham com fome para as aulas e não tinham roupa. Começamos a juntar algumas roupas e hoje temos um roupeiro ao dispor da Escola. São os alunos, professores e educadores que contribuem para esse espaço”, afirma a mentora do GAAF.

Este ano, o projeto está a trabalhar o tema “Conviver com a diferença” e conta com várias atividades de apoio concretizadas e vocacionadas para os 86 alunos com necessidades educativas especiais da EB Santa Bárbara”, conclui a responsável. O GAAF integra anualmente o projeto “Escolas Solidárias” da Fundação EDP. ■

Catarina Direito, aluna do 8.º ano: “Todas as semanas ajudamos os meninos com mais dificuldade. Fizemos cabazes de Natal e de Páscoa e participamos no Dia Paralímpico na Escola”


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Reportagem Vivacidade

Entrevista Arco do Bojo:

“São 25 anos muito positivos qualidade à música tradicion O Grupo de Música Tradicional Portuguesa – Arco do Bojo está a comemorar as bodas de prata. No dia 24 de abril, pelas 21h30, vão ser recordados 25 anos de histórias e músicas do grupo no Auditório Municipal de Gondomar e, a esse propósito, entrevistamos Paulo Araújo, mentor do projeto. Texto: Pedro Santos Ferreira

O Grupo de Música Tradicional Portuguesa - Arco do Bojo completa este ano o seu 25.º aniversário. Que significado tem esta data para o grupo? Paulo Araújo (PA) – Para nós significa 25 anos a tocar ininterruptamente e só isso já nos faz ter orgulho no nosso percurso. Julgo que são 25 anos muito positivos porque acrescentamos qualidade à música tradicional portuguesa e levamos a nossa música a Portugal inteiro. Hoje, a música tradicional portuguesa ainda é muito procurada? PA – Infelizmente ouve-se cada vez menos a música tradicional portuguesa nas festas e romarias do nosso país. São músicas com raízes ancestrais e que passam de geração em geração, por isso deviam s e r respeitadas.

Conte-nos a história da fundação do grupo... PA – Este grupo surgiu por brincadeira de um conjunto de amigos que se reuniam em minha casa a tocar vários instrumentos. Fazíamos umas brincadeiras e tocávamos umas músicas mas começaram a aparecer entidades locais que nos convidavam para animar as suas festas. Eram concertos dados por carolice. Qual foi o primeiro concerto oficial do Arco do Bojo? PA – O nosso primeiro concerto oficial surgiu após um convite da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, presidida por Aida Branco, para integrarmos as comemorações do 25 de Abril na freguesia, em 1991. Atuamos no Largo de São Brás pela primeira vez. Esse espetáculo foi diferente dos outros porque atuamos com o nosso nome oficial. Esse é considerado o ponto de arranque para o percurso que fizemos.

> Formação do Grupo em 2006

Esse concerto trouxe novos convites? PA – Após esse concerto percebemos que o grupo era um assunto sério. Começamos a ser mais profissionais nos ensaios, a comprar instrumentos e a ter outros cuidados. Foi nesse concerto que deixamos de ser um grupo de amigos e passamos a ser os Arco do Bojo. O número dos elementos do grupo foi sempre variável? PA – No início não tínhamos um grupo fixo. Estavam sempre a sair e a entrar novos elementos. Depois dos primeiros concertos tivemos que ser mais sérios em relação ao grupo. É nessa altura que começam a surgir contratos assinados para os nossos espetáculos. Foi fácil ou difícil o grupo impor-se na música tradicional portuguesa? PA – Com os concertos acabamos por

> Formação do Grupo em 2015

Discografia do Grupo de Música Tradicional Portuguesa - Arco do Bojo

“Estreca e Rega” 1996

“Cantigas” 2000

“Retratos” 2006

"Baile (en)Cantado" 2013

> Em 2007, num concerto realizado em Braga


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s porque acrescentamos nal portuguesa” Foto DR

Na altura existiam mais convites para atuarem? PA – Nos anos 90 existiam alguns grupos de música tradicional portuguesa que já estavam implementados como, por exemplo, o Grupo Cantares do Minho. Entretanto, com o avolumar de concertos também começamos a ter necessidade de cobrar cachê para comprarmos instrumentos e material para os nossos concertos.

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O primeiro CD do grupo surge em 1997. É uma data importante para a banda? PA – Logicamente. Foi com o nosso primeiro CD que dissemos “presente” à música tradicional portuguesa. Neste momento já temos quatro cd’s editados mas o primeiro é sempre especial. O grupo soube sempre gerir a entrada e saída de músicos ou chegou a causar problemas? PA – Não. As entradas e saídas foram sempre pacíficas e ainda hoje damo-nos todos bem. Quantos músicos passaram pelo grupo? PA – Seguramente cerca de 30 pessoas. É fácil recrutar novos músicos? PA – Tentamos sempre que sejam pessoas conhecidas. Temos agora um jovem de 15 anos a tocar connosco, mas é cada vez mais difícil recrutar novos músicos de música tradicional portuguesa. O estúdio da banda foi sempre em sua casa? PA – Começou por ser em casa da minha mãe e depois passou a ser na minha.

É lá que ensaiamos e onde guardamos os nossos instrumentos e materiais. A Junta de Baguim do Monte anunciou o projeto de criar uma Academia das Coletividades na freguesia, onde ficaria sediado o Arco do Bojo. Esta iniciativa está confirmada? PA – Sinceramente, não sei. Ouço falar em muita coisa mas não sei como está esse processo. Entretanto, em 1999, o grupo constituiu-se como Cooperativa Cultural e, nesse âmbito, também desenvolvemos outras atividades, nomeadamente o Concurso Gastronómico Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte, entre outras iniciativas. Seria positivo para nós termos essa sede na Escola Básica de Baguim do Monte. Para festejar este 25-º aniversário o grupo vai dar um concerto especial no dia 24 de abril, no Auditório Municipal de Gondomar... PA – Vai ser um momento importante da nossa história. Vamos tocar cerca de 20 músicas e vamos reunir músicos que já passaram pelos Arco do Bojo. Além da parte musical vai servir para reencontrarmos amigos do nosso passado. Como estão a decorrer os ensaios? PA – Estamos a afinar pormenores mas posso dizer que estão a correr muito bem. Na sua opinião, ao longo destes 25 anos foi sempre reconhecido pelos gondomarenses e pelas instituições e associações do concelho? PA – Julgo que sim. As autarquias têm sido o nosso maior apoio, além das comissões de festas. Na música, 25 anos passam depressa? PA – Vinte e cinco anos passam muito depressa [risos]. ■ Foto DR

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> Concerto em Custóias, no ano passado

Historial do Grupo: Foto DR

ter alguma visibilidade na imprensa regional e local. Os convites surgiram naturalmente e conseguimos impor-nos no panorama nacional.

São 25 anos de música tradicional portuguesa. O grupo “Arco do Bojo” começou na “Cave do Paulo”, em Baguim do Monte, com um grupo de amigos que se uniram para “tocar umas músicas e aproveitar o momento para se divertirem”, conta Paulo Araújo. O primeiro convite surgiu no Dia da Liberdade, em 1991, naquela que foi a primeira atuação “oficial” do grupo. O concerto abriu portas ao grupo que começou a percorrer todo o país em romarias, feiras de artesanato, festivais de música, entre outros espetáculos. Em 1996, surge o primeiro álbum editado - “Estreca e Rega” – com trechos recolhidos em diversos cancioneiros populares e arranjos do próprio grupo com recurso a instrumentos tradicionais. Em junho de 1999, depois de cumpridas as formalidades legais, é registada a Cooperativa Cultural Grupo de Música Tradicional Portuguesa Arco do Bojo. No ano seguinte, o grupo grava o segundo CD, intitulado “C’antigas”, fruto de recolhas efetuadas em diversos cancioneiros populares portugueses. Em 2006, surge o terceiro disco, “Retrato(s)”, com a particularidade da capa e interiores serem ilustrados com fotos dos elementos do grupo em trajes do século XVIII. O quarto disco, intitulado “Baile (En) cantado”, surge em 2013. No trabalho são utilizados instrumentos tradicionais como sintetizadores e guitarras elétricas, embora as músicas continuem a ser fruto de arranjos baseados na recolha de exemplos do cancioneiro popular português.


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Sociedade POSTO DE VIGIA

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Manuel Teixeira

Rio Tinto Saudável: iniciativas promoveram saúde e bem-estar

Jornalista e Professor Universitário

Orçamento de Costa rompe pelas costuras 1 – Ainda o Orçamento do Estado não tinha completado um mês sobre a sua entrada em vigor já se levantava um coro de vozes vaticinando a sua inexequibilidade, por se considerar que as projeções económicas em que ele se baseia não eram realistas. Mas à medida que o tempo vai passando, as vozes críticas têm vindo a aumentar, constituindo hoje uma sirene de alarme que poucos ousam contrariar. A nível interno, quer o Banco de Portugal quer o Conselho de Finanças Públicas foram inequívocos ao considerar que as metas previstas no orçamento para o corrente ano eram excessivamente otimistas. No dizer destas entidades, nem o crescimento económico, nem a receita pública atingirão os valores previstos. De todo o modo, o Governo teima em reafirmar a sua fé naqueles indicadores macroeconómicos.

3 – Paralelamente, começa a ser anunciada uma tempestade sem retorno no sistema bancário nacional. Para muitos, a rendição dos bancos portugueses passará pelo domínio absoluto dos grandes grupos financeiros internacionais, com especial destaque para os nossos vizinhos espanhóis. Para outros, o Estado não terá como escapar a uma intervenção de nacionalizações controladas e temporárias de alguns dos nossos bancos. Tudo isto são profecias demasiado duras para que António Costa possa dormir descansado. E o desassossego será tanto mais penoso quanto se sabe que a maioria de esquerda já fez saber que não está disponível para subscrever novas faturas que penalizem os portugueses em geral, e os contribuintes em especial. Caso para dizer que António Costa precisa de muita luz para encontrar saídas limpas para tanto negrume. E será que a sua equipa está em condições de lhe iluminar o caminho? ■

A Junta de Freguesia de Rio Tinto, através da Comissão Social de Freguesia, voltou a realizar a feira de saúde “Rio Tinto Saudável”. O evento ganhou uma semana extra e, segundo Nuno Fonseca, presidente da autarquia riotintense, “veio para ficar”.

Entre 23 de março e 10 de abril, foram várias as iniciativas realizadas no âmbito do “Rio Tinto Saudável”. Entre palestras, conferências, aulas de zumba, yoga, boccia e kin ball, visitas e uma caminhada, a adesão foi considerada “muito positiva”. No dia 10 de abril realizou-se a caminhada solidária pela Liga Portuguesa contra o Cancro (LPCC), evento que encerrou o “Rio Tinto Saudável”. O percurso de cinco quilómetros foi percorrido por dezenas de caminhantes que se juntaram para apoiar a causa da LPCC. O “Rio Tinto Saudável” conta com 15 entidades parceiras envolvidas na organização das atividades programadas. ■

Enterro do Senhor trouxe milhares a Rio Tinto Milhares de pessoas encheram as ruas de Rio Tinto a 25 de março, Sexta-feira Santa, para assistirem à passagem da procissão do Enterro do Senhor. Como manda a tradição, a procissão alusiva ao Enterro do Senhor voltou a realizar-se na Sexta-feira Santa. A manifestação religiosa procura recordar o cortejo fúnebre de Jesus Cristo, segundo a fé católica. O cortejo, organizado pela Comissão das Solenidades da Semana Santa da Paróquia de Rio Tinto, teve início ao final da tarde e contou com a presença de várias individualidades do concelho e milhares de pessoas. Segundo a agência Ecclesia, “as procissões do Enterro do Senhor estabeleceram-se em Portugal por devoção dos fiéis, nos finais do século XV e princípios do século XVI, vindas de Jerusalém”. “Esta procissão começou por ser feita com o Santíssimo Sacramento: uma das hóstias consagradas na missa solene de Quinta-feira Santa era encerrada

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2 – É claro que não basta o otimismo governamental para alterar a realidade. E num curto espaço de tempo, quer o FMI - Fundo Monetário Internacional, quer a Comissão Europeia, secundada pelo Banco Central Europeu, vieram rever em baixa as perspetivas de crescimento da economia mundial e europeia, respetivamente, fazendo soar entre nós as campainhas de alarme. Hoje, só os lunáticos ousam contrariar as previsões dos mais credenciados analistas internos e externos. Há mesmo quem diga que o próprio Ministro das Finanças já reconhece, em circuitos reservados, que vai ser necessário rever em baixa as metas orçamentais, e adotar medidas extraordinárias. Que é como quem diz, vêm aí novos cortes, novos aumentos de impostos, ou as duas coisas ao mesmo tempo. Ou seja, a fatura das promessas eleitorais do PS vai chegar mais cedo do que o esperado inicialmente.

De 23 de março a 10 de abril a Comissão Social de Freguesia da Junta de Rio Tinto promoveu o “Rio Tinto Saudável”, um conjunto de iniciativas que visam a promoção da saúde e bem-estar na freguesia.

numa urna, sendo conduzida sob o pálio para um ‘túmulo’”, refere a agência de notícias da Igreja Católica em Portugal. “Após o Concílio de Trento, esta procissão seria proibida fora das igrejas, o que fez surgir um novo modo de a realizar, com a substituição do Santíssimo Sacramento pela imagem do Senhor Morto”. ■ PUB


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Sociedade

“É preciso ter lata” bate recorde em Gondomar

ção: Agrupamento de Escolas Sá de Miranda (Braga). Segundo Dénis Conceição, presidente da Associação “É Preciso ter Lata! – Canstruction Portugal”, a edição presente em Gondomar foi histórica. “Nunca estivemos num espaço tão bom como este e não vemos outro melhor do que este. Além disso, tivemos um excelente acompanhamento da autarquia que mostrou grande capacidade de resolver problemas. Temos uma série de escolas de Gondomar que responderam ao nosso desafio. Estamos num momento feliz do nosso projeto. Fomos muito bem recebidos”, afirmou o organizador. Apesar da vontade de manter o espírito itinerante do projeto, Dénis Conceição acabou por afirmar que não podem dizer que não a um regresso a Gondomar. ■

Centenas de pessoas participaram na 9ª Caminhada pelo Rio Tinto

O período de condicionamento será entre as 6h e a 1h da manhã, mas haverá outras opções para os afetados, no entanto, a circulação do Metro nesta linha decorrerá normalmente entre as estações da Senhora da Hora e Levada. “De forma a assegurar alternativas, a STCP irá disponibilizar autocarros para os passageiros com título Andante válido para as zonas em questão”, garante a Metro do

Porto em comunicado. No que diz respeito aos horários disponíveis, os autocarros irão circular nas mesmas horas do metro e existirá paragens em todas as estações de metro comprometidas: Rio Tinto, Campainha, Baguim, Carreira e Venda Nova. Porém, a estação de Levada continuará a funcionar na normalidade para os passageiros que desejem viajar na direção contrária a Fânzeres, ou seja, rumo ao Porto. Assim, a STCP conseguirá contornar as eventuais dificuldades causadas pela intervenção. “A Metro do Porto garante, desta forma, que o corte da linha Laranja entre Fânzeres e Levada não afetará a rotina de viagens dos clientes da empresa”, conclui a empresa. ■

património arquitetónico associado ao rio, através do investigador e coordenador nacional do Projecto Rios, Pedro Teiga. Segundo o MOVE, “com esta caminhada, fica mais uma vez demonstrado que o rio Tinto tem potencial ecológico e humano. A população já as (re)conhece e reclama o rio para si”, alerta o Movimento. A entidade responsável pela organização da Caminhada pelo Rio Tinto continua, contudo, a reclamar a preservação do curso de água por “um caminho linear e transparente em prol de um rio despoluído, renaturalizado, com áreas verdes envolventes, amplas e que permitam espraiar as suas águas e o acesso da população à vida que se pretende que o rio tenha”. Recorde-se que o MOVE completa este ano o seu 10.º aniversário. ■

O ex-guarda-redes internacional Vítor Baía visitou a 24 de março a sala de estudo Letras Urbanas, em Baguim do Monte, para entregar o diploma de contribuição para o projeto “Um Lugar para o Joãozinho”. “Fizeram um excelente trabalho e por isso viemos trazer-vos este diploma. Estamos muito gratos pelo vosso apoio”. Foi desta forma que Vítor Baía, ex-guarda-redes agradeceu o contributo de 1550 euros da comunidade da sala de estudo Letras Urbanas, sediada em Baguim do Monte. Dos mais novos aos mais crescidos, os alunos da sala de estudo juntaram-se para saudar a visita do antigo internacional português, embaixador do projeto “Um Lugar para o Joãozinho”. A iniciativa luta pela construção do novo hospital pediátrico do Hospital São João e conta com o apoio de várias instituições, mecenas, associações, comunidades locais e individuais. Para Helena Guerra, proprietária da sala de estudo baguinense, o diploma de partici-

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Cidadãos de todas as idades uniram-se para percorrer as margens do rio Tinto num percurso traçado entre a cidade a que dá nome e a zona de Pêgo Negro, no Porto. À semelhança do que já vem sendo hábito, a caminhada do MOVE foi um momento de comemoração do rio e das suas tradições. Os caminhantes tiveram a oportunidade de recordar, ficar a conhecer as potencialidades ecológicas do rio Tinto e o que resta do

No dia 23 de abril, a linha Laranja (F) estará interrompida entre as estações de Fânzeres e Levada, devido a uma intervenção técnica na rede.

Vítor Baía agradeceu apoio da sala de estudo Letras Urbanas Foto DR

No dia 17 de abril realizou-se a 9ª Caminhada pelo Rio Tinto, organizada pelo Movimento em Defesa do Rio Tinto (MOVE). A iniciativa contou com a adesão de centenas de pessoas.

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Numa causa contra a fome, a iniciativa “É Preciso ter lata”, obteve 117.655 latas de conserva, num total de 43 esculturas, 350 participantes, 50 voluntários e 2000 visitantes, conseguindo dar apoio a 91 instituições de solidariedade e projetos comunitários. Este ano, Gondomar recebeu, nos dias 29 e 30 de março, a 4ª edição do concurso, que trouxe 37 escolas de todo o país. No dia 1 de abril, o Multiusos de Gondomar abriu as portas ao público para a exposição. O concurso premiou sete agrupamentos nos seguintes critérios: Favorita do júri: Agrupamento de Escolas D. Pedro I (Canidelo); Favorita do público: Agrupamento de Escolas Júlio Dinis (Gondomar); Melhor estrutura: Agrupamento de Escolas Leonardo Coimbra Filho (Porto); Melhor uso de rótulos: Escola Secundária de São Pedro da Cova; Escultura com mais lata(s): Agrupamento de Escolas Gonçalo Mendes da Maia (Maia); Menção honrosa: Agrupamento de Escolas de Eiriz (Paços de Ferreira) e Melhor refei-

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A 4ª edição do “É preciso ter lata” angariou um total de 29 toneladas de alimentos, alcançando mais três toneladas do que no ano anterior.

Linha de Fânzeres interrompida a 23 de abril

pação nesta iniciativa é motivo de orgulho pelo trabalho desenvolvido pelos alunos. “Revertemos para esta causa com cerca de 1500 euros. A verba foi angariada através da venda de calendários feitos pelos nossos alunos. Cada calendário custou três euros”, refere a responsável. Sílvia Marques, da Associação “Um Lugar para o Joãozinho” valorizou a iniciativa e considerou todos os apoios para a causa “de extrema importância”. ■


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Sociedade

Centro Social de Soutelo organiza 2ª Run Social

O preço das inscrições varia entre os cinco e oito euros. A Run Kids está marcada para as 11h e a corrida e caminhada têm partida às 17h. O levantamento dos kits da prova será realizado na funzone, junto ao estádio do SC Rio Tinto, das 9h às 16h.

A corrida é organizada pelo CSS, a Associação Juvenil Relata Talentos e a Run River – Escola de Atletismo de Rio Tinto. As inscrições para a prova estão disponíveis na página http://www.runsocial. admeus.net/. ■ Foto PSF

Estão abertas as inscrições para a 2ª Run Social. A prova visa estimular a prática desportiva saudável e aproximar as instituições à comunidade, potenciando a entreajuda e solidariedade. Este ano, por cada inscrição, dois euros revertem a favor da construção do Centro Geriátrico do CSS. A 2ª Run Social terá uma corrida (10 quilómetros), caminhada (5 quilómetros) e uma Run Kids (milha e meia milha), com partida e chegada junto ao estádio do SC de Rio Tinto. Podem participar atletas de todos os âmbitos desportivos, em representação de clubes, instituições, empresas,

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O Centro Social de Soutelo (CSS), em parceria com os projetos associados e a Run River – Escola de Atletismo de Rio Tinto, organiza a 21 de maio a 2ª Run Social. A corrida terá um percurso de 10 quilómetros.

Entrega dos kits e valor das inscrições:

> A 1ª edição realizou-se junto ao Centro Social de Soutelo

famílias e individuais. “A Run Social é uma iniciativa que veio para ficar. Este ano contamos superar o número de inscritos da primeira edição [500 inscritos]”, afirma Tiago Silva, membro da organização. As principais novidades da 2ª edição prendem-se com a logística da prova, graças ao apoio do SC Rio Tinto. O clube ce-

deu os balneários para os banhos após o decorrer da prova. Estão também previstos vários momentos de animação na zona de partida. O percurso da prova será percorrido junto à linha do metro de Fânzeres, desde o estádio do Sport até à Cidade Jovem. André Pereira, atleta do SL Benfica será o padrinho da 2ª Run Social.

> Animação desportiva e muitas surpresas PUB


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Sociedade

Oporto Tattoo: convenção juntou 10 mil amantes das tatuagens

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Tatuadores e tatuados juntaram-se em Gondomar na 2ª edição da convenção “Oporto Tattoo Expo”. Durante três dias o Multiusos de Gondomar foi local de paragem obrigatória para os amantes da arte da tatuagem. No total passaram pela nave central do pavilhão gondomarense cerca de 250 tatuadores que representaram 20 países. “Este ano, tivemos todos os continentes representados, com participantes da África do Sul, Indonésia, Estados Unidos, Rússia, Brasil, Cuba, entre outros. Portugal é o país mais representado”, disse Ilídio Moreira, organizador do evento, ao nosso jornal. O “Oporto Tattoo Expo” aumentou o número de stands para 123, “a lotação máxima do Multiusos”, adiantou Ilídio Moreira. O responsável pela convenção mostrou-

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O “Oporto Tattoo Expo” regressou ao Multiusos de Gondomar entre os dias 8 e 10 de abril. Pela convenção passaram 10 mil aficionados da tatuagem.

Prémios de arquitetura destacam gondomarenses

se satisfeito com o espaço mas não garantiu a continuidade do evento em Gondomar. Fernando Rocha, humorista, voltou a ser embaixador do evento, desta vez acompanhado por Pedro Neves, colega de profissão. Parte do valor dos bilhetes reverteu a favor da delegação de Gondomar da Cruz Vermelha Portuguesa. ■

ESG de portas abertas à comunidade

100 anos da escola. Desta forma, tivemos o cuidado de ter dois espaços representativos das artes e ofícios do concelho de Gondomar, que também começaram na escola: o ouro, onde tivemos o CINDOR, e o nosso curso de restauro. Neste último tivemos uma banca com alunos do curso vocacional que fizeram uma mostra daquilo que é o restauro, para fazer recrudescer a talha, que é uma arte do concelho”, explicou a diretora. O Dia Aberto foi considerado “um sucesso” e conseguiu atrair centenas de pessoas que se mostraram interessadas na iniciativa. Segundo Lília Silva, “a atividade foi uma aposta ganha e tem tudo para ter mais edições”. ■

O projeto da Basho Sushi House foi escolhido entre candidaturas de todo o mundo para os prémios da plataforma norte-americana online Architizer A+, nas categorias “the Architizer A+ Júri” e “Architizer A+ Popular Choice”. Paulo Merlini e André Santos são os arquitetos responsáveis pelo projeto

do espaço de pequena dimensão (25 metros quadrados), mas com uma forte componente criativa. A particularidade do restaurante reside na instalação de luz criada pelos 12 mil pauzinhos, utensílio oriental que cobre o teto da sala de refeições do restaurante. As votações para o prémio encerraram no dia 1 de abril e os arquitetos não trouxeram o galardão para Gondomar, contudo, esta não é a primeira nomeação para prémios internacionais do gabinete Paulo Merlini Arquitectos. No ano passado, o atelier foi distinguido com uma menção na BID’14, a bienal Ibero-Americana de Desenho, com o projeto desenvolvido para a “Gondodoce”. ■

Ministro do Ambiente inaugurou II Encontro de Educação Ambiental Matos Fernandes, ministro do Ambiente, integrou a sessão de abertura do II Encontro de Educação Ambiental a 8 de abril, na Sala D’Ouro do Multiusos de Gondomar. Cerca de 180 professores do ensino básico e secundário, técnicos da Administração Pública e empresários participaram no II Encontro de Educação Ambiental. O evento regressou à Sala D’Ouro do Multiusos de Gondomar e teve como temas centrais a economia circular, o desperdício alimentar e as propostas de ensino das alterações climáticas. Matos Fernandes, ministro do Ambiente, foi o convidado de honra do evento organizado pela Câmara Municipal de Gondomar, Centro de Formação Júlio Resende, Lipor, Direção-geral dos Estabelecimentos Escolares, Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto e Escola Profissional do Instituto Nun’Álvares.

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Ao contrário do que é comum, a ESG abriu as suas portas num sábado, para receber alunos, encarregados de educação e toda a comunidade interessada. Para dar dinamismo a este dia, realizaram-se diversas iniciativas, com o apoio de entidades de referência. Na área do ensino, estiveram representadas instituições ligadas ao ensino superior como a Universidade Fernando Pessoa, Portucalense e o Instituto Universitário da Maia (ISMAI). No que diz respeito à saúde, esteve presente o Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa que passou o dia a fazer rastreios gratuitos. O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e o CINDOR também marcaram presença. Ao Vivacidade, Lília Silva, diretora da Escola Secundária de Gondomar, desvendou o motivo do evento. “O Dia Aberto foi uma iniciativa que surgiu integrada nos

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No passado dia 9, a Escola Secundária de Gondomar (ESG) dinamizou mais uma atividade relacionada com o centésimo aniversário da escola: o Dia Aberto.

O restaurante Basho Sushi House, projetado pelos arquitetos Paulo Merlini e André Santos, foi finalista dos prémios Architizer A+, em duas categorias.

“O evento tem todas as condições para continuar em Gondomar” Ao Vivacidade, José Fernando Moreira, vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Gondomar, mostra-se satisfeito pela adesão ao Encontro de Educação Ambiental. “A articulação entre os técnicos, os oradores e os professores foi muito positiva. Julgo que o evento tem todas as condições para continuar em Gondomar. O principal objetivo é dedicar esta formação a professores vocacionados para a área ambiental, com workshops que contam para a progressão na carreira dos docentes”, conclui o autarca. ■


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Sociedade

Encontro Internacional de Marionetas realiza-se de 26 a 29 de maio

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O Encontro Internacional de Marionetas (EI!) regressa a Gondomar entre 26 e 29 de maio. A segunda edição do evento foca-se no teatro de marionetas no Oriente e nas técnicas artísticas ancestrais destes povos. As marionetas vão invadir Gondomar entre os dias 26 e 29 de maio. A 2ª edição do EI!, organizada pela companhia Teatro e Marionetas de Mandrágora e o Município de Gondomar, acolhe companhias internacionais e nacionais, com apresentações de sala e rua, exposições, conversas, feiras, mostras e concertos. “Este ano vamos dedicar-nos às técnicas orientais de marionetas. Convidamos a artista japonesa Beniko Tanaka, que utiliza técnicas modernas e respeita as técnicas tradicionais do Oriente. Além disso, vamos ter companhias portuguesas e Jordi Bertran, um dos artistas mais conceituados desta arte”, explica Clara Ribeiro, do Teatro e Marionetas de Mandrágora. A principal novidade reside na mudança dos espetáculos do Multiusos para o Auditório Municipal de Gondomar. “É um local central e permite-nos tirar partido do jardim da Biblioteca Municipal para a realização de novas iniciativas. No Multiusos de Gondomar tivemos alguns problemas relacionados com a visibilidade do público”, confessa Clara Ribeiro. Para Luís Filipe Araújo, vereador da Cultura do Município, o EI! é “uma aposta ganha”. “Na 1ª edição contamos com uma

grande adesão durante todo o evento e tivemos espetáculos de elevada qualidade. A ideia que temos é manter a qualidade dos espetáculos e alargar a oferta”, refere o autarca. Ao Vivacidade, Luís Filipe Araújo destaca ainda o “trabalho meritório” do Teatro e Marionetas de Mandrágora, companhia que, no entender do vice-presidente da autarquia, “transporta o nome de Gondomar pelas melhores razões”. As apresentações dividem-se entre Gondomar (São Cosme), Valbom e Rio Tinto, contudo, a organização confessa ao nosso jornal a ambição de “fazer chegar o EI! a todas as freguesias do concelho”. Centro Cultural de Rio Tinto acolhe Marionetas de Mandrágora Ao Vivacidade, Luís Filipe Araújo garantiu a mudança da companhia de Teatro e Marionetas de Mandrágora para o Centro Cultural de Rio Tinto. “Está pensada a integração da associação no Condomínio das Artes. Julgo que a situação ficará resolvida até ao verão”, conclui. ■

Destaques do EI! 2016: 26 de maio “Antologia”, Companhia Jordi Bertran (Espanha) 27 de maio “Claralua”, Beniko Tanaka (Japão) 28 de maio “Convrsa ‘Marionetas no Oriente’”, Elisa Vilaça (Macau) 29 de maio “Benilde Bzzzoira”, Teatro e Marionetas de Mandrágora


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Sociedade

Secretária de Estado encerrou XI Feira de Saúde de Baguim

A Câmara de Gondomar e a organização Miss Portuguesa continuam à procura de candidatas ao título Miss Gondomar. O prazo de entrega de candidaturas encerra a 30 de abril.

A XI Feira de Saúde de Baguim do Monte encerrou a 18 de março com a presença da secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes.

As candidatas a Miss Gondomar, com idades entre os 17 e os 35 anos, continuam a ter a possibilidade de inscrever-se no concurso que vai eleger a representante do concelho na final do concurso Miss Portuguesa, entidade que dá seguimento ao antigo título Miss Portugal e elege as representantes portuguesas aos principais certames de beleza mundiais. O prazo de entrega de candidaturas termina no final deste mês e obedece a vários requisitos como, por exemplo: ter uma altura mínima de 1,68m, ser simpática e cooperativa, ter sentido de responsabilidade e elevado grau de profissionalismo, ter

disponibilidade para as obrigações inerentes ao concurso, ser solteira, não ter filhos e não estar grávida, entre outras exigências do regulamento estipuladas no regulamento do concurso. Ao Vivacidade, Carlos Brás, vereador da Câmara Municipal de Gondomar, mostra-se satisfeito com a promoção desta iniciativa. “Achamos que fazia todo o sentido revitalizar este concurso e que permitiria criarmos uma oportunidade para as jovens gondomarenses”. Contudo, o autarca alerta as candidatas para a responsabilidade inerente ao estatuto de Miss Gondomar. “Este concurso não é uma brincadeira, é um assunto muito sério porque as candidatas assumem o compromisso de estar disponíveis para promover a imagem do Município sempre que for necessário. Além disso, têm que contribuir para a rede social e ajudar pessoas ou famílias mais carenciadas”, conclui Carlos Brás. A Miss Gondomar será eleita a 29 de maio na Expo Gondomar. ■ PUB

A secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência marcou presença no encerramento da XI Feira de Saúde de Baguim do Monte e apadrinhou a contratação da quarta funcionária da autarquia, uma telefonista cega. A última iniciativa da XI Feira de Saúde lotou o salão nobre da Junta de Freguesia que teve casa cheia para assistir ao seminário “Integração profissional da pessoa com deficiência”, causa praticada pela Junta que conta com 11 funcionários que têm deficiências físicas e mentais. Quatro dos quais têm já contratos laborais estáveis. Os restantes estão a fazer estágios remunerados

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Miss Gondomar: candidaturas encerram no final de abril

ou inseridos em programas ocupacionais. A conferência de encerramento contou com a presença de Carla Vale, diretora do Centro de Emprego de Gondomar, Verónica Vieira, da Associação Nuno Silveira e Ana Alves, do Centro de Reabilitação Profissional de Gaia. A Câmara Municipal de Gondomar, o Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES) de Gondomar e o Agrupamento de Escolas de Rio Tinto n.º 3 fizeram-se representar na iniciativa destinada aos técnicos de instituições locais. ■

Gondomarenses elogiam qualidade da água da rede pública

Um estudo de mercado realizado por uma empresa independente especializada, durante o mês de dezembro de 2015, junto de clientes domésticos e não-domésticos concluiu resultados “globalmente muito positivos” sobre a qualidade dos serviços prestados pela AdG. As conclusões deste estudo foram resultantes das respostas de cerca de 400 clientes, com entrevistas presenciais e telefónicas. Dos resultados obtidos, conclui-se que cerca de 70% dos inquiridos considera satisfatória a muito satisfatória a qualidade da água. Contudo, apenas 53% bebe água da torneira, uma realidade à qual a AdG “está atenta e em relação à qual tem atuado através de campanhas de sensibilização para o consumo da água da torneira, cuja qualidade da água ronda os 99,96%”. Para Jaime Martins, diretor-geral da AdG, “a água que é distribuída na rede pública é de qualidade e garante uma eleva-

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A empresa Águas de Gondomar (AdG) realizou um estudo de mercado que avalia de forma positiva o grau de satisfação dos clientes no que diz respeito à qualidade dos serviços prestados.

da segurança em termos sanitários, como comprovam as centenas de análises que todos os anos são efetuadas em laboratórios devidamente acreditados, cujos resultados são controlados pelas autoridades competentes”, frisa o responsável. Oitenta por cento dos clientes domésticos revelam estar muito satisfeitos com o atendimento presencial e telefónico assim como com a identificação e simpatia dos colaboradores, o que se traduz em elevados níveis de satisfação no que à eficácia do serviço prestado diz respeito. Já no que diz respeito à fatura, 60% dos clientes manifestam uma opinião positiva. “As respostas resultaram num grau de satisfação bastante satisfatório, o que permite concluir que estamos a seguir uma estratégia adequada, orientada para o cliente, numa clara aposta na segurança, na qualidade do serviço e na confiança”, conclui o diretor-geral da AdG. ■


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Sociedade

Imagem Peregrina de Fátima visita Gondomar A Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima vai visitar Gondomar entre os dias 26 e 27 de abril. A solene procissão de velas está marcada para as 21h do dia 26. A Vigararia de Gondomar vai receber a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima. No dia 26 de abril, pelas 11h30, está prevista a chegada da Imagem Peregrina à Igreja de Baguim do Monte e a respetiva celebração de acolhimento. Pelas 13h a Imagem partirá em c or te j o s olene para a Igreja Jubilar Vi-

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carial de S. Cosme. Durante o dia está prevista a deslocação para o Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa. À noite, pelas 21h, realiza-se a solene procissão de velas pelas ruas da cidade de Gondomar, com partida da Igreja Jubilar e passagem pelos Bombeiros e Câmara Municipal. A procissão, ponto alto das solenidades, termina no local de partida com a oferta das flores feitas pelas crianças e adolescentes da catequese da Vigararia e respetivos familiares. No dia 27 de abril, durante a manhã, realiza-se a despedida da Imagem que partirá para o Quartel do Carmo, no Porto, acompanhada por um cortejo automóvel. A iniciativa está inserida no Ano Santo da Misericórdia. O Jubileu Extraordinário foi convocado pelo papa Francisco e termina no dia 20 de novembro. “Os anos santos são uma tradição do povo de Deus no Antigo e no Novo Testamento. Servem para comemorar a morte e ressurreição do senhor e existem anos santos extraordinários, como é o caso deste. Este Ano Santo é, no entender do papa Francisco, uma oportunidade para redescobrirmos o rosto misericordioso de Deus e esse rosto é Jesus”, esclarece o padre Alípio Barbosa. ■

Concerto de Páscoa na Igreja de Rio Tinto Foto DR

No dia 2 de abril, a Igreja Matriz de Rio Tinto recebeu o tradicional “Concerto de Páscoa”. A Igreja Matriz de Rio Tinto recebeu três grupos musicais, que transmitiram um clima de harmonia e conciliação, espelhando a realidade da Páscoa. O concerto começou com a atuação do Coral Juvenil do Orfeão de Rio Tinto, dirigido pela maestrina Andreia Lopes, que tocou temas como “Pie Jesus”, “Halelluja” e “Amém”. De seguida decorreu a participa-

ção da Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins, sob orientação do maestro Hélder Magalhães, que deliciou os ouvintes com as músicas “Pleiades”, “Paseo” e “Music for Play”. Para finalizar a noite de Páscoa, atuou o Orfeão de Rio Tinto e Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins. Este grupo, que foi novamente dirigido pelo maestro Hélder Magalhães, demarcou-se ao tocar a “Gloria” de Vivaldi, obra seguida de vários números. Assim sendo, a Igreja Matriz de Rio Tinto conseguiu estimular a comunidade para o espírito pascal com este evento. ■


18 VIVACIDADE ABRIL 2016

Sociedade

Ases da matemática: Alberto Pacheco e Luís Rocha arrecadaram ouro nas Olimpíadas nacionais

preendido com a conquista da medalha de ouro. Acho que este prémio pode ser o início de uma carreira ligada à disciplina de matemática”, afirma o pequeno génio. Ao Vivacidade, Luís Rocha confessa o desejo de poder vir a trabalhar na NASA e

espera chegar “ainda mais longe” nas próximas categorias das OPM. “No próximo ano, se vencer uma medalha, vou disputar o apuramento para as Olimpíadas Internacionais. Acho que com algum trabalho consigo chegar lá”, refere o estudante.

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São gondomarenses e génios da matemática. Une-os a ambição de enveredar por uma profissão ligada à matemática e, a comprovar pelos resultados obtidos na mais recente edição da OPM, estão no bom caminho. Luís Rocha frequenta o 7.º ano da Escola Básica e Secundária de Rio Tinto. Venceu a medalha de ouro na categoria júnior (6.º e 7.º anos) da prova, naquela que foi a sua segunda participação. “Participei com a ambição de ganhar uma medalha e apesar de achar que era possível acabei por ser sur-

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Alberto Pacheco, 17 anos, e Luís Rocha, 12 anos, conquistaram as medalhas de ouro nas respetivas categorias na última edição das Olimpíadas Portuguesas de Matemática (OPM).

> Alberto Pacheco, 17 anos

Por sua vez, Alberto Pacheco, aluno do 12.º ano do Colégio Paulo VI, arrecadou mais uma medalha de ouro para o seu histórico, na categoria B que engloba os alunos do ensino secundário. “É divertido saber que consegui destacar-me entre tantos alunos (90) na final da prova. É mais uma conquista pessoal e representa uma valorização do meu esforço. Fiquei satisfeito porque tenho consciência que não podia ter feito melhor”, diz em declarações ao nosso jornal. No horizonte do aluno está a licenciatura em Matemática Aplicada e Computação no Instituto Superior Técnico, em Lisboa. Contudo, o próximo objetivo “é ir a Hong Kong, em julho, representar Portugal”, assume Alberto Pacheco. O estudante admite treinar para as provas através da resolução de problemas realizados nas edições anteriores e procura melhorar as suas prest ações, ano após ano. Alberto Pacheco foi homenageado pelo Colégio Paulo VI em dezembro de 2015. ■

> Luís Rocha, 12 anos

APPC levou exemplo(s) a Lisboa

A iniciativa, que visou dinamizar o setor da formação profissional, designou-se “Pensar a Formação” e assumiu como objetivo a partilha de experiências e conhecimentos dos especialistas da área da formação profissional em Portugal. Entidades como a APPC, Universidade

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A Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC) participou, no dia 31 de março, no 3.º Congresso Nacional da Formação Profissional.

de Aveiro, Microsoft, Jerónimo Martins, entre outras, partilharam o palco do auditório do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE) para apresentarem os modelos de formação

das suas organizações. Os cerca de 500 congressistas foram participantes ativos na reflexão sobre as potencialidades das práticas de formação com

vista à integração e renovação das competências em contexto de trabalho. Marlene Fonseca, gestora da formação da APPC, participou como oradora no painel “Capacitação e Inclusão Social: Boas Práticas em contexto de trabalho”, apresentando o modelo “Prática em Contexto de Trabalho dos Cursos Profissionais de Formação Inicial”. As questões levantadas por Marlene Fonseca serviram de ponto de partida para a moderação de João Carlos Dias – que, após a discussão, encerrou o painel reconhecendo que “muito se tem feito, mas com toda a certeza ainda há muito para fazer”. ■


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20 VIVACIDADE ABRIL 2016

Cultura PUB

Temporada regular de concertos é “aposta ganha” para o Município Foto DR

A Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins (OPGB) está a realizar uma temporada regular de concertos em Gondomar. Ao Vivacidade, o projeto inserido na Associação Cultural de Plectro e o Município fazem um balanço positivo da iniciativa. No dia 8 de maio a OPGB atua no salão paroquial de Jovim. O espetáculo está inserido na temporada regular de concertos do projeto cultural sediado em Rio Tinto. A iniciativa passou pelo Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende no dia 13 de março e pelo Auditório da Banda Musical de Melres no dia 10 de abril. Ao Vivacidade, António Vieira, diretor artístico da OPGB da Associação Cultural de Plectro, mostra-se satisfeito com a “oportunidade fantástica pela qual ansiava há bastante tempo”. “Sem qualquer tipo de falsas modéstias, todos os nossos concertos têm enorme adesão por parte do público. E esse mesmo público sempre pediu datas e locais fixos no nosso concelho de residência. Podemos ter uma temporada anual planeada, em vez de estarmos sujeitos à sazonalidade de uma agenda, é importantíssimo para o crescimento da orquestra e respetivos músicos e ajuda a fidelizar ainda mais o nosso público”, refere o músico. António Vieira espera “fidelizar os gondomarenses” para os segundos fim de semana de cada mês. “Queremos que esses domingos sejam para ir ouvir a Orquestra”, admite. Luís Filipe Araújo, vereador da Cultura da Câmara de Gondomar, também considera a temporada regular de concertos

“uma aposta ganha”. Na opinião do autarca, “está cumprido o desejo do Município de ver concretizado um exercício da música, designadamente de plectro, de forma descentralizada”. A temporada regular de concertos da OPGB termina a 12 de junho com um espetáculo realizado no Monte Crasto. Festival Internacional de Música de Plectro dá continuidade aos concertos Após a temporada regular de concertos realiza-se o Festival Internacional de Música de Plectro em Gondomar. O evento está agendado para os dias 8, 9 e 10 de julho. “Está confirmada a Orquestra de Cordas Dedilhadas do Minho e o Duo Chamorro-Mateo (Espanha), bem como a própria OPGB que irá atuar no concerto de encerramento do festival”, garantiu António Vieira ao nosso jornal. ■


VIVACIDADE ABRIL 2016 21

Cultura

Festival de Teatro de Valbom prolonga-se até maio

O In Skené – Grupo de Teatro Amador de Gondomar inaugurou a 32ª edição do FETAV no dia 2 de abril. Entretanto, passaram pela sala Gil Vicente da EDMV os Nova Comédia Bracarense (9 de abril) e o Grutaca – Grupo de Teatro Amador Camiliano (16 de abril). O Festival realiza-se ininterruptamente desde 1984 e assume caráter obrigatório para a atual direção da Escola Dramática. “No dia em que acabar o FETAV a Escola fecha as portas. São 32 edições consecutivas e esta iniciativa é obrigatória para nós”, afirma António Pedro, presidente da coletividade. Para a presente edição “as expectativas são elevadas”, admite o dirigente. “Esta-

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Está a decorrer o 32ª Festival de Teatro Amador de Valbom (FETAV), organizado pela Escola Dramática e Musical Valboense (EDMV). António Pedro, presidente da direção da EDMV, considera o evento “essencial para a coletividade”.

> Direção da Escola Dramática e Musical Valboense na plateia da Sala Gil Vicente

mos condicionados pelos apoios para reunir outros grupos na programação, mas já temos um festival com tradição e que todos conhecem”, refere António Pedro. O presidente da direção da EDMV lamenta, contudo, a redução do apoio fi-

Pedro Chagas Freitas encontrou leitores na Biblioteca de Fânzeres

Escritor tem mais de 20 obras publicadas Pedro Chagas Freitas foi jornalista,

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“Queres Casar Comigo Todos os Dias?”, “Prometo Falhar”, “In Sexus Veritas”, “Ou é Tudo ou Não Vale Nada” e “Eu Sou Deus” são algumas das obras do escritor Pedro Chagas Freitas. O autor convidou os leitores a conhecerem melhor os seus livros na Biblioteca de Fânzeres. O momento de confraternização proporcionado pela União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova serviu para as fãs esclarecerem algumas dúvidas e trocar opiniões com o escritor. Pedro Chagas Freitas prometeu “retirar ideias do encontro para escrever novas histórias”. A iniciativa lotou o espaço fanzerense e foi moderado por Maria José Cardoso, responsável pelas iniciativas culturais do executivo da União de Freguesias.

FETAV continua a 7 de maio O próximo espetáculo do FETAV realiza-se no dia 7 de maio. O Grupo Dramático e Recreativo de Retorta traz a cena a peça “Mulheres”. O espetáculo tem início às 21h30, na Escola Dramática e Musical Valboense. ■

Músicos defendem património industrial de São Pedro da Cova Foto PSF

O escritor Pedro Chagas Freitas realizou a 9 de abril um encontro com leitores na Biblioteca de Fânzeres.

nanceiro da Câmara Municipal de Gondomar. “Em 2015, referente ao FETAV de 2014, recebemos cinco mil euros da autarquia. Este ano vamos receber apenas 1855 euros”, explica ao Vivacidade. A escassez de apoios e patrocinadores

levou a direção a ponderar a cobrança de “um valor simbólico” pelos espetáculos do FETAV, no entanto, “rapidamente percebemos que não seria adequado”, acrescenta António Pedro. O dirigente assume como objetivo principal para o atual mandato o “sonho de reativar o grupo de teatro da EDMV e chamar mais gente à Escola”, diz o dirigente depois de queixar-se sobre a “excessiva preocupação da direção anterior com a imagem exterior da associação”. “Esta direção tem tentado dinamizar a EDMV, mas não é fácil. Os 400 sócios que temos são idosos e temos um número de sócios com menos de 40 anos muito reduzido. Não houve um rejuvenescimento dos associados e esta direção está a tentar inverter essa tendência”, conclui António Pedro.

Cinco bandas vão unir-se para um concerto de homenagem aos antigos trabalhadores das minas de carvão de São Pedro da Cova. O concerto realiza-se a 23 de abril, junto ao Cavalete do Poço de São Vicente. guionista, operário fabril, barman, nadador salvador, jogador de futebol, entre muitas outras profissões. O autor orienta “desorientadas sessões de escrita criativa” por todo o país. Gosta de gatos, cães e pessoas. Não gosta de eufemismos e de bacalhau assado. ■

Quarenta anos após o encerramento da exploração mineira de carvão em São Pedro da Cova, a memória e o património industrial são as marcas históricas deixadas na freguesia. Há cada vez menos mineiros para recordar as histórias e o Cavalete do Poço de São Vicente e o antigo complexo mineiro de São Pedro da Cova, classificados como Monumento de Interesse Público, continuam

sem um projeto que torne possível a criação de um espaço museológico naquela zona histórica. Assim, a 23 de abril, pelas 21h30, junto ao Cavalete do Poço de São Vicente, em São Pedro da Cova, cinco bandas de música reúnem-se para dar um concerto que visa uma homenagem aos antigos trabalhadores das minas de carvão da freguesia, bem como alertar para a necessidade urgente de proteger e recuperar o património industrial de São Pedro da Cova. A iniciativa tem o apoio da Câmara Municipal de Gondomar e da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova. Vão atuar as bandas “Os Stukas”, “Domingos & Samorais”, “Super Pock”, “Comer Tatu é Bom”, “Sleep Walkers” e está prevista uma atuação final em conjunto. ■


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Cultura

Luís Aleluia e Noémia Costa inauguram Festival de Teatro de São Pedro da Cova

A 6ª edição do Festival de Teatro de São Pedro da Cova já tem cartaz fechado. Os atores Luís Aleluia – reconhecido como “o menino Tonecas” – Noémia Costa e Joana Figueira vão levar à cena, a 7 de maio, a comédia “Absolutamente Fabulosos”, no palco da Cripta da Igreja de São Pedro da Cova. O espetáculo inaugura o conjunto de cinco sessões que se prolongam até ao dia 4 de junho. “O Festival de Teatro é sempre um momento cultural importante nesta freguesia. São cinco sessões de teatro e intensa vida cultural, por isso convido todos a saírem de casa e a renunciarem ao sofá”, diz Fernando Rosas, pároco de São Pedro da Cova. Em 2015, a União de Freguesias de

Foto PSF

A comédia “Absolutamente Fabulosos”, interpretada por Luís Aleluia, Noémia Costa e Joana Figueira vai abrir o VI Festival de Teatro de São Pedro da Cova no dia 7 de maio.

Cartaz do VI Festival de Teatro de São Pedro da Cova: 7 de maio - “Absolutamente Fabulosos”, por Luís Aleluia, Noémia Costa e Joana Figueira; 14 de maio – “O Inspector”, pelo Grupo Independente de Gaia; 21 de maio – “Falando de Cartos”, pelo Grupo de Teatro Atlantida de Matamá (Espanha); 28 de maio – “A Grande Máquina”, pelo Grupo Paroquial de Teatro de São Pedro da Cova/Orfeão de São Pedro da Cova;

> Padre Fernando Rosas e Maria José Cardoso no Salão Paroquial

Fânzeres e São Pedro da Cova associou-se à organização do evento e deu novo impulso à iniciativa. “Para a União de Freguesias a cultura tem uma primazia no nosso mandato. Entendemos que devemos levar a cultura a toda a população, a preços económicos, e este Fes-

tival enquadra-se nessa estratégia”, explica Maria José Cardoso, secretária do executivo da União de Freguesias. “No ano passado passaram pelo Festival de Teatro cerca de 300 pessoas por espetáculo e, este ano, há condições para termos mais pessoas porque acresPUB

centamos mais uma data à programação”, admite o padre Fernando Rosas. Os bilhetes para os espetáculos já estão à venda na Junta de Freguesia de São Pedro da Cova e na Paróquia da freguesia. Está disponível um passe para as cinco sessões (12 euros). Os bilhete único para o espetáculo inaugural custa cinco euros. A entrada nas restantes sessões fica por três euros. ■ PUB


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Política

O que pensam os autarcas locais sobre o 25 de abril?

Daniel Vieira, PCP, presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova: “Abril é liberdade, é transformação, é sonho! Abril é esperança. Esperança na justiça social, no emprego com direitos, na saúde e educação públicas de qualidade. Abril é cultura e desporto para todos. É paz! Abril é participação. É o poder local democrático ao serviço das populações. E por ser tudo isto, Abril é presente e é futuro! É agora. Que se cumpra Abril. Que se faça um Abril novo. Em Fânzeres e São Pedro da Cova daremos especial atenção às comemorações populares do 25 de Abril, sendo um momento privilegiado de participação e envolvimento do movimento associativo, das escolas e das forças vivas”. ■

Marco Martins, PS, presidente da Câmara Municipal de Gondomar: “O 25 de Abril de 1974 não teve reflexos diretos na minha vida pessoal porque nem sequer era... nascido. Sem brincadeira, o 25 de Abril de 1974 teve reflexos diretos na vida de todos nós, quer naqueles que viveram a revolução, quer naqueles que, como eu, beneficiaram dela. E o maior benefício, para mim, é poder responder tão naturalmente quanto me é possível a esta pergunta. Parece que não é nada, mas é imenso”. ■

Isidro Sousa, PS, presidente da União de Freguesias de Foz do Sousa e Covelo: “Já lá vão 42 anos em que a história do nosso País mudou, numa mudança radical. Éramos um País onde não se podia dizer nada e, felizmente, passamos a puder dizer quase tudo, graças aos corajosos militares que estavam ao serviço do nosso País, e que tiveram a inteligência de provocar o derrube de um regime governativo. Hoje vivemos num País onde se respira liberdade, mas devemos ter cuidado ao usar esse direito, sem atropelar a liberdade dos outros”. ■

Nuno Coelho, PS, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte: “O 25 de Abril não é, nem nunca será, só uma data histórica ou um feriado. É preciso relembrar o que foi e o que é o 25 de Abril: liberdade que possibilitou o progresso. O reconhecimento do poder local, bem como da importância e autonomia das autarquias, com eleições livres e universais vieram alavancar o envolvimento das populações na política e nas decisões a tomar para o desenvolvimento local das comunidades. Daí até aos dias de hoje, Baguim do Monte experimentou o maior desenvolvimento jamais ocorrido e conseguiu afirmar-se como uma comunidade autónoma, com costumes e tradições próprias e capaz de delinear e decidir o seu próprio caminho de desenvolvimento. Se mais não fosse, enquanto baguinenses também devemos isto ao 25 de Abril de 1974 e a todos quantos o concretizaram”. ■

José Andrade, PS, União de Freguesias de Melres e Medas: “O 25 de Abril completa-se com uma política de competência e responsabilização, nivelando os desempenhos por cima, e criando círculos eleitorais onde imperem os líderes locais de sucesso no trabalho com as suas comunidades, ao contrário dos escolhidos pelos partidos numa lógica meramente monárquica ou senão, desafiem os partidos que clamam a democracia, a listar os nomes dos seus responsáveis desde 1974 e verifiquem quantas vezes se repetiram, se repetem e repetirão nos cargos de responsabilidade. Vivemos num tempo em que a democracia não conseguiu transpor as antigas muralhas de Lisboa e onde os Portugueses sentem que, Lisboa está para a Europa como as Freguesias para Lisboa”. ■

Nuno Fonseca, PS, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto: “O 25 de abril sempre foi para mim uma data muito significativa e marcante. Desde jovem que tenho uma estreita ligação à Associação 25 de Abril, sendo membro da direção da Delegação do Norte. Como cidadão que já nasceu após a Revolução dos Cravos, a data continua a ter para mim uma importância fundamental, até porque a cada dia que passa sentimos que precisamos de aprofundar a democracia e protegê-la para que aos poucos não se vão perdendo as conquistas que fizemos e que nos distinguem como país e como povo”. ■

José António Macedo, PSD, União de Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim: “Falar no 25 de abril de 1974 é lembrar o direito que conquistámos para diariamente exercermos a democracia, para nos expressarmos de forma livre, sem receios e com esperança num futuro melhor. Falar de Abril em 2016 é celebrar não só os 42 anos da Revolução dos Cravos, mas também os 40 anos da Constituição da República Portuguesa. São duas datas importantíssimas da nossa história e que marcam a conquista e a garantia dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos portugueses. Falar do 25 de abril é, como sempre digo, estar junto das pessoas e com as pessoas!”. ■

Rui Vicente, PS, presidente da Junta de Freguesia da Lomba: “Não presenciei a revolução mas gostava muito de ter participado no 25 de Abril de 1974. Todos reconhecem, de uma forma ou de outra, que o 25 de Abril representou um salto no desenvolvimento político-social do país. Depois do 25 de Abril passou a haver mais partidos políticos, passou a haver liberdade de opinião, deixou de haver a PIDE, a Guerra Colonial acabou, homens e mulheres passaram a ter os mesmos direitos e muitas mais outras coisas mudaram. Hoje, todos temos acesso à liberdade, à educação, à saúde, à democracia e muito mais, graças à Revolução dos Cravos”. ■


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Destaque

Histórias de Abril: em Gondo da Revolução dos Cravos po O 25 de Abril de 1974 mudou a vida dos portugueses. Trouxe liberdade, democracia e direitos, acabou com um regime ditatorial que vigorava há 41 anos, a Guerra do Ultramar e as prisões políticas. Mudou Portugal. Em Gondomar, ainda há histórias por contar de quem viu, apoiou e sentiu a Revolução dos Cravos. José Ricardo, Modesto Martins e Luiz Gonzaga fazem parte dessa lista de testemunhas e também eles são homens de Abril. Texto: Pedro Santos Ferreira

Em abril de 1974, dia 25, pelas 22h55, era transmitida pelos Emissores Associados de Lisboa a primeira senha que colocava em marcha um grupo de militares que se opunham ao regime ditatorial do Estado Novo. “E depois do Adeus”, do músico Paulo de Carvalho, marcou o início da Revolução dos Cravos, “Grândola Vila Morena”, de Zeca Afonso, confirmou o golpe, Joaquim Furtado leu o primeiro comunicado do Movi-

mento das Forças Armadas (MFA) ao país e, ao final do dia, Marcello Caetano rendeu-se no Quartel do Carmo, em Lisboa. Caía a ditadura, levantava-se a liberdade, festejada pelos portugueses, em Portugal e no mundo. Hoje, 42 anos após a Revolução, ainda há relatos por contar do Dia da Liberdade. Em Gondomar, o Vivacidade descobriu três testemunhas de Abril, três homens que discordaram do regime ditatorial, três vidas que mudaram com o movimento dos Capitães de Abril. “Havia um sentimento de incerteza no Largo do Carmo porque os militares não sabiam o que se estava a passar no resto do país” Onde estava no 25 de Abril de 1974? “Estava lá, no Quartel do Carmo, em Lisboa”, responde José Ricardo. Nascido e criado em Coimbra, o atual coordenador-geral do Centro Social de Soutelo recorda o primeiro contacto com a “diferença de opinião”. Ainda adolescente viria a deparar-se com um cartaz afixado na aldeia onde morava com as frases: “Salazar deve morrer. Não faz falta à Nação!”. “O autor da frase”, conta, “foi preso por ter na sua posse esse panfleto, mas, em sua defesa, disse ao juiz que tinha-se esquecido de pontuar o panfleto. Assim sendo, o que o panfleto devia dizer era: “Salazar deve morrer? Não, faz falta à Nação”. Para um miúdo de oito

anos, como eu, este acontecimento permitiu-me perceber que existia a possibilidade de discordância e que era possível pensar de outra maneira”, lembra José Ricardo. Por diversas circunstâncias da vida, mudou-se com a família para a Marinha Grande, Leiria, onde viria a formar-se. Aos 17 anos foi trabalhar para uma fábrica de plásti> José cos e teve o Ricardo, 65 pr imeiro anos c ont a c to com a Juven-

tude Operária Católica (JOC), organização que viria a integrar. “As reuniões da JOC partiam sempre da leitura de textos bíblicos. Isso deu-me oportunidade de contactar com outros membros que tinham mais experiência e ligação à célula nacional da organização, membros com uma maior consciência política e outro tipo de envolvência no próprio movimento. Foi aí que comecei a perceber que podíamos fazer reuniões de outra maneira, com a possibilidade de discutirmos problemas dos jovens operários, que era o nosso caso”, conta José Ricardo. Mais tarde, em 1970, viria a dedicar-

se à distribuição do jornal “Juventude Operária” nas fábricas locais. A distribuição valeu-lhe a primeira repreensão do patrão apesar de agir “sempre dentro do limite legal”. Em Portugal acentuavase a ideia de liberdade, “sobretudo nos jovens”. A Guerra do Ultramar não passou de uma ameaça e José Ricardo conseguiu “escapar” à mobilização para as ex-colónias portuguesas. “Era contra a Guerra. O meu pai possibilitou-me a capacidade de dar o salto para França, onde tinha família, mas não o fiz. Preferi ir para a tropa, dar o meu melhor e garantir a recruta em Portugal. Acabei por ficar nas Caldas da Rainha, mas fiz a especialidade na Póvoa de Varzim. Depois iria regressar a Lisboa, onde fiquei destacado perto da Direção-Geral da JOC”, diz ao nosso jornal. “Na JOC tínhamos um grupo exclusivo de militares. A saída das Caldas da Rainha foi discutida num seminário, em Coimbra, entre o 16 de março e o 25 de abril de 1974. Sabíamos que algo ia acontecer depois disso, mas não sabíamos quando. Contudo, decidimos colaborar com o movimento de oposição”, recorda. O que estava para acontecer, aconteceu, em Lisboa e no resto do país. No dia da Revolução dos Cravos, José Ricardo foi acordado pela mulher em sobressalto: estava a decorrer uma revolução, ouvira na rádio. “Vesti-me, formei um grupo de colegas da JOC e fui para o Largo do Carmo. Lá, havia um senti-


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omar há relatos or contar mento de incerteza porque os militares não sabiam o > Modesto Martins, 80 que se pasanos sava no resto do país”, começa por lembrar.

José Ricardo assistiu às movimentações, entradas e saídas do Quartel do Carmo, ao tiroteio ordenado por Salgueiro Maia e à saída de Marcello Caetano na chaimite, após entregar o poder aos generais Spínola e Costa Gomes. Ainda hoje, em entrevista, José Ricardo emociona-se a recordar o momento histórico, a alegria da população, o entusiasmo nas ruas, a liberdade. “Sinto que dei a minha pequena contribuição para o 25 de Abril, através da JOC. Hoje, 42 anos depois, considero a educação uma das principais conquistas dessa data porque foi graças ao meu pai, que me possibilitou a oportunidade de estudar, que encontrei uma forma de ganhar consciência política”, conclui José Ricardo. “Fazia-me espécie não podermos falar em liberdade” Modesto Martins estava em Por-

to Alexandre, atualmente designada Tômbua, Angola, no dia 25 de Abril de 1974. Apesar da distância, as notícias da Revolução não tardaram a chegar e também nas ruas de Angola gritou-se liberdade. Porém, o gondomarense de Melres, hoje com 80 anos, viveu 38 anos em ditadura, situação que não nega, nem esquece. “Vivemos uma ditadura de 40 anos e isso é inegável. A mim fazia-me espécie não podermos falar em liberdade. Eu era um jovem e não gostava de ser reprimido”, admite Modesto Martins. Na memória está também um pequeno contributo para a campanha do General Humberto Delgado durante as eleições presidenciais de 1958. “Eu tinha 21 anos e já podia votar. Passei à porta da sede de candidatura do General Humberto Delgado, no Porto, e fui recebido por Mário Cal Brandão. Disselhe que em Melres quem mandava era o presidente da Junta e o padre da paróquia da freguesia. Ele respondeu-me que precisava de mais moços como eu, deu-me um cartão e enviou-me à procura do Albino Araújo. Foi dessa forma que tive uma procuração passada pelo General Humberto Delgado para ser delegado na mesa de voto no dia das eleições presidenciais”, recorda. Na década de 60, o gondomarense mudou-se para Angola e foi “à procura de uma vida melhor”. Em Angola acompanhava as notícias de Portugal, mas só regressaria ao país em 1976, após o

25 de Abril. Ao Vivacidade, admite que nunca sentiu consequências da Guerra do Ultramar até “começar a ouvir tiros dos movimentos de libertação angolana”. No Dia da Liberdade veio para a rua festejar a queda do regime fascista. A Revolução tornou-o um “retornado”, palavra que não gosta de utilizar por ter “uma conotação negativa”. “Acabei por deixar tudo em Angola e perdi o que tinha durante o processo de descolonização. Não choro o que perdi e festejei a Revolução. Era necessário impor a mudança, apesar de ter provocado algumas injustiças, sobretudo com os portugueses que estavam nas colónias”, afirma a testemunha de Abril. Ao Vivacidade, Modesto Martins assume a data como um “momento marcante e inesquecível nas memórias de quem a viveu”. “Nunca perdoarei à ditadura a ignorância em que me deixou até ao 25 de Abril” Luiz Gonzaga veio de Bragança para Gondomar. Foi um dos fundadores do Centro Social de Soutelo e tinha 32 anos no 25 de Abril de 1974. “Em Bragança não se falava do Estado Novo nem do Salazar. A política não existia para os jovens de Bragança e era uma realidade muito distante. Nunca perdoarei à ditadura a ignorância em que me deixou até ao 25 de Abril. Contudo, o meu pai era um homem com intensa atividade associativa e isso deixou-me influências,

nomeadamente institucionais”, afirma Gonzaga. Entre 1966 e 1969 foi mobilizado para Moçambique, onde conheceu Salgueiro Maia, capitão de Abril. “Quando soube que ele tinha sido um dos principais responsáveis pela Revolução fiquei muito contente. Mais tarde transmitiu-me a ideia que não estava satisfeito com a forma como as coisas estavam a > Luís Gonzaga, 72 anos

correr durante o PREC e afastou-se do mediatismo por opção própria. Era um homem com capacidade de liderança, bem formado e com uma grande componente social”, recorda Luís Gonzaga. “Nunca senti a influência da PIDE e nunca fui incomodado, no entanto, sabíamos que durante o Estado Novo mais de duas pessoas era ajuntamento e isso condicionava a nossa liberdade. A Revolução trouxe-nos liberdade e naquele dia nunca mais acabou a festa”, finaliza. ■


26 VIVACIDADE ABRIL 2016

Política

Francisco Louçã e Marco Martins debateram Abril em Gramido

Texto: Rui Barbosa

> Luís Filipe Araújo fez a introdução do debate

de 1974 não foi o fim da ditadura mas, antes, a revolução que depois surgiu”. E, como exemplo, referiu a luta democrática que se espalhou por todo o país, passando pelas autarquias, escolas e fábricas. Comparando as dificuldades da democracia a uma “simples” reunião de condóminos, o palestrante disse que “hoje ainda há muitas razões para haver revolta”. Admitindo a possibilidade, genericamente defendida, de Portugal ser “um país de gente pacífica”, Francisco Louçã deixou, ainda assim, um aviso: “Cuidado com o povo... Já fez uma revolução... Pode, até, vir a fazer outra.” Marco Martins, Presidente da Câmara de Gondomar, não “viveu” a “Revolução dos Cravos”. Assim como Pedro Ferreira, jornalista do “Vivacidade” que moderou o debate. Mas, salientaram os dois, foi essa mudança que permitiu, agora, a realização destas conversas. E a participação de ambos nas mesmas... “Gostava de ter vivido esses tempos. Não pelos sacrifícios impostos, mas pela vontade que, acredito, teria de lutar e combater contra o que considero injusto”, disse o presidente da Câmara de Gondomar. Marco Martins acredita que, precisamente pela idade, “cabe aos jovens terem ainda mais responsabilidade em defender e promover os valores do 25 de Abril”. Dos muitos assuntos em que houve plena acordo entre os dois participantes na conversa, a (quase) única discordância centrou-se no voto. Marco Martins disse

Joaquim Furtado e Fernando Alvim completaram as “Conversas” O jornalista Joaquim Furtado e o radialista Fernando Alvim completaram o painel de convidados da presente edição das “Conversas de Abril”. O primeiro passou pela Biblioteca Municipal de Gondomar e o segundo esteve no Centro Cultural de Rio Tinto.

> Joaquim Furtado e Luís Filipe Araújo Foto DR

sua mais recente (e notória) intervenção pública tem sido feita enquanto comentador televisivo. E, mais recentemente, como membro do Conselho de Estado. Numa palestra que “passeou” por quase todo o mundo – abordando assuntos tão distintos como a “Revolução dos Cravos”, o “impeachment” no Brasil, a situação dos refugiados, as imposições económicas da Troika ou, até, a Sísifo e a Mitologia Grega –, Francisco Louçã proporcionou uma verdadeira aula de História. Na Mitologia Grega, Sísifo, pastor de ovelhas, era considerado o mais astucioso entre todos os mortais. Naquelas histórias com mais capítulos que qualquer das melhores novelas, Sísifo é “condenado” a empurrar uma pedra até o lugar mais alto da montanha. Só que, previsivelmente, e como castigo por querer enganar os deuses (e a morte), a pedra voltava a rolar e regressava à base. E Sísifo, mais uma vez, tinha que repetir a tarefa. Eternamente... Foi este o mito que Francisco Louçã usou para retratar a situação de Portugal. E, em paralelo, considerar que as conquistas de Abril se devem atingir de forma repetida. Com esforço. Tal como aconteceu com Sísifo. “Para Sísifo o esforço era inútil... Acho que, para nós, não o é. São sempre novas conquistas que se alcançam!”, defendeu Francisco Louçã. “Somos um país com muito passado, mas com pouca memória”, afirmou Francisco Louçã, defendendo que “o mais interessante do 25 de abril

que o voto “deveria ser obrigatório”. Francisco Louçã considera que tal opção “não iria resolver os problemas”. De resto, nas inúmeras questões já no final colocadas pelo público presente, ficaram as críticas de Francisco Louçã à “ditadura financeira” da Europa, à “errada política de refugiados” e, até, à situação da Justiça em Portugal. “Não concordo, de forma alguma, com uma justiça que, por vezes, é ‘feita’ nas primeiras páginas dos jornais”. É que, rematou, “o jornal ‘Correio da Manhã’ não pode ser o Supremo Tribunal de Justiça de Portugal...” Nestas “Conversas de Abril” participaram, já, Otelo Saraiva de Carvalho, Marisa Matias, Gabriela Canavilhas, Ilda Figueiredo, Paulo Ferreira da Cunha, Francisco Assis, Nuno Morais Sarmento, Joana Amaral Dias, Rui Rio e Fernando Gomes. ■

Foto PSF

Francisco Louçã foi o convidado de mais uma “Conversa de Abril”. O conhecido político, professor e comentador esteve na Casa Branca de Gramido naquela que foi a segunda conversa de um ciclo que já se realiza pelo terceiro ano consecutivo. Este ciclo de conferências, promovido pela Câmara de Gondomar, trouxe, na presente edição, os depoimentos e as vivências de Joaquim Furtado (4 de abril), Francisco Louçã (11 de abril) e de Fernando Alvim (18 de abril). Luís Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara Municipal de Gondomar, destacou o facto de, com estas “conversas”, se pretender dar a conhecer as opiniões e experiências de várias pessoas, de diferentes quadrantes políticos e com distinta intervenção cívica. “São conversas que servem para refletir e para se fazer um balanço das conquistas de Abril”, disse Luís Filipe Araújo. Conquistas que, realçou, “não devem ser esquecidas”. E precisamente para evitar tal esquecimento, na “Conversa” de 11 de abril juntaram as opiniões de Francisco Louçã e de Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar – que, em solução de recurso, supriu a ausência da presença anunciada de Pedro Marques Lopes (que faltou por questões pessoais). Nascido em Lisboa, economista de formação, Francisco Louçã foi deputado, elemento ativo do Bloco de Esquerda e é professor de Economia na Universidade de Lisboa. Autor de vários livros, a

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Contra as “ditaduras financeiras” da Europa, contra a “errada política de refugiados” e, até, contra “uma justiça ‘feita’ nas primeiras páginas dos jornais”, Francisco Louçã foi o convidado das “Conversas de Abril”, iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Gondomar. A “Revolução dos Cravos” faz já parte do passado, mas há sempre novas conquistas a atingir, disse Francisco Louçã, defendendo que deveremos ser um país com mais memória...

> Fernado Alvim e Luís Filipe Araújo


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28 VIVACIDADE ABRIL 2016

Política

Gondomar, Paredes e Valongo formalizaram Parque das Serras do Porto

> Celso Ferreira, Marco Martins e José Manuel Ribeiro

todo o Norte do país, como destino turístico”, afirmou Marco Martins, explicando a abrangência do conceito e do alcance da denominação Parque das Serras do Porto. O autarca considerou que o futuro do projeto depende do “empenhamento e dedicação de cada um de nós”, referindo-se aos autarcas, e defendeu a necessidade de “passar à ação”, “sem ilusões”. Por fim, Marco Martins recordou ainda que o PUB

Foto DR

Marco Martins, Celso Ferreira e José Manuel Ribeiro, presidente dos municípios de Gondomar, Paredes e Valongo, formalizaram a constituição do Parque das Serras do Porto. O projeto engloba as serras de Santa Justa, Pias, Castiçal, Flores, Santa Iria e Banjas, numa área de cerca de seis mil hectares e integra uma zona com elevado potencial económico, cultural e ambiental. Há cerca de dois anos, quando os atuais presidentes de Câmara dos três municípios assumiram o “Pulmão Verde”, a iniciativa teria que ser “mais do que um conjunto de intenções, ou um somatório de vontades”, afirmou o edil gondomarense. “Hoje o que todos nos temos de fazer passar é a marca Porto, Porto como região, como capital de

Foto DR

A escritura de constituição da associação de municípios Parque das Serras do Porto foi celebrada no dia 18 de abril, no Museu Mineiro de São Pedro da Cova.

> A cerimónia realizou-se no Museu Mineiro de São Pedro da Cova

projeto Parque das Serras do Porto só terá efeitos práticos “daqui a meio ano”. José Ribeiro considerou a escritura “um primeiro passo” e recordou a infância “nestas serras”. “Estamos a abrir uma caixa de Pandora que nunca mais ninguém conseguirá fechar”, garantiu o presidente do Município de Valongo, “porque este passa a ser um dos maiores ativos da Área Metropolitana do Porto”.

Já Celso Ferreira, de Paredes, enalteceu a dimensão do projeto à escala da AMP, só comparável ao Metro do Porto, segundo o autarca que apelou ainda à abertura do “Pulmão Verde” à sociedade civil. O Parque das Serras do Porto, que se vai desenvolver ao longo de décadas, prevê a requalificação de uma vasta área de cerca de seis mil hectares e lança as bases da criação de uma unidade para a região. ■ PUB


VIVACIDADE ABRIL 2016 29

Política

Gondomar prepara candidatura para alargar saneamento

O presidente do Município de Gondomar quer que “em breve” a rede de saneamento atinja “números muito próximos dos 95%”. A garantia do autarca foi dada à margem do II Encontro de Educação Ambiental, realizado na Sala D’Ouro do Multiusos de Gondomar. Em declarações à agência Lusa, Marco Martins disse estimar que o investimento necessário ronde os cinco milhões de euros, projeto que será “consensualizado” que com a concessionária da rede no concelho, a Águas de Gondomar, com recurso a fundos comunitários. Atualmente, Gondomar tem uma co-

Foto Arquivo Vivacidade

A Câmara de Gondomar anunciou a 8 de abril a intenção de alargar a rede de saneamento para “números muito próximos dos 95%”. Segundo Marco Martins, está a ser preparada uma candidatura que visa o Alto Concelho e São Pedro da Cova.

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bertura de saneamento de 85% e a candidatura que está a ser preparada envolve as zonas de Foz do Sousa, Covelo, Medas e Melres, bem como, na zona urbana de São Pedro da Cova, cerca de 500 habitações da encosta da Bela Vista que surgiram no passado de forma ilegal, existindo casos que se arrastam há 30 anos. O autarca aproveitou ainda a presença de Matos Fernandes, ministro do Ambiente, para recordar três “grandes projetos” que estão em curso no concelho. Marco Martins destacou a constituição do “Pulmão Verde”, a colocação do intercetor no rio Tinto e o alargamento da rede de saneamento que quer alargar. ■

Carro de Valentim Loureiro continua à venda Foto DR

Em maio, o Volvo S80 de 2006, carro utilizado por Valentim Loureiro durante o período em que foi presidente da Câmara de Gondomar, vai pela terceira vez a hasta pública. A Câmara Municipal de Gondomar vai tentar vender, pela terceira vez, o carro utilizado por Valentim Loureiro durante o período em que o major foi presidente do Município. O Volvo S80 de 2006, a gasóleo e com 2400 cc de cilindrada, poderá ser comprado por 3675 euros, em hasta públi-

ca, no dia 17 de maio, às 10 horas, no salão nobre da autarquia. A decisão foi aprovada na última reunião pública da Câmara de Gondomar, realizada no edifício da Ala Nun’Álvares de Gondomar a 13 de abril. Marco Martins, edil gondomarense, explicou que o carro tem mais de 260 mil quilómetros e, há cerca de dois anos, precisou de reparações no valor de cerca de 15 mil euros, devido a “avarias sucessivas”. Para o autarca o veículo será agora vendido a “preço de saldo”. Recorde-se que em setembro do ano passado, na segunda tentativa de venda, o valor base de licitação eram 7500 euros. ■


30 VIVACIDADE ABRIL 2016

Política

OPINIÃO

> Goreti Teixeira, António Oliveira, Pedro Bacelar Vasconcelos e Augusto Flor, no painel

A Constituição da República Portuguesa, o poder local e o movimento associativo e popular estiveram em debate, no dia 2 de abril, no salão nobre do Centro Republicano e Democrático de Fânzeres. O constitucionalista Pedro Bacelar Vasconcelos, o professor catedrático jubilado da Escola de Direito da Universidade do Minho, António Cândido Oliveira, e o antropólogo Augusto Flor debateram a Constituição portuguesa no dia em que se comemoraram 40 anos da aprovação do documento. A conferência foi moderada pela jornalista Goreti Teixeira. Pedro Bacelar Vasconcelos inaugurou o encontro e considerou “essencial” reavivar a memória dos portugueses sobre o Processo Revolucionário em

Curso (PREC), decorrido em 1975. “O que se passou entre 25 de abril de 1974 e 2 de abril de 1976 é verdadeiramente extraordinário e deve ser alvo de uma investigação séria”, considerou o constitucionalista. Por sua vez, Augusto Flor começou por referir que durante o Estado Novo “uma sessão destas era impensável e seria considerada um ato subversivo”. O antropólogo focou-se no subtema do encontro – “O poder local democrático e o movimento associativo popular” – e caracterizou o espírito de associativismo “uma mais valia para todos nós”. Já António Cândido Oliveira catalogou o processo democrático como “inacabado”. A sessão foi promovida pelo Centro Republicano e Democrático de Fânzeres e a Comissão Promotora do 25 de Abril da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, em parceria com a Câmara Municipal de Gondomar. ■ Foto PSF

É frequente nos contratos de empréstimo para compra de habitação e, também nos de arrendamento, ser solicitada a apresentação de fiador. Mas, ao se assumir ser fiador de alguém, está a assumir-se o compromisso de pagar a dívida caso o devedor não o faça. Aceitar ser fiador deve ser uma decisão ponderada e esclarecida quanto às obrigações que se assumem. Ao tornar-se fiador o seu património está a ser dado como garantia de uma dívida de terceiro pois fica obrigado perante o credor a responder pelas dívidas do devedor, em caso de incumprimento. Se, em consciência, o consumidor aceitou ser fiador e avaliou o impacto de tal decisão, deve assegurar-se previamente de que no documento que vai assinar consta que “não prescinde, do benefício de excussão prévia”. É que, se prescindir de tal benefício, o credor pode optar logo de início por indicar os seus bens (e não os do devedor) à penhora. Caso tenha essa indicação e, mesmo assim, a penhora ocorra sobre os seus bens, o fiador pode opor-se se não tiver ficado demonstrada a insuficiência do património do devedor, ou seja, enquanto não estiverem executados todos os bens do devedor principal para satisfazer da obrigação. Muitos fiadores querem deixar de o ser, mas regra geral, só poderão desvincular-se, se o credor e o devedor estiverem de acordo. Mas é pouco provável que o credor aceite a redução de garantias. O fiador deve estar atento à informação que consta na Central de Responsabilidades de Crédito relativa ao crédito de que aceitou ser fiador. Esta é uma base de dados, onde consta toda a informação individual sobre as responsabilidades de crédito dos consumidores. Resta muitas vezes ao fiador pagar a dívida, claro que fica com o direito do credor sobre o devedor e pode exigir a este o cumprimento da obrigação. Mas, na prática, se o devedor não conseguiu pagar a dívida ao credor, muito dificilmente a conseguirá pagar ao fiador, a menos que a sua situação financeira sofra uma alteração significativa.

Foto PSF

O que acontece se surgir uma situação de dificuldade e o devedor deixar de pagar o crédito à habitação. Quem terá de pagar a dívida?

Constituição esteve em debate no Centro Republicano e Democrático de Fânzeres

Para pedidos de informação e apoio em questões de consumo e/ou de sobre-endividamento dirija-se à Delegação Regional do Norte da DECO ou ao Gabinete de Apoio ao Consumidor da Câmara Municipal de Gondomar. A autarquia tem um protocolo de colaboração com a DECO e presta apoio gratuito aos munícipes. ■ > O debate realizou-se no Salão Nobre do Centro Republicano e Democrático de Fânzeres


VIVACIDADE ABRIL 2016 31

Município apresentou Rota da Filigrana no Multiusos de Gondomar

Está aberta ao público a Rota da Filigrana. O mais recente produto turístico do Município de Gondomar foi publicamente apresentado no encerramento da Ourindústria. “Trata-se de um produto turístico que quer levar os turistas às oficinas dos ourives para dar a conhecer o processo produtivo das peças. É um produto que entrou bem no ouvido das pessoas e sinto que havia necessidade de um produto deste género”, começa por dizer Carlos Brás, vereador do Turismo da Câmara Municipal de Gondomar. O projeto arranca com sete parceiros ligados ao setor da ourivesaria: CINDOR, AC Filigranas, António Marinho, ARPA, Conceição Neves, J. Monteiro de Sousa & Filhos, Lda. e Topázio. Contudo, ressalva o vereador, a Rota é “um produto dinâmico”, aberto às candidaturas de novos parceiros. “A Rota continua aberta a todos os filigraneiros que queiram participar. É um produto dinâmico porque cada um dos parceiros tem uma realidade

Foto DR

A Rota da Filigrana foi apresentada no dia 20 de março durante o encerramento de mais uma edição da Ourindústria, no Multiusos de Gondomar.

Política

distinta”, afirma o autarca. Ao Vivacidade, Carlos Brás destaca a possibilidade de acompanhar o processo produtivo dos ourives, além da oportunidade de contactar com “a verdadeira e genuína filigrana gondomarense”. “Quem vir o processo de produção vai perceber melhor

o produto final e saber distinguir a filigrana artesanal de outro tipo de filigrana”, refere o vereador. Será também possível adquirir peças após as visitas. A Rota da Filigrana está, segundo Carlos Brás, a “despertar o interesse das operadoras turísticas” que têm já agendada uma Fam Trip para o dia 12 de maio.

“Os profissionais vão conhecer o nosso produto para depois poderem encaminhar-nos os turistas interessados na Rota”, conclui o autarca. A Rota da Filigrana é um produto gerido pelo Turismo de Gondomar e tem na Casa Branca de Gramido um posto de informações, designado “welcome center”. ■

Orçamento Participativo: Rio Tinto reúne 17 propostas

Painéis de arte urbana, parques infantis, reabilitação de um parque infantil, criação de estacionamento para bicicletas, criação de um palco associativo, criação de um estúdio de gravação para bandas, construção de um ateliê para as lojas sociais, entre outras, são algumas das propostas apresentadas à 1ª edição do Orçamento Participativo (OP) da Junta de Freguesia de Rio Tinto. Para Nuno Fonseca, presidente da Junta, o número de propostas entregues – 17 – “superou as expectativas iniciais”. “Isto é uma prova que a Junta de Rio Tinto tem grande alcance. É importante referir que a Câmara Municipal teve apenas 11 propostas na 1ª edição do OP e teve 19 propostas na edição deste ano, das quais cinco eram de Rio Tinto. A Junta, só nesta 1ª edição do OP, conseguiu 17 propostas”, afirma o

Foto PSF

A 1ª edição do Orçamento Participativo de Rio Tinto recebeu 17 propostas. A adesão dos riotintenses “superou” as expectativas do presidente da Junta, Nuno Fonseca.

> Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto

autarca riotintense. Segundo o presidente da Junta de Rio Tinto, “as propostas dividem-se pelo território da freguesia e muitas delas são ideias genéricas. Há três propostas de construção de parques infantis. Há ainda propostas que a Junta implementará mesmo que não sejam vencedoras do OP”. A próxima fase do OP - apreciação das propostas – decorre até 30 de abril. “A votação realiza-se no dia 2 de maio. Até ao dia 15 de maio há um período de reclamações e no mês de junho realizam-se as votações. Segue-se o período de execução da obra”, explica Nuno Fonseca. O Orçamento Participativo da Junta de Rio Tinto tem prevista uma verba de 10 mil euros. ■


32 VIVACIDADE ABRIL 2016

Política VIVA SAÚDE Paulo Amado*

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

* Mestre em Medicina Desportiva Coordenador da Unidade Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do Hospital lusíadas Porto Coordenador da secção do Pé e Tornozelo da SPOT Diretor do Departamento Médico do Vitória SC Membro do Bording Educacional Europeu da EFAS

Em reunião com a Autoridade de Gestão (AG) do Programa Operacional Regional do Norte 2020, o Município de Gondomar foi confrontado, a 1 de abril, com uma proposta de dotação financeira de 15,5 milhões de euros a atribuir a três dos eixos fundamentais dos Planos Estratégicos de Desenvolvimento Urbano (PEDU): mobilidade, regeneração urbana e comunidades desfavorecidas. Segundo o Município, a proposta “não tem consi-

deração que Gondomar é o terceiro maior município com população em cidades da Área Metropolitana do Porto (AMP) e o quarto maior em população, sendo que é o pior classificado da AMP do ponto de vista social e dos indicadores demográficos e o que tem maior movimento pendular diário, do ponto de vista da mobilidade”. “Tendo em consideração que esta proposta questiona a lógica metropolitana e municipal, o Município de Gondomar recusa manter quaisquer convenções que tenham por base propostas definitivas, sem que se conheçam os critérios utilizados”, esclarece o comunicado enviado à imprensa. Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, classificou o processo de “vergonhoso e escandaloso”. ■

PCP debateu políticas para o concelho No dia 2 de abril, a Biblioteca Municipal de Gondomar recebeu a 11ª Assembleia Concelhia de Gondomar do Partido Comunista Português (PCP).

CDU debateu “Cultura e Património em Gondomar”: Foto DR

Cerca de 80 delegados aderiram à 11ª Assembleia Concelhia de Gondomar do PCP. Cristiano Castro, da Direção da Organização Regional do Porto (DORP) e responsável da organização concelhia do partido, abriu a Assembleia a destacar “o esforço realizado pela organização do PCP na preparação da Assembleia, ao mesmo tempo que dava resposta às exigências do quadro político, se empenhava no esclarecimento dos trabalhadores e da população e mobilizava uns e outros para a lutas concretas e por uma sociedade mais justa e solidária”. O encontro teve como objetivo principal a definição de “caminhos para superar as dificuldades e

constrangimentos”. A encerrar os trabalhos, Jaime Toga, da Comissão Política do PCP, valorizou a reunião e o papel decisivo das dezenas de militantes que assumem as tarefas regulares do partido no concelho de Gondomar. Durante a Assembleia foi também aprovada a Resolução Política que faz uma análise à realidade do concelho, à organização do PCP em Gondomar e que aponta as linhas do partido para as principais propostas para o concelho. ■

Foto DR

Grandes obras nascem de grandes oportunidades e, por vezes, o destino reserva-nos coisas positivas ou simplesmente, outras não acontecem. Se não tivesse surgido a oportunidade de se construir um aeroporto como o que temos no Porto, ou mesmo uma obra magnífica como a casa da Música, não seria hoje que essa oportunidade surgiria. Às vezes uma grande obra nasce da coincidência de fatores convergentes, por vezes, de um simples ato ou uma feliz conversa no tempo certo e em “boa hora”. Tal não aconteceu na altura em que se projetava o Hospital Universitário, que apenas por infeliz influência, não aconteceu onde deveria ter nascido, sendo deslocalizado para um terreno distante, pouco acessível, com dimensões exageradas, enfim, todo um conjunto de características que não favorecem a bonita obra que nasceu, com enorme potencial, mas claudicante dos aspetos já descritos. Bem tentei mudar o rumo do destino, mas sozinho, sem influencia política (infelizmente preponderante na sociedade que vivemos), incapaz de contrariar outras opiniões, a obra nasceu magnífica, noutro local para outro tipo de utentes. Tudo isto porque, este domingo, passei junto dos terrenos abandonados do antigo mercado de Rio Tinto junto à bonita zona da Quinta das Freiras, com uns colegas meus, que elogiavam aquilo em que se tem transformado Rio Tinto, e questionaram-me porque estava com aspeto abandonado, o referido terreno. Lá contei a minha história com os vários projetos por vezes evocados sobre o que lá se iria construir. Torres de bairros? (espero que nunca) parque municipal? Centro cultural? um hospital? E aqui deixei a minha opinião do que gostaria que tivesse sido construído: um hospital, publico ou privado, com toda a lógica, com uma linha de autocarro a passar de um lado, comboio por trás e metro pela frente. Que outro local em Rio Tinto ou até mesmo no concelho de Gondomar tem a feliz convergência de tantos transportes? Nenhum! Acrescendo o facto de que se situa paredes meias com a cidade do Porto e com vias de comunicação de excelência para todo o país. Questionava-me, o meu amigo, presidente da Junta de Rio Tinto na altura, Dr. Marco Martins, se justificaria ter um hospital privado em Rio Tinto? Acho que o sucesso do Hospital de Alfena, construído num local sem acesso de transportes tão significativo, com uma população local muito menor, num local em que nada previa ter êxito, responde bem a esta questão. Claro que sim Sr. presidente existem estudos que bem comprovam a viabilidade de um projeto destes em Rio Tinto e, pessoalmente, naquele lugar, que assim continua abandonado, ferindo a paisagem, quiçá à espera de uma oportunidade, ou uma feliz coincidência, que valorize a cidade e as suas gentes. Até lá vamos vivendo. Até breve, estimados leitores… ■

A Câmara de Gondomar considerou “desarticulada e injusta” a proposta de verbas a atribuir no âmbito dos fundos comunitários do Portugal 2020.

Foto DR

Onde poderia estar um Hospital... em Rio Tinto

Município considera “injusta” proposta do Norte 2020

No dia 9 de abril a Casa Branca de Gramido, Valbom, acolheu o debate “Cultura e Património em Gondomar”. A iniciativa organizada pela CDU Gondomar contou com os oradores Joaquim Barbosa, Ruben de Carvalho e Pedro Bragança.


VIVACIDADE ABRIL 2016 33

Hugo Santos: Hugo Santos, atleta gondomarense de 24 anos, joga andebol no FC Porto há já vários anos, sente o clube como poucos e fez dos obstáculos verdadeiras catapultas para alcançar o sucesso na sua “tão querida” ponta-esquerda. Os dois momentos em que foi emprestado a outros clubes demonstraram a sua enorme quali-

dade e vontade de vencer, sendo que o seu regresso aos dragões acabou por ser uma consequência disso mesmo. Texto: Tiago Nogueira

Como foi a tua caminhada no FC Porto até à titularidade? Hugo Santos (HS) - Nem sempre foi fácil, tinha um treinador muito exigente... Foi complicado lidar com ele [Obradovic] principalmente no início, até ter a sua confiança, que foi uma tarefa bastante difícil. Passei por momentos menos bons, mas depois chegou uma altura em que me senti realmente preparado para jogar mais tempo e estar presente em mais momentos ao longo da época. Claro que a ajuda dos meus colegas também foi fundamental para atingir esse estatuto. E qual é para ti o significado de representar o FC Porto? HS - É um orgulho gigante, visto que também sou portista desde pequenino e este é o meu clube do coração. É sempre melhor estarmos num clube em que nos identificamos com a cultura e onde sentimos verdadeiramente o símbolo que carregamos ao peito. Tens a ambição de jogar no estrangeiro? HS - Claro que toda a gente gostava de experimentar outros patamares competitivos. Contudo, sinto que aqui em Portugal não podia estar melhor. Estou perto da minha fa-

Desporto

“Só quero jogar no FC Porto e fazer uma carreira irrepreensível com esta camisola” começou a jogar no FC Porto e eu, com esse acompanhamento assíduo, também despertei uma paixão pela modalidade e comecei a praticar.

mília, da min ha namorada, dos meus amigos e jogo no melhor clube de todos os tempos. Conquistamos sete campeonatos seguidos e não poderia estar mais feliz neste momento. E jogar por outra equipa em Portugal, é uma hipótese para ti? HS - Nunca digo nunca na minha vida. Porém, no que depender de mim só quero jogar no FC Porto e fazer uma carreira irrepreensível com esta camisola vestida. E como é ser atleta de alta competição? Tiveste que abdicar de muita coisa? HS - Claro que sim. O andebol requer muita dedicação e não posso fazer certas coisas que a maioria das pessoas faz. Tenho que estar menos tempo com os meus amigos e com a minha namorada do que aquilo que realmente gostava. Conviver menos à noite. Nem sempre é fácil conciliar a carreira desportiva com a minha licenciatura em Desporto, apesar de fazer um esforço para que tal aconteça. Ser atleta de alta competição é isto, também tem alguns pontos negativos, mas faz parte da vida que escolhi. Quanto à modalidade que te apaixona, quando é que despertou a paixão pelo andebol? HS - Tudo começou na companhia dos meus dois irmãos. O mais velho, o Nuno, também jogava no FC Porto e desde pequeno que eu ia com o meu irmão do meio, o Pedro, ver os treinos dele e começávamos lá a brincar... Entretanto, o próprio Pedro também

foi

E porque não o futebol? O que fez a diferença? HS - Apesar de também gostar muito de futebol, convivia mais com o andebol e acho que fui ganhando algum jeito para jogar. Aperceberam-se da minha qualidade e hoje acho que a melhor opção.

Sempre jogaste como ponta-esquerda ao longo da tua carreira? HS - Nas camadas jovens joguei sempre como central, mas tenho noção que quanto mais ia subindo - escalões e exigência competitiva - com o meu porte físico ia tornando-se cada vez mais complicado competir como central. A partir dos Juvenis passei para a ponta-esquerda e desde então continuo lá. É totalmente diferente, mas agora sei que tomei uma boa decisão e é onde me sinto melhor a jogar andebol. Queres falar-me um pouco da tua alcunha de "penetra"? HS - Isso já é um bocado do passado [risos]. Foi durante a minha formação. Por ser pequenino e na altura jogar como central eu conseguia ultrapassar os meus adversários por espaços muito reduzidos, onde mais ninguém conseguisse passar.

Percurso: - FC Porto desde os 7 anos de idade - Vigorosa por empréstimo no escalão de Juvenis - No escalão de Juniores foi jogar pelos Seniores do ISMAI - Regressou ao FC Porto na temporada de 2013/2014 Títulos: 4 Campeonatos Nacionais 1 Supertaça Portuguesa 1 Campeonato Olímpico Universitário

Entretanto já representaste a nossa seleção nacional. Como foi o sentimento de receber a primeira convocatória? HS - É sempre muito bom ser chamado à seleção portuguesa. Na altura não estava à espera, foi por uma infelicidade de um jogador que costuma ser convocado. Foi um orgulho gigante a minha primeira internacionalização e acho que o nosso país tem ganho mais visibilidade no panorama internacional, sendo que a excelente participação do FC Porto na Champions também ajudou. Tens algum ídolo no andebol? HS – Todos temos os nossos ídolos. As minhas grandes referências são o Uwe Gensheimer, ponta-esquerda do Rhein-Neckar Löwen, e o Martin Stranovsky, um atleta eslovaco que também joga como ponta-esquerda. Alguma vez jogaste por algum clube gondomarense? HS - Não, nunca tive essa oportunidade. Gostarias de ser mais reconhecido pela autarquia, uma vez que a Câmara Municipal de Gondomar organizou uma Gala do Desporto e tu não estavas nomeado? HS - Penso que todos gostamos de ser reconhecidos pelos nossos méritos. Mas isso não é uma prioridade para mim nem fico desiludido com essa falta de reconhecimento por parte da autarquia. No entanto, claro que é sempre agradável sermos reconhecidos pela terra onde crescemos e vivemos. Como está a ser esta fase da tua carreira, uma vez que te encontras lesionado? HS - Nunca é fácil ficar de fora, muito menos nesta altura pois estamos numa fase de grandes decisões. No entanto, sei que estou próximo de voltar e estou a fazer muito por isso. Quais são, na tua opinião, as grandes bases para teres alcançado este sucesso? HS - As grande bases são a paixão, a qualidade do trabalho e, sem qualquer dúvida, todo o apoio das pessoas que estão mais próximas de mim. Sem tudo isto era realmente impossível. ■


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VIVACIDADE ABRIL 2016 35

Desporto

Clube Ornitológico de Gondomar é referência na modalidade

P.

Equipa

1

Fafe

2

Vizela

3

Estarreja

18

4

Bragança

17

culdades em ceder-nos um pavilhão mas as melhores alternativas seriam Fânzeres, São Pedro da Cova, Valbom ou Jovim, na impossibilidade de regressar ao Multiusos. No entanto, é essencial afastarmo-nos do rio”, admite Amílcar Dias. O Clube Ornitológico de Gondomar é o maior clube ornitológico do país e tem 400 sócios criadores de aves. ■

5

Gondomar

11

6

Vilaverdense FC

11

7

FC Pedras Rubras

6

8

Anadia

5

Artur Lima | 39 anos, Matosinhos 5 medalhas conquistadas no 64.º Campeonato do Mundo de Ornitologia

António Rosa | 52 anos, Póvoa de Varzim 12 medalhas conquistadas no 64.º Campeonato do Mundo de Ornitologia

“O segredo para o sucesso é o conhecimento que vamos adquirindo ao longo dos anos. Tentamos compensar as nossas falhas e essa é a magia da criação. É um orgulho pertencer ao Clube Ornitológico de Gondomar que dá um grande apoio aos seus criadores associados”

“Dei um abanão ao ranking mundial e ajudei a tornar Portugal uma potência mundial ao nível dos Diamantes de Gold. Nasci na Póvoa mas considero Gondomar a minha segunda cidade. O Clube Ornitológico de Gondomar ajudou-me a crescer”

Carlos Fernandes e Válter Cardoso vencem 11.º Rali de Gondomar Se o primeiro dia ficou marcado pela adrenalina das corridas, o segundo acolheu a entrega dos prémios aos vencedores. Apesar do tempo chuvoso, o Multiusos de Gondomar juntou umas dezenas de espetadores, que resistiram até ao fim da cerimónia. Carlos Fernandes e Válter Cardoso, ao volante de um Mitsubishi E V O VI, arrecadaram o

primeiro prémio, enquanto Luís Mota e Alexandre Ramos, num Mitsubishi EVO VII, ficaram na segunda posição. A dupla formada por Pedro Antunes e Alexandre Rodrigues, que competiu com um Peugeot 208 R2, completou o pódio. A décima primeira edição do Rali de Gondomar contou com os percursos em Gens e Covelo, mas apresentou uma novidade: um terceiro trajeto em Gens. Desta forma, as alterações trouxeram mais dinamismo à prova. O Rali voltou a apresentar-se na força máxima, tendo sido um evento que contou com a adesão de centenas de admiradores do automobilismo. ■

Pontos 22 19

Próximos jogos (24/04): vilaverdense FC - Gondomar

CNS - Fase Manutenção - Série C P.

Equipa

1

SC Salgueiros

35

2

Cinfães

27

3

Vila Real

27

4

Sousense

25

5

Tirsense

24

6

Amarante

7

SC Coimbrões

8

Sobrado

Pontos

Próximos jogos (24/04): Sousense - Sobrado

Criadores de prestígio do Clube Ornitplógico de Gondomar

Nos dias 1 e 2 de abril, Gondomar recebeu a 11ª edição do Rali de Gondomar, a contar para o Campeonato FPAK Ralis e para a Taça Ralis FPAK Terra. Este evento, organizado pelo Gondomar Automóvel Sport, juntamente com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar, contou com centenas de espetadores.

Ù Ù

23 20 16

Divisão Pro-Elite Nacional - AF Porto P.

Equipa

1

Aliança de Gandra

2

Rebordosa

65

3

Valadares Gaia

64

4

Paredes

55

5

SC Rio Tinto

49

6

Pedrouços

41

7

Oliv. Douro

41

8

Lixa

40

9

Aliados Lordelo

40

10

Leça

38

11

Barrosas

38

12

AD Grijó

36

13

Vila Meã

36

14

Padroense

36

15

FC Vilarinho

33

16

Candal

30

17

Serzedo

29

18

Baião

29

19

S. Pedro da Cova

20

Perafita

Ù

Ù Ù

meadamente à exposição anual que realizamos [Ornishow]”, explica ao Vivacidade. O evento mudou-se para o Multiusos de Gondomar e ganhou dimensão com a passagem de 600 para 4000 aves expostas. “Temos a convicção que ainda podemos crescer mais”, refere Amílcar Dias após lamentar a mudança do local da exposição para o Pavilhão Municipal de Covelo, em 2015. “No ano passado não realizamos a exposição no Multiusos de Gondomar e isso trouxe uma redução no número de aves expostas. Sabemos que a autarquia tem difi-

Este ano a exposição Ornishow garantiu a qualificação de prova internacional. O Ornishow está agendado para os dias 11 a 13 de novembro. O local da exposição continua por definir.

Ù Ù Ù

> Amílcar Dias do Clube Ornitológico de Gondomar

CNS - Fase Subida Zona Norte

Ornishow passa a Internacional C.O.M. do Douro

Foto DR

Prestes a comemorar as bodas de prata, o Clube Ornitológico de Gondomar é já uma referência nacional e internacional na modalidade. No 64.º Campeonato do Mundo, realizado entre os dias 21 e 24 de janeiro, em Matosinhos, a associação conquistou 82 medalhas (25 de ouro, 26 de prata e 31 de bronze) distribuídas por 25 criadores nas diversas categorias em competição: canários de cor, canários de porte, exóticos e psitacídeos. Amílcar Dias, vice-presidente do Clube, atribui o sucesso à “magnífica equipa que trabalha na coletividade há oito anos”. “A nossa equipa tem desenvolvido a ornitologia em Gondomar e no país. Desde 1991, o Clube lutava pelo desenvolvimento da ornitologia no concelho de Gondomar mas, em 2008, esta direção resolveu dar novo ímpeto às atividades desenvolvidas, no-

Foto DR

O Clube Ornitológico de Gondomar arrecadou 82 medalhas na última edição do Campeonato do Mundo de Ornitologia. Ao Vivacidade, Amílcar Dias, vice-presidente do Clube, explica o segredo para o sucesso.

TABELA CLASSIFICATIVA DE FUTEBOL

Próximos jogos (24/04): Baião - SC Rio Tinto Leça - S. Pedro da Cova

Pontos 68

29 24


36 VIVACIDADE ABRIL 2016

Desporto VIVA DESPORTO Tiago Nogueira

Jornalista / estudante de psicologia

Foto PSF

Campeonato ao rubro, pouco por jogar e tudo por desvendar

Academia Albino Nogueira quer formar árbitros em Baguim

Foto DR

Chegamos à altura das grandes decisões, onde se exige grande competitividade e respeito máximo. Águias e leões estão separados apenas por dois pontos quando restam quatro jornadas para o final do Campeonato. Sendo que o Sporting ainda terá que jogar no Estádio do Dragão e em Braga, e o SL Benfica deslocar-se-á a Vila do Conde e ao Funchal. Muita coisa pode mudar e quem pensar que o título está já decidido comete, quanto a mim, um erro primário. Esta última vitória do Sporting, em Moreira de Cónegos, correspondeu a uma das exibições menos conseguidas da equipa de Jorge Jesus esta época. No entanto, o golo de Slimani foi suficiente para arrecadar os três pontos e colocar muita pressão na formação orientada por Rui Vitória, que apesar de não ter também convencido, recebeu e venceu o Vitória de Setúbal por 2-1, com Jonas a colocar-se de novo na liderança da Bota de Ouro, com 31 golos, a par do suspeito do costume Cristiano Ronaldo. Este avançado brasileiro é um verdadeiro craque que combina na perfeição com Nico Gaitán, juntos dão um espetáculo que se transforma num autêntico bálsamo para quem procura constantemente o bom futebol. O FC Porto e o Sporting de Braga venceram, confortavelmente, as suas partidas - 4-0 ao Nacional e 3-0 ao Tondela, respetivamente - consolidando assim as suas posições na tabela classificativa. A reeleição de Jorge Nuno Pinto da Costa para a presidência do maior clube da Invicta é também motivo de destaque. Acredito que será o homem indicado para lidar com este momento tão delicado que a sua instituição atravessa. Não só pelo conjunto de competências que o levaram ao sucesso por diversas vezes e que fizeram que o FC Porto tivesse um Museu digno de registo, mas também pelo respeito enorme e pela confiança que, no fundo, os sócios do clube continuam a ter. Já no fundo da classificação, a quantidade de pontos muda, mas a emoção e a paixão continuam lá. Exatamente da mesma forma e em larga escala. Tondela com 20 pontos, Académica com 24, Boavista e União da Madeira com 26. Ainda tudo é possível, os adeptos destes quatro clubes estão com uma crença enorme, o apoio é em massa e todos os jogos são agora encarados como verdadeiras finais. Quanto a mim, a equipa boavisteira é a melhor das quatro e penso que acabará por conseguir manter-se no principal escalão do futebol português, resta saber qual será a outra... Pouco por jogar, tudo por desvendar, assim vai o nosso Campeonato recheado de emoção, tanto pelo título como pela manutenção. ■

> Marco Teixeira, secretário, e Abílio Bessa, presidente, da Academia Albino Nogueira

Formar árbitros, acolher ex-árbitros e ex-profissionais ligados à arbitragem são os objetivos da mais recente associação gondomarense. A Academia de Arbitragem Albino Nogueira tomou posse a 10 de março na Junta de Baguim do Monte. A Academia de Arbitragem Albino Nogueira (AAAN) – Associação de Árbitros de Futsal, sediada em Baguim do Monte, no Polidesportivo do Crasto, surgiu por brincadeira, numa conversa entre árbitros de futsal que pretendiam criar um espaço de convívio entre colegas da arbitragem. O projeto cresceu rapidamente e, em fevereiro, era assinada a escritura da associação, em Matosinhos. A ideia foi acolhida pelas principais entidades

> Tomada de posse da Associação na Junta de Baguim

ligadas ao futebol – Federação Portuguesa de Futebol, Associação Futebol do Porto e a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol – e mereceu o apoio da Câmara Municipal de Gondomar e da Junta de Freguesia de Baguim do Monte. Objetivo? “Promover a captação e formação de potenciais novos árbitros”, esclarece Abílio Bessa, presidente da direção. “Queremos formar árbitros, esse é o nosso objetivo. Este projeto está aberto a árbitros, ex-árbitros, observadores, cronometristas e candidatos a árbitros. Podem aparecer cá e treinar connosco antes de tomarem a decisão de ser árbitros”, explica o árbitro ao Vivacidade. A Academia já está a funcionar no Polidesportivo do Crasto, contudo, o dirigente aponta baterias para julho, mês em que a associação começa a preparar a próxima época. “Vamos focar-nos no futsal mas não fechamos as portas a árbitros do futebol de 11. Muitos jovens não sabem que podem começar na arbitragem a partir dos 14 anos, mas é possível. Contudo, não vamos atirar ninguém às feras e comprometemonos a acompanhar os nossos formandos durante um ano”, acrescenta Abílio Bessa. Em Baguim, a Academia terá três espaços disponíveis: Polidesportivo do Crasto, o auditório da Junta de Freguesia de Baguim do Monte e o Pavilhão Municipal da freguesia. O presidente da AAAN acredita que o local é ideal para a atividade da associação. “Estamos situados num local central e podemos organizar aqui as nossas atividades. Fomos bem acolhidos por Gondomar e temos tudo para singrar”, refere o árbitro. Albino Nogueira foi o nome escolhido pela direção num gesto de homenagem ao dirigente da AF Porto, homem que “sempre vestiu a camisola da arbitragem”, conclui Abílio Bessa. ■


VIVACIDADE ABRIL 2016 37

Desporto

Cátia Martins:

“Tenho sempre que diferenciar-me das outras atletas para ser chamada [à seleção nacional]” Cátia Martins, 21 anos, é mesatenista da Ala Nun’Álvares de Gondomar e foi uma das atletas escolhidas para representar Portugal na última edição do Campeonato do Mundo, na Malásia. Ao Vivacidade, a gaiense, que representa a Ala de Gondomar há nove anos, reconhece que o concelho tornou-se a sua segunda casa e aponta os objetivos para a presente época. Qual era o objetivo de Portugal? CM – Queríamos fazer uma prova melhor do que a nossa última prestação no Campeonato do Mundo. Infelizmente não foi possível e só conseguimos seis pontos na fase de grupos. Esta foi a tua

quarta representação no Campeonato do Mundo, como atleta sénior. Que significado tem representar Portugal a nível internacional? CM – É sempre um orgulho e um privilégio. É um reconhecimento do nosso trabalho. És atleta da Ala Nun’Álvares de Gondomar. O facto de representares a equipa de ténis de mesa da Ala facilita a tua chamada à seleção nacional? CM – Jogar na Ala não significa ser automaticamente convocada para a seleção. Tenho sempre que diferenciar-me das outras atletas para ser chamada.

Quando é que surge a tua dedicação à modalidade? CM – Nos jogos juvenis de Gaia. Todas as escolas participam nessa competição em várias modalidades. Participei nesse torneio e o coordenador do evento, que era treinador de ténis de mesa, disse que eu tinha aptidão para a modalidade. Na altura disse que não queria mas acabei por experimentar o ténis de mesa e gostei. Comecei a jogar com nove anos e acabei por dar continuidade. Consideras Gondomar a tua segunda casa? CM – Sim, porque passo mais tempo em Gondomar do que em Gaia [risos]. Já tiveste propostas para regressar a Gaia? CM – Já tive mas estou bem aqui. Tenho boas condições na Ala. Há algum título que recordes com mais carinho? CM – O 3.º lugar no Campeonato da Europa de Cadetes por equipas foi talvez o mais especial. Nunca mais se esquece. Para esta época quais são os principais objetivos da Ala? CM – Queremos ser campeãs da 1ª divisão nacional e ser campeã no Campeonato

Nacional de Seniores. Além disso, estamos a disputar a Taça de Portugal que também faz parte dos nossos objetivos. Como tem sido conciliar a tua carreira desportiva com a licenciatura que estás a tirar na Escola Superior de Enfermagem (ESEP)? CM – Foram quatro anos diferentes. Estou na fase final do meu curso e neste momento estou em estágio. Sempre que falto tenho que compensar mas tenho tido um apoio fundamental dos professores e do meu treinador. A ESEP fez-te uma distinção pela tua representação no Campeonato do Mundo. Foi importante seres reconhecida pela instituição? CM – Foi bom mas também foi estranho [risos]. Muita gente desconhecia a minha carreira desportiva e foi estranho ter a Escola toda a saber o que eu fazia, mas todos vieram dar-me os parabéns e isso é sempre bom. Quando concluíres o curso vais conciliar a enfermagem com o ténis de mesa? CM – Sim. Espero acabar o curso este ano e procurar emprego. Ao mesmo tempo não quero deixar o ténis de mesa porque este desporto é muito importante para mim. ■

Casa FC Porto de Rio Tinto homenageou glória do clube

> Cecília Pedroto (à esq.) entregou o galardão ao ex-guarda-redes do FC Porto

Armando agradeceu a homenagem e retribui com sorrisos após recordar a formação no pelado da Constituição, a Taça de Portugal conquistada pelo FC Porto contra o SL Benfica (57/58), os empréstimos ao Gil Vicente e Salgueiros, a conquista da Taça de Portugal pelo SC Braga (1966), o regresso ao FC Porto e o final de carreira novamente no SC Braga. Para a história ficou também a meda-

lha de Comportamento Exemplar, atribuída pela Federação Portuguesa de Futebol, após 400 jogos realizados sem ser castigado, e o recorde de grandes penalidades defendidas num único jogo, quatro, contra o Celta de Vigo. Cecília Pedroto, mulher de José Maria Pedroto, ex-treinador do FC Porto, entregou a distinção atribuída pela filial ao exguarda redes do clube.

Nova sede inaugurada após a homenagem Após a homenagem os associados dirigiram-se às novas instalações da Casa FC Porto de Rio Tinto, na Praça da Estação. José Carlos Rocha aproveitou a ocasião para pedir o apoio dos adeptos portistas ao clube e ao presidente Pinto da Costa. “Confio no presidente e acredito que vai trazer novamente o FC Porto para o caminho das vitórias. A equipa precisa do nosso apoio”, lembrou o responsável pela filial que pediu “mais garra e atitude” ao plantel portista. Eurico e Eduardo Luís, antigas glórias do clube, marcaram presença na inauguração da nova sede. ■ Foto DR

O salão nobre da Junta de Rio Tinto esteve lotado para assistir à homenagem ao ex-atleta Armando, guarda-redes histórico do clube, que representou o FC Porto em finais dos anos cinquenta e nos primeiros anos da década de setenta. A homenagem preparada pela Casa FC Porto de Rio Tinto deixou a antiga glória do clube sem palavras. Segundo José Carlos Rocha, presidente da direção da filial portista em Rio Tinto, o gesto vai repetir-se “de dois em dois meses”. “Devemos cumprir o nosso papel e homenagear todos os atletas do FC Porto. É isso que esta casa irá fazer a partir de agora”, disse o dirigente.

Foto PSF

A Casa FC Porto de Rio Tinto homenageou a 10 de abril o ex-guarda-redes Armando, antiga glória do clube, na Junta de Freguesia de Rio Tinto. A iniciativa realizou-se à margem da inauguração da nova sede da filial portista.


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Desporto

SC Montezelo: presidência no feminino apresenta resultados Foto PSF

O Sport Clube Montezelo foi fundado em 1979 e, hoje, tem uma característica que o distingue dos restantes clube: Arminda Gomes é presidente, desde 2008, e tem vindo a alterar a realidade desta equipa. Texto: José Pedro Oliveira

Em conversa com a presidente da direção do SC Montezelo, Arminda Gomes, o nosso jornal ficou a perceber como funciona este clube. A presidente, uma figura incontornável desta associação, explicou-nos o motivo de ter começado esta aventura no clube. Apesar de, segundo a mesma, tudo ter começado numa brincadeira entre amigos, hoje, a dirigente assume o cargo de forma séria e veste a camisola do Montezelo todos os dias. “Quando iniciei o meu percurso como presidente, há oito anos, o clube tinha cerca de 30 ou 40 atletas, nos escalões de juvenis e juniores. Passado pouco tempo tivemos uma proposta para criar uma academia e conseguimos reunir muitos miúdos. Isso fez com que tivéssemos a oportunidade e obrigatoriedade de criar mais escalões porque ficamos com muitos atletas de diferentes idades. No espaço de um ano passamos de 30 para 150 jogadores, o que obrigou a criarmos sete escalões”, explica Arminda Gomes, avançando ainda que a direção conseguiu criar condições para ter equipas técnicas a acompanhar cada escalão. O Sport Clube de Montezelo, clube com 364 sócios, consegue conciliar duas realidades, que por vezes parecem incompatíveis na prática futebolística: a vontade de vencer todos os jogos, com o carinho por todos os atletas. “A mulher tem uma

> Arminda Gomes preside o clube desde 2008

visão diferente. Os homens das equipas técnicas querem ganhar todos os jogos. Eu, se calhar, não vejo a coisa por aí. Eu quero é que os miúdos tenham lanche no final do jogo, que vão satisfeitos para casa e que no dia seguinte estejam cá para o treino. Sei que às vezes é muito difícil transmitir estes valores e isto não quer dizer que eu não queira

ganhar os jogos. Claro que fico muito triste quando perdemos”, afirmou, especificando um pouco as vantagens de ter uma mulher como presidente um clube de futebol. Apesar de ainda existirem pessoas que acham irreal ter uma mulher à frente de um clube, Arminda Gomes é a prova de que não só é possível, como benéfico.

“Sempre fui muito respeitada. Quando não percebo, deixo falar quem percebe e quem sabe. Mas, por um lado, tento gerir este clube como uma empresa. Tem que ser. Por outro lado, tento profissionalizar o mais possível quem cá está. Cada vez mais tenho pessoas formadas à frente dos escalões. As exigências são cada vez maiores. No início, quando ia às reuniões da Liga Desportiva de Gondomar, as pessoas achavam piada. Havia sempre uma condescendência por eu ser a única mulher e eu deixava as pessoas falar. No entanto, não abdico dos meus princípios morais, daquilo que eu acredito e que acho justo. Tento sempre ser, tanto na minha vida profissional como pessoal, uma pessoa justa. Por aquilo que eu acho que não é correto ou que influencia o bom desenvolvimento do meu clube ou dos meus atletas, vou até ao fim. Atualmente tenho uma conotação negativa por ser do contra, o que se calhar associam ao facto de ser mulher”, admitiu a presidente. Quanto ao futuro no Montezelo, Armida Gomes tem os objetivos bem definidos. Com a finalidade de continuar a evoluir e com a mira na rentabilização deste espaço durante o dia, a presidente pretende dar um passo em frente. “Há muitas necessidades na freguesia. Era um gosto ter aqui crianças com deficiências a jogar futebol em campeonatos inseridos dentro dos planos de estudo. E neste projeto também gostava de incluir uma equipa de futebol feminino federada, porque sei que temos mulheres com capacidade para dar o litro”, começou por apontar. “O principal objetivo para o futuro do clube é o relvado sintético, o resto vem por acréscimo. Com o sintético consigo criar emprego, ter aqui crianças com deficiência a jogar durante o dia, mulheres… E queremos finalmente federar a equipa sénior”, finaliza a dirigente. ■ Foto DR

Foto PSF

> A conquista do relvado sintético é o grande objetivo da direção

> A dirigente desportiva acompanhada por Marco Martins


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Empresas & Negócios

Associação São Bento tem projeto para novo espaço de saúde A Associação de Socorros Mútuos de São Bento das Pêras de Rio Tinto vai alargar as suas valências com um novo espaço de saúde pensado para os associados, junto ao edifício sede da associação mutualista. A Associação São Bento tem à disposição dos 45 mil associados uma série de serviços e seguros inovadores que ignoram o estado de saúde das pessoas e não têm limites de idade de adesão ou permanência. A associação mutualista é parceira da Mutuália e tem pensado um novo edifício para breve. O projeto foi aprovado em Assembleia-Geral Extraordinária, em julho de 2013, contudo, a atual direção presidida por Cláudio Melo, no cargo desde 2014, decidiu reformular a ideia original. “O nosso novo espaço para a saúde vai nascer no adjacente ao nosso edifício sede. É um espaço que a anterior direção comprou em 2013 e que, desde 11 de julho de 2013, quando foi aprovada a construção não teve progressos”, lamenta o dirigente. Ao Vivacidade, Cláudio Melo explica o que mudou. “Esse edifício vai ter três pisos. O projeto inicial só tinha dois pisos mas esta direção procurou acrescentar um piso adicional para tirar mais rentabilidade daquele espaço. Neste momento estamos a aguardar a aprovação da Câmara Municipal de Gondomar para termos um piso adicional”, refere o presidente da Associação São Bento. No projeto está também previsto um parque de estacionamento no terreno situado entre os dois edifícios da associação mutualista, que vai possibilitar “a entrada e saída de ambulâncias”.

O que é o mutualismo? O mutualismo é um sistema privado de proteção social que visa criar e promover organizações de política mutualista, sociedades de seguros mutualistas e fundos de pensões mutualistas. O mutualismo foi precursor do moderno sistema de seguros, cujos princípios assentam na reciprocidade dos serviços e na entreajuda.

> Cláudio Melo, presidente da Associação de Socorros Mútuos de São Bento das Pêras

O novo edifício vai representar um investimento entre os 200 e os 250 mil euros e poderá estar concluído “até ao final do mandato desta direção, em 2018”. Segundo Cláudio Melo, os associados estão de acordo com a mais recente aposta da Associação São Bento, considerado “o grande objetivo para o mandato da atual direção”. Instituição de referência no mutualismo nacional Em Portugal, a Associação São Bento é considerada uma referência no mutualismo e tem o estatuto de segunda maior associação mutualista a nível nacional. “Somos fundadores da Associação Mutualista e, para nós,

isso representa uma responsabilidade acrescida. Além disso, fazemos parte do Conselho de Administração da Mutuália. Se nos reconhecemos como uma das maiores associações do país, temos que estar representados nestas organizações”, salienta Cláudio Melo. “A direção atual não se poderá candidatar novamente aos órgãos sociais desta associação. Até ao final do mandato queremos continuar a desenvolver o nosso espírito mutualista e continuamos empenhados em criar novas valências para os nossos associados, a preços reduzidos ou gratuitamente, no caso das consultas médicas. O mutualismo é um sistema privado de segurança social que tem como propósito ajudar”, conclui. ■

As novas instalações: Três pisos com: - Receção; - Sala de espera com WC; - Plataforma elevatória; - Sala de enfermagem e tratamentos; - Sala de sujos e despejos; - Dois vestiários (masculino e feminino); - Dois consultórios médicos; - Sala de arrumos para roupa limpa; - Dois WC; - Espaço amplo para criação de um anfiteatro; - Parque de estacionamento;


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Empresas & Negócios

Letras Urbanas: sala de estudo para todas as idades A sala de estudo Letras Urbanas, situada na Rua do Outeiro, Baguim do Monte, tem ao dispor dos alunos explicações coletivas e individuais em todas as áreas, transporte, atividades extracurriculares e alimentação. O Vivacidade foi conhecer o espaço gerido pelo casal Helena e José Guerra.

Tomaram conta do espaço em abril de 2012 e, desde então, não pararam de crescer. Helena e José Guerra, o casal responsável pela sala de estudo Letras Urbanas, aceitou o convite da anterior gerência e decidiu assumir o risco de investir num projeto comum aos dois. “Quando assumimos a gerência ficou tudo igual porque conseguimos manter os professores e os alunos que tínhamos, isso foi muito importante para nós”, explica a gerente. Empreendedores, Helena e José não pararam de crescer e dinamizaram o espaço

Valências da sala de estudo Letras Urbanas: - Ensino pré-escolar; - 1.º, 2.º, 3.º ciclos e ensino secundário; - Todas as disciplinas a todos os níveis; - Transporte com motorista e veículo certificado; - Atividades extracurriculares; - Alimentação;

situado na Rua do Outeiro, em Baguim. Começaram com 60 alunos inscritos, hoje são 107. “Começamos a apostar nas explicações individuais, num maior número de atividades durante as férias escolares e em saídas mais frequentes. Essas iniciativas marcaram a diferença em relação à concorrência e tem sido uma aposta ganha”, afirma Helena Guerra. Concorrência que a gerente da sala de estudo Letras Urbanas não teme, apesar das “ameaças constantes”. “Costumo dizer que não faço milagres e que a igreja fica lá em

Jornal Vivacidade 21/04/2016

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CARTORIO NOTARIAL (Lic. JOSÉ MÁRIO RESSE LASCASAS DOS SANTOS) (Rua José Falcão nº 15 – 1º direito, Porto) ______Certifico, narrativamente, para fins de publicação que por escritura lavrada em trinta e um de Março de dois mil e dezasseis, no livro de notas para escrituras diversas deste Cartório Notarial número duzentos e vinte e seis.M, de folhas quarenta e quatro a folhas quarenta e cinco, EMÍLIA MARIA CARDOSO SAMPAIO, NIF 210 285 354, casada no regime de comunhão de adquiridos com António Horário de Sousa Bispo, residente no Largo Maternidade Júlio Dinis, nº.10, Porto, se afirmou, com exclusão de outrem , dono e legítimo possuidor do veículo automóvel com a matrícula GB –sessenta e quatro – noventa e sete, marca “Renault”.________________ Que o identificado veículo automóvel está registado desde dezanove de Abril de mil novecentos e setenta e oito, a favor de José António Dias Pereira, com última residência conhecida no lugar da Bela Vista, São Pedro da Cova, união das freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, concelho de Gondomar._____________________ ______Que não possui qualquer título formal para a dedução de novo trato sucessivo que lhe permita registar a seu favor em Conservatória do Registo de Veículos, o identificado veículo._____________________________ ______Que o referido automóvel veio à sua posse no ano de mil novecentos e oitenta e sete, por contrato verbal de compra e venda com o referido José António Dias Pereira, celebrado nesse ano._______________________ ______Pese embora lhe tenham sido entregues pelo titular inscrito o livrete e título de registo de propriedade do veículo e a respectiva declaração de compra e venda, que todavia por ela foram extraviados, o certo é que até ao momento e apesar de todas as diligências efectuadas, para regularizar a situação não foi possível efectuar a seu favor o registo de propriedade do veículo.____________________________________________________ ______Assim, desde aquele ano de mil novecentos e oitenta e sete, sempre esteve na posse do automóvel, praticando actos materiais de defesa e conservação, nomeadamente recolhendo-o na sua residência, procedendo à sua reparação, limpeza, manutenção e recolha, pagando os respectivos impostos, agindo sempre por forma correspondente ao exercício pleno do direito de propriedade, de boa fé por ignorar lesar direito alheio, pacífica, contínua, púbica e sem violência à vista e com o conhecimento de toda a gente, e, pois, sem oposição, embargo ou estorvo de quem quer que seja.______________________________________________________________ ______Que, atendendo às enunciadas carcaterísticas de tal posse, facultou-lhe a aquisição por usucapião do referido veículo automóvel, direito este que, pela sua própria natureza é insusceptível de ser comprovado pelos meios normais._________________________________________________________________________________ ______Está conforme o original, declarando-se, que na parte omitida nada há que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte extractada._________________________________________________________________ ______Cartório Notarial do Lic. José Mário Resse Lascasas dos Santos, sito à Rua José Falcão nº 15 – 1º direito, 31 de Março de 2016.

Rua José Falcão, 15 – 1.º D – 4050-316 PORTO – Telef. 222 046 480 • Fax: 222 046 489 - not.mariolascasas@mail.telepac.pt

cima [Largo de São Brás]”, remata a responsável. A exigência é a regra máxima da sala de estudo, local onde os alunos, do 1.º ciclo ao ensino secundário, entram para trabalhar. “Nós somos muito exigentes porque sabemos que para os pais isto representa um grande investimento. É difícil convencer os miúdos a estudar ao final do dia depois de um dia inteiro de aulas mas eles sabem que não somos um ATL. Aqui estuda-se”, acrescenta José Guerra. Ao dispor dos alunos estão quatro pro-

fessores que dão explicações coletivas e individuais, entre as 7h30 e as 19h30, de segunda a sexta-feira. Para os responsáveis pelo espaço, os professores residentes estão “impedidos de dar matéria” e estão apenas habilitados a acompanhar as dificuldades e a matéria que os alunos estão a dar na escola”, refere Helena Guerra. As inscrições para o próximo ano letivo ficam disponíveis no dia 1 de maio e prolongam-se até ao dia 8 de junho. “Em setembro criamos um período de aceitação para pais que nos procuram à última hora”, finaliza a proprietária da sala de estudo. ■

Gondomar acolheu reunião trimestral da Century 21

A primeira reunião trimestral das agências Norte da Rede Imobiliária Century 21 realizou-se a 14 de abril, no Auditório Municipal de Gondomar. A Century 21 Arquitectos, agente imobiliário que abriu em Rio Tinto no ano passado, foi responsável pela organização da primeira reunião trimestral das agências Norte da Rede Imobiliária Century 21. Joana Resende, gerente da agência de Gondomar, mostrou-se orgulhosa por re-

ceber os vários colegas no concelho. Estiveram presentes agências de Vila Nova de Gaia, Porto, Póvoa de Varzim, Viana do Castelo, entre outras, reunidas no primeiro grande evento do ano da Century 21. Durante a manhã realizou-se um peddy-paper, já durante a tarde os agentes Century 21 estiveram reunidos no Auditório Municipal. O encontro serviu para discutir estratégias conjuntas, analisar os resultados do primeiro trimestre e premiar os resultados das várias agências e consultores. A reunião acolheu 13 agências e contou com a presença de 120 colaboradores. ■


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Opinião: Vozes da Assembleia da República

Quem quer bons amigos, arranja-os! Germana Rocha| PSD

O Partido Socialista já nos habituou a momentos verdadeiramente insólitos no que à amizade diz respeito. Já nos habituamos a que os primeiros-ministros do Partido Socialista tenham amigos como mais ninguém tem, com uma bondade inexcedível. Nos últimos tempos, temos, de facto, assistido a episódios que nada auguram de bom, no que à atual governação do País diz respeito: Primeiro, assistimos a um ministro a prometer “salutares bofetadas” no Facebook a dois colunistas do jornal “Público” que o haviam criticado, e a consequentemente ser obrigado a demitir-se.

Depois, assistimos à saída do chefe do Estado-Maior do Exército, devido a um pedido de explicações público por parte do ministro da Defesa, e por fim, ao secretário de Estado da Juventude e Desporto a bater com a porta ao ministro da Educação, por estar em profundo desacordo com o seu modo de estar em cargos públicos. Resta-nos saber quem será o senhor ou a senhora que se segue… António Costa criticou João Soares, dizendo que nem à mesa de café se pode deixar de lembrar de que é membro do governo, mas pelos vistos, é, mais uma vez, “olha para o que eu digo e não olhes para o que eu faço”, pois António Costa pôs um amigo de café, e não só, a negociar dossiers de extrema im-

portância para a economia do País, mesmo não sendo titular de qualquer vínculo contratual com a Administração Pública, mais um benemérito que não olha a meios quando de ajudar o melhor amigo se trata. De facto, não está em causa o advogado Diogo Lacerda Machado, ser o seu melhor amigo e pessoa da sua elevada confiança, mas antes a falta de transparência e escrutínio na representação do Estado em diversos processos de grande responsabilidade, como a TAP, o BPI e os lesados do BES. É que as suas ligações a António Costa, de facto, vêm de longe mas não nos trazem grandes recordações, a não ser a de que não há almoços grátis, e que na vida tudo tem um preço.

Ao que parece, a afetação de parte do Fundo de Estabilização da Segurança Social (1.400 milhões de euros) à Reabilitação Urbana, também terá sido uma ideia peregrina de mais um grande amigo de António Costa, verba essa que se deveria destinar ao pagamento das pensões dos contribuintes, e não a repetir uma receita, cujos resultados não foram os melhores, arriscando-se, assim, a pôr em causa o equilíbrio financeiro de um sistema que se reveste de importância vital para a sobrevivência das famílias, que não querem voltar a assistir a filmes do passado, cujos protagonistas principais são amigos a oferecerem muito a troco de poucochinho! ■

Portugal vai crescer menos do que estava à espera Cecília Meireles | CDS

Este mês, o Governo apresentou, com pompa e circunstância, o seu Plano Nacional de Reformas. Poderia ser uma boa oportunidade para discutirmos a sério que reformas queremos fazer em Portugal nos próximos anos. Até porque, se é verdade que quase todos concordam com a necessidade de fazer reformas em abstrato, depois raras vezes é possível chegar a acordo sobre uma única reforma em concreto. Mas a verdade é que, se o Plano podia ser uma boa oportunidade em teoria, na prática está a revelar-se apenas mais uma oportunidade perdida.

O documento, ou melhor, os 35 slides que constituem a apresentação (porque é disso que se trata), oferecem muitos lugares comuns, poucas ideias e ainda menos propostas concretas. Tudo visto e ponderado, temos muitas coisas que fazem sentido, mas muito poucas são concretizadas ou sequer originais. Já aquilo que é original, pelo contrário, faz muito pouco sentido. Uma das originalidades que menos sentido faz é apresentar o Plano sem uma única conta e, sobretudo, sem o Programa de Estabilidade. Isto quer dizer que estamos a discutir reformas sem saber que meios Por-

tugal vai ter para as pôr em prática, e sem ponderar que efeitos elas vão ter no crescimento da economia ou no emprego. Ou seja, em vez de um plano de reformas, aquilo que temos na realidade é uma espécie de plano de experiências. E isto é ainda mais preocupante quando todas as semanas temos uma nova instituição, nacional ou internacional, a dizer que Portugal vai crescer menos do que se estava à espera. A semana passada, por exemplo, quer o FMI quer a Universidade Católica vieram dizer isto mesmo. E porquê? Por meras razões de conve-

niência política. Porque enquanto estivemos a discutir ideias vagas, pode parecer que o Governo e os partidos que o apoiam – PS, BE, PCP e PEV – estão todos de acordo. Mas quando começamos a discutir propostas concretas e as suas consequências, é bastante provável que as divergências comecem a aparecer. E é por isto que a discussão do Programa de Estabilidade tem sido adiada, e vai ser feita numa velocidade relâmpago. A geringonça pode sair a ganhar, mas Portugal sai definitivamente a perder. ■

Analfabetismo: um problema do passado ou do presente? Luís Monteiro | BE

Estamos em Abril, perto da data de comemoração da Revolução dos Cravos. E uma das conquistas que, justamente, a revolução do 25 de Abril nos trouxe foi o direito à Educação. Em 1970, 49,8% da população portuguesa, com 14 ou mais anos, não possuía nem frequentava o ensino primário elementar. Um importante dado da situação da Educação em Portugal anterior ao 25 de Abril, que vemos frequentemente esquecido em análises e reflexões do presente. Passadas mais de quatro décadas, a alfabetização da população conheceu políticas públicas concretas. Mas nem tudo está feito e

resolvido, ao contrário do que possa parecer. Este debate não é, portanto, do passado, mas está muito atual. Existiam em Portugal cerca de 552 mil pessoas analfabetas, segundo os dados do último censo, de 2011, correspondentes a uma taxa de analfabetismo de 5,2%. De então para agora, elevados níveis de abandono e insucesso escolar permitem supor que estes números não sofreram uma alteração significativa. Portugal é, no contexto europeu, um dos países com os valores mais elevados neste indicador. Muitas das ofertas formativas para adultos

que foram sendo implementadas não contemplam a dimensão da alfabetização privilegiando antes o reconhecimento e validação de competências e a formação profissional. O “Relatório” do Orçamento de Estado para 2016 refere que o Governo pretende realizar em 2016 um “(…) investimento na educação de adultos e formação ao longo da vida, através da criação de um Programa de Educação e Formação de Adultos que assegure a superação do défice de qualificações escolares da população ativa portuguesa e a melhoria da qualidade dos processos de educação-formação de adultos. Para alcançar estes objetivos, será

implementado um conjunto de medidas que procuram impulsionar a aprendizagem ao longo da vida para todos, promovendo a compatibilização das necessidades individuais das pessoas com as ofertas educativas e formativas disponíveis.” Este Programa tem de prever medidas concretas que contemplem também a alfabetização, seja de jovens adultos que abandonaram precocemente o sistema de ensino seja de adultos que não chegaram a frequentar qualquer nível de escolaridade. Não é tempo de baixar os braços. ■


42 VIVACIDADE ABRIL 2016

Opinião: Vozes da Assembleia da República/Municipal

Celebrar Abril, cumprir a Constituição Diana Ferreira | PCP Neste Abril celebramos 42 anos da revolução portuguesa, momento incontornável da história do nosso país, que pôs fim a 48 anos de ditadura fascista e realizou profundas transformações democráticas: políticas, económicas, sociais e culturais. Libertadoras conquistas que sucessivos governos, especialmente o último governo PSD/CDS, foram atacando, com as suas opções políticas de desbaste de direitos e rendimentos. Pretendendo ajustar contas com Abril, agrediram a democracia, a soberania, a liberdade e o desenvolvimento do país – uma agressão que não foi mais profun-

da porque pela frente encontrou a luta dos trabalhadores e do Povo. Neste Abril celebramos os 40 anos da Constituição da República Portuguesa – aprovada a 2 de Abril de 1976. Uma Constituição que, sendo inseparável desse indelével processo revolucionário iniciado em 25 de Abril de 1974 e dos valores projetados de liberdade, democracia, justiça social, paz e soberania é, essencialmente, resultado da luta dos trabalhadores e do povo português que viram nela refletidos os seus direitos, as suas aspirações, as conquistas e as profundas transformações e mudanças que protagonizaram, num tempo de viragem e rutura com a dita-

dura fascista, a opressão e o colonialismo. Muito há quem queira diminuir o significado do 25 de Abril e a importância das suas conquistas. Muito há quem queira desvalorizar e destruir a Constituição da República, o que tem de democrático e progressista e a tradução que faz, em direitos consagrados, das conquistas económicas, políticas e sociais alcançadas com o 25 de Abril. Apesar do empobrecimento sofrido por sucessivas revisões constitucionais, o seu texto e os valores de Abril em si espelhados, revestem-se de profunda atualidade. Num momento em que é imprescindível repor direitos e rendimentos,

garantir melhores condições de vida aos trabalhadores e ao povo português e percorrer um caminho de desenvolvimento, progresso e justiça social, a Constituição da República Portuguesa é referente de valores e princípios, transportando em si a força inspiradora de um projeto galvanizante, como é a construção de um Portugal com futuro, livre, democrático e desenvolvido. A sua atualidade e a sua estreita ligação às mais profundas aspirações dos trabalhadores e do povo português, são a garantia de que a sua defesa há-de ser sempre obra do Povo que a inspirou e construiu com a sua luta. A Constituição é tua. Defende-a! ■

Paraísos fiscais: pecados com perdão consentido José Luís Ferreira | PEV Os paraísos fiscais são a imagem da injustiça que reina no sistema. Esta é uma realidade que já há muito conhecemos e por isso o escândalo tornado público por via do “Panamá Papers” não constitui propriamente uma surpresa. Já há muito que sabemos da existência dos paraísos fiscais, inclusivamente dentro da União Europeia e já há muito que também sabemos para que servem e a quem servem. Já há muito que sabemos que as “offshore” apenas servem para criar e acolher empresas fictícias onde se gere dinheiro de origem pouco digna e até criminosa. Sabemos também que as pessoas que utilizam os paraísos fiscais têm como objetivo não pagar impostos, fugir à lei, fugir ao pagamento das suas obrigações fiscais e esconder dinheiro, tantas vezes, proveniente de negócios pouco claros, de negócios sujos. Sabemos ainda que o dinheiro que circula nos “offshore” é dinheiro roubado à economia e aos contribuintes e quem utiliza estes mecanismos são as grandes fortunas e os mais poderosos. Sabemos isto tudo há já muito tempo. E portanto, a grande virtude das denúncias

agora feitas pelo “Panamá Papers” foi, não só, dar uma ideia ao mundo da dimensão e da gravidade deste problema e desta imoralidade, mas também trazer o assunto para cima da mesa global, deixando claro para todos, que as pessoas que trabalham, as pessoas com menos rendimentos são obrigados a pagar os seus impostos, enquanto uma minoria, os senhores do dinheiro, se dão ao luxo de nada pagarem, ficando libertos dessa responsabilidade que é pagar impostos como os outros. É uma batota consentida absolutamente imoral. Segundo dados do Banco de Portugal, de 2014 para 2015, o dinheiro português colocado nas “offshore” aumentou 13%. Estamos a falar de quase 10 mil milhões de euros. Mas o património de empresas ou cidadãos nacionais, não declarado, poderá atingir 69 mil milhões de euros. É muito dinheiro, sobretudo se tivermos em conta que os números se referem a um período de crise, uma crise, pelos vistos só para alguns. Impõe-se, portanto, um combate sério a esta batota que permite que uns poucos vivam em paraísos fiscais, para a maioria das pessoas viver num verdadeiro e penoso inferno fiscal. Para além desta injustiça e desta imoralidade fiscal,

é ainda necessário ter em conta que os paraísos fiscais foram palco de alguns dos acontecimentos da crise que hoje vivemos, como seja a falência de bancos ou as fraudes em larga escala. É preciso ter em conta que essas atividades estão, muitas vezes, associadas à economia clandestina, à evasão fiscal, à fraude fiscal, ao crime organizado, à lavagem de dinheiro e, por vezes, a muitas práticas que fragilizam a estabilidade mundial, como seja o negócio da droga e, até, o negócio de armamento. Mas, pior, se tivermos presente que esta verdadeira economia de casino é inseparável do agravamento das desigualdades sociais, da pobreza e da insustentabilidade do modelo económico que vai reinando no mundo. Por cá, sempre se lembrará os processos escandalosos do BCP, do BPP ou do BPN, que indiciaram práticas relacionadas com empresas sediadas exatamente em paraísos fiscais e cuja fatura, nalguns casos, acabou por ser paga pelos contribuintes portugueses. Na nossa perspetiva, os paraísos fiscais têm de ser olhados como um elemento estranho à nossa democracia, que apenas servem para as grandes fortunas criarem mecanismos altamente elabora-

dos, para fugir aos impostos ou para proceder ao branqueamento de capitais. Por isso é preciso pôr fim aos paraísos fiscais. E se é verdade que um Governo não pode impôr o fim dos paraísos fiscais fora das suas fronteiras, também é verdade que qualquer Governo pode e devia ter a obrigação de canalizar esforços, junto dos restantes Estados e das Organizações Internacionais de que faz parte, para procurar medidas e encontrar soluções no sentido de acabar com os paraísos fiscais. Não faz qualquer sentido que existam zonas absolutamente intocáveis, onde a supervisão financeira não entra, onde a cooperação judicial fica à porta e onde os próprios Estados preferem fingir que não existem ou então que está tudo bem, que faz parte do sistema. Que é assim e pronto. Nem faz sentido nem os cidadãos compreendem, como é que um simples contribuinte que se esquece das suas obrigações fiscais é perseguido pelo Estado, mas quando se trata da grande criminalidade fiscal, os Estados fingem que nada se passa. Não pode ser, tem de haver formas de pôr fim a este verdadeiro e monstruoso pecado com perdão consentido. Para tal haja vontade e coragem política. ■

jetos, de iniciativa de vários partidos políticos, que por várias razões nunca foram concretizados. Na cerimónia que decorreu em Gondomar, Marco Martins sublinhava que depois desta formalização, depende agora do empenho de cada um dos intervenientes de passar para a ação, tomando a região do Porto (a marca Porto) como capital de todo o Norte do país, como destino turístico de eleição. Os objetivos máximos são a promoção ambiental, a valorização da natureza e da vida ao ar livre. Mas o projeto visa ainda promover iniciativas conjuntas de “turismo, lazer, animação, formação, emprego, inclusão, sustentabilidade, inovação, competitividade e internacionaliza-

ção da economia”. Esta é a forma mais autêntica de se fazer política. Olhar além do nosso território para daí trazermos o que há de melhor. Projetar em conjunto, não olhando a cores políticas mas apenas na estratégia em prol da população e do bem comum. Acordar em trabalhar em conjunto, partilhando das mesmas preocupações, desafios e sucessos, trazendo para o nosso município o melhor possível, não deixando contudo de o partilhar. É uma visão ampla e de futuro. Pensando hoje naquilo que se pode fazer pela nossa paisagem, pelo nosso turismo e economia local, e projetando esses desafios no tempo, no futuro de todos. ■

Parque das Serras do Porto Joana Resende | PS Hoje, 18 de abril de 2016, deu-se mais um passo para o desenvolvimento da nossa região e da nossa paisagem. Hoje, lavrou-se a escritura pública de constituição da associação de Parque das Serras do Porto. A associação, que engloba os municípios de Valongo, Paredes e Gondomar, terá sede em Valongo e será presidida em primeiro lugar pelo presidente da Câmara de Paredes. A associação foi constituída para desenvolver o projeto “Pulmão Verde” com o objetivo de promover a natureza e a vida ao ar livre nas serras do Porto, e é inédita naquilo que é fazer política em prol do bem comum, em conjunto e com o mesmo objetivo.

As três autarquias da Área Metropolitana do Porto uniram os seus esforços para levar a cabo uma maior proteção das zonas verdes que têm vindo a sofrer com a poluição, lançando com esse intuito este projeto que engloba uma área com cerca de 5.700 hectares. Os três municípios estão por isso empenhados em alavancar de forma sustentável as potencialidades naturais dos terrenos que têm em comum: as serras de Santa Justa, Pias e Castiçais que pertencem à Rede Natura 2000, além das serras das Flores, Santa Iria e Banjas. Contaram-se 70 longos anos, em que várias iniciativas foram pensadas com o objetivo de proteger e, da mesma forma, promover as paisagens destas serras. Elencaram-se alguns pro-


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Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

Estupefações

Pedro Oliveira | CDS-PP Temos visto nos últimos meses o Bloco de Esquerda (BE) numa azáfama inusitada como se o mundo acabasse amanhã - de intervenção política, influenciando, pressionando e mesmo impondo ao governo de António Costa, o cumprimento de toda uma plêiade de iniciativas e soluções, integradas naquele que é o seu populista e, por isso, incoerente, roteiro de ação transformadora da realidade económica e social dos portugueses. Tal ímpeto desembocou agora em mais um enorme equívoco, seja pelo timing inapropriado para a discussão do tema, seja pela falta de dignidade do próprio tema, demonstrando antes uma ridícula preocupação de discriminação do género feminino que, com toda a certeza, a maioria das mulheres não sente.

Com efeito entende o BE tornar-se imperioso alterar a designação do cartão de identidade dos portugueses deixando de se chamar “Cartão do Cidadão” para se passar a designar “Cartão da Cidadania”, pois entende que só dessa forma se conseguirá afastar um intenso pendor de subalternidade das mulheres relativamente aos homens que o nome encerra, anulando a nova designação proposta esse lastro de dependência anacrónica e sem sentido. Pois bem, estamos estupefactos. Estando o País no estado financeiro crítico em que se encontra, com muitos dos seus cidadãos a verem ainda mensalmente a serem reduzidos os seus sempre frágeis “quantuns” salariais, e tendo o BE um papel essencial na sustentação da atual maioria competindo-lhe

portanto, coadjuvar o Partido Socialista no encontrar de soluções que alterem substancialmente o quotidiano financeiro penoso em que os portugueses se encontram, o BE centra a sua preocupação interventiva não nesse item essencial do dia-a-dia dos portugueses mas, pasme-se, na alteração da designação do “Cartão do Cidadão”, por não carregar a necessária neutralidade que devia, entre géneros. Desde logo o timing é péssimo para “lançar” o debate de tema tão singular. Os portugueses (todos os portugueses) têm hoje preocupações bem mais prementes e basilares que lhe não deixam espaço nem tempo para fait divers ocos e inconsequentes. Depois, é manifestamente duvidosa a pertinência da discussão de um tema que jamais

dividiu os portugueses, sejam eles homens ou mulheres, servindo antes como uma artificialidade para fomentar dissensões absolutamente desnecessárias entre eles. Por fim, tal alteração terminológica representaria a abertura de uma espécie de “Caixa de Pandora”, pois são tantos os exemplos de nomes, conceitos, designações e similares, no contexto lexical português, que se tornaria processo infindável e sem efeito útil previsível. Clamamos portanto para que os senhores dirigentes do BE, sejam eles homens ou mulheres, se deixem de perfecionismos lexicais, e se preocupem mais em garantir a efetiva melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, sejam eles também homens ou mulheres. ■

Por uma política de emprego com direitos é urgente acabar com a precariedade António Valpaços | CDU

A precariedade laboral é hoje das marcas mais negativas da situação social do país. A precariedade laboral atinge uma parte muito significativa dos trabalhadores sendo transversal a qualquer atividade económica. A precariedade laboral tem como elemento comum a insegurança de vínculos laborais, os baixos salários e a limitação de direitos fundamentais. É urgente reverter esta situação! É urgente garantir aos trabalhadores portugueses estabilidade no emprego, garantir que os direitos são cumpridos porque a precariedade laboral também é a precariedade na família, a precariedade na vida. Não é aceitável esta realidade continue em

expansão como o provam os contratos de trabalho realizados nos últimos dois anos, que representam quase 85% do total dos contratos de trabalho. E, como se não bastasse, acompanhando estes contratos de trabalho vem a desregulação de horários de trabalho que assume as mais diversas formas como a da “adaptabilidade horária”, o “banco de horas” ou a fórmula de “horários concentrados” que mais não visam que aumentar o horário, através de trabalho não remunerado. Mas se esta é uma realidade que atinge os trabalhadores em geral, não podemos esquecer que os mais jovens estão cada vez mais a ser vítimas destes flagelos sociais, com a agravante de que muitos milhares de jovens

inscritos nos centros de emprego não terem qualquer prestação de desemprego. A OCDE reconhece que Portugal está em 4.º lugar na lista dos países com mais insegurança no trabalho e na parte de baixo da tabela dos piores países em termos de qualidade das remunerações de trabalho. É este modelo de mão-de-obra barata, precária e desqualificada que é preciso inverter. A derrota do Governo do PSD/CDS permite termos esperança para no imediato podermos combater esta grave situação social que temos no País. Por isso o PCP apresentou recentemente o pacote de medidas para acabar com a precariedade laboral, das quais destaco: um Plano

Nacional de Combate à Precariedade Laboral; Transformar a presunção de contrato de trabalho em prova efetiva da existência de contrato de trabalho; Estabelecer sanções económicas, fiscais e contributivas para as entidades patronais que recorram a formas de contratação precária; Reforçar os meios e competências da ACT. É necessário e urgente promover a estabilidade de emprego, cumprindo e fazendo cumprir o direito ao trabalho e à segurança no emprego previsto na Constituição. As propostas atrás enunciadas entre outras mais são o caminho certo a seguir pela valorização do trabalho e dos trabalhadores. ■

Levar o combate da corrupção e evasão fiscal até ao fim Rui Nóvoa | BE

Exigem-nos mais austeridade pois, segundo eles, todos estes anos de medidas e mais medidas que nos levaram a um empobrecimento não chegaram. É preciso mais! Isto não tem fim! Pela voz de Mário Draghi são precisos mais cortes nos salários e no Estado Social. Todos os sacrifícios a que fomos obrigados, ainda não chegam para pagar aos banqueiros. É verdade que a nossa economia tem problemas que carecem de mudança. Mas essas mudanças não carecem de cortar ainda mais os salários e, muito menos, pela subserviência de Portugal às ordens de instituições europeias que, como sabemos, foram

criadas no abstrato e nada têm a ver com a nossa vida concreta. Nem tão pouco respondem ou resolvem os nossos problemas. O que o país precisa é de mais investimento público, pois é ele que nos possibilita mais emprego e melhoria salarial e não de mais imposições externas que só nos trazem mais miséria e empobrecimento. Só com mais economia e emprego seremos capazes de combater o endividamento externo. Todos sabemos que a solução para o país passa pelo controlo da riqueza e pela sua distribuição e não por um sistema financeiro permanentemente envolvido em escândalos e offshores que envolvem centenas de

milhões de euros. É preciso acabar com estes roubos permanentes e investir numa economia virada para o combate ao défice energético, apostando nas energias renováveis, na reabilitação urbana e nos transportes coletivos. Assim, como na soberania e na segurança alimentar, porque ao não produzirmos o suficiente, como acontece, deixamos que o valor da riqueza que podia ficar cá dentro vá toda para fora do nosso país. Estas são algumas medidas que são necessárias, mas que necessitam de gente com coragem para as apresentar. Qualquer economista sabe que nenhuma economia se

recompõe sem investimento público. Muitos dos que passam o tempo na comunicação social a dizer mal do investimento público, nada dizem sobre a vergonha dos milhões que são desviados para as offshores. Até quando vamos permitir que fujam com milhões sem pagar um tostão, levando bancos e empresas à falência e, ao mesmo tempo, desviando para paraísos fiscais o dinheiro que nos pertence?! Para quando o fim deste sistema corrupto e de evasão fiscal? ■


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Lazer TARTE FOLHADA DE LEGUMES RECEITA CULINÁRIA

VIVA PREVENIDO Catarina Nogueira

Chef João Paulo Rodrigues * docente na Actual Gest

Médica Interna do 2.º ano de Medicina Geral e Familiar na USF Fânzeres

INGREDIENTES PARA 4 PESSOAS . 500 g de massa folhada . 1 ovo, batido . 2 colheres de sopa de margarina . 1 alho-francês, às tiras . 1 pimento vermelho, sem sementes e cortado em tiras . 1 pimento amarelo, sem sementes e cortado em tiras . 50 g de cogumelos, laminados . 75 g de pontas de espargos . 2 colheres de sopa de farinha de trigo . 6 colheres de sopa de caldo de legumes . 6 colheres de sopa de leite . 4 colheres de sopa de vinho branco seco . 1 colher de sopa de orégãos, picados . 1 colher de sopa de azeitonas às rodelas pretas . Sal . Pimenta

Testamento Vital

Foto DR

Preparação: Derreta a manteiga numa frigideira e salteie o alho-francês, mexendo frequentemente, durante 2 minutos. Junte os restantes legumes e cozinhe, mexendo, durante 3-4 minutos. - Adicione a farinha e cozinhe durante 1 minuto. Retire a frigideira do lume e adicione o caldo de legumes, o leite e o vinho branco. Volte a colocar a frigideira ao lume e deixe ferver, mexendo, até espessar. Inclua os orégãos e tempere com sal e pimenta a gosto. Junte as azeitonas. - Tenda metade da massa sobre uma superfície ligeiramente polvilhado com farinha para formar um rectângulo de 38 x 15 cm. - Estenda a outra metade da massa com a mesma forma mas um pouco maior a toda a volta. Coloque o rectângulo mais pequeno num tabuleiro de forno revestido com papel vegetal humedecido. - Deite o recheio de forma uniforme em cima do quadrado mais pequeno, deixando uma margem de 1 cm nas extremidades. - Usando uma faca afiada, faça fendas paralelas na diagonal ao longo do rectângulo até 2,5 cm de cada extremidade longa. - Pincele as extremidades do rectângulo menor com ovo batido e coloque o rectângulo maior por cima, unindo firmemente as pontas para as selar. - Pincele toda a torta com ovo para a tornar brilhante e coza no forno previamente aquecido a 200° C durante 30-35 minutos, até ganhar volume e ficar dourada.

SOLUÇÕES:

Algumas questões éticas têm sido levantadas na comunicação social relativamente ao fim de vida, nomeadamente a eutanásia, a morte assistida e os cuidados paliativos. Estas temáticas carecem de esclarecimento e informação adequadas. O Testamento Vital está relacionado com estas questões. Sabe que existe um documento onde cada cidadão pode definir os cuidados de saúde que pretende ou não receber no caso de se encontrar incapaz de expressar a sua vontade? Este documento chama-se Diretiva Antecipada de Vontade (DAV), ou Testamento Vital, e é regulamentado pela lei nº25/2012 de 16/07/2012. Quem poderá fazer um Testamento Vital? Qualquer pessoa, com idade igual ou superior a 18 anos, cidadão nacional, estrangeiro ou apátrida, que se encontre capaz de decidir autonomamente. O Testamento Vital é um

documento normalizado, realizado por iniciativa própria, onde se declaram os cuidados de saúde que se pretende ou não receber caso se encontre incapaz de expressar a sua vontade pessoal e autónoma, em situações de doença muito grave que possam colocar a vida em risco. A pessoa pode, por exemplo, recusar ser submetida a reanimação cardiorrespiratória, a meios artificiais de suporte de vida e a medidas de alimentação e hidratação artificiais. Como e onde pode preencher este documento? Deve aceder ao Portal do Utente (https://servicos.min-saude. pt/utente/), descarregar o formulário com o Modelo da Diretiva Antecipada de Vontade, imprimi-lo e preenchê-lo. Posteriormente, deverá ser entregue no Agrupamento de Centros de Saúde da sua área de residência (em Gondomar, será no Gabinete do Utente, no Centro de Saúde de Rio Tinto) para re-

gisto na plataforma do Registo Nacional do Testamento Vital (RENTEV). A sua validade é de cinco anos, a contar da data de ativação e pode ser alterado ou anulado a qualquer momento. O Testamento Vital permite ainda a nomeação de um procurador de cuidados de saúde que poderá ser chamado a decidir pelo doente. A evolução da Medicina permitiu um aumento da longevidade, acompanhado pelo envelhecimento da população e pelo aumento das doenças crónicas, e a sociedade defronta-se com novas questões relativamente ao fim de vida. Uma das respostas a essas novas questões é o Testamento Vital, que permite a cada pessoa manifestar antecipadamente a sua vontade de forma consciente, livre e esclarecida, relativamente ao tipo de cuidados médicos a ser submetida quando não for capaz de o expressar. ■

HORÓSCOPO

Maria Helena Socióloga, taróloga e apresentadora Amor: Sentir-se-á muito nostálgico durante este mês. Seja mais otimista! Pratique o pensamento positivo e as ações construtivas agora! Saúde: lembre-se que o desânimo se reflete negativamente na saúde. Tenha pensamentos positivos e verá que se sentirá melhor. Dinheiro: Evite precipitar-se, dê um passo de cada vez.

Amor: Pense bem antes de se envolver numa nova relação. Desenvolva a sua clareza mental, emocional e espiritual. Saúde: Mês estável e cheio de energia positiva. Dinheiro: É um bom momento para negócios, propício à venda de imóveis.

Amor: Poderá viver uma aventura de grande importância para si. Mostre toda a sua força, determinação e criatividade, e ponha em prática os seus projetos com paixão. Saúde: Dê mais atenção às dores de cabeça. Dinheiro: Não seja tão materialista, pois só tem a perder com isso.

Amor: Poderá viver uma aventura de grande importância para si. Mostre toda a sua força, determinação e criatividade, e ponha em prática os seus projetos com paixão. Saúde: Dê mais atenção às dores de cabeça. Dinheiro: Não seja tão materialista, pois só tem a perder com isso.

Amor: Deixe o seu orgulho de lado e opte por conversar calmamente com a sua cara-metade. Abra o seu coração e seja fiel ao que ele lhe transmite. Saúde: Possíveis problemas respiratórios. Dinheiro: Avance com a abertura de um negócio próprio, mas informe-se bem antes de o fazer.

Amor: Aposte no diálogo e na compreensão. Que a luz da sua alma ilumine todos os que você ama! Saúde: Estão previstos alguns problemas digestivos. Dinheiro: Excelente oportunidade para equilibrar as suas contas.

Amor: Evite pensamentos negativos. Adote uma postura mais descontraída perante a vida. Descubra a força imensa que traz dentro de si! Saúde: Tendência para apanhar uma pequena constipação. Dinheiro: Acontecimentos inesperados farão com que seja promovido mais cedo do que julga.

Amor: O companheirismo é a base de qualquer relação. Fale sobre o que é necessário e seja carinhoso. Saúde: Combata a tendência para se isolar e refletir demasiado. Dinheiro: Algo inesperado poderá acontecer e colocar em causa a sua competência. Mostre o que vale com determinação e coragem!

210 929 000 mariahelena@mariahelena.pt

Amor: Procure ser mais compreensivo com quem o rodeia. Procure dizer coisas boas, a palavra tem muita força! Saúde: Ao longo deste mês poderá ser incomodado por alguns problemas de coluna. Dinheiro: Acredite nas suas capacidades profissionais.

Amor: Uma data muito importante aproxima-se, não se esqueça dela. Exercitar a arte de ser feliz é muito divertido! Saúde: Proteja-se, não ingira nada que seja nocivo para o seu organismo. Dinheiro: Uma viagem de trabalho irá obrigá-lo a ausentar-se durante mais tempo do que o previsto.

Amor: Deixe o orgulho de lado e peça desculpa sempre que errar. Se quer ser verdadeiramente vitorioso, vença-se a si próprio! Saúde: Proteja-se do frio, ou pode ser surpreendido por uma constipação. Dinheiro: Cuidado com os gastos supérfluos.

Amor: Surgirá um novo interesse romântico na sua vida. Procure intensamente sentimentos sólidos e duradouros, espalhando em seu redor alegria e bem-estar! Saúde: Regular. Sem nada de grave a assinalar. Dinheiro: Prosperidade para a vida financeira.


VIVACIDADE ABRIL 2016 45

Lazer

AGENDA CULTURAL VIVACIDADE EXPOSIÇÕES Até 25 de abril “Passadiço D’Ouro”, fotografia de Júlio Pereira, no Clube Gondomarense Até 30 de abril “Poetas Portugueses”, retratos de Avelino Leite, na Biblioteca Municipal de Gondomar Até 7 de maio “Souto Moura em Exposição”, no Centro Cultural de Rio Tinto Até 8 de maio “Emerenciano”, Pensar de Lá para Cá, no Auditório Municipal de Gondomar Até 20 de maio Exposição Cartazes de Abril, na Biblioteca Municipal de Gondomar Até 21 de maio Retrospetiva de Alzira Braga, na Casa Branca de Gramido Até 21 de maio Programa Eco-Escolas, na CEA Quinta do Passal

CINEMA 11h e 16h, 19 de março “Hotel Transylvania”, na Biblioteca Municipal de Gondomar

TEATRO 21h30, Sábados até 4 de junho 32.º Festival de Teatro Amador de Valbom, na Escola Dramática e Musical Valboense

DIVERSOS 11h30, 23 de abril Contar Abril às novas gerações, na Biblioteca Municipal de Gondomar

MÚSICA

21h30, 24 de abril Concerto 25 anos de carreira “Arco do Bojo”, no Auditório Municipal de Gondomar 21h30, 30 de abril “O Canto de Intervenção em Portugal e no Mundo”, pela Associação Aja Norte, no Auditório Municipal de Gondomar

21h, 29 de abril “Pesado Sacrifício – Guerra Colonial”, pelo jornalista Jaime Froufe de Andrade, no Clube Gondomarense

Um homem encontra um amigo na rua e diz-lhe: – És igualzinho à minha sogra, a única diferença é o bigode. O amigo diz: – Mas eu não tenho bigode! - Mas a minha sogra tem. A rapariga leva o namorado a casa para lhe apresentar os pais. A futura sogra entrevista o rapaz: – Com que então queres ser meu genro, não é? – Para dizer a verdade, nem por isso, mas… casando com a sua filha, não tenho grande escolha, não é?

Local: Percurso Pedonal do Rio Douro, Gondomar

Envie a sua foto para geral@vivacidade.org

VIVA TEC | Fábio Silva

21h30, 23 de abril Concerto Jorge Palma, no Auditório Municipal de Gondomar

9h às 12h30, 23, 24 e 25 de abril Colheita de Sangue, no Multiusos de Gondomar

VIVA FOTO | João Pires

Qual a melhor experiência de cinema do Porto?

Vivemos numa época onde é possível experienciar o cinema de diferentes formas. O Vivacidade deixa aqui uma lista dos formatos existentes nas salas do Grande Porto. Real D 3D – O formato mais abrangente nas salas nacionais é também dos mais económicos. Aqui, são projetadas duas imagens em ângulos distintos. Os óculos fornecidos permitem que o olho esquerdo e direito recebam imagens de dois ângulos distintos, criando o efeito tridimensional. As sessões 3D são mais caras que as normais (2D), sendo necessário o pagamento de uma taxa adicional e, caso não tenha um par de óculos em sua posse, terá de os comprar. Os óculos são pertença do espetador, podendo ser usados em filmes futuros. Dolby Atmos – aqui, o mais importante é o som, que envolve a audiência em todas as direções (360º). É uma tecnologia recente em Portugal, que chegou apenas em dezembro passado, aquando da estreia de “Star Wars: O Despertar da Força”. No Porto, só existe no Parque Nascente. IMAX – O maior ecrã do Norte encontra-se no Marshopping. O “nosso” IMAX abriu em abril de 2015 e, desde então, tem sido casa de alguns dos maiores blockbusters dos últimos tempos. O ecrã curvo de grandes dimensões envolve a audiência e, aliado uma qualidade de imagem superior e a um sistema que reproduz os sons de forma detalhada, torna o IMAX numa das melhores experiências cinematográficas da atualidade. O preço por bilhete é de 10€. 4DX – o formato mais recente, cuja experiência se baseia imergir o espetador nas sensações que decorrem no ecrã, como vibrações, vento, fumo, aromas e até jogos de luzes. As próprias cadeiras acompanham a ação, desde pequenos movimentos ao ritmo da câmara até a verdadeiros “tremores de terra”, quando a ação está na ribalta. No Norte, a única sala disponível encontra-se no GaiaShopping e cada bilhete tem o custo de 12€. Como pode ler, há muito por onde escolher. Com uma maior diversidade de formatos, o cinema deixou de ser apenas uma imagem projetada no ecrã. Agora, é possível ver a sessão que mais se adapta ao seu gosto: prefere um ecrã grande, ou dá mais importância ao som envolvente? Experimente e crie os seus gostos, pois o Porto tem muito para oferecer!

CARTOON | Ricardo Ferreira


46 VIVACIDADE ABRIL 2016

Emprego Profissão Nº de Oferta Regime Informação

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www. netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação.

CENTRO DE Telefone 224 662 510 EMPREGO R. Padre Augusto Maia, 26 / 4420-225 Gondomar DE GONDOMAR E-mail: cte.gondomar@iefp.pt Profissão Nº de Oferta Regime Informação

ASSENT.REVESTIMENTOS 588665818 TEMPO COMPLETO. CONTRATO A TERMO. COM EXPERIÊNCIA EM APLICAÇÃO DE CHÃO (VINILICO, MADEIRAS E OUTROS).

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